Pedi, buscai e batei | |
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á”
(Mateus 7:7,8)
Certa vez um cristão, convertido há um ano, aproximou-se de outro mais experiente no Senhor e este lhe perguntou: ”Ao longo deste ano você já leu a Bíblia toda?” Uma coisa é perguntar se lia a Bíblia, outra é indagar se a leu por inteiro. A resposta do novo convertido foi negativa. Dirigiu-lhe, ainda, outra pergunta: ”Quantas pessoas converteram-se por meio de sua pregação do evangelho neste ano? A terceira pergunta foi: ”Quantas orações suas foram respondidas durante este ano?” Com essas três perguntas, a vida daquele jovem cristão sofreu uma mudança positiva. Passou a lidar com as coisas espirituais com mais seriedade.
Quanto à oração, que será nosso enfoque principal nesta conversa, sabemos que todo cristão ora, mas como ora? Se formos sinceros, confessaremos que não sabemos orar como convém. (Romanos 8:26). Como podemos ser enchidos do Espírito ao orar, se temos estado tão cheios de nós mesmo? Temos problemas com cônjuge e não lhe perdoamos ou não lhe pedimos perdão. Talvez tenhamos barreiras com nossos irmãos em Cristo e ficamos indiferentes, achando que não precisamos dar importância a isso. Também podemos ter algum pecado do qual não nos arrependemos e confessamos diante de Deus, ou quem sabe, ainda amamos o mundo, seguindo suas paixões e concupiscências. Com todas essas pendências ou com algumas delas, ainda queremos ser enchidos do espírito e ter nossas orações respondidas e, por fim, ficamos decepcionados e dizemos que conosco as coisas não funcionam como com os outros cristãos. Não se trata disso; o fato é que estamos espiritualmente cheios de entulho, preconceitos, prevenções, rancores, mágoas, ou seja, cheios de nós mesmos. Você pode perguntar: ”Por que outros ficam alegres e eu não consigo?” Isso é resultado da perda da simplicidade que tínhamos no início de nossa vida cristã. Se você sente que essa é sua condição, ore a Deus: ”Senhor, restaura em mim a simplicidades. Sinto que, com o passar do tempo, fui perdendo a pureza, a inocência espiritual. Quantas coisas velhas se acumularam em mim, Senhor. Desejo ser esvaziado de todo entulho. Ó Senhor, restaura aquele amor que eu tinha no início por Ti e pela igreja”. O Senhor está esperando que nos voltemos a Ele humildemente, sem arrogância, e peçamos ajuda. Ele quer nos socorrer e, sem dúvida irá fazê-lo, basta abrirmos nosso coração.
Fonte: Extraído do Jornal Árvore da Vida Ano 13 Número 134
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10 outubro, 2012
Refletindo...
O livro aberto pelo Leão de Judá.
Um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos (Ap 5:5)
Hb 9:13-14; 1 Pe 1:19; Ap 5:1-6
O ministério é a incumbência, a comissão de Deus dada a alguém ou a um grupo de pessoas para a execução de Sua obra. No Antigo Testamento, Deus confiou o ministério a algumas pessoas. Vemos, por exemplo, o ministério dos filhos de Levi, os sacerdotes. Podemos chamá-lo de ministério sacerdotal. Para ser sumo sacerdote, um homem precisava ser ungido, como aconteceu com Arão, que foi ungido por Moisés. Ser ungido significava receber uma comissão. Desse modo, podemos dizer que o sumo sacerdócio é um ministério. Apesar de o Antigo Testamento não usar o termo “ministério”, todos os filhos de Arão que foram ungidos fizeram parte do ministério do Antigo Testamento.
O ministério do Novo Testamento teve início com o Senhor Jesus. Ele fez conosco uma nova aliança por meio de Seu sangue (Mt 26:29). Em Apocalipse 5 o início do ministério do Novo Testamento é representado pela abertura de um livro escrito por dentro e por fora, o qual continha sete selos (v. 1). Quando ouviu a pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (v. 2), João entristeceu-se e chorou muito, pois viu que ninguém podia abrir o livro (vs. 3-4). Então um dos anciãos lhe disse: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v. 5). Quando João se voltou para ver o Leão, o que viu foi um Cordeiro (v. 6a). Ambos simbolizam o Senhor Jesus.
O Senhor Jesus, por um lado, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29); por outro, é o Leão da tribo de Judá, o que se refere à Sua realeza. Por um lado, é a Raiz de Davi, ou seja, Ele é a origem de Davi; por outro, é descendente de Davi (Mt 1:1). Visto que Davi era um ser humano, nele havia o pecado, isto é, a natureza pecaminosa, a fonte de todos os pecados. Como descendente de Davi, o Senhor também era um homem, porém sem pecado (Rm 8:3; Hb 4:15b). Para vir nos salvar e nos substituir na cruz como homem, o Senhor precisou ganhar um corpo humano. O Senhor foi crucificado com esse corpo herdado de Maria, e, com Ele, nosso velho homem foi crucificado (Rm 6:6), e Seu sangue purificou-nos de todos os nossos pecados (cf. Hb 1:3; 9:13-14). Aleluia!
Além de ser o Cordeiro sem mácula cujo sangue nos redimiu (1 Pe 1:19), Cristo também é mostrado como Aquele que se assentou à destra da majestade de Deus nas alturas e está qualificado para governar. Esse é o aspecto de Leão da tribo de Judá, a tribo da realeza.
Como crentes em Cristo, estamos hoje no processo de transformação para nos tornarmos reis. Para ser um rei, é necessário, primeiro, ser trabalhado, transformado. Antes de ser um rei, ilustrado pelo leão, uma pessoa salva ainda tem muitos problemas ligados à vida da alma, ao seu ser natural, que é semelhante à natureza de um jumento em Gênesis 49:9-11. Um jumento tem a natureza extremamente forte, que precisa ser tratada para que a realeza, isto é, a vida de leão, um dia se manifeste. Um dia nossa natureza caída de “jumento” será substituída pela natureza de “leão” para reinarmos juntamente com Cristo (Ap 20:4b). Este é o resultado do Seu ministério.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Vida e obra para governar o mundo que há de vir.
Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (Rm 5:17)
Sl 8:3-9; Hb 2:5-8
Deus não quer o mundo vindouro debaixo do controle do príncipe deste mundo, por isso determinou que ele não será governado por anjos, mas pelo homem regenerado e totalmente transformado (Hb 2:5-8). Louvado seja o Senhor!
Deus tem muito que fazer em nós. Uma vez que nascemos de novo e fomos regenerados, Sua vida precisa crescer em nosso interior. Para que isso ocorra, Ele precisa eliminar nossa vida da alma, isto é, nosso eu, nosso ser natural caído e rebelde. Somente por meio da vida divina poderemos governar o mundo que há de vir, e não por meio da nossa natureza orgulhosa e independente (Rm 5:17b). Além disso, para sermos equipados para governar o mundo que há de vir, o Senhor permitirá que, muitas vezes, passemos por várias provações que irão cooperar para nosso amadurecimento.
A fim de nos preparar, o Senhor nos colocou num lugar especial: a vida da igreja. A igreja não é um prédio ou uma organização. A igreja é essencialmente um viver. Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja para que este aprenda a negar a si mesmo, perder a vida da alma e abrir mão do ego, de modo que a vida divina cresça. Deus deseja que Seus filhos se tornem maduros e com Cristo sejam coerdeiros, governando com Ele o mundo que há de vir (Rm 8:17).
