A piedade para tudo é
proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser (1 Tm
4:8b).
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a
ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 Jo 3:2)
2 Pe 1:5-7; 3:15-16;
4:12-13
De acordo com 2
Pedro 1:5-7, o estágio inicial de nosso crescimento de vida é a fé. Depois
desenvolvemos nossas virtudes e gradualmente avançamos até alcançar o nível do
amor fraternal. Todavia, precisamos progredir cada vez mais, até o nível do amor
ágape, que é expressar plenamente o próprio Deus.
A Bíblia nos revela que a
vontade de Deus é que sejamos semelhantes a Ele (Gn 1:26; 1 Jo 3:2). Uma vez que
temos Sua imagem, a vida de Deus habitando e crescendo interiormente em nós, Sua
semelhança se manifestará em nosso viver. Assim, ser semelhante a Ele significa
expressá-Lo exteriormente em nossa humanidade, tornando-nos mais parecidos com
Ele.
No entanto, mesmo que tenhamos
avançado nesse crescimento, nossa vida da alma pode manifestar-se novamente.
Quando isso acontecer, devemos nos arrepender e nos voltar para o espírito. Este
é um ciclo constante, no qual somos renovados na medida em que as coisas velhas
são eliminadas.
Isso também diz respeito ao
exercício da piedade. Em 1 Timóteo 3:16 lemos: “Evidentemente, grande é o
mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em
espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo,
recebido na glória”. Paulo também exorta Timóteo, dizendo: “Mas rejeita as
fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-te, pessoalmente, na piedade”
(4:7).
Portanto, o exercício da
piedade é manifestar a vida de Deus na carne, tornando-nos como Ele em vida e
natureza, porém sem Sua deidade. Esse é o processo no qual estamos envolvidos
hoje, onde os atributos de Deus elevam nossas virtudes humanas. Por isso vivemos
no espírito, exercitandonos na piedade, para resistir e vencer todas as coisas
que se opõem a Deus, principalmente a vida da alma.
Paulo discorreu profundamente
acerca dessas verdades na carta que escreveu aos efésios, porém não pôde
ajudálos de modo mais prático. Quando Pedro escreveu sua epístola, comentou a
complexidade dos escritos de Paulo (2 Pe 3:15-16). Louvamos ao Senhor pelas
epístolas de Pedro, que nos mostram o modo mais prático de obtermos essa
realidade: ter experiências com o fogo santificador do Espírito, para que o
valor da nossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro
perecível, mesmo apurado com fogo, redunde em louvor, glória e honra na
revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7).
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