O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor  (Pv 17:3)
Mt 3:11; 1 Pe 1:7
Em
 Mateus 3:11 lemos: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas 
aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias 
não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com 
fogo”. Essas palavras foram ditas por João Batista referindo-se ao 
Senhor Jesus. Era como se ele dissesse: “Eu batizo vocês com água porque
 sou o precursor do Senhor e estou preparando-Lhe o caminho. Eu batizo 
com água para ajudar as pessoas a se arrependerem, isto é, a negarem a 
vida da alma. Dessa forma, vocês podem receber a vida de Deus”.
Embora o fogo 
mencionado no versículo 11, com que o Senhor batizava, possa ser 
vinculado ao fogo do versículo 12, o fogo inextinguível, segundo a nossa
 experiência e a revelação de 1 Pedro 1:7, podemos aplicar esse fogo ao 
queimar interior do Espírito, pelo qual Ele nos purifica assim como o 
fogo deixa o ouro livre de impurezas.
Pedro escreveu 
sua primeira epístola quando já estava bem maduro. Porém, no relato dos 
evangelhos, vemos Pedro manifestando uma vida da alma fortíssima. Quando
 ele seguia o Senhor, muitas vezes o Senhor desmascarava sua vida da 
alma.
Nossa natureza 
caída herdada de Adão, isto é, nossa vida da alma, é igualmente muito 
forte, pois é resultado de nosso nascimento natural. Quando cremos no 
Senhor, Ele inicia uma obra transformadora e purificadora em nós,  para 
eliminar aos poucos nossa vida da alma. Segundo nossa experiência no 
passado, quando passávamos por sofrimentos, situações graves, como 
acidentes de carro, enfermidades ou mesmo situações financeiras 
adversas, pensávamos que essa era a maneira de o Senhor nos levar a 
negar nossa vida da alma. Porém temos visto que, uma vez que a situação 
adversa termina, nossa vida natural ainda está lá e pronta para se 
manifestar novamente. Isso nos leva a concluir que o simples fato de 
passarmos por sofrimentos não basta para lidar com nossa vida da alma; 
precisamos do queimar do Espírito Santo em nosso interior.
Vejamos, por 
exemplo, a experiência de um irmão que estava doente. Com essa situação 
ele foi diante do Senhor e confessou seus pecados. Após essa confissão, 
ele sarou. Passado, porém, um tempo, a doença voltou. Ele pensou: “Será 
que há alguma coisa que ainda não confessei?”. Assim, ele foi novamente 
diante do Senhor, procurando saber o que estava acontecendo, e o Senhor 
lhe mostrou mais coisas. Ele, então, orou: “Ó Senhor, eu tirei aquela 
pedra, mas agora encontrei outra mais profunda que não vi na primeira 
vez. Quero negar minha vida da alma. Retira essa pedra”. O Senhor ouviu 
sua oração, e ele sarou de novo. Contudo a doença veio pela terceira 
vez, e a situação se tornou muito grave: ele estava entre a vida e a 
morte. Ele, mais uma vez, orou: “Senhor, eu já Te confessei uma vez, 
duas vezes... será que ainda há mais coisas que confessar?”. O Senhor 
lhe mostrou mais coisas, ele as confessou, e o Senhor o curou. Mas ainda
 havia manifestações de sua vida da alma. Quando a igreja queria avançar
 no mover do Senhor, ele não seguia junto com a igreja; antes, queria 
servir de maneira própria. A despeito de todo sofrimento pelo qual já 
havia passado, seu ser natural ainda persistia. Levou tempo, mas, por 
fim, ele percebeu que não era questão de confessar pecados apenas, mas 
de abrir mão de si mesmo, de seu ego, de suas opiniões, e se submeter ao
 Senhor.
Essa situação é 
comum a todos nós; temos uma vida da alma muito forte. Apenas o 
sofrimento pelas circunstâncias exteriores não consegue eliminá-la. 
Precisamos voltar-nos ao Senhor e permitir que o fogo do Espírito Santo 
nos queime e purifique, assim como o fogo purifica o ouro.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan 
 
 
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