A diferença entre pecado e pecados | |
Podemos facilmente dizer que a diferença entre pecado e pecados é que pecado é singular e pecados é plural. Entretanto, precisamos distinguir claramente entre pecado e pecados. Se você não consegue diferenciar os dois, será impossível ter clareza da sua salvação. Se uma pessoa não tem clareza da diferença entre pecado e pecados, mesmo que seja salva, sua salvação provavelmente é uma salvação obscura. Que é pecado de acordo com a Bíblia? E que são pecados? Permitam-me dar uma breve definição primeiro. Pecado refere-se àquele poder dentro de nós que nos motiva a cometer atos pecaminosos. Pecados, por outro lado, refere-se aos atos pecaminosos individuais, específicos, que cometemos exteriormente. Que é pecado? Não gosto de utilizar termos tais como “pecado original”, “a raiz do pecado”, “a fonte do pecado” ou similares. Estes termos são criados por teólogos e são desnecessários para nós agora. Seremos simples e consideraremos essa questão a partir da nossa experiência. Sabemos que há algo dentro de nós que nos motiva e nos obriga a ter certas inclinações espontâneas, que nos induz para o caminho da concupiscência e paixão. De acordo com a Bíblia esse algo é o pecado (Rm 7:8, 16-17). Todavia, não há somente o pecado interior que nos obriga e induz, há também os atos pecaminosos individuais, os pecados, os quais são cometidos exteriormente. Na Bíblia, os pecados estão relacionados com a nossa conduta, enquanto o pecado está relacionado com a nossa vida natural. Pecados são os cometidos pelas mãos, pelos pés, pelo coração, e mesmo por todo o corpo. Paulo refere-se a isso ao falar dos feitos do corpo (Rm 8:13). Então, que é o pecado? O pecado é uma lei que controla nossos membros (Rm 7:23). Existe algo dentro de nós que nos leva a pecar, a cometer o mal e esse algo é o pecado. Se quisermos fazer uma distinção clara entre pecado e pecados, há uma parte nas Escrituras que precisamos considerar. São os primeiros oito capítulos do livro de Romanos. Esses oito capítulos mostram-nos o significado pleno do pecado. Nesses oito capítulos encontramos uma característica notável: do capítulo 1 ao 5:11, somente a palavra pecados, no plural, é mencionada; a palavra pecado, no singular, jamais é mencionada. Mas, de 5:12 até o final do capítulo oito, o que encontramos é pecado, não pecados. Do capítulo 1 até 5:11, Romanos mostra-nos que o homem tem cometido pecados diante de Deus. De 5:12 em diante, Romanos mostra-nos que tipo de pessoa o homem é diante de Deus: um pecador. Pecado refere-se à vida que possuímos. Antes de Romanos 5:12 nenhuma menção há de mortos sendo vivificados, pois o problema ali não é que alguém precise ser vivificado e, sim, que os pecados individuais que alguém cometeu precisam ser perdoados. De 5:12 em diante, temos a segunda seção. Aqui vemos algo forte e poderoso dentro de nós como uma lei em nossos membros, que é o pecado, que nos induz e obriga a cometer os pecados, os atos pecaminosos. Por isso há necessidade de sermos libertados. Os pecados têm a ver com a nossa conduta, e para isso a Bíblia mostra-nos que precisamos de perdão (Mt 26:28; At 2:38; 10:43). Porém, o pecado é o que nos incita, induz-nos a cometer os atos pecaminosos. Por isso, a Bíblia mostra-nos que precisamos de libertação (Rm 6:18, 22). Certa vez encontrei um missionário que falava sobre “o perdão do pecado”. Imediatamente levantei-me, apertei sua mão e perguntei: “Onde na Bíblia se diz ‘perdão do pecado’?” Ele argumentou que existiam muitos casos. Quando lhe perguntei se podia encontrar um para mim, ele disse: “Que você quer dizer? Não é possível encontrar nem sequer um lugar que diga isso?” Eu disse-lhe que em toda a Bíblia, em nenhum lugar são mencionadas as palavras o perdão do pecado; em vez disso, a Bíblia sempre fala de “perdão de pecados”. Os pecados é que são perdoados, não o pecado. Ele não acreditou em minhas palavras, então foi procurar em sua Bíblia. Finalmente me disse: “Sr. Nee, é tão estranho. Toda vez que essa frase é usada, um pequeno s é adicionado a ela”. Creio que você pode ver que os pecados é que são perdoados, não o pecado. Os pecados são exteriores a nós. Eis por que precisam ser perdoados. Contudo, algo mais está dentro de nós, algo forte e poderoso que nos leva a cometer pecados. Para isso precisamos não de perdão, mas de libertação. Precisamos ser libertados. Tão logo não estejamos mais sob seu poder e nada tenhamos a ver com ele, estaremos em paz. A solução para os pecados vem do perdão. Entretanto, a solução para o pecado vem quando não estivermos mais debaixo do seu poder e não tivermos mais nada a ver com ele. Os pecados estão relacionados com as nossas ações e são cometidos um por um. Eis por que precisam ser perdoados. O pecado, porém, está dentro de nós e precisamos ser libertados dele. Portanto, a Bíblia nunca diz “perdão do pecado”, mas “perdão dos pecados”. Tampouco a Bíblia fala sobre ser “libertado dos pecados”. Posso assegurar-lhes que a Bíblia nunca diz isso. Pelo contrário, a Bíblia diz que somos “libertados do pecado”, em vez de libertados dos pecados. A única coisa da qual precisamos escapar e ser libertados é daquilo que nos incita e nos induz a cometer pecados. Essa distinção é feita de modo bastante claro na Bíblia. Posso comparar os dois desta forma: De acordo com a Bíblia, o pecado está na carne; enquanto os pecados estão na nossa conduta. O pecado é um princípio dentro de nós; é um princípio da vida que temos. Os pecados são atos cometidos por nós; são atos em nosso viver. O pecado é uma lei nos membros. Os pecados são transgressões que cometemos; são atividades e atos reais. O pecado está relacionado com o nosso ser; os pecados estão relacionados com o nosso agir. Pecado é o que somos; pecados é o que fazemos. O pecado está na esfera da nossa vida; os pecados estão na esfera da consciência. O pecado está relacionado com o poder da vida que possuímos; os pecados estão relacionados com o poder da consciência. Uma pessoa é governada pelo pecado em sua vida natural, mas ela é condenada em sua consciência pelos pecados cometidos exteriormente. Pecado é algo considerado como um todo; pecados são coisas consideradas caso a caso. O pecado está no interior do homem; os pecados estão diante de Deus. O pecado requer que sejamos libertados; os pecados requerem que sejamos perdoados. Pecado diz respeito à santificação; pecados se relacionam com a justificação. Pecado é uma questão de vencer; pecados é uma questão de ter paz no coração. O pecado está na natureza do homem; os pecados estão nos hábitos do homem. Figurativamente falando, o pecado é como uma árvore e os pecados são como o fruto da árvore. Podemos tornar essa questão clara com uma simples ilustração. Ao pregar o evangelho, freqüentemente comparamos o pecador a um devedor. Todos sabemos que ser devedor não é algo agradável. Contudo devemos lembrar que uma coisa é alguém ter dívidas; e outra coisa é ter disposição para contrair dívidas. Uma pessoa que toma empréstimos seguidas vezes não se importa tanto com o fato de usar dinheiro alheio. A Bíblia diz que os cristãos não devem ser devedores (Rm 13:8); eles não deveriam tomar emprestado dos outros. Uma pessoa com tendência a tomar emprestado pode pedir duzentos ou trezentos dólares de alguém hoje e, depois, dois ou três mil dólares de outro amanhã. E mesmo que seja incapaz de pagar suas dívidas e seus parentes ou amigos tenham de pagá-las por ele, após uns poucos dias ele começará a pensar em pedir emprestado novamente. Isso mostra que tomar emprestado é uma coisa, mas ter tendência para o empréstimo é outra. Os pecados descritos pela Bíblia são como débitos exteriores, enquanto pecado é como o hábito e a disposição interiores, é como a mente que tem a inclinação de tomar emprestado facilmente. Uma pessoa com tal mente não irá parar de tomar emprestado simplesmente porque alguém pagou seus débitos. Pelo contrário, ela pode até mesmo tomar emprestado ainda mais, porque os outros agora estão pagando suas dívidas. Essa é a razão de Deus não tratar apenas com o registro dos pecados, mas também com a inclinação para o pecado. Podemos ver a importância de lidar com os pecados, mas é igualmente importante lidar com o pecado. Somente ao vermos ambos os aspectos é que o nosso entendimento sobre nossa salvação será completo. Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee |
04 outubro, 2012
Refletindo...
03 outubro, 2012
Refletindo...
Como lidar com a culpas | |
Leitura:
"Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo: Quando alguma pessoa pecar, e cometer ofensa contra o SENHOR, e negar ao seu próximo o que este lhe deu em depósito, ou penhor, ou roubar, ou tiver usado de extorsão para com o seu próximo; ou que, tendo achado o perdido, o negar com falso juramento, ou fizer alguma outra cousa de todas em que o homem costuma pecar, será, pois, que, tendo pecado e ficado culpado, restituirá aquilo que roubou, ou que extorquiu, ou o depósito que lhe foi dado, ou o perdido que achou, ou tudo aquilo sobre o que jurou falsamente; e o restituirá por inteiro ainda a isso acrescentará a quinta parte; àquele a quem pertence, lho dará no dia da sua oferta pela culpa. E, por sua oferta pela culpa, trará, do rebanho, ao SENHOR um carneiro sem defeito, conforme a tua avaliação, para a oferta pela culpa; tra-lo-á ao sacerdote"
(Levítico 6.1-6) Se cometermos tais ofensas (ou culpas), o que deveremos fazer? Sabemos, é claro, que, de fato, precisamos lidar com a questão. "Será, pois, que, tendo pecado e ficado culpado (...)" (v. 4). Pecar é um ato, e ficar culpado é ser acusado diante de Deus. O que devemos fazer quando estamos sendo acusados diante de Deus? "(...) restituirá aquilo que roubou, ou que extorquiu, ou o depósito que lhe foi dado, ou o perdido que achou, ou tudo aquilo sobre o que jurou falsamente; e o restituirá por inteiro ainda a isso acrescentará a quinta parte; àquele a quem pertence, lho dará no dia da sua oferta pela culpa" (vv. 4, 5). Trata-se de uma ordenança muito importante. Em primeiro lugar, devolva por inteiro o que pegou. Tudo o que não nos pertence não deve permanecer em nossa casa. Como você pode esperar que a sociedade seja limpa se você, sendo cristão, não o é? Como você espera que as outras pessoas devolvam o que pegaram se você, sendo cristão, não as devolve? Todo cristão precisa ser limpo. Temos de devolver ou pedir desculpas tão logo pudermos. Existe uma diferença básica entre a natureza da oferta pelo pecado e a natureza da oferta pela culpa. A oferta pelo pecado significa "conciliar", ao passo que a oferta pela culpa, "restituir". Não somos capazes de devolver para Deus nada concernente ao que pecamos. Também não podemos conciliar-nos com os homens se pecamos contra eles. O pecado que cometemos deve ser propiciado diante de Deus pelo sangue do Seu Cordeiro. No entanto, quando pecamos contra os homens, precisamos fazer restauração em vez de propiciação. Se somos infiéis na questão do depósito ou se lucramos por meios impróprios, devemos restituir ao dono. Se não fizermos a devolução (ou restituição), não poderemos oferecer uma oferta pela culpa. Ser perdoado por Deus, pelo sangue do Senhor Jesus, é algo verdadeiro. Porém, você acabará perdendo a comunhão com Deus se, ao pecar contra os homens, recusar-se a fazer a devolução. Sempre que você pensar no que fez, sua consciência ficará inquieta. Assim, você não terá liberdade de estabelecer comunhão com Deus. Uma vez, F. B. Meyer[i] foi convidado para participar da Conferência de Keswick, na Inglaterra. Qual foi a primeira mensagem que ele pregou naquela época? Ele disse: "Devemos compreender algo se pretendemos