Não retarda o Senhor a sua
promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para
convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento (2 Pe 3:9)
2 Co 7:10; Hb 12:17
A segunda tentação
enfrentada pelo Senhor ocorreu quando o diabo sugeriu que Ele se atirasse do
pináculo do tempo, utilizando as seguintes palavras: “Se és Filho de Deus,
atirate abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que
te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma
pedra” (Mt 4:6). Essas palavras provêm de um trecho do salmo 91. De fato, Jesus
sabia que Deus poderia mandar anjos para impedir que Ele se ferisse caso se
atirasse do alto, mas Ele novamente deu prioridade à vontade de Deus revelada em
Sua Palavra, conforme lemos no versículo 7: “Respondeu-lhe Jesus: Também está
escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. Dessa forma, o Senhor novamente
venceu o diabo.
Na terceira tentação, o diabo
disse a Jesus que Lhe daria todos os reinos do mundo e a glória deles se,
prostrado, o adorasse. Novamente, o Senhor Jesus lançou mão da Palavra divina
para mostrar que toda adoração é devida apenas a Deus. Vejamos os versículos 10
e 11: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao
Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo,
e eis que vieram anjos e o serviram”. De igual modo, para vencermos o inimigo,
não podemos aceitar a glória que vem de homens. Antes, rendemos nossa adoração
apenas ao Senhor, o único digno de ser exaltado.
Após vencer as tentações, o
Senhor passou a pregar e a dizer: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino
dos céus”. Com essa palavra, o Senhor queria despertar as pessoas para as coisas
concernentes ao reino e para a necessidade de arrependimento. O arrependimento
nos prepara para a chegada do Rei e para o estabelecimento do reino dos céus na
terra. Por isso o ponto crucial para recebermos o evangelho do reino é o
arrependimento.
Quando praticamos o ponto
crucial do evangelho do reino, cooperamos com Deus para o estabelecimento do
reino dos céus. Por isso nossa prática na vida da igreja deve ter por objetivo
ajudar outras pessoas a se preparar para o reino: buscando o reino de Deus em
primeiro lugar, cogitando das coisas de Deus e negando a si mesmas (Mt 6:33).
Precisamos também ajudá-las a ver que esse processo de negar a vida da alma é
contínuo, não se esgotando de uma vez por todas.
Damos graças a Deus porque
temos ouvido essas palavras e temos sido despertados a nos arrepender, a cada
dia, voltando toda a nossa alma para o espírito (2 Pe 3:9; Hb 12:17). Dessa
maneira, gradativamente estamos deixando de lado nossos próprios interesses e
opiniões e dando prioridade às coisas do reino. Assim, estamos sendo supridos
com Sua vida, e o Senhor tem como fazer Sua vontade por meio de nós.
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