09 agosto, 2012

Purificados de toda impureza para reinar.


Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus (2 Co 7:1). Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações (Ap 2:26)


Êx 20:4-5; Mt 13:31-33; 2 Tm 2:22; Ap 2:12-14, 18-21

Após dois séculos de perseguição da igreja, o número de cristãos continuava aumentando. Por isso, no começo do século IV, o imperador romano Constantino passou a apoiar o cristianismo. O que aparentemente parecia ser bom, era na verdade uma mudança na estratégia do inimigo para introduzir o mundo na igreja.
O imperador concedeu vários benefícios aos que abraçassem a Fé cristã: liberação do serviço militar, roupa de graça, ajuda financeira etc. Benefícios como esses, tornaram o cristianismo atraente para muitos romanos, que aceitavam o batismo não porque criam no nome de Jesus, mas para obter os favores do Estado. Assim, pouco a pouco, esses cristãos nominais foram conquistando posições elevadas na sociedade, envolvendo-se com a política. Por isso, em vez de serem perseguidos, passaram a ser exaltados.
Esse contexto é ilustrado pela igreja em Pérgamo e está associado à parábola do grão de mostarda (Ap 2:12-17; Mt 13:31). Pérgamo significa torre alta e também matrimônio. Sem a realidade da fé no nome do Senhor Jesus, muitos se uniram ao cristianismo por conveniência; assim, a igreja se “casou” com a política e “cresceu” de maneira anormal, abrindo portas para o mundo e coisas malignas virem e “aninharemse” sobre seus ramos (Ap 2:14-15; cf. Mt 13:32). Isso alterou a natureza da igreja e foi o início de sua degradação.
Em seguida, Apocalipse 2:18-29 expõe a igreja em Tiatira, que representa os eventos seguintes na história da degradação da igreja. Com um imensurável número de cristãos nominais, os líderes da igreja superaram o domínio político do governo romano. Como resultado disso, no final do século IV, o Estado romano passou a ser oficialmente cristão e quem controlava o império já não era mais o poder político de Roma, e sim o poder do sistema religioso.
Esse sistema é representado pela mulher da parábola de Mateus 13:33, que misturou fermento às três medidas de farinha, levedando toda a massa. Em Apocalipse ela é chamada de Jezabel. O desejo de Deus era restaurar a igreja, mas esse sistema religioso produziu seus próprios ensinamentos, os quais vieram a substituir as verdades fundamentais da Palavra de Deus. O nome do Senhor Jesus também foi para segundo plano e não era mais evidenciado, tampouco invocado, pois o nome de Maria, mãe de Jesus, passou a ser cultuado e adorado (Êx 20:4-5).
Contudo, em Apocalipse 2:25-26, o Senhor encoraja os vencedores a guardarem Suas obras, a fim de receberem seu galardão: ter autoridade sobre as nações. Que o Senhor guarde nosso coração de toda mistura, fermento, idolatria e impureza, tornando-nos puros de coração para reinarmos com Ele.

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