Todavia não é fácil conseguir isso. Deus precisa equipar tais homens regenerados, tanto no aspecto da vida, como no aspecto da obra. No aspecto da vida, vejamos um exemplo humano que pode ajudar-nos a entender a questão: o filho de um empresário precisa crescer e amadurecer para assumir os negócios do pai. Reinar no mundo que há de vir não é diferente. O reino é o “negócio” de nosso Pai celeste (Lc 2:48; 12:32 VRC). Em sua manifestação no mundo vindouro, o reino será governado por homens maduros na vida divina, que aprenderam a negar a vida da alma. No aspecto da vida, isto é, com respeito ao que somos, o crescimento de vida é primordial em nossa preparação para governar o mundo vindouro.
No aspecto da obra, isto é, de nosso serviço ao Senhor, também precisamos ser aperfeiçoados. Vejamos também um exemplo: para o filho do rei ser um bom governante, ele precisa de boa educação em todos os aspectos do governo e também precisa ter experiências nas várias situações que enfrentará. Governar o mundo que há de vir é a mesma coisa. Precisamos ser aperfeiçoados para a obra do ministério, a qual não é somente para hoje, mas principalmente para o reino vindouro. Louvado seja o Senhor!
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos |
O propósito de Deus em criar o homem.
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio (Gn 1:26a)
Gn 1:26-28; 2:7; 3:6-7; Is 14:12-15; Ez 28:12-17; Jo 16:11; Rm 5:12; Ef 5:12; Ap 12:4a
Louvado seja o Senhor, pois iniciamos com este volume mais uma série do Alimento Diário, intitulada “O ministério que seguimos e praticamos”. O tema desta semana é “O ministério neotestamentário”. O que praticamos, segundo a direção do Senhor, é viver no espírito invocando Seu nome. Por essa causa, Ele nos tem dado muitas revelações, como as palavras de Hebreus 2:5-8, que dizem que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a homens.
Deus criou o homem do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, para que este sujeitasse a terra e dominasse sobre os peixes, as aves e todo animal que rasteja pela terra. O Senhor soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1:26-28; 2:7). A alma vivente é a personalidade, a pessoa do homem.
Contudo, a fim de impedir o cumprimento do propósito de Deus, Satanás se adiantou e, antes que a vida divina entrasse no homem por meio da árvore da vida, enganou Eva e a induziu a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:1-7; 2 Co 11:3). Enganados, Adão e Eva pecaram, e por meio deles o pecado passou a todos os homens. Visto que a natureza pecaminosa está no homem, este peca de maneira espontânea (Rm 5:12).
Como poderia esse homem caído e falho governar o mundo que há de vir? Exatamente por estar numa condição pecaminosa, o ser humano necessita da redenção. O Senhor resolveu o problema de nossos pecados ao ser crucificado e derramar Seu sangue precioso. Uma vez resolvido o problema do pecado, todo aquele que crê no Senhor Jesus está apto para receber a vida divina.O novo nascimento é o primeiro requisito para quem deseja reinar no mundo vindouro (cf. Jo 1:12-13; 3:3, 5). Em segundo lugar, o homem precisa amadurecer e ser aperfeiçoado na obra do ministério, isto é, precisa ter experiências de servir ao Senhor. Tudo isso visa prepará-lo para o reino de Deus.
O mundo vindouro não foi designado a anjos, e sim a homens. Contudo o mundo de outrora foi entregue para o governo de um arcanjo, chamado de estrela da manhã, ou Lúcifer (Is 14:12; Ez 28:12-17). Apesar de Lúcifer ter sido criado por Deus de maneira perfeita, em seu interior surgiu orgulho e ambição, de modo que ele quis exaltar a si mesmo (Is 14:13-14). Embora já tivesse posição elevada como o principal dos arcanjos, ele não estava satisfeito; queria subir mais a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Deus não o podia tolerar, por isso ele foi lançado para a terra, juntamente com um terço dos anjos, que o seguiram (Ap 12:4a). Esses são os que Efésios 6:12 chama de “principados e potestades, [...] dominadores deste mundo tenebroso, [...] forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. São eles os que hoje dominam as nações. Além dos anjos, as criaturas que havia na terra na era pré-adâmica também o seguiram em sua rebelião. Deus os julgou com água, e eles se tornaram espíritos imundos, ou demônios.
Na terra há cerca de duzentas nações, e podemos afirmar que todas estão debaixo do controle do príncipe deste mundo (Jo 16:11). Por isso há desavenças, conflitos e guerras entre os povos. Isso é resultado do domínio desses principados e potestades, sob o comando do príncipe deste mundo, Satanás, o diabo, o adversário de Deus, que usurpou Sua autoridade.
O propósito de Deus é retomar o domínio da terra usurpado por Seu inimigo, e Ele o fará por meio do homem regenerado mediante a vida divina. Para isso, Ele nos providenciou uma salvação completa e um lugar maravilhoso em que podemos crescer e amadurecer em Sua vida, o viver da igreja. Uma vez maduros e transformados, poderemos não apenas expressar Deus em plenitude como também exercer o domínio por Ele, isto é, trazer o Seu reino para a terra (Mt 6:10). Louvado seja o Senhor!
07 outubro, 2012
Refletindo...
Revirar o Solo | |
Há algum tempo um cristão trabalhou com fazendeiros. Nesse convívio, um deles contou-lhe o seguinte fato: certa época plantou determinada semente. No entanto, nada aconteceu. Aparentemente, o problema estava na semente. Como precisasse utilizar aquela terra, muito tempo depois este fazendeiro virou o solo e lançou ali nova semente. Qual foi a surpresa ao constatar que, quando as novas sementes germinaram e brotaram, surgiram também brotos das primeiras sementes, semeadas muitos anos antes. Espiritualmente ocorre processo semelhante. A Palavra de Deus, como uma semente, é lançada ao solo do nosso coração. Muitas vezes, no entanto, aparentemente nada ocorre: não se observa nenhuma transformação em nós operada pela Palavra, não se observa mais fé e mais confiança no Senhor, não se vê mais conhecimento vivo de Cisto dado pela Palavra. Havera algum problema com a semente? Certamente não. A palavra é viva e eficaz(Hb4:12) e não fica sem realizar aquilo para que foi designada (Is55:10,11). Que faz Deus, então? Revira a terra. Ocasionalmente, Deus permite que aconteça em nossa vida situações de tumulto,de sofrimento, de tirar tudo do lugar, de desestabilizar-mos.Isso faz com que a Palavra, que estava deppositada no mais profundo de nosso ser, seja despertada, e prepare o terreno do coração,limpando-o da autoconfiança, da displicencia, do orgulho, da negligencia. Assim,a Palavra, há tanto ouvida e prontamente esquecida, emerge cheia de vida, cheia do poder da vida indissoluvel (Hb7:16), resgatando-nos de nós mesmos e levando-nos a Deus. Portanto, se voce, tualmente, sente que em sua vida parece estar ocorrendo uma revirada do solo, não se assuste -isso é o amor de Deus. Ele sabe que assim, e somente asim, somos levados a desistir de viver por nós mesmos e viver de acordo com Sua vida. O resultado será a vida germinando e gerando muito fruto.
Estudo Diário "O Pão da Vida".
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Para Meditar...
Graças o Senhor pelo ministério de João em sua maturidade, pelo ministério de Espírito e vida. O Senhor abriu-nos uma porta, agora levaremos o evangelho do reino também para os norte-americanos. Apesar de aquele país ter sido fundado por cristãos, a sociedade americana hoje está muito longe da Palavra de Deus; é por isso que o Senhor nos comissionou a ir até lá para restaurar as pessoas com o evangelho do reino, na esfera de Espírito e vida. Se o Senhor nos usar para fazer Sua obra naquele lugar, Sua volta estará mais próxima, pois essa é a promessa do Senhor: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24:14).
O Senhor nos abriu a porta e nós entramos, mas ainda precisamos de mais pessoas que tenham encargo pela pregação do evangelho do reino e que tenham disposição de migrar para outros países. Por isso encorajamos os irmãos, especialmente os jovens, para se levantarem diante do Senhor e serem aperfeiçoados no CEAPE – Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho – a fim de se tornarem colportores. Dessa forma muitos serão preparados e enviados para cooperar com o avanço da obra do Senhor nos Estados Unidos e em outros países.
Que sejamos fiéis ao chamamento que o Senhor nos fez! Que Ele nos conceda Sua graça para desempenharmos nosso ministério, a fim de apressarmos Sua vinda e introduzirmos Seu reino. Jesus é o Senhor!
www.radioarvoredavida.net
serie a revelação da realidade da vida da igreja.
O propósito de Deus em criar o homem.
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio (Gn 1:26a)
Gn 1:26-28; 2:7; 3:6-7; Is 14:12-15; Ez 28:12-17; Jo 16:11; Rm 5:12; Ef 5:12; Ap 12:4a
Louvado seja o Senhor, pois iniciamos com este volume mais uma série do Alimento Diário, intitulada "O ministério que seguimos e praticamos". O tema desta semana é "O ministério neotestamentário". O que praticamos, segundo a direção do Senhor, é viver no espírito invocando Seu nome. Por essa causa, Ele nos tem dado muitas revelações, como as palavras de Hebreus 2:5-8, que dizem que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a homens.
Deus criou o homem do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, para que este sujeitasse a terra e dominasse sobre os peixes, as aves e todo animal que rasteja pela terra. O Senhor soprou em sua narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1:26-28; 2:7). A alma vivente é a personalidade, a pessoa do homem.
Contudo, a fim de impedir o cumprimento do propósito de Deus, Satanás se adiantou e, antes que a vida divina entrasse no homem por meio da árvore da vida, enganou Eva e a induziu a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:1-7; 2 Co 11:3). Enganados, Adão e Eva pecaram, e por meio deles o pecado passou a todos os homens. Visto que a natureza pecaminosa está no homem, este peca de maneira espontânea (Rm 5:12).
Como poderia esse homem caído e falho governar o mundo que há de vir? Exatamente por estar numa condição pecaminosa, o ser humano necessita da redenção. O Senhor resolveu o problema de nossos pecados ao ser crucificado e derramar Seu sangue precioso. Uma vez resolvido o problema do pecado, todo aquele que crê no Senhor Jesus está apto para receber a vida divina. O novo nascimento é o primeiro requisito para quem deseja reinar no mundo vindouro (cf. Jo 1:12-13; 3:3, 5). Em segundo lugar, o homem precisa amadurecer e ser aperfeiçoado na obra do ministério, isto é, precisa ter experiências de servir ao Senhor. Tudo isso visa prepará-lo para o reino de Deus.
O mundo vindouro não foi designado a anjos, e sim a homens. Contudo o mundo de outrora foi entregue para o governo de um arcanjo, chamado de estrela da manhã, ou Lúcifer (Is 14:12; Ez 28:12-17). Apesar de Lúcifer ter sido criado por Deus de maneira perfeita, em seu interior surgiu orgulho e ambição, de modo que ele quis exaltar a si mesmo (Is 14:13-14). Embora já tivesse posição elevada como o principal dos arcanjos, ele não estava satisfeito; queria subir mais a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Deus não podia tolerar, por isso ele foi lançado para a terra, juntamente com um terço dos anjos, que o seguiram (Ap 12:4a). Esses são os que Efésios 6:12 chama de "principados e potestades, [...] dominadores deste mundo tenebroso, [...] forças espirituais do mal, na regiões celestes". São eles os que hoje dominan as nações. Além dos anjos, as criaturas que havia na terra na era pré-adâmica também o seguiram em sua rebelião. Deus os julgou com água, e eles se tornaram espíritos imundos, ou demônios.
Na terra há cerca de duzentas nações, e podemos afirmar que todas estão debaixo do controle do príncipe deste mundo (Jo 16:11). Por isso há desavenças, conflitos e guerras entre os povos. Isso é resultado do domínio desses principados e potestades, sob o comando do príncipe deste mundo, Satanás, o diabo, o adversário de Deus, que usurpou Sua autoridade.
O propósito de Deus é retomar o domínio da terra usurpado por Seu inimigo, e Ele o fará por meio do homem regenerado mediante a vida divina. Para isso, Ele nos providenciou uma salvação completa e um lugar maravilhoso em que podemos crescer e amadurecer em Sua vida. o viver da igreja. Uma vez maduros e transformados, poderemos não apenas expressar Deus em plenitude como também exercer o domínio por Ele, isto é, trazer o Seu reino para a terra (Mt 6:10). Louvado seja o Senhor!
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05 outubro, 2012
Para Meditar...
O que é a obra de Deus? | |
Leitura: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.12-14).
"E nós na qualidade de cooperadores com Ele" (2 Coríntios 6a).
Deus tem Sua obra. Essa não é a sua nem a minha obra, tampouco é a obra desta missão ou daquele grupo. É a obra do próprio Deus. Gênesis 1 nos diz que Deus trabalhou e, depois, descansou. No início, Deus criou a luz, os seres vivos, o homem e assim por diante. Ninguém, a não ser Ele, poderia realizar essa obra da criação. E hoje Ele também tem Sua obra, que não é a obra de homem algum e que homem algum pode fazer. A obra de Deus não pode ser feita por ninguém, a não ser pelo próprio Deus. Quanto mais cedo aprendermos isso, melhor, porque as obras, as idéias, os métodos, o zelo, a seriedade, os esforços e as atividades incansáveis do homem não têm qualquer lugar no que Deus está fazendo. O homem não pode ter mais parte na obra de Deus hoje do que poderia ter nos tempos remotos da criação.
Aos filipenses, Paulo diz: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus". O Senhor Jesus tem um propósito especial e específico ao nos alcançar, e é esse propósito específico que desejamos alcançar. Ele tem um propósito, e esse propósito é que ele nos ganhe a fim de sermos cooperadores, co-obreiros com Ele. Entretanto, ainda é verdade que não podemos fazer a obra de Deus, visto que toda ela é absoluta e totalmente Dele. No entanto, nós somos Seus co-obreiros. De modo que, por um lado, devemos reconhecer que não podemos tocar, nem mesmo com o dedo mínimo, a obra de Deus e, por outro, somos chamados para ser co-obreiros com Ele! E foi com este fim que Ele nos alcançou. O Senhor tem um propósito definido na salvação - e um propósito claro e específico ao nos salvar -, que é nos ter como Seus co-obreiros. O que, então, é a obra de Deus? Efésios nos mostra isso de forma mais clara que qualquer outro livro no Novo Testamento. O capítulo 1 diz: "Assim como nos escolheu Nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele" (v. 4); no capítulo 2 lemos: "Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (v. 7). Lemos também no primeiro capítulo: "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segundo o Seu beneplácito que propusera em Cristo" (v. 9) Em todas as reuniões da igreja freqüentemente há aqueles que se levantam e falam de acordo com sua própria mente. Eles não estão falando no Espírito, mas estão "fora do tom". O que dizem é de pouco ou nenhum valor. Mas na criação de Deus, conforme Ele determinou, não existe nada fora do tom. Tudo é para o Filho, tudo vem de Cristo e para Cristo. Nada está fora Dele, pois Deus incluiu tudo em Cristo. "Nele foram criadas todas as coisas (...) Tudo foi criado por meio Dele e para Ele" (Cl 1.16). Tudo está em perfeita harmonia no plano de Deus. E Deus vai levar tudo em Sua criação a este nível e a este lugar de perfeita harmonia. Nesse sentido, não podemos fazer nada - Deus está fazendo tudo e tudo Ele fará.
Extraído do livro "A Obra de Deus" - W. Nee
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Refletindo...
