23 abril, 2012

Você está preparado?

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta (Zc 9:9)

1 Rs 1:33; Mt 21:2-5; Jo 5:39; 2 Co 3:18

Para entrar em Jerusalém, o Senhor Jesus disse que precisava de um jumento e mandou buscar um que já estava preparado (Mt 21:2-3). Como vimos ontem, o jumento mencionado em Gênesis 49 foi transformado ao comer o fruto da vide. Sua dieta proporcionou transformação em seus dentes, que se tornaram brancos como leite, e seus olhos ficaram cintilantes.

A exemplo do jumento, que foi transformado pelo fato de comer somente uva, se quisermos ser transformados, precisaremos nos alimentar do fruto da árvore da vida, que é o próprio Senhor Jesus (Jo 15:1).

Hoje estamos num processo de transformação. À medida que buscamos o Senhor e ruminamos Sua Palavra, “somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Co 3:18). Precisamos nos alimentar constantemente do Senhor, para que, quando Ele precisar de nós, estejamos preparados. Você está preparado? Se estiver, o Senhor vai dizer: “Eu preciso de você”. Alguns talvez ainda não estejam preparados, mas estão no processo de transformação. Louvado seja o Senhor!

Em Mateus 21, vemos que o fato de Jesus mandar buscar aquele jumento preparado “aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta: Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga” (vs. 4-5). Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou.

Quando Jesus entrou em Jerusalém, Ele não montou numa mula ou num cavalo, animais mais imponentes, como fizeram Davi e Salomão quando se tornaram reis (1 Rs 1:33). Quando entrou em Jerusalém, Jesus foi aclamado pela multidão. Por ser humilde e manso, escolheu um jumento, um animal desprezado pelos homens, mas que fora transformado para servi-Lo.

Transformados pela vida abundante.

Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido
(1 Tm 4:6)

Sl 45:13-14; Mt 16:6, 12; 22:11-12; Lc 12:1; Jo 10:10; Ef 5:18-20; Ap 19:8

Assim como o jumento amarrado à videira, descrito em Gênesis 49, não tinha outra saída a não ser comer “uva”, se estivermos desfrutando da Palavra na vida da igreja, não teremos outra opção, a não ser buscar vida, vida e mais vida. O Senhor Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10).



Por isso precisamos ruminar a Palavra, invocando o nome do Senhor para sermos guardados de qualquer outro tipo de alimento que não satisfaça nosso espírito. Se estivermos atados ao Senhor, bem amarrados, mesmo que queiramos sair e voltar para os velhos costumes e ensinamentos, será difícil, pois estaremos restringidos a comer apenas o que Ele nos der.

O que acontece com os que estão amarrados à videira é transformação. Por comerem somente “uva”, que representa a vida divina que há na Palavra, serão transformados.

“Lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas” (Gn 49:11). Esse versículo diz que a videira produz tanta uva, a ponto de ter o sumo necessário para lavar as vestes e a capa. Isso representa quão abundante é a vida divina disponível aos santos na vida da igreja. As vestes dizem respeito à justiça. Por um lado Cristo se nos tornou justiça da parte de Deus. Por outro, há ainda outro tipo de veste, as vestes nupciais bordadas, que nos qualificam a participar das bodas do Rei; essas vestes referem-se à capa mencionada em Gênesis (cf. Sl 45:13-14; Mt 22:11-12; Ap 19:8) e representam os nossos atos justos.

Além de lavar as vestes, por ter comido o fruto da videira, os olhos do jumento tornaram-se cintilantes de vinho, e seus dentes, brancos de leite. Essa é a transformação ocorrida por comer somente uva.

Enquanto comer do fruto da videira produz transformação e brilho espiritual, em Mateus 16 o Senhor advertiu os discípulos acerca do perigo do fermento, que são os ensinamentos dos fariseus e dos saduceus, que produzem a hipocrisia (vs. 6, 12; Lc 12:1). O desejo do Senhor é que comamos o pão sem fermento (1 Co 5:7). Quando comemos desse pão, ou da videira verdadeira, ficamos devidamente satisfeitos.

O apóstolo Paulo também disse aos irmãos da igreja em Éfeso: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5:18-20). O resultado de estar cheio do Espírito é muita alegria. Aleluia! Precisamos comer muita “uva” a fim de sermos transformados e nos alegrarmos na presença do Senhor.

Esperamos que todos tenham a devida clareza quanto a esse assunto. Como já mencionamos, Judá atou seu jumento à vide a fim de que este comesse uvas em abundância, com o objetivo de prepará-lo e torná-lo útil. Devemos, portanto, evitar ensinamentos que não trazem saúde espiritual e nos alimentar do que realmente pode nos transformar e fazer úteis ao Senhor.

22 abril, 2012

REFLETINDO


Submissão, amor e brandura

O maior sonho de todos os pais é ter um lar feliz. Mesmo aqueles que já desistiram, por qualquer motivo, já anelaram isso um dia. Avaliando a condição da maioria das famílias, percebe-se que são poucos os pais que atingiram o alvo. Tal insucesso dar-se-ia porque um lar feliz não passa de uma utopia ou seria o resultado da falha dos pais em não atentar aos princípios que Deus estabeleceu?

A carta que o apóstolo Paulo escreveu aos colossenses estabelece princípios que a esposa, marido, pais e filhos devem viver no seio familiar (Colossenses 3:18-21).

O primeiro grande princípio é que, antes de ser uma boa mãe, a mãe precisa ser uma boa esposa. Dedicar-se primeiramente aos filhos antes de dedicar-se ao marido constitui erro grave. Há beleza no lar quando os filhos submetem-se à autoridade dos pais. Essa ordem é desejada por todas as famílias. De um fato todos nós devemos ter clareza: são as esposas as responsáveis por estabelecer o padrão de submissão no lar. Quando a esposa consegue submeter-se a seu próprio marido, torna-se desnecessário falar de autoridade e submissão para os filhos. O exemplo de submissão da esposa ao marido substituirá os gritos e as agressões físicas que os pais, às vezes, lançam mão para fazer os filhos enxergarem sua posição e dever. É uma lei: se a esposa grita, desobedece e faz pouco caso do marido, os filhos não somente aprenderão essa nociva lição, como também se voltarão mais tarde contra o pai, confrontando, assim, sua autoridade. Esposas submissas = filhos submissos.

