21 julho, 2012

Refletindo...


O Reino e a Igreja - Parte 4

A IGREJA TRAZ O REINO


“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28:18-20).

“Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6:9-10).

“Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.” (Ap 12:10-11).

“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11:15). 





Vamos orar:

Querido Pai celestial, queremos Ti agradecer porque Tu nos trouxeste até este ponto. É tudo pela Tua misericórdia e graça, e Ti agradecemos porque Tu permitiste que nos reuníssemos mais uma vez no nome do Teu Filho amado. Sabemos que estamos em Tua presença e pedimos apenas que Tu fales conosco através da Tua Palavra. Tuas palavras são vida e espírito para nós. Oramos para que através da Tua Palavra Tua obra seja feita em nós como é feita no céu, e a Ti seja a glória. No nome de nosso Senhor Jesus. Amém.





Graças a Deus estamos considerando juntos diante Dele: Venha o Teu Reino. Estivemos considerando este assunto O Evangelho do Reino dos Céus. Algumas vezes pensamos que o reino dos céus não é muito do evangelho. Para aqueles que não conhecem o Senhor, ou para aqueles que conhecem o Senhor e ainda não O seguem, o reino é más noticias. Mas para aqueles que pertencem a Ele e O amam, o reino é realmente boas notícias. Não pode haver melhor notícia do que a notícia de que o Reino está vindo, que Ele está para ter Seu reino, e que Ele nos incluiu neste reino.

Quando pensamos no reino, pensamos no reinado. Pensamos em nosso Senhor Jesus como nosso Rei. Quem pode ser um melhor rei do que nosso Rei Jesus? Ele é o melhor Rei e estar sob Seu reinado, sob Seu governo, ser servido por Ele, esta é a maior benção. Agora, é verdade que para se ter o reino, precisamos nos apossar dele com violência, e a posse violenta é pela força. É verdade que precisamos ser violentos conosco mesmo, para negar a nós mesmos, tomar a cruz e seguí-lo. Parece que isso é muito difícil, é impossível para nós entrar e ganhar o reino, mas graças a Deus, há graça ali. É somente pela Sua graça que somos capazes de alcançar o reino e Sua graça está sempre ali. Sua graça é suficiente para cada dia.

Então consideramos juntos: O Reino e a Cruz. Algumas vezes quando pensamos no reino, pensamos no trono. Nunca pensamos na cruz. Quem quereria a cruz? Todos desejam o trono. Os primeiros discípulos de nosso Senhor Jesus não eram diferentes de nós. Todos eles queriam se sentar a direta e a esquerda do Senhor Jesus, sem tomar do cálice que o Senhor tomou e ser batizado com o batismo que o Senhor foi batizado. Mas sem a cruz, não pode haver reino. Mesmo o Rei teve que ir para a cruz para ter o Seu reino. a cruz é a verdadeira natureza do reino. Portanto, graças a Deus pela cruz porque ela é o caminho para o reino de Deus.

Então consideramos juntos O Reino e a Igreja porque encontramos na Palavra de Deus que o reino e a igreja, na realidade espiritual, são o mesmo. Eles são os dois aspectos de uma mesma coisa. Quando falamos sobre a igreja, pensamos na vida, a vida que nosso Senhor nos deu; quando pensamos no reino, pensamos na autoridade. Vida é autoridade e autoridade tem que exercitada em vida. Pesamos na igreja como comunhão; então pensamos no reino como disciplina. Assim, encontramos que o reino e a igreja na realidade espiritual são uma e a mesma coisa; mas, na história são diferentes. Há vezes quando a igreja e o reino parecem caminhar juntos, e em outras vezes encontramos que o reino na realidade é maior do que a igreja.

Como a igreja pode ser edificada? A igreja é edificada pelo reino, isto é, pelos princípios do reino. A menos que retenhamos o Cabeça, não há forma de estarmos unidos e reunidos juntos como o corpo de Cristo. A menos que conheçamos o governo de Deus, estaremos todos dispersos e não poderemos ser colocados juntos. A menos que conheçamos a disciplina do Espírito Santo, não há forma para que sejamos unidos como um. Assim é o reino que edifica a igreja.

Agora, gostaríamos de considerar diante do Senhor a última coisa: A Igreja Traz o Reino. A igreja é o instrumento de Deus para a pregação do evangelho do reino. Quando nosso Senhor Jesus estava na terra, Ele mesmo pregou o evangelho do reino. Então depois da Sua morte e ressurreição, antes de Sua ascensão, encontrou Seus discípulos em uma montanha da Galiléia. Ali Ele chegou para eles e disse: “É me dado todo poder no céu e na terra” (ver Mt 28:16-18).

Certamente, como o Filho de Deus, todo poder, toda autoridade foram Seus eternamente. Mas quando nosso Senhor Jesus disse: “Todo poder e autoridade é me dado”, sabemos que foram dados a autoridade e o poder no céu e na terra com base na vitória que obteve na cruz do Calvário. A Ele foi dado esta autoridade e este poder como o Filho do homem, por Deus o Pai. Ele tem autoridade porque venceu. Na cruz, Ele julgou o deus deste mundo. Ele despojou os principados e potestades e os expôs publicamente como Seu espólio. Ele venceu a morte. Ele tem as chaves da morte e do hades. Em outras palavras, Ele as arrancou do usurpador. A autoridade, o poder, são Seu agora, e Ele irá estabelecer Seu reino sobre esta terra. 





PREGANDO O EVANGELHO DO REINO 

Você não pode estabelecer um reino sem poder, sem autoridade. Mas agora, toda autoridade e poder foram dados a Ele, por isso Ele disse: “Ide”. Com base nisso, você pode ir e pregar o evangelho do reino. Chamamos isso de “A Grande Comissão”. Na cristandade isso é considerado como uma comissão para a igreja ir e evangelizar o mundo. É verdade, isso está incluído, mas essa comissão é muito mais do que apenas evangelizar. Nosso Senhor Jesus mesmo, quem deu esta grande comissão, disse: “Ide e fazei discípulos em todas as nações”. Sabemos que o discipulado é mais do que pregar o evangelho do perdão e remissão dos pecados e receber Jesus como Salvador. Sabemos que discipulado significa que depois de você ir ao Senhor, você precisa colocar-se sob Sua autoridade. Ser um discípulo é ser um aprendiz, para aprender Dele, para se colocar sob Seu senhorio. Deixe-O controlar sua vida, deixe-O treiná-lo para que você seja transformado e seja semelhante a Ele. Assim, o evangelho que a igreja deve apresentar ao mundo é o evangelho do Rei. Temos um Rei e Ele está edificando Seu reino sobre esta terra, para discipular todas as nações. As pessoas virão a Ele e se colocarão sob Seu treinamento. 





BATISMO

“Batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Agora, porque o batismo? O que significa o batismo? Através do batismo, você entra na morte e ressurreição. Isto é, você morre para o seu passado, não apenas para o passado histórico, mas você morre para sua vida passada. Você morre para todas as coisas do passado e é sepultado, longe da vista para que você possa voltar na ressurreição, em novidade de vida. O batismo significa que de agora em diante você não pertence mais ao faraó. Os filhos de Israel, quando passaram pelo Mar Vermelho, foram batizados. Eles morreram para o faraó, morreram para o mundo, e foram vivificados para Deus. Por isso, quando os filhos de Israel foram batizados, saíram de um mundo e entraram em um mundo diferente.

Quando o evangelho é pregado e as pessoas recebem o evangelho, esta é a razão pela qual devem ser batizados. Eles têm que deixar o passado irem-se completamente porque agora pertencem a um novo Rei, a um novo Mestre, nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é batismo, mas isso é apenas uma iniciação para o reino. A menos que deixemos todas as coisas, a menos que sejamos completamente Dele, Ele não é capaz de começar Sua obra em nós. Portanto, tendo os batizado: “Ensinai as coisas que os tenho mandado”. Em outras palavras, vocês estão agora em uma posição de aprender Dele. Ele nos prometeu que estaria conosco até o final da era. Em outras palavras, isso continuará até a Sua vinda.

Esta é a Grande Comissão, e graças a Deus a igreja primitiva sabia o que era esta comissão porque vocês a encontrarão na primeira pregação na igreja primitiva. Vocês não podem encontrá-la antes disso porque este foi o dia do nascimento da igreja. Ali no dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro se levantou com os onze e entregou a mensagem, pregando o reino de Deus. Ele concluiu sua mensagem com: “Saiba com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificaste, Deus O fez Senhor e Cristo” (At 2:36).

Que tipo de mensagem é essa? É a mensagem do reino. Aqui está o Rei que vocês rejeitaram, mas Deus O reconheceu. Este é o Rei a que vocês têm que se render. E quando eles ouviram isso, certamente, foram afligidos em seu coração porque sabiam que haviam feito a coisa errada. Eles tinham que se arrepender e serem batizados no nome do Senhor Jesus para a remissão dos pecados para que pudesse receber o dom do Espírito Santo.

Assim, no princípio você encontra que a igreja pregou o evangelho do reino. Quando o evangelho foi pregado, vocês sabem qual foi o resultado? Três mil entraram para o reino de Deus em um dia, e continuamente, Deus os acrescentava.

Quando vocês passam pelo livro de Atos, que é a história da igreja primitiva, você chega ao capítulo 28, o último capítulo. Ali vocês encontram o apóstolo Paulo como um prisioneiro de Roma, e ainda assim ele estava em sua própria casa alugada. A ele foi permitido pregar o reino de Deus e ensinar as coisas concernentes ao nosso Senhor Jesus por dois anos livremente. Em outras palavras, não importava que oposição houvesse no mundo, a igreja ainda estava pregando o evangelho do reino. E Deus estava com eles.

Quando a igreja pregava o reino, ela prosperava. Infelizmente, a igreja gradualmente começou a pregar a metade do evangelho ao invés do evangelho pleno. A igreja começou a pregar apenas o evangelho da graça, do perdão dos pecados, do receber ao Senhor Jesus como Salvador para que se possa ir para o céu e não para o inferno. Ao pregar tal evangelho, toda a colheita de cristãos é composta daqueles que são centrados em si mesmos porque tudo é para eles. Deus é para eles, Jesus Cristo é para eles. É para o bem deles que Cristo morreu na cruz. Agora, isso é verdade em um sentido, mas em outro sentido toda uma colheita de crentes é composta daqueles que são salvos e ainda são centrados em si mesmos e vivem suas próprias vidas. Eles querem Deus para os servir, e quando Deus não os serve tão rapidamente como eles acham que Ele deveria, murmuram e se rebelam. Por causa de tal pregação vocês encontram uma igreja fraca.

Ainda mais, gradualmente, vocês descobrem que a igreja não estava mais pregando o evangelho do reino. Eles começaram a pregar sobre a igreja. Agora, quando nosso Senhor Jesus esteve na terra, Ele pregou o evangelho do reino. Ele mencionou a igreja, mas não pregou sobre a igreja. Por pregar o evangelho do reino Ele obteve Sua igreja. Mas então a igreja começou a pregar sobre ela mesma, isto é, a igreja começou a ser introspectiva e se voltar para dentro dela. Começamos a ver como deveríamos nos organizar, como deveríamos absorver ou atrair as pessoas para nós, e nos envolvemos em métodos, em programas, em formas. Adotamos as formas do mundo para tentar edificar a igreja. Quando estamos fazendo isso, não apenas o reino desaparece, mas até mesmo a igreja desaparece. Isso é o que aconteceu, e ainda está acontecendo.

