03 setembro, 2012

O ministério neotestamentário.


Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me (Jo 21:22)


Mt 3:16-17; 4:17; 28:18-20; Lc 24:49; At 2:1-13, 21
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Após nosso novo nascimento, Deus nos colocou na igreja para sermos aperfeiçoados para a obra do ministério. Hoje estamos incluídos no ministério de João, o último do Novo Testamento.
Durante a perseguição do império romano contra os cristãos, os principais líderes da igreja foram martirizados, exceto João. O Senhor preservou sua vida e não o deixou ser morto junto com os demais. Assim, debaixo da soberania de Deus, João não foi condenado à morte, mas foi preso e depois exilado em Patmos (Ap 1:9). No final do primeiro século, o Senhor levantou o apóstolo João para ajudar a igreja a se manter no caminho do Espírito e da vida, e, assim, dar continuidade ao ministério neotestamentário.
Ao ser questionado por Pedro sobre o que aconteceria com João, o Senhor Jesus disse: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa” (Jo 21:22). Essa reposta fez com que muitos pensassem que João não morreria; mas o próprio João, logo em seguida, tratou de explicar que Jesus não disse que ele não morreria (v. 23). Assim, podemos concluir que o Senhor estava se referindo ao ministério de João.
Durante o tempo em que esteve preso e exilado, cremos que João amadureceu muito, aprendeu a viver no espírito, negando a si mesmo, e, assim, se tornou mais útil a Deus. Louvamos ao Senhor porque o ministério de João, de Espírito e vida, permanece entre nós.
O ministério do Senhor Jesus na terra teve início após Seu batismo. Ao ser batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele, em forma de pomba, indicando que Jesus foi ungido para executar a vontade do Pai, pregando o evangelho do reino. Posteriormente o ministério neotestamentário recaiu sobre os doze apóstolos.
No dia de Pentecostes, cento e vinte galileus estavam “reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2:1-4). Pelo Espírito eles falavam línguas de nações distantes e aqueles que os ouviam se admiravam porque podiam entendê-los. Porém alguns diziam que eles estavam embriagados e zombavam (v. 13). Esses eram os mesmos que cinquenta dias antes haviam crucificado o Senhor.
Então o apóstolo Pedro levantou-se juntamente com os onze, dizendo que o que eles viam fora prenunciado pelo profeta Joel: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão” (2:28-29; At 2:17-18). Ou seja, o que estavam vendo era a manifestação do Espírito que fora derramado sobre eles. Mas o que é fundamental na profecia de Joel e nas palavras de Pedro é o que vem em seguida: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2:32; At 2:21). Isso significa que para ser salvo, para receber o Senhor Jesus, é preciso invocar o Seu nome. Porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13).
Podemos ver que a igreja em Jerusalém teve um bom começo no Espírito e, em pouco tempo, milhares de irmãos foram acrescentados (At 2:41; 4:4). Isso aconteceu porque eles mantinham em si o frescor da vida divina por meio de invocar constantemente o nome do Senhor. Como resultado, havia muito desprendimento na igreja em Jerusalém, e cada um vendia suas propriedades e seus bens e depositavam aos pés dos apóstolos para que eles administrassem o dinheiro. Barnabé foi um exemplo disso. Ele amava muito o Senhor e passou a servir na igreja em Jerusalém. Todo aquele que invoca o nome do Senhor recebe a vida divina, cresce espiritualmente e não vive mais para o mundo presente, mas almeja reinar com Cristo no mundo que há de vir. Esse foi o início do ministério neotestamentário.

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