16 junho, 2012

O amor é paciente.


Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas (Tg 5:7)


Mt 23:45-46; Rm 8:6; 1 Co 13:4-7; 1 Ts 2:7-12

Como vimos em mensagens passadas, a mente é a parte dominante da alma. Uma vez que inclinemos nossa mente para as coisas do espírito, ganhamos vida e paz (Rm 8:6). Essa vida se expressa em nós por meio do amor, manifestado nas atitudes de um caráter transformado.
À luz de nossa experiência podemos confirmar isso. Com o passar dos anos percebemos o trabalhar de Deus em muitos irmãos. Já não mais murmuram diante das dificuldades nem reclamam dos irmãos ou de suas características, pois estão cheios do amor de Deus. Estes são aqueles que buscam constantemente invocar o Senhor, vivendo intensamente a vida da igreja.
Esse amor também nos capacita a cuidar dos irmãos com paciência, alimentando-os com a Palavra (Mt 23:45-46). No passado lidamos com um grupo de jovens desobedientes, que vinham às conferências e causavam problemas. Eles não participavam das reuniões e ficavam dispersos. Contudo, com o passar do tempo, o Senhor, pouco a pouco, transformou o coração deles. Hoje vemos que a vida cresceu neles, pois desfrutam o Senhor e estão envolvidos com os serviços na igreja.
Isso é o resultado do labor do amor, pois no amor temos paciência (1 Co 13:4). Por meio dessa paciência aguardamos o trabalhar de Deus nos irmãos, e não nos inquietamos ou os desprezamos quando eles apresentam dificuldades por não negarem a si mesmos.
Para que sejamos iluminados em nosso coração acerca da maneira que temos tratado aqueles que nos cercam, precisamos ler com oração estes versículos: “O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (vs. 4-7).
O labor do amor é como cultivar uma plantação. Ao fazê-lo, não podemos forçar seu crescimento, tampouco exigir frutos dela. O lavrador pacientemente aguarda o fruto, com cuidado e nutrição, e seu amadurecimento (Tg 5:7). Essa paciência também deve ser vista na relação entre pais e filhos e em nosso cuidado para com os irmãos, tal qual Paulo descreve em 1 Tessalonicenses 2:7-12. Que o Senhor encha nosso coração com Seu incondicional amor a fim de cuidarmos uns dos outros da mesma maneira.

A pregação do evangelho é o fluir do amor


Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos (1 Jo 3:16)


Is 12:3-4
Quando pregamos o evangelho mais do amor de Deus cresce em nós, levando-nos a amar as pessoas como Deus as ama. Por amar o homem, Deus enviou Seu próprio Filho para nos salvar e dar a vida eterna (Jo 3:16). Glória a Deus!
Porque vivemos segundo a vida divina, o amor pelas pessoas é produzido em nós. Quanto mais invocamos o nome do Senhor Jesus, mais enchidos pelo Espírito somos e, assim, espontaneamente ganhamos o encargo de pregar o evangelho e permitir que esse amor flua para as pessoas.
Quando nosso alvo é apenas fluir esse amor, nossa preocupação não é ensinar ou debater doutrinas com as pessoas. Nosso interesse é tão somente pregar-lhes o evangelho da graça, para que a vida de Deus seja infundida naqueles que creem. Por isso procuramos ajudar as pessoas a receberem a vida de Deus por meio de invocar o nome do Senhor Jesus. Damos graças ao Senhor, pois isso é muito prático. Ao levar as pessoas a invocar esse nome maravilhoso, estamos ajudando-as a beber da fonte da salvação (Is 12:3-4).
No passado recebemos a visão do CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para Pregação do Evangelho), onde inicialmente os irmãos se consagravam por um ano para a obra do Senhor. Metade desse tempo era dedicada às lições bíblicas, e a outra metade era voltada para saídas às cidades para pregação do evangelho. Louvamos ao Senhor pela visão que recebemos acerca do CEAPE, e encorajamos os irmãos a se apresentarem para esse aperfeiçoamento.
Contudo, com o passar dos anos, o Senhor aumentou nossa visão sobre como conduzir esse aperfeiçoamento. Atualmente, vimos que, ao aperfeiçoar os irmãos, podemos ser mais práticos do que teóricos. Embora seja importante conhecermos as verdades sobre a salvação, o principal é ajudarmos os irmãos a ver a importância de invocar o nome do Senhor para ganhar a salvação e estar no espírito (At 2:21; Rm 10:13). Ao contatar as pessoas, elas precisam ser tocadas pelo amor de Deus e ajudadas a invocar o nome do Senhor crendo no coração (v. 9). Portanto o requisito para pregarmos o evangelho não é sabermos falar sobre as verdades bíblicas, mas simplesmente amar as pessoas, fluindo a vida de Deus para elas (1 Jo 3:16).
Nosso encargo deve ser prosseguir e ajudar os que já receberam o evangelho da graça, tendo crido no Senhor Jesus, a ver a necessidade de seguir o Senhor, negando a vida da alma. Nesse momento precisamos ajudá-las a se alimentar e desfrutar da Palavra de Deus e dos livros espirituais que nos ajudam a entendê-la, promovendo um tempo de leitura com elas. Também podemos encorajá-las a convidar seus amigos e parentes a participar dessas reuniões para que eles igualmente sejam supridos com a vida de Deus. Tudo isso faz parte do fluir do amor!

14 junho, 2012

Refletindo...

Antes de Tudo

Antes que possa haver uma vida cristã próspera, nobre, resistente ao mundo, firme na tentação, inabalável nas provações, cheia de bons frutos, deve haver uma estreita união com Deus em secreto.

Paul E. Billheimer

O caminho para o aperfeiçoamento.

Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição (Cl 3:13-14)

Mt 24:14; Rm 12:4-8; 1 Co 12:27-28, 31; Ef 4:11


Muitos cristãos dão atenção excessiva aos dons miraculosos, como o dom de falar em línguas ou de curar. Existem diversos dons espirituais, mas precisamos dar mais atenção aos melhores dons (1 Co 12:31). Os melhores dons sempre visam ao beneficio dos outros, e não meramente ao benefício próprio.

Tanto em 1 Coríntios 12:12-27 como em Romanos 12:4-5, vemos que cada um de nós foi constituído membro do Corpo de Cristo. Assim como todo membro do corpo possui sua função, também nós, como membros do Corpo de Cristo, quando desenvolvemos nossa função, passamos a ter um ministério.

Por exemplo, em um corpo humano normal as duas mãos possuem basicamente as mesmas funções, mas somente aquela que é treinada e aperfeiçoada consegue escrever bem. Podemos dizer que essa mão, por ter desenvolvido sua função mais do que a outra, possui o ministério de escrever.

O ministério está relacionado com a vida e com o aperfeiçoamento. Logo, quanto mais seu ministério amadurecer e for aperfeiçoado, maior será sua função no Corpo de Cristo. E tudo isso vem do exercício dos dons.

Para que alcancemos essa realidade, o amadurecimento de nossos dons e ministérios, precisamos da comunhão do Corpo de Cristo, do suprimento e ajuda mútua dos demais membros. Ainda em Colossenses 3:13-14 Paulo mostra-nos que o amor é o vínculo da perfeição, é o que nos leva a manter a unidade, mesmo diante de qualquer diferença que exista entre nós. E isso é o que chamamos de a vida da igreja.

Ao considerarmos nosso encargo de pregar o evangelho do reino e levar vida para todos, precisamos reconhecer nossa necessidade de aperfeiçoamento, pois o Senhor quer levar essa revelação para toda a terra habitada (Mt 24:14). A pregação do evangelho é um ministério que todos nós podemos desenvolver. Para tanto, precisamos cooperar uns com os outros, nos encorajando e admoestando mutuamente. Todavia tal objetivo somente poderá ser alcançado se houver amor, isto é, se a vida de Deus se manifestar por meio de nós.

Louvado seja o Senhor, o amor é o caminho sobremodo excelente para sermos aperfeiçoados e reinarmos com Cristo. Aleluia!

13 junho, 2012

Refletindo...

Andando sem tropeçar

Ele não permitirá que os teus pés vacilem. Salmos 121.3
Se o Senhor não permitirá isto, nem homens, nem demônios podem fazê-lo acontecer. Quão intensamente eles se regozijariam, se pudessem nos causar uma queda desastrosa, mover-nos de nossa posição e enterrar-nos sem deixarmos recordação! Eles seriam capazes de fazer tais coisas, para contentar seu próprio coração, se não houvesse apenas um obstáculo: o Senhor não permitirá. E, se Ele não o permitirá, nós não tropeçaremos.

O caminho da vida é semelhante a viajar pelos Alpes. Caminhando pelas veredas das montanhas, uma pessoa está constantemente exposta aos deslizes de seus pés. Onde o caminho é mais elevado, a cabeça mostra-se propensa a sentir tonturas, e, deste modo, os pés logo escorregam. Existem lugares lisos como o vidro, e outros que são bastante ásperos, com muitas pedras soltas. Em qualquer desses lugares, uma queda é difícil de ser evitada. Aquele que, durante toda a sua vida, é capacitado a preservar-se de pé e a andar sem tropeços tem muitas razões para ser grato a Deus. Nenhum filho de Deus permaneceria de pé, por um momento sequer, diante de abismos, armadilhas, fraquezas físicas e inimigos sutis, se não fosse por causa do fiel amor de Deus, que não permitirá que os pés de seus filhos vacilem.

Estou em pé, rodeado de armadilhas,

Por tua mão sustentado e guardado.

Tua mão invisível ainda me susterá

E ao teu monte santo me levará.



C.H.Spurgeon

12 junho, 2012

A estrutura da vida cristã.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (1 Co 13:13)
Rm 10:17; 1 Co 12:31; 15:53; 1 Ts 1:2-3


Nesta semana daremos continuidade à nossa comunhão acerca dos dons espirituais, destacando o maior e principal deles, que é o amor. O desejo de Deus é nos conceder os maiores dons e, nesse propósito, nos revelar o caminho para alcançá-los. Em 1 Coríntios 12:31 Paulo menciona a existência de um caminho sobremodo excelente para encontrarmos os melhores dons e, no capítulo 13, ele descreve esse caminho.

No versículo 13 desse capítulo vemos: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”. Esses três constituem a estrutura da vida cristã. Em 1 Tessalonicenses também encontramos esses três itens essenciais: “Damos sempre graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações, e sem cessar recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1:2-3). Nessa passagem encontramos a operosidade da fé, a abnegação do amor ou labor do amor e a firmeza da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.

A fé possui relação com o nosso espírito humano. Por termos crido no Senhor Jesus e em Sua obra redentora, nosso espírito humano foi salvo. O amor está relacionado com a nossa alma. O amor de Deus é que nos constrange a não viver mais para nós mesmos, isto é, a negar a vida da alma, e seguir o Senhor, juntamente com nossos irmãos (2 Co 5:14-15). A esperança relaciona-se com o nosso corpo. No grande dia em que o Senhor retornar, irá transformar nosso corpo corruptível em um corpo de glória (1 Co 15:53).

Assim temos os itens que compõem a estrutura da vida cristã. A fé é o primeiro item da vida cristã, obtida por crer no Senhor, por ouvir Sua palavra (Rm 10:17 - VRC). Após crermos, podemos viver a vida da igreja, que compreende expressarmos o amor de Deus que recebemos por meio de Sua vida. Nossa esperança, por sua vez, está vinculada à volta do Senhor Jesus, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da Sua glória (Fp 3:21).

Dentre os três, o amor é o maior e principal item da vida cristã, por meio do qual podemos renunciar a nós mesmos em favor do Senhor e dos irmãos. Se o nosso viver e labor na obra do Senhor forem provenientes do amor, certamente haverá a expressão da vida de Deus, e a vontade do Senhor será feita.

Ser aperfeiçoados pela prática do amor.

Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo (1 Jo 4:17)

Mt 16:24; Rm 8:6, 8; 1 Co 12:5; Ef 4:7, 15-16.

Pelo exercício de nossos dons e pelo acréscimo da graça, cada um desenvolve seu ministério, cooperando com a edificação do Corpo de Cristo em amor (Ef 4:15-16). Como já vimos, a graça é concedida a cada de nós segundo a proporção do dom de Cristo (v. 7). Quanto mais graça, mais da vida divina é infundida em alguém, e, assim, maior será seu ministério. A Palavra nos revela que o Senhor concedeu funções especiais para alguns membros do Corpo, a fim de ajudar outros irmãos a desenvolver seus dons e ministérios (1 Co 12:28; Ef 4:11). Embora haja diversidade de ministérios (1 Co 12:5), e também diferença nos níveis dos ministérios, o ministério de cada membro é indispensável para a edificação do Corpo de Cristo.

Uma vez que a vida de Deus cresce em nós, somos aperfeiçoados para realizar a obra do ministério, que consiste em edificar o Corpo de Cristo hoje e sermos preparados para o governo do mundo vindouro. Por essa razão, o Senhor Jesus nos incluiu na igreja, para que a prática do amor, proveniente de Sua vida, nos transforme e nos faça cada vez mais parecidos com Ele. Hoje precisamos que o amor seja aperfeiçoado em nós (1 Jo 4:17).

Entretanto, para que sejamos aperfeiçoados, precisamos negar a vida da alma, ou seja, negar a nós mesmos e seguir o Senhor (Mt 16:24). Esse ensinamento não é uma mera ordenança, mas um requisito prático para O seguirmos. Aqueles que não negam sua vida da alma permanecem na esfera anímica, não mudam e não conseguem seguir o Senhor.

Poucos cristãos percebem que será impossível reinar com o Senhor se a alma não for transformada. Para que haja transformação, a alma precisa inclinar-se para as coisas do espírito, precisa negar a si mesmo e colocar sua mente no espírito, pois de outro modo se inclinará para a carne, cujo resultado será morte (Rm 8:6). E os que estão na carne não podem agradar a Deus (v. 8).

Por esse motivo, o Senhor intencionalmente nos colocou na igreja, para que possamos negar a vida da alma, vivendo no espírito junto com Seus escolhidos. Precisamos liberar nosso espírito, quebrando todas as barreiras de nossa alma que nos impedem de desfrutar o Senhor e de ter comunhão com todos os irmãos. Se assim praticarmos, desempenharemos nossas funções no Corpo de Cristo, seremos aperfeiçoados no amor e estaremos nos preparando para reinar com o Senhor em Seu reino.

O amor é a expressão da vida divina.

Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus (Lc 6:35)

Rm 8:5-6; 1 Co 12:3b; 1 Tm 1:5a

Quando consideramos Primeira Tessalonicenses, vemos que a ordem dos itens da estrutura da vida cristã descrita por Paulo começa pela operosidade da fé, seguida pela abnegação do amor, e por último a firmeza da esperança. Esses três itens podem ser interpretados, respectivamente, como: a obra da fé, o labor do amor e a perseverança da esperança.

Como vimos na leitura passada, o labor do amor é nossa necessidade atual, devendo ser praticado no viver da igreja. Tudo o que vimos acerca dos dons, ministérios e das operações do Espírito, tem por finalidade levar-nos à prática do amor.

No passado recebemos essas palavras de maneira muito doutrinária. Mas, com o passar dos anos, a vida divina foi sendo trabalhada em nosso interior, e passamos a ter real experiência do labor de amor. Contudo, embora tenhamos avançado até aqui, algumas vezes ainda nos deixamos ser influenciados pela vida da alma, por causa de nossa natureza caída. Todavia, quando invocamos o nome do Senhor, voltamos nossa mente ao espírito e desfrutamos novamente de Sua vida e paz (Rm 8:5-6). Dessa maneira, invocando o nome do Senhor, todos nós podemos nos voltar ao espírito (1 Co 12:3) e viver segundo a vontade de Deus na vida da igreja.

O amor é a expressão da vida de Deus. Isso significa que a medida do amor que temos em nós é de acordo com o crescimento da vida de Deus em nosso interior. Se quisermos medir o quanto temos da vida de Deus em nós, basta considerar o quanto amamos os irmãos, as pessoas e principalmente aqueles com quem não temos afinidade. Quanto mais a vida cresce, mais do amor será expresso em nós (Mt 5:44; 1 Pe 1:22; 1 Jo 3:16).

Por essa razão, louvamos ao Senhor por Sua longanimidade, porquanto, conhecendo nossa situação, pacientemente nos tem levado a praticar essas verdades no viver da realidade da vida da igreja.

10 junho, 2012

Refletindo...

Confiar somente em Deus


O momento de oração, quando nos encontramos face a face com Deus, é de vital importância, não apenas para fazermos petições e súplicas, mas principalmente para sermos renovados em Sua presença. Pela oração, entramos na presença de Deus e permanecemos em Sua presença. Somente aqueles que têm a experiência genuína de encontrar-se com Deus por meio da oração é que podem avaliar corretamente a preciosidade desse momento. Jeanne Guyon, serva do Senhor de séculos atrás, popularmente conhecida como Madame Guyon, disse: "Orar nada mais é que voltar nosso coração em direção a Deus e receber em troca Seu amor".

Orar é o maior privilegio que um ser humano pode ter, ou seja, é ter acesso direto e sem intermediários ao Deus criador, falar a Ele e ser ouvido por Ele. 0 salmista disse: "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando" (Salmos 5:3). Ainda que estejamos em uma situação em que ninguém possa nos ouvir, Deus está sempre atento às nossas orações. "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Salmos 116:1-2).

O irmão Watchman Nee certa vez disse que "a oração é o ato mais maravilhoso na esfera espiritual, assim como o assunto mais misterioso". É, na verdade, a primeira ação de um cristão, para ser salvo, quando este invoca o Senhor de todo coração. De fato, invocar o Senhor e a oração mais simples e é praticada pelos cristãos de todas as eras em todo lugar (1 Coríntios 1:2). Na esfera espiritual, orar é como respirar. Desde que fomos salvos até nos encontrarmos com o Senhor, nossa vida deve ser permeada pela oração. A oração não demanda um lugar específico ou um horário determinado. Deus está sempre pronto para nos ouvir. Podemos orar em voz alta, em voz baixa ou sem emitir qualquer som. Podemos orar em pé, sentados, ajoelhados ou deitados. Podemos orar individual ou coletivamente. Podemos orar nos momentos de alegria ou de aflição. 0 local de oração onde nos encontramos com Deus é nosso espírito regenerado. 0 momento adequado para orar é "agora", a qualquer momento.

Orar nos leva à presença de Deus e nos consola, revigora, encoraja, confirma na fé. A oração nos capacita a resistir a Satanás e nos liberta de sua opressão. Em oração exercitamos o amor pelos irmãos e pelos que ainda não conhecem a Deus. Orando, deixamos toda nossa ansiedade nas mãos do Senhor, rendemo-nos a Ele e paramos de nos debater, tentando resolver nossos problemas por nós mesmos. A oração também é instrumento de louvor e ações de graças, por tudo que Deus é para nós. Nos momentos de intimidade com Deus, abrimos nosso coração a Ele e derramamos lágrimas de gratidão por Seu infinito amor e por Sua longanimidade para conosco. Falar com Deus e ser ouvido por Ele é um privilégio do qual não deveríamos abrir mão.

Contudo, apesar de todos esses benefícios, não são muitos os cristãos que têm uma vida saudável de oração. Muitos dizem que não sabem como orar, não sabem o que falar para Deus. Outros afirmam que, quando vão orar, logo seus pensamentos começam a passear e são distraídos de Deus. Outros ainda dizem que não oram porque sua fé é muito pequena. Para todos esses amados irmãos e irmãs, apresentamos uma arma poderosa que vence todos esses problemas: a Palavra de Deus. Todos precisamos aprender a "orar a Palavra". Quando for a Deus em oração, abra sua Bíblia no trecho de sua leitura diária e faça das palavras da Bíblia as palavras de sua oração.

Fonte: Jornal Árvore da Vida

Viver no Espírito, negar o eu e negociar os talentos.

Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar [...] chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes. Bemaventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos (Ap 11:17-18; 20:6)

Lc 19:16-19; Ap 2:26-27; 11:17-18; 12:5; 19:17-18; 20:6

Hoje em dia, pouco se fala sobre o reino e sua manifestação, porque poucos cristãos viram a necessidade de viver a realidade da vida da igreja nesta era com vistas ao reino que Deus tem preparado para Seus filhos maduros e crescidos na vida divina. Louvamos ao Senhor porque Ele nos deu essa revelação: Deus não confiará a anjos o mundo que há de vir, mas Seu governo será entregue ao homem (Hb 2:5). Por causa dessa revelação temos buscado viver mais no espírito, invocando o nome do Senhor, pois no espírito ganhamos vida e crescemos espiritualmente.

Isso é misericórdia de Deus, pois não somos melhores do que outros irmãos que buscam a verdade. Somos simplesmente “pescadores galileus”, que, por viver no espírito, têm recebido grandes revelações do Senhor.

Vimos que a vida da igreja nos foi dada para negarmos a vida da alma e, assim, recebermos mais vida de Deus. Nela também somos aperfeiçoados para a obra do ministério. Deus nos colocou na vida da igreja e nos deu dons, talentos; quanto mais os usarmos, mais graça ganharemos, isto é, mais Cristo ganharemos, e assim esses dons se tornarão ministérios. Além disso, vimos que, se exercitarmos nossos ministérios, seremos úteis ao Senhor nesta era e, quando o Senhor voltar, poderemos governar as nações (Ap 2:26-27; 12:5).

Hoje há mais de duzentas nações na terra e todos esses reinos desaparecerão; não haverá quem os governe, não haverá presidentes ou reis (19:17-18). As ovelhas, as pessoas boas, que não possuem a vida de Deus, mas têm bom coração, serão os povos na terra durante o milênio e os cristãos vencedores regerão as nações Aleluia! Segundo o empenho com que negociarmos os nossos talentos hoje, o Senhor nos colocará em cargos de maior ou menor responsabilidade no reino para governar sobre as cidades (Lc 19:16-19).

Se aproveitarmos o dia que se chama hoje para praticarmos o que tem sido revelado a nós e nos dispusermos a ser aperfeiçoados em Sua obra, o Senhor nos dará o galardão de reinar com Ele durante mil anos, desfrutando com antecedência a realidade da nova Jerusalém (Ap 11:17-18; 20:6). Aleluia!

Galardão ou disciplina.

Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo (1 Co 3:14-15)

Mt 8:12; 22:13; 25:30; 16:24-27; 1 Co 3:15; 2 Pe 3:8; Ap 2:7; 3:12; 20:6

Para fazer parte do governo do mundo que há de vir, é preciso aproveitar as oportunidades hoje para crescer em vida por meio de negar a vida da alma e ser aperfeiçoado na obra do Senhor mediante o exercício dos dons. Exercitando os dons, mais graça é acrescentada, e os ministérios são formados. Os ministérios são diversos e podem ser agrupados em três aspectos: da Palavra, dos serviços e de oferta de riquezas materiais. Assim teremos funções, e Deus poderá nos usar para Suas operações na era da igreja e também no reino do mundo vindouro.

