01 agosto, 2012

O ministério epistolar de Paulo.


Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo. A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo [...] para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais (Ef 3:3-4, 8, 10)


At 21:27-34; 25:9-12; 28:16, 30-31; Gl 1:11-17; Ef 1:3-14; 1 Tm 1:3-7; Fm 8-20

O apóstolo Paulo realizou três viagens missionárias e, no final da terceira, foi para Jerusalém. O Espírito e os irmãos o advertiram para não seguir viagem, mas Paulo insistiu. Chegando lá, ainda se propôs a cumprir um voto do Antigo Testamento. Porém, “os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram, gritando: Israelitas, socorro! Este é o homem que por toda parte ensina todos a serem contra o povo, contra a lei e contra este lugar; ainda mais, introduziu até gregos no templo e profanou este recinto sagrado” (At 21:27-28).
Os judeus se ajuntaram e intentavam matar Paulo. “Agitou-se toda a cidade, havendo concorrência do povo; e, agarrando a Paulo, arrastaram-no para fora do templo, e imediatamente foram fechadas as portas. Procurando eles matá-lo, chegou ao conhecimento do comandante da força que toda a Jerusalém estava amotinada. [...] Aproximando se o comandante, apoderou-se de Paulo e ordenou que fosse acorrentado com duas cadeias, perguntando quem era e o que havia feito. Na multidão, uns gritavam de um modo; outros, de outro; não podendo ele, porém, saber a verdade por causa do tumulto, ordenou que Paulo fosse recolhido à fortaleza” (vs. 30-31, 33).
Deus não permitiu que Paulo morresse. Ele havia fracassado em seu ministério edificador da igreja, e, aparentemente confuso, estava disposto a cumprir um voto do antigo sacerdócio para satisfazer os de Jerusalém. Deus então, interveio e o preservou para que ele não fosse apedrejado até a morte. Isso porque Paulo ainda não havia registrado, em livros, a revelação que obtivera sobre a economia neotestamentária de Deus, no início de seu ministério, quando ainda estava em Damasco e foi para as regiões da Arábia (Gl 1:15-17).
Por ser cidadão romano, Paulo apelou para César e, por causa disso, foi levado para o tribunal em Roma, onde não foi colocado no cárcere, mas permaneceu em prisão domiciliar. Ele alugou uma casa, pregou o evangelho até para a guarda pretoriana e para a casa de César (Fp 1:13; 4:22). Nessa época, Paulo prosseguiu em seu ministério epistolar, registrando a revelação que havia recebido na Arábia e escreveu quatro epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom.
Filemom tinha um escravo chamado Onésimo que, por algum motivo foi capturado e colocado na prisão junto com Paulo. Este disse em sua epístola que Onésimo, cujo nome significa útil, havia se tornado inútil. Mas, após se converter por meio de Paulo, Onésimo havia se tornado útil e companheiro de prisão.
Enquanto Paulo esperava pela audiência no tribunal, foi colocado sob regime de liberdade condicional. Ele se aproveitou desse benefício para revisitar algumas igrejas. Quando chegou em Éfeso, ele viu que a igreja estava em degradação. Os efésios haviam recebido sua epístola, que falava sobre a economia neotestamentária de Deus, ou seja, a Fé objetiva que Deus quer trabalhar em nós, infundindo-a em nossa fé subjetiva. Paulo ficou muito decepcionado, pois os efésios não haviam praticado o conteúdo do livro tão elevado que ele lhes escrevera. Eles haviam permanecido na esfera da alma e tomaram aquelas verdades somente como tema para discussões e análise, não praticando o conteúdo da epístola que ele lhes havia escrito.
Louvamos ao Senhor porque hoje ainda temos a oportunidade de praticar as verdades que Ele nos tem revelado!

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