10 julho, 2012

Refletindo...


O obreiro e a Fé



Essa questão de finanças tem resultados importantíssimos, portanto iremos devotar algum tempo a ela. Em graça, Deus é o mais grandioso poder, mas, no mundo, Mamom é o maior. Se os servos de Deus não resolverem a questão das finanças claramente, acabarão por deixar inúmeras outras questões não resolvidas também. Uma vez que o problema financeiro é resolvido, é espantoso como tantos outros automaticamente o são. A atitude dos obreiros cristãos para com as questões financeiras será boa indicação de eles terem ou não sido comissionados por Deus. Se a obra é de Deus, será espiritual; e se é espiritual, o modo de supri-la é espiritual. Se a provisão não está no plano espiritual, a obra em si rapidamente cairá no plano do negócio secular. Se a espiritualidade não caracterizar o lado financeiro da obra, a espiritualidade dos demais departamentos da obra não passa de teoria. Não há nenhum aspecto da obra que toque os assuntos práticos tão verdadeiramente quanto o financeiro. Você pode ser teórico em qualquer outro departamento, mas nesse não.

Os apóstolos de hoje, assim como os dos primórdios, não devem considerar nenhum homem como seu empregador, mas devem confiar que quem os enviou irá arcar com tudo o que envolve a execução da Sua vontade, em questões temporais bem como espirituais.
Se um homem pode confiar em Deus, que saia e trabalhe para Ele; se não, que fique em casa, pois falta-lhe a primeira qualificação para obra. Há uma ideia prevalecente de que se um obreiro tem renda fixa ele pode ter mais horas vagas para a obra, e consequentemente fazê-la melhor. Contudo, de fato, na obra espiritual há a necessidade de renda não-fixa, pois isso necessita de comunhão íntima com Deus, clara revelação constante da Sua vontade e sustento divino direto.

Total dependência de Deus é necessária se a obra for de acordo com a Sua vontade; portanto, Deus deseja que seus obreiros recorram somente a Ele para obter provisão financeira e assim não façam outra coisa a não ser andar em íntima comunhão com Ele e aprender a confiar Nele continuamente. Renda fixa não estimula a confiança em Deus e a comunhão com Ele; mas a total dependência Dele para satisfazer as necessidades, sim. Quanto mais incerto for o viver de um obreiro, mais ele recorrerá a Deus; e quanto mais for cultivada uma atitude de dependência de Deus, mais espiritual será a obra. Portanto, está claro que a natureza da obra e a fonte da sua provisão estão intimamente relacionadas. Se um obreiro recebe salário definido do homem, a obra produzida jamais pode ser puramente divina.

A primeira questão que deve enfrentar todo o que crê ser de fato chamado por Deus é a questão financeira. Se não pode depender apenas do Senhor para prover todas as necessidades diárias, ele não é qualificado a engajar-se na Sua obra, pois se o obreiro não é financeiramente independente dos homens, a obra tampouco pode ser independente dos homens. Se ele não pode confiar em Deus para obter provisão dos fundos necessários, será que pode confiar Nele em todos os problemas e dificuldades da obra?

Permita-me aconselhar todos os que não estão preparados para andar pela fé que continuem seus deveres seculares e não se engajem no serviço espiritual. Todo obreiro de Deus deve ser capaz de confiar Nele. 



Fonte: A vida cristã normal da igreja – Watcham Nee

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