O segundo grande princípio é que, antes de ser um bom pai, o pai precisa ser um bom marido. Pouco adianta o esforço do pai em dar presentes e fazer piqueniques com os filhos se a forma como ele trata a esposa é com amargura. Se o pai pudesse ter uma conversa sincera com os filhos e perguntasse-lhes o que mais alegraria seu pequeno coração, certamente a resposta seria que amasse profundamente a mãe deles. Os maridos geralmente desempenham errada-mente seu papel de autoridade em casa. Eles pensam que exercer autoridade é mandar, humilhar e esbravejar quando as esposas não respondem a contento as suas reclamações. A verdadeira autoridade é exercida sem força, sem peso. A verdadeira autoridade é exercida com amor. Quando o marido ama verdadeira-mente a esposa como ele ama o próprio corpo, a esposa submete-se ao esposo espontaneamente e os filhos entendem que o melhor caminho a trilhar com os pais e com os irmãos é amando-os.

O terceiro grande princípio está na correção branda dos pais ao corrigir os erros dos filhos. No passado erramos com nossos pais. Nossos avós e todos os outros filhos que vieram antes de nós também erraram bastante com seus pais; entretanto, achamos inadmissível que nossos filhos errem. Quando os filhos brigam uns com os outros, tiram notas baixas, mentem ou, por alguma razão, ficam introspectivos, a maioria dos pais reage de uma forma tão irritadiça que chegam a transparecer que desconhecem todos esses gestos e sentimentos e que jamais agiram de modo semelhante.

A irritação furta dos pais a possibilidade do diálogo, da sobriedade, do discernimento, do equilíbrio, da compreensão e da disciplina eficaz. Muitos pais, em vez de ajudarem os filhos que erraram, irritam os filhos, "jogando na cara" seus erros, deficiências e humilhando-os perante os outros. Por causa dessas atitudes, os filhos ficam bastante desanimados para prosseguir. A crítica amarga dificilmente produz bons resultados; pelo contrário, a crítica amarga elimina a esperança dos filhos, deixa-os na defensiva e gera no coração deles raiz de amargura. Não estamos incentivando a condescendência ou conivência com o erro cometido pelo filho. Entretanto, quando os filhos tiverem de ser corrigidos, devemos fazê-lo com brandura (Gálatas 6:1). Voltemos ao passado, lembremo-nos de que já cometemos o mesmo erro e nos perguntemos: "Como eu gostaria de, numa situação dessas, ser corrigido pelos meus pais?" Esse pequeno lapso de tempo pode desfazer a irritação e produzir caminhos mais criativos no trato do pai com o filho. Dessa forma fica mais fácil os filhos obedecerem.

Se aqueles que têm filhos desejam ser bons pais, precisam primeiramente ser boas esposas e bons maridos. Ambos precisam compartilhar submissão e amor um para com o outro. É somente dessa forma que bons pais surgem, é dessa forma que lares felizes surgem. 



Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 146

19 abril, 2012

Alimentar-se das palavras saudáveis.

Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá (Jo 6:57). As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida  (v. 63b)
Nm 21:5; Jo 6:63; 15:1, 5; Hb 5:6; 7:1-2; Ap 5:5

Em Apocalipse nos é dito que João viu, na mão direita Daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. Todavia não se achava ninguém digno de abrir o livro e desatar os selos, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra. Aquele quadro entristeceu João, que chorava muito. “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (5:5). Tanto o leão quanto Davi estão relacionados à realeza (Mt 1:1).
O Senhor Jesus é o Leão da tribo de Judá e a Raiz do rei Davi. Somente Ele, como o descendente de Davi, foi achado digno de abrir o livro e desatar os selos, os mistérios do Novo Testamento. Esse Leão é o mesmo referido na profecia de Gênesis 49: “Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti. Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos” (vs. 8-10).

Como vimos em séries anteriores do Alimento Diário, o cetro e o bastão são símbolos de autoridade real e nobreza. O termo Siló, significa paz. O livro de Hebreus revela que o Senhor Jesus é sumo sacerdote da ordem de Melquisedeque, e este é o rei de Salém, que significa paz. Ele é também o rei de justiça (cf. Hb 5:6; 7:1-2).

Assim como ocorreu com Judá, que amarrou seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à videira mais excelente (Gn 49:11), o Senhor Jesus, mesmo sendo rei, precisou de um jumentinho preparado, que estava “amarrado”, para ser introduzido em Jerusalém.

Amarrar o jumento à videira significa restringi-lo em sua dieta para que coma apenas uva. Sabemos que o jumento costuma se alimentar de qualquer coisa que encontra no caminho e muitas vezes come coisas não muito saudáveis, diferente dos cavalos e bois, que habitualmente procuram um tipo de pasto de melhor qualidade.

Isso pode ser aplicado a nós. Comer do fruto da videira ou comer uvas está relacionado com alimentar-nos de palavras saudáveis, que nos suprem vida. Antes de sermos salvos, nossa alimentação espiritual não era boa. Após sermos introduzidos na igreja, “fomos amarrados à videira mais excelente”, onde nos alimentamos de Cristo (Jo 6:57; 15:1). Quanto mais um cristão se alimenta das palavras do Senhor, que são espírito e vida, mais ele se dá conta de que esse fruto é muito melhor do que qualquer outro alimento.

Alguns, entretanto, depois de provar e ser supridos abundantemente pela vida do Senhor, se deixam levar pelos desejos da vida da alma. Esta facilmente se enfastia de comer a mesma coisa, assim como o povo de Israel se enfadou do maná durante a peregrinação no deserto (Nm 21:5).

Aqueles que vivem pela vida da alma, quando ouvem falar somente de “espírito e vida”, ficam aborrecidos. Porém o próprio Senhor disse que “o espírito é o que vivifica” e que “as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6:63).

Graças ao Senhor, por estarmos na igreja, atados à videira verdadeira. Essa é a salvação do Senhor para nós. Que sejamos fiéis em nossa dieta de comer apenas “uva”, ou seja, as palavras cheias de vida do Senhor. Aleluia!

18 abril, 2012

REFLETINDO.

O que você precisa saber sobre a Igreja - Parte 1

A POSIÇÃO CORRETA DA IGREJA
Nestes capítulos veremos que a restauração do Senhor importa-se com dois ítens principais: a experiência plena de Cristo em nosso espírito e a vida prática da igreja. Há mais de cinqüenta anos, desde 1922 , o inimigo não tem cessado de atacar a restauração do Senhor. Durante os últimos anos nos Estados Unidos, os ataques têm sido sempre focalizados em dois pontos; o Espírito e a base da igreja. O inimigo tem tentado ao máximo derrotar-nos em relação à nossa experiência do Espírito e à nossa prática da base da igreja. Aqui vemos a sutileza do inimigo. O que o inimigo ataca são os pontos cruciais. Se o inimigo for atacar algum ponto específico, esse tem de ser um ponto vital. Por isso, temos encargo de tratar essas duas questões.