Em Mateus 16, depois de revelar que a vida da igreja é seguir o Senhor, tomando nossa cruz e negando a nós mesmos, o Senhor Jesus mostrou que Ele virá e estabelecerá Seu tribunal para julgar todos os Seus filhos e lhes dar galardão ou disciplina. Esse tribunal não é para nos punir, e sim para nos avaliar a fim de definir nossa posição futura no reino.

Sem negar sua vida da alma hoje você não receberá galardão diante do tribunal de Cristo, ou seja, não fará parte do governo no mundo que há de vir. Por já ter recebido a vida de Deus, você não será lançado no lago de fogo, mas será punido e lançado fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 22:13; 25:30). Esse ranger de dentes é o arrependimento tardio. Talvez, por diversas vezes, você tenha participado de conferências cristãs, ouvido que precisava negar a vida da alma para crescer em vida e ser conformado ao Senhor Jesus, todavia não quis praticar, não quis negar a si mesmo (16:24-27). Se esse for o caso, naquele dia, por ter insistido em manter sua vida da alma, será disciplinado no tribunal de Cristo e lançado nas trevas exteriores.

Por amar os que não cresceram o suficiente, o Senhor não os lançará no lago de fogo, mas os colocará em outro lugar, nas trevas, fora da esfera do gozo do reino, para serem disciplinados e amadurecerem na vida divina (1 Co 3:15). Isso acontecerá durante o milênio. Para o Senhor será como um dia, mas, para os que tiverem sendo disciplinados, será como mil anos (2 Pe 3:8).

Se você, porém, buscar crescer na vida de Deus e ser um vencedor hoje, ganhará o galardão de reinar com Cristo durante os mil anos e desfrutará, com antecedência, a realidade da cidade santa, a nova Jerusalém (Ap 2:7; 3:12; 20:6).

Após o milênio, todos os filhos de Deus, os que reinarão com Cristo e os que forem disciplinados nas trevas e ranger de dentes, estarão maduros para serem introduzidos na nova Jerusalém; todavia o Senhor espera que sejamos servos fiéis e prudentes, que estão dispostos a segui-Lo hoje, a negar a nós mesmos hoje, a negociar nossos talentos hoje, para que o reino nos seja um galardão. Aleluia!

08 junho, 2012

Dons, ministérios e operações (2).

Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério (2 Tm 4:5, 11b)
At 20:24; Rm 12:6-8; 1 Co 12:5, 12-27; 14:1-6, 12; Ef 4:7; Cl 4:17


Vimos que os dons são distribuídos pelo Espírito, os ministérios estão relacionados ao Senhor, e as operações estão ligadas a Deus. Efésios 4:7 nos diz que a graça é concedida segundo a medida do dom de Cristo. Isso mostra que a graça é acrescentada à medida que o dom é exercitado. Graça é Deus dando o Seu filho gratuitamente a nós. Em outras palavras, não necessitamos pagar preço algum ou nos esforçar, basta usar o dom para receber mais de Cristo. Ao usar o dom, Cristo é acrescentado.

Entre os dons mencionados em 1 Coríntios há dons miraculosos, tais como os dons de curar, operações de milagres, variedade de línguas e capacidade para interpretá-las, todavia devemos dar mais atenção aos dons que edificam a igreja (14:1-6, 12) como os que foram listados primeiramente por Paulo: a palavra da sabedoria, palavra do conhecimento, fé. Em Romanos 12:6-8 também são citados esses tipos de dons normais para o viver da igreja.

Quanto mais exercitarmos o dom, mais graça receberemos; quanto mais graça, mais Cristo, e, assim, pelo exercício contínuo do dom surge o ministério. Por exemplo, há sempre irmãos que tocam instrumentos musicais quando nos reunimos, são irmãos que têm o ministério da música. Mas, na verdade, todos nós podemos tocar algum instrumento, mesmo que seja fora de tom. Isto é, temos o dom de músico, mas para nos tornarmos ministros da música precisamos exercitar mais, então a graça será acrescentada, aprenderemos mais e estaremos prontos para tocar o instrumento no qual fomos aperfeiçoados.

O ministério está relacionado ao Senhor (1 Co 12:5). Uma vez que recebemos a vida de Deus, nos tornamos filhos de Deus, e membros do Corpo de Cristo. À medida que exercitamos nossos dons, mais Cristo nos é acrescentado como graça, e assim mais da vida divina é trabalhada em nós, constituindo os ministérios. Os ministérios que recebemos também crescem mediante o exercício: quanto mais experiência obtivermos na obra do Senhor, mais funções desempenharemos. Os versículos 12 a 27 comparam os ministérios com os membros do nosso corpo. Assim como os membros têm diferentes funções, os ministérios também são assim. Como membros do Corpo de Cristo precisamos cumprir fielmente o ministério que nos foi confiado para assim sermos mais úteis ao Senhor (At 20:24; Cl 4:17).

Se alguém deseja ter o ministério de oferta de riquezas materiais também precisa exercitar o dom que recebeu. Todos temos o dom de ofertar e, por isso, espontaneamente separamos os dízimos e ofertas regularmente; dessa forma exercitamos o nosso dom. De acordo com Efésios 4:7, quanto mais ofertarmos, maior será a proporção do dom de Cristo, pois receberemos mais graça. Assim nos tornamos ministros cooperando com Deus em Suas operações.

Primeira Coríntios 12:6 fala de operações ou funções: “Há diversidade nas operações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos”. Os dons e ministérios culminam em operações e funções. Isso é o que acontece na igreja: temos irmãos diáconos, presbíteros, cooperadores e outros são enviados como apóstolos. Quanto mais exercitarmos nossos dons de maneira fiel, mais úteis seremos ao Senhor.

Cada um de nós precisa ver a importância do exercício contínuo dos dons, ministérios e operações que nos foram concedidos pelo Senhor. Isso não deve ser apenas um conhecimento para nós, pois o Senhor necessita de filhos maduros em Sua obra para executar as funções e operações de Deus.

Dons, ministérios e operações (1).

Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra  (At 6:3-4)
1 Co 12:3-7


O Senhor nos colocou na vida da igreja para sermos aperfeiçoados pelo menos em três aspectos da obra do ministério: no ministério da Palavra, no ministério dos serviços e no ministério de oferta de riquezas materiais.

Para realizar Sua obra Ele concede dons, ministérios e operações aos homens. Para receber dons, ministérios e operações, é necessário estar no espírito. Não basta saber muitas coisas espirituais, ser inteligente e dedicado, é necessário invocar o nome do Senhor para estar no espírito (1 Co 12:3). Quando invocamos “Ó Senhor Jesus!”, confessamos que Jesus é o Senhor e estamos no espírito. Seja no serviço ao Senhor ou em qualquer aspecto da vida da igreja, o mais importante é estar no espírito. Os dons são distribuídos segundo a obra do Espírito visando a um fim proveitoso (v. 7).

O versículo 4 mostra que “os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo”. Os dons estão relacionados ao Espírito. Uma vez salvos e libertos dos pecados, o Espírito Santo nos concede dons e começa a trabalhar em cada um de nós. Há diferentes dons e alguns irmãos têm mais dons que outros, pois são concedidos segundo a capacidade de cada um. Se você tem mais capacidade, o Espírito lhe concede mais dons. Também há diversidade nos ministérios – ou serviços –, mas “o Senhor é o mesmo” (v. 5). Por fim há diversidade nas realizações, mas “o mesmo Deus é quem opera tudo em todos” (v. 6). Os ministérios se relacionam a Cristo, ao passo que as operações estão ligadas a Deus.

Falar por Deus, servir os santos e ofertar são exemplos de dons concedidos pelo Espírito. Por exemplo, de maneira geral, todos separam o dízimo, mas, se surge uma necessidade na obra do Senhor na África, e você, além do dízimo, oferta para suprir a necessidade dos santos, significa que você está exercitando seu dom.

Hoje, a obra do Senhor tem muita necessidade financeira: quer seja na América do Norte, na África, na Europa ou em outros lugares. Essas necessidades são oportunidades para você exercitar seu dom, pois, quando oferta, você exercita o dom que Deus já lhe deu. Se você participa e entrega sua oferta normal, significa que você está exercitando seu dom e Deus pode operar por meio de você.

Se formos fiéis, a obra do Senhor será concluída mais rapidamente.

06 junho, 2012

Refletindo...

Para Meditar

"Aqueles que fizeram mais por Deus nesta terra estiveram sobre seus joelhos de manhã."

"Para eles, Deus era o centro de atração e a oração era o caminho que conduzia a Deus. Estes homens não oraram ocasionalmente nem oraram pouco regularmente ou nos tempos que sobravam; oraram de tal modo que as suas orações entraram no seu caráter e o formaram; oraram de tal maneira a afetar sua própria vida e a vida de outros; de tal modo oraram que fizeram a história da Igreja e influenciaram o curso dos tempos."

"Nenhum homem pode realizar uma obra perdurável e grande em favor de Deus, se não for um homem de oração. Nenhum homem pode ser um homem de oração sem que dê muito tempo à oração"

"A pequena consideração que damos à oração é evidente no pouco tempo que lhe devotamos"

"A causa principal de minha pobreza e da esterilidade espiritual é devida a uma negligência injustificável de oração. Posso escrever ou ler ou conversar ou ouvir com prontidão; mas orar é mais espiritual e íntimo do que qualquer dessas coisas e é do mais espiritual dos deveres que mais o meu coração carnal está pronto a fugir."

"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva e a terra produziu seu fruto"

"Bastante tempo com Deus é o segredo de toda oração eficiente"

"Uma vida triunfante é resultado do princípio de decidirmos o nosso futuro não pela nossa necessidade, mas pela necessidade de Deus"

"Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas."
(1 Jo 3:20)

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor."
(1 Jo 4:18)

"As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim"
(Lm 3:22)

"Ser um exemplo não é a melhor maneira de influenciar uma pessoa. É a única."

"A igreja caminha de joelhos."

"Ja li muitos livros. Mas a Bíblia me lê."

"Nossa adoração não deve ser uma expressão de nossa cultura, e sim da santidade e da majestade de Deus e de nossa gratidão por sua graça para conosco, manifestada em Cristo."

"O crescimento cristão requer mais do que conhecimento da Bíblia; ninguém se alimenta decorando cardápios."

"Quando atiramos uma flecha, ficamos olhando onde ela cairá; quando enviamos um navio ao mar esperamos seu retorno; e quando lançamos uma semente, esperamos a colheita; assim também, quando semeamos nossas orações no coração de Deus, não devemos esperar uma resposta?"

"Um jovem governado, movido pelo Espírito, leva outros ao Espírito."

"A lição ainda maior e imutável é que Deus é Fiel"

"Para Deus, um grande homem é aquele que aprendeu a ser pequeno em Sua presença."

"Não diga a Deus o quanto seus problemas são grandes. Mostre aos seus problemas o quanto seu Deus é maior."

"Que é paciência?
Cristo é paciência!"

"Sem o novo homem, o Senhor não tem por que voltar."


(Site da Igreja em Uberaba)

Dois requisitos para reinar.

Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo
(Ef 4:12, 15)
Mt 21:15-17; Ef 4:12-13, 22; Hb 2:5

A Bíblia nos apresenta que Deus criou o homem para que este governe no mundo que há de vir (Hb 2:5). Uma vez que o problema do pecado já foi resolvido mediante o sangue derramado pelo Senhor, para cumprir o propósito de Deus, o homem regenerado precisa preencher alguns requisitos.

Como vimos, em primeiro lugar ele precisa de crescimento na vida divina. Para que isso ocorra, o Senhor colocou Seus filhos na igreja para serem preparados para o Seu reino. Na vida da igreja aprendemos a negar a vida da alma e nos despojar do velho homem (Ef 4:22). Quanto mais negarmos a vida da alma hoje, mais a vida de Deus crescerá em nós, e maior será nossa posição no reino vindouro. Esse será um dos critérios que o Senhor estabelecerá em Seu tribunal quando voltar. Nele não seremos julgados quanto aos pecados. Se receberemos galardão ou disciplina, a avaliação será segundo nosso crescimento espiritual e segundo nossas obras.

O segundo requisito é quanta experiência os filhos de Deus têm em Sua obra, como administram as coisas de Deus. Isso indica que precisamos desenvolver nossos talentos, nossos dons, até se tornarem ministérios para que sejamos mais úteis na obra de Deus. Como governaremos o mundo vindouro sem obter experiência na obra do ministério? Graças ao Senhor! Fomos colocados na vida da igreja para sermos aperfeiçoados.

Quando nascemos de novo, isto é, quando fomos gerados de Deus, somos como bebês que precisam amadurecer, crescer na vida divina. Todo cuidado e aperfeiçoamento na igreja têm como alvo esse crescimento para não sermos como meninos, agitados e facilmente enganados pelos que induzem ao erro (vs. 12-14).

O Senhor também comparou Seus filhos a ovelhas que precisam ser apascentadas e cuidadas por aqueles que têm mais crescimento. Visando aperfeiçoá-lo em Sua obra, certa vez o Senhor pediu para Pedro pastorear Seus cordeiros, apascentar e pastorear Suas ovelhas. Ele lhe pediu isso após perguntar-lhe três vezes: “Amas-Me mais que esses outros?”, isto é, “amas-Me mais que o barco, as redes e as coisas relacionadas ao seu sustento?”. O Senhor queria mostrar-lhe que, se Ele amava o Senhor, precisava vencer as questões relacionadas ao sustento e apascentar os Seus filhos, Suas ovelhas (Jo 21:15-17).

Sabemos que o Senhor é fiel em nos providenciar meios para garantir nossa subsistência. Mas algumas vezes Ele vem nos testar. Quando surgem necessidades na igreja, na obra, Ele pergunta: “Você ama mais o carro ou a igreja?”. Ou ainda: “Que você mais ama: sua estabilidade financeira e seu conforto, ou cooperar com a Minha obra para que Eu volte mais rápido?”. Se você ama mais aquilo que o Senhor te deu em vez de amá-Lo e à Sua obra, perderá uma oportunidade de crescer em vida.

Lembremos sempre que o Senhor nos colocou na igreja para crescermos em Sua vida e para nos aperfeiçoar em Sua obra. Se permitirmos que Sua vida cresça em nós e formos aperfeiçoados para assumir as responsabilidades de um filho de Deus, estaremos preparados para governar o mundo que há de vir.

05 junho, 2012

Refletindo...


A Igreja em Sardes

APOCALIPSE 3 : 1- 6

Temos visto que durante o tempo dos apóstolos havia o comportamento dos nicolaítas. Vimos também que após o comportamento dos nicolaítas, Pérgamo pecou grandemente introduzindo o mundo na igreja. Depois dos nicolaítas veio Jezabel, e na mesma época os ídolos foram introduzidos na igreja. Mas há um ponto positivo aqui: em Tiatira vemos o julgamento de Jezabel, seu confinamento em uma cama para que ela não se mova; também vemos que os seus seguidores um dia
serão mortos. Essas profecias ainda não foram cumpridas, mas o serão na época da queda da Babilônia, registrada no capítulo 17 de Apocalipse. 

