03 março, 2012

O perigo de manter um ministério paralelo ao do Senhor.

Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço (Mt 11:4-6)
Gn 10:8-10; 11:4; Mt 6:17-28; 9:14; Jo 3:23-24

A história de João Batista nos mostra que ele deixou de praticar a revelação que recebeu. Embora soubesse que Jesus era o Cordeiro de Deus, o Filho de Deus, e admitisse que o Senhor tinha o poder de batizar com o Espírito Santo e com fogo, João Batista não foi batizado por Jesus e seguiu seu próprio caminho.

Não sabemos com certeza por que João Batista agiu assim, mas imaginamos que provavelmente ele não quis abrir mão de seus seguidores. João Batista tinha poder diante do povo, e muitas pessoas em situação semelhante são tentadas a exaltar o próprio nome. Foi o que ocorreu no Antigo Testamento com Ninrode, que era valente caçador e passou a ser admirado pelo povo, exaltando seu nome em detrimento do nome do Senhor (Gn 10:8-10; 11:4), a ponto de afrontar o próprio Deus.

João Batista se afastou do ministério do Senhor Jesus e manteve um ministério paralelo próprio, "concorrendo" com o do Senhor (Mt 9:14; Jo 3:23-24). Quando foi encarcerado, João Batista chegou a duvidar que o Senhor Jesus fosse o Messias, enviando-Lhe, por seus discípulos, uma mensagem, talvez para provocar Nele a atitude de libertá-lo.

O Senhor Jesus não respondeu diretamente a João Batista, mas mandou lhe dizer sobre o resultado de Sua obra: pessoas sendo salvas, curadas e ressuscitadas, e o evangelho sendo pregado. Essa era a obra do Messias: fazer a vontade Daquele que O enviou. Em outras palavras, ainda que o Senhor Jesus tivesse poder para libertar João Batista, Seu poder era destinado exclusivamente a cumprir e enfatizar o encargo de que Deus O havia incumbido.

Infelizmente, o fato de o Senhor não fazer nada a favor de João Batista foi-lhe um motivo de tropeço. Ele teve várias oportunidades de se arrepender, mas não quis deixar sua posição nem seus discípulos. Por fim, ele foi preso por se envolver com assuntos particulares do rei Herodes e executado no cárcere (Mc 6:17-28). Que essa lição nos sirva de advertência para que aproveitemos as oportunidades de arrependimento providenciadas pelo Senhor.

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