UMA VISÃO GERAL DA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO

Nesta mensagem, tenho encargo de tratar as questões da vida prática da igreja e sua base correta. Há muitos versículos que precisamos mencionar. Em Mateus 16:18, o Senhor Jesus disse: “Edificarei a minha igreja”. A igreja aqui, que é edificada sobre Cristo como a rocha, é a igreja universal. Entretanto, quando o Senhor Jesus disse em Mateus 18:17: “Dize-o à igreja”, Ele se referia não à igreja universal, mas à igreja local à qual podemos ir. Em 1 Coríntios 10:32 fala-se de “a igreja de Deus”, e em 1 Coríntios 11:16 fala-se de “as igrejas de Deus”. Aqui vemos a igreja, no singular; depois, as igrejas, no plural. Além disso, temos algumas ilustrações da igreja: a igreja em Jerusalém (At 8:1), a igreja em Antioquia (At 13:1 - VRC), a igreja em Cencréia (Rm 16:1 – VRC), a igreja em Corinto (1 Co 1:2). Galatas 1:22 fala de “as igrejas da Judéia” e 1 Tessalonicenses 2:14 fala de “as igrejas na Judéia”, isto é, as igrejas no território judeu da Judéia. Além disso, Romanos 16:4 menciona “as igrejas dos gentios”. Assim, primeiramente temos as igrejas na terra judia; e então, as igrejas no mundo gentio. Atos 15:41 refere-se às igrejas na Síria e Cilícia, duas províncias gentias do antigo Império Romano. Além da Síria e Cilícia, o Novo Testamento fala das igrejas em três outras províncias do antigo Império Romano: Asia, Galácia e Macedônia. Em 1 Coríntios 16:19 fala de “as igrejas da Ásia”; Gálatas 1:2 e 1 Coríntios 16:1 referem-se às “igrejas da Galácia” ; 2 Coríntios 8:1, às “igrejas da Macedônia”. Em 1 Coríntios 4:17, encontramos a frase: “Como por toda parte ensino em cada igreja”. De acordo com o original grego, Atos 14:23 diz que os apóstolos designavam presbíteros em cada igreja. Romanos 16:16 menciona “as igrejas de Cristo” e l Coríntios 14:33, “as igrejas dos santos”. Assim, temos as igrejas de Deus, as igrejas de Cristo e as igrejas dos santos.

Retirado do livro: "O que você precisa saber sobre a Igreja" de W. Lee

O caminho para ser útil ao Senhor.

Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à videira mais excelente (Gn 49:11)
Gn 49:11; Zc 9:9; Mt 21:1-3; Jo 6:63; 15:

Jesus teve muitos impedimentos antes de chegar a Jerusalém. Ao aproximar-se da cidade, chegando a Betfagé, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: “Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará” (Mt 21:1-3).
Esses versículos dizem respeito a uma profecia de Zacarias, que fala sobre como o Rei Jesus entraria em Jerusalém: montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta (9:9). Os discípulos encontraram o jumento, conforme o Senhor havia predito.

Normalmente a natureza do jumento é muito forte, teimosa e obstinada. A Bíblia relata a história da jumenta de Balaão: “Balaão levantou-se pela manhã, albardou a sua jumenta e partiu com os príncipes de Moabe; ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele”. Quando ela viu o Anjo do SENHOR, desviou-se, indo pelo campo; então, Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho. “Vendo, pois, a jumenta o Anjo do SENHOR, coseu-se contra o muro e comprimiu contra este o pé de Balaão; por isso, tornou a espancá-la. O Anjo do SENHOR passou mais adiante e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita, nem para a esquerda. Vendo isso, a jumenta deixou-se cair debaixo de Balaão que, irado, espancou a jumenta com a vara. Então, o SENHOR fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes? Respondeu Balaão: Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão e, agora, te mataria. Replicou a jumenta: Porventura, não sou a tua jumenta, em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu costume fazer assim contigo? Ele respondeu: Não” (Nm 22:21-30).

A natureza do jumento é assim mesmo: quando ele não quer avançar, quanto mais você o açoitar, menos ele irá se mover. Se formos sinceros ao considerar nossa experiência, perceberemos que, por vezes, nosso caráter se parece muito com o de um jumento: forte e teimoso. Porém há esperança para nós.

Apesar de todo jumento ser teimoso, esse, porém, que o Senhor mandara buscar para entrar em Jerusalém, estava preparado. Podemos dizer que o caráter desse jumento já havia sido moldado. Como isso ocorreu? A Bíblia nos mostra a resposta: “Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à videira mais excelente” (Gn 49:11).

Portanto, para sermos preparados e usados por Deus, o caminho é comer das palavras do Senhor, do fruto da videira mais excelente, pois Suas palavras são Espírito e vida (Jo 6:63). Ele é “a videira verdadeira” (15:1).

17 abril, 2012

Não temer o sofrimento.

Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora (Jo 12:27)
Mt 20:29-34; 26:39

No Evangelho de Mateus, no capítulo 17, quando Jesus estava na Galileia, também há um segundo registro de que Ele estava determinado a ir para Jerusalém: “Reunidos eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens; e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará” (vs. 22-23). O Senhor já os havia alertado sobre o que Lhe sucederia, no entanto eles ainda não compreendiam e se entristeceram com as afirmações que Ele lhes fez.
No capítulo 20, novamente o Senhor reafirma Seu propósito: “Estando Jesus para subir a Jerusalém, chamou à parte os doze e, em caminho, lhes disse: Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá” (vs. 17-19). O Senhor tinha clareza de que em Jerusalém Lhe esperavam sofrimentos, mas Ele estava determinado. Que grande exemplo de determinação!

Quando recebemos revelações do Senhor, temos de nos dispor a praticá-las, a despeito das dificuldades e sofrimentos que nos esperam. Satanás sempre tentará impedir que pratiquemos as revelações vindas de Deus, fazendo com que, ao olhar para as adversidades, desistamos de prosseguir. O Senhor Jesus é o nosso grande exemplo; devemos ter perseverança e ser determinados a praticar o que Ele nos revelar.

Há uma palavra chinesa, que se pronuncia “í”, que significa alguém determinado. Não importa o que aconteça, ele prossegue para o alvo, para o seu propósito. Como já vimos, o Senhor Jesus foi um exemplo de determinação. Mesmo sabendo que em Jerusalém Lhe esperavam sofrimento, cruz e morte, Ele foi determinado, não se importando com o que Lhe aconteceria.

