12 outubro, 2012
Refletindo...
O ministério neotestamentário provém do Espírito que dá vida.
Depois de haver ceado, tomou
também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue (1 Co
11:25).
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da
letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co
3:6)
Êx 30:22-25; Mt 27:51; Lc
23:45; Hb 10:19-22
O ministério neotestamentário
iniciou-se com o Senhor Jesus ainda em carne e continuou depois de Sua morte e
ressurreição. Morrer e ressuscitar foi o modo pelo qual o Senhor se tornou o
Espírito que dá vida (1 Co 14:45b). Uma vez que o Senhor é o Espírito, quem O
toca, ganha vida. O Espírito que dá vida se refere ao Espírito Santo adicionado
ao processo pelo qual o Senhor passou em Sua encarnação, morte e ressurreição. O
Evangelho de João o chama de o Espírito da verdade, ou da realidade (Jo 14:17;
15:26; 16:13). O Espírito que dá vida inclui o Deus Triúno com Sua vida e obra.
Em certos trechos, a Bíblia simplesmente O chama de “o Espírito”.
Para compreender melhor o
Espírito que dá vida, ou simplesmente “o Espírito”, após a encarnação, morte e
ressurreição do Senhor, podemos usar como exemplo o óleo composto da unção do
Antigo Testamento, com o qual se ungiu o tabernáculo com seus móveis e
utensílios, Arão, seus filhos e suas vestes. De acordo com Êxodo 30:22-25, o
óleo da unção era formado por cinco elementos, que são o azeite de oliveira mais
quatro especiarias: mirra, cinamomo, cálamo e cássia. Na Bíblia, o número quatro
se refere à criatura, especialmente o homem, e o número um simboliza Deus.
Dentre as quatro especiarias, temos a mirra fluida, uma substância amarga usada
para embalsamar o corpo das pessoas após a morte e retardar sua decomposição. A
palavra mirra vem de um radical que quer dizer amargo. Ao ser
crucificado, o Senhor tomou o cálice da amargura em nosso favor (Mt 26:39, 42).
Mirra, portanto, se refere à morte do Senhor.
A segunda especiaria é o
cinamomo odoroso, uma planta que exala uma fragrância doce. Isso prefigura a
eficácia da morte do Senhor. A terceira é o cálamo, um junco ou haste que nasce
nos pântanos, ou seja, em águas mortas, paradas. Cálamo, portanto, prefigura a
ressurreição. Por fim, temos a cássia, erva usada como repelente de insetos e
serpentes, que simboliza a eficácia da ressurreição do Senhor. Recapitulando,
temos a mirra (morte), o cálamo (ressurreição), o cinamomo (eficácia da morte) e
a cássia (eficácia da ressurreição). Uma vez que o número quatro se refere à
criatura, ele refere-se também ao Senhor como o Primogênito da criação (Cl
1:15).
Falemos agora sobre o peso de
cada especiaria. Primeiro temos quinhentos siclos de mirra. Em segundo lugar,
temos duzentos e cinquenta siclos de cinamomo odoroso, isto é, a metade da
primeira especiaria. Em terceiro lugar, temos duzentos e cinquenta siclos de
cálamo e, por último, quinhentos siclos de cássia. Se tomarmos quinhentos siclos
como unidade básica, temos três unidades. Quinhentos siclos da primeira
especiaria (mirra); quinhentos siclos divididos em dois: duas especiarias de
duzentos e cinquenta siclos cada (cinamomo e cálamo); e quinhentos siclos da
terceira especiaria (cássia).
O número três simboliza o Deus
Triúno: Pai, Filho e Espírito. A primeira unidade é o Pai, a segunda, o Filho, e
a terceira, o Espírito. Porém a segunda unidade de quinhentos siclos, que
prefigura o Filho, foi dividida ao meio, indicando que Ele foi partido por nós
na cruz por nossos pecados. Na morte do Senhor, o véu do santuário que separava
o Santo Lugar do Santo dos Santos foi partido ao meio de alto a baixo (Mt 27:51;
Lc 23:45), o que indica que já não há separação entre Deus e nós. Podemos
achegar-nos com intrepidez ao Senhor no trono da graça (Hb 10:19-22). Aleluia!
Que bênção desfrutar, por meio do Espírito, de tudo o que o Deus Triúno é e
fez!
11 outubro, 2012
Para Meditar.
Aprendendo a usar a consciência. | |
Quando fazemos uma retrospectiva sobre a criação que recebemos de nossos pais, sempre surge o sentimento de que faltou alguma coisa. Um dos aspectos é o que abordaremos a seguir acerca do uso da consciência. Entretanto, dada a grandeza da matéria, teceremos um breve comentário para facilitar a definição básica de consciência ajudar os pais a aplicarem seus princípios na educação dos filhos.
Já que nossos filhos pequenos não têm maturidade suficiente para ter comunhão com Deus a fim de saber o que devem fazer e como usar a intuição para conhecer a vontade divina que provém, subitamente, dessa parte interna de seu ser, a consciência deles deve ser treinada pelos pais de tal modo que sintam, em seu interior, uma sensação como um alarme soando ininterruptamente sempre que ferirem a justiça, a honra, o decoro, o respeito e tudo aquilo que faz parte de uma vida humana normal. Vivemos em uma sociedade onde os valores não são tão apreçados como o foram no passado. Tudo parece agora estar invertido, e nós, pais, não estamos muito cônscios disso. Por exemplo, os pais mais antigos ensinavam aos filhos que não podiam mentir em hipótese alguma. Hoje, dependendo da situação, uma "mentirinha" é aceitável e até encorajada pelos pais. Antigamente, também, os filhos eram orientados a não trazer para casa o que dela não tivessem levado. Hoje, muitos justificam o que as crianças trazem para dentro de suas casas, apoiados no dito popular: 'Achado não é roubado, quem perdeu é relaxado". O que a criança não pode perceber e os pais ignoram é que o objeto que ela achou não lhe pertence, não foi adquirido com o labor dela e, mais sério ainda, pertence, legalmente, à pessoa tida por relaxada. São tantas as coisas que nossas crianças praticam com liberalidade em função de não terem suas consciências adequadamente treinadas, que chegamos a temer fazer uma projeção do que poderão praticar no futuro. Gritar com os pais, interferir, de forma grosseira, no diálogo dos adultos, bater no rosto de outras pessoas, desrespeitar os mais velhos e as autoridades são gestos, infelizmente comuns, praticadas por crianças em muitos lares. Porém o que é mais lamentável é a falta de uma consciência sensível que as reprove ou um rosto corado de vergonha pelos atrevimentos por elas cometidos. O resultado disso e unia geração de filhos desregrados, sem limites e sem a habilidade para reprimir as ações que partem violentamente da natureza humana caída. Como ajudar os filhos? Seria possível passar vinte quatro horas do dia dizendo a eles o que fazer e o que não fazer? Certa vez, flagramos um pai fazendo a seguinte abordagem