Submissão, amor e brandura | |
O maior sonho de todos os pais é ter um lar feliz. Mesmo aqueles que já desistiram, por qualquer motivo, já anelaram isso um dia. Avaliando a condição da maioria das famílias, percebe-se que são poucos os pais que atingiram o alvo. Tal insucesso dar-se-ia porque um lar feliz não passa de uma utopia ou seria o resultado da falha dos pais em não atentar aos princípios que Deus estabeleceu?
A carta que o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses estabelece princípios que a esposa, marido, pais e filhos devem viver no seio familiar (Colossenses 3:18-21). O primeiro grande princípio é que, antes de ser uma boa mãe, a mãe precisa ser uma boa esposa. Dedicar-se primeiramente aos filhos antes de dedicar-se ao marido constitui erro grave. Há beleza no lar quando os filhos submetem-se à autoridade dos pais. Essa ordem é desejada por todas as famílias. De um fato todos nós devemos ter clareza: são as esposas as responsáveis por estabelecer o padrão de submissão no lar. Quando a esposa consegue submeter-se a seu próprio marido, torna-se desnecessário falar de autoridade e submissão para os filhos. O exemplo de submissão da esposa ao marido substituirá os gritos e as agressões físicas que os pais, às vezes, lançam mão para fazer os filhos enxergarem sua posição e dever. É uma lei: se a esposa grita, desobedece e faz pouco caso do marido, os filhos não somente aprenderão essa nociva lição, como também se voltarão mais tarde contra o pai, confrontando, assim, sua autoridade. Esposas submissas = filhos submissos. O segundo grande princípio é que, antes de ser um bom pai, o pai precisa ser um bom marido. Pouco adianta o esforço do pai em dar presentes e fazer piqueniques com os filhos se a forma como ele trata a esposa é com amargura. Se o pai pudesse ter uma conversa sincera com os filhos e perguntasse-lhes o que mais alegraria seu pequeno coração, certamente a resposta seria que amasse profundamente a mãe deles. Os maridos geralmente desempenham errada-mente seu papel de autoridade em casa. Eles pensam que exercer autoridade é mandar, humilhar e esbravejar quando as esposas não respondem a contento as suas reclamações. A verdadeira autoridade é exercida sem força, sem peso. A verdadeira autoridade é exercida com amor. Quando o marido ama verdadeira-mente a esposa como ele ama o próprio corpo, a esposa submete-se ao esposo espontaneamente e os filhos entendem que o melhor caminho a trilhar com os pais e com os irmãos é amando-os. O terceiro grande princípio está na correção branda dos pais ao corrigir os erros dos filhos. No passado erramos com nossos pais. Nossos avós e todos os outros filhos que vieram antes de nós também erraram bastante com seus pais; entretanto, achamos inadmissível que nossos filhos errem. Quando os filhos brigam uns com os outros, tiram notas baixas, mentem ou, por alguma razão, ficam introspectivos, a maioria dos pais reage de uma forma tão irritadiça que chegam a transparecer que desconhecem todos esses gestos e sentimentos e que jamais agiram de modo semelhante. A irritação furta dos pais a possibilidade do diálogo, da sobriedade, do discernimento, do equilíbrio, da compreensão e da disciplina eficaz. Muitos pais, em vez de ajudarem os filhos que erraram, irritam os filhos, "jogando na cara" seus erros, deficiências e humilhando-os perante os outros. Por causa dessas atitudes, os filhos ficam bastante desanimados para prosseguir. A crítica amarga dificilmente produz bons resultados; pelo contrário, a crítica amarga elimina a esperança dos filhos, deixa-os na defensiva e gera no coração deles raiz de amargura. Não estamos incentivando a condescendência ou conivência com o erro cometido pelo filho. Entretanto, quando os filhos tiverem de ser corrigidos, devemos fazê-lo com brandura (Gálatas 6:1). Voltemos ao passado, lembremo-nos de que já cometemos o mesmo erro e nos perguntemos: "Como eu gostaria de, numa situação dessas, ser corrigido pelos meus pais?" Esse pequeno lapso de tempo pode desfazer a irritação e produzir caminhos mais criativos no trato do pai com o filho. Dessa forma fica mais fácil os filhos obedecerem. Se aqueles que têm filhos desejam ser bons pais, precisam primeiramente ser boas esposas e bons maridos. Ambos precisam compartilhar submissão e amor um para com o outro. É somente dessa forma que bons pais surgem, é dessa forma que lares felizes surgem. Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 146 |
À igreja de Deus que está em
Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos
os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e
nosso (1 Co 1:2)
Mt 7:21; Rm 16:5; 1 Co
12:12-13; 16:19; Hb 3:6
O Senhor incumbiu a igreja de
pregar o evangelho do reino por todo o mundo (Mt 24:14). Isso significa que Seu
desejo é que os homens não apenas sejam salvos e conheçam as verdades bíblicas,
mas, principalmente, que as pratiquem (7:21, 24).