Lembre-se, nosso Senhor Jesus nos deu esta grande comissão porque Ele quer que saiamos e preguemos o evangelho do reino. Ele quer que saiamos e declaremos que há um Rei. Ele é o Rei do céu, mas virá a esta terra. Somos Dele. A igreja é o instrumento na mão de Deus para pregar o evangelho do reino dos céus.

Graças a Deus, nas décadas recentes, parece que isso está voltando. De fato, na história da igreja, sempre que há uma restauração, um reavivamento, uma renovação, há sempre na mensagem naquele momento o elemento do evangelho do reino. Graças a Deus que em nossos dias parece como que o evangelho do reino está gradualmente sendo restaurado. As pessoas começaram a falar sobre o senhorio de Cristo. As pessoas começaram a conversar sobre autoridade e submissão. As pessoas começaram a falar de disciplina. Agora, é verdade, o inimigo sabe e tenta vir e nos confundir. Entre o povo de Deus, a autoridade é ensinada de tal forma que se torna a autoridade humana ao invés da autoridade divina. As pessoas demandam que você não apenas se submeta a Deus e obedeça a Deus absolutamente, mas que você obedeça ao homem absolutamente. Eles governam sua vida. É verdade que a disciplina é um princípio do reino, e, contudo é ensinado de tal forma extrema que as pessoas são colocadas sob outras pessoas. Elas perdem completamente, não apenas sua liberdade, mas até mesmo sua personalidade.

É verdade que há extremos, mas graças a Deus, em nossos dias, os ensinamentos estão voltando, e eles realmente são do evangelho do reino. O que é necessário é a coisa real e não a falsa. Precisamos conhecer a diferença entre o verdadeiro e o falso. Muito embora haja extremos, falsos ensinamentos e assim por diante, não deveríamos jogar fora tudo.

Irmãos e irmãs, nosso Rei esta vindo, e é tempo de nos colocarmos sob Sua autoridade. É tempo de nos colocarmos sob Seu reinado. É tempo de ser disciplinado por Ele. O reino precisa ser pregado. O evangelho reino deve ser pregado por todas as nações, então o fim virá.

Ao pregarmos o evangelho do reino, temos que praticar os princípios do reino em nós mesmos, de outra forma nossa pregação será em vão. Devemos pregar o evangelho do reino, mas se nós que pregamos este evangelho não nos colocamos sob o reinado de Cristo, nossa pregação será ineficaz. Por isso primeiro de tudo, nós que somos os mensageiros do evangelho do reino, precisamos nos colocar sob Seu reinado. Estejam certos de que este é o caso. Então quando começarmos a pregar, o Espírito Santo dará testemunho de nossa pregação, e as pessoas virão e se colocarão sob o reinado de Cristo. Assim, a igreja traz o reino pela pregação dele. 




ORANDO PELO REINO 

Em segundo lugar, a igreja traz o reino por orar por ele. Sabemos que nosso tema é tirado da assim chamada oração do Senhor. O Senhor ensinou os Seus discípulos a orar, Ele ensinou Sua igreja a orar: “Pai nosso que estas no céu, santificado seja o Teu nome, venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”. Agora eu pessoalmente acredito que o Senhor nunca ensinaria a orar sobre aquilo que Ele mesmo não tenha orado. Por isso, evidentemente esta é a oração de nosso Senhor. Ela ainda é verdadeira.

Nosso Senhor é tão unido com o Pai que Ele conhece o propósito de Deus. Ele conhece o desejo de Deus. Ele sabe como Deus deseja que Seu reino possa vir. Seu reino sofreu perdas nesta terra, e é o desejo do Pai que Seu reino venha sobre esta terra assim como é no céu. Seu reino está lá no céu e Ele governa soberanamente, imutavelmente. Ele é prontamente e voluntariamente servido pelos incontáveis números de hostes celestiais. Há harmonia no céu, mas na terra é uma história diferente. Na terra há resistência e oposição, há trevas. Assim é o desejo, o anelo de nosso Deus, nosso Pai, reinar, como deveria ser, para restaurar Seu reino sobre esta terra assim como no céu.

Nosso Senhor que conhecia o coração do Pai, que era um com o Pai, também orou: “Venha o Teu reino”. Como Ele desejava ver o reino de Seu Pai vir para esta terra! Esta é a razão pela qual Ele compartilhou conosco e também nos ensinou a orar: “Venha o Teu reino”. Ele quer que sejamos um com Ele. Ele quer que compartilhemos com Ele Seu encargo. Ele quer que desejemos o que Ele deseja e oremos por isso. 




Orar é um Mistério

Orar é um mistério. Não entendemos. Pensamos que porque Deus é poderoso, se tem uma vontade, se deseja algo, pode fazer tudo por Si mesmo. Ele não precisa de nenhuma ajuda. Quando criou os céus e a terra, não teve ajuda. Porque é que Ele quer que oremos? É como que se nós não orássemos, Ele não poderia ter Seu reino. É um mistério. A única coisa que sabemos é que de alguma forma isso é o Seu bom prazer. Isso agrada a Ele. Ele quer que cooperemos com Ele; quer que desejemos o que Ele deseja; quer que nos coloquemos com Ele. Ele gosta disso. Esta é a forma que Ele quer que seja. Que privilégio é isso! Que honra é isso!

A Oração Começa Com Deus

A oração na realidade não começa com o homem, a oração começa com Deus. Há em Deus uma vontade e então Ele revela esta vontade àqueles que estão perto Dele. E aqueles que recebem a revelação daquela vontade estão tão unidos a Ele que começam a orar a Deus com relação àquela vontade. Eles dizem a Deus: “Queremos fazer que esta vontade seja feita. Queremos que isto seja feito conforme a Tua vontade”. E quando começamos a orar sobre este assunto, Ele ouve e diz: “Eu o farei”. Agora, isso é orar. Ele compartilha conosco Seus desejos.

Em um sentido, o que irá acontecer se não orarmos? Deus é todo poderoso, Ele pode fazer tudo. Mas você já pensou que há uma criatura que pode limitar a Deus, e esta criatura é o homem? O homem é a única criatura que Ele criou que pode limitar a Deus. Se a igreja não ora: “Venha o Teu reino”, Seu reino não virá. Você compreende quão sério é isso? Por que? É o bom prazer de Deus. É como se Ele dissesse: “A menos que vocês o queiram como Eu quero, a menos que vocês desejem como Eu assim desejo, estou disposto a não tê-lo”.

Vocês sabem que quando vocês realmente o compreendem, isso domina completamente vocês. Oh, como Ele anseia que nos apropriemos de Seu desejo. Como Ele deseja que oremos a Ele: “Venha o Teu reino. Não podemos esperar. Queremos que o Teu reino venha quanto mais rápido possível, não por causa de nós, mas por causa de Ti. Nós Ti amamos. Queremos que Tu tenhas o que Tu queres”.

Irmãos e irmãs, através das eras, é possível que a igreja esteja dormindo? Nosso Senhor Jesus disse: “Permaneçam acordados, vigiem Comigo somente por um momento”, mas dormimos. O deixamos orando sozinho. Ele está chamando Sua igreja, o vaso da Sua vontade, para se juntar a Ele na oração: “Venha o Teu reino”. 



A Oração do Reino 

Na igreja primitiva eles oravam a oração do reino. Hoje, oramos pequenas orações, orações pessoais, orações individuais. Oramos pelas nossas necessidades, oramos por isso e por aquilo, mas não sabemos orara a oração do reino.

Se você lê Atos 4, você encontra que quando os apóstolos começaram a ser perseguidos, voltaram aos seus e disseram a eles como o mundo estava se opondo ao evangelho, se opondo ao reino. O que eles fizeram? Toda a companhia de crentes se reuniu em um acordo e oraram a oração do reino. E a terra tremeu e eles foram encorajados para saírem e pregarem o evangelho.

Quando Pedro foi preso, a Bíblia diz que a igreja orou. E pela oração da igreja, Deus enviou Seus anjos para abrirem as grades de ferro e colocarem Seu servo em liberdade para que ele pudesse continuar a pregar o evangelho do reino. Mas tal oração desapareceu. É possível que por estarmos orando nossas próprias orações e não orarmos pelo reino de Deus que mesmo hoje o reino de Deus não esteja capacitado para ser publicamente manifestado na terra? 




A Oração é a Nossa Arma

A igreja tem uma tremenda responsabilidade aqui. A oração é a nossa arma. Estamos engajados em uma batalha espiritual. Neste mundo há dois reinos. Há o reino das trevas e as trevas circundam toda a terra. Então você encontra que há um reino de Deus entre aqueles que são discípulos de Cristo. E estes dois reinos estão em colisão. Como vamos enfrentar esta batalha? Qual é a nossa arma?

Em 2 Coríntios 10, nos é dito que estamos engajados em uma batalha, mas não é contra a carne e o sangue. Muito embora externamente sejam a carne e o sangue que esteja nos forçando, pressionado sobre nós, o Senhor diz que não estamos lutando contra a carne e o sangue. Nosso inimigo real é o inimigo invisível. Ele se esconde por trás de cada coisa, cada homem, cada evento. Ele se esconde por trás deles, mas ele é o inimigo real. A única forma de lutar contra ele é através da oração.

Como o inimigo constrói fortalezas na mente das pessoas. Por todos os anos, por todas as eras, ele tem estado construindo fortalezas, muitas delas na mente humana, em nossa imaginação, em nossa percepção, em nossa memória, em nossos pensamentos. Nos é dito que a batalha da mente está indo em frente e em curso, o propósito é alcançar a fortaleza que é a vontade. É através da mente que você chega à vontade. Como vamos derrotar todas as fortalezas construídas por anos? Estas fortalezas existem não apenas nos incrédulos, mas as encontramos até mesmo na mente dos crentes, nós que somos do Senhor.

Quando somos salvos, a salvação inicial é uma questão do espírito. “Aquele que é nascido do Espírito é espírito”. Nosso espírito morto é vivificado e se torna um novo espírito, e o Espírito de Deus habita em nosso espírito. Isso é novo nascimento, regeneração. Mas o que acontece com nossa mente? É verdade que quando cremos no Senhor Jesus, há um tipo de mudança em nossa mente porque o arrependimento significa uma mudança de mente, mas esta mudança é por um momento. Basicamente, nossa mente ainda é a velha mente, assim este é o problema com os crentes hoje. Temos um novo espírito, mas carregamos uma mente velha. Ainda pensamos da forma antiga. Ainda avaliamos as coisas da forma antiga. Nossa imaginação ainda é mantida pelo inimigo. Algumas vezes as verdades de Deus não podem penetrar. Você pode ouvir, mas não escuta, ou você pode ouvir e se desinteressar por aquilo. Você o interpreta com sua mente em trevas, sua mente perversa. Oh, como nossa mente precisa ser salva, libertada. Todas as fortalezas que o inimigo constrói através dos anos – nossas discriminações, nossas idéias preconcebidas – tudo isso precisa ser derrubado e todo pensamento levado cativo a Cristo, à obediência a Cristo.

