17 agosto, 2012

Crescer e produzir frutos com humildade.


Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros (Fp 2:3-4)


Mt 3:8; 13:38; 1 Co 8:1b; 2 Co 11:13-14; Fp 3:2; 1 Tm 4:6; 2 Tm 2:24; 1 Pe 5:5
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Pensar que ter o conhecimento de muitas verdades bíblicas significa ser melhor do que outros cristãos é proveniente do orgulho, característica evidente de quem vive segundo a vida da alma. Uma atitude arrogante e inadequada certamente será rejeitada por outros cristãos.
Essa atitude orgulhosa, soberba, é semelhante ao crescimento do joio mencionado na parábola de Mateus 13. Quando o joio cresce, fica mais alto que o trigo, roubandolhe a luz do sol e suas raízes se entrelaçam com as do trigo, para roubar-lhe os nutrientes do solo. Segundo a explicação do Senhor é necessário deixá-los crescer juntos, pois na época da colheita torna-se fácil identificar um do outro. O joio quando cresce não se curva e se mantém “empinado”. O ramo de trigo, por sua vez, depois de crescer, amadurecer e produzir as espigas, se dobra. Isso mostra que, quanto mais o tempo passa, mais “orgulhoso” o joio se mantém, enquanto o trigo, por frutificar, mais “humilde” se torna.
Ao falar sobre o joio o Senhor se referiu aos filhos do maligno, àqueles que vivem e são governados pela natureza maligna (v. 38). Todavia, se um filho de Deus viver pela vida da alma, ele também será influenciado pela natureza maligna e poderá ser usado pelo maligno para atrapalhar os filhos do reino a crescer em paz (Fp 3:2; 2 Co 11:13-14).
De fato o orgulho é uma das manifestações da vida da alma. Quando nos orgulhamos, pensando de nós mesmos além do que convém, damos espaço para a atuação do inimigo de Deus. Mesmo em relação ao conhecimento bíblico, se não praticamos o que aprendemos quando lemos ou ouvimos a Palavra de Deus, aquilo que sabemos pode se tornar um mero acúmulo de informações que produz soberba (1 Co 8:1b). Além disso, discutir pontos doutrinários não nos ajuda a crescer na fé, tampouco coopera para a comunhão saudável entre os filhos de Deus (1 Tm 1:4; 2 Tm 2:24). Por isso, não sejamos como o joio, mas como o trigo. Mesmo que tenhamos algum conhecimento bíblico, devemos nos humilhar e jamais nos exaltar sobre os outros (Fp 2:3-5).
Nosso contato com a Palavra deve ter como finalidade sermos alimentados e alimentar a outros (1 Tm 4:6). Quando tomamos a Palavra de Deus como alimento, em oração, ruminando-a e nela meditando, ganhamos luz quanto a nossa situação e somos supridos com a vida divina para cumprir, na prática, a vontade de Deus revelada a nós.
Pela misericórdia do Senhor temos sido iluminados, quanto a nossa prática no passado, de ter um local de reuniões e esperar que as pessoas que contatávamos viessem às nossas reuniões. Por melhores que elas sejam, o resultado não é como o desejado, pois conseguimos alcançar somente um grupo muito pequeno de pessoas. Isso acontece porque para alguns existe o problema da distância, do deslocamento físico; para outros, por causa da atitude arrogante que tínhamos no passado em relação aos demais cristãos, surgiu uma grande barreira. Todavia, o Senhor nos mostrou que precisávamos nos arrepender e ir até eles, nos bairros, a fim de lhes anunciar o evangelho do reino e ter comunhão na vida divina (Mt 24:14). Para isso, Ele nos deu duas ferramentas: a colportagem e o bookafé.
O bookafé é um ambiente agradável que visa acolher todas as pessoas. Independentemente da classe social ou convicção religiosa, nossa responsabilidade nos bookafés não é tentar convencer ninguém, mas orar pelas pessoas e levá-las à Fé, apresentando-lhes livros espirituais, os quais as ajudarão a conhecer o plano eterno de Deus para o homem. Além disso, elas ainda poderão desfrutar de um cafezinho, enquanto são supridas espiritualmente.

Nenhum comentário: