“Não que, por nós mesmos,
sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário,
a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3:5)
Ez 28:12-18; Is 14:12-15; 2 Co
11:14; Ef 1:18
De acordo com o encargo
da semana passada, Deus resgatou o homem para Si por meio da obra redentora de
Cristo. Assim, o homem foi trazido de volta a Deus e tornou-se apto a cumprir
Sua vontade. Em Hebreus 2:5-8 lemos: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo
que há de vir, sobre o qual estamos falando; [...] Fizeste-o, por um pouco,
menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as
obras das tuas mãos. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus
pés”.
O objetivo de Deus ao criar o
homem era levá-lo a governar o mundo e trazer Seu reino à terra. O Senhor tem
nos despertado para propagar essa revelação àqueles que não a conhecem. Através
desses versículos, percebemos que Deus não entregará aos anjos o governo do
mundo vindouro, mas ao homem coroado de glória e de honra. Todavia, para cumprir
essa comissão, o homem precisa ser preparado.
Se alguns de nós não temos
entendimento acerca dessas coisas, precisamos orar ao Senhor para que ilumine os
olhos do nosso coração a fim de sabermos qual é a esperança do nosso chamamento
(Ef 1:18). Então seremos renovados em nosso entendimento quanto à comissão de
Deus para nós, homens.
Vimos que o mundo de outrora
estava sob o governo dos anjos. O capítulo 28 de Ezequiel se refere a Lúcifer e
mostra que Deus o ornamentou com muitas pedras preciosas. Estas pedras
representam sua capacidade e também os dons concedidos por Deus a fim de que ele
governasse a primeira criação (v. 13). Além disso, Lúcifer foi ungido querubim
da guarda (v. 14) e era perfeito em todos os seus caminhos (v. 15).
Isaias 14 descreve Lúcifer
como a estrela da manhã (v. 12). Embora fosse um anjo de luz perfeito, havia em
seu coração uma intenção impura: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu;
acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e
serei semelhante ao Altíssimo” (vs. 13-14). O seu interior se encheu de
violência, seu coração se elevou e pela multiplicação de suas iniquidades e
injustiça de seu comércio profanou o santuário de Deus (Ez 28:16-18).
Essa é uma importante lição
para a qual devemos atentar. Nossas habilidades naturais são dons concedidos por
Deus. Jamais devemos nos orgulhar, achando que somos autossuficientes. Tudo o
que temos e somos, recebemos do Senhor, e a Ele devemos nossa eterna gratidão.
Não devemos nos ensoberbecer quando temos sucesso, mas reconhecer que pela graça
divina recebemos capacidade e sabedoria. Lúcifer passou a acreditar que sua
capacidade provinha de si mesmo, exaltando seu ego, sua capacidade natural e
suas opiniões.
Portanto, se Deus nos deu
capacidades, não nos deixemos ser tomados pelo orgulho. Se formos influenciados
por nossa alma, fatalmente iremos nos orgulhar, ambicionando posição, honras e
glória devidas somente ao Senhor.
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