22 junho, 2012
A necessidade de queimar as impurezas da alma.
Esbraseou-se-me no peito o
coração; enquanto eu meditava, ateou-se o fogo; então, disse eu com a própria
língua: Dá-me a conhecer, SENHOR, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para
que eu reconheça a minha fragilidade (Sl 39:3-4)
Mt 17:4-5, 24-27; 1 Pe
1:7
O Evangelho de Mateus
3:11 diz: “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo”. Esse versículo não
diz “ou” com fogo, mas “e” com fogo. No Espírito Santo há fogo para queimar as
impurezas da alma.
A necessidade de queimar as
impurezas da alma ficou evidente para nós na experiência de Pedro. Por ser muito
forte em seu temperamento e cheio de opiniões naturais, o Senhor Jesus teve de
expor sua vida da alma em várias situações, principalmente durante o tempo em
que Pedro Lhe seguiu.
Certa vez, Pedro foi levado
pelo Senhor ao monte da transfiguração, onde viu Moisés e Elias. Então seu
impulso natural o levou a dizer: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei
aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias” (Mt
17:4).
Moisés tirou o povo de Israel
do Egito, e Elias era profeta, que falava a Palavra de Deus no Antigo
Testamento. Portanto ambos possuíam elevada posição para o povo de Israel e eram
por eles venerados. Mas uma voz vinda do céu interrompeu o discurso de Pedro,
dizendo: “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (v. 5). Isso expôs a vida da
alma de Pedro, que não deveria ter colocado o Senhor Jesus na mesma posição de
Moisés e Elias.
Outra experiência de Pedro é
relatada em Mateus 17:24-27: “Tendo eles chegado a Cafarnaum, dirigiram-se a
Pedro os que cobravam o imposto do templo e perguntaram: Não paga o vosso Mestre
as duas dracmas? Sim, respondeu ele. Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe
antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra
impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos
estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos. Mas, para que não os
escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar,
tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim
e por ti”. Pedro respondeu precipitadamente, sem primeiro consultar o Senhor.
Então, para resolver o problema que criara, o Senhor o mandou buscar o valor do
imposto na boca de um peixe que ainda iria pescar. Certamente, enquanto esperava
pelo peixe, Pedro considerou o que havia feito e se arrependeu.
O Senhor Jesus aproveitava
cada situação para expor a vida da alma de Pedro, com suas opiniões e “boas”
sugestões, para que ele pudesse perceber quão terrível era sua vida natural,
pois só assim ele iria negá-la.
Semelhantemente, hoje, Ele
sempre vem expor a nossa vida da alma. Sua intenção é que, ao sermos iluminados,
possamos nos arrepender, a fim de que as impurezas em nosso interior sejam
queimadas pelo fogo do Espírito e sejamos mais puros do que o ouro depurado (1
Pe 1:7). Louvado seja o Senhor!
21 junho, 2012
Cumprir toda a justiça de Deus.
Porque eu desci do céu, não
para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou (Jo
6:38). Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu
respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade (Hb 10:7)
Mt 3:2, 11, 15; Lc 1:41; Fp
2:8
João Batista, desde seu
nascimento, estava destinado a ser sacerdote. Seu pai, Zacarias, era um
sacerdote e, portanto, transmitiria esse ofício a seu filho. O sacerdote possuía
características próprias, como, por exemplo, servir no templo, usar as vestes
sacerdotais e comer da comida ofertada a Deus, como os pães assados no forno, o
peito e a coxa do animal sacrificado.
João Batista, no entanto,
rejeitou tudo isso. Embora fosse um sacerdote, não queria exercer o sacerdócio
da maneira antiga, tradicional. Em vez de ficar no templo, ele ia para o
deserto, onde se vestia com pelo de camelo, animal considerado imundo pelos
judeus; em vez de comer a comida destinada aos sacerdotes, ele se alimentava de
gafanhotos e mel silvestre.
A fim de preparar o caminho
para o Senhor, ele pregava: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos
céus” (Mt 3:2). Mas qual era a maneira de se arrepender? Sendo batizado por ele.
Por isso ele era chamado João Batista, porque batizava as pessoas com água. O
batismo indicava o fim da velha maneira de vida e a necessidade de ter uma
mudança na maneira de pensar, isto é, ter uma renovação da mente.
Ele dizia: “Eu vos batizo com
água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do
que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito
Santo e com fogo” (v. 11). O batismo era apenas uma preparação para que eles
recebessem o Filho de Deus e por Ele fossem batizados com o Espírito Santo e com
fogo.
João Batista já conhecia o
Senhor Jesus desde o ventre materno. O Evangelho de Lucas registra que, quando a
mãe de Jesus, Maria, foi visitar a mãe de João Batista, Isabel, a criança
estremeceu no seu ventre (1:41). Ele mesmo dizia ser o precursor do Senhor
Jesus, tendo a responsabilidade de abrir a vereda, aplainar a estrada, para que
o Filho de Deus nos trouxesse o reino dos céus. João Batista, portanto, sabia
que Aquele que viria depois dele era o Rei do reino dos céus.
Deus tornou-se homem em Jesus
e viveu na terra para ter a experiência da vida humana. Em Jesus, a natureza
divina foi trabalhada na natureza humana a fim de que Ele, como um homem,
pudesse cumprir a vontade de Deus. Aos trinta anos de idade, Jesus foi até João
Batista para ser batizado. Ao ser interpelado por João sobre o que estava para
fazer, o Senhor disse: “Convém cumprir toda a justiça de Deus” (cf. Mt 3:15). A
justiça de Deus se refere a tudo o que Deus determinou, a fazer toda a Sua
vontade.
