Amados, não estranheis o fogo
ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa
extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida
em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na
revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe
4:12-13)
Mt 3:11; 25:23; Jo 21:3; Hb
2:7; 1 Pe 1:6-7
Após a morte e a
ressurreição do Senhor, Pedro voltou a pescar e levou outros discípulos consigo,
mas durante toda a noite não apanharam nenhum peixe (Jo 21:3). Ao clarear do
dia, Jesus estava na praia e lhes disse que lançassem a rede à direita do barco,
o que os discípulos fizeram, vindo a apanhar uma grande quantidade de
peixes.
Quando saltaram em terra, os
discípulos viram que Jesus já havia lhes preparado peixe e pão. Naquela ocasião,
o Senhor os alimentou e perguntou a Pedro, por três vezes seguidas, se ele O
amava. Pedro se entristeceu com isso, por achar que o Senhor duvidava de seu
amor. O Senhor, por sua vez, mostrou-lhe que, daí por diante, Pedro não agiria
mais segundo sua própria vontade, e sim guiado pelo Espírito. Por ter a vida
divina, a vontade de Pedro seria restringida, de modo que, em sua maturidade, se
submeteria totalmente à vontade de Deus.
Pedro praticou essa palavra,
experimentando o batismo com Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Ele colocou em
prática a palavra pregada por João Batista, sendo purificado com o fogo do
Espírito. Como temos visto, aplicar o fogo do Espírito é a maneira mais eficaz
de rejeitar a vida da alma. Isso é semelhante ao processo de queima utilizado
para eliminar os espinhos e ervas daninhas do solo, a fim de prepará-lo para o
plantio. Os espinhos arrancados podem voltar a crescer, mas se o fogo os queima,
são totalmente eliminados. Nossa vida da alma é assim. Mesmo que nos esforcemos,
não conseguimos ficar totalmente limpos.
Por repetidas vezes, a vida da
alma de Pedro se manifestou, mas ele percebeu que a solução definitiva era se
submeter à prova do fogo ardente do Espírito. Esse fogo queima interiormente, e
não apenas exteriormente. Para experimentarmos esse queimar interior, devemos
viver e andar no espírito constantemente. Assim, a vida da alma será eliminada
com mais eficácia.
O resultado é descrito em 1
Pedro 4:12-13: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós,
destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse
acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes
dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos
alegreis exultando”.
Em Hebreus 2:7, vemos que Deus
fez o filho do homem, por um pouco, menor que os anjos. Mesmo que ainda não
tenhamos a vida divina suficientemente crescida, se perseverarmos em seguir o
Senhor, um dia seremos coroados de glória e de honra. O resultado de sermos
purificados com o fogo do Espírito é receber louvor, glória e honra na revelação
de Jesus Cristo (1 Pe 1:6-7). Louvor indica a aprovação do Senhor no tribunal de
Cristo (Mt 25:23). Receber glória significa expressar a natureza de Deus em
plenitude e receber honra é alcançar uma posição no reino para governar com
Cristo.
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