a um de seus filhos: "-Filho, você não percebeu que sua atitude estava errada?" A criança disse, inocentemente: "- Não, papai." O pai refletiu um pouco e formulou uma pergunta mais profunda: "-Você não ouviu uma pequena voz em seu interior dizendo para você não fazer aquilo?" A criança respondeu com surpresa: "- Sim, papai". Então, disse o pai: "- Filho, a pequena voz interior que você ouvia era sua consciência". A consciência é um recurso que Deus criou para substitui-Lo no interior do homem desde seus primeiros anos de vida. Quando o homem é regenerado, ou seja, quando é gerado espiritualmente, ele passa a agir baseado na unção interior (João 2:27). O pai, aproveitando-se, ainda, daquela situação para ajudar o filho, acrescentou: "- Filho, você não sentiu algum incômodo, um mal-estar ou uma coisa ruim em seu interior depois de fazer o que sua consciência lhe dizia que não fizesse?" A criança, agora, como um aprendiz sedento, disse: "- Sim, papai, eu senti". O pai, lançando luz sobre o inocente, concluiu: "-A sensação que você sentia era uma fiel testemunha de que seus atos estavam ferindo alguns princípios de Deus. Sabe, filho, se você quiser saber o que Deus aprova, o que seu pai e a maioria das pessoas acatam, por ser ético, basta dar atenção à sua consciência. Toda vez que, em seu interior, uma voz disser o que deve ou não ser feito, procure obedecer. Porém, se, porventura, você desconsiderar essa voz e um sentimento incômodo irromper em seu interior, é hora de voltar atrás para desculpar-se com Deus e com as pessoas e procurar reparar as consequências em sinal de arrependimento. Meu filho, se ao ouvir o que a consciência está sussurrando em seu interior, sem detença, praticar, você amadurecerá com rapidez e terá um viver cheio de paz". Queridos pais, desenvolver a sensibilidade da consciência dos filhos é gerar um "segundo pai" dentro deles dizendo "sim" e "não" em todas as situações. Pense nisso! "Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (Atos 24:16). "Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando4hes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" (Romanos 2:15).
Fonte: JAV número 133 - seção "Aos Pais"
|
O ministério neotestamentário e o arrependimento.
Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; os caminhos tortuosos serão retificados, e os escabrosos, aplanados; e toda carne verá a salvação de Deus (Lc 3:4-6a)
Mt 3:1-3; Jo 1:6-9, 19-23
Embora o Senhor seja o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e seus sete selos em Apocalipse 5, Ele é também um homem, que nasceu de Maria e, segundo a carne, é descendente de Davi(Mt 1:1; Rm 1:3). O Senhor precisou nascer de Maria a fim de se tornar um homem, ter a experiência do viver humano e ser tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado, a fim de se tornar o sumo sacerdote que pode compadecer-se de nossas fraquezas (Hb 4:15).
Jesus nasceu em Belém, numa estrebaria, e foi posto numa manjedoura (Lc 2:6-7). Mais tarde, quando o rei Herodes O queria matar, José foi advertido por Deus em sonho a fugir para o Egito, onde ficou até a morte de Herodes (Mt 2:13-15). Ao regressar do Egito, eles foram morar em Nazaré, uma cidade desprezada na Galileia (vs. 22-23). O Senhor passou por vários tipos de sofrimento em Seu viver humano. Ele conhece a natureza humana e sabe o que é ser um homem. Desse modo, hoje pode compadecer-se e ter misericórdia de nós. Ele sabe que muitas vezes pecamos, não porque queiramos, mas porque nossa natureza é caída. Ele é longânimo e espera por nosso arrependimento. Ao nos arrependermos, ganhamos um pouco mais da vida divina.
Antes de o Senhor iniciar Seu ministério terreno, houve uma obra de preparação. Precisamos lembrar-nos, como vimos na leitura de ontem, que o ministério está ligado à unção, à comissão. No Antigo Testamento, a unção era o derramamento do unguento sobre a pessoa que seria comissionada. No Novo Testamento, a unção é o derramamento do Espírito sobre alguém a quem é dado um ministério, uma incumbência. Vemos a unção do Senhor Jesus para iniciar Seu ministério no fato de o Espírito, em forma de pomba, descer sobre Ele após ter sido batizado por João Batista. Este foi o precursor que preparou o caminho do Senhor. Ele apareceu no deserto pregando o arrependimento e batizava as pessoas na água (Mt 3:1-2, 5-6). Esse batismo para arrependimento visava tratar com a vida da alma, terminando com o passado. Era uma preparação para Aquele que viria batizar com Espírito Santo e com fogo.
Ser o precursor do Senhor Jesus foi a parte que coube a João Batista no ministério neotestamentário. Essa era sua comissão e ministério. Como filho de sacerdote, João poderia continuar a obra do sacerdócio do Antigo Testamento, o ministério sacerdotal. Ele, porém, não fez isso; antes, foi escolhido por Deus para preparar o caminho do Senhor, caminho esse que introduziria o ministério do Novo Testamento.
Em seu ministério precursor, João Batista pregava o arrependimento para a vinda do reino dos céus (Mt 3:1-2). Naquela época os judeus aguardavam a vinda de um reino terreno, que os libertasse da tirania do governo romano. João, porém, não se referia ao reino terreno, e sim ao reino dos céus. Podemos aplicar isso a nós e aos irmãos a quem contatamos e de quem cuidamos, falando-lhes: “Deus deseja entregar o mundo que há de vir para ser governado por vocês. Vocês estão preparados? Vocês podem governar o mundo vindouro? Se hoje vivemos dominados por nossa vida natural, não poderemos governar no futuro”. Por isso, hoje, assim como João Batista, devemos fazer a obra de preparação para vinda da manifestação do reino e pregar: “O reino dos céus está perto, arrependam-se!”.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
www.radioarvoredavida.net
10 outubro, 2012
Refletindo...
Pedi, buscai e batei | |
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á”
(Mateus 7:7,8)
Certa vez um cristão, convertido há um ano, aproximou-se de outro mais experiente no Senhor e este lhe perguntou: ”Ao longo deste ano você já leu a Bíblia toda?” Uma coisa é perguntar se lia a Bíblia, outra é indagar se a leu por inteiro. A resposta do novo convertido foi negativa. Dirigiu-lhe, ainda, outra pergunta: ”Quantas pessoas converteram-se por meio de sua pregação do evangelho neste ano? A terceira pergunta foi: ”Quantas orações suas foram respondidas durante este ano?” Com essas três perguntas, a vida daquele jovem cristão sofreu uma mudança positiva. Passou a lidar com as coisas espirituais com mais seriedade.
