Ele amarrará o
seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à videira mais
excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de
uvas. Os seus olhos serão cintilantes de vinho, e os dentes, brancos de
leite (Gn 49:11-12)
Gn 49:22; Ez 17:6, 8
As
bênçãos e profecias proferidas por Israel em Gênesis 49 são muito
significativas, especialmente as que se referem a Judá e José.
Ontem vimos que
Judá foi comparado a um leão. Porém, no versículo 11, existe outro
animal relacionado com a benção recebida por Judá, um jumentinho
amarrado à videira mais excelente. Assim, vemos que Judá é comparado a
um nobre leão que tem um jumentinho amarrado à vide.
Um jumento possui
uma alimentação rudimentar, que geralmente consiste em pasto. Mas esse
jumento atribuído à Judá está amarrado à vide, de modo que somente pode
se alimentar de uvas. Essa dieta especial causa-lhe uma transformação,
em que seus olhos cansados tornam-se cintilantes de vinho, e seus dentes
amarelados ficam brancos de leite (v. 12). Tal transformação somente é
possível por estar amarrado à videira, sendo restringido a comer apenas
uvas.
Se for criado
solto, o jumento se alimenta de qualquer coisa que lhe cause atração.
Ele não recebe o mesmo tratamento que um cavalo, como banho, tosa,
escovação e alimentação adequada. Um jumento muito dificilmente irá
querer receber um tratamento desses. Ele quer ter a liberdade de ir por
onde quiser e comer o que quiser. Além disso, para domá-lo, não adianta
usar a vara. O jeito é amarrar o jumento à vide e deixar que ele se
alimente de uvas.
A benção
profética a José também é muita significativa. Ele foi comparado a um
ramo frutífero, plantado junto à fonte, o qual possui galhos que se
estendem sobre os muros (v. 22). Podemos afirmar que Jacó se referia aos
ramos de uma videira. A produção de uvas evoluiu com o passar do tempo,
passando a ser cultivada de forma suspensa, em parreiras. Já,
antigamente, na época de Jacó, as videiras eram rasteiras. Porém a
profecia nos diz que os ramos de José se estendem sobre os muros. Isso
significa que a vida divina, aqui representada pelos ramos da videira,
possui a capacidade de superar qualquer obstáculo, por maior que seja, a
fim de se expandir e alcançar toda a terra.
Quanto melhor for
a terra e quanto mais perto estiver da fonte de água, mais a videira
irá crescer e se espalhar, alcançando todos os lugares. Em Ezequiel 17:6
vemos uma videira larga e de pequena estatura, que produzia ramos e
lançava renovos. O versículo 8 nos diz: “Em boa terra, à borda de muitas
águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e dar frutos, e ser
excelente videira”. Precisamos ser como essa videira, plantada em boa
terra, junto às águas, junto à fonte da vida.
Graças ao Senhor
pelo genuíno viver da igreja! Por um lado, somos restringidos em nossa
dieta espiritual a comer apenas “uva”, isto é, a nos alimentar das
palavras que nos dão vida e transformam nosso viver. Por outro, quanto
mais próximos estamos da fonte da vida, mais cheios da vida divina
seremos, e nossos “ramos” se estenderão por sobre os “muros” e seremos
frutíferos em Sua obra.
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