A história de Tiatira começou desde o tempo em que Jezabel impropriamente introduziu ídolos na igreja, e continuará até que ela receba julgamento. Devemos ver uma coisa: quando a igreja, na sua continuada queda, passa dos nicolaítas para o estágio de Jezabel, Deus não pode mais tolerá-la. Assim, aqui vemos o surgimento de Sardes. Sardes quer dizer os remanescentes. A igreja de Sardes é a reação de Deus a Tiatira. A historia de reavivamento nas igrejas pelo mundo todo indica uma reação divina. Sempre que o Senhor inicia uma obra de reavivamento, Ele esta reagindo. A reação de Deus é a restauração do homem. Devemos conservar em mente, com firmeza, este principio. Porque o Senhor viu a condição de Tiatira, Sardes apareceu.

Em Apocalipse, várias igrejas estão aos pares. Sardes está junto com Éfeso, Filadélfia está com Esmirna e Laodicéia com Pérgamo. Apenas Tiatira permanece só. Em Sardes o Senhor diz que Seu nome é: “Aquele que tem os sete espírito de Deus, e as sete estrelas”. A epístola a Éfeso diz que a mão direita de Cristo segura sete estrelas, enquanto em Sardes Ele diz que tem as sete estrelas. Éfeso é o enfraquecimento depois dos apóstolos, ou seja, a mudança de algo bom para mau; Sardes é a restauração de Tiatira, ou seja, a mudança de algo mau para bom. Ter obras, mas não amor é Éfeso; vivos no nome, mas mortos na realidade é Sardes. Portanto, estas duas são um par. Aqui o Senhor manifesta-se como Aquele que tem os sete Espíritos. Os sete Espírito de Deus são envidados de Deus ao mundo para trabalhar, e isto se refere à obra de vida. As sete estrelas em Éfeso refere-se ao mensageiro; aqui elas se referem à iluminação. A obra de restauração é parte no Espírito e parte na luz.

Sardes é similar a Esmirna no que diz respeito a representar um longo período na história,desde as igrejas reformadas até o Senhor voltar. Embora Sardes não seja tão longa quanto Tiatira, ela se refere não apenas à igreja durante a reforma, mas também á história da igreja após a reforma.

“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives; e estás morto. Sê vigilante, e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois de como tens recebido e ouvido, guarda-o, e arrepende-te, portanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti”. Creio que ninguém duvidará que Martinho Lutero foi um servo de Deus e que a Reforma foi obra de Deus. A reforma foi uma grande obra e foi uma reação divina. Certamente o Senhor usou Lutero como porta voz; ele foi um homem especialmente escolhido por Deus. Quando Lutero principiou, era totalmente sardes. Seu propósito era unicamente restaurar. O Senhor não disse que a obra de Lutero não era boa; mais apropriadamente, Ele disse que não era perfeita. Era boa, mas não o suficiente. Aos olhos do Senhor, Ele não encontrou nada perfeito: houve um começo, mas sem um final. O Senhor é de perfeição; portanto, Ele exige perfeição. Por essa razão, devemos pedir ao Senhor para ver.

Com Lutero, o problema da justificação foi solucionado. A justificação é pela fé, e ter paz diante do Senhor é pela fé. Lutero não somente nos mostrou a justificação pela fé, mas também nos
legou a bíblia aberta. Em Tiatira, a autoridade está nas mãos de Jezabel – em outras palavras, nas mãos da igreja. A questão é o que a igreja diz, não o que o Senhor diz. Tudo depende daquilo que a igreja-mãe diz; todas as pessoas da igreja católica romana ouvem a igreja-mãe. Por isso, o Senhor diz que ele matará seus filhos. Você diz “mãe”, mas o Senhor diz “filhos”. Lutero mostra-nos o que o Senhor e a Bíblia dizem. Os homens podem ler a palavra de Deus e ver por si mesmo o que Deus realmente diz, não o que Roma diz. Quando a bíblia aberta chega, a igreja toda é iluminada.

Contudo, aqui surge um problema: o protestantismo não nos deu uma igreja adequada. Como resultado, aonde quer que fossem a doutrina da justificação pela fé e a bíblia aberta, uma igreja estatal era estabelecida. A seita Luterana tornou-se a igreja estatal em muitos países. Mais tarde, na Inglaterra, a Igreja Anglicana veio a existir, a qual é também uma igreja estatal. Começando com Roma, a natureza da igreja mudou. E na época da justificação pela fé e do retorno à bíblia aberta, as igrejas protestantes ainda não tinham visto o que deveria ser a igreja.Embora houvesse a justificação pela fé e a bíblia aberta, as igrejas protestantes ainda seguiam o exemplo de Roma e nãoretornaram a igreja do início. Durante a reforma, o problema da igreja não foi solucionado. Lutero não reformou a igreja. O próprio Lutero disse que não deveríamos achar que “justificação pela fé” fosse suficiente; há muito mais coisas a serem mudadas. Contudo, as pessoas nas igrejas protestantes pararam exatamente aqui. Lutero não parou, mas eles pararam e disseram que estava suficientemente bom. Embora tivessem voltado à fé do inicio, a própria igreja permaneceu sem mudanças. Outrora era igreja internacional de Roma; agora ela mudou para igreja estatal da Inglaterra, ou igreja estatal da Alemanha – isso é tudo.

A reforma não trouxe a igreja de volta à condição inicial; ela apenas fez com que a igreja do mundo se tornasse às igrejas estatais. Tiatira é condenada por colocar a igreja no mundo; da mesma forma, Sardes é condenada por colocar a igreja nos Países. “Tens nome de que vives, e estás morto”. A reforma foi vivia, mas havia ainda muitas coisas mortas.

Mais tarde, muitos dissidentes desenvolveram-se, tal como a Igreja presbiteriana entre outras. Aqui vemos que, por um lado, há a igreja católica romana, por outro, há as igrejas protestantes. Entre as igrejas protestantes, paralelamente às estabelecidas de acordo com os países, há também igrejas instituídas de acordo com diferentes opiniões e doutrinas. Os dissidentes são aqueles que não tomam o país como limite, e, sim, a doutrina. Portanto, há dois tipos de igrejas protestantes: as estatais e as privadas. Hoje, vemos na Alemanha e na Inglaterra a união do Estado com a igreja. Roma tem a igreja do mundo, enquanto a Inglaterra, a Alemanha etc., têm a igreja estatal. Os reis e os chefes de Estado não deveriam ouvir o papa; contudo, eles querem que os outros os ouçam. Em política, eles querem ser os reis; na religião, eles também querem ser os reis. Como resultado, as igrejas estatais vieram à existência. As pessoas nunca levantaram a questão: como deve ser a igreja de acordo com a bíblia? Eles não se voltaram para a bíblia para ver se é adequado ter igrejas estatais. Mais tarde, as igrejas privadas também vieram a existir. O estabelecimento de igrejas privadas foi devido à exaltação de certa doutrina; então elas se separaram daquelas que não tinham a mesma doutrina. A igreja Batista foi estabelecida porque alguém viu o batismo; a igreja presbiteriana foi estabelecida porque alguém viu o sistema de presbitério na igreja – a igreja foi estabelecia não porque alguém viu o que a igreja é; em lugar disso, a igreja foi estabelecida de acordo com um sistema. O Senhor diz que estes dois tipos de igrejas protestante e privada – não voltaram ao propósito inicial. Esta afirmação é significativa demais.

