Porque
guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da
hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar
os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens,
para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3:10-11)
Mt 13:44-46; Ap 3:1-13
Veremos hoje sobre a quinta igreja, a igreja em Sardes (Ap 3:1-6), cujo nome significa restauração.
Ela prefigura o período da igreja a partir da reforma iniciada por
Martinho Lutero, por volta do ano 1500. Com a reforma, a Bíblia, que
antes era proibida às pessoas comuns e somente podia ser lida pelo clero
em latim, foi traduzida para várias línguas e tornou-se acessível para
todos. A invenção da imprensa contribuiu muito para a divulgação da
Palavra de Deus.
Esse movimento
abriu portas para diferentes interpretações da Bíblia e o surgimento de
grupos cristãos baseados nessas interpretações. Assim o Corpo de Cristo
se fragmentou em inúmeras “igrejas”. Por isso, para a igreja em Sardes, o
Senhor diz: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás
morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque
não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te”
(vs. 1b-3a). “Ter nome de que vive, mas estar morto” indica que não
tomaram a Palavra de Deus como vida, mas apenas como doutrina.
A quinta
parábola, que é a do tesouro escondido no campo, pode ser associada à
igreja em Sardes (Mt 13:44). Embora o homem tenha encontrado o tesouro e
pago todo o preço para comprar o campo, o tesouro continuou escondido.
Em outras palavras, embora a Bíblia tenha sido aberta e muitas verdades
restauradas, deixaram escondido o mais importante e usaram as diferentes
interpretações da Palavra para causar divisão no Corpo de Cristo. Que o
Senhor nos guarde de apenas estudar e analisar a Bíblia e assim causar
divisões; antes, tomemos a Palavra no espírito, com oração, a fim de
praticá-la, para que se torne realidade em nosso viver.
A sexta igreja descrita em Apocalipse é a igreja em Filadélfia, cujo nome significa amor fraternal
(Ap 3:7-13). Ela simboliza aqueles que nos dias atuais, embora tenham
pouca força, guardam a palavra do Senhor e não negam Seu nome, isto é, O
invocam e não tomam nenhum outro nome além do nome do Senhor. Como
resultado desse viver, estão mais no espírito, e ganham mais da vida de
Deus.
Quanto mais a
vida de Deus cresce em nós, mais manifestamos a característica principal
dessa vida: o amor. O resultado de guardar a Palavra e da prática de
invocar o nome do Senhor é o amor fraternal, daí o nome Filadélfia. Essa
é a verdadeira restauração!
A parábola em
Mateus 13 que se relaciona à igreja em Filadélfia é a da pérola: “O
reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas
pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que
possui e a compra” (vs. 45-46). O que negocia é um especialista e sabe o
valor da pérola que comprou. Aqui não diz que ele a escondeu, mas
comprou-a para exibi-la. Hoje, quando saímos para pregar o evangelho em
todos os lugares, utilizando os instrumentos que o Senhor nos deu, como
os livros que revelam o evangelho do reino, estamos apresentando essa
pérola de grande valor a todas as pessoas! Aleluia!
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