30 julho, 2012

As parábolas de Mateus 13 e as sete igrejas de Apocalipse 2 e 3.


Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido (Mt 13:11). 
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras (Ap 2:5a)


Mt 13:10-23; 2 Tm 3; Ap 2:1-7

No capítulo 13 do Evangelho de Mateus estão registradas sete parábolas que são comparadas pelo Senhor Jesus ao reino dos céus. Ele falou de muitas coisas por parábolas porque o coração das pessoas estava endurecido, insensível, de modo que não podiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e se converter para serem por Ele curadas (vs. 14-15). Elas estavam insensíveis porque viviam na esfera da vida da alma. Mas aos Seus discípulos, aos que buscam viver no Espírito, o Senhor revela Seus mistérios (v. 11).
As sete parábolas proferidas pelo Senhor Jesus estão relacionadas com as sete igrejas em Apocalipse, descritas nos capítulos 2 e 3. Podemos dizer que as sete igrejas são o cumprimento das sete parábolas de Mateus 13. O Espírito não quis apenas mostrar a situação do cristianismo na Ásia nos primeiros séculos, mas também o significado espiritual e o sentido dos nomes dessas sete igrejas.
A primeira parábola é a do semeador que se cumpriu no período da igreja em Éfeso, no primeiro século da igreja. Éfeso quer dizer desejável, entretanto essa igreja caiu em degradação ainda na época de Paulo, conforme o que é descrito em 2 Timóteo 3. Ao ler esse capítulo, podemos nos perguntar: “Como uma igreja nessa condição pode ser desejável?”. O Senhor revelou a João qual era o problema da igreja em Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à
prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2:4-5).
Não satisfeito com a situação da igreja em Éfeso, Deus usou o apóstolo João no final do primeiro século para restaurá-la à condição de desejável. Podemos dizer que durante os vinte anos que João passou no exílio na ilha de Patmos, ele aprendeu a viver pelo Espírito.
Confiante de que Seu servo Lhe seria fiel, Deus o incumbiu de registrar as palavras que lhe foram reveladas: “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas” (1:19-20). Após escrever o livro de Apocalipse e ser libertado do exílio, ele foi servir na igreja em Éfeso.
Sabendo que a igreja em Éfeso ocupava uma posição especial e de muita importância desde o tempo de Paulo, o apóstolo João procurou ajudar os santos ali a praticar a revelação da epístola a ela escrita a fim de resgatá-la da degradação em que se encontrava.

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