O Senhor seguiu resoluto; era como se Ele dissesse aos Seus discípulos: “Não importam as situações que me sobrevirão, Eu tenho de ir. Mesmo que, para cumprir a vontade do Pai, Eu tenha de ser condenado, escarnecido, açoitado e morto, ainda assim irei”. Portanto, quando temos clareza da direção de Deus para nós a respeito de qualquer coisa, não podemos ser influenciados pelas circunstâncias nem mesmo sofrer impedimentos de quem quer que seja. Devemos estar determinados a avançar para o alvo.

No caminho de Jerusalém, dois cegos, ao ouvir que Jesus passava, clamaram pedindo que Ele se compadecesse deles. Condoído, Jesus os atendeu e tocou-lhes os olhos. Imediatamente recuperaram a vista e O foram seguindo (Mt 20:29-34). Muitas vezes, nossa situação se assemelha à daqueles cegos: não enxergamos a direção que Deus está nos dando. Assim como aqueles cegos pediram ao Senhor que os curasse, precisamos pedir que Ele também cure os olhos do nosso coração e nos ilumine, revelando o caminho que devemos seguir.

No Getsêmani, um pouco antes de ser preso, o Senhor Jesus orou ao Pai, dizendo: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26:39). Ao dizer “se possível”, o Senhor demonstrou desejar que houvesse outro meio de cumprir a vontade do Pai, porque sabia que a crucificação Lhe traria muito sofrimento; mesmo assim, Ele se submeteu ao Seu desígnio. Que em nosso viver diário venhamos a nos submeter à vontade de Deus, ainda que isso nos custe dor e sofrimento. Olhemos para o Senhor, Ele é o nosso modelo!

16 abril, 2012

REFLETINDO.

Ansiedade
"NÃO ANDEIS ANSIOSOS DE COISA ALGUMA"(FILIPENSES 4:6,7).

Todos nós supomos que há muitas desculpas para ficarmos ansiosos, mas Deus
não admite nenhuma razão para a nossa ansiedade. Para Deus toda ansiedade é
sem motivo e por isso nos instrui: "Não andeis ansiosos de coisa alguma" (Fp
4:6). Nenhuma ansiedade é legítima e permitida por Deus.
"Em tudo porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela
oração e pela súplica, com ações de graça" (Fp 4:6). Seria bom colocarmos
nas mãos de Deus todo o que enfrentamos. ORAR É UM PRIVILÉGIO DE TODO
CRISTÃO. Podemos orar não só por grandes e pequenas coisas, mas podemos orar
por tudo.

Temos Aquele a quem podemos tornar conhecidas as nossas petições, Aquele em
que podemos confiar e que carregará o nosso fardo. Não precisamos nos
preocupar, porque podemos confiar tudo a Deus pela oração. A ORAÇÃO É A
NOSSA SAÍDA, DEUS É A NOSSA SAÍDA.
De acordo com Filipenses 4:6 além da oração e súplica, também temos as ações
de graça. Precisamos nos lembrar: tudo o que nos sobrevêm e é colocado em
nossas mãos são provenientes das mãos que foram transpassadas e, é ordenado
pelo Senhor que morreu por nós. Por isso, podemos de antemão agradecer a
Deus: "Ó Deus, Tu não podes errar".
Orar é ganhar algo de Deus, ao passo que dar graças é apresentar-lhe nossa
oferta de ações de graça.

1 Pedro 5:7 diz-nos: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele
tem cuidado de vós". Isaías 53:4: "Certamente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si".
Perceba que, exatamente agora, Deus quer que você lance sobre Ele tudo o que
te preocupa. Hoje, você não precisa preocupar-se mais! (Mateus 6:25-34;
Mateus 10:29-31).

"E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e as vossas mentes em Cristo Jesus" (Filipenses 4:7).
Deus ordena que em tudo, pela oração, súplica e ações de graça, tornemos
conhecidas as nossas petições a Ele. Ele também promete que permitirá que a
Sua própria paz haja como soldados a nos guardar, excluindo assim, todos os
distúrbios, intolerâncias e inquietações exteriores. Realmente, a paz de
Deus é a paz que transcende o nosso entendimento, você jamais imaginou tal
coisa. Se confiarmos Nele em tudo, a paz que homem algum pode imaginar irá
guardar nosso coração, capacitando-nos assim a atravessar com segurança toda
tempestade no mar que é este mundo. "Guardará os vossos corações e as vossas
mentes", não quer dizer guardar o ambiente ao seu redor, nem eliminar as
perturbações à sua volta, antes, quer dizer trazer paz ao seu coração.

(Fonte: Doze Cestos Cheios, Editora Árvore da Vida, volume 1)

A determinação do Senhor em ir para Jerusalém

E aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém (Lc 9:51).
Mt 16:21-23; Jo 12:24: Rm 7:13

Quando o Senhor Jesus expressou pela primeira vez o desejo de ir para Jerusalém, Pedro tentou impedi-Lo (Mt 16:21). A atitude de Pedro se devia ao fato de ele amar o Senhor como Seu mestre. Ele não queria que o Senhor sofresse nas mãos dos principais sacerdotes e escribas, fosse condenado e morto; por isso, chamando-O à parte, começou a reprová-Lo dizendo: “Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá” (v. 22).
Pedro tinha um bom coração, e, embora sua intenção fosse preservar a vida do Senhor, suas palavras eram provenientes do lado bom de sua vida da alma. Como sabemos, Satanás também se aproveita dessas “boas intenções” para tentar impedir Deus de cumprir Sua vontade. O Senhor, porém, discerniu a origem das palavras de Pedro e, voltando-se, disse-lhe: “Arreda, Satanás!” (v. 23).

Satanás, o inimigo de Deus, intentou fazer com que Jesus não fosse a Jerusalém porque sabia que aquela era a vontade de Deus. Ele sabia que, se Jesus morresse, produziria muitos filhos (Jo 12:24).

A exemplo do que ocorreu com Pedro, precisamos aprender a seguinte lição: quando vivemos pela vida da alma, damos chance para sermos usados por Satanás e, com isso, impedimos o cumprimento da vontade de Deus em nossa vida. Devemos atentar para o perigo que se esconde em nossas boas intenções, opiniões, costumes etc. (Rm 7:13).

Com a ida do Senhor Jesus para Jerusalém e Sua posterior morte, o problema dos pecados do homem, bem como seu velho homem, seriam solucionados na cruz. Além disso, a morte do Senhor traria vida ao homem (Ef 2:1). Todavia, se o Senhor não fosse até a cruz, o nosso velho homem ainda estaria totalmente vivo; se não derramasse Seu sangue na cruz por nós, os pecados ainda estariam em nós. Se Ele não fosse crucificado e traspassado, não liberaria a água que saiu de Seu lado, que representa a vida divina dispensada para nos gerar.