que Deus nos abençoe e reavive. Precisamos entender que, enquanto não acertarmos as dívidas que restam, não receberemos bênçãos nem seremos reavivados." Essa palavra foi muito eficaz, pois, no dia seguinte, todas as ordens de pagamento foram esgotadas no correio de Keswick. A partir desse incidente, é possível concluir que muitos cristãos são injustos. Muitas pessoas dirão: "Não matamos ninguém nem ateamos fogo em nenhuma casa!" Mas me deixe dizer que, caso você deva alguma coisa a alguém, a pendência pode fazer com que perca a comunhão com Deus. O sangue de Cristo purifica nossos pecados, pois limpa-nos a consciência — mas não limpa nosso coração. Nosso coração só será purificado quando acertarmos nossas relações terrenas. Surge uma situação mais difícil quando o cabeça de uma família fundamenta seu lar sobre uma base injusta. Se esta injustiça não for tratada, será quase impossível estabelecer uma boa comunhão com Deus, pois sua consciência será pressionada, e seu crescimento, impedido. Contudo, sempre que estiver ao seu alcance, devolva o que não lhe pertence. Se a devolução for impossível em virtude de circunstâncias peculiares, o Senhor aceitará o seu coração bem-intencionado. Por exemplo, determinado irmão devia dezenas de milhares de dólares. Ele havia ganho uma enorme quantidade de dinheiro por meios ilícitos, mas, então, gastou quase tudo, e apenas alguns milhares de dólares sobraram. Todavia, ele precisava sustentar os filhos e me perguntou o que deveria fazer. Eu lhe disse: "Se você tivesse 50 dólares no banco, você se recusaria a devolver o dinheiro que deve? Se sim, não seria por causa de falta de dinheiro, mas pela sua falta de vontade de devolvê-lo." Se esse fosse o caso, Deus não o livraria. A consciência desse homem, a partir de então, não lhe daria paz. Por isso, aconselhei-o a devolver tudo o que tinha. Eu lhe disse que era muito melhor ser pobre do que ter uma consciência perversa. Enquanto você não lidar com os seus pecados, sua energia espiritual será sugada. Fonte: "Vida Cristã Equilibrada" de Watchman Nee |
Para Meditar...
"Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti" (Is 60.1-2)
A luta hoje parece se tornar mais pesada dia a dia, como se o único alvo dos ataques de Satanás fosse nós, os crentes. Por isso, na era atual, o problema que existe é se você e eu podemos perseverar até a última meia hora. "[Satanás] Magoará os santos do Altíssimo" (Dn 7.25). Magoar tem aí o sentido de "desgastar", consumir devagar. É muito mais difícil reconhecer Satanás como aquele que desgasta os santos do que um Satanás que ruge como um leão. E a sua obra de consumir lentamente os santos já começou.
Sempre que vou à Montanha Kuling, caminho ao longo da correnteza que há ali. Freqüentemente vejo rochas enormes, mas que são côncavas no meio como bacias de tomar banho. Isto acontece por causa das muitas pedrinhas que diariamente as desgastam. Do mesmo modo Satanás trata os filhos de Deus. Em lugar de matá-los de um só golpe, tenta desgastar os santos, dia a dia, de modo que sem que percebam acabam gravemente feridos depois de algum tempo.
Os olhos do Senhor estão sobre nós, portanto não temamos o sofrimento. Se acontecer de nós nos desviarmos com medo do sofrimento, todos os nossos sofrimentos do passado terão sido em vão. Uma pessoa profundamente espiritual escreveu certa vez: Quando lemos 2 Tessalonicenses 2.3 e 2 Timóteo 3.1-13, ficamos sabendo que antes do dia da volta do Senhor haverá apostasia e dias perigosos quando a maldade e a mentira aumentarão grandemente. Tal apostasia não se refere à educação, gigantescas reuniões, pastores capazes, catedrais maravilhosas e progresso mental e físico. Relaciona-se com a fé e o reconhecimento do poder de Deus. Aponta para igrejas renomadas que se inclinam para a chamada Alta Crítica (na verdade não passa de incredulidade), e negam as obras sobrenaturais de Deus, tais como a regeneração, a santidade, orações atendidas e a revelação do Espírito Santo.
Eis que as trevas cobrem a terra - Watchman Nee
OUTUBRO MÊS DA CRIANÇA...
QUE O SENHOR JESUS ABENÇOEI A TODAS AS CRIANÇAS, QUE ELAS POSSAM DESFRUTAR DE CRISTO E CRESCER EM VIDA COM ELE.
JESUS É NOSSO SENHOR...
JESUS É NOSSO SENHOR...
02 outubro, 2012
Para Meditar...
Os obstáculos para respostas à oração. | |
A oração é um teste. Ela expõe nossa condição espiritual diante do Senhor.
Se passar muito tempo sem que suas orações sejam respondidas, pode ser que você esteja doente diante do Senhor. Você deve ir ao Senhor em busca de luz e descobrir onde está o problema.
1) O maior obstáculo à oração é o pecado. Precisamos aprender a ter uma vida santa diante do Senhor. Temos de rejeitar todos os pecados conhecidos. Do lado objetivo o pecado obstrui a graça e as promessas. Isaías 59:1,2 diz
"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça". Do lado subjetivo o pecado danifica a consciência do homem. De acordo com 1 Timóteo 1:19 a fé é como uma carga, e a consciência é como um barco. Quando há um vazamento no barco a carga é prejudicada. Da mesma forma, quando há vazamento na consciência, a fé desaparece. Mas quando a consciência é forte, a fé também é forte. Você deve lidar seriamente com o pecado, deve ir ao Senhor para confessar, colocando cada pecado sob o sangue, o rejeitando e o deixando. Então sua consciência será restaurada. Nunca ceda ao pecado, pois isso o enfraquecerá diante do Senhor. Pecado é o nosso problema número um, portanto devemos nos atentar a ele diariamente. Devemos estar dispostos a deixar os pecados mais óbvios e conhecidos no coração. Salmos 66:18 diz: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido". Além de rejeitarmos o pecado em nossa conduta, devemos rejeitá-lo também, em nosso coração. O Senhor se compadece das nossas fraquezas, mas não nos permitirá contemplar a iniquidade no coração.
