22 julho, 2012

Revelar o tesouro, valorizar a pérola e não enganar a si mesmo.


O que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo (Fp 3:7)


Mt 13:44-50

Ao longo desta semana, falamos sobre as quatro primeiras parábolas de Mateus 13. Hoje comentaremos as outras três, que correspondem, respectivamente, à do tesouro, à da pérola e à da rede.
A quinta parábola, apresentada em Mateus 13:44, diz: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo”. A princípio temos uma situação muito boa, pois o homem encontrou o tesouro e comprou o campo. O problema é o tesouro ficar escondido. Encontrar um tesouro é algo muito bom; poder adquirir a terra onde está o tesouro e tomar posse dele é melhor ainda. Contudo de nada adianta possuir um grande tesouro se ele continuar enterrado. As riquezas espirituais que ganhamos devem ser distribuídas, reveladas aos outros e não guardadas para nosso proveito somente.
A parábola que vem depois é diferente: “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (vs. 45-46). Diferentemente da situação anterior, a característica da pessoa que achou a pérola é não a ter escondido. Ele comprou a pérola, dando em troca tudo que possuía, para obtê-la. A pérola representa o Senhor Jesus, por quem “vendemos tudo” ao descobrir o Seu inestimável valor (Fp 3:7-8).
A sétima parábola é a da rede: “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora” (Mt 13:47-50). Isso deve servir de advertência para nos mostrar que, no final dos tempos, os justos serão separados dos injustos. Os justos são os peixes bons que foram recolhidos, enquanto os injustos são os peixes lançados fora. Você quer ser separado para o reino? Então deve ser justo, deve fazer o que Deus determinou.
Certa vez, quando estava em João Pessoa, fiquei hospedado na casa de praia de um irmão. Ele tinha uma rede de pesca e fixava um lado em um ponto e, com o outro lado, fazia um arrastão. Eu e mais um irmão entramos na água e o ajudamos a arrastar a rede para a praia. Por causa do peso pensei que ia pegar muito peixe. Mas havia muita coisa inútil no meio, como sujeira, lixo, algas, e após separar tudo isso sobraram poucos peixes.
Essa parábola nos ensina a não enganarmos a nós mesmos, pensando: “Agora colhi bastante! Vejam o quanto eu consegui!”. Devemos cuidar do nosso proceder hoje e jamais nos vangloriarmos, para, quando o Senhor voltar, não sermos lançados fora. Queremos estar entre os justos que serão separados pelo seu Senhor para reinar com Ele. Que possamos meditar nessas palavras e sermos despertados quanto ao que queremos ser e se o que estamos vivendo hoje irá nos garantir, naquele dia, estarmos em pé na presença do Filho do Homem (Lc 21:36).

Nenhum comentário: