Disse Jesus a seus discípulos:
se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me (Mt
16:24)
Mt 16:22-23; 17:4-5,
24-27
Os doze apóstolos foram
incumbidos do ministério de invocar o nome do Senhor. Porém, com a perseguição
da igreja em Jerusalém, cessou esse ministério. Para lhe dar continuidade, Deus
chamou Paulo, que pregou o evangelho e ensinou as igrejas a invocarem o nome do
Senhor. Após sua prisão, Paulo também cessou seu ministério e prosseguiu
servindo o Senhor apenas por meio de seus escritos, isto é, suas epístolas. O
Senhor, então, prosseguiu esse ministério por meio do apóstolo Pedro.
Quando Pedro começou a seguir
o Senhor, sua vida da alma era forte, mas ele teve a oportunidade de ter seu ego
exposto em cada situação mostrada pelo Senhor Jesus. Em Mateus 16, após
manifestar seu amor natural, dizendo que o Senhor não deveria sofrer em
Jerusalém, Jesus lhe disse que, para segui-Lo, a condição era negar a si mesmo
(v. 24). Embora tivesse ouvido essa palavra, parece que ele ainda não a havia
compreendido. Em Mateus 17, Pedro deu vazão à sua opinião novamente no monte da
transfiguração, quando sugeriu que se fizessem três tendas: uma para o Senhor,
outra para Moisés e outra para Elias. Falava ele ainda, quando uma nuvem
luminosa os envolveu; e vindo da nuvem uma voz, lhe disse: “Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5). Deus mostrou a Pedro que a era
de Moisés e de Elias já havia passado, de modo que, no Novo Testamento, devemos
ouvir apenas ao Senhor Jesus, o Filho amado de Deus Pai.
Ainda em Mateus 17, Pedro
novamente deu espaço à sua opinião, quando respondeu aos cobradores de impostos
que o Senhor Jesus pagava o tributo do templo. A vida da alma de Pedro veio à
tona porque ele se antecipou em responder aquela pergunta sem, antes, consultar
o Senhor. Segundo sua lógica, o fato de o Senhor ser um israelita indicava que
Ele também devia pagar aquele tributo. Ele não deu atenção ao fato de que o
Senhor era o Filho do Deus vivo, conforme a revelação recebida em Mateus 16.
Então o Senhor precisou lembrá-lo disso. Como Filho de Deus, Ele estava isento
do tributo, mas, como Pedro já havia afirmado o contrário aos cobradores de
impostos, o Senhor providenciou uma situação para que ele conseguisse o dinheiro
para ambos. Conforme Sua orientação, Pedro foi pescar. Enquanto aguardava que o
peixe fosse fisgado pelo anzol, ele provavelmente teve tempo de se
arrepender.
Quando o Senhor Jesus estava
prestes a ser preso pelos soldados, Pedro novamente manifestou sua vida da alma,
ao lançar mão de uma espada e cortar a orelha de um dos soldados. O Senhor,
todavia, o curou, mostrando a Pedro que lançar mão de seus próprios métodos não
era o caminho para segui-Lo e que ele deveria, mais uma vez, se
arrepender.
Pedro teve várias
oportunidades para se arrepender, e essas situações serviram de lições para seu
amadurecimento, pois no final de seu ministério ele as transmitiu em suas
epístolas. Silas, por exemplo, o acompanhou nesse período e provavelmente
recebeu influência positiva de Pedro (1 Pe 5:12). Quando Paulo passou por
Jerusalém, no final de sua segunda viagem missionária, não vemos mais a presença
de Silas com ele, nem para onde teria ido. Mas, por meio da Primeira Epístola de
Pedro, descobrimos que, em algum momento, Silas foi para a Babilônia, na mesma
época em que Pedro estava lá. Graças ao Senhor, Pedro já estava maduro, não
vivendo mais por seus impulsos, mas pelo Espírito, e juntamente com Silas
transmitiu a palavra de Deus com sabedoria. Assim o ministério do Novo
Testamento teve continuidade com o apóstolo Pedro.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan
www.radioarvoredavida.net
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