(Fonte: Jornal Árvore da Vida, nr 101, Editora Árvore da Vida, Encarte para
assinantes) |
Refletindo...
A obra e as igreja locais 1 | |
“A obra pertence aos apóstolos, ao passo que as igrejas pertencem aos cristãos locais.
Os apóstolos são responsáveis pela obra em qualquer lugar, e a igreja é responsável por todos os filhos de Deus na localidade. Quanto à comunhão da igreja, os apóstolos consideram-se irmãos de todos os que crêem em determinada cidade, mas no que tange à obra, eles se consideram indivíduos e mantêm distinção entre eles e a igreja. Como membros do Corpo, reúnem-se com todos os membros numa localidade, com vistas à edificação mútua; mas como membros que ministram no Corpo, o ministério específico deles faz deles um grupo de obreiros separados da igreja. É errado que os apóstolos interfiram nos assuntos da igreja, mas é igualmente errado que a igreja interfira nos assuntos da obra. Os apóstolos administram a obra; os presbíteros administram a igreja. Por conseguinte, devemos ter clareza acerca do nosso chamamento. Deus nos chamou para ser presbíteros ou apóstolos? Se somos presbíteros, nossa responsabilidade é confiada aos assuntos locais; se somos apóstolos, nossa responsabilidade é extralocal. Se somos presbíteros, nossa esfera é a igreja; se somos apóstolos, nossa esfera vai além da igreja, na obra. Sempre que a igreja tenta controlar a obra, a igreja perde seu caráter local. Sempre que um apóstolo tenta controlar uma igreja, ele perde seu caráter extralocal. Já surgiu muita confusão por se perder de vista a linha demarcatória entre as igrejas e a obra.” Fonte: A Vida Cristã Normal da Igreja – Watchman Nee |
01 outubro, 2012
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Estrangeiros e peregrinos neste mundo | |
Precisamos perceber que somos estrangeiros e peregrinos nesse mundo. Quanto ao mundo moral, nós saímos dele. Ele quer segurar-nos, mas se ficarmos, não conseguiremos servir a Deus. O mundo quer estar mais perto de nós, mas, se permitirmos que ele se aproxime demais de nós, será impossível servir a Deus. O mundo quer segurar o nosso povo e o nosso tesouro, mas, se essas coisas permanecerem no mundo, não conseguiremos servir a Deus.
Fomos separados do Egito e estamos indo em direção à terra prometida. A base dessa separação é o sangue, o sangue nos comprou de volta. Os egípcios não foram comprados pelo sangue; os do mundo não foram redimidos. Como redimidos, fomos transferidos para outro mundo. Por isso devemos deixar este mundo. Suponha que você vá a uma loja comprar um relógio. Que faz após comprá-lo? Uma vez que a compra foi efetuada, você levará o relógio embora. Não devo dizer ao dono da loja: “Aqui está, use-o!” Isso não seria razoável. Comprar significa levar embora. Sempre que se compra, leva-se embora o que foi comprado. Se compro um saco de arroz, levo o saco de arroz embora. Depois que alguém compra alguma coisa , o item comprado é levado embora. Lembrem-se de que, uma vez que o sangue nos comprou, devemos ser levados do mundo. Uma vez que uma pessoa foi comprada pelo sangue do Senhor, deve partir para a terra prometida. Assim que alguém foi comprado, deve partir. Aqueles que não foram comprados podem ficar para trás. Mas, logo que uma pessoa é comprada, deve partir. Uma vez que uma pessoa é comprada, não tem escolha a não ser ir com o Senhor. Se fui comprado pelo Senhor, devo deixar o mundo e ir com Ele.
Fonte: Lições Para o Viver Cristão de Watchman Nee
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Para Meditar...
30 setembro, 2012
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28 setembro, 2012
Para Meditar...
"Aqueles que fizeram mais por Deus nesta terra estiveram sobre seus joelhos de manhã."