Quanto à oração, que será nosso enfoque principal nesta conversa, sabemos que todo cristão ora, mas como ora? Se formos sinceros, confessaremos que não sabemos orar como convém. (Romanos 8:26). Como podemos ser enchidos do Espírito ao orar, se temos estado tão cheios de nós mesmo? Temos problemas com cônjuge e não lhe perdoamos ou não lhe pedimos perdão. Talvez tenhamos barreiras com nossos irmãos em Cristo e ficamos indiferentes, achando que não precisamos dar importância a isso. Também podemos ter algum pecado do qual não nos arrependemos e confessamos diante de Deus, ou quem sabe, ainda amamos o mundo, seguindo suas paixões e concupiscências. Com todas essas pendências ou com algumas delas, ainda queremos ser enchidos do espírito e ter nossas orações respondidas e, por fim, ficamos decepcionados e dizemos que conosco as coisas não funcionam como com os outros cristãos. Não se trata disso; o fato é que estamos espiritualmente cheios de entulho, preconceitos, prevenções, rancores, mágoas, ou seja, cheios de nós mesmos. Você pode perguntar: ”Por que outros ficam alegres e eu não consigo?” Isso é resultado da perda da simplicidade que tínhamos no início de nossa vida cristã. Se você sente que essa é sua condição, ore a Deus: ”Senhor, restaura em mim a simplicidades. Sinto que, com o passar do tempo, fui perdendo a pureza, a inocência espiritual. Quantas coisas velhas se acumularam em mim, Senhor. Desejo ser esvaziado de todo entulho. Ó Senhor, restaura aquele amor que eu tinha no início por Ti e pela igreja”. O Senhor está esperando que nos voltemos a Ele humildemente, sem arrogância, e peçamos ajuda. Ele quer nos socorrer e, sem dúvida irá fazê-lo, basta abrirmos nosso coração.
Fonte: Extraído do Jornal Árvore da Vida Ano 13 Número 134
|
O livro aberto pelo Leão de Judá.
Um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos (Ap 5:5)
Hb 9:13-14; 1 Pe 1:19; Ap 5:1-6
O ministério é a incumbência, a comissão de Deus dada a alguém ou a um grupo de pessoas para a execução de Sua obra. No Antigo Testamento, Deus confiou o ministério a algumas pessoas. Vemos, por exemplo, o ministério dos filhos de Levi, os sacerdotes. Podemos chamá-lo de ministério sacerdotal. Para ser sumo sacerdote, um homem precisava ser ungido, como aconteceu com Arão, que foi ungido por Moisés. Ser ungido significava receber uma comissão. Desse modo, podemos dizer que o sumo sacerdócio é um ministério. Apesar de o Antigo Testamento não usar o termo “ministério”, todos os filhos de Arão que foram ungidos fizeram parte do ministério do Antigo Testamento.
O ministério do Novo Testamento teve início com o Senhor Jesus. Ele fez conosco uma nova aliança por meio de Seu sangue (Mt 26:29). Em Apocalipse 5 o início do ministério do Novo Testamento é representado pela abertura de um livro escrito por dentro e por fora, o qual continha sete selos (v. 1). Quando ouviu a pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (v. 2), João entristeceu-se e chorou muito, pois viu que ninguém podia abrir o livro (vs. 3-4). Então um dos anciãos lhe disse: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v. 5). Quando João se voltou para ver o Leão, o que viu foi um Cordeiro (v. 6a). Ambos simbolizam o Senhor Jesus.
O Senhor Jesus, por um lado, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29); por outro, é o Leão da tribo de Judá, o que se refere à Sua realeza. Por um lado, é a Raiz de Davi, ou seja, Ele é a origem de Davi; por outro, é descendente de Davi (Mt 1:1). Visto que Davi era um ser humano, nele havia o pecado, isto é, a natureza pecaminosa, a fonte de todos os pecados. Como descendente de Davi, o Senhor também era um homem, porém sem pecado (Rm 8:3; Hb 4:15b). Para vir nos salvar e nos substituir na cruz como homem, o Senhor precisou ganhar um corpo humano. O Senhor foi crucificado com esse corpo herdado de Maria, e, com Ele, nosso velho homem foi crucificado (Rm 6:6), e Seu sangue purificou-nos de todos os nossos pecados (cf. Hb 1:3; 9:13-14). Aleluia!
Além de ser o Cordeiro sem mácula cujo sangue nos redimiu (1 Pe 1:19), Cristo também é mostrado como Aquele que se assentou à destra da majestade de Deus nas alturas e está qualificado para governar. Esse é o aspecto de Leão da tribo de Judá, a tribo da realeza.
Como crentes em Cristo, estamos hoje no processo de transformação para nos tornarmos reis. Para ser um rei, é necessário, primeiro, ser trabalhado, transformado. Antes de ser um rei, ilustrado pelo leão, uma pessoa salva ainda tem muitos problemas ligados à vida da alma, ao seu ser natural, que é semelhante à natureza de um jumento em Gênesis 49:9-11. Um jumento tem a natureza extremamente forte, que precisa ser tratada para que a realeza, isto é, a vida de leão, um dia se manifeste. Um dia nossa natureza caída de “jumento” será substituída pela natureza de “leão” para reinarmos juntamente com Cristo (Ap 20:4b). Este é o resultado do Seu ministério.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Vida e obra para governar o mundo que há de vir.
Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo (Rm 5:17)
Sl 8:3-9; Hb 2:5-8
Deus não quer o mundo vindouro debaixo do controle do príncipe deste mundo, por isso determinou que ele não será governado por anjos, mas pelo homem regenerado e totalmente transformado (Hb 2:5-8). Louvado seja o Senhor!
Deus tem muito que fazer em nós. Uma vez que nascemos de novo e fomos regenerados, Sua vida precisa crescer em nosso interior. Para que isso ocorra, Ele precisa eliminar nossa vida da alma, isto é, nosso eu, nosso ser natural caído e rebelde. Somente por meio da vida divina poderemos governar o mundo que há de vir, e não por meio da nossa natureza orgulhosa e independente (Rm 5:17b). Além disso, para sermos equipados para governar o mundo que há de vir, o Senhor permitirá que, muitas vezes, passemos por várias provações que irão cooperar para nosso amadurecimento.
A fim de nos preparar, o Senhor nos colocou num lugar especial: a vida da igreja. A igreja não é um prédio ou uma organização. A igreja é essencialmente um viver. Deus colocou o homem regenerado na vida da igreja para que este aprenda a negar a si mesmo, perder a vida da alma e abrir mão do ego, de modo que a vida divina cresça. Deus deseja que Seus filhos se tornem maduros e com Cristo sejam coerdeiros, governando com Ele o mundo que há de vir (Rm 8:17).
Todavia não é fácil conseguir isso. Deus precisa equipar tais homens regenerados, tanto no aspecto da vida, como no aspecto da obra. No aspecto da vida, vejamos um exemplo humano que pode ajudar-nos a entender a questão: o filho de um empresário precisa crescer e amadurecer para assumir os negócios do pai. Reinar no mundo que há de vir não é diferente. O reino é o “negócio” de nosso Pai celeste (Lc 2:48; 12:32 VRC). Em sua manifestação no mundo vindouro, o reino será governado por homens maduros na vida divina, que aprenderam a negar a vida da alma. No aspecto da vida, isto é, com respeito ao que somos, o crescimento de vida é primordial em nossa preparação para governar o mundo vindouro.
No aspecto da obra, isto é, de nosso serviço ao Senhor, também precisamos ser aperfeiçoados. Vejamos também um exemplo: para o filho do rei ser um bom governante, ele precisa de boa educação em todos os aspectos do governo e também precisa ter experiências nas várias situações que enfrentará. Governar o mundo que há de vir é a mesma coisa. Precisamos ser aperfeiçoados para a obra do ministério, a qual não é somente para hoje, mas principalmente para o reino vindouro. Louvado seja o Senhor!
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos |
O propósito de Deus em criar o homem.
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio (Gn 1:26a)
Gn 1:26-28; 2:7; 3:6-7; Is 14:12-15; Ez 28:12-17; Jo 16:11; Rm 5:12; Ef 5:12; Ap 12:4a
Louvado seja o Senhor, pois iniciamos com este volume mais uma série do Alimento Diário, intitulada “O ministério que seguimos e praticamos”. O tema desta semana é “O ministério neotestamentário”. O que praticamos, segundo a direção do Senhor, é viver no espírito invocando Seu nome. Por essa causa, Ele nos tem dado muitas revelações, como as palavras de Hebreus 2:5-8, que dizem que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a homens.
Deus criou o homem do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, para que este sujeitasse a terra e dominasse sobre os peixes, as aves e todo animal que rasteja pela terra. O Senhor soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1:26-28; 2:7). A alma vivente é a personalidade, a pessoa do homem.
Contudo, a fim de impedir o cumprimento do propósito de Deus, Satanás se adiantou e, antes que a vida divina entrasse no homem por meio da árvore da vida, enganou Eva e a induziu a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:1-7; 2 Co 11:3). Enganados, Adão e Eva pecaram, e por meio deles o pecado passou a todos os homens. Visto que a natureza pecaminosa está no homem, este peca de maneira espontânea (Rm 5:12).
Como poderia esse homem caído e falho governar o mundo que há de vir? Exatamente por estar numa condição pecaminosa, o ser humano necessita da redenção. O Senhor resolveu o problema de nossos pecados ao ser crucificado e derramar Seu sangue precioso. Uma vez resolvido o problema do pecado, todo aquele que crê no Senhor Jesus está apto para receber a vida divina.O novo nascimento é o primeiro requisito para quem deseja reinar no mundo vindouro (cf. Jo 1:12-13; 3:3, 5). Em segundo lugar, o homem precisa amadurecer e ser aperfeiçoado na obra do ministério, isto é, precisa ter experiências de servir ao Senhor. Tudo isso visa prepará-lo para o reino de Deus.
O mundo vindouro não foi designado a anjos, e sim a homens. Contudo o mundo de outrora foi entregue para o governo de um arcanjo, chamado de estrela da manhã, ou Lúcifer (Is 14:12; Ez 28:12-17). Apesar de Lúcifer ter sido criado por Deus de maneira perfeita, em seu interior surgiu orgulho e ambição, de modo que ele quis exaltar a si mesmo (Is 14:13-14). Embora já tivesse posição elevada como o principal dos arcanjos, ele não estava satisfeito; queria subir mais a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Deus não o podia tolerar, por isso ele foi lançado para a terra, juntamente com um terço dos anjos, que o seguiram (Ap 12:4a). Esses são os que Efésios 6:12 chama de “principados e potestades, [...] dominadores deste mundo tenebroso, [...] forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. São eles os que hoje dominam as nações. Além dos anjos, as criaturas que havia na terra na era pré-adâmica também o seguiram em sua rebelião. Deus os julgou com água, e eles se tornaram espíritos imundos, ou demônios.
Na terra há cerca de duzentas nações, e podemos afirmar que todas estão debaixo do controle do príncipe deste mundo (Jo 16:11). Por isso há desavenças, conflitos e guerras entre os povos. Isso é resultado do domínio desses principados e potestades, sob o comando do príncipe deste mundo, Satanás, o diabo, o adversário de Deus, que usurpou Sua autoridade.
O propósito de Deus é retomar o domínio da terra usurpado por Seu inimigo, e Ele o fará por meio do homem regenerado mediante a vida divina. Para isso, Ele nos providenciou uma salvação completa e um lugar maravilhoso em que podemos crescer e amadurecer em Sua vida, o viver da igreja. Uma vez maduros e transformados, poderemos não apenas expressar Deus em plenitude como também exercer o domínio por Ele, isto é, trazer o Seu reino para a terra (Mt 6:10). Louvado seja o Senhor!
07 outubro, 2012
Refletindo...
Revirar o Solo | |
Há algum tempo um cristão trabalhou com fazendeiros. Nesse convívio, um deles contou-lhe o seguinte fato: certa época plantou determinada semente. No entanto, nada aconteceu. Aparentemente, o problema estava na semente. Como precisasse utilizar aquela terra, muito tempo depois este fazendeiro virou o solo e lançou ali nova semente. Qual foi a surpresa ao constatar que, quando as novas sementes germinaram e brotaram, surgiram também brotos das primeiras sementes, semeadas muitos anos antes. Espiritualmente ocorre processo semelhante. A Palavra de Deus, como uma semente, é lançada ao solo do nosso coração. Muitas vezes, no entanto, aparentemente nada ocorre: não se observa nenhuma transformação em nós operada pela Palavra, não se observa mais fé e mais confiança no Senhor, não se vê mais conhecimento vivo de Cisto dado pela Palavra. Havera algum problema com a semente? Certamente não. A palavra é viva e eficaz(Hb4:12) e não fica sem realizar aquilo para que foi designada (Is55:10,11). Que faz Deus, então? Revira a terra. Ocasionalmente, Deus permite que aconteça em nossa vida situações de tumulto,de sofrimento, de tirar tudo do lugar, de desestabilizar-mos.Isso faz com que a Palavra, que estava deppositada no mais profundo de nosso ser, seja despertada, e prepare o terreno do coração,limpando-o da autoconfiança, da displicencia, do orgulho, da negligencia. Assim,a Palavra, há tanto ouvida e prontamente esquecida, emerge cheia de vida, cheia do poder da vida indissoluvel (Hb7:16), resgatando-nos de nós mesmos e levando-nos a Deus. Portanto, se voce, tualmente, sente que em sua vida parece estar ocorrendo uma revirada do solo, não se assuste -isso é o amor de Deus. Ele sabe que assim, e somente asim, somos levados a desistir de viver por nós mesmos e viver de acordo com Sua vida. O resultado será a vida germinando e gerando muito fruto.
Estudo Diário "O Pão da Vida".
|
Para Meditar...