Por saber dos benefícios que a ida do Senhor Jesus a Jerusalém traria ao homem, Satanás, com sua astúcia, tentou impedi-Lo por meio do lado bom da alma de Pedro. O Senhor não repreendeu Pedro, como se pedisse licença para fazê-lo: “Pedro, retira-te daqui”. O Senhor sabia que as palavras de Pedro eram obra de Satanás, usando a boa parte do ser natural de Pedro, para tentar impedi-Lo de ir até a cruz.

O lado mau de nosso ser natural é facilmente percebido e rejeitado. No entanto o lado bom é quase imperceptível, e, por essa razão, Satanás, constantemente, faz uso dele. Por vezes, nossa atitude se assemelha muito à de Pedro quando expressou compaixão dizendo: “Ó Senhor, tem misericórdia de Ti mesmo. Você não vai ser crucificado porque não merece! Você é meu mestre, eu não vou permitir que isso aconteça”.

O Senhor Jesus, porém, estava determinado a ir para Jerusalém porque sabia que aquela era a vontade de Deus. Mesmo sabendo que Sua ida Lhe custaria muito sofrimento por parte dos anciãos, principais sacerdotes e escribas, Ele não recuou. Além disso, Ele sabia que seria crucificado e morto; mesmo assim, não desistiu, mas prosseguiu resoluto em cumprir a vontade do Pai. Louvado seja o Senhor por Sua determinação, pois ela resultou no perdão de nossos pecados, o fim do velho homem e o recebimento da vida de Deus por todos os que Nele creem. Que sejamos resolutos como o Senhor em cumprir a vontade de Deus.

15 abril, 2012

REFLETINDO

Nunca se defenda

Todos nós nascemos com o desejo de defender-nos. E, caso insista em defender a si mesmo, Deus permitirá que você o faça. Porém, se você entregar sua defesa a Deus, então, Ele o defenderá. Ele disse a Moisés certa vez: "Serei inimigo dos teus inimigos e adversários dos teus adversários" (Êx 23.22).

Muito tempo atrás, o Senhor e eu chegamos juntos ao capítulo 23 do livro de Êxodo, e Ele me mostrou essa passagem. Já faz trinta anos que ela tem sido uma fonte de bênçãos indizíveis para mim. Não tenho de lutar. O Senhor é Quem luta por mim. E Ele certamente fará o mesmo por você. Ele será o Inimigo dos seus inimigos e Adversário de seus adversários, e você nunca mais precisará defender a si mesmo.

O que defendemos? Bem, defendemos nosso serviço e, particularmente, defendemos nossa reputação. Sua reputação é o que os outros pensam que você é, e se surgir alguma história sobre você, a grande tentação é tentarmos correr para acabar com ela. Mas, como você bem sabe, tentar chegar até a fonte de uma história assim é uma tarefa inútil. Absolutamente inútil! É como tentar achar o passarinho, depois de ter encontrado uma pena no gramado. Não poderá fazer isso. Porém, se se voltar completamente ao Senhor, Ele o defenderá completamente e providenciará para que ninguém lhe cause dano. "Toda arma contra forjada contra ti, não prosperará", diz o Senhor, "toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás" (Is 54.17).

Henry Suso foi um grande crente em dias passados. Um dia, ele estava buscando o que alguns crentes têm-me dito que também estão buscando: conhecer melhor a Deus. Vamos colocar isso nestes termos: você está procurando ter um despertamento religioso no íntimo de seu espírito que o leve para as coisas profundas de Deus. Bem, quando Henry Suso estava buscando a Deus, pessoas começaram a contar histórias más sobre ele, e isso o entristeceu tanto que ele chorou lágrimas amargas e sentiu grande mágoa no coração.

Então, um dia, ele estava olhando pela janela e viu um cão brincando no terraço. O animal tinha um trapo que jogava por cima de si, e tornava a alcançá-lo apanhando-o com os dentes, e corria e jogava, e corria e jogava muitas vezes. Então, Deus disse a Henry Suso: "Aquele trapo é sua reputação, e estou deixando que os cães do pecado rasguem sua reputação em pedaços e a lancem por terra para seu próprio bem. Um dia desses, as coisas mudarão".

E as coisas mudaram. Não demorou muito tempo até que os indivíduos que estavam atacando a reputação de Suso ficassem confundidos, e ele foi elevado a um lugar que o transformou num poder em seus dias e numa grande bênção até hoje para aqueles que cantam seus hinos e lêem suas obras.


Fonte: Artigo extraído do livreto "Cinco Votos Para Obter Poder Espiritual", de A. W. Tozer, Editora dos Clássicos.

Desenvolver a salvação com temor e tremor

E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras (Ap 22:12)
Mt 16:22-23; Jo 12:27; Fp 2:12

A igreja é o ambiente onde a vida de Deus, em nós semeada, pode crescer e amadurecer. Como temos visto, a igreja não é um lugar para debatermos diferentes opiniões, mas para abrirmos mão do ego e seguirmos o Senhor. Isso significa que, mesmo aquilo que nos parece bom, pode se tornar um empecilho ao mover de Deus, nos impedindo de cumprir Sua vontade.
Vimos na semana anterior o exemplo de uma opinião aparentemente boa, mas com a capacidade de frustrar o plano de Deus, na ocasião em que Pedro começou a reprovar o Senhor Jesus, quando Ele falou acerca da necessidade de ir a Jerusalém para ser crucificado. Naquele caso, a opinião de Pedro, influenciada por sua vida da alma, possibilitou que Satanás encontrasse uma brecha para tentar o Senhor com o sentimento de autocompaixão a não fazer aquilo que o Pai determinara para Ele (Mt 16:22-23; Jo 12:27).

Diante disso, em nós deve haver o temor de Deus quando emitimos qualquer opinião na igreja, mesmo sendo boa. Quando estamos no espírito, nossa opinião pode ser útil a Deus, pois Ele é sua origem (cf. 1 Co 7:40). Porém, quando vivemos na alma, nossa opinião pode ser usada por Satanás para tentar criar uma barreira ao mover de Deus, à propagação do evangelho do reino.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós, para desenvolvermos nossa salvação com temor e tremor (Fp 2:12). Não devemos jamais agir contra o mover do Espírito de Deus, tampouco influenciar outros irmãos com esse procedimento. Se impedirmos os outros de pregar o evangelho do reino, responderemos por isso diretamente ao Senhor. Esse é um grave pecado. Tenhamos em mente que prestaremos contas ao Senhor de todas as nossas obras, por ocasião do julgamento no tribunal de Cristo.

