Os
pais devem reconhecer, logo no início de sua carreira como tutores de seus
filhos, que não podem sozinhos conseguir, no meio de um tempo conturbado como
este em que vivemos, gerar filhos saudáveis e úteis para o propósito de Deus. Em
nenhuma geração que já passou, foram encontradas condições tão propícias e
fáceis para que os filhos se percam como esta em que estamos vivendo. Muitos
filhos são arrastados para a promiscuidade, para a formação de grupos que buscam
o perigo, e para “esportes” que promovem a autodestruição por não verem mais
sentido em suas vidas. A correnteza é forte demais para os pais ou mesmo os
filhos superarem tão íngreme subida sozinhos.
O livro de
Êxodo registra a saída dos filhos de Israel do Egito e o percurso desses do
deserto rumo à terra da promessa, Canaã. O livro fala que, em um dado momento da
travessia, Moisés disse: “Se tua presença não vai comigo, não nos faças subir
deste lugar” (Êxodo 33:14, 15). Essa atitude que revela incapacidade e
dependência deve ser a mesma que os pais devem experimentar. Será que você
reconhece a dificuldade que é o “deserto” da criação de filhos? Será que confia
em sua habilidade e experiência humana para conduzir seus filhos por esse
caminho tão perigoso? Moisés disse: “Não nos faças subir”. Ele sabia que
colocaria tudo a perder se fizesse tudo sozinho. Sem dúvida, em algum momento do
trajeto, ele não saberia se o caminho que devia seguir era pela esquerda,
direita, se seguiria em frente, se subiria ou se teria que parar. As
possibilidades eram muitas. Fica evidente que não podia avançar sem a presença
de Deus. E, nós, pais, que também não sabemos o caminho, deveríamos temer seguir
baseados em nosso próprio sentimento e em nosso próprio senso de
direção.
A declaração
de Moisés parecia ainda querer dizer: “A responsabilidade é grande e não sei
como proceder. Não quero arriscar, não quero tentar primeiro para depois
descobrir que não sabia e que não podia conduzir o povo; não tenho tempo a
perder, não temos outra chance, por isso, não nos faça subir sem Tua
presença”.
Se a falta da
presença do Senhor podia chocar e paralisar Moisés, a presença Dele, por outro
lado, era uma garantia de que eles chegariam a seu destino. Podemos dizer,
aplicando essa palavra a nós, pais, que com a presença do Senhor não apenas
retiraremos nossos filhos do Egito e os atravessaremos pelo grande e longo
deserto, bem como conseguiremos introduzi-los na boa terra que Deus prometeu.
Com a presença do Senhor, temos Seu guiar, Sua proteção, Seu conforto e o
suprimento de que precisamos para seguir em frente.
Muitos pais
têm perdido seus filhos para o mundo porque até agora têm usado seu jeito, sua
força e destreza humana para conduzi-los ao Senhor. Moisés reconheceu que, para
vencer as investidas do inimigo que certamente se levantaria no caminho, era
necessário contar com a orientação viva do Senhor junto dele.
Se a presença
do Senhor é tão essencial para os pais, então eles devem esforçar-se para tê-la
constantemente. Os pais devem buscar juntos o Senhor e fazer com que seu lar
fique cheio da presença de Deus. Por exemplo, buscar o Senhor pela manhã vai
resultar na primeira orientação de Deus para os pais de como tirar os filhos do
Egito, atravessarem-nos pelo deserto e introduzi-los, por fim, em Canaã, a qual
prefigura Cristo, nossa meta e alvo.
É com a
presença de Deus e não com tentativas humanas que os pais descobrem o caminho
que deve ser aberto para os filhos seguirem.
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