A vida que vence | |
“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
Cl 3:3
A vida que Deus determinou para os cristãos é aquela vida que está oculta com Cristo em Deus. Nada pode tocar, afetar ou abalar essa vida. Assim como Cristo é inabalável, também o somos. Assim como Cristo transcende todas as coisas, também nós. Assim como Cristo está perante Deus, também nós estamos perante Ele. Jamais devemos nutrir o pensamento de que somos fracos e derrotados. Para o cristão, não existe fraqueza e derrota; pois "Cristo é a nossa vida" (Cl 3:4). Nada pode tocar nosso Senhor. Essa é a vida de Cristo!
Livro: A Vida que Vence.
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Outro Evangelho - A. W. Pink
Satanás não é um iniciador; ele é um imitador. Deus tem um Filho unigênito, o Senhor Jesus Cristo; de modo similar, Satanás tem o “filho da perdição” (2 Ts 2:3). Existe uma Trindade Santa; de maneira semelhante, existe a Trindade do Mal (Ap 20:10). Lemos nas Escrituras a respeito dos “filhos de Deus”. Lemos também sobre os “filhos do maligno” (Mt 13:38). Deus realmente realiza em seus filhos tanto o querer como o executar a sua boa vontade. Somos informados que Satanás é o “espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2:2). Existe um “mistério da piedade” (1 Tm 3:16). Também existe um “mistério da iniqüidade” (2 Ts 2:7). A Bíblia nos diz que Deus, por meio de seus anjos, sela os seus servos em suas frontes (Ap 7:3). Aprendemos igualmente que Satanás, por meio de seus agentes, coloca uma marca sobre as frontes de seus servidores (Ap 13:16). As Escrituras nos revelam que o “Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Co 2:10). De maneira semelhante, Satanás possui as suas “coisas profundas” (Ap 2:24). Cristo realiza milagres. Satanás também pode fazer isso (2 Ts 2:9). Cristo está assentado em seu trono. De modo semelhante, Satanás tem o seu trono (Ap 2:13). Cristo possui uma Igreja. Satanás tem a sua sinagoga (Ap 2:9). Cristo é a luz do mundo. De modo similar, o próprio Satanás “se transforma em anjo de luz” (2 Co 11:14). Cristo designou os seus apóstolos. Satanás também possui os seus apóstolos (2 Co 11:13). Tudo isso nos leva a considerar o “Evangelho de Satanás”.
Satanás é um arquiimitador. Ele está agora em atividade no mesmo campo em que o Senhor Jesus semeou a boa semente. O diabo está procurando impedir o crescimento do trigo, utilizando-se de outra planta, o joio, que em aparência se assemelha muito ao trigo. Em resumo, por meio de um processo de imitação, Satanás está almejando neutralizar a obra de Cristo. Portanto, assim como Cristo tem um evangelho, Satanás também possui um evangelho, que é uma imitação sagaz do evangelho de Cristo. O evangelho de Satanás se parece tanto com aquele que procura imitar, que multidões de pessoas não-salvas são enganadas por este evangelho.
O apóstolo Paulo se referiu a este evangelho, quando disse: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1.6,7). Este falso evangelho estava sendo proclamado mesmo nos dias do apóstolo, e uma terrível maldição foi lançada sobre aqueles que o pregavam. O apóstolo continuou: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (v. 8). Com a ajuda de Deus, nos esforçaremos para explicar, ou melhor, para desmascarar este falso evangelho.
O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem mesmo um programa de anarquia. Este evangelho não promove conflitos ou guerras, mas tem como alvo a paz e a unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho; ao invés disso, ele fomenta o espírito de fraternidade pelo qual a raça humana é considerada uma grande “irmandade”. Este evangelho não procura mortificar o homem natural, e sim aprimorá-lo e enaltecê-lo. O evangelho de Satanás defende a educação e a instrução, apelando ao “melhor que há no íntimo do ser humano”; tem como alvo fazer deste mundo um habitat tão confortável e agradável, que a ausência de Cristo não será sentida e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás se esforça para manter o homem tão ocupado com as coisas deste mundo, que não tem ocasião nem inclinação para pensar no mundo por vir. Este evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, da caridade e da benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para todos. Apela fortemente à mentalidade carnal, tornando-se popular entre as massas, porque ignora os solenes fatos de que, por natureza, o homem é uma criatura caída, está alienado da vida de Deus, morto em delitos e pecados, e de que a única esperança se encontra em ser nascido de novo.
Em distinção ao evangelho de Cristo, o evangelho de Satanás ensina que a salvação se realiza por meio das obras; incute na mente das pessoas a idéia de que a justificação diante de Deus ocorre com base nos méritos humanos. A frase sagrada do evangelho de Satanás é: “Seja bom e faça o bem”; mas falha em reconhecer que na carne não habita bem algum. O evangelho de Satanás anuncia uma salvação que se realiza por meio do caráter, uma salvação que é o reverso da ordem estabelecida por Deus, em sua Palavra — o caráter se manifesta como fruto da salvação. As ramificações e organizações deste evangelho são multiformes. Temperança, movimentos de reforma, associações de cristãos socialistas, sociedades de cultura ética, congressos sobre a paz, todas estas coisas são empregadas (talvez inconscientemente) em proclamar este evangelho de Satanás — a salvação pelas obras. Cristo é substituído pelo cartão de apelo; o novo nascimento do indivíduo é trocado pela pureza social; e a doutrina e a piedade são substituídas por filosofia e política. A cultivação do velho homem é considerada mais prática do que a criação de um novo homem em Cristo Jesus, enquanto a paz universal é procurada sem a interposição e o retorno do Príncipe da Paz.
Os apóstolos de Satanás não são donos de bares e negociantes de escravos brancos; em sua maioria, eles são ministros do evangelho ordenados por igrejas. Milhares daqueles que ocupam os púlpitos das igrejas modernas não estão mais engajados em apresentar as verdades fundamentais da fé cristã; eles deixaram de lado a verdade e se entregaram a fábulas. Em vez de magnificarem a grande vileza do pecado e revelarem as suas eternas conseqüências, tais ministros minimizam o pecado, por declararem que este é apenas uma ignorância ou uma ausência do bem. Em vez de advertirem seus ouvintes a fugirem da “ira vindoura”, tais ministros tornam Deus um mentiroso, por declararem que Ele é muito amável e misericordioso e que, por isso mesmo, não enviará qualquer de suas criaturas para o tormento eterno. Em vez de declararem que, “sem derramamento de sangue, não há remissão”, tais ministros apenas apresentam Cristo como o grande Exemplo e exortam seus ouvintes a seguirem os passos dEle. Temos de afirmar a respeito desses ministros: “Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” (Rm 10.3). A mensagem deles talvez pareça bastante plausível, e seu objetivo, digno de louvor; todavia, lemos a respeito deles: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Co 11.13-15).
Além do fato de que centenas de igrejas estão sem líderes que proclamem fielmente todo o conselho de Deus e apresentem o caminho de salvação dEle, também temos de encarar o fato de que a maioria das pessoas destas igrejas provavelmente têm de aprender a verdade por si mesmas. O culto familiar, onde uma porção da Palavra de Deus deveria ser lida todos os dias, é atualmente, mesmo nos lares de muitos crentes nominais, uma coisa do passado. A Bíblia não é exposta no púlpito, nem lida nos bancos das igrejas. As exigências de uma época repleta de atividades são inumeráveis, de modo que milhares de crentes têm pouco tempo e, menos ainda, inclinação de prepararem-se para o encontro com Deus. Por isso, a maioria dos que são muito indolentes para investigarem por si mesmos são deixados à mercê daqueles a quem eles pagam para examinarem as Escrituras no lugar deles; muitos deles negam a sua confiança em Deus, por estudarem e exporem os problemas econômicos e sociais, e não os óraculos de Deus.