Sejamos aqueles que, no reino milenar, obtêm o galardão, não a disciplina (Ap 22:12). Para isso, hoje devemos perseverar em seguir o Senhor conforme Ele nos revelou em Sua Palavra (Mt 24:13).

14 abril, 2012

REFLETINDO

Na presença do Senhor

Deus não se move na terra se a igreja não orar. Orar é mover o braço de Deus. 0 Pai deu toda a autoridade ao Filho e este, à igreja. De modo que o que a igreja ligar aqui na terra, terá sido ligado nos céus e o que a igreja desligar na terra terá sido desligado nos céus (Mateus 16:19).

Além do aspecto de a oração mover o braço de Deus, há também o aspecto de propiciar oportunidade para Deus e o homem desfrutarem da presença um do outro. Você sabia que Deus quer nossa presença com Ele em todo o tempo? Sabemos que precisamos da Sua, mas Ele também precisa da nossa. Por isso, a Bíblia fala de orarmos sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17). Por quê? Porque Ele deseja estar em comunhão conosco o tempo todo, e não só quando temos problemas. Esse é o significado da oração. 0 Salmista disse: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delicia perpetuamente" (Salmo 16: 11).

Multas vezes só oramos quando nossa vida é acometida por problemas: enfermidades, perdas e frustrações; nessas horas nos curvamos diante de Deus e oramos desesperadamente; quando Deus ouve nossa oração e resolve nossos problemas, ficamos felizes, paramos de orar e vamos viver nossa vida até esquecermos de permanecer em Sua presença.

No Antigo Testamento, o povo de Israel também fazia isso. Só um exemplo: quando José, filho de Jacó, foi ao Egito, Faraó confiou-lhe tudo em suas mãos para que ele pudesse governar sobre todo o Egito, e Faraó também deu Gósen, a melhor terra do Egito, para Israel habitar (Gênesis 47:6,11,27). Israel permane-ceu nessa terra, e lá foram fecundos, multiplicaram e esqueceram-se de Deus por um período de 430 anos (Êxodo 12:40,41), até que Deus permitiu que surgisse outro Faraó que não conhecera José. Esse rei usou de astúcia e os afligiu com cargas, fazendo o povo de Israel sofrer muito com trabalho escravo, praticamente (Êxodo 1:7-10). Daí, Israel se lembrou de Deus e começou a clamar por Ele, e Deus ouviu seu clamor (Êxodo 2:23;3:7) e preparou um homem chamado Moisés para tirar o povo do Egito. Por que Deus fez isso? Deus queria que o povo de Israel se lembrasse novamente e voltasse a depender Dele em tudo.

Moral da história: é muito fácil esquecermos de Deus quando estamos bem e, infelizmente, acabamos afastando-nos de Sua presença. Mas Deus nunca se esquece de nós. Pelo contrário, está sempre desejoso de nossa presença. É Ele mesmo que muitas vezes permite surgirem necessidades em nossa vida, para fazer-nos voltar à Sua presença em oração, clamando por Seu nome, e, assim, somos trazidos de volta a Ele. Que o Senhor nos leve a lembrar sempre de invocar Seu precioso nome em cada instante de nossa vida!

Fonte: Jornal Árvore da Vida

Seguir Aquele que nos amou

O amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Co 5:14-15)
Gn 3:23-24; Mt 11:12; 20:18-19; Rm 4:25; 6:6; 1 Co 6:11; 2 Co 5:17

O Senhor Jesus foi à cruz voluntariamente. Em Mateus 20:18-19, Ele descreveu o que aconteceria, referindo-se à sua crucificação: “Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá”.

Devemos nos lembrar de tudo o que o Senhor passou a fim de morrer em nosso lugar (Is 53:3-5). Por amor a nós, Ele Se entregou aos principais sacerdotes e aos escribas, que O condenaram à morte; além disso, ainda O entregaram aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado.

Graças ao Senhor por Sua morte na cruz. Semanalmente, a igreja se reúne para celebrar a mesa do Senhor em memória Dele. Assim, nos lembramos de como Sua obra redentora nos alcançou, mediante o amor e a misericórdia de Deus. Éramos pecadores, mas o Senhor nos iluminou e nos salvou pela fé, perdoando todos os nossos pecados. Por meio da morte do Senhor na cruz e do derramamento de Seu sangue, Ele não apenas nos resgatou da perdição e nos justificou (1 Co 6:11), como também eliminou a velha criação (Rm 6:6; 2 Co 5:17).

Louvamos e adoramos ao Senhor, pois em nosso lugar Ele cumpriu as justas exigências de Deus, restaurando-nos a glória, a justiça e a santidade divinas que haviam sido perdidas quando o homem e a mulher foram expulsos do jardim do Éden (Gn 3:23-24). Quando nos lembramos do Senhor dessa forma, somos constrangidos, por Seu amor, a segui-Lo e a consagrar-nos a Ele.

Além disso, Seu amor nos constrange a cumprir a incumbência que nos foi confiada por Ele: pregar o evangelho do reino em todo o mundo. A fim de cumprirmos essa incumbência, o Senhor nos revelou duas ferramentas importantes: uma delas é o bookafé e a outra são os colportores. Em ambas, o objetivo é tornar o evangelho do reino disponível e acessível, ao alcance de todos.

Essa maneira de pregar o evangelho requer um esforço para que deixemos de lado os velhos conceitos acerca dos locais de reuniões das igrejas, bem como da maneira tradicional de convidar as pessoas para estar em nosso meio a fim de ter a mesma revelação que tivemos. Para que o evangelho do reino se torne acessível, precisamos abrir mão daquilo que aprendemos no passado e que não mais serve para levar adiante o encargo do mover atual de Deus. Precisamos nos esforçar, negando a nós mesmos, pois os que se esforçam se apoderam do reino (Mt 11:12).

13 abril, 2012

O galardão dos que seguem o Senhor.

Todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe ou mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna (Mt 19:29)

Mt 6:33; 19:28; Rm 10:13; Ef 2:1; Fp 2:12

Louvado seja o Senhor! Ele nos deu vida, e nosso espírito foi salvo quando cremos Nele, invocando Seu nome (Rm 10:13; Ef 2:1). Após recebermos Sua vida, devemos prosseguir invocando o nome do Senhor para que ela alcance também a nossa alma. Não podemos nos considerar satisfeitos apenas com a salvação do espírito, pois a Palavra nos mostra a necessidade de desenvolvermos nossa salvação (Fp 2:12).
Para desenvolver a salvação, seguindo o Senhor, precisamos negar a nós mesmos. A vida da alma é o resultado do engano e da influência maligna da serpente sobre a mulher (2 Co 11:3). Por isso ela é uma barreira para nós mesmos, para o mover de Deus e para os irmãos avançarem em seu viver de igreja. Devemos estar dispostos a eliminá-la todas as vezes em que ela se manifestar. Isso é tomar a cruz.