Graças o Senhor pelo ministério de João em sua maturidade, pelo ministério de Espírito e vida. O Senhor abriu-nos uma porta, agora levaremos o evangelho do reino também para os norte-americanos. Apesar de aquele país ter sido fundado por cristãos, a sociedade americana hoje está muito longe da Palavra de Deus; é por isso que o Senhor nos comissionou a ir até lá para restaurar as pessoas com o evangelho do reino, na esfera de Espírito e vida. Se o Senhor nos usar para fazer Sua obra naquele lugar, Sua volta estará mais próxima, pois essa é a promessa do Senhor: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24:14).
O Senhor nos abriu a porta e nós entramos, mas ainda precisamos de mais pessoas que tenham encargo pela pregação do evangelho do reino e que tenham disposição de migrar para outros países. Por isso encorajamos os irmãos, especialmente os jovens, para se levantarem diante do Senhor e serem aperfeiçoados no CEAPE – Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho – a fim de se tornarem colportores. Dessa forma muitos serão preparados e enviados para cooperar com o avanço da obra do Senhor nos Estados Unidos e em outros países.
Que sejamos fiéis ao chamamento que o Senhor nos fez! Que Ele nos conceda Sua graça para desempenharmos nosso ministério, a fim de apressarmos Sua vinda e introduzirmos Seu reino. Jesus é o Senhor!
www.radioarvoredavida.net
serie a revelação da realidade da vida da igreja.
O propósito de Deus em criar o homem.
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio (Gn 1:26a)
Gn 1:26-28; 2:7; 3:6-7; Is 14:12-15; Ez 28:12-17; Jo 16:11; Rm 5:12; Ef 5:12; Ap 12:4a
Louvado seja o Senhor, pois iniciamos com este volume mais uma série do Alimento Diário, intitulada "O ministério que seguimos e praticamos". O tema desta semana é "O ministério neotestamentário". O que praticamos, segundo a direção do Senhor, é viver no espírito invocando Seu nome. Por essa causa, Ele nos tem dado muitas revelações, como as palavras de Hebreus 2:5-8, que dizem que não foi a anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro, mas a homens.
Deus criou o homem do pó da terra, à Sua imagem e semelhança, para que este sujeitasse a terra e dominasse sobre os peixes, as aves e todo animal que rasteja pela terra. O Senhor soprou em sua narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 1:26-28; 2:7). A alma vivente é a personalidade, a pessoa do homem.
Contudo, a fim de impedir o cumprimento do propósito de Deus, Satanás se adiantou e, antes que a vida divina entrasse no homem por meio da árvore da vida, enganou Eva e a induziu a comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:1-7; 2 Co 11:3). Enganados, Adão e Eva pecaram, e por meio deles o pecado passou a todos os homens. Visto que a natureza pecaminosa está no homem, este peca de maneira espontânea (Rm 5:12).
Como poderia esse homem caído e falho governar o mundo que há de vir? Exatamente por estar numa condição pecaminosa, o ser humano necessita da redenção. O Senhor resolveu o problema de nossos pecados ao ser crucificado e derramar Seu sangue precioso. Uma vez resolvido o problema do pecado, todo aquele que crê no Senhor Jesus está apto para receber a vida divina. O novo nascimento é o primeiro requisito para quem deseja reinar no mundo vindouro (cf. Jo 1:12-13; 3:3, 5). Em segundo lugar, o homem precisa amadurecer e ser aperfeiçoado na obra do ministério, isto é, precisa ter experiências de servir ao Senhor. Tudo isso visa prepará-lo para o reino de Deus.
O mundo vindouro não foi designado a anjos, e sim a homens. Contudo o mundo de outrora foi entregue para o governo de um arcanjo, chamado de estrela da manhã, ou Lúcifer (Is 14:12; Ez 28:12-17). Apesar de Lúcifer ter sido criado por Deus de maneira perfeita, em seu interior surgiu orgulho e ambição, de modo que ele quis exaltar a si mesmo (Is 14:13-14). Embora já tivesse posição elevada como o principal dos arcanjos, ele não estava satisfeito; queria subir mais a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Deus não podia tolerar, por isso ele foi lançado para a terra, juntamente com um terço dos anjos, que o seguiram (Ap 12:4a). Esses são os que Efésios 6:12 chama de "principados e potestades, [...] dominadores deste mundo tenebroso, [...] forças espirituais do mal, na regiões celestes". São eles os que hoje dominan as nações. Além dos anjos, as criaturas que havia na terra na era pré-adâmica também o seguiram em sua rebelião. Deus os julgou com água, e eles se tornaram espíritos imundos, ou demônios.
Na terra há cerca de duzentas nações, e podemos afirmar que todas estão debaixo do controle do príncipe deste mundo (Jo 16:11). Por isso há desavenças, conflitos e guerras entre os povos. Isso é resultado do domínio desses principados e potestades, sob o comando do príncipe deste mundo, Satanás, o diabo, o adversário de Deus, que usurpou Sua autoridade.
O propósito de Deus é retomar o domínio da terra usurpado por Seu inimigo, e Ele o fará por meio do homem regenerado mediante a vida divina. Para isso, Ele nos providenciou uma salvação completa e um lugar maravilhoso em que podemos crescer e amadurecer em Sua vida. o viver da igreja. Uma vez maduros e transformados, poderemos não apenas expressar Deus em plenitude como também exercer o domínio por Ele, isto é, trazer o Seu reino para a terra (Mt 6:10). Louvado seja o Senhor!
www.radioarvoredavida.net
05 outubro, 2012
Para Meditar...
O que é a obra de Deus? | |
Leitura: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.12-14).
"E nós na qualidade de cooperadores com Ele" (2 Coríntios 6a).
Deus tem Sua obra. Essa não é a sua nem a minha obra, tampouco é a obra desta missão ou daquele grupo. É a obra do próprio Deus. Gênesis 1 nos diz que Deus trabalhou e, depois, descansou. No início, Deus criou a luz, os seres vivos, o homem e assim por diante. Ninguém, a não ser Ele, poderia realizar essa obra da criação. E hoje Ele também tem Sua obra, que não é a obra de homem algum e que homem algum pode fazer. A obra de Deus não pode ser feita por ninguém, a não ser pelo próprio Deus. Quanto mais cedo aprendermos isso, melhor, porque as obras, as idéias, os métodos, o zelo, a seriedade, os esforços e as atividades incansáveis do homem não têm qualquer lugar no que Deus está fazendo. O homem não pode ter mais parte na obra de Deus hoje do que poderia ter nos tempos remotos da criação.
