O que foi semeado em boa terra
é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta
e a trinta por um (Mt 13:23)
Mt 13:19-23
Em Mateus 13:4 o Senhor
abordou o primeiro tipo de solo onde as sementes foram lançadas: à beira do
caminho. Esse solo é muito compactado, uma vez que pessoas trafegam sobre ele,
por isso a semente não consegue penetrar na terra. Essa é a descrição de um
coração endurecido pelos muitos pensamentos e conceitos já sedimentados na
mente. Então as aves, que nesse contexto tipificam o maligno, vêm e arrebatam a
semente (Ef 4:17-19).
Em Mateus 13:5 é descrito o
segundo tipo de solo, que é o solo rochoso, onde há pouca terra. Para o
desenvolvimento de uma planta é preciso haver certa quantidade de terra. Todavia
esse solo não permite que a planta aprofunde as raízes, tampouco é capaz de
reter água suficiente para supri-la, visto que as rochas não absorvem a água.
Logo, ainda que a semente germine, a planta não poderá se desenvolver, e o sol a
queimará (v. 6).
As referidas rochas desse tipo
de solo representam tudo o que nos impede de nos aprofundarmos na Palavra.
Assim, por causa de perseguições ou angústias, logo nos escandalizamos e
deixamos de seguir o Senhor com alegria (vs. 20-21). Precisamos clamar ao Senhor
que ilumine nosso coração, a fim de identificarmos quais são essas pedras, pois
podem ser os traços de nosso ego ou as fortalezas da nossa mente que impedem
nosso crescimento de vida, fazendo-nos tropeçar e desfalecer diante das
dificuldades e perseguições por causa da Palavra.
Quanto ao terceiro tipo de
solo, a terra é fértil e permite o crescimento da planta. Porém espinhos crescem
ao seu redor e a sufocam, impedindo que frutifique (v. 7). Nesse solo a vida da
semente consegue se desenvolver até certo ponto, mas não consegue produzir
frutos e se multiplicar. Isso acontece com alguns irmãos que possuem certo
crescimento de vida, contudo permanecem infrutíferos. Eles são sufocados pelos
cuidados do mundo e pela fascinação das riquezas (v. 22), que são os espinhos,
bloqueando a luz divina, essencial para a produção dos frutos.
O último tipo de solo é a boa
terra (v. 23). Este representa um coração adequado, que foi trabalhado pelo
Senhor. Nesse solo a semente consegue penetrar. Além disso, por ser arejada e
sem rochas, a água pode ser absorvida, fornecendo suprimento adequado para a
planta. Também os espinhos são retirados e queimados, permitindo que a luz solar
a alcance. Amanhã veremos que todos podemos nos tornar uma boa terra, mas para
isso precisamos lidar com cada um desses problemas.
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