Dessa forma, como homem, o
Senhor Jesus veio para cumprir tudo o que o Pai determinou. Ele não apenas foi
batizado por João, como também se submeteu a toda vontade do Pai. Ele morreu em
nosso lugar e derramou Seu sangue pelos nossos pecados. Ele foi obediente até a
morte, e morte de cruz (Fp 2:8). Após Sua ressurreição, Ele veio para nos
batizar com o Espírito Santo, acrescentando Sua vida a nós, e com fogo para
queimar as impurezas da nossa alma.
Que aprendamos com o modelo de
obediência do Senhor, a fim de cumprirmos a justiça de Deus e recebermos o
galardão de reinar com Cristo no mundo que há de vir!
O arrependimento e o reino.
O tempo está cumprido, e o
reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho (Mc 1:15). Não
retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário,
ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos
cheguem ao arrependimento (2 Pe 3:9)
Rm 8:6; Ap 20:6
Desde os tempos de João
Batista, já se pregava sobre o reino dos céus. Contudo muitos cristãos ainda não
têm clareza sobre o que é o reino dos céus ou o que significa dizer que ele está
próximo. Em geral, sabe-se que haverá novo céu e nova terra na eternidade
futura, mas, antes disso, haverá a manifestação do reino dos céus na terra por
mil anos. Esse reino milenar, no qual o Filho de Deus estabelecerá Sua
autoridade, é também chamado de o mundo que há de vir (Hb 2:5; Lc 18:29-30).
Nesse período, Ele não governará sozinho, mas terá um grupo de pessoas que O
ajudará a reinar (Ap 20:6).
Nós queremos ser os que
governarão com Cristo em Seu reino, mas, para isso, precisamos estar preparados.
O caminho para entrar na manifestação do reino dos céus ocorre dia a dia na vida
da igreja, quando negamos a nós mesmos e crescemos na vida de Deus.
Por isso, em primeiro lugar,
precisamos arrepender-nos. O arrependimento significa mudança de mente, isto é,
a mente, que é a parte principal da alma, precisa mudar de direção. Romanos 8:6
diz que a mente posta na carne dá para a morte; mas no Espírito, para vida e
paz. A mente é a parte líder da alma, e esta precisa estar no espírito para
cogitar das coisas de Deus (Mt 16:23). Para colocá-la no espírito, a vida
natural e independente da alma tem de ser negada; nossos pensamentos naturais e
caídos precisam ser rejeitados. Quando isso acontece, a vida de Deus que está em
nosso espírito tem espaço e passa a nos governar. O resultado é vida e
paz.
O arrependimento está ligado a
negar a nós mesmos e é fundamental para o reino que há de vir. Quanto mais você
nega a vida da alma nesta era, permitindo que a vida de Deus cresça em seu
interior, mais habilitado estará para governar o mundo vindouro.
Além do crescimento em vida,
precisamos ser aperfeiçoados para a obra do ministério. Na vida da igreja somos
encorajados a usar os dons que recebemos de Deus para ganhar mais graça, que é o
próprio Cristo acrescentado a nós. Dessa maneira, podemos ser mais úteis ao
Senhor hoje e também na era vindoura.
Eis o tempo sobremodo oportuno
para quem deseja reinar com o Senhor! O reino dos céus está próximo, portanto
vamos aproveitar o tempo que temos e as oportunidades que o Senhor nos dá para
negar a nós mesmos, rejeitando os pensamentos e opiniões naturais, e nos dispor
a cumprir a obra do ministério. Aleluia!
20 junho, 2012
Nascer de novo, negar o ego e ser aperfeiçoado.
Toda a Escritura é inspirada
por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra (2 Tm 3:16-17)
Jo 3:3-5, 16; Rm
3:23
O livro de Romanos nos
mostra o evangelho de Deus, que possui dois aspectos: o evangelho da graça e o
evangelho do reino. Os dois juntos compõem a obra completa de Deus para o homem
e resultam em sua entrada no reino dos céus.
Para alguém entrar no reino
dos céus, em primeiro lugar, precisa resolver a questão dos pecados e nascer de
novo, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:23; Jo 3:3-5). Por
isso o evangelho da graça mostra que Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu e foi
crucificado pelos pecados da humanidade, derramando Seu sangue para purificá-la
de todo pecado. Quando os pecadores creem no nome do Senhor Jesus, são salvos
pela graça; não perecerão, mas terão a vida eterna (Jo 3:16).
O segundo passo é ser colocado
na vida da igreja. Quando fomos salvos, ganhamos a vida de Deus, mas ainda somos
como um bebê recém-nascido que precisa de alimento para crescer (Gl 4:1-2; 1 Pe
2:2). A vida da igreja é o ambiente preparado por Deus para sermos supridos com
a Palavra e crescermos na vida divina, negando a vida da alma. Nele somos
aperfeiçoados para nos preparar para governar com Cristo no reino
vindouro.
Antes, tínhamos o conceito de
que seríamos povo no reino dos céus, mas o Senhor nos tem mostrado, à luz da
Bíblia, que iremos governar juntamente com Ele sobre as nações no Seu reino
milenar. Contudo, para ganhar tal responsabilidade, precisamos mais da vida de
Deus. Para isso, sempre que nossa vida da alma se manifestar devemos
renunciá-la, mantendo, assim, o nosso eu caído na cruz. À medida que negamos a
vida natural, a vida de Deus cresce.