Em Provérbios 14.12, lemos: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Este “caminho” que termina em “morte” é uma ilusão do diabo — o evangelho de Satanás — um caminho de salvação por meio de realizações humanas. É um caminho que “parece direito”, ou seja, é um caminho apresentado de uma maneira tão plausível, que apela ao homem natural; e de uma maneira tão sutil e atrativa, que recomenda a si mesmo à inteligência de seus ouvintes. Multidões incontáveis são seduzidas e enganadas por este caminho, devido ao fato de que ele se apropria de uma terminologia religiosa, recorre, às vezes, à Bíblia, para sustentar a si mesmo (sempre que isto for conveniente aos seus propósitos), e defende ideais nobres diante dos homens, sendo proclamado por aqueles que foram graduados em nossas instituições teológicas.
O sucesso de um falsificador de moedas depende de quão parecida a moeda falsa se torna com a genuína. A heresia não é uma negação completa da verdade, e sim uma perversão da verdade. Esta é a razão por que uma mentira incompleta é mais perigosa do que uma mentira completa. Por isso, quando “o pai da mentira” sobe ao púlpito, ele não costuma negar abertamente as verdades fundamentais do cristianismo; pelo contrário, ele as reconhece astutamente e, em seguida, apresenta uma interpretação errônea e uma falsa aplicação. Por exemplo, ele não manifestará uma tolice tão excessiva, a ponto de anunciar ousadamente sua incredulidade em um Deus pessoal; Satanás admite a existência de um Deus pessoal, mas, em seguida, apresenta uma falsa descrição do caráter deste Deus. Satanás anuncia que Deus é o Pai espiritual de todos os homens, quando as Escrituras nos dizem claramente que somos “filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26) e que, “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo 1.12). Além disso, Satanás declara que Deus é extremamente misericordioso e jamais enviará qualquer membro da raça humana para o inferno, quando Deus mesmo afirmou: “Se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lado de fogo” (Ap 20.15).
Satanás não seria tão medíocre, a ponto de ignorar o personagem central da História da humanidade — o Senhor Jesus. Pelo contrário, o evangelho de Satanás reconhece o Senhor Jesus como o melhor homem que já viveu. Este evangelho atrai a atenção das pessoas às obras de compaixão e de misericórdia realizadas por Jesus, à beleza de seu caráter e à sublimidade de seus ensinos. A sua vida é elogiada, mas a sua obra vicária é ignorada; a importantíssima obra de expiação na cruz nunca é mencionada, enquanto a sua triunfante ressurreição física, dentre os mortos, é considerada como uma das credulidades de uma época de superstições. Este evangelho não contém o sangue da expiação e apresenta um Cristo sem cruz, que é recebido não como Deus manifestado na carne, e sim apenas como o Homem Ideal.
Em 2 Coríntios 4.3-4, temos uma passagem bíblica que oferece muito esclarecimento sobre o nosso tema. Esta passagem nos diz: “Se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século [Satanás] cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. Satanás cega a mente dos incrédulos por ocultar-lhes a luz do evangelho de Cristo e por substituí-lo pelo seu próprio evangelho. Ele é apropriadamente chamado de “diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo” (Ap 12.9). Apenas em apelar ao “melhor que existe no homem” e em exortá-lo a “seguir uma vida nobre”, Satanás fornece uma plataforma geral sobre a qual as pessoas de diferentes tons de opinião podem se unir e proclamar esta mensagem comum.
Citamos, novamente, Provérbios 14.12: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Alguém já disse, com considerável verdade, que o caminho para o inferno está pavimentado com boas intenções. Haverá muitos no lago de fogo que recomendaram suas próprias vidas com boas intenções, resoluções honestas e ideais elevados — aqueles que eram justos em seus relacionamentos, corretos em suas transações e caridosos em todos os seus procedimentos; homens que se orgulhavam de sua integridade, mas que procuravam justificar-se a si mesmos diante de Deus, por meio de sua justiça própria; homens de boa moralidade, misericordiosos, magnânimos, mas que nunca se viram como pecadores culpados, perdidos, merecedores do inferno e necessitados de um Salvador. Este é o caminho que “parece direito”; é o caminho que a si mesmo se recomenda à mente carnal e a multidões de pessoas iludidas em nossos dias. O engano do diabo afirma que podemos ser salvos por meio de nossas próprias obras e justificados por meio de nossos atos; enquanto Deus nos declara em sua Palavra: “Pela graça sois salvos, mediante a fé... não de obras, para que ninguém se glorie”; e: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou”.
Há alguns anos, conheci um homem que era um pregador leigo e obreiro cristão entusiasta. Durante sete anos, ele estivera engajado na pregação pública e em atividades religiosas. No entanto, por meio das expressões que ele utilizava, eu mesmo duvidei se ele era “nascido de novo”. Quando comecei a questioná-lo, descobri que ele tinha um conhecimento muito imperfeito das Escrituras e apenas uma vaga noção sobre a obra de Cristo em favor dos pecadores. Por algum tempo, procurei apresentar-lhe o caminho da salvação, de uma maneira simples e impessoal, e encorajá-lo a estudar a Palavra de Deus, na esperança de que, se meu amigo ainda não era salvo, Deus se agradaria em revelar-lhe o Salvador que ele necessitava.
Uma noite, para nossa alegria, aquele que estivera pregando o evangelho por vários anos, confessou que havia encontrado a Cristo somente na noite anterior. Ele reconheceu (usando as suas próprias palavras) que estivera apresentando “o Cristo ideal”, e não o Cristo da cruz. Creio que existem milhares de pessoas semelhantes a este pregador, pessoas que, talvez, foram trazidas à Escola Dominical, aprenderam sobre o nascimento, a vida e os ensinos de Jesus Cristo; pessoas que crêem na historicidade da pessoa de Cristo; pessoas que esporadicamente se esforçam para obedecer os preceitos de Jesus e pensam que isso é tudo que é necessário para a sua salvação. Com freqüência, esse tipo de pessoa, quando atinge a maturidade e sai para o mundo, depara-se com os ataques de ateístas e infiéis, dizendo-lhes que Jesus de Nazaré nunca viveu neste mundo. Mas as impressões dos primeiros contatos com o evangelho não podem ser facilmente apagadas e tais pessoas permanecem firmes na confissão de que crêem em Jesus. Apesar disso, quando a sua fé é examinada, com muita freqüência descobre-se que, embora acreditem em muitas coisas sobre Jesus, tais pessoas realmente não crêem nEle. Em sua mente, elas acreditam que Ele realmente viveu neste mundo (e, por crerem nisso, imaginam que são salvas), mas nunca abaixaram as armas de sua guerra contra Jesus, sujeitando-se a Ele, nem creram nEle verdadeiramente, com todo o seu coração.
A simples aceitação de uma doutrina ortodoxa sobre a pessoa de Cristo, sem o coração haver sido conquistado por Ele e sem a vida Lhe ser consagrada, é outra fase do “caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”; em outras palavras, é outro aspecto do evangelho de Satanás.
E, agora, qual é a sua situação? Você está no caminho que “parece direito”, mas termina na morte, ou no caminho estreito que conduz à vida? Você abandonou verdadeiramente o caminho largo que conduz à perdição? O amor de Cristo criou em seu coração um ódio e horror por tudo aquilo que é desagradável a Deus? Você tem desejo de que Ele reine sobre você (Lc 19.14)? Você está descansando plenamente na justiça de Cristo e no sangue dEle para a sua aceitação diante de Deus?
Aqueles que estão confiando em formas exteriores de piedade, como o batismo ou a “confirmação”; aqueles que são religiosos porque isto é considerado uma característica de respeitabilidade; aqueles que freqüentam alguma igreja, porque fazê-lo está na moda; e aqueles que se unem a alguma denominação porque supõem que esse passo os capacitará a se tornarem cristãos — todos esses estão no caminho que “ao cabo dá em morte” — morte espiritual e eterna. Não importa quão puros sejam os nossos motivos; quão bem intencionados, os nosso propósitos; quão nobres, as nossas intenções; quão sinceros, os nossos esforços, Deus não nos reconhece como seus filhos enquanto não recebemos o seu Filho.