Como esta obra pode ser feita? Ela só pode ser feita pela oração porque nossas armas não são carnais, mas poderosas em Deus. É atreves da oração que somos capacitados para destruir as obras do diabo, e é através da oração, também, que podemos ligar tudo o que deve ser ligado. “Tudo aquilo que ligares na terra será ligado no céu, tudo o que desligares na terra será desligado no céu”. Nos é dito no original: “Tudo aquilo que atares na terra será atado no céu, tudo o que desatares na terra será desatado no céu”. Não é uma boa forma lingüística, mas é um bom ensinamento bíblico. Em outras palavras, a vontade que começa no céu, é tornada conhecida na terra, e a terra começa a atar e o céu diz: “Eu a atei”. A mesma coisa é verdade com o desatar. É assim que a igreja, através da oração, deve trazer o reino.

Em 1904 e 1905 houve um avivamento em Wales, o Reavivamento de Welsh. O Espírito de Deus se moveu de forma tão poderosa que muitos foram ao Senhor. Conta-se que em alguns lugares os juizes vestiram luvas brancas porque não havia nenhum caso para ser julgado. Muitos dos que foram salvos eram mineiros, pessoas rudes. Eles usavam burros para carregar as cargas. E os burros não os entendiam mais porque anteriormente eles amaldiçoavam. Agora os burros não sabiam o que fazer. Os mineiros tinham uma nova língua, uma nova linguagem.

Foi um tremendo avivamento e o instrumento usado por Deus foi um jovem, Evan Roberts. Ele era um mineiro, mas em seu coração havia um grande encargo pelo reino de Deus. Ele orou uma oração em agonia: “Senhor, subjugue a igreja e salve o mundo”, e Deus o ouviu. Deus o usou poderosamente naquele tempo, mas depois daquele reavivamento ele desapareceu. Ele ficou oculto por um número de anos. Depois de alguns anos ele voltou novamente e as pessoas perguntaram o que ele esteve fazendo durante aqueles anos. Ele disse: “Eu estava orando a oração do reino. Eu estava orando pelo reino”.

A mesma coisa aconteceu a Charles G. Finney. Durante seus últimos anos, tudo o que ele podia orar era: “Venha o Teu reino”. A igreja precisa assumir esse encargo; a igreja precisa orar esta oração. Estamos nos aproximando do fim e creia que Ele quer que muitos em todo lugar comecem a orar: “Venha o Teu reino”. Se houver anseio suficiente, clamor suficiente a Deus por Seu reino, Deus não poderia senão trazer o Seu reino. Que o Senhor possa nos ajudar. 





O TESTEMUNHO DA IGREJA

Em terceiro lugar, a igreja deve trazer o reino pelo seu testemunho. Satanás é chamado de príncipe deste mundo. Onde ele obteve seu governo? Creio que no tempo pré-histórico foi bem possível que Deus tenha dado o governo desta terra, nosso planeta, ou pode ser o nosso sistema solar àquele arcanjo, mas por causa de sua rebelião, foi tomado dele. Então Deus criou o homem e deu o governo desta terra ao homem. Deus disse: “Domine sobre tudo nos céus e na terra e sob a terra e no mar”. Deus nunca desistiu de Sua possessão. A possessão está na mão de Deus. Deus deu o governo desta terra ao homem, mas ele a entregou ao diabo. É por isso que ele é o príncipe deste mundo. 



A Invasão Celestial 

Satanás organizou este mundo em um cosmos bem organizado. Seja político, econômico, educacional, social, ou até religioso, seja o que for, tudo é organizado e governado por ele. Assim quando o Reino do céu veio a esta terra, Ele veio a um mundo hostil. O mundo não teve lugar para Ele. Ele veio para o que era Sua propriedade e os Seus não o receberam. Não houve nem um quarto em uma estalagem. Ele nasceu em uma manjedoura. O Rei dos céus veio a esta terra e o mundo não pode tê-Lo. Não apenas Herodes queria se livrar Dele, mas todo mundo O rejeitou. Não apenas o mundo romano O rejeitou, mas o mundo religioso, o mundo judaico, O rejeitou. Por que? É porque Ele era estrangeiro para esta terra. Ele não pertencia a este mundo. Ele saiu do céu e veio a esta terra. Isso foi uma invasão. O céu invadiu a terra na Pessoa de nosso Senhor Jesus e, certamente, todo o mundo é hostil a Ele. Em Salmos 2, encontramos que todo o mundo se juntou para se livrar Dele. Eles pensaram que teriam sucesso.

Quando nosso Senhor Jesus estava na terra, Ele era o reino de Deus na terra. O reino de Deus tinha vindo na Pessoa de nosso Senhor Jesus. Sempre que Ele viajava carregava este reino com Ele e manifestava o poder e influência deste reino. Ele disse: “Se no nome de Deus, pelo Espírito de Deus, expulso demônios, então o reino de Deus é chegado no meio de vós”. E assim ele fez. Foi uma invasão a este mundo.

Finalmente o mundo se livrou Dele na cruz do Calvário, sem saber que aquela era a maior vitória que nosso Rei tinha vencido. Ali na cruz Ele julgou o príncipe deste mundo. Ali na cruz Ele despojou todos os principados e potestades e os expôs publicamente pela cruz. Pela morte, Ele roubou o poder da morte. Em outras palavras, Ele venceu uma batalha decisiva na cruz do Calvário. Os dois reinos chegaram a esta batalha decisiva e o Rei dos céus a venceu. 



O Estabelecimento Celestial na Terra

Nosso Senhor Jesus ascendeu e enviou Seu Espírito Santo e cento e vinte pessoas foram batizadas em um corpo. Vocês sabem para que? Este foi o primeiro estabelecimento do céu na terra. Em um terreno hostil, em uma terra hostil, em um mundo hostil, em um mundo terreno, o reino dos céus tinha uma cabeça de ponte. Foi ganha uma base de apoio e fundado um estabelecimento em Jerusalém. Este foi o começo. Naquele estabelecimento, isto é, na igreja em Jerusalém, o céu reinava. Todas as pessoas ali viviam uma vida celestial, e o testemunho delas era tal que, por um lado, as pessoas não ousavam se aproximar delas. Elas os temiam. Por outro lado, elas eram atraídas a eles e muito entravam para o reino através do testemunho delas.

Então o Espírito de Deus começou a se mover e houve mais estabelecimentos, alguns na Judéia, alguns na Samaria. E estes estabelecimentos estrangeiros; este reino do céu que invadiu o reino deste mundo, começou a crescer e ter cabeças de praia e pontos de apoio e estabelecimentos por todo o mundo.

Deixe-me usar uma ilustração que o irmão Watchman Nee usava. Neste país provavelmente não muitos entendem isso, mas nós na China o entendemos. Depois da guerra do ópio, a China foi derrotada pelas forças estrangeira, e houve um tratado entre a China e estas forças estrangeiras. Nesse tratado as forças estrangeiras requeriam que certas cidades e portos na China fossem abertos para o comercio e nestes portos eles fundaram estabelecimentos estrangeiros. Por exemplo, na cidade de Xangai onde fui criado, tínhamos estabelecimentos estrangeiros. Tínhamos uma seção que chamávamos de Comissão Francesa, e naquele estabelecimento os franceses governavam. Tínhamos estabelecimentos internacionais. Ali o governo era internacional. Eles tinham sua policia, e tinham seus juizes. Nós os chamávamos de jurisdição extraterritorial. Todos os que viviam nestes estabelecimentos viviam na China sobre solo chinês, mas estavam sob governos diferentes. Se eles cometessem um crime, não podiam ser julgados pela lei chinesa. Eles eram julgados pela lei do país deles. Isso é estabelecimento.

Agora, certamente, essa é uma má ilustração, mas ilustra algo. Este é um mundo hostil e Satanás está governando sobre ele. Mas Cristo já venceu, e na base de Sua vitória, Ele é capaz de colocar estabelecimentos aqui e ali por todo o mundo. Nestes estabelecimentos Ele reina supremo. Isto é, o reino dos céus veio para esta terra nestes estabelecimentos. Através do testemunho destes estabelecimentos, ou colocando de outra forma, nestes estabelecimentos, o poder usado para governar foi vencido, destruído.

Vocês vêem esta batalha espiritual ali? A estratégia de Deus é que através da vitória de nosso Senhor Jesus, Ele começou a colocar estabelecimentos por todo este mundo. Em tais estabelecimentos o poder do inimigo foi destruído, pouco a pouco o poder do inimigo foi destruído, pouco a pouco gradualmente. Quando você chega a Apocalipse 12 você encontra que nasce um filho varão. Quando o filho varão nasce, é raptado através dos ares parar o trono.

Agora, o que isso significa? Significa que poder espiritual suficiente foi fabricado para que aqueles que são do Senhor tenham o poder espiritual para passar pelos ares, que é o quartel general do inimigo, e alcançar o trono. Não apenas o Senhor Jesus ganhou esta vitória na cruz do Calvário, mas a igreja, naquele filho varão, também tem que vencer. Há um tremendo poder ali. Quando você pode passar através do quartel general do inimigo, isso significa que você derrotou o inimigo e preparou o caminho para a vinda do Senhor nos ares.

Como eles venceram? Como vencemos? “Eles venceram pelo sangue do Cordeiro”. Ninguém é perfeito, mas graças a Deus, há arrependimento. Há humilhação, há a disponibilidade do sangue do Cordeiro, portanto suas vestes estão lavadas e brancas. “Eles venceram pela palavra de seu testemunho”. Eles têm um testemunho e o proclamam. O testemunho deles é: “Jesus é Senhor”. Jesus é o Senhor deles e eles proclamam isso, que é o evangelho do reino e este testemunho é poderoso. Satanás sabe que é um inimigo derrotado.

“E eles não amaram suas próprias vidas até a morte”. A palavra vida aqui no original é vida da alma. Eles fazem violência a si mesmos por amor ao Senhor Jesus e por causa do evangelho. Eles não amam a sua vida da alma mesmo até a morte. É através de Deus deve ser estabelecido sobre esta terra.

Assim vocês vêem que é a igreja que traz o reino. Se esse é o caso, então a edificação da igreja não é uma coisa pequena. Não considere a igreja como insignificante. Estamos sendo edificados juntos como a igreja de Deus? Quando somos edificados juntos, então somos capacitados a pregar o evangelho do reino, então estaremos capacitados para orar: “Venha o Teu reino”, então sob nosso testemunho o reino virá. Assim, que o Senhor nos ajude. 




Oremos: 

Querido Pai celestial, oh como Ti adoramos porque é Tua vontade que o Teu reino venha. Queremos concordar Contigo. Queremos dizer que também é nosso desejo que Teu reino venha. Estamos cansados do reino deste mundo. Queremos ver o reino deste mundo se tornar o reino de nosso Deus e de Cristo. Senhor, juntos, expressamos nosso desejo diante de Ti. Ouça-nos por causa de Ti mesmo. Amém.



Stephen Kaung - Editora Restauração
(Site Igreja em Uberaba)

Eliminar o fermento e andar na verdade.


Celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade (1 Co 5:8). 
Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes (Jo 13:17)


Êx 12:8; Mt 13:33; 16:5, 12; Ef 4:14; 3 Jo 3-4

A quarta parábola é a do fermento, descrita em Mateus 13:33. O fermento, na Bíblia, é apresentado como algo anormal e reprovado por Deus. No Antigo Testamento, por exemplo, Deus ordenou que ao sair do Egito para cruzar o Mar Vermelho, o povo de Israel deveria levar pães asmos, isto é, pães sem fermento (Êx 12:8).
Depois, em Mateus 16:5, Jesus exorta os discípulos a se acautelarem do fermento dos fariseus e dos saduceus, referindo-se não ao fermento do pão, mas à doutrina dos fariseus e saduceus (v. 12). O fermento, portanto, representa as doutrinas, os ensinamentos religiosos, as artimanhas e astúcia dos homens que induzem ao erro (Ef 4:14). Desses ensinamentos devemos nos afastar, pois não levam para a vida e sim, para discussões que deturpam a revelação da Palavra pura de Deus.
Quando o Senhor fala para a igreja em Tiatira, na carta às sete igrejas de Apocalipse, Ele cita os ensinamentos de uma mulher, Jezabel. Os ensinamentos dela são como o fermento na parábola de Mateus 13, que uma mulher introduziu, levedando toda a massa. Quando há muitas tradições e ensinamentos de homens misturados à Palavra pura de Deus, as pessoas se afastam da verdade e criam doutrinas baseadas em suas próprias interpretações. Pior que isso, ainda induzem às práticas de prostituição e idolatria (Ap 2:20).
As verdades, porém, não existem simplesmente para ficarem em nossa mente, para que as analisemos e fiquemos admirados. No passado já fizemos isso, mas hoje, depois que recebemos a ajuda do ministério ulterior do apóstolo João, em sua maturidade, vimos que precisamos praticar as verdades e ter um viver de realidade (Jo 13:17).
João passou vinte anos na ilha de Patmos, onde escreveu o livro de Apocalipse e somente depois é que começou a fazer a obra na igreja em Éfeso. Ele foi para lá, com mais de 90 anos e começou a servir os irmãos com Espírito e vida.
Em sua terceira epístola, João se dirige a Gaio, da igreja em Corinto, que exercitou seu dom de hospedar pessoas desde o início de sua vida cristã e tinha bom testemunho perante os irmãos. Tanto é que João o cita como exemplo de quem anda na verdade (3 Jo 3). Nela, ele declarou que sua maior alegria era ver seus filhos andando na verdade (v. 4). A verdade não é para ser analisada, mas praticada por meio do Espírito e da vida. Semelhantemente, não vamos introduzir fermento na vida da igreja, mas praticar a verdade e alegrar o coração de Deus!

20 julho, 2012

Crescer em vida de modo normal.


Retendo a cabeça [Cristo], da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus (Cl 2:19)


Gn 1:11-13; 49:22; Jr 17:7-8; Mt 13:4, 19, 31-32; Ap 2:13a; 22:2

A terceira parábola é a do grão de mostarda, descrita em Mateus 13:31-32, conforme vemos: “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos”.
Segundo essa parábola, o grão de mostarda, que é a menor das sementes, cresceu e virou uma grande árvore. Isso mostra que ela teve um crescimento anormal. Sabemos que a semente da mostarda deve crescer a ponto de se tornar uma hortaliça. Qual é, então, a anormalidade aqui? É que ela ultrapassou o tamanho normal de sua espécie, cresceu além dos limites. A mostarda é uma verdura, uma hortaliça; a árvore é de outra espécie.
Em Gênesis podemos ver que, no terceiro dia da criação, o Senhor criou cada planta de acordo com a sua espécie (1:11-13). Então a mostarda tem de ser segundo a sua espécie, ou seja, numa situação normal vai se tornar verdura para os homens comerem. Contudo, na parábola, há algo anormal, pois ela se transformou numa árvore e sobre ela vieram as aves e se aninharam em seus galhos.
Alguns interpretam esse crescimento exagerado do grão de mostarda como algo normal e não percebem que, além de deixar de alimentar os homens, a árvore, na qual se tornou, deu abrigo às aves. Estas aves, que se achegam para fazer ninhos e morar em seus ramos, não representam os anjos bons, como muitos pensam, mas o maligno que vem e arrebata a palavra semeada no coração (Mt 13:4, 19). Portanto, esse crescimento anormal não proporcionou um bom resultado, pois deu acolhida ao inimigo de Deus (Ap 2:13a).
Depois que fui salvo, eu gostava muito de ler a Bíblia. Um dia li um trecho onde fala que o Senhor saiu cedo de Betânia para Jerusalém e estava com fome. No caminho, viu uma linda figueira com muitas folhas. Provavelmente Ele pensou: “Agora, sim, posso comer; vou, enfim, saciar minha fome”. Porém aquela figueira, que deveria ter alimento para os homens, não tinha frutos. Então o Senhor a amaldiçoou (Mt 21:18-19). Numa situação normal, devemos ser frutíferos e satisfazer assim a fome do Senhor (Gn 49:22; Sl 1:3; Jr 17:7-8).
Eu, que era convertido havia pouco tempo, percebi com isso que a igreja tem de crescer de maneira normal, não de aparência nem de maneira anormal, mas com realidade, isto é, com frutos que alegram o coração de Deus e não dão lugar para o inimigo entrar. Louvado seja o Senhor!

Buscar mais o Senhor diante dos sofrimentos.


Ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração           (1 Pe 3:14-15a)


Mt 13:24-30, 37-43

A segunda parábola apresentada em Mateus 13 é a do joio, conforme vemos: “O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso.Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (vs. 24-30).
A boa semente nessa parábola se refere aos filhos do reino e o joio às pessoas usadas pelo inimigo (v. 38). O joio retira os nutrientes do solo para crescer e obter toda a luz do sol que puder, de modo que o trigo não consegue ter luz e nutrição suficientes. Assim, o trigo cresce, mas não de forma saudável.
Então o que fazer nessa situação? Nosso desejo inicial é arrancar o joio semeado pelo inimigo. Mas como foi semeado no meio do trigo, as raízes do joio crescem entrelaçadas com as raízes do trigo. Se arrancarmos o joio, o trigo poderá ser danificado, então o mais indicado é esperar a hora da colheita, quando o trigo, maduro, se dobra com o peso do fruto e o joio fica ereto, tornando-se facilmente identificável para ser separado do trigo e queimado.
Esta é a nossa experiência como trigo: quando crescemos em vida, o joio cresce junto conosco. Em vez de desanimarmos ou ficarmos atemorizados com o joio, devemos buscar ainda mais o crescimento espiritual. Devemos avançar seguindo a orientação do Senhor e com Ele ter mais comunhão para dar frutos. Assim, quando chegar a época da colheita, o Senhor enviará os Seus anjos para que ajuntem do Seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, lançando-os na fornalha acesa, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 13:30, 37-42).
Os filhos do reino, os justos, que estiverem amadurecidos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai, como vencedores (v. 43). Aleluia! Louvado seja o Senhor!

18 julho, 2012

Ter um coração adequado para a palavra do reino crescer e frutificar.


Despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma (Tg 1:21)


Mt 13:3-8, 19-22; 1 Pe 4:12

O desejo de Deus é que andemos no espírito, cresçamos na vida divina e façamos Sua vontade a fim de sermos conduzidos por Ele ao reino dos céus. Se estamos no espírito, somos bem-aventurados, pois podemos ver, ouvir e compreender os mistérios do reino dos céus (Mt 13:11).
Com respeito ao reino dos céus, temos sido muito ajudados pela revelação apresentada na parábola do semeador, por meio dos diferentes tipos de solo, retratando as condições em que nosso coração pode se encontrar (vs. 3-8). Podemos ver quais são as condições do nosso coração que não são favoráveis para o crescimento da semente da vida divina, plantada em nós por meio da palavra do reino, e também o que é necessário fazer para revertê-las, para que se tornem numa “boa terra”, isto é, em um coração adequado que frutifica e nos leva a cumprir a vontade de Deus.
O primeiro tipo de solo mencionado é à beira do caminho por onde muitas pessoas passam e que, por causa desse fluxo intenso, se torna muito duro. Antigamente, quando não existiam estradas pavimentadas, as pessoas caminhavam por onde achavam melhor e cortavam caminho pelos gramados e campos. Então podia se ver, no meio de um gramado verde, uma porção de terra bem pisada onde nada crescia. Nessa parábola, o semeador semeia em todo tipo de terra, mas as sementes que caem à beira do caminho não germinam, pois não conseguem penetrar o solo. Então, logo em seguida, vêm as aves e as comem. Isso quer dizer que quando ouvimos a Palavra e não a compreendemos, vem o maligno e a arrebata do nosso coração (Mt 13:4, 19).
O segundo tipo é o solo rochoso. Num solo fértil a água é armazenada e absorvida pela semente para sua germinação e crescimento, porém, quando há muita rocha nesse solo, consequentemente há pouca terra e pouca retenção de água. Então a semente lançada ali não encontra água para absorver e suas raízes não se aprofundam. Quando vem o sol, logo a queima porque possui uma raiz superficial. Isso significa que quando nossas raízes não são profundas, a angústia e a perseguição nos escandalizam e secamos, perdendo todo o frescor (vs. 20-21).
No terceiro tipo de solo, a terra é boa e, por isso, a planta consegue nascer, mas por estar entre os espinhos estes a sufocam. Todas as plantas precisam de água para germinar e também da luz solar para florescer e frutificar. Os espinhos, por crescerem mais rápido, impedem a planta de receber a luz e, como consequência, ela não floresce nem frutifica.
Espiritualmente ocorre o mesmo conosco: os espinhos se referem aos cuidados do mundo e à fascinação das riquezas (v. 22). Essas duas coisas estão na nossa alma e a única maneira de as eliminarmos é pelo fogo do Espírito (1 Pe 4:12). No passado acreditávamos que, para resolver o problema dos espinhos, tínhamos de cortá-los. Depois descobrimos que se apenas os cortamos, eles crescerão novamente. A solução, portanto, é queimá-los. Essa parábola vem nos mostrar que precisamos queimar o que há de natural em nós para que sejamos uma boa terra onde a Palavra de Deus tenha condições de germinar e frutificar.
Se a dureza e a aridez do nosso coração forem removidas ao eliminarmos o “trânsito” das preocupações e ocupações deste mundo; se as pedras forem retiradas, ou seja, por meio da oração e confissão os pecados ocultos e as fortalezas da mente, com seus arrazoamentos e sofismas que nos fazem perder a simplicidade e pureza devidas a Cristo, forem destruídos, e se os espinhos forem queimados por meio do genuíno arrependimento proveniente do fogo do Espírito, nosso coração será uma boa terra, por meio do qual a vida divina não apenas crescerá, mas dará muito fruto! Aleluia!


RADIOARVOREDAVIDA.NET

17 julho, 2012

Refletindo...


O Reino e a Igreja - Parte 3



O REINO EDIFICA A IGREJA


“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16:18-19).

“Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 5:5).

“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que pelo fogo” (1 Co 3:11-15).