A crucificação de Jesus pôs
fim ao velho homem uma vez por todas, mas, em nossa experiência, precisamos
mortificar nosso ego caído. Quanto mais a vida da alma é negada, mais guiados
pela vida divina seremos.
Por outro lado, a vida da
igreja também nos aperfeiçoa para a obra do ministério. Esse aperfeiçoamento é
necessário para sermos capacitados a administrar o mundo que há de vir. Sabemos
que os ministérios se dividem em três categorias: da Palavra, dos serviços e das
ofertas de riquezas materiais.
Graças ao Senhor, temos sido
aperfeiçoados no ministério da Palavra. Somos estimulados a falar a Palavra de
Deus e todos podemos fazê-lo compartilhando nas reuniões da igreja e pregando o
evangelho. Também temos praticado os diversos aspectos dos serviços na igreja; e
ainda somos encorajados a dispor de nossas riquezas materiais para ofertar para
as necessidades da obra do Senhor.
Isso tudo faz parte do
evangelho do reino, das boas-novas que nos foram anunciadas e que devemos
proclamar a todos os filhos de Deus, para que possamos crescer, amadurecer
espiritualmente e ser aperfeiçoados para reinar no mundo que há de vir.
18 junho, 2012
Refletindo...
A maneira de entrar no reino e governar com o Senhor.
Pois desta maneira é que vos
será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo (2 Pe 2:11)
Jo 3:3; Rm 6:6; 1 Co 12:3; Ef
4:7; Hb 2:5
Graças ao Senhor, Sua
obra na cruz resolveu o problema do pecado e aniquilou nosso velho homem (Rm
6:6). Deus coloca todos aqueles que ouviram o evangelho da graça e receberam Sua
vida na vida da igreja, um ambiente propício para negar a vida da alma e crescer
na vida divina.
O nosso objetivo de crescer em
vida é reinar com o Senhor no mundo que há de vir (Hb 2:5). Essas boas-novas se
referem ao evangelho do reino, que possui duas exigências: a primeira é ter a
vida de Deus (Jo 3:3), e a segunda é viver a vida da igreja.
Fomos justificados e
santificados, e o problema dos pecados foi resolvido, por isso pudemos receber a
vida de Deus. Agora essa vida precisa crescer a fim de apressarmos a vinda do
Senhor com o Seu reino.
Para isso, em primeiro lugar,
precisamos estar no espírito, invocando o nome do Senhor (1 Co 12:3). Quando
dizemos: “Ó Senhor Jesus!”, estamos no espírito. Em segundo lugar, precisamos
exercitar os dons que recebemos do Espírito. Quando usamos esses dons, a graça,
que é o próprio Senhor Jesus, vem até nós (Ef 4:7). Quanto mais usamos os dons,
mais a graça vem, e mais de Cristo nos é acrescentado.
O resultado dos dons
acrescidos da graça é que se tornam ministérios. Na vida da igreja, também somos
aperfeiçoados para desempenharmos a obra do ministério. Aperfeiçoados nessa
obra, teremos as qualificações para entrar no reino dos céus. A igreja possui as
chaves do reino dos céus (Mt 16:19) e, se vivermos adequadamente a vida da
igreja, as portas dos céus estarão abertas para nós e para os que estão ao nosso
redor.
A Bíblia nos mostra que o
reino dos céus está próximo. Há pelo menos três trechos que falam da necessidade
de arrepender-se, porque está próximo o reino dos céus. A primeira vez foi com
João Batista, que pregava que estava próximo o reino dos céus (Mt 3:2). Depois,
após ser batizado e ungido com o Espírito, Jesus passou a pregar sobre o
arrependimento, pois estava próximo o reino dos céus (4:17). Então, na terceira
vez, o Senhor Jesus escolheu doze discípulos, que passaram a ser chamados de
apóstolos, e os enviou a pregar que o reino estava próximo (10:5).
Aleluia!
Que sejamos despertados para o
arrependimento a fim de fazer a vontade de Deus hoje e governar com o Senhor em
Seu reino!
Suportar uns aos outros em amor.
Rogo-vos, pois, eu, o
prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes
chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns
aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do
Espírito no vínculo da paz (Ef 4:1-3)
Gl 5:6; 1 Pe 1:6-7, 9; 4:8; 2
Pe 1:5-8
No passado tínhamos um
conceito muito doutrinal acerca de 1 Coríntios 13. Mas fomos alcançados pela
misericórdia do Senhor e hoje podemos não apenas entender, como também viver de
acordo com essas palavras. Rogamos ao Senhor que o que está descrito ali seja
cada vez mais visto em nosso meio.
O Senhor já resolveu o
problema de nossos pecados; tomamos posse dessa realidade por meio da fé no
poder de Seu sangue precioso. Quanto ao nosso corpo corruptível, temos a
esperança da promessa de que seremos transformados em Sua segunda vinda. No
entanto nossa responsabilidade hoje é obter a salvação da alma (1 Pe 1:9). Para
isso usamos o fogo santificador que há em nosso espírito, para queimar as
impurezas da alma (vs. 6-7). Todavia, para mantermos a chama da fé ardendo em
nosso espírito, o caminho é vivermos intensamente a vida da igreja em amor (Gl
5:6; Ef 3:17-19). A fé regenerou nosso espírito, mas o fluir do amor de Deus em
nós é o que transforma nossa alma.