Pode ser que no início de nossa consagração e serviço ao Senhor estivéssemos realmente dispostos a negar a nós mesmos e tomar a cruz, vivendo e andando no espírito. Porém, com o passar do tempo, a vida da alma possivelmente abafou o espírito, e, em razão disso, surgiram problemas com outros irmãos no serviço ao Senhor, na igreja. Por essa razão, precisamos sempre ser lembrados da necessidade de negar a nós mesmos para seguir o Senhor.

Além disso, conforme a determinação do Senhor, todos aqueles que O seguem receberão o galardão no mundo vindouro. Em Mateus 19:28 lemos que, na regeneração, o Filho do Homem premiará aqueles que O tiverem seguido. Esse tempo, chamado “regeneração”, se refere à época em que já teremos nossa alma permeada com a vida de Deus que está em nosso espírito. Essa é a nossa meta, nosso objetivo na prática da igreja.

O galardão mencionado no versículo 28 é assim descrito: “Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel”. Essa palavra foi dirigida aos judeus daquela época, por isso é uma tipologia do reino dos céus. No Novo Testamento, o reino dos céus se refere ao mundo que há de vir, cujo governo não será entregue pelo Senhor a anjos, mas a homens (Hb 2:5).

Se quisermos ser pessoas capacitadas a reinar com o Senhor, busquemos em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça (Mt 6:33). Essa é a condição para ganhar o galardão: dar prioridade ao reino dos céus, fazendo a vontade de Deus na terra: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe ou mulher, ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna” (19:29).

12 abril, 2012

A principal eficácia da cruz

Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:6)

Jo 14:26; 19: 25-26; 33-34; Rm 6:6

A eficácia da morte do Senhor na cruz não foi apenas nos perdoar os pecados, mas eliminar a vida da alma, também chamada de velho homem (Rm 6:6). Essa é a principal função da cruz: eliminar o nosso ego. Como temos visto, por um lado o ego é o nosso eu; por outro, são nossas próprias opiniões. Nenhum desses aspectos serve para fazer a vontade de Deus.
Após a morte do Senhor Jesus, o sangue foi derramado para propiciar o perdão dos pecados, e a água foi vertida, dispensando a vida de Deus para nos gerar. João percebeu esses dois aspectos da crucificação porque estava bem próximo da cruz (Jo 19:25-26). Ele também notou a ordem dos acontecimentos: no primeiro momento, o Senhor Jesus morreu; depois, o seu lado foi aberto, de onde fluiu sangue e água (vs. 33-34).

No passado tínhamos um conceito tradicional sobre isso: pensávamos que o Senhor Jesus derramara todo o Seu sangue antes de morrer. Porém, pela descrição atenta de João, que presenciou os fatos de perto, notamos que primeiro houve a morte do Senhor; depois, o derramamento de sangue e água. Na morte do Senhor, nosso velho homem foi crucificado, ou seja, a fonte dos nossos problemas, que é a vida da alma, foi crucificada para dar lugar ao novo homem (Rm 6:6). O problema dos pecados foi resolvido somente depois, pelo derramamento do sangue. O mesmo ocorreu com a geração da igreja, que veio do fluir da vida, ou seja, da água vertida do lado do Senhor.

Assim, vemos que, na crucificação e na morte do Senhor, a prioridade foi eliminar a vida da alma. Conforme o Evangelho de João, a primeira eficácia da crucificação é eliminar o nosso ego. Também é importante a solução dos problemas dos pecados, mas isso aconteceu depois. Pelos escritos de João, registrados muitos anos após os acontecimentos, o Espírito fez lembrar a intenção de Deus implícita na ordem desses fatos e nos revelou essa palavra (Jo 14:26). Logo, aos olhos de Deus, os problemas causados pela vida da alma são mais graves que os problemas oriundos dos pecados.

O apóstolo João foi útil à obra de Deus no final de sua vida, porque na juventude acompanhou o Senhor Jesus de perto, e, na maturidade, o Espírito lhe revelou muitas coisas acerca do plano de Deus. Durante os vinte anos do exílio de João, ele recebeu revelação por parte do Espírito Santo, sendo lembrado de todas as palavras que o Senhor Jesus havia dito. Depois de sua libertação, João foi enviado para a igreja em Éfeso, a quem prestou grande ajuda por ministrar aos irmãos Espírito e vida.

O Espírito Santo utilizou João de uma maneira nova, não só em seu serviço à igreja em Éfeso, mas também por meio de seu evangelho e epístolas. Devemos dar especial atenção às palavras registradas por João, pois, por meio delas, o Espírito também deseja nos falar.

11 abril, 2012

Servir à igreja em unanimidade.

Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4:3)

Rm 5:10; 6:6; 14:17; Gl 5:14; Ef 2:1-3; 4:17; Cl 2:14; 1 Pe 1:18-19

Quando decidimos seguir o Senhor, não podemos viver pela vida da alma nessa trajetória. A vida da alma é um empecilho ao propósito de Deus, porque, quando a preservamos, ficamos confusos quanto à Sua vontade revelada na Palavra. Quando, porém, vivemos e andamos no espírito, somos abençoados, e a igreja onde estamos também.

Aqueles que servem a igreja devem cuidar para sua vida da alma não se impor. Caso contrário, não somente alguns irmãos, mas toda a igreja poderá sofrer dano. Noutras palavras, nosso serviço a Deus não deve ser a expressão de nossa alma, mas sim o resultado de tomarmos a cruz.

Satanás, o príncipe deste mundo, espera que sejamos guiados pela vaidade dos nossos pensamentos (Ef 2:1-3; 4:17), para que, no serviço a Deus, percamos a unanimidade, tenhamos problemas, conflitos e discussões.

O Senhor Jesus já providenciou a solução para essas questões. Ele foi à cruz em nosso lugar, cancelando o registro de nossos pecados (Cl 2:14), crucificando a carne com suas paixões e concupiscências (Gl 5:14) e eliminando o velho homem (Rm 6:6). Pelo sangue precioso de Cristo, fomos resgatados do nosso fútil procedimento (1 Pe 1:18-19). Logo, ao servirmos a igreja, estamos aptos a abrir mão de nosso ego, inclusive da própria opinião, a fim de oferecer um serviço agradável a Deus, fruto da unanimidade entre os irmãos.