Aos filipenses, Paulo diz: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus". O Senhor Jesus tem um propósito especial e específico ao nos alcançar, e é esse propósito específico que desejamos alcançar. Ele tem um propósito, e esse propósito é que ele nos ganhe a fim de sermos cooperadores, co-obreiros com Ele. Entretanto, ainda é verdade que não podemos fazer a obra de Deus, visto que toda ela é absoluta e totalmente Dele. No entanto, nós somos Seus co-obreiros. De modo que, por um lado, devemos reconhecer que não podemos tocar, nem mesmo com o dedo mínimo, a obra de Deus e, por outro, somos chamados para ser co-obreiros com Ele! E foi com este fim que Ele nos alcançou. O Senhor tem um propósito definido na salvação - e um propósito claro e específico ao nos salvar -, que é nos ter como Seus co-obreiros. O que, então, é a obra de Deus? Efésios nos mostra isso de forma mais clara que qualquer outro livro no Novo Testamento. O capítulo 1 diz: "Assim como nos escolheu Nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele" (v. 4); no capítulo 2 lemos: "Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (v. 7). Lemos também no primeiro capítulo: "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segundo o Seu beneplácito que propusera em Cristo" (v. 9) Em todas as reuniões da igreja freqüentemente há aqueles que se levantam e falam de acordo com sua própria mente. Eles não estão falando no Espírito, mas estão "fora do tom". O que dizem é de pouco ou nenhum valor. Mas na criação de Deus, conforme Ele determinou, não existe nada fora do tom. Tudo é para o Filho, tudo vem de Cristo e para Cristo. Nada está fora Dele, pois Deus incluiu tudo em Cristo. "Nele foram criadas todas as coisas (...) Tudo foi criado por meio Dele e para Ele" (Cl 1.16). Tudo está em perfeita harmonia no plano de Deus. E Deus vai levar tudo em Sua criação a este nível e a este lugar de perfeita harmonia. Nesse sentido, não podemos fazer nada - Deus está fazendo tudo e tudo Ele fará.
Extraído do livro "A Obra de Deus" - W. Nee
|
Refletindo...
A vida que vence | |
“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
Cl 3:3
A vida que Deus determinou para os cristãos é aquela vida que está oculta com Cristo em Deus. Nada pode tocar, afetar ou abalar essa vida. Assim como Cristo é inabalável, também o somos. Assim como Cristo transcende todas as coisas, também nós. Assim como Cristo está perante Deus, também nós estamos perante Ele. Jamais devemos nutrir o pensamento de que somos fracos e derrotados. Para o cristão, não existe fraqueza e derrota; pois "Cristo é a nossa vida" (Cl 3:4). Nada pode tocar nosso Senhor. Essa é a vida de Cristo!
Livro: A Vida que Vence.
|
Outro Evangelho - A. W. Pink
Satanás não é um iniciador; ele é um imitador. Deus tem um Filho unigênito, o Senhor Jesus Cristo; de modo similar, Satanás tem o “filho da perdição” (2 Ts 2:3). Existe uma Trindade Santa; de maneira semelhante, existe a Trindade do Mal (Ap 20:10). Lemos nas Escrituras a respeito dos “filhos de Deus”. Lemos também sobre os “filhos do maligno” (Mt 13:38). Deus realmente realiza em seus filhos tanto o querer como o executar a sua boa vontade. Somos informados que Satanás é o “espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2:2). Existe um “mistério da piedade” (1 Tm 3:16). Também existe um “mistério da iniqüidade” (2 Ts 2:7). A Bíblia nos diz que Deus, por meio de seus anjos, sela os seus servos em suas frontes (Ap 7:3). Aprendemos igualmente que Satanás, por meio de seus agentes, coloca uma marca sobre as frontes de seus servidores (Ap 13:16). As Escrituras nos revelam que o “Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Co 2:10). De maneira semelhante, Satanás possui as suas “coisas profundas” (Ap 2:24). Cristo realiza milagres. Satanás também pode fazer isso (2 Ts 2:9). Cristo está assentado em seu trono. De modo semelhante, Satanás tem o seu trono (Ap 2:13). Cristo possui uma Igreja. Satanás tem a sua sinagoga (Ap 2:9). Cristo é a luz do mundo. De modo similar, o próprio Satanás “se transforma em anjo de luz” (2 Co 11:14). Cristo designou os seus apóstolos. Satanás também possui os seus apóstolos (2 Co 11:13). Tudo isso nos leva a considerar o “Evangelho de Satanás”.
Satanás é um arquiimitador. Ele está agora em atividade no mesmo campo em que o Senhor Jesus semeou a boa semente. O diabo está procurando impedir o crescimento do trigo, utilizando-se de outra planta, o joio, que em aparência se assemelha muito ao trigo. Em resumo, por meio de um processo de imitação, Satanás está almejando neutralizar a obra de Cristo. Portanto, assim como Cristo tem um evangelho, Satanás também possui um evangelho, que é uma imitação sagaz do evangelho de Cristo. O evangelho de Satanás se parece tanto com aquele que procura imitar, que multidões de pessoas não-salvas são enganadas por este evangelho.
O apóstolo Paulo se referiu a este evangelho, quando disse: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1.6,7). Este falso evangelho estava sendo proclamado mesmo nos dias do apóstolo, e uma terrível maldição foi lançada sobre aqueles que o pregavam. O apóstolo continuou: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (v. 8). Com a ajuda de Deus, nos esforçaremos para explicar, ou melhor, para desmascarar este falso evangelho.
O evangelho de Satanás não é um sistema de princípios revolucionários, nem mesmo um programa de anarquia. Este evangelho não promove conflitos ou guerras, mas tem como alvo a paz e a unidade. Não procura colocar a mãe contra a filha, nem o pai contra o filho; ao invés disso, ele fomenta o espírito de fraternidade pelo qual a raça humana é considerada uma grande “irmandade”. Este evangelho não procura mortificar o homem natural, e sim aprimorá-lo e enaltecê-lo. O evangelho de Satanás defende a educação e a instrução, apelando ao “melhor que há no íntimo do ser humano”; tem como alvo fazer deste mundo um habitat tão confortável e agradável, que a ausência de Cristo não será sentida e Deus não será necessário. O evangelho de Satanás se esforça para manter o homem tão ocupado com as coisas deste mundo, que não tem ocasião nem inclinação para pensar no mundo por vir. Este evangelho propaga os princípios do auto-sacrifício, da caridade e da benevolência, ensinando-nos a viver para o bem dos outros e sermos bondosos para todos. Apela fortemente à mentalidade carnal, tornando-se popular entre as massas, porque ignora os solenes fatos de que, por natureza, o homem é uma criatura caída, está alienado da vida de Deus, morto em delitos e pecados, e de que a única esperança se encontra em ser nascido de novo.
Em distinção ao evangelho de Cristo, o evangelho de Satanás ensina que a salvação se realiza por meio das obras; incute na mente das pessoas a idéia de que a justificação diante de Deus ocorre com base nos méritos humanos. A frase sagrada do evangelho de Satanás é: “Seja bom e faça o bem”; mas falha em reconhecer que na carne não habita bem algum. O evangelho de Satanás anuncia uma salvação que se realiza por meio do caráter, uma salvação que é o reverso da ordem estabelecida por Deus, em sua Palavra — o caráter se manifesta como fruto da salvação. As ramificações e organizações deste evangelho são multiformes. Temperança, movimentos de reforma, associações de cristãos socialistas, sociedades de cultura ética, congressos sobre a paz, todas estas coisas são empregadas (talvez inconscientemente) em proclamar este evangelho de Satanás — a salvação pelas obras. Cristo é substituído pelo cartão de apelo; o novo nascimento do indivíduo é trocado pela pureza social; e a doutrina e a piedade são substituídas por filosofia e política. A cultivação do velho homem é considerada mais prática do que a criação de um novo homem em Cristo Jesus, enquanto a paz universal é procurada sem a interposição e o retorno do Príncipe da Paz.