Quando vivemos a realidade da
vida da igreja, no espírito, passamos a lidar em amor com as diferenças entre os
irmãos. Muitas divergências de opiniões e contendas entre irmãos surgem pela
falta de crescimento na vida espiritual. É precisamente por isso que devemos
exercitar o amor, que é o fluir da vida divina. Somente assim somos capazes de
negarmos nosso ego e aceitar os outros como eles são.
Em Efésios 4:1-3 vemos que por
meio do amor somos capazes de suportar-nos, ou seja, sustentar-nos uns aos
outros, preservando a unidade do Espírito no vínculo da paz. Em nossos atos,
comunhões e no cuidado para com os que nos cercam, o amor de Deus em nós é o que
deve prevalecer.
Desse modo, ao sermos
confrontados em nossas opiniões, não devemos discutir e tentar fazer prevalecer
nossa vontade. Pacientemente esperamos, crendo que o Senhor está à nossa frente
e cuidará de tudo. Nós também continuamos invocando o nome do Senhor, para que
Cristo seja expresso em nós. Se ainda assim alguém insistir, não querendo negar
o ego, devemos ser pacientes e orar por esse irmão, cobrindo-o com amor (1 Pe
4:8). Se procedermos assim, seremos guardados de todo falar maldizente e, por
certo, um dia, o Senhor mudará esse irmão.
Por fim, em 2 Pedro 1:5-8
vemos que o fruto final produzido pela fé é o amor. Se as coisas relacionadas
nesses versículos existirem em nós e em nós aumentarem, farão com que não
sejamos nem inativos nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo (v. 8).
Como resultado de andar no
caminho sobremodo excelente do amor, não tropeçaremos em tempo algum, e assim
nos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo (vs. 10b-11). Que sejamos abundantes no viver da igreja, servindo
com um espírito fervoroso e amando ardentemente uns aos outros. Amém!
16 junho, 2012
O amor é paciente.
Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas (Tg 5:7)
Mt 23:45-46; Rm 8:6; 1 Co 13:4-7; 1 Ts 2:7-12
Como vimos em mensagens passadas, a mente é a parte dominante da alma. Uma vez que inclinemos nossa mente para as coisas do espírito, ganhamos vida e paz (Rm 8:6). Essa vida se expressa em nós por meio do amor, manifestado nas atitudes de um caráter transformado.
À luz de nossa experiência podemos confirmar isso. Com o passar dos anos percebemos o trabalhar de Deus em muitos irmãos. Já não mais murmuram diante das dificuldades nem reclamam dos irmãos ou de suas características, pois estão cheios do amor de Deus. Estes são aqueles que buscam constantemente invocar o Senhor, vivendo intensamente a vida da igreja.
Esse amor também nos capacita a cuidar dos irmãos com paciência, alimentando-os com a Palavra (Mt 23:45-46). No passado lidamos com um grupo de jovens desobedientes, que vinham às conferências e causavam problemas. Eles não participavam das reuniões e ficavam dispersos. Contudo, com o passar do tempo, o Senhor, pouco a pouco, transformou o coração deles. Hoje vemos que a vida cresceu neles, pois desfrutam o Senhor e estão envolvidos com os serviços na igreja.
Isso é o resultado do labor do amor, pois no amor temos paciência (1 Co 13:4). Por meio dessa paciência aguardamos o trabalhar de Deus nos irmãos, e não nos inquietamos ou os desprezamos quando eles apresentam dificuldades por não negarem a si mesmos.
Para que sejamos iluminados em nosso coração acerca da maneira que temos tratado aqueles que nos cercam, precisamos ler com oração estes versículos: “O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (vs. 4-7).
O labor do amor é como cultivar uma plantação. Ao fazê-lo, não podemos forçar seu crescimento, tampouco exigir frutos dela. O lavrador pacientemente aguarda o fruto, com cuidado e nutrição, e seu amadurecimento (Tg 5:7). Essa paciência também deve ser vista na relação entre pais e filhos e em nosso cuidado para com os irmãos, tal qual Paulo descreve em 1 Tessalonicenses 2:7-12. Que o Senhor encha nosso coração com Seu incondicional amor a fim de cuidarmos uns dos outros da mesma maneira.
A pregação do evangelho é o fluir do amor
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos (1 Jo 3:16)
Is 12:3-4
Quando pregamos o evangelho mais do amor de Deus cresce em nós, levando-nos a amar as pessoas como Deus as ama. Por amar o homem, Deus enviou Seu próprio Filho para nos salvar e dar a vida eterna (Jo 3:16). Glória a Deus!
Porque vivemos segundo a vida divina, o amor pelas pessoas é produzido em nós. Quanto mais invocamos o nome do Senhor Jesus, mais enchidos pelo Espírito somos e, assim, espontaneamente ganhamos o encargo de pregar o evangelho e permitir que esse amor flua para as pessoas.
Quando nosso alvo é apenas fluir esse amor, nossa preocupação não é ensinar ou debater doutrinas com as pessoas. Nosso interesse é tão somente pregar-lhes o evangelho da graça, para que a vida de Deus seja infundida naqueles que creem. Por isso procuramos ajudar as pessoas a receberem a vida de Deus por meio de invocar o nome do Senhor Jesus. Damos graças ao Senhor, pois isso é muito prático. Ao levar as pessoas a invocar esse nome maravilhoso, estamos ajudando-as a beber da fonte da salvação (Is 12:3-4).