Na igreja temos oportunidade
de praticar a Palavra de Deus, mas o que é a igreja? Sabemos que é o ajuntamento
de todos que foram chamados por Deus, isto é, foram regenerados com a vida de
Deus após terem crido no evangelho da graça. É também onde crescemos na vida
divina.
Todavia, para muitos, a igreja
é apenas um templo, um lugar de reuniões para ouvir mensagens. Geralmente as
religiões têm um templo, comumente denominado igreja, onde concentram seus
fiéis. Entretanto a Palavra de Deus não se refere à igreja como um lugar físico
para reuniões, e sim às pessoas, aos santificados em Cristo (1 Co 1:2). Quando
estes estão juntos, a igreja está ali; quando não estão, a igreja simplesmente
não está.
Em certos lugares, alguns
irmãos presumem que somente aqueles que partem o pão com eles são considerados a
igreja. Contudo a Bíblia não diz isso, pois todos os que creem são membros do
Corpo de Cristo, pois foram batizados para dentro de um mesmo corpo
(12:12-13).
Segundo a Palavra de Deus, a
revelação da realidade da vida da igreja diz respeito ao seu viver. Assim, a
vida da igreja não se resume a algumas reuniões num templo, onde são proferidas
mensagens e os irmãos vêm somente para ouvi-las, mas diz respeito ao viver dos
filhos de Deus, à prática de Sua Palavra no dia a dia. Talvez, por isso, várias
vezes é mencionado que a igreja se reunia nas casas dos irmãos (At 16:40; Rm
16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15).
No Novo Testamento, a igreja
foi mencionada pela primeira vez em Mateus 16, num contexto onde fariseus e
saduceus tentaram a Jesus, pedindo-Lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu
(v. 1). O Senhor poderia dar-lhes um sinal, mas Ele não quis fazê-lo, e
respondeu: “Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal lhe será
dado, senão o de Jonas. E deixando-os, retirou-se” (v. 4).
Que sinal era esse a que Jesus
se referia? Havia uma cidade muito pecaminosa na Assíria chamada Nínive, que
Deus decidiu destruir (Jn 1:2), mas antes enviou o profeta Jonas para
adverti-los acerca da destruição, dando-lhes oportunidade para arrependimento.
Jonas, todavia, resolveu fugir de Deus embarcando num navio para Társis (v. 3).
Ao fugir, foi jogado ao mar e engolido por um grande peixe, onde ficou por três
dias e três noites (v. 17). Esse fato se refere à morte do Senhor Jesus, que,
após ter sido crucificado, ressuscitou ao terceiro dia (1 Co 15:4). Esse é o
sinal a que Jesus se referiu quando foi questionado pelos fariseus e
saduceus.
Louvamos ao Senhor Jesus que,
por Sua morte e ressurreição, a igreja foi gerada! Aleluia!