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2:20-22). 



Vamos orar:

Querido Pai celestial, quando nos reunimos no nome do Teu Filho amado, nosso Senhor Jesus, Ti louvamos e Ti agradecemos porque Tu amaste a igreja e Ti deste por ela. Ti agradecemos e louvamos porque Tu também amas Teu reino e, Senhor, pedimos que nós, também, possamos amar Tua igreja e possamos amar Teu reino. Oramos para que Tu aumentes em nosso coração tal amor por Teu reino e pela Tua igreja porque são coisas que Tu carinhosamente amas. Oh Senhor Tu irás pelo teu Espírito falar ao nosso coração e nos conduzir àquilo que Tu estas buscando.Encomendamos este tempo em Tuas mãos no nome de nosso Senhor Jesus. Amém.

Estamos olhando para o reino e para a igreja de quatro ângulos diferentes. Número um: o reino é um com a igreja. Quando entre na realidade espiritual, descobre que o reino e a igreja realmente são o mesmo. Eles são os dois aspectos de uma mesma coisa. Quando você pensa na igreja, pensa na vida; quando você pensa no reino, pensa na autoridade. Quando você pensa na igreja, pensa na liberdade; quando você pensa no reino pensa no governo.Quando você pensa na igreja, pensa em comunhão. Quando você pensa na igreja, pensa em amor, mas quando pensa no reino pensa em disciplina. Estes dois aspectos têm que funcionar juntos porque na realidade espiritual o reino e a igreja são um.

O segundo ângulo é que o reino é maior do que a igreja. Muito embora o conceito da realidade da igreja esteja em Deus, mesmo antes da fundação do mundo,contudo ele permanece um mistério. Não até que este mistério fosse revelado aos apóstolos e profetas pelo Espírito Santo viemos a conhecer aquele mistério de Cristo que é a igreja.

O próprio nosso Senhor enquanto estava na terra lançou um fundamento. Ele mencionou a igreja duas vezes, conforme encontramos em Mateus 16 e Mateus 18, mas ainda não havia a igreja. Ele lançou um fundamento através da Sua morte. Do Seu lado saiu sangue e água, e com esse material Ele edificará Sua igreja.

No dia de Pentecostes o Espírito Santo veio sobre cento e vinte que estavam reunidos e oravam unânimes. Em um Espírito estes cento e vinte crentes foram batizados em um corpo. Este é começo da igreja. Em um sentido, dizemos que a igreja começou, no que concerne à sua história no tempo, com a primeira vinda de nosso Senhor Jesus. Ela permanecerá e continuará a crescer e aumentar, continuará a ser amadurecida até a segunda vinda de nosso Senhor Jesus, quando virá para tomar Sua igreja para ser Sua noiva.

Quando pensamos no reino, dizemos que ele começa de fato com a criação. Quando Deus criou os céus e a terra, Ele que é o Soberano se tornou o Soberano do universo. Ele que é o Rei começou a ter domínio sobre aquilo que reina e no qual pode conceder, manifestar e expressar Seu próprio caráter. Por isso dizemos que o reino de Deus começa com a primeira criação e continua através das eras, não apenas no tempo do Velho Testamento, mas também no tempo do Novo Testamento. Assim encontramos que ele é paralelo à igreja, e ainda é maior do que a igreja. Por que? É porque sempre que o evangelho do reino dos céus é pregado, onde quer que o som vá e as pessoas vêem sob a influência daquele som, você encontrará que uma aparência exterior daquele reino dos céus irá aparecer sobre esta terra. E está aparência exterior está mostrado nas parábolas de Mateus, o mistério do reino dos céus.

Agora devemos lembrar que estas parábolas, o mistério do reino dos céus, representam a cristandade. Isso é, sempre que o som do evangelho se espalha, você encontra trigo e joio reunidos juntos. Isso é a cristandade, não é a igreja. Por isso neste sentido, o reino é maior que a igreja.

Então, certamente, na vinda de nosso Senhor Jesus, Ele estabelecerá o Seu reino sobre esta terra, o reino milenar. Na realidade, existem duas partes no reino milenar. A parte mais inferior que é o Reino Messiânico sobre esta terra cujo trono estará estabelecido em Jerusalém e a nação de Israel será a principal das nações. Eles serão uma nação de sacerdotes como Deus prometeu. Eles sairão e liderarão os povos para adorarem a Deus. Também, naquele tempo, haverá a parte superior, a parte celestial. Na parte celestial você encontra os santos no alto, aqueles vencedores da igreja. Eles reinarão com Cristo por mil anos. É um tempo quando o céu reinará sobre a terra. Assim você encontra que reino realmente é maior que a igreja.

Então, certamente, depois do milênio haverá a eternidade. Na eternidade haverá novos céus e nova terra, e a nova Jerusalém descerá do céu para esta terra. Este é o tempo em que a igreja é fundida com o reino eterno de Deus. Por isso dizemos que o reino é maior que a igreja.

Na verdade, durante as duas sessões passadas sobre o reino e a igreja, estivemos apenas lançando o fundamento. Nosso encargo na realidade é com a inter-relação entre o reino e a igreja. Agora gostaríamos de considerar juntos diante do Senhor: O Reino Edifica a Igreja.

Nas quatro passagens que lemos, você encontra a palavra edificar em cada passagem. Em outras palavras, a igreja tem que ser edificada. Em Mateus 16, nosso Senhor Jesus mesmo disse: “Eu edificarei Minha igreja”. A igreja não é algo que surge repentinamente. A igreja não é apenas algumas pedras jogadas juntas. A igreja precisa ser edificada. Mas como a igreja é edificada? Qual é a chave para a edificação da igreja de Deus?

Hoje, temos que reconhecer que tanto quanto podemos ver, parece como se a igreja não estivesse sendo edificada. Parece como se estas pedras vivas não estivessem sendo edificadas juntas. Muito embora creiamos que quando o Senhor disse: “Eu edificarei a Minha igreja”, Ele está edificando, parece que Ele não está edificando tão rápido, tão amplamente como deveria ser. E provavelmente esta é uma razão pela qual o Noivo ainda está esperando pela noiva. Por isso é muito importante para nós sabermos como a igreja é edificada. Qual é a chave para a edificação da igreja? 



AS CHAVES DO REINO

Nosso Senhor Jesus disse: “Tu és Pedro, uma rocha, uma pedra. Sobre esta rocha (isto é Ele mesmo, a confissão Dele como o Cristo, o Filho do Deus vivo) Eu edificarei a Minha igreja” (ver Mateus 16:18). Isso é o que Ele está fazendo, mas como? No verso seguinte Ele disse: “Ti darei as chaves do reino, e tudo o que ligares nesta terra será ligado no céu, e tudo o que desligares nesta terra será desligado no céu”. No original nos é dito: “Tudo o que vós ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que vós desligardes na terra será desligado no céu”.

Estas chaves do reino não são dadas apenas a Pedro. No verso paralelo em Mateus 18 nosso Senhor Jesus disse:

“Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (versos 18-20).

Em Mateus 16, as chaves do reino foram dadas a Pedro, mas então em Mateus 18 elas foram realmente dadas à igreja, aos crentes. “Tudo o que vós ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que vós desligardes na terra será desligado no céu”. Quem são essas pessoas que estão ligando e desligando? “Se dois de vós na terra concordarem... Pois onde se acharem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. Assim podemos dizer que estas chaves são dadas aos crentes, à igreja.

O que são as chaves? O que representam as chaves? Certamente, as chaves representam autoridade ou poder. Há a autoridade, o poder de ligar a o poder e autoridade para desligar. O que realmente é autoridade? Depois da ressurreição de nosso Senhor Jesus, Ele apareceu aos Seus discípulos a João disse:

“E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos” (Jo 20:22-23).

Em outras palavras, o poder e autoridade do reino dos céus é o Espírito Santo que é dado, não Pedro, não os crentes, mas o Espírito Santo neles. O Espírito Santo é a autoridade e o poder do reino dos céus. Em Isaías 22:22, é dito:

“Porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro; ele abrirá, e ninguém fechará; fechará, e ninguém abrirá”.

“Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre” (Ap 3:7).

Aqui você encontra a chave da casa de Davi e a chave de Davi. Creio que todos nós sabemos que Davi é a representação do reinado. Assim, esta é a chave do reino de Deus e com esta chave você pode abri-lo; abrir a porta da casa de Davi, do reino, ou você pode fechá-la. É interessante que aqui em Isaías 22 e em Apocalipse 3 a chave está no singular. Você não precisa de duas chaves – uma para abrir a porta e uma para fechá-la, trancá-la. Esta única chave é suficiente para abri-la e para fechá-la. Mas em Mateus 16 as chaves estão no plural.

Agora certamente a interpretação aceita é que Pedro usou duas chaves – uma para abrir a porta do reino aos judeus e uma para abrir a porta do reino para os gentios. No dia de Pentecostes, depois do Espírito Santo vir sobre aquelas pessoas e começarem a engrandecer o Senhor, uma grande multidão começou a se reunir em torno deles. E Pedro se levantou com os onze, e pregou o reino dos céus para a multidão. Ele concluiu sua mensagem dizendo:

“Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse mesmo Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2:36).

Ele é exaltado, Ele é o Senhor do universo, Ele é o Rei sobre tudo. Este é o evangelho do reino de Deus que ele pregou, e depois de pregar as pessoas foram tocadas no coração. Estavam convictas, por isso perguntaram o que deveriam fazer. E Pedro disse:

“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”(At 2:38).

Os cristãos evangélicos diriam: “Pedro, você está errado. Quando as pessoas estão convictas, você precisa dizer a elas que devem crer nos Senhor Jesus. Você nem ao menos disse a elas que deveriam crer”. Mas Pedro não disse: “Creiam no Senhor Jesus”. Tudo o que ele disse foi: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”. Por que? Porque para os judeus daquele tempo a crucificação, a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus tinha sido diante de seus olhos. Em outras palavras, era algo efetuado diante deles por isso tudo o que precisavam fazer era se arrependerem; se arrependerem de sua rejeição ao Messias e serem batizados em Seu nome, para pertencerem a Ele. E ao fazerem isso seus pecados seriam cancelados e eles poderiam receber o dom do Espírito Santo. Assim Pedro, usou aquela chave para abrir a porta do reino aos judeus.

Então, em Atos 10, Pedro foi enviado à casa de Cornélio que era toda composta de gentios e começou a pregar novamente. Na verdade, Pedro foi apenas até a primeira parte do seu sermão. Depois de ter pregado algo sobre o Senhor Jesus, fez uma pequena conclusão, não com alguma idéia que fosse para concluir sua mensagem. Ele apenas resumiu o que tinha dito e estava para continuar. Ele não tinha terminado a mensagem ainda. Provavelmente ele tinha muito para prosseguir, então disse: “A ele todos os profetas dão testemunho de que todo o que nele crê receberá a remissão dos pecados pelo seu nome” (At 10:43). Aqui você descobre que sua mensagem é realmente evangélica. Ele disse: “Creia”. Você precisa crer no Senhor Jesus para a remissão dos seus pecados. Bem, estes eram gentios. Eles nem mesmo sabiam que o Senhor tinha ressuscitado, por isso tinham que crer no Senhor Jesus para a remissão dos seus pecados. Assim as pessoas dizem que realmente Pedro teve que usar duas chaves diferentes, uma para os judeus e uma para os gentios. Isso pode ser assim, não sei. 