No passado recebemos a visão do CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para Pregação do Evangelho), onde inicialmente os irmãos se consagravam por um ano para a obra do Senhor. Metade desse tempo era dedicada às lições bíblicas, e a outra metade era voltada para saídas às cidades para pregação do evangelho. Louvamos ao Senhor pela visão que recebemos acerca do CEAPE, e encorajamos os irmãos a se apresentarem para esse aperfeiçoamento.
Contudo, com o passar dos anos, o Senhor aumentou nossa visão sobre como conduzir esse aperfeiçoamento. Atualmente, vimos que, ao aperfeiçoar os irmãos, podemos ser mais práticos do que teóricos. Embora seja importante conhecermos as verdades sobre a salvação, o principal é ajudarmos os irmãos a ver a importância de invocar o nome do Senhor para ganhar a salvação e estar no espírito (At 2:21; Rm 10:13). Ao contatar as pessoas, elas precisam ser tocadas pelo amor de Deus e ajudadas a invocar o nome do Senhor crendo no coração (v. 9). Portanto o requisito para pregarmos o evangelho não é sabermos falar sobre as verdades bíblicas, mas simplesmente amar as pessoas, fluindo a vida de Deus para elas (1 Jo 3:16).
Nosso encargo deve ser prosseguir e ajudar os que já receberam o evangelho da graça, tendo crido no Senhor Jesus, a ver a necessidade de seguir o Senhor, negando a vida da alma. Nesse momento precisamos ajudá-las a se alimentar e desfrutar da Palavra de Deus e dos livros espirituais que nos ajudam a entendê-la, promovendo um tempo de leitura com elas. Também podemos encorajá-las a convidar seus amigos e parentes a participar dessas reuniões para que eles igualmente sejam supridos com a vida de Deus. Tudo isso faz parte do fluir do amor!
14 junho, 2012
Refletindo...
O caminho para o aperfeiçoamento.
Suportai-vos uns aos outros,
perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim
como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém,
esteja o amor, que é o vínculo da perfeição (Cl
3:13-14)
Mt 24:14; Rm 12:4-8; 1 Co
12:27-28, 31; Ef 4:11
Muitos cristãos dão
atenção excessiva aos dons miraculosos, como o dom de falar em línguas ou de
curar. Existem diversos dons espirituais, mas precisamos dar mais atenção aos
melhores dons (1 Co 12:31). Os melhores dons sempre visam ao beneficio dos
outros, e não meramente ao benefício próprio.
Tanto em 1 Coríntios 12:12-27
como em Romanos 12:4-5, vemos que cada um de nós foi constituído membro do Corpo
de Cristo. Assim como todo membro do corpo possui sua função, também nós, como
membros do Corpo de Cristo, quando desenvolvemos nossa função, passamos a ter um
ministério.
Por exemplo, em um corpo
humano normal as duas mãos possuem basicamente as mesmas funções, mas somente
aquela que é treinada e aperfeiçoada consegue escrever bem. Podemos dizer que
essa mão, por ter desenvolvido sua função mais do que a outra, possui o
ministério de escrever.
O ministério está relacionado
com a vida e com o aperfeiçoamento. Logo, quanto mais seu ministério amadurecer
e for aperfeiçoado, maior será sua função no Corpo de Cristo. E tudo isso vem do
exercício dos dons.
Para que alcancemos essa
realidade, o amadurecimento de nossos dons e ministérios, precisamos da comunhão
do Corpo de Cristo, do suprimento e ajuda mútua dos demais membros. Ainda em
Colossenses 3:13-14 Paulo mostra-nos que o amor é o vínculo da perfeição, é o
que nos leva a manter a unidade, mesmo diante de qualquer diferença que exista
entre nós. E isso é o que chamamos de a vida da igreja.
Ao considerarmos nosso encargo
de pregar o evangelho do reino e levar vida para todos, precisamos reconhecer
nossa necessidade de aperfeiçoamento, pois o Senhor quer levar essa revelação
para toda a terra habitada (Mt 24:14). A pregação do evangelho é um ministério
que todos nós podemos desenvolver. Para tanto, precisamos cooperar uns com os
outros, nos encorajando e admoestando mutuamente. Todavia tal objetivo somente
poderá ser alcançado se houver amor, isto é, se a vida de Deus se manifestar por
meio de nós.
Louvado seja o Senhor, o amor
é o caminho sobremodo excelente para sermos aperfeiçoados e reinarmos com
Cristo. Aleluia!
13 junho, 2012
Refletindo...
12 junho, 2012
A estrutura da vida cristã.
Agora, pois, permanecem a fé,
a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (1 Co
13:13)
Rm 10:17; 1 Co 12:31; 15:53; 1
Ts 1:2-3
Nesta semana
daremos continuidade à nossa comunhão acerca dos dons espirituais, destacando o
maior e principal deles, que é o amor. O desejo de Deus é nos conceder os
maiores dons e, nesse propósito, nos revelar o caminho para alcançá-los. Em 1
Coríntios 12:31 Paulo menciona a existência de um caminho sobremodo excelente
para encontrarmos os melhores dons e, no capítulo 13, ele descreve esse
caminho.
