O co-obreiro de Deus é a
Igreja. Em dois versículos de Efésios citados anteriormente temos um
vislumbre das duas eternidades[1]:
(1) "Nos escolheu Nele antes da fundação do mundo" e (2) "Para
mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da Sua graça, em
bondade para conosco, em Cristo Jesus". E o nome do vaso por meio do
qual isto é feito é "o Corpo de Cristo", que é o recipiente de Cristo.
Quem é, então, um co-obreiro de Deus? Bem, não é alguém que deseja
trabalhar para Deus, alguém que vê uma necessidade e deseja atendê-la;
não é nem mesmo alguém que conduz pessoas à salvação; antes, é aquele
que faz o que Deus lhe designou em Seu eterno propósito, e ele faz
apenas isso. Se enxergarmos realmente aquilo para o que fomos
conquistados por Cristo Jesus, todos os nossos labores, todas as nossas
obras formais para Ele serão esmagados e feitos em pedaços.
O alvo e objetivo de Deus em tudo é revelar Seu Filho, manifestar
Seu Filho, mostrar a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus. Este é Seu eterno propósito. Este é o objetivo
que você tem na obra que está fazendo agora? Se for menos do que isso,
então você não é um co-obreiro, um cooperador com Deus.
Você pode perguntar: "Como saberei se estou trabalhando junto com
Deus?". Isso pode ser facilmente respondido. Você está satisfeito com o
que está fazendo? Se você não satisfaz o coração de Deus, você mesmo não
poderá se sentir satisfeito. Não se trata de comparar sua obra com a de
qualquer outro. A questão é se tudo o que você realiza é bom, isto é,
bom aos olhos de Deus, aceitável a Ele ou que procede Dele e é alinhado
com Seu eterno propósito.
Paulo declara: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também
fui conquistado por Cristo Jesus". Não precisamos olhar ao redor e
criticar os outros, desejando saber se é possível que todo o resto
esteja errado e nós, poucos, estejamos certos. Isso não tem qualquer
valor e é prejudicial. Não se incomode com os outros. Asseguremo-nos de
nós mesmos estarmos prosseguindo "para o alvo, para o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".
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[1] Considerando do ponto de vista do tempo, da limitação do homem, o
autor se refere à eternidade passada, antes do início do tempo, antes
do início da criação de Deus, e à eternidade futura, no novo céu e nova
terra. (N.E.)
Extraído do livro "A Obra de Deus" - W. Nee
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