“Se vigilante, e consolida o resto que estava para morrer”. Isso se refere à justificação pela fé e à bíblia aberta e à vida que se recebe de ambos. Em toda a história de Sardes, estas coisas estão à beira da morte; assim, o Senhor diz: “Fortalece as coisas que estão para morrer”. Hoje, nas igrejas protestantes, embora a bíblia já esta aberta, os regulamentos dos homens ainda têm força; portanto, o Senhor diz: “Não tenho achado integras as tuas obras na presença do meu Deus”. “Até mesmo o que você já tem não é perfeito. Algumas das suas coisas não são perfeitas; elas não têm sido perfeitas desde o principio”. Lembra-te, pois, de como tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.

A história das igrejas protestantes terminou desta maneira? Não! A historia das igrejas protestantes é uma história de avivamentos. Quando Lutero começou, quantos foram salvos, reavivados e grandemente restaurados! Uma característica das igrejas protestantes é a “restauração”. Você não sabe até que ponto o Espírito Santo trabalhará. Lutero reformou alguma coisa; então a igreja Luterana apareceu. A verdade do presbitério foi vista; então a igreja presbiteriana foi organizada. Wesley apareceu então a igreja metodista foi estabelecida. Hoje no mundo, há ainda muitas igrejas menores. Em 1945, já havia mais de 1.500 igrejas. Graças ao Senhor, Sardes foi freqüentemente abençoada por Deus. Mas uma vez que haja a bênção do Senhor, os homens organizam algo para conter a bênção. Embora a bênção do Senhor ainda esteja ali, a esfera permanece somente daquele tamanho. As igrejas protestantes são como uma taça. No inicio do reavivamento, onde quer que haja água viva, as pessoas irão; naquela direção. Como resultado os homens usaram vantagem de se agir assim é que isso preserva a graça, e a desvantagem é que é apenas uma taça de bênção, a taça estava apenas pela metade, e começou a nebulosidade. Na terceira ou quinta geração a água se foi e restou apenas uma taça vazia. Então começaram a contender com as outras denominações sobre de quem era a melhor taça, apesar de todas as taças serem imprestáveis para beber. Qual foi o resultado? Deus reagiu de novo, e apareceu outra Sardes. Toda a historia de reavivamento é assim. Quando a graça de Deus vem, os homens imediatamente levantam uma organização para preservá-la. Como resultado, a organização permanece, mas o conteúdo se vai. Todavia, a taça não pode ser quebrada; há sempre os que são zelosos em manter a taça continuamente. Aqui há um principio: os estudiosos de Wesley nunca podem ser iguais a Wesley, nem os estudiosos de Calvino podem igualar-se a Calvino. As escolas de profetas raramente produzem profetas – todos os grandes profetas foram escolhidos por Deus no Deserto. O Espírito de Deus desce sobre quem Ele quer. Ele é o Cabeça da igreja, não nós. Os homens sempre acham que a água vivia é valiosa e tentam guardá-la pela organização, mas ela sempre diminui gradualmente por meio das gerações até secar completamente. Após secar, o Senhor nos dá novamente água viva no deserto.

Por um lado, há reavivamento – louvado seja o Senhor! Por outro, este deve ser reprovado pelo Senhor porque nunca retornou ao principio. As igrejas protestantes têm continuamente
reavivamento, mas o Senhor diz que elas não são perfeitas, elas não retornaram ao principio. Você deve lembrar-se do que havia no princípio. O problema não é como você recebe e escuta agora; o problema é como você recebeu e ouviu no principio. Em Atos 2, muitos foram salvos, e o Senhor diz que eles permaneciam unânimes na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Não é dito que eles permaneciam no partir do pão e nas orações dos apóstolos, mas na doutrina e na comunhão; Ele considera apenas a doutrina dos apóstolos como doutrina. Não podemos inventar uma comunhão nem podemos inventar uma doutrina. O erro de Tiatira foi que ela
manufaturou seu próprio ensinamento, uma vez que Jezabel estava lá. Deus não quer que inventemos Ele apenas quer que recebamos. No século vinte qualquer coisa pode ser inventada, mas não a doutrina. No Espírito podemos falar sobre descobertas, mas quanto a doutrina não pode haver qualquer invenção. Você deve examinar o que tem recebido, o que tem ouvido, e guardar e arrepender-se.

“Virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei” (VRC). “Vir” é vir descendo. “Em cima” ou “sobre” em grego é epi; desse modo, a frase significa: “eu descerei ao seu lado, e não virei sobre você, mas separado de você. A vinda de um ladrão é uma vinda de epi. Estamos aqui, e ele espreita-nos ao nosso lado. O modo de escrever do Senhor é muito sábio. Você pode traduzir assim: “virei e passarei por você, contudo você não saberá”. O ladrão não vem par roubar coisas sem valor; ele sempre rouba o melhor. O Senhor também roubará o melhor da terra. O melhor está em Suas mãos, não fora Dele. Estamos na casa: um será arrebatado, e outro será deixado. Por isso o Senhor diz que se você não vigiar, Ele virá e passará por você como um ladrão. Muitos filhos de Deus sentem que o Senhor Jesus estará voltando em breve. O dia está aproximando-se. Devemos ser preciosos suficiente par sermos “roubados” pelo Senhor!

“Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas (nomes – lit) que não contaminaram as suas vestiduras, e andarão de branco junto comigo, pois são dignas “. Jacó levou setenta almas para o Egito (Ex. 1:15). Comumente as Escrituras dizem muitos homens, muitas almas. Mas o Senhor diz aqui que há poucos nomes; o Senhor presta atenção especial ao nosso nome. Ele diz: “Você tem uns poucos nomes que não contaminaram suas vestiduras”. Esta vestidura são nossos atos de justiça. Quando permanecemos diante de Deus, vestimos Cristo, pois Cristo é nossa veste branca. Contudo, aqui não estamos diante de Deus, mas diante de Cristo, diante do trono do julgamento (Rm 14:10).
Portanto, aqui não vestimos Cristo, mas o que Apocalipse 19 diz é “Linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos”. A palavra justiça em grego está no plural. Há uns poucos nomes que não contaminaram suas vestes; isso quer dizer que seu comportamento é limpo. Eles andarão com o Senhor, pois eles são dignos.

“O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” A questão aqui não é se o nome está registrado, mas se o nome será confessado. Aqueles que o Senhor confessa participarão de algo; aqueles que o Senhor não confessa não participarão. Todo os nomes estão registrados no livro da vida, mas aquele que não é confessado pelo Senhor é como se tivesse assinalado, e ele não participará. O problema aqui não é de vida eterna na eternidade, mas se poderemos reinar ou não com o Senhor. É uma infelicidade ser registrado e, todavia, não ser capaz de participar. Que o Senhor seja gracioso conosco para que venhamos a vestir a veste branca diante Dele.
Você tem a veste branca para vestir diante de Deus. Mas, e diante do Senhor? 

Capitulo 6 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida

Receber a vida de Deus e deixá-la crescer.


Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 1:10-11)

Mt 16:23-24; 25:34-41; Jo 3:3-5; Fp 2:12; Hb 2:5; Ap 13:16-17

A meta de Deus é entregar ao homem redimido o governo do mundo que há de vir (Hb 2:5). Para alcançar esse objetivo primeiramente nos foi pregado o evangelho da graça, que mostra que o Senhor nos salvou e, mediante Seu sangue, perdoou nossos pecados para recebermos a vida de Deus.
A regeneração é o critério básico para quem deseja ver o reino e entrar nele (Jo 3:3-5). Somente conseguiremos governar o reino vindouro por meio da vida de Deus que recebemos no novo nascimento. Depois de sermos regenerados, porém, essa vida precisa crescer. A igreja tem um papel fundamental nesse crescimento.
Essa é a razão de o Senhor Jesus, depois de revelar a igreja aos Seus discípulos, ter mostrado que, se queremos viver a realidade da vida da igreja, precisamos segui-Lo, e isso requer que neguemos a vida da alma, o nosso eu, que é o maior impedimento para a vontade de Deus ser feita na terra (Mt 16:23-24). Quando negamos a nós mesmos, a vida de Deus pode crescer em nós, nossa salvação pode ser desenvolvida, e assim nos será garantida a entrada no reino (Fp 2:12; 2 Pe 1:10-11).
A vida de Deus deve crescer em nosso viver, pois só assim o Senhor nos confiará o governo do mundo que há de vir. Mateus 5, 6 e 7 mostra como deve ser nosso viver. Antes pensávamos que seríamos o povo do reino, mas Deus nos revelou que não seremos o povo do reino; Ele nos chamou para sermos governantes.
A terceira parábola de Mateus 25 mostra quem será o povo que será governado durante o reino, isto é, quem serão as pessoas que ficarão para ser as nações na era vindoura. Nessa parábola elas são chamadas de ovelhas.
Durante a grande tribulação a imagem da besta será colocada no templo e “a todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” (Ap 13:16-17). Estes receberão uma marca e lhes será permitido comprar e vender.
No passado não sabíamos como isso se daria, mas hoje já nos é possível prever como será, por causa da ampla utilização da informática. Sabemos que todo sistema de pagamento, compra e venda será controlado pelo anticristo. Não haverá cédulas ou qualquer outro sistema de compensação e troca, apenas quem tiver a marca da besta poderá comprar alimentos, roupas, remédios etc.
Os filhos de Deus, por não adorarem a imagem da besta e não aceitarem receber sua marca, não terão sustento e serão perseguidos. Mas haverá um grupo de pessoas – as ovelhas em Mateus 25, que, ao ver os cristãos em necessidade, movidas por compaixão e pelo temor a Deus, suprirão os filhos de Deus com alimentos, roupas etc.
Então, quando o Senhor voltar, dirá às ovelhas: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me” (vs. 34-36). Ao suprir os filhos de Deus, eles, na verdade, supriram o próprio Senhor Jesus (v. 40).
Já aqueles que não se importarem com os filhos de Deus, pelo contrário, os escarnecerem e os perseguirem, serão chamados de cabritos, e na volta do Senhor eles serão julgados e lançados para o fogo eterno (v. 41).
Os cabritos serão eliminados, e as ovelhas serão as nações do reino milenar. Eles entrarão no reino, por terem um bom coração e se preocuparem em ajudar os cristãos, mas, porque não têm a vida de Deus, não poderão governar o mundo vindouro. A função de governar caberá àqueles que foram regenerados e negaram a vida da alma nesta era, permitindo assim que a vida de Deus crescesse neles. Louvado seja o Senhor!

04 junho, 2012

Refletindo...

Uma questão de visão...



Leitura bíblica: 2Co 3:13-18; 4:3-11,16-17

Um espelho reflete tudo o que contempla. Por isso quando estamos contemplando o Senhor o refletimos. Precisamos perceber que se desejamos viver no espírito, temos de estar fora da religião e temos de ser libertados de toda tradição. A religião é um problema real para as pessoas que buscam a Deus. Quem condenou Jesus à morte? Os religiosos judeus com o Velho Testamento nas mãos. Quem tem perseguido os seguidores do Senhor ao longo de toda a história da igreja? O povo religioso.

Algumas vezes você pode ser seu próprio opositor por ser tão religioso. Em 2Co 3:16 diz nos que quando o coração "se converte ao Senhor,o véu é retirado." Se não tem andado, vivido, agido e se conduzido no espírito, você pode ter abandonado algumas tradições, mas vivendo em suas próprias tradições. Você pode ter abandonado uma religião somente para formar outra.Fora do espírito, mesmo você se torna uma religião.

Existe também a religião autoconfeccionada. Um exemplo é você criar seus prórpios conceitos como achar que deve ir para terras estrangeiras para ser um missionário. Todos temos que ser libertados da religião."Ora o Senhor é o espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade" (2CO 3:17). A transformação provém do Espírito e não tem nenhuma relação com qualquer formalidade, religião,regulamentos,ensinamentos diferentes ou qualquer conhecimento pronto. Digo-lhe:não tente escapar do Senhor(Mt7:14).Precisamos perceber que não estamos em nossas próprias mãos.Ninguém sabe o que trará o amanhã.Não devemos temer. Se temos o tesouro dentro de nós,o destino deste é ser quebrado. Precisamos orar cabalmente a fim de cumprir o encargo de expressar o nosso tesouro interior através do Espírito.


(Adaptado do livro "Segunda Coríntios - A autobiografia de uma Pessoa no Espírito")

A obra completa da cruz.

Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade  (Ef 4:22-24)
                                                         Jo 3:16; 19:33-34; Ef 2:15; Hb 2:5

O Senhor nos tem mostrado que o objetivo de Deus ao criar o homem é que este governe no mundo que há de vir (Hb 2:5). Infelizmente, no jardim do Éden, o homem foi enganado por Satanás e comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Assim a natureza pecaminosa foi injetada no homem, e sua alma se tornou autossuficiente, isto é, independente de Deus. A essa vida independente de Deus que se instalou na alma humana chamamos de vida da alma.

A vida da alma possui uma parte boa e uma parte má. O inimigo de Deus usa a parte má para induzir o homem a viver no pecado. Mas ele também é capaz de usar a parte boa da vida da alma para impedir Deus de fazer Sua vontade.

Uma vez que Adão e Eva desobedeceram à determinação de Deus e se tornaram pecadores, Deus os expulsou do jardim do Éden, para que não se alimentassem da árvore da vida naquela condição.

Louvado seja o Senhor! Deus ama o homem e enviou Seu Filho unigênito para morrer na cruz e salvar todos os que Nele cressem (Jo 3:16). Os três primeiros evangelhos enfatizaram mais a morte do Senhor Jesus para resolver o problema dos nossos pecados. Então, o apóstolo João, depois de algum tempo, em sua maturidade, recebeu a revelação do Espírito de que primeiro Jesus morrera na cruz para crucificar nosso velho homem, nossa vida da alma, e depois, então, derramou Seu sangue para nos redimir de nossos pecados (Jo 19:33-34).

Além disso, no momento da crucificação do Senhor Jesus, por sempre segui-Lo de perto, João estava junto à cruz e viu que, além de sangue, de Seu lado fluiu água. Essa água representa a vida divina que fluiu de Jesus para gerar a igreja, a fim de nos suprir e encher da vida de Deus.

Vemos, assim, que a obra do Senhor Jesus na cruz foi completa, pois terminou com nosso velho homem; por meio de Seu sangue, nossos pecados foram perdoados, e, por meio da água, Sua vida nos foi dada para nos tornarmos o novo homem (Ef 2:15; 4:24). Mediante Sua redenção o homem foi restaurado para governar o mundo que há de vir.

Todavia, pela nossa experiência, vemos que ainda há a manifestação da vida da alma em nosso viver, mesmo após termos recebido o perdão de pecados e nosso velho homem ter sido terminado na cruz. Como poderemos governar no reino vindouro se o homem natural ainda prevalece em nosso viver? Para resolver essa questão, o Senhor nos deu a igreja.

A igreja não se refere a um lugar físico onde nos reunimos para ouvir mensagens bíblicas. A igreja é a realidade, a esfera do reino dos céus. É nela que recebemos nutrição espiritual para negarmos a vida da alma e aprendermos a andar no caminho do Espírito e vida, praticando a Palavra de Deus. Louvado seja o Senhor!