No versículo 13 desse capítulo
vemos: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o
maior destes é o amor”. Esses três constituem a estrutura da vida cristã. Em 1
Tessalonicenses também encontramos esses três itens essenciais: “Damos sempre
graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações, e sem cessar
recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da
abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus
Cristo” (1:2-3). Nessa passagem encontramos a operosidade da fé, a abnegação do
amor ou labor do amor e a firmeza da esperança em nosso Senhor Jesus
Cristo.
A fé possui relação com o
nosso espírito humano. Por termos crido no Senhor Jesus e em Sua obra redentora,
nosso espírito humano foi salvo. O amor está relacionado com a nossa alma. O
amor de Deus é que nos constrange a não viver mais para nós mesmos, isto é, a
negar a vida da alma, e seguir o Senhor, juntamente com nossos irmãos (2 Co
5:14-15). A esperança relaciona-se com o nosso corpo. No grande dia em que o
Senhor retornar, irá transformar nosso corpo corruptível em um corpo de glória
(1 Co 15:53).
Assim temos os itens que
compõem a estrutura da vida cristã. A fé é o primeiro item da vida cristã,
obtida por crer no Senhor, por ouvir Sua palavra (Rm 10:17 - VRC). Após crermos,
podemos viver a vida da igreja, que compreende expressarmos o amor de Deus que
recebemos por meio de Sua vida. Nossa esperança, por sua vez, está vinculada à
volta do Senhor Jesus, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser
igual ao corpo da Sua glória (Fp 3:21).
Dentre os três, o amor é o
maior e principal item da vida cristã, por meio do qual podemos renunciar a nós
mesmos em favor do Senhor e dos irmãos. Se o nosso viver e labor na obra do
Senhor forem provenientes do amor, certamente haverá a expressão da vida de
Deus, e a vontade do Senhor será feita.
Ser aperfeiçoados pela prática do amor.
Nisto é em nós aperfeiçoado o
amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é,
também nós somos neste mundo (1 Jo 4:17)
Mt 16:24; Rm 8:6, 8; 1 Co
12:5; Ef 4:7, 15-16.
Pelo exercício de
nossos dons e pelo acréscimo da graça, cada um desenvolve seu ministério,
cooperando com a edificação do Corpo de Cristo em amor (Ef 4:15-16). Como já
vimos, a graça é concedida a cada de nós segundo a proporção do dom de Cristo
(v. 7). Quanto mais graça, mais da vida divina é infundida em alguém, e, assim,
maior será seu ministério. A Palavra nos revela que o Senhor concedeu funções
especiais para alguns membros do Corpo, a fim de ajudar outros irmãos a
desenvolver seus dons e ministérios (1 Co 12:28; Ef 4:11). Embora haja
diversidade de ministérios (1 Co 12:5), e também diferença nos níveis dos
ministérios, o ministério de cada membro é indispensável para a edificação do
Corpo de Cristo.
Uma vez que a vida de Deus
cresce em nós, somos aperfeiçoados para realizar a obra do ministério, que
consiste em edificar o Corpo de Cristo hoje e sermos preparados para o governo
do mundo vindouro. Por essa razão, o Senhor Jesus nos incluiu na igreja, para
que a prática do amor, proveniente de Sua vida, nos transforme e nos faça cada
vez mais parecidos com Ele. Hoje precisamos que o amor seja aperfeiçoado em nós
(1 Jo 4:17).
Entretanto, para que sejamos
aperfeiçoados, precisamos negar a vida da alma, ou seja, negar a nós mesmos e
seguir o Senhor (Mt 16:24). Esse ensinamento não é uma mera ordenança, mas um
requisito prático para O seguirmos. Aqueles que não negam sua vida da alma
permanecem na esfera anímica, não mudam e não conseguem seguir o
Senhor.
Poucos cristãos percebem que
será impossível reinar com o Senhor se a alma não for transformada. Para que
haja transformação, a alma precisa inclinar-se para as coisas do espírito,
precisa negar a si mesmo e colocar sua mente no espírito, pois de outro modo se
inclinará para a carne, cujo resultado será morte (Rm 8:6). E os que estão na
carne não podem agradar a Deus (v. 8).
Por esse motivo, o Senhor
intencionalmente nos colocou na igreja, para que possamos negar a vida da alma,
vivendo no espírito junto com Seus escolhidos. Precisamos liberar nosso
espírito, quebrando todas as barreiras de nossa alma que nos impedem de
desfrutar o Senhor e de ter comunhão com todos os irmãos. Se assim praticarmos,
desempenharemos nossas funções no Corpo de Cristo, seremos aperfeiçoados no amor
e estaremos nos preparando para reinar com o Senhor em Seu reino.
O amor é a expressão da vida divina.
Amai, porém, os vossos
inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso
galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os
ingratos e maus (Lc 6:35)
Rm 8:5-6; 1 Co 12:3b; 1 Tm
1:5a
Quando consideramos
Primeira Tessalonicenses, vemos que a ordem dos itens da estrutura da vida
cristã descrita por Paulo começa pela operosidade da fé, seguida pela abnegação
do amor, e por último a firmeza da esperança. Esses três itens podem ser
interpretados, respectivamente, como: a obra da fé, o labor do amor e a
perseverança da esperança.
Como vimos na leitura passada,
o labor do amor é nossa necessidade atual, devendo ser praticado no viver da
igreja. Tudo o que vimos acerca dos dons, ministérios e das operações do
Espírito, tem por finalidade levar-nos à prática do amor.