Os apóstolos de Satanás não são donos de bares e negociantes de escravos brancos; em sua maioria, eles são ministros do evangelho ordenados por igrejas. Milhares daqueles que ocupam os púlpitos das igrejas modernas não estão mais engajados em apresentar as verdades fundamentais da fé cristã; eles deixaram de lado a verdade e se entregaram a fábulas. Em vez de magnificarem a grande vileza do pecado e revelarem as suas eternas conseqüências, tais ministros minimizam o pecado, por declararem que este é apenas uma ignorância ou uma ausência do bem. Em vez de advertirem seus ouvintes a fugirem da “ira vindoura”, tais ministros tornam Deus um mentiroso, por declararem que Ele é muito amável e misericordioso e que, por isso mesmo, não enviará qualquer de suas criaturas para o tormento eterno. Em vez de declararem que, “sem derramamento de sangue, não há remissão”, tais ministros apenas apresentam Cristo como o grande Exemplo e exortam seus ouvintes a seguirem os passos dEle. Temos de afirmar a respeito desses ministros: “Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus” (Rm 10.3). A mensagem deles talvez pareça bastante plausível, e seu objetivo, digno de louvor; todavia, lemos a respeito deles: “Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras” (2 Co 11.13-15).
Além do fato de que centenas de igrejas estão sem líderes que proclamem fielmente todo o conselho de Deus e apresentem o caminho de salvação dEle, também temos de encarar o fato de que a maioria das pessoas destas igrejas provavelmente têm de aprender a verdade por si mesmas. O culto familiar, onde uma porção da Palavra de Deus deveria ser lida todos os dias, é atualmente, mesmo nos lares de muitos crentes nominais, uma coisa do passado. A Bíblia não é exposta no púlpito, nem lida nos bancos das igrejas. As exigências de uma época repleta de atividades são inumeráveis, de modo que milhares de crentes têm pouco tempo e, menos ainda, inclinação de prepararem-se para o encontro com Deus. Por isso, a maioria dos que são muito indolentes para investigarem por si mesmos são deixados à mercê daqueles a quem eles pagam para examinarem as Escrituras no lugar deles; muitos deles negam a sua confiança em Deus, por estudarem e exporem os problemas econômicos e sociais, e não os óraculos de Deus.
Em Provérbios 14.12, lemos: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Este “caminho” que termina em “morte” é uma ilusão do diabo — o evangelho de Satanás — um caminho de salvação por meio de realizações humanas. É um caminho que “parece direito”, ou seja, é um caminho apresentado de uma maneira tão plausível, que apela ao homem natural; e de uma maneira tão sutil e atrativa, que recomenda a si mesmo à inteligência de seus ouvintes. Multidões incontáveis são seduzidas e enganadas por este caminho, devido ao fato de que ele se apropria de uma terminologia religiosa, recorre, às vezes, à Bíblia, para sustentar a si mesmo (sempre que isto for conveniente aos seus propósitos), e defende ideais nobres diante dos homens, sendo proclamado por aqueles que foram graduados em nossas instituições teológicas.
O sucesso de um falsificador de moedas depende de quão parecida a moeda falsa se torna com a genuína. A heresia não é uma negação completa da verdade, e sim uma perversão da verdade. Esta é a razão por que uma mentira incompleta é mais perigosa do que uma mentira completa. Por isso, quando “o pai da mentira” sobe ao púlpito, ele não costuma negar abertamente as verdades fundamentais do cristianismo; pelo contrário, ele as reconhece astutamente e, em seguida, apresenta uma interpretação errônea e uma falsa aplicação. Por exemplo, ele não manifestará uma tolice tão excessiva, a ponto de anunciar ousadamente sua incredulidade em um Deus pessoal; Satanás admite a existência de um Deus pessoal, mas, em seguida, apresenta uma falsa descrição do caráter deste Deus. Satanás anuncia que Deus é o Pai espiritual de todos os homens, quando as Escrituras nos dizem claramente que somos “filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus” (Gl 3.26) e que, “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo 1.12). Além disso, Satanás declara que Deus é extremamente misericordioso e jamais enviará qualquer membro da raça humana para o inferno, quando Deus mesmo afirmou: “Se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lado de fogo” (Ap 20.15).
Satanás não seria tão medíocre, a ponto de ignorar o personagem central da História da humanidade — o Senhor Jesus. Pelo contrário, o evangelho de Satanás reconhece o Senhor Jesus como o melhor homem que já viveu. Este evangelho atrai a atenção das pessoas às obras de compaixão e de misericórdia realizadas por Jesus, à beleza de seu caráter e à sublimidade de seus ensinos. A sua vida é elogiada, mas a sua obra vicária é ignorada; a importantíssima obra de expiação na cruz nunca é mencionada, enquanto a sua triunfante ressurreição física, dentre os mortos, é considerada como uma das credulidades de uma época de superstições. Este evangelho não contém o sangue da expiação e apresenta um Cristo sem cruz, que é recebido não como Deus manifestado na carne, e sim apenas como o Homem Ideal.
Em 2 Coríntios 4.3-4, temos uma passagem bíblica que oferece muito esclarecimento sobre o nosso tema. Esta passagem nos diz: “Se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século [Satanás] cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. Satanás cega a mente dos incrédulos por ocultar-lhes a luz do evangelho de Cristo e por substituí-lo pelo seu próprio evangelho. Ele é apropriadamente chamado de “diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo” (Ap 12.9). Apenas em apelar ao “melhor que existe no homem” e em exortá-lo a “seguir uma vida nobre”, Satanás fornece uma plataforma geral sobre a qual as pessoas de diferentes tons de opinião podem se unir e proclamar esta mensagem comum.
Citamos, novamente, Provérbios 14.12: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Alguém já disse, com considerável verdade, que o caminho para o inferno está pavimentado com boas intenções. Haverá muitos no lago de fogo que recomendaram suas próprias vidas com boas intenções, resoluções honestas e ideais elevados — aqueles que eram justos em seus relacionamentos, corretos em suas transações e caridosos em todos os seus procedimentos; homens que se orgulhavam de sua integridade, mas que procuravam justificar-se a si mesmos diante de Deus, por meio de sua justiça própria; homens de boa moralidade, misericordiosos, magnânimos, mas que nunca se viram como pecadores culpados, perdidos, merecedores do inferno e necessitados de um Salvador. Este é o caminho que “parece direito”; é o caminho que a si mesmo se recomenda à mente carnal e a multidões de pessoas iludidas em nossos dias. O engano do diabo afirma que podemos ser salvos por meio de nossas próprias obras e justificados por meio de nossos atos; enquanto Deus nos declara em sua Palavra: “Pela graça sois salvos, mediante a fé... não de obras, para que ninguém se glorie”; e: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou”.