"Para eles, Deus era o centro de atração e a oração era o caminho que conduzia a Deus. Estes homens não oraram ocasionalmente nem oraram pouco regularmente ou nos tempos que sobravam; oraram de tal modo que as suas orações entraram no seu caráter e o formaram; oraram de tal maneira a afetar sua própria vida e a vida de outros; de tal modo oraram que fizeram a história da Igreja e influenciaram o curso dos tempos." "Nenhum homem pode realizar uma obra perdurável e grande em favor de Deus, se não for um homem de oração. Nenhum homem pode ser um homem de oração sem que dê muito tempo à oração" "A pequena consideração que damos à oração é evidente no pouco tempo que lhe devotamos" "A causa principal de minha pobreza e da esterilidade espiritual é devida a uma negligência injustificável de oração. Posso escrever ou ler ou conversar ou ouvir com prontidão; mas orar é mais espiritual e íntimo do que qualquer dessas coisas e é do mais espiritual dos deveres que mais o meu coração carnal está pronto a fugir." "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva e a terra produziu seu fruto" "Bastante tempo com Deus é o segredo de toda oração eficiente" "Uma vida triunfante é resultado do princípio de decidirmos o nosso futuro não pela nossa necessidade, mas pela necessidade de Deus" "Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas." (1 Jo 3:20) "No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor." (1 Jo 4:18) "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim" (Lm 3:22) "Ser um exemplo não é a melhor maneira de influenciar uma pessoa. É a única." "A igreja caminha de joelhos." "Ja li muitos livros. Mas a Bíblia me lê." "Nossa adoração não deve ser uma expressão de nossa cultura, e sim da santidade e da majestade de Deus e de nossa gratidão por sua graça para conosco, manifestada em Cristo." "O crescimento cristão requer mais do que conhecimento da Bíblia; ninguém se alimenta decorando cardápios." "Quando atiramos uma flecha, ficamos olhando onde ela cairá; quando enviamos um navio ao mar esperamos seu retorno; e quando lançamos uma semente, esperamos a colheita; assim também, quando semeamos nossas orações no coração de Deus, não devemos esperar uma resposta?" "Um jovem governado, movido pelo Espírito, leva outros ao Espírito." "A lição ainda maior e imutável é que Deus é Fiel" "Para Deus, um grande homem é aquele que aprendeu a ser pequeno em Sua presença." "Não diga a Deus o quanto seus problemas são grandes. Mostre aos seus problemas o quanto seu Deus é maior." "Que é paciência? Cristo é paciência!" "Sem o novo homem, o Senhor não tem por que voltar." |
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O Ensinamento do Corpo de Cristo Versus Sua Realidade | |
Nos assuntos espirituais, o conhecer a doutrina sem ter consciência dela não serve de nada. Por exemplo, alguém pode dizer que mentir é um pecado que não se deve cometer porque lhe foi dito por outras pessoas que um cristão não deve contar mentiras. O tema verdadeiro aqui não é se é certo ou errado mentir, mas trata-se de saber se ele é ou não alertado interiormente quando conta uma mentira. Se ele não tiver consciência interior de que mentir é pecado, então, por mais que ele confesse com a boca que mentir é um pecado, isso não lhe será de nenhuma utilidade. Ele pode dizer, por uma lado, que a pessoa não deve mentir, porém, por outro, ele mesmo não cessa de mentir.
O que é especial daqueles que têm a vida de Deus é que, quando mentem exteriormente, sentem-se mal interiormente, não porque saibam doutrinariamente que mentir é errado, mas porque se sentem desconfortáveis interiormente ao mentir. Isto é o que realmente significa ser chamado cristão. O que caracteriza um cristão é uma percepção interior desta consciência de vida da qual estamos falando. Aquele que não tem vida e consciência interior não é um cristão. As regras externas são meramente normas, não vida. Digamos que seja completamente inadequado que alguém fale: “Eu conheço o ensinamento sobre o Corpo de Cristo; portanto, não devo me mover de maneira independente”. Esta pessoa necessita ter também uma consciência interior além deste ensinamento. Suponhamos que ela diga que não deve ser independente, porém, quando atua de modo independente, ela mesma não se dá conta desta independência. Com isso, ela prova que nunca viu o Corpo de Cristo. Isso não significa que ela nunca tenha ouvido os ensinamentos sobre o Corpo de Cristo, mas simplesmente indica que nunca viu sua realidade. Ouvir o ensinamento sobre e ver a realidade do Corpo de Cristo pertencem a duas esferas totalmente diferentes. Ouvir o ensinamento sobre o Corpo é meramente uma compreensão exterior de um princípio, enquanto ver o Corpo de Cristo produz uma consciência interior. Isto é semelhante à situação em que o mero ouvir a doutrina da salvação somente dá à pessoa o conhecimento de como Deus salva os pecadores, com tudo é a aceitação do Senhor Jesus como Salvador o que cria dentro da pessoa uma percepção de Deus, bem como a consciência do pecado. Que grande diferença existe entre essas duas coisas! Por conseguinte, não devemos menosprezar esse assunto da consciência da vida, no sentido de que se trata não apenas de uma sensação exterior, mas também de um sentimento interior. Uma consciência como essa é a expressão da vida. A presença ou ausência dessa consciência revela a realidade ou a falta de realidade que há no interior. Ela nos ilumina sobre a existência ou não da vida de Cristo interiormente. A consciência da vida é algo distintivo que habilita você a saber espontaneamente sem necessidade de ser informado. É demasiado tarde se você necessita que primeiro lhe informe algo, para só então se dar conta de tal coisa. O que aconteceria se cada cristão necessitasse ser informado sobre o que é pecado e o que não deve fazer? E o que aconteceria, neste caso, se ninguém estivesse ao lado dele? O que aconteceria se você esquecesse do que lhe foi dito? Vemos que o cristão não atua de acordo com o que ouve exteriormente dos demais, mas é motivado pelo que lhe é dito interiormente. Dentro dele há uma vida – uma vida interior, uma consciência interior. Suas atitudes vêm do resplandecer interior da luz de Deus, vêm da vida no interior e não da informação exterior. Quando nascemos de novo, recebemos uma vida muito real e, por isso, temos dentro de nós uma consciência muito real. A realidade de uma consciência assim, mostra a realidade da vida divina. Pedimos a Deus que seja misericordioso conosco afim de que sempre toquemos essa consciência da vida e vivamos nela. Também pedimos a Deus que nos conceda uma consciência rica, de modo que possamos ter uma percepção sensível em todas as coisas: que nos demos conta de Deus, do pecado, do Corpo de Cristo e de todas as realidades espirituais. Que Deus nos guie no caminho e glorifique Seu próprio nome!
(Texto extraído do livro “O Corpo de Cristo uma realidade” – Watchman Nee – Publicado pela Editora dos Clássicos)
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Testemunho e Encorajamento...
Experiência do BooKafé em João Pessoa – Diante do Trono
Postado em 31 Julho 2012
Tags: Ana Paula Valadão, BooKafé, Diante do Trono, João Pessoa
Neste último fim de semana tivemos uma experiência muito rica em João Pessoa com o BooKafé.
Há aproximadamente um mês, numa reunião de serviço, decidimos encorajar os irmãos a participar de eventos para a divulgação dos BooKafés da nossa cidade. (hoje num total de 03 e mais 02 que inauguraremos até setembro deste ano).
Uma semana depois, um senhor entrou em um dos nossos BooKafés e, após tomar um café, perguntou se tínhamos interesse em participar de um evento no Espaço Cultural com a banda Diante do Trono, tratava-se do promotor do show. Aceitamos e colocamos dois stands (um com água, refrigerantes e salgados e outro com literatura). Foi um sucesso.