No passado recebemos essas
palavras de maneira muito doutrinária. Mas, com o passar dos anos, a vida divina
foi sendo trabalhada em nosso interior, e passamos a ter real experiência do
labor de amor. Contudo, embora tenhamos avançado até aqui, algumas vezes ainda
nos deixamos ser influenciados pela vida da alma, por causa de nossa natureza
caída. Todavia, quando invocamos o nome do Senhor, voltamos nossa mente ao
espírito e desfrutamos novamente de Sua vida e paz (Rm 8:5-6). Dessa maneira,
invocando o nome do Senhor, todos nós podemos nos voltar ao espírito (1 Co 12:3)
e viver segundo a vontade de Deus na vida da igreja.
O amor é a expressão da vida
de Deus. Isso significa que a medida do amor que temos em nós é de acordo com o
crescimento da vida de Deus em nosso interior. Se quisermos medir o quanto temos
da vida de Deus em nós, basta considerar o quanto amamos os irmãos, as pessoas e
principalmente aqueles com quem não temos afinidade. Quanto mais a vida cresce,
mais do amor será expresso em nós (Mt 5:44; 1 Pe 1:22; 1 Jo 3:16).
Por essa razão, louvamos ao
Senhor por Sua longanimidade, porquanto, conhecendo nossa situação,
pacientemente nos tem levado a praticar essas verdades no viver da realidade da
vida da igreja.
10 junho, 2012
Refletindo...
Confiar somente em Deus | |
O momento de oração, quando nos encontramos face a face com Deus, é de vital importância, não apenas para fazermos petições e súplicas, mas principalmente para sermos renovados em Sua presença. Pela oração, entramos na presença de Deus e permanecemos em Sua presença. Somente aqueles que têm a experiência genuína de encontrar-se com Deus por meio da oração é que podem avaliar corretamente a preciosidade desse momento. Jeanne Guyon, serva do Senhor de séculos atrás, popularmente conhecida como Madame Guyon, disse: "Orar nada mais é que voltar nosso coração em direção a Deus e receber em troca Seu amor".
Orar é o maior privilegio que um ser humano pode ter, ou seja, é ter acesso direto e sem intermediários ao Deus criador, falar a Ele e ser ouvido por Ele. 0 salmista disse: "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando" (Salmos 5:3). Ainda que estejamos em uma situação em que ninguém possa nos ouvir, Deus está sempre atento às nossas orações. "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Salmos 116:1-2). O irmão Watchman Nee certa vez disse que "a oração é o ato mais maravilhoso na esfera espiritual, assim como o assunto mais misterioso". É, na verdade, a primeira ação de um cristão, para ser salvo, quando este invoca o Senhor de todo coração. De fato, invocar o Senhor e a oração mais simples e é praticada pelos cristãos de todas as eras em todo lugar (1 Coríntios 1:2). Na esfera espiritual, orar é como respirar. Desde que fomos salvos até nos encontrarmos com o Senhor, nossa vida deve ser permeada pela oração. A oração não demanda um lugar específico ou um horário determinado. Deus está sempre pronto para nos ouvir. Podemos orar em voz alta, em voz baixa ou sem emitir qualquer som. Podemos orar em pé, sentados, ajoelhados ou deitados. Podemos orar individual ou coletivamente. Podemos orar nos momentos de alegria ou de aflição. 0 local de oração onde nos encontramos com Deus é nosso espírito regenerado. 0 momento adequado para orar é "agora", a qualquer momento. Orar nos leva à presença de Deus e nos consola, revigora, encoraja, confirma na fé. A oração nos capacita a resistir a Satanás e nos liberta de sua opressão. Em oração exercitamos o amor pelos irmãos e pelos que ainda não conhecem a Deus. Orando, deixamos toda nossa ansiedade nas mãos do Senhor, rendemo-nos a Ele e paramos de nos debater, tentando resolver nossos problemas por nós mesmos. A oração também é instrumento de louvor e ações de graças, por tudo que Deus é para nós. Nos momentos de intimidade com Deus, abrimos nosso coração a Ele e derramamos lágrimas de gratidão por Seu infinito amor e por Sua longanimidade para conosco. Falar com Deus e ser ouvido por Ele é um privilégio do qual não deveríamos abrir mão. Contudo, apesar de todos esses benefícios, não são muitos os cristãos que têm uma vida saudável de oração. Muitos dizem que não sabem como orar, não sabem o que falar para Deus. Outros afirmam que, quando vão orar, logo seus pensamentos começam a passear e são distraídos de Deus. Outros ainda dizem que não oram porque sua fé é muito pequena. Para todos esses amados irmãos e irmãs, apresentamos uma arma poderosa que vence todos esses problemas: a Palavra de Deus. Todos precisamos aprender a "orar a Palavra". Quando for a Deus em oração, abra sua Bíblia no trecho de sua leitura diária e faça das palavras da Bíblia as palavras de sua oração. Fonte: Jornal Árvore da Vida |
Viver no Espírito, negar o eu e negociar os talentos.
Graças te damos, Senhor Deus,
Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste
a reinar [...] chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem
julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos
santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes.
Bemaventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de
Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos (Ap 11:17-18;
20:6)
Lc 19:16-19; Ap 2:26-27;
11:17-18; 12:5; 19:17-18; 20:6
Hoje em dia, pouco se
fala sobre o reino e sua manifestação, porque poucos cristãos viram a
necessidade de viver a realidade da vida da igreja nesta era com vistas ao reino
que Deus tem preparado para Seus filhos maduros e crescidos na vida divina.