Uma forma ainda mais ilusória do evangelho de Satanás consiste em levar os pregadores a apresentarem o sacrifício expiatório de Cristo e, em seguida, dizerem aos seus ouvintes que a única exigência de Deus para eles é que creiam no seu Filho. Por meio disso, milhões de almas que não se arrependem são iludidas, pensando que foram salvas. Mas o Senhor Jesus disse: “Se.... não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13.3). Arrepender-se significa odiar o pecado, sentir tristeza por causa do pecado e converter-se dele. É o resultado da obra do Espírito Santo em tornar o coração contrito diante de Deus. Ninguém, exceto a pessoa de coração quebrantado, pode crer de maneira salvífica no Senhor Jesus Cristo.
Afirmamos, mais uma vez, que milhares estão iludidos, ao supor que “aceitaram a Cristo” como seu “Salvador pessoal”, quando na realidade ainda não O receberam como seu SENHOR. O Filho de Deus não veio ao mundo para salvar seu povo nos pecados deles, e sim para salvá-los “dos pecados deles” (Mt 1.21). Ser salvo dos pecados significa ser salvo do ignorar e do rejeitar a autoridade de Deus; significa abandonar o curso de vida caracterizado pelo egoísmo e pela satisfação pessoal; ou, em outras palavras, abandonar nosso próprio caminho (Is 55.7). Ser salvo significa sujeitar-se à autoridade de Deus, render-se ao domínio dEle, oferecer-nos a nós mesmos para sermos governados por Ele. Aquele que nunca tomou sobre si o jugo de Cristo; aquele que não está verdadeira e diligentemente procurando agradar a Cristo, em todos os aspectos da sua vida, e continua supondo que está confiando na obra consumada de Cristo, esse está iludido por Satanás.
Em Mateus 7, há duas passagens que nos mostram os resultados aproximados entre o evangelho de Cristo e a falsificação de Satanás. Primeira, nos versículos 13 e 14: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”. Segunda, nos versículos 22 e 23: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Sim, querido leitor, é possível trabalhar em nome de Cristo (até pregar em seu nome) e, embora o mundo e a igreja nos conheçam, não sermos conhecidos pelo Senhor! Quão necessário é que descubramos em que situação realmente estamos; que examinemos a nós mesmos, a fim de sabermos se estamos na fé; que nos julguemos pela Palavra de Deus e verifiquemos se estamos sendo enganados pelo nosso sutil inimigo; que descubramos se estamos edificando nossa casa sobre a areia ou se ela está construída sobre a Rocha, que é Jesus Cristo! Que o Espírito de Deus examine nosso coração, quebrante nossa vontade, destrua nossa inimizade contra Deus, produza em nós um profundo e verdadeiro arrependimento e faça os nossos olhos se fixarem no Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
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04 outubro, 2012
Para Meditar...
O Reino | |
Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo. Mateus 5:23-26 Agora direi algumas palavras francas e sérias. Dois irmãos ou duas irmãs que estejam em discórdia não podem estar juntas no reino. No reino vindouro, haverá somente amor e misericórdia; apenas os que amam e têm misericórdia dos outros poderão estar no reino dos céus. Se estou envolvido em uma discussão com um irmão, e se a questão não for resolvida nesta era, então, no futuro, ou ambos seremos excluídos do reino, ou somente um de nós entrará. Não será possível ambos entrarmos. É impossível termos problemas uns com os outros e ainda reinar ao mesmo tempo no milênio futuramente. No reino todos os cristãos serão unânimes. Não haverá absolutamente quaisquer barreiras entre duas pessoas. Se hoje enquanto estamos na terra, tivermos algum atrito com qualquer irmão ou irmã, se tivermos obstáculos com qualquer irmão ou irmã, temos de ser cuidadosos. Poderá ocorrer de nós entrarmos e o outro ser excluído, ou de o outro entrar e de nós sermos excluídos, ou de ambos sermos excluídos. O Senhor diz que enquanto estiver com seu irmão a caminho, você deve reconciliar-se com ele. Isso significa que enquanto você e ele estiverem vivos e antes que o Senhor Jesus volte, você tem de reconciliarse com seu irmão. O Senhor não irá tolerar que dois inimigos fiquem queixando-se um do outro no reino. Hoje podemos fazer queixas sobre os outros com muita facilidade; mas tais queixas vão manter a nós, ou a outros, ou a ambos, do lado de fora do reino. Parece que hoje a igreja é muito livre, mas não será assim naquele dia. "Enquanto estás com ele a caminho", diz o Senhor. Se você morrer, se ele morrer ou se o Senhor Jesus voltar, esse caminho terá acabado. Portanto, você deve resolver a questão rapidamente, antes que o Senhor volte e enquanto você e ele estão a caminho. "Para que o adversário não te entregue ao juiz", o juiz é o Senhor Jesus; "o juiz ao oficial de justiça", o oficial de justiça é o anjo; "e sejas recolhido à prisão". Isso nos mostra claramente que um irmão que tenha ofendido a outro irmão sofrerá uma punição muito severa. Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee |
Refletindo...
A diferença entre pecado e pecados | |
Podemos facilmente dizer que a diferença entre pecado e pecados é que pecado é singular e pecados é plural. Entretanto, precisamos distinguir claramente entre pecado e pecados. Se você não consegue diferenciar os dois, será impossível ter clareza da sua salvação. Se uma pessoa não tem clareza da diferença entre pecado e pecados, mesmo que seja salva, sua salvação provavelmente é uma salvação obscura. Que é pecado de acordo com a Bíblia? E que são pecados? Permitam-me dar uma breve definição primeiro. Pecado refere-se àquele poder dentro de nós que nos motiva a cometer atos pecaminosos. Pecados, por outro lado, refere-se aos atos pecaminosos individuais, específicos, que cometemos exteriormente. Que é pecado? Não gosto de utilizar termos tais como “pecado original”, “a raiz do pecado”, “a fonte do pecado” ou similares. Estes termos são criados por teólogos e são desnecessários para nós agora. Seremos simples e consideraremos essa questão a partir da nossa experiência. Sabemos que há algo dentro de nós que nos motiva e nos obriga a ter certas inclinações espontâneas, que nos induz para o caminho da concupiscência e paixão. De acordo com a Bíblia esse algo é o pecado (Rm 7:8, 16-17). Todavia, não há somente o pecado interior que nos obriga e induz, há também os atos pecaminosos individuais, os pecados, os quais são cometidos exteriormente. Na Bíblia, os pecados estão relacionados com a nossa conduta, enquanto o pecado está relacionado com a nossa vida natural. Pecados são os cometidos pelas mãos, pelos pés, pelo coração, e mesmo por todo o corpo. Paulo refere-se a isso ao falar dos feitos do corpo (Rm 8:13). Então, que é o pecado? O pecado é uma lei que controla nossos membros (Rm 7:23). Existe algo dentro de nós que nos leva a pecar, a cometer o mal e esse algo é o pecado. Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas Escrituras que precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos. Esses oito capítulos mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos encontramos uma característica notável: do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados, no plural, é mencionada; a palavra pecado, no singular, jamais é mencionada. Mas, de 5:12 até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado, não pecados. Do capítulo 1 até 5:11, Romanos mostra-nos que o homem tem cometido pecados diante de Deus. De 5:12 em diante, Romanos mostra-nos que tipo de pessoa o homem é diante de Deus: um pecador. Pecado refere-se à vida que possuímos. Antes de Romanos 5:12 nenhuma menção há de mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser vivificado e, sim, que os pecados individuais que alguém cometeu precisam ser perdoados. De 5:12 em diante, temos a segunda seção. Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós como uma lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer os pecados, os atos pecaminosos. Por isso há necessidade de sermos libertados. Os pecados têm a ver com a nossa conduta, e para isso a Bíblia mostra-nos que precisamos de perdão (Mt 26:28; At 2:38; 10:43). Porém, o pecado é o que nos incita, induz-nos a cometer os atos pecaminosos. Por isso, a Bíblia mostra-nos que precisamos de libertação (Rm 6:18, 22). Certa vez encontrei um missionário que falava sobre “o perdão do pecado”. Imediatamente levantei-me, apertei sua mão e perguntei: “Onde na Bíblia se diz ‘perdão do pecado’?” Ele argumentou que existiam muitos casos. Quando lhe perguntei se podia encontrar um para mim, ele disse: “Que você quer dizer? Não é possível encontrar nem sequer um lugar que diga isso?” Eu disse-lhe que em toda a Bíblia, em nenhum lugar são mencionadas as palavras o perdão do pecado; em vez disso, a Bíblia sempre fala de “perdão de pecados”. Os pecados é que são perdoados, não o pecado. Ele não acreditou em minhas palavras, então foi procurar em sua Bíblia. Finalmente me disse: “Sr. Nee, é tão estranho. Toda vez que essa frase é usada, um pequeno s é adicionado a ela”. Creio que você pode ver que os pecados é que são perdoados, não o pecado. Os pecados são exteriores a nós. Eis por que precisam ser perdoados. Contudo, algo mais está dentro de nós, algo forte e poderoso que nos leva a cometer pecados. Para isso precisamos não de perdão, mas de libertação. Precisamos ser libertados. Tão logo não estejamos mais sob seu poder e nada tenhamos a ver com ele, estaremos em paz. A solução para os pecados vem do perdão. Entretanto, a solução para o pecado vem quando não estivermos mais debaixo do seu poder e não tivermos mais nada a ver com ele. Os pecados estão relacionados com as nossas ações e são cometidos um por um. Eis por que precisam ser perdoados. O pecado, porém, está dentro de nós e precisamos ser libertados dele. Portanto, a Bíblia nunca diz “perdão do pecado”, mas “perdão dos pecados”. Tampouco a Bíblia fala sobre ser “libertado dos pecados”. Posso assegurar-lhes que a Bíblia nunca diz isso. Pelo contrário, a Bíblia diz que somos “libertados do pecado”, em vez de libertados dos pecados. A única coisa da qual precisamos escapar e ser libertados é daquilo que nos incita e nos induz a cometer pecados. Essa distinção é feita de modo bastante claro na Bíblia. Posso comparar os dois desta forma: De acordo com a Bíblia, o pecado está na carne; enquanto os pecados estão na nossa conduta. O pecado é um princípio dentro de nós; é um princípio da vida que temos. Os pecados são atos cometidos por nós; são atos em nosso viver. O pecado é uma lei nos membros. Os pecados são transgressões que cometemos; são atividades e atos reais. O pecado está relacionado com o nosso ser; os pecados estão relacionados com o nosso agir. Pecado é o que somos; pecados é o que fazemos. O pecado está na esfera da nossa vida; os pecados estão na esfera da consciência. O pecado está relacionado com o poder da vida que possuímos; os pecados estão relacionados com o poder da consciência. Uma pessoa é governada pelo pecado em sua vida natural, mas ela é condenada em sua consciência pelos pecados cometidos exteriormente. Pecado é algo considerado como um todo; pecados são coisas consideradas caso a caso. O pecado está no interior do homem; os pecados estão diante de Deus. O pecado requer que sejamos libertados; os pecados requerem que sejamos perdoados. Pecado diz respeito à santificação; pecados se relacionam com a justificação. Pecado é uma questão de vencer; pecados é uma questão de ter paz no coração. O pecado está na natureza do homem; os pecados estão nos hábitos do homem. Figurativamente falando, o pecado é como uma árvore e os pecados são como o fruto da árvore. Podemos tornar essa questão clara com uma simples ilustração. Ao pregar o evangelho, freqüentemente comparamos o pecador a um devedor. Todos sabemos que ser devedor não é algo agradável. Contudo devemos lembrar que uma coisa é alguém ter dívidas; e outra coisa é ter disposição para contrair dívidas. Uma pessoa que toma empréstimos seguidas vezes não se importa tanto com o fato de usar dinheiro alheio. A Bíblia diz que os cristãos não devem ser devedores (Rm 13:8); eles não deveriam tomar emprestado dos outros. Uma pessoa com tendência a tomar emprestado pode pedir duzentos ou trezentos dólares de alguém hoje e, depois, dois ou três mil dólares de outro amanhã. E mesmo que seja incapaz de pagar suas dívidas e seus parentes ou amigos tenham de pagá-las por ele, após uns poucos dias ele começará a pensar em pedir emprestado novamente. Isso mostra que tomar emprestado é uma coisa, mas ter tendência para o empréstimo é outra. Os pecados descritos pela Bíblia são como débitos exteriores, enquanto pecado é como o hábito e a disposição interiores, é como a mente que tem a inclinação de tomar emprestado facilmente. Uma pessoa com tal mente não irá parar de tomar emprestado simplesmente porque alguém pagou seus débitos. Pelo contrário, ela pode até mesmo tomar emprestado ainda mais, porque os outros agora estão pagando suas dívidas. Essa é a razão de Deus não tratar apenas com o registro dos pecados, mas também com a inclinação para o pecado. Podemos ver a importância de lidar com os pecados, mas é igualmente importante lidar com o pecado. Somente ao vermos ambos os aspectos é que o nosso entendimento sobre nossa salvação será completo. Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee |
03 outubro, 2012
Refletindo...