Ficamos encarregados de servir todo o grupo no camarim. Desta experiência, queremos narrar alguns fatos muito importantes que podem abrir espaço para muitos BooKafés no Brasil:
1. Na frente do nosso stand e dentro do camarim afixamos uma faixa que dizia: VENHA TER UM MOMENTO DIANTE DO TRONO NO BOOKAFÉ. A faixa impressionou muito todos os integrantes da banda, inclusive a cantora principal (Ana Paula Valadão), que perguntou como surgiu aquela ideia e o que é o BooKafé. Os irmãos explicaram, eles ficaram deslumbrados com o significado e disseram: “O BooKafé é um ministério, vocês precisam agarrar isso que Deus lhes deu”.
2. No camarim só podia entrar uma pessoa, mas ficaram tão afinados conosco que abriram espaço para três irmãos que serviram todo o grupo com a máquina de café que instalamos dentro do camarim. Tudo foi filmado pelo grupo que sempre registra tudo o que acontece nos bastidores e colocam em seu blog.
3. O baixista do grupo disse que o seu pai é pastor em Munique (Alemanha) e falou que ele ficaria muito feliz se pudesse abrir um BooKafé lá. Implorou para comprar uma das xícaras do BooKafé nas quais estávamos servindo. Um dos irmãos acabou lhe presenteando com uma, o que lhe deixou muito contente. Ao receber o presente disse: “Onde eu chegar vou pregar o evangelho e falar do BooKafé com esta xícara.”
4. Durante o show, reinamos o tempo inteiro. Todos os irmãos estavam vestidos com as camisas do BooKafé e todos os seguranças os deixavam entrar em todos os lugares dentro do espaço cultural, diziam: “É do BooKafé? Vocês têm entrada livre”. Até mesmo na entrada principal não queriam nem receber os ingressos dos irmãos, pois quando os viam vestidos com as camisas do BooKafé diziam: “É do BooKafé, podem entrar, não precisam de ingresso”.
5. A cantora principal da banda (Ana Paula Valadão) tirou várias fotos com os irmãos, algumas segurando o folheto explicativo do BooKafé e também o livro O FOCO DE DEUS que presenteamos para todos os integrantes do grupo, num total de dezenove.
6. No final do show, quando nos despedimos do grupo que saiu numa van, todos gritaram por várias vezes: “É BooKafé, é BooKafé, é BooKafé…”
7. Um dos seguranças da Banda falou que mora por trás do BooKafé em Belo Horizonte e que quando chegar lá vai visitá-lo, os outros que moram em BH também falaram que irão visitar o BooKafé.
Graças ao Senhor, esta semana já começaram a chegar algumas pessoas, frutos desta nossa experiência.
Jesus é o Senhor!
Jobson
Igreja em João Pessoa
Igreja em João Pessoa
Ó Senhor Jesus! Quanto mais melhor…
Ó Senhor Jesus!!!!!
Postado em 27 Setembro 2012
Tags: BooKafé, Coca Zero, Colportores, Cristo, Espírito e vida, Invocar, quanto mais melhor...
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27 setembro, 2012
Mensagem para os Jovens...
O propósito eterno de Deus e Sua Criação do homem como Vaso Tripartido
Versículos para decorar:
Gênesis 1:26-27
26. Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre todos répteis que rastejam pela terra.
27. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou
Romanos 2:15
15. Os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensagmentos mutuamente acusando-se ou defendendo-se.
2 Coríntios 4:7
7. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.
1 Tessalonicenses 5:23
23. E o próprio Deus da paz voz santifique completamente; e o vosso espírito, e alma, e corpo sejam conservados íntegros, irrepreensíveis, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: site igreja em sumare...
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25 setembro, 2012
O MUNDO DE OUTRORA...

Gênesis 1:1-2 diz: “No principio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.” Esta passagem, parece muito simples, e na visão de muitos estudiosos da Bíblia, a continuação a partir do versículo 3 quando Deus diz: “haja luz”, trata-se dos detalhes do que aconteceu no versículo 1. Mas na verdade não é tão simples assim.
O primeiro questionamento que levanto é sobre a condição da Terra no versículo 2: “sem forma e vazia” com “trevas sobre a face do abismo”. Será que no tempo dos fatos relatados no versículo 1, o Deus maravilhosamente perfeito, belo, criou algo tão imperfeito, em condição tão deplorável?
Não! Jó
38:4-7, diz que as “estrelas da alva” e os “filhos de Deus”(que
são os anjos, os primeiros a serem criados), cantavam, rejubilavam alegremente
enquanto Deus criava. Eles podiam contemplar desde já a beleza da criação, mesmo
antes de ela estar completa.
Sendo
assim, não se pode dizer que na passagem de Genesis 1:1-2, o fato de a Terra
estar sem forma e vazia se dá à hipótese de que a criação supostamente não
estava completa. Também não podemos dizer que isso ocorreu porque Deus ainda
estava moldando Sua criação, pois quando Ele cria, desde o principio de Sua obra
a beleza é notória. Mas aqui nós vemos uma situação em que havia trevas sobre a
face do abismo, e uma deformidade que fazia com que a Terra perdesse sua
beleza.
1. Entendendo as Palavras de Gênesis 1:1-2 e
2:4
Na grande
maioria das traduções da Bíblia, como a versão Revista e Atualizada de João
Ferreira de Almeida, temos uma tradução inadequada[1]
do versículo 2 do capítulo 1 de Gênesis. A forma como este versículo é traduzido
induz o leitor ao erro, fazendo-o acreditar que o fato de a Terra estar sem
forma e vazia no versículo 2, faz parte da obra de criação, quando na verdade
não. Assim em algumas traduções temos: “A terra, porém estava sem
forma e vazia”.
O problema na tradução deste versículo, está na palavra que aqui foi traduzida por estava. Mas em uma versão do original em hebraico deste texto, vemos o verbo “hayah”, cuja tradução correta é “tornou-se”. O verbo “tornar-se” nos dá a idéia de algo que tinha uma determinada condição, mas que por algum motivo ouve uma mudança para um estado oposto, ou seja, perdeu a sua originalidade. Qual é o oposto de uma terra sem forma e vazia? É uma terra linda e totalmente habitada por vários seres.
Para compreendermos melhor como essa correção de tradução pode mudar nosso entendimento vamos ler novamente esta passagem: no versículo 1 vemos que “No principio, criou Deus os céus e a terra...” seguindo para o versículo 2 observamos que “A terra, porém tornou-se...”. É muito importante é prestar atenção a essa Conjunção Adversativa: porém. Deus criou a terra, porém ela tornou-se sem forma e vazia. A idéia que essa expressão (porém) nos dá, é de contrariedade, contraste entre os fatos expostos. A partir desta analise lingüística, podemos afirmar que o versículo 1 nos fala de uma Terra completamente habitada, mas algo aconteceu para que a terra perdesse sua originalidade, assim a causa da situação da Terra no versículo 2 não pode ser atribuída a uma obra de criação em vias de ser concluída.
Uma Criação Original seguida de uma Criação
Adicional
Na versão
Revista e Corrigida de Almeida, vemos uma tradução mais fiel no que diz respeito
a Gênesis 2:4: “Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram
criados: no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus”.
Este versículo pode nos ajudar a compreender melhor o verdadeiro sentido do
versículo 2 do capítulo 1.
Eu optei por dividir Gênesis 2:4 em duas partes: na primeira parte vemos os céus sendo citados em primeiro lugar e a terra em segundo, e o verbo usado em sua forma conjugada é “criar”. Na segunda parte do versículo vemos uma seqüência em que a terra é citada primeiro, depois vemos os céus em segundo lugar, sendo que o verbo usado em sua forma conjugada é “fazer”. Quando o tradutor desta versão, observou o texto no hebraico ele notou a existência de duas palavras, que de fato não são usadas como sinônimos: 1) “criar” que no hebraico é “bara” e significa “trazer algo à existência a partir do nada”; 2) “fazer” que no hebraico é “asah” e significa “trabalhar sobre uma substância já existente, a fim de produzir outra coisa a partir dela”.
As diferenças seqüenciais e verbais que encontramos entre as duas partes do versículo 4 nos revelam dois acontecimentos com características diferenciadas: 1) Em um primeiro momento Deus criou a partir do nada os céus(em primeiro lugar) e a terra (em segundo lugar), isso está relacionado ao ato da criação completa de Deus já em Genesis 1:1; 2) No segundo momento Ele fez a terra (primeiro) e os céus (segundo) a partir de uma substancia que já existia, isso está relacionado aos atos que Deus tomara do tempo do versículo 2, após a terra tornar-se sem forma e vazia por algum motivo.
2. Por que Deus precisou fazer algo adicional nos Céus e
Terra já criados?
Parece
confuso ou complexo não é verdade? Neste estudo relacionamos Gênesis 1:2 com
Gênesis 2:4, e aqui temos a necessidade de saber ligar os fatos descritos nesta
porção das Escrituras. A maior dificuldade para entender tudo isso, pode ser
resolvida, se tivermos em mente que a terra sem forma e vazia relatada no
capítulo 1 versículo 2, não é resultado exclusivo da obra de Deus.
O que posso adiantar no momento, é que o ato da criação teve seu principio e termino já no versículo 1. Mas se os céus e terra já estavam prontos desde o período relatado no versículo 1, por que então a Terra estava sem forma e vazia no versículo 2?
O tempo da rebelião de Lúcifer
Antes de
mais nada devemos enfatizar que, de acordo com Jó 38:4-7 os anjos já
haviam sido criados quando Deus estava lançando os fundamentos da Terra. Em
Ezequiel 28:12-14 e Isaías 14:12 vemos Lúcifer (que vem do Latim, e
significa “filho da alva” ou “estrela da manhã”), um querubim da
guarda, o anjo de maior posição estabelecido por Deus em sua época. Sem dúvida,
Deus, não o criou maligno, mas ele mesmo, em seu livre-arbítrio, encheu-se de
orgulho, por sua formosura, perfeição em suas obras e sua posição, então quis
ser semelhante ao Altíssimo, ou seja, queria ter a mesma posição e autoridade
que Deus (Isaías 14:13-14). Ele não se contentava, com a posição que Deus
lhe dera, e queria ultrapassar o limite que o SENHOR estabeleceu para sua autoridade e reinado.
Então Deus o lançou por terra, e ele se tornou Satanás, o adversário.
No verdadeiro contexto destas passagens em Ezequiel e Isaías, Deus está tratando de reis, homens, assim como em Ezequiel 28:12, onde Deus levanta uma lamentação contra o rei de Tiro. Mas no meio do discurso, em uma comparação, parece que o sentido muda, para falar de um anjo, um querubim, este não estava na terra, mas no monte santo de Deus (versículo 14). Deus repreende o rei, comparando sua trajetória com a do querubim que outrora se rebelou contra Deus. Assim pode-se dizer com toda segurança, que nestas duas passagens, está se contando a história de duas pessoas, o rei terreno, comparando-a com a do anjo que se rebelou no principio da criação.
O fato de Deus usar o exemplo de Lúcifer, para lamentar sobre a atitude de um rei, nos indica que este querubim de outrora, foi estabelecido por Deus como um rei, uma autoridade que representava Deus perante Sua criação. Segundo a revelação no Novo Testamento, Satanás é o príncipe da potestade do ar (Efésios 2:2), e o príncipe deste mundo (João 12:31). O fato de ele ter oferecido ao Senhor Jesus nesta terra, todos os reinos deste mundo (Lucas 4:5-6; Mateus 4:8-10), também indica que ele é o governador do sistema maligno do mundo atual. O argumento que ele tem para continuar em seu domínio maligno sobre este mundo, é que no passado ele foi uma autoridade, e não quer largar sua posição.