Há alguns anos, conheci um homem que era um pregador leigo e obreiro cristão entusiasta. Durante sete anos, ele estivera engajado na pregação pública e em atividades religiosas. No entanto, por meio das expressões que ele utilizava, eu mesmo duvidei se ele era “nascido de novo”. Quando comecei a questioná-lo, descobri que ele tinha um conhecimento muito imperfeito das Escrituras e apenas uma vaga noção sobre a obra de Cristo em favor dos pecadores. Por algum tempo, procurei apresentar-lhe o caminho da salvação, de uma maneira simples e impessoal, e encorajá-lo a estudar a Palavra de Deus, na esperança de que, se meu amigo ainda não era salvo, Deus se agradaria em revelar-lhe o Salvador que ele necessitava.
Uma noite, para nossa alegria, aquele que estivera pregando o evangelho por vários anos, confessou que havia encontrado a Cristo somente na noite anterior. Ele reconheceu (usando as suas próprias palavras) que estivera apresentando “o Cristo ideal”, e não o Cristo da cruz. Creio que existem milhares de pessoas semelhantes a este pregador, pessoas que, talvez, foram trazidas à Escola Dominical, aprenderam sobre o nascimento, a vida e os ensinos de Jesus Cristo; pessoas que crêem na historicidade da pessoa de Cristo; pessoas que esporadicamente se esforçam para obedecer os preceitos de Jesus e pensam que isso é tudo que é necessário para a sua salvação. Com freqüência, esse tipo de pessoa, quando atinge a maturidade e sai para o mundo, depara-se com os ataques de ateístas e infiéis, dizendo-lhes que Jesus de Nazaré nunca viveu neste mundo. Mas as impressões dos primeiros contatos com o evangelho não podem ser facilmente apagadas e tais pessoas permanecem firmes na confissão de que crêem em Jesus. Apesar disso, quando a sua fé é examinada, com muita freqüência descobre-se que, embora acreditem em muitas coisas sobre Jesus, tais pessoas realmente não crêem nEle. Em sua mente, elas acreditam que Ele realmente viveu neste mundo (e, por crerem nisso, imaginam que são salvas), mas nunca abaixaram as armas de sua guerra contra Jesus, sujeitando-se a Ele, nem creram nEle verdadeiramente, com todo o seu coração.
A simples aceitação de uma doutrina ortodoxa sobre a pessoa de Cristo, sem o coração haver sido conquistado por Ele e sem a vida Lhe ser consagrada, é outra fase do “caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”; em outras palavras, é outro aspecto do evangelho de Satanás.
E, agora, qual é a sua situação? Você está no caminho que “parece direito”, mas termina na morte, ou no caminho estreito que conduz à vida? Você abandonou verdadeiramente o caminho largo que conduz à perdição? O amor de Cristo criou em seu coração um ódio e horror por tudo aquilo que é desagradável a Deus? Você tem desejo de que Ele reine sobre você (Lc 19.14)? Você está descansando plenamente na justiça de Cristo e no sangue dEle para a sua aceitação diante de Deus?
Aqueles que estão confiando em formas exteriores de piedade, como o batismo ou a “confirmação”; aqueles que são religiosos porque isto é considerado uma característica de respeitabilidade; aqueles que freqüentam alguma igreja, porque fazê-lo está na moda; e aqueles que se unem a alguma denominação porque supõem que esse passo os capacitará a se tornarem cristãos — todos esses estão no caminho que “ao cabo dá em morte” — morte espiritual e eterna. Não importa quão puros sejam os nossos motivos; quão bem intencionados, os nosso propósitos; quão nobres, as nossas intenções; quão sinceros, os nossos esforços, Deus não nos reconhece como seus filhos enquanto não recebemos o seu Filho.
Uma forma ainda mais ilusória do evangelho de Satanás consiste em levar os pregadores a apresentarem o sacrifício expiatório de Cristo e, em seguida, dizerem aos seus ouvintes que a única exigência de Deus para eles é que creiam no seu Filho. Por meio disso, milhões de almas que não se arrependem são iludidas, pensando que foram salvas. Mas o Senhor Jesus disse: “Se.... não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13.3). Arrepender-se significa odiar o pecado, sentir tristeza por causa do pecado e converter-se dele. É o resultado da obra do Espírito Santo em tornar o coração contrito diante de Deus. Ninguém, exceto a pessoa de coração quebrantado, pode crer de maneira salvífica no Senhor Jesus Cristo.
Afirmamos, mais uma vez, que milhares estão iludidos, ao supor que “aceitaram a Cristo” como seu “Salvador pessoal”, quando na realidade ainda não O receberam como seu SENHOR. O Filho de Deus não veio ao mundo para salvar seu povo nos pecados deles, e sim para salvá-los “dos pecados deles” (Mt 1.21). Ser salvo dos pecados significa ser salvo do ignorar e do rejeitar a autoridade de Deus; significa abandonar o curso de vida caracterizado pelo egoísmo e pela satisfação pessoal; ou, em outras palavras, abandonar nosso próprio caminho (Is 55.7). Ser salvo significa sujeitar-se à autoridade de Deus, render-se ao domínio dEle, oferecer-nos a nós mesmos para sermos governados por Ele. Aquele que nunca tomou sobre si o jugo de Cristo; aquele que não está verdadeira e diligentemente procurando agradar a Cristo, em todos os aspectos da sua vida, e continua supondo que está confiando na obra consumada de Cristo, esse está iludido por Satanás.
Em Mateus 7, há duas passagens que nos mostram os resultados aproximados entre o evangelho de Cristo e a falsificação de Satanás. Primeira, nos versículos 13 e 14: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela”. Segunda, nos versículos 22 e 23: “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Sim, querido leitor, é possível trabalhar em nome de Cristo (até pregar em seu nome) e, embora o mundo e a igreja nos conheçam, não sermos conhecidos pelo Senhor! Quão necessário é que descubramos em que situação realmente estamos; que examinemos a nós mesmos, a fim de sabermos se estamos na fé; que nos julguemos pela Palavra de Deus e verifiquemos se estamos sendo enganados pelo nosso sutil inimigo; que descubramos se estamos edificando nossa casa sobre a areia ou se ela está construída sobre a Rocha, que é Jesus Cristo! Que o Espírito de Deus examine nosso coração, quebrante nossa vontade, destrua nossa inimizade contra Deus, produza em nós um profundo e verdadeiro arrependimento e faça os nossos olhos se fixarem no Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
www.radioarvoredavida.net
Assinar:
Postagens (Atom)