AS CHAVES DA MORTE E DO HADES



Há uma outra Escritura que menciona mais do que uma chave. Nosso Senhor declarou ao Seu discípulo amado João:

“Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:18).

Aqui, chave está no plural mais uma vez. A morte e o hades. Pergunto se há um tipo de contraste ou um tipo de complemento ali. As chaves da morte e do hades são negativas. As chaves do reino dos céus são positivas.

Satanás tem o poder da morte, a força da morte porque o salário do pecado é a morte. Como ele tenta as pessoas para pecar, então elas estão sob seu domínio. Em outras palavras, ele tem a chave da morte, e a usa para ameaçar as pessoas. Em Hebreus 2, você encontra que as pessoas temem a morte e ele usa esse temor da morte para as escravizar. A morte é tão poderosa que quando vem, você não pode pedir por mais cinco minutos de graça. A morte é tão poderosa que uma vez que ela agarra você, nunca o deixará ir. Através dos séculos incontáveis pessoas entraram na morte e nenhuma jamais retornou. Satanás tem a chave da morte, e ele a abre a todo aquele que peca, e então ele apenas a fecha. Mas, graças a Deus, há um Homem!

Na mensagem de Pedro no dia de Pentecostes, ele mencionou Salmos 16, uma profecia sobre o Messias, e disse que a morte não poderia retê-Lo, o hades não poderia retê-Lo. Em outras palavras, nosso Senhor Jesus propositalmente, voluntariamente entrou na morte a fim de despojar a morte do seu poder e tomar a chave das mãos de Satanás e tomá-la em Sua própria mão.

Por isso, irmãos e irmãs, Ele nos libertou do temor da morte. “Aquele que crê em mim”, disse o Senhor, “nunca perecerá”. Esta é a razão do porque quando um crente, um santo, um filho de Deus morre fisicamente, a Bíblia diz que ele dormiu. Você não tem medo de ir dormir. Penso que você dá boas vindas ao sono. Depois de um dia cansativo, você busca ter uma doce noite de sono. E ir dormir significa que um dia você se levantará, você espera ser despertado. Para os crentes, o aguilhão da morte já se foi. O aguilhão do pecado é a morte, e o poder da morte foi tragado pela vida. Nosso Senhor Jesus entrou na morte, despojou a morte do seu poder, e Ele voltou da morte em ressurreição, e tem a chave da morte. Irmãos e irmãs, não estamos debaixo do temor do pecado.

Espiritualmente falando, há uma lei da morte justamente como há uma lei do pecado, mas nós que somos do Senhor, nós que estamos em Cristo estamos acima da lei da morte porque a lei do espírito de vida venceu a lei do pecado e da morte. A lei do pecado é que você tem que fazer aquilo que você sabe que não deveria fazer. A lei da morte é que você não faz aquilo que você deveria fazer. Mas graças a Deus, Ele venceu a morte e estamos aptos para fazer Sua vontade.

Agora, Ele não tem apenas a chave da morte, mas também a chave do hades. Hades é o lugar para onde o ímpio que morre vai. É como uma casa de detenção para todos os que são ímpios (e por ímpio quero dizer à vista de Deus). Pode haver muitas pessoas que são normais, muito religiosas, mas não têm a vida, a vida eterna. Quando elas morrem sem crerem no Senhor Jesus, sem serem salvas, irão para o hades. Este é o lugar dos ímpios. Nosso Senhor Jesus tem esta chave, também. Esta é a razão pela qual Ele disse: “Eu edificarei a minha igreja sobre esta rocha e as portas do hades não prevalecerão sobre ela”. Ele tem a chave.

Nos é dito que em Mateus 16 não há artigo definido antes da palavra “portas”. O hades parece ter muitas portas porque o caminho do hades é espaçoso e há muitas portas pelas quais você pode entrar. É muito fácil de entrar. Já que não há artigo definido “as” antes de portas, isso expressa a característica do poder ao invés de um objeto definido.

Em outras palavras, “portas do hades” representam o poder maligno, o poder das trevas, a habitação da malignidade. E aqui nosso Senhor Jesus disse que as portas do hades não prevalecerão contra a igreja que Ele edifica. Todas as portas podem ser abertas, mas com Sua permissão. Ele tem a chave. Ele pode abrir as portas do hades e permitir que a impiedade venha e tente e teste Sua igreja, mas Ele também a fecha. Assim, qualquer coisa que possa acontecer – perseguição, ataques, qualquer poder que parece vir do hades, lembre-se que tudo está sob o controle do nosso Senhor. Ele autoriza, Ele os permite por uma razão, para nos aperfeiçoar. Graças a Deus, nosso Senhor Jesus tem a chave da morte e do hades. Não há temor para nós da morte ou do poder das trevas. Isso é negativo.

Então você encontra uma coisa positiva. Nosso Senhor Jesus tem as chaves do reino dos céus e Ele as deu ao Seu povo. Você não precisa concordar comigo, mas pergunto porque é que Ele disse as chaves? Agora se existem chaves da morte e do hades e o hades é o próximo passo da morte, pergunto se as chaves do reino dos céus são similares. Isso significa que você usa uma chave para abrir a porta para entrar no reino dos céus. Mas o reino dos céus tem muitos compartimentos e você precisa mais chaves para abrir as portas para cada compartimento para que você possa realmente entrar no reino abundantemente. E tanto quanto o que concerne à nossa experiência, esse parece ser o caso. Entramos por nascimento. “Em verdade, em verdade eu digo que a menos que alguém seja nascido da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus”. Esta é a chave que abre e você nasce no reino, mas isso não significa que porque você está no reino você é do reino. Você precisa ser violento, para se apoderar dele, tomá-lo por força.
 




PREGANDO O EVANGELHO DO REINO



A chave para a edificação da igreja é o reino. Como o reino edifica a igreja? Primeiro de tudo, é a pregação do evangelho do reino. Sem a pregação do evangelho do reino não haverá material para edificar a igreja. Infelizmente, quando pregamos o evangelho, pregamos de acordo com Lucas e paramos ali. Quando lemos o evangelho de acordo com Lucas, depois que nosso Senhor Jesus ressuscitou e apareceu aos Seus discípulos, disse que fossem e pregassem o arrependimento e a remissão dos pecados. Assim algumas vezes dizemos que o evangelho conforme Lucas é o evangelho da graça (ver Lucas 24). Em outras palavras, você apenas diz às pessoas que Cristo morreu por eles na cruz, portanto os pecados delas podem ser perdoados se elas apenas se arrependerem e crerem Nele. Então os pecados delas serão perdoados e elas estarão bem.

Este é o evangelho que é pregado hoje, mas quando você vai à Palavra de Deus, dos quatro evangelhos, Deus colocou o de Mateus primeiro. O evangelho de Mateus é o evangelho do Rei, o evangelho do reino e essa parece ser a parte principal do evangelho de Jesus Cristo. Há apenas um evangelho. Não é que você tem um evangelho da graça e um evangelho do reino, como se houvessem dois evangelhos diferentes. Não, eles são diferentes aspectos do evangelho de Jesus Cristo. Poço dizer que o evangelho da graça é para o evangelho do reino. o reino é o propósito de Deus. A graça é o Seu meio para aquele fim porque sem a graça vocês nunca estarão capacitados para ganhar o reino



Graça



O que é graça? Dizemos que graça é o favor imerecido que Deus apenas dá livremente, geralmente, liberalmente, sem acepção de pessoa, para pessoas que não merecem. Isso é verdade. Mas você sabe que a palavra graça no original grego é composta de três significados diferentes e que eles estão juntos? A graça dada livremente, gratuitamente e geralmente, é o meio dos três. Isto é, a única que pregamos e recebemos.

Na realidade, a palavra graça em primeiro lugar significa que há um objeto ou uma pessoa que é bela, que é graciosa para se ver. A graça não começa com dar, a graça começa com aquele que dá. Agora, estamos interessados com o que é dado, mas nos esquecemos daquele que dá. Assim a graça, primeiro de tudo, é para ver Aquele que é belo, que é tão gracioso. Quem é Aquele que é tão gracioso, tão belo? Certamente é o nosso Senhor. A primeira parte é a pessoa graciosa. Então aquela pessoa graciosa deu graciosamente e esta é a segunda parte. A terceira parte é aquele que recebe a graça, que a graça irá operar tanto nele, irá movê-lo tanto, irá mudá-lo tanto que ele se tornará gracioso também, como aquele que é tão gracioso. Se dissermos que recebemos graça e ainda não somos mudados, não somos graciosos, não somos belos, mas feios, não sabemos o que é graça. É justamente como aquele servo, que sendo perdoado pelo seu mestre de tanto, ainda assim saiu e agarrou o pescoço de seu companheiro justamente por um pequeno e minúsculo débito. Ele foi lançado de volta na prisão.

Vamos nos lembrar que não há na verdade oposição entre graça e reino. Algumas vezes pensamos da graça como sendo gratuita; você não faz nada e o reino, este demanda muito. É muito custoso. Você tem que trabalhar por ele e você descobre que estas são colocações inteiramente opostas. Não, elas são uma. Se você conhece realmente o que é a graça, quando você vê tal beleza, tal Pessoa graciosa, nosso Senhor, que deu a Si mesmo por você, você é tão constrangido pelo Seu amor que pode apenas dar-se novamente a Ele e reconhecê-Lo como seu Rei, como seu Senhor, e deixá-Lo reinar sobre você. Isso é natural, espontâneo, e isso é o reino, o reinado. Não há oposição. É somente pela graça que entramos ou ganhamos o reino.

Porque a igreja não é edificada? É porque, hoje, há deficiência na pregação do evangelho de Jesus Cristo. Pregamos um evangelho barato, e qual é o resultado? Agora, graças a Deus somos salvos; graças a Deus que recebemos vida, mas isso é tudo. Sabemos que estamos seguros eternamente, e então vamos embora e vivemos nossa própria vida. O reino não está em vista. O Rei não está em vista. O aceitamos como nosso Salvador, mas ainda não nos rendemos a Ele como nosso Senhor, nosso Soberano, nosso Rei. Você pode edificar uma igreja com pessoas que são salvas, mas carnais? Não há forma de edificar a igreja. O evangelho do reino precisa ser pregado.

O Evangelho do Reino

O que é o evangelho do reino? Jesus é Senhor, Jesus é Rei, Jesus é Soberano. O evangelho não é somente para crer nele, é para obedecer a ele. Em Romanos 1 é dito:

“Obediência para a fé”. Em Pedro 1 é dito: “A obediência e a aspersão do sangue de nosso Senhor Jesus”. No evangelho não há apenas crer, há também obedecer. Hoje, você encontra pessoas que crêem, mas aquilo que crêem é muito deficiente. Elas não sabem que o Único a quem crêem é o Senhor dos senhores, o Rei dos reis. Elas não sabem que Ele é a Majestade a quem elas devem entregar-se e obedecer. Esta é a razão pela qual você encontra em Romanos 12:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (verso 1). 




