Quem, ó
Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da
transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira
para sempre, porque tem prazer na misericórdia (Mq 7:18)
Mt 18:1, 21-22; Jo 21:3-17
Em
Mateus 18 os discípulos perguntaram ao Senhor quem era o maior no reino
dos céus. Ele lhes mostrou a necessidade de se humilharem e também de
perdoarem as ofensas uns dos outros. Nesse instante, Pedro perguntou se
seria suficiente perdoar a um irmão por sete vezes. Mesmo que
consideremos aceitável o parâmetro apresentado por Pedro, o Senhor o
considerou limitado. Talvez sete vezes seja o máximo que alguém consiga
perdoar, pela vida herdada de seus pais segundo a carne, mas isso é
insuficiente para preencher os requisitos exigidos no reino dos céus.
O Senhor lhe
disse que não se deveria perdoar somente sete vezes, mas setenta vezes
sete, indicando o padrão elevado do amor proveniente da vida de Deus
(vs. 21-22). Quando abrimos mão de nosso parecer para exercitar o amor
de Deus, Ele nos capacita a perdoar quem nos ofendeu de maneira
ilimitada.
Assim como
ocorreu com Pedro, nossa vida da alma se manifesta repetidas vezes,
porque ainda nos sentimos livres para fazer o que bem entendemos. Por
essa razão, existe a necessidade de que ouçamos novamente a palavra do
Senhor sobre negar a nós mesmos. Apesar de às vezes pensarmos que já
aprendemos a lição, na verdade ainda precisamos nos exercitar
diariamente para praticar essa palavra.
João 21 registra
que após a morte do Senhor, Pedro decidiu ir pescar e levou outros
discípulos consigo. Embora fossem todos exímios pescadores, durante toda
aquela noite nada pescaram. Ao clarear do dia, o Senhor apareceu-lhes
na praia e ordenou que lançassem a rede à direita do barco. Foi quando
apanharam uma grande quantidade de peixes, de modo que quase não
conseguiam puxar a rede. Então reconheceram que era o Senhor que lhes
falava. Isso mostra a importância de atendermos às palavras do Senhor em
vez de tentarmos resolver os problemas por nós mesmos. Quando chegaram à
praia, o Senhor já lhes havia preparado pão assado e peixe (vs. 3-13).
Após se
alimentarem, o Senhor perguntou a Pedro se ele O amava. Pedro respondeu
que sim e, por mais duas vezes, a pergunta se repetiu. Na terceira vez,
Pedro se entristeceu, talvez por ter a impressão de que o Senhor não
acreditasse nele. Provavelmente, nessa ocasião, Pedro se arrependeu,
percebendo que, embora sentisse que amava o Senhor, nada sabia, e que o
Senhor sabe todas as coisas.
Se realmente
amamos o Senhor, devemos apascentar Seus cordeiros e ovelhas (vs.
15-17). Embora muitas vezes falhemos, o Senhor é cheio de amor e se
compadece de nós quando nos arrependemos (Mq 7:18-19).
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