Louvamos ao Senhor porque Ele nos deu essa revelação: Deus não confiará a anjos
o mundo que há de vir, mas Seu governo será entregue ao homem (Hb 2:5). Por
causa dessa revelação temos buscado viver mais no espírito, invocando o nome do
Senhor, pois no espírito ganhamos vida e crescemos espiritualmente.
Isso é misericórdia de Deus,
pois não somos melhores do que outros irmãos que buscam a verdade. Somos
simplesmente “pescadores galileus”, que, por viver no espírito, têm recebido
grandes revelações do Senhor.
Vimos que a vida da igreja nos
foi dada para negarmos a vida da alma e, assim, recebermos mais vida de Deus.
Nela também somos aperfeiçoados para a obra do ministério. Deus nos colocou na
vida da igreja e nos deu dons, talentos; quanto mais os usarmos, mais graça
ganharemos, isto é, mais Cristo ganharemos, e assim esses dons se tornarão
ministérios. Além disso, vimos que, se exercitarmos nossos ministérios, seremos
úteis ao Senhor nesta era e, quando o Senhor voltar, poderemos governar as
nações (Ap 2:26-27; 12:5).
Hoje há mais de duzentas
nações na terra e todos esses reinos desaparecerão; não haverá quem os governe,
não haverá presidentes ou reis (19:17-18). As ovelhas, as pessoas boas, que não
possuem a vida de Deus, mas têm bom coração, serão os povos na terra durante o
milênio e os cristãos vencedores regerão as nações Aleluia! Segundo o empenho
com que negociarmos os nossos talentos hoje, o Senhor nos colocará em cargos de
maior ou menor responsabilidade no reino para governar sobre as cidades (Lc
19:16-19).
Se aproveitarmos o dia que se
chama hoje para praticarmos o que tem sido revelado a nós e nos dispusermos a
ser aperfeiçoados em Sua obra, o Senhor nos dará o galardão de reinar com Ele
durante mil anos, desfrutando com antecedência a realidade da nova Jerusalém (Ap
11:17-18; 20:6). Aleluia!
Galardão ou disciplina.
Se permanecer a obra de alguém
que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se
queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através
do fogo (1 Co 3:14-15)
Mt 8:12; 22:13; 25:30;
16:24-27; 1 Co 3:15; 2 Pe 3:8; Ap 2:7; 3:12; 20:6
Para fazer parte do
governo do mundo que há de vir, é preciso aproveitar as oportunidades hoje para
crescer em vida por meio de negar a vida da alma e ser aperfeiçoado na obra do
Senhor mediante o exercício dos dons. Exercitando os dons, mais graça é
acrescentada, e os ministérios são formados. Os ministérios são diversos e podem
ser agrupados em três aspectos: da Palavra, dos serviços e de oferta de riquezas
materiais. Assim teremos funções, e Deus poderá nos usar para Suas operações na
era da igreja e também no reino do mundo vindouro.
Em Mateus 16, depois de
revelar que a vida da igreja é seguir o Senhor, tomando nossa cruz e negando a
nós mesmos, o Senhor Jesus mostrou que Ele virá e estabelecerá Seu tribunal para
julgar todos os Seus filhos e lhes dar galardão ou disciplina. Esse tribunal não
é para nos punir, e sim para nos avaliar a fim de definir nossa posição futura
no reino.
Sem negar sua vida da alma
hoje você não receberá galardão diante do tribunal de Cristo, ou seja, não fará
parte do governo no mundo que há de vir. Por já ter recebido a vida de Deus,
você não será lançado no lago de fogo, mas será punido e lançado fora, nas
trevas, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 22:13; 25:30). Esse
ranger de dentes é o arrependimento tardio. Talvez, por diversas vezes, você
tenha participado de conferências cristãs, ouvido que precisava negar a vida da
alma para crescer em vida e ser conformado ao Senhor Jesus, todavia não quis
praticar, não quis negar a si mesmo (16:24-27). Se esse for o caso, naquele dia,
por ter insistido em manter sua vida da alma, será disciplinado no tribunal de
Cristo e lançado nas trevas exteriores.
Por amar os que não cresceram
o suficiente, o Senhor não os lançará no lago de fogo, mas os colocará em outro
lugar, nas trevas, fora da esfera do gozo do reino, para serem disciplinados e
amadurecerem na vida divina (1 Co 3:15). Isso acontecerá durante o milênio. Para
o Senhor será como um dia, mas, para os que tiverem sendo disciplinados, será
como mil anos (2 Pe 3:8).
Se você, porém, buscar crescer
na vida de Deus e ser um vencedor hoje, ganhará o galardão de reinar com Cristo
durante os mil anos e desfrutará, com antecedência, a realidade da cidade santa,
a nova Jerusalém (Ap 2:7; 3:12; 20:6).
Após o milênio, todos os
filhos de Deus, os que reinarão com Cristo e os que forem disciplinados nas
trevas e ranger de dentes, estarão maduros para serem introduzidos na nova
Jerusalém; todavia o Senhor espera que sejamos servos fiéis e prudentes, que
estão dispostos a segui-Lo hoje, a negar a nós mesmos hoje, a negociar nossos
talentos hoje, para que o reino nos seja um galardão. Aleluia!
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