PEDRAS VIVAS



Graças a Deus, nós que estávamos mortos agora estamos vivos. Somos as pedras vivas que Pedro disse que seriam edificadas juntas em uma casa espiritual. Mas, você sabe que muito embora você seja uma pedra viva, uma pedra com vida, há uma porção de arestas, muita sujeira, muita poeira, muitas outras coisas que estão sobre você?

Disseram-me que quando se tenta minerar ouro, é preciso minerar talvez uma tonelada de minério para se obter um minúsculo pedaço de ouro. Todo o resto é lixo. Você sabe que muito embora sejamos salvos, muito embora haja vida em nós, muito embora tenhamos nos tornado uma pedra, a poeira da terra rodeia esta pedra? Inicialmente estávamos sujos; éramos feitos de pó, mas nosso Senhor disse: “Tu és Pedro agora, tu és uma pedra”. Muito embora tenha havido uma mudança dentro de nós em nosso espírito, nascemos de novo, e nos tornamos pedra, tudo o que vocês podem ver é poeira, não pedra.

É justamente como Paulo disse: “Temos este tesouro em vasos de barro” (2 Co 4:7). Somos vasos terrenos e o tesouro está escondido ali, e enquanto esse vaso terreno não é rachado ou quebrado, não há forma do brilho do tesouro resplandecer. E irmãos e irmãs, isso é o que somos. Somos pedras vivas, mas há tanta poeira e sujeira ao nosso redor – nossa carne, nossos velhos hábitos, nós mesmos. A menos que estas coisas estejam sendo tratadas, sendo lançadas fora, como você pode edificar estas pedras? Elas não podem estar juntas.

Suponha que você tem uma pedra aqui, um pedaço minúsculo de pedra, e esta pedra está cercada com muita terra, e há outra pedra do mesmo jeito. Quando você as coloca juntas, elas nem ao menos se encontram. O que se encontra é a terra e é isso o que esta acontecendo na igreja hoje. Irmãos e irmãs, não encontramos Cristo em cada um dos outros. Nos encontramos uns aos outros em Adão. Esta é a razão do porque a igreja não pode ser edificada. É por isso que a cruz precisa funcionar.





A LEI DO REINO 



A cruz é a lei do reino. a cruz tem que operar em nossa vida para tirar todas estas coisas terrenas. Aquilo que é terreno, mundano, tem que ser tirado para que possamos ser pessoas celestiais. Aquilo que é natural tem que ser tratado, para que aquilo que é espiritual possa ser manifestado. Aquilo que é de nós mesmos tem que ser tratado, para que aquilo que é de Cristo possa ser expresso. Por quanto tratamento temos de passar, e isso é a cruz. A cruz é onde somos crucificados. “Fora com ele”. A cruz é onde somos colocados para morrermos para que todas estas coisas possam ser tiradas.

É muito interessante quando você olha para a Escritura para encontrar que o apóstolo Paulo disse que o fundamento foi colocado, e o fundamento não é outro senão Jesus Cristo. Não pode haver outro fundamento, mas ele disse para sermos cuidadosos com o que edificamos sobre ele. Se você edifica com ouro, prata ou pedras preciosas ou com madeira, feno e palha, um dia o fogo revelará. Se você edifica com madeira, feno e palha eles serão queimados. Você será salvo, mas meramente, apenas salvo. Se você edifica com ouro, prata e pedras preciosas então o fogo só exibirá o esplendor. Você será recompensado, e sabemos que a recompensa é o reino (ver 1 Co 3).

Em Apocalipse 21 e 22, você encontra a nova Jerusalém edificada, o produto final. O que você encontra ali? Você encontra que toda a cidade, a nova Jerusalém, é edificada com ouro, pedras preciosas e pérola – nada mais. A prata não é mencionada ali porque a obra da redenção fez sua obra. Sabemos que o ouro representa a natureza, a vida de Deus. As pedras preciosas representam o caráter de Cristo. As pérolas é a obra paciente do Espírito Santo.


PEDRAS PRECIOSAS

Não somos apenas pedras vivas, todos nós devemos ser pedras preciosas. Apenas ser vivo não o suficiente, você precisa ser precioso. O próprio Senhor Jesus é uma pedra preciosa. Em Isaías 28 Deus disse: “Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento; aquele que crer não se apressará” (verso 16). Por isso, nosso Senhor Jesus não é apenas uma pedra, uma pedra provada, uma pedra que foi testada, Ele é uma pedra preciosa. Este é o fundamento, e o edifício sobre este fundamento tem que ser de pedras preciosas.

Irmãos e irmãs somos pedras vivas, mas somos preciosos? Nos tornamos pedras vivas por recebermos Sua vida em nós, mas como nos tornaremos pedras preciosas? Você sabe, as pedras preciosas não são elementos, elas são compostas. Elementos diferentes são soberanamente colocados juntos, originalmente colocados juntos sob pressão, sob calor, em escuridão, através de um longo período de tempo, e isto produz pedras preciosas. Portanto, pedras preciosas não são baratas, elas são preciosas.

Como podemos nos tornar pedras preciosas para que possamos ser edificados naquela cidade, a nova Jerusalém; a menos que permitamos que o Espírito Santo ponha em ordem nosso meio ambiente. Chamamos isso de disciplina do Espírito Santo. Esta é a lei do reino. Ele põe em ordem nosso meio ambiente, nos coloca com certas pessoas, nos coloca em certo lugar, uma certa localização, permite que certas coisas aconteçam em nossa vida. Estas são as pressões. Você sente a pressão diária? Há calor. Você o sente? Algumas vezes você sente que está tudo escuro. E isso não apenas por um dia. Estas coisas vêem sobre você mais e mais vezes por um longo período de tempo. Você não entende porque. Você pensa que uma vida cristã é uma navegação tranqüila. Você não sabe que é o caminho da cruz? Você está sob pressão, sob fogo, em escuridão. O Espírito Santo está colocando juntos os aspectos do caráter de nosso Senhor Jesus em sua vida.




Jaspe



Alguém pode ser como uma pedra de jaspe. Na nova Jerusalém, o brilho de toda a cidade é como uma pedra de jaspe. O muro é feito de jaspe. E quando você volta para Apocalipse 4, você encontra Aquele que está sentado no trono cuja aparência é como uma pedra de jaspe. O jaspe é uma aparência de Deus, o brilho de Deus. É a primeira pedra que forma o fundamento da nova Jerusalém. É a última pedra sobre o peitoral do sumo sacerdote. Ela tem uma cor azul, a cor do céu. Ela fala dos lugares celestiais.

Nos tempos antigos eles pensavam que jaspe denotava satisfação. De acordo com a tradição, na igreja primitiva, eles se referiam a Pedro como jaspe. Pedro encontrou sua satisfação no Senhor: “Senhor, Tu tens a palavra da vida, para onde iremos?” E através de muitos tratamentos, Pedro se tornou uma satisfação para o coração de Deus. Ele se tornou celestial, não terreno – não mais Simão, mas Pedro. Há tal transformação em sua vida? Você espera que possa viver uma vida carnal por toda vida, e então, quando o Senhor vier, repentinamente você é transformado em jaspe como Ele? Nunca. Você precisa ser transformado hoje. A obra está sendo feita enquanto você vive.

Vocês sabem, algumas vezes quando me levanto pela manhã agradeço ao Senhor porque ainda estou vivo. Ele me deu mais um dia de oportunidade. Ele ainda está nos mudando de terrenos para celestiais. Nada terreno pode entrar no céu. Somente aquilo que é celestial pode herdar o reino celestial. Você encontra satisfação no Senhor? Você precisa ir ao mundo para encontrar sua satisfação? Somos uma satisfação para o Senhor? Ele está satisfeito conosco? Isso é a pedra de jaspe, e esta pedra pode ser edificada naquela cidade santa, a Nova Jerusalém. 



Sárdio

Tome outra pedra, o sárdio. Esta pedra é a primeira no peitoral do sumo sacerdote. É a sexta pedra no fundamento da nova Jerusalém. Em Apocalipse 4, a aparência de Deus sobre o trono é como um jaspe e sárdio. Nos é dito que em hebraico sárdio, odem, significa “vermelho”. É uma pedra vermelha. Tradicionalmente, ela está conectada ao nosso Senhor Jesus, nosso Salvador, e Seu sangue. Nos é dito que dentre todas as pedras, esta pedra pode ser polida muito perfeitamente. Ela é tão transparente que quando você a coloca diante da luz, a luz brilhará através dela.

Agora, isso diz a você que através do sangue de nosso Senhor Jesus, Ele nos limpou a tal grau que nos tornamos transparentes. A vida de nosso Senhor Jesus na terra foi transparente. Nele não havia nenhuma opacidade, nem frente nem costa. Ele não era de um jeito diante do homem e de outra diante Dele mesmo. Nosso Senhor Jesus era transparente, nada escondido. Este é o Seu caráter que precisa ser edificado em nós. Quão opacos somos, vasos terrenos. Não temos recursos para sermos transparentes. Temos que representar como um ator neste mundo, e não apenas no teatro deste mundo, mas mesmo na igreja, representamos. Não somos reais, não somos transparentes. Como precisamos do Espírito Santo para nos convencer, tirar toda esta opacidade e escuridão em nós, para que a luz de Deus possa brilhar através de nós. Esta é a pedra de sárdio, e esta pedra é um fundamento da nova Jerusalém.



Esmeralda

Tome uma outra pedra, a esmeralda. (A razão de eu usar estas três pedras é porque elas são encontradas em Apocalipse 4). A aparência de Deus sobre o trono é como jaspe e sárdio, e há um arco íris em torno do trono como esmeralda. A pedra de esmeralda é a quarta pedra do peitoral do sumo sacerdote. É também encontrada no fundamento da nova Jerusalém. A palavra esmeralda, tanto em grego como em hebraico, significa “carne”. Ela é de uma cor verde vívida e aveludada, e foi considerada como que representando a ressurreição, a vida. A cor verde é a cor da vida. A canção da esmeralda é a canção da salvação – você precisa ser nascido de novo. Nos é dito que nos tempos antigos ela era uma pedra que poderia testar o que era falso e o que era verdadeiro. Era uma pedra de teste.

Irmãos e irmãs, aquilo que deve ser edificado em nossa vida é essa vida de ressurreição. O Senhor disse: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Esta vida testará se é real, verdadeira, ou se é irreal e falsa. Você não discerne o bem e o mal comendo da árvore do conhecimento do bem e do mal. Você discerne o bem e o mal comendo da árvore da vida. Isso é discernimento espiritual. A vida dirá se é real ou se é representação. O conhecimento não pode dizer. Algumas pessoas podem representar muito bem para que você pense que é real. É como as flores de imitação que as pessoas podem fazer hoje que parecem tão reais que você as regaria, mas você não pode enganar uma abelha. É a vida que testa todas as coisas.

Precisamos ser como pedras preciosas. Com estas pedras preciosas Ele está habilitado a edificar Sua igreja. Porque é que a igreja não é edificada? Não somos preciosos à Sua vista. Não somos preciosos? Não estamos querendo pagar o preço. Sob a pressão quebramos, ao invés de: “Na angustia [pressão] me deste largueza” (Sl 4:1). Quando passamos pelo fogo clamamos. E, contudo Pedro disse: “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:7). Irmãos e irmãs, é caro, mas é digno. Se não quisermos pagar o preço, a igreja não pode ser edificada. O reino edifica a igreja. 