Mas o que nos interessa neste estudo é um simples detalhe que há em sua queda, quando Deus o destituiu de sua autoridade: o fato é que quando Deus o expulsou de sua posição, e o lançou por terra, ele foi lançado para o “mais profundo do abismo”. Isso é muito importante para entendermos Genesis 1:2, pois nesta passagem também vemos um abismo com trevas, o que indica a possibilidade de ser o mesmo abismo no qual Satanás foi jogado por ter se rebelado. Sendo assim, chegamos á conclusão de que o acontecimento que fez com que a Terra entrasse no estado de caos descrito em Genesis 1:2, foi logicamente a rebelião de Lúcifer, corrompendo a primeira criação e levando Deus a tomar a decisão de julgar esta criação com água.
A Teoria do Intervalo
De acordo
com alguns estudiosos da Bíblia como o irmão G. H. Pember, que em sua obra
“As Eras mais Primitivas da Terra”, defende a Teoria do Intervalo, entre
Genesis 1:1 e 1:2, há um intervalo, ou seja, um período de tempo relativamente
longo, que ninguém pode afirmar quando tempo exatamente este espaço de tempo
durou. Com certeza, este período durou bilhões e bilhões de anos.
De acordo com esta teoria, no versículo 1, Deus teria criado a terra, e nela já havia muitos seres, vegetais, animais, bactérias etc. Seria a era dos dinossauros, ou mesmo dos primatas hominídeos, que ninguém pode negar que existiram, pois há muita evidência, comprovada cientificamente. Então o que vemos no versículo 2, trata-se do resultado de uma rebelião. Lúcifer teria se rebelado no final deste período (ou intervalo de tempo), e por isso foi lançado à Terra, corrompendo a primeira criação, que certamente se refere aos dinossauros e/ou hominídeos. Estes primeiros seres tornaram-se violentos e rebeldes, assim como Satanás, quando este foi lançado por terra. Então Deus, teria enchido a terra com água (fato pelo qual “o Espírito de Deus pairava por sobre as águas”), como no dilúvio da época de Noé, matado a todos os seres desta primeira criação. Assim temos que, o intervalo de tempo indefinido que existe entre os dois primeiros versículos da Bíblia compreende o tempo da criação a partir do nada, surgindo uma terra habitada por estes seres, até o fim desta primeira criação com a rebelião de Lúcifer. Assim, nos versículos seguintes, vemos uma preparação para que o homem fosse introduzido nesta nova Terra. A esta podemos chamar de, criação Adâmica.
Desse
segundo ato de Deus surgiu o mundo atual, que também está corrompido. Segundo
Hebreu 2:5, Deus fará um novo mundo que não entregará mais para que os anjos
administrem. Este “mundo que há de vir” são os novos céu é terra
mencionados nos capítulos finais de Apocalipse.
Assim temos que o mundo de outrora, criado a partir do nada (“bara”), precisou passar por um ato de criação adicional, ou seja, uma restauração, não feita a partir do nada, mas de substâncias pré-existentes restantes da primeira criação (“asah”). Isso se refere ao que Deus fez na Terra após esta perder sua originalidade, pureza e ser julgada (“hayah”) de acordo com Gênesis 1:2.
Concluí-se que antes da criação onde Deus estabeleceu Adão e Eva, ouve um mundo passado, onde o homem não existiu, e que foi governado por anjos. Este mundo de outrora, é chamado de criação pré-adâmica (antes de Adão). A rebelião que ocorreu ao tempo deste mundo, trouxe seus reflexos até ao mundo atual, mas isso é assunto para as próximas lições.
Autor: Ir. Alisson L. Costa
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Pequena Chave Bíblica da Restauração...
Reuniões de pregação do Evangelho - um sacerdote deve ser: separado, ter a presença e estar cheio do Senhor, deve abençoar as pessoas e comunicar as boas novas - 1Pe 2:5, 9. Um pecador ganho é um sacrifício ao Senhor - Rm 15:16. Como praticar o sacerdócio pela pregação do Evangelho - sendo vivo -Sl 119:147-148, levando as pessoas no coração - Jo 15:16; Tg 4:2b; Ef 6:18; rm 1:9; 2Co 6:4-5, visitando - Mt 28:19; 16:15, com um espírito de pregação - At 18:25; 17:16; 1:16; 1Co 9:19-23; 2Co 12:15; 2Tm 1:8; Mc 10:29, Fl 1:27; Mt 28:18-19; At 1:8. Tipo de pregação: em casa, nos GFCM, no local. Devemos após isso puxar a rede.
Reuniões especiais - devemos fazer tudo para ganhar alguns para Cristo - 1Co 9:19-27. Tipos de reuniões - At 17:16-19; 19:8-10; 28:30: palestras, curso bíblico, estudo bíblico, comunhões, aperfeiçoamento e reuniões de serviço.
A vida familiar - A v.f. corresponde a aplicação da palavra no relacionamento entre os cônjuges e entre os pais e filhos - Ef 5:22; 6:4; Cl 3:18-21; 1Tm 2:8-15; 1Pe 3:1-7. O casal representa cristo e a Igreja - Ef 5:31-32 e a família é uma miniatura da igreja - Fl 1:1. A meta da família é salvar toda casa.
A vida social - A v.s. corresponde a aplicação da palavra de Deus no relacionamento do crente com seu ambiente social: escolar, profissional, etc. - Ef 4:17-5:14; 6:5-9; Cl 3:12-17, 22:25; 1Ts 5:12-22. A meta é cumprir o propósito de Deus, mediante o crescimento de vida, fazendo discípulo, batizando e ensinando - Mt 28:18-20, esperando e apressando a vinda do Senhor - 2Pe 3:8-13, 14-18. Características do viver social do Cristão: não tendo personalidade dupla ou tripla - 2Tm 1:5; Tg 1:5-8, disposto a aborrecer as relações naturais e ainda a própria vida - Lc 14:25-27, deixando a velha maneira e estabelecendo um novo viver - Ef 4:17, 22-24; Lc 5:33-39.
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