Como lidar com a culpas | |
Leitura:
"Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Quando alguma pessoa pecar, e cometer ofensa contra o SENHOR, e negar ao seu próximo o que este lhe deu em depósito, ou penhor, ou roubar, ou tiver usado de extorsão para com o seu próximo; ou que, tendo achado o perdido, o negar com falso juramento, ou fizer alguma outra cousa de todas em que o homem costuma pecar, será, pois, que, tendo pecado e ficado culpado, restituirá aquilo que roubou, ou que extorquiu, ou o depósito que lhe foi dado, ou o perdido que achou, ou tudo aquilo sobre o que jurou falsamente; e o restituirá por inteiro ainda a isso acrescentará a quinta parte; àquele a quem pertence, lho dará no dia da sua oferta pela culpa. E, por sua oferta pela culpa, trará, do rebanho, ao SENHOR um carneiro sem defeito, conforme a tua avaliação, para a oferta pela culpa; tra-lo-á ao sacerdote"
(Levítico 6.1-6) Se cometermos tais ofensas (ou culpas), o que deveremos fazer? Sabemos, é claro, que, de fato, precisamos lidar com a questão. "Será, pois, que, tendo pecado e ficado culpado (...)" (v. 4). Pecar é um ato, e ficar culpado é ser acusado diante de Deus. O que devemos fazer quando estamos sendo acusados diante de Deus? "(...) restituirá aquilo que roubou, ou que extorquiu, ou o depósito que lhe foi dado, ou o perdido que achou, ou tudo aquilo sobre o que jurou falsamente; e o restituirá por inteiro ainda a isso acrescentará a quinta parte; àquele a quem pertence, lho dará no dia da sua oferta pela culpa" (vv. 4, 5). Trata-se de uma ordenança muito importante. Em primeiro lugar, devolva por inteiro o que pegou. Tudo o que não nos pertence não deve permanecer em nossa casa. Como você pode esperar que a sociedade seja limpa se você, sendo cristão, não o é? Como você espera que as outras pessoas devolvam o que pegaram se você, sendo cristão, não as devolve? Todo cristão precisa ser limpo. Temos de devolver ou pedir desculpas tão logo pudermos. Existe uma diferença básica entre a natureza da oferta pelo pecado e a natureza da oferta pela culpa. A oferta pelo pecado significa "conciliar", ao passo que a oferta pela culpa, "restituir". Não somos capazes de devolver para Deus nada concernente ao que pecamos. Também não podemos conciliar-nos com os homens se pecamos contra eles. O pecado que cometemos deve ser propiciado diante de Deus pelo sangue do Seu Cordeiro. No entanto, quando pecamos contra os homens, precisamos fazer restauração em vez de propiciação. Se somos infiéis na questão do depósito ou se lucramos por meios impróprios, devemos restituir ao dono. Se não fizermos a devolução (ou restituição), não poderemos oferecer uma oferta pela culpa. Ser perdoado por Deus, pelo sangue do Senhor Jesus, é algo verdadeiro. Porém, você acabará perdendo a comunhão com Deus se, ao pecar contra os homens, recusar-se a fazer a devolução. Sempre que você pensar no que fez, sua consciência ficará inquieta. Assim, você não terá liberdade de estabelecer comunhão com Deus. Uma vez, F. B. Meyer[i] foi convidado para participar da Conferência de Keswick, na Inglaterra. Qual foi a primeira mensagem que ele pregou naquela época? Ele disse: "Devemos compreender algo se pretendemos que Deus nos abençoe e reavive. Precisamos entender que, enquanto não acertarmos as dívidas que restam, não receberemos bênçãos nem seremos reavivados." Essa palavra foi muito eficaz, pois, no dia seguinte, todas as ordens de pagamento foram esgotadas no correio de Keswick. A partir desse incidente, é possível concluir que muitos cristãos são injustos. Muitas pessoas dirão: "Não matamos ninguém nem ateamos fogo em nenhuma casa!" Mas me deixe dizer que, caso você deva alguma coisa a alguém, a pendência pode fazer com que perca a comunhão com Deus. O sangue de Cristo purifica nossos pecados, pois limpa-nos a consciência — mas não limpa nosso coração. Nosso coração só será purificado quando acertarmos nossas relações terrenas. Surge uma situação mais difícil quando o cabeça de uma família fundamenta seu lar sobre uma base injusta. Se esta injustiça não for tratada, será quase impossível estabelecer uma boa comunhão com Deus, pois sua consciência será pressionada, e seu crescimento, impedido. Contudo, sempre que estiver ao seu alcance, devolva o que não lhe pertence. Se a devolução for impossível em virtude de circunstâncias peculiares, o Senhor aceitará o seu coração bem-intencionado. Por exemplo, determinado irmão devia dezenas de milhares de dólares. Ele havia ganho uma enorme quantidade de dinheiro por meios ilícitos, mas, então, gastou quase tudo, e apenas alguns milhares de dólares sobraram. Todavia, ele precisava sustentar os filhos e me perguntou o que deveria fazer. Eu lhe disse: "Se você tivesse 50 dólares no banco, você se recusaria a devolver o dinheiro que deve? Se sim, não seria por causa de falta de dinheiro, mas pela sua falta de vontade de devolvê-lo." Se esse fosse o caso, Deus não o livraria. A consciência desse homem, a partir de então, não lhe daria paz. Por isso, aconselhei-o a devolver tudo o que tinha. Eu lhe disse que era muito melhor ser pobre do que ter uma consciência perversa. Enquanto você não lidar com os seus pecados, sua energia espiritual será sugada. Fonte: "Vida Cristã Equilibrada" de Watchman Nee |
Para Meditar...
"Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti" (Is 60.1-2)
A luta hoje parece se tornar mais pesada dia a dia, como se o único alvo dos ataques de Satanás fosse nós, os crentes. Por isso, na era atual, o problema que existe é se você e eu podemos perseverar até a última meia hora. "[Satanás] Magoará os santos do Altíssimo" (Dn 7.25). Magoar tem aí o sentido de "desgastar", consumir devagar. É muito mais difícil reconhecer Satanás como aquele que desgasta os santos do que um Satanás que ruge como um leão. E a sua obra de consumir lentamente os santos já começou.
Sempre que vou à Montanha Kuling, caminho ao longo da correnteza que há ali. Freqüentemente vejo rochas enormes, mas que são côncavas no meio como bacias de tomar banho. Isto acontece por causa das muitas pedrinhas que diariamente as desgastam. Do mesmo modo Satanás trata os filhos de Deus. Em lugar de matá-los de um só golpe, tenta desgastar os santos, dia a dia, de modo que sem que percebam acabam gravemente feridos depois de algum tempo.
Os olhos do Senhor estão sobre nós, portanto não temamos o sofrimento. Se acontecer de nós nos desviarmos com medo do sofrimento, todos os nossos sofrimentos do passado terão sido em vão. Uma pessoa profundamente espiritual escreveu certa vez: Quando lemos 2 Tessalonicenses 2.3 e 2 Timóteo 3.1-13, ficamos sabendo que antes do dia da volta do Senhor haverá apostasia e dias perigosos quando a maldade e a mentira aumentarão grandemente. Tal apostasia não se refere à educação, gigantescas reuniões, pastores capazes, catedrais maravilhosas e progresso mental e físico. Relaciona-se com a fé e o reconhecimento do poder de Deus. Aponta para igrejas renomadas que se inclinam para a chamada Alta Crítica (na verdade não passa de incredulidade), e negam as obras sobrenaturais de Deus, tais como a regeneração, a santidade, orações atendidas e a revelação do Espírito Santo.
Eis que as trevas cobrem a terra - Watchman Nee
OUTUBRO MÊS DA CRIANÇA...
QUE O SENHOR JESUS ABENÇOEI A TODAS AS CRIANÇAS, QUE ELAS POSSAM DESFRUTAR DE CRISTO E CRESCER EM VIDA COM ELE.
JESUS É NOSSO SENHOR...
JESUS É NOSSO SENHOR...
02 outubro, 2012
Para Meditar...
Os obstáculos para respostas à oração. | |
A oração é um teste. Ela expõe nossa condição espiritual diante do Senhor.
Se passar muito tempo sem que suas orações sejam respondidas, pode ser que você esteja doente diante do Senhor. Você deve ir ao Senhor em busca de luz e descobrir onde está o problema.
1) O maior obstáculo à oração é o pecado. Precisamos aprender a ter uma vida santa diante do Senhor. Temos de rejeitar todos os pecados conhecidos. Do lado objetivo o pecado obstrui a graça e as promessas. Isaías 59:1,2 diz
"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça". Do lado subjetivo o pecado danifica a consciência do homem. De acordo com 1 Timóteo 1:19 a fé é como uma carga, e a consciência é como um barco. Quando há um vazamento no barco a carga é prejudicada. Da mesma forma, quando há vazamento na consciência, a fé desaparece. Mas quando a consciência é forte, a fé também é forte. Você deve lidar seriamente com o pecado, deve ir ao Senhor para confessar, colocando cada pecado sob o sangue, o rejeitando e o deixando. Então sua consciência será restaurada. Nunca ceda ao pecado, pois isso o enfraquecerá diante do Senhor. Pecado é o nosso problema número um, portanto devemos nos atentar a ele diariamente. Devemos estar dispostos a deixar os pecados mais óbvios e conhecidos no coração. Salmos 66:18 diz: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido". Além de rejeitarmos o pecado em nossa conduta, devemos rejeitá-lo também, em nosso coração. O Senhor se compadece das nossas fraquezas, mas não nos permitirá contemplar a iniquidade no coração.
(Fonte: Jornal Árvore da Vida, nr 101, Editora Árvore da Vida, Encarte para
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