AS PEDRAS EDIFICADAS JUNTAS

Finalmente, não é suficiente apenas ser pedras vivas. Não é suficiente que sejamos pedras preciosas. Hoje, quando você tem uma pedra preciosa, você pode exibi-la em um museu, colocá-la em um pedestal e permitir que todos a vejam e a admirem. Nosso Deus é muito econômico. Ele é muito funcional. Ele nos faz pedras preciosas, não para exibição, mas para edificação. Quando você realmente quer edificar com pedras preciosas, o que você faz? Você tem que edificar uma pedra preciosa com outra pedra preciosa. Você precisa fazer uma porção de cortes, lapidações, entalhes e polimentos porque, muito embora elas sejam preciosas, têm suas diferenças, formas singulares. Elas não podem ser colocadas juntas.

É verdade que há um caráter de Cristo sendo edificado em nós, mas você encontrará muitos irmãos e irmãs que amam o Senhor e você realmente pode ver nelas não apenas vida mas preciosidade e caráter de Cristo, mas coloque-as juntas e elas não se ajustam juntas. Por que? Mesmo com estas pedras preciosas deve haver mais trabalho. Você pode ser de dez quilates, mas para ser edificado naquele lugar onde Deus o coloca, você pode ter que ser reduzido a um quilate. Como precisamos estar juntos, unidos juntos em um.

É bonito, maravilhoso que quando Moisés edificou o tabernáculo usou tábuas de dez côvados de altura, um côvado e meio de largura, com dois encaixes, isto é duas pernas. Ele colocou estas tábuas juntas, e elas se ajustaram umas às outras. Não era apenas uma tábua em pé ali para exibição, mas estas tábuas eram colocadas juntas.

Quando Salomão edificou o templo, pedras maciças foram cortadas na pedreira, e quando eram cortadas tudo era feito de acordo com o padrão. Se você é uma pedra para ser colocada em uma certa posição com as outras pedras, então você é dimensionado daquela forma. Você é cortado e serrado, por dentro e por fora. Então você é alisado, numerado e transportado para o monte Muriá. Ali você é apenas colocado no lugar. Não há som de martelo ou aço, é apenas encaixar. Todo o trabalho é feito no escuro. Em outras palavras, não apenas nossa vida natural tem que ser tratada pela cruz, mesmo a vida de Cristo em nós precisa passar pela cruz para ser ajustada com nossos irmãos e irmãs.

Certamente precisamos de graça. Sem a graça quem pode suportá-lo? E você encontra que a graça está ali. “A Minha graça ti basta”. Pela Sua graça seremos transformados. Pela Sua graça seremos capacitados a nos ajustar uns aos outros para que a igreja seja edificada.

Deixe-me resumir dessa foram. A igreja é edificada com vida, com a vida de Cristo, não com a sua vida, não com a minha vida, mas com a vida de Cristo em você e em mim. Mas estranhamente, a vida sozinha não pode ser edificada junta, mesmo se tivermos a mesma vida. Para que a igreja seja edificada, não precisamos apenas de vida, precisamos de autoridade. Vida mais autoridade é como a igreja é edificada. Certamente, autoridade sem vida é tirania e isso destrói. A autoridade tem que ser exercitada em amor, em vida.

Encontramos vida na igreja, mas onde está a autoridade? Não estou falando em autoridade humana. Estou falando sobre autoridade divina. Em outras palavras, retenham firme a cabeça e então todos os membros do corpo estarão juntos e ajustados. Reter firme a cabeça simplesmente significa o senhorio de Cristo. Se todos respeitamos, retemos firmes, nos submetemos à autoridade do cabeça da igreja, Cristo, fluiremos juntos. Onde está a autoridade do cabeça? A autoridade do cabeça está representada pelo Espírito Santo hoje. O Espírito Santo é a autoridade; Ele representa a autoridade do cabeça. Como precisamos obedecer ao Espírito Santo.

O irmão Watchman Nee nos disse que quando chegamos a uma igreja a primeira coisa não é encontrar sobre quem teremos autoridade. A primeira coisa que você faz é encontrar a quem você deve se submeter. Se aprendermos a nos submeter uns aos outros no temor de Cristo, se vermos a autoridade de Cristo, do Espírito Santo, em cada um dos outros e nos submetemos uns aos outros no temor de Cristo, a igreja será edificada. Não haverá problemas.

Hoje todos nós queremos liberdade. Graças a Deus, se você conhece a verdade, a verdade o libertará. Se você conhece o Senhor, o Filho de Deus, Ele o fará livre. Graças a Deus somos livres, mas como abusamos de nossa liberdade. Quando vamos à igreja, dizemos que somos completamente livres – livres para tudo. Isso é a igreja. A igreja pode ser edificada com esse tipo de liberdade? Bem, dizemos que onde está o Espírito ali há liberdade. Mas muitas vezes, não é o Espírito Santo, é o seu próprio espírito sob a carne.

Na igreja hoje há tal conflito. Algumas pessoas crêem na liberdade, livre para tudo. Outras pessoas crêem na ordem, tudo deveria ser em ordem, e elas lutam umas contra as outras. Há liberdade, mas há ordem porque nosso Deus é um Deus de ordem. E é somente dentro da ordem é que você tem a mais plena liberdade. Algumas pessoas crêem no amor. A igreja é toda amor. Você ama de tal forma que ama até mesmo o pecado naquela pessoa. Se você quiser a disciplinar, bem, disciplina não está no dicionário. Mas a igreja nunca pode ser edificada sem a disciplina.

Em Mateus 18 você encontra que a igreja local deve ser edificada e ali há disciplina. Uma igreja que não tem disciplina não é igreja. Esta é a razão pela qual dizemos que o reino edifica a igreja. A pregação do evangelho do reino nos traz para a igreja, nas depois que estamos na igreja, os princípios do reino têm que continuar a operar em nós para a edificação da igreja.

Porque é que a igreja não é edificada? É porque não vemos o reino. Não vemos o Rei. Ante de eu vir esta manhã, a palavra que veio a mim, a oração em meu coração foi: Eu amo o Teu reino, Senhor. Eu amo a Tua igreja. Quando vim e vi que este era o cântico que seria cantado, agradeci ao Senhor. Amamos a igreja? Dizemos que amamos a igreja, mas se não amamos o reino, nosso amor pela igreja é vazio. Assim, que o Senhor nos ajude a amar o reino para que possamos amar a igreja. 





Vamos orar: 

Querido Pai celestial, Tu amaste Teu Filho, Teu Filho primogênito. E por causa disso Tu propuseste dar a Ele um reino como Sua herança. Tu O fizeste herdeiro de todas as coisas. Oh, nosso Pai celestial, Ti adoramos e agradecemos porque Tu amaste tanto o Teu Filho que determinaste dar a Ele uma noiva para ser Sua ajudadora, para ser uma com Ele, Ti agradecemos porque Teu Filho, pelo reino e pela igreja, derramou Sua própria vida. Oh, nossa oração nesta noite é que possamos amar a Tua igreja e amar o Teu reino. Queremos ver Teu reino vir, mas Teu reino não pode vir se Tua noiva não estiver pronta. Senhor, queremos que Tua noiva esteja pronta, portanto, oramos para que venha o Teu reino hoje, para nós, para que Tua igreja possa ser edificada, para que possamos apressar a vinda do Rei, nosso noivo. No nome de nosso Senhor Jesus. Amém 




Stephen Kaung - Editora Restauração
(Site Igreja em Uberaba)

A ênfase nas doutrinas causa divisão.


Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; [...] seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4:3, 15)


Rm 8:3; Ef 1:7; 2:8

Sabemos que o evangelho de Deus tem dois aspectos: o primeiro apresenta o Senhor Jesus como Filho do Homem e, segundo a carne, descendente de Davi; o segundo diz respeito a Jesus como o Filho de Deus, designado assim pela ressurreição dos mortos (Rm 1:3-4). Podemos dizer que Davi representa bem um pecador, uma vez que nele conseguimos encontrar vários tipos de pecados como cobiça, adultério e homicídio. Quanto ao Senhor Jesus, Este ganhou um corpo humano por meio de Maria, a qual era descendente de Davi. Todavia, Ele não tinha pecado, mas possuía somente a semelhança de carne pecaminosa (8:3) e, por isso, estava apto a morrer em nosso lugar.


Quando foi crucificado, o Senhor resolveu todos os problemas ligados ao pecado, ou seja, ligados a Davi e a toda a humanidade. Louvado seja o Senhor! A esse aspecto do evangelho chamamos de evangelho da graça, o qual todos os cristãos conhecem. Nele nos é mostrado que nós cometemos os pecados e merecíamos morrer por causa deles, mas o Senhor Jesus foi castigado em nosso lugar, sendo que a nós coube receber o perdão, gratuitamente, pela fé (Ef 1:7). Essa é uma graça muito grande, por isso nós chamamos essas boas-novas de evangelho da graça (2:8).


Infelizmente, o conhecimento de muitas verdades bíblicas, de maneira meramente doutrinária, também foi motivo de divisões na igreja. No século XVI, quando Martinho Lutero traduziu a Bíblia do latim para o alemão, e ela foi impressa, vários reis que estavam debaixo do controle do Vaticano se aproveitaram da oportunidade para ficar livres desse controle e criar suas próprias igrejas. Esse movimento ficou conhecido como Reforma.


Em muitos países da Europa, surgiram as igrejas estatais: na Alemanha, a igreja Luterana; na Inglaterra, a igreja Anglicana. Outros países como a Holanda e a França também se rebelaram contra a autoridade papal e criaram vertentes religiosas. Outros começaram a estudar a Bíblia e analisá-la, assim, cada um teve a visão de um aspecto da verdade, e isso foi usado como base para formar inúmeros credos religiosos, principalmente após o século XVIII.


Embora a unidade seja um princípio bíblico da igreja, ou seja, apenas uma igreja em toda a terra, após a Reforma, muitas assim chamadas “igrejas” surgiram e caíram na mesma condição que pode ser vista na carta escrita à igreja em Sardes, cujo nome significa restauração. Por meio dela, o Senhor queria restaurar a prática da igreja nos primeiros séculos, ou seja, que voltassem a invocar o Seu nome. Em Apocalipse 2:3 vemos que a igreja em Éfeso suportou provas por causa do nome do Senhor e não se deixou esmorecer. A igreja em Esmirna certamente conseguiu manter-se fiel, mesmo debaixo da intensa perseguição por parte do império romano, porque conservou o nome do Senhor até Antipas ser morto (vs. 10c, 13). Contudo, após a Reforma, muitos líderes além de não restaurarem o que era essencial para a vida da igreja, centraram-se em doutrinas, que por fim causaram mais divisões entre o povo de Deus. As verdades reveladas durante aqueles anos poderiam ter sido usadas para restaurar a genuína unidade da igreja, mas a obstinação humana e a demasiada ênfase nas doutrinas foram usadas pelo inimigo para causar mais divisão, contrariando o desejo do coração do Senhor para o Seu povo.