O Senhor conhece as nossas dificuldades, por isso exige que neguemos a nós mesmos para segui-Lo. Agora, nós é que precisamos perceber que as dificuldades em seguir o Senhor são causadas pela vida da alma. Já fomos purificados e resgatados pelo sangue precioso de Cristo. Também já nos reconciliamos com Deus e recebemos Sua vida (Rm 5:10). Assim, nos resta seguir o Senhor, negando a nós mesmos, para que a igreja seja ricamente abençoada, expressando um reino de justiça, alegria e paz (14:17).

10 abril, 2012

O significado de seguir o Senhor.

Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará (Jo 12:25-26)

Mt 16:24; Mc 9:7; Gl 2:19; 6:14; Ef 4:3; 2 Co 5:14-15


Graças ao Senhor, após sermos purificados pelo Seu sangue, ganhamos a presença de Deus e o direito de participar do viver da igreja. Agora, a vida divina em nós gerada pode crescer e amadurecer. O caminho para isso ocorrer é seguir o Senhor, o que implica negar a nós mesmos e tomar a cruz (Mt 16:24). Quando praticamos isso, temos a realidade da vida da igreja.

Como já vimos, a igreja não é um prédio físico nem uma organização para controlar a conduta das pessoas, mas um ambiente propício para que aqueles que desejam seguir o Senhor possam fazê-lo. Seguimos o Senhor porque reconhecemos que já morremos com Cristo, isto é, que fomos crucificados com Ele (2 Co 5:14-15; Gl 6:14).

O significado de seguir o Senhor é ouvir somente a Ele (Mc 9:7). O problema é que, do ponto de vista da vida da alma, temos diferentes opiniões, até mesmo a respeito da Palavra de Deus. Quando damos ouvidos a todo tipo de opinião e questionamento, não conseguimos seguir o Senhor. Por isso, se queremos segui-Lo, devemos fazer a nossa parte, dando ouvidos apenas ao Senhor. Principalmente quem serve a igreja deve ouvir apenas o Espírito e não ser dominado pela alma. Isso é a vida normal da igreja.

Se alguém deseja seguir o Senhor, precisa negar a si mesmo (Jo 12:25-26). Negar o ego possui dois aspectos: o primeiro é nossa própria pessoa; o segundo, nossas opiniões. Ao seguir o Senhor, muitas vezes abrimos mão de características próprias de nossa personalidade; outras vezes, deixamos de lado nossa opinião. É normal que isso ocorra, porque a disposição de nossa alma, ainda não transformada por Deus, bem como nossas opiniões, podem se tornar um estorvo à Sua vontade. Quando levamos em conta as dificuldades causadas pela nossa vida da alma, já temos motivos suficientes para odiá-la a fim de seguir o Senhor.

Tomar a cruz significa identificar-se com a crucificação do Senhor, reconhecendo que ela também foi nossa própria crucificação (Gl 2:19). Isso significa que, quando Ele foi crucificado, nossa vida da alma também o foi. Se admitirmos isso, nossa alma será colocada em seu devido lugar, ou seja, em submissão à vida divina que está em nosso espírito.

Na igreja, procuramos seguir o Senhor. Por isso o Espírito Santo está constantemente nos mostrando o perigo da vida da alma e a necessidade de rejeitá-la. Assim, quando notamos que ela se manifesta, temos a oportunidade de nos arrepender imediatamente. O arrependimento diz respeito não somente ao reconhecimento dos nossos erros, mas também da real condição de nossa alma diante de Deus. Aproveitemos, então, cada oportunidade de arrependimento, para negar a nós mesmos e tomar a cruz

09 abril, 2012

REFLETINDO

Chamado do Alto

Se Deus tem chamado você para que seja verdadeiramente com Jesus com todas as forças de seu espírito, Ele estimulará você para que leve uma vida de crucificação e de humildade e exigirá tal obediência que você não poderá imitar os demais cristãos, pois Ele não permitirá que você faça o mesmo que fazem os outros, em muitos aspectos.

Outros, que aparentemente são muito religiosos e fervorosos, podem ter a si mesmos em alta estima, podem buscar influência e ressaltar a realização de seus planos; você, porém não deve fazer nada disso, pois, se tentar fazê-lo, fracassará de tal modo e merecerá tal reprovação por parte do Senhor, que você se converterá em um penitente lastimável.

Outros poderão fazer alarde de seu trabalho, de seus êxitos, de seus escritos, mas o Espírito Santo não permitirá a você nenhuma dessas coisas. Se você começar a proceder dessa forma, Ele consumirá em uma mortificação tão profunda que você depreciará a si mesmo tanto quanto a todas as suas boas obras.

A outros será permitido conseguir grandes somas de dinheiros e dar-se a luxos supérfluos, porém Deus só proporcionará a você o sustento diário, porque quer que você tenha algo que é muito mais valioso que o ouro: uma absoluta dependência Dele e de Seu invisível tesouro.

O Senhor permitirá que os demais recebam honras e se destaquem, enquanto mantém você oculto na sombra, porque Ele quer produzir um fruto seleto e fragrante para Sua glória vindoura, e isso só pode ser produzido na sombra.

Deus pode permitir que os demais sejam grandes, mas você deve continuar sendo pequeno; Deus permitirá que outros trabalhem para Ele e ganhem fama, porém fará com que você trabalhe e se desgaste sem que saiba ao menos quanto está fazendo. Depois, para que seu trabalho seja ainda mais valioso, permitirá que outros recebam o crédito pelo que você faz, com o fim de lhe ensinar a mensagem da cruz: a humildade e algo do que significa participar de Sua natureza. O Espírito Santo manterá sobre você uma estrita vigilância e, com zeloso amor, lhe reprovará por suas palavras, ou por seus sentimentos indiferentes, ou por malgastar seu tempo, coisas essas que parecem não preocupar aos demais cristãos.

Por isso, habitue-se à idéia de que Deus é um soberano absoluto que tem o direito de fazer o que Lhe apraz com os que Lhe pertencem e que não pode explicar-lhe a infinidade de coisas que poderiam confundir sua mente pelo modo como Ele procede com você. Deus lhe tomará a palavra; e se você se vende para ser Seu escravo sem reservas, Ele o envolverá em um amor zeloso que permitirá que outros façam muitas coisas que a você não são permitidas. Saiba-o de uma vez por todas: você tem de se entender diretamente com o Espírito Santo acerca dessas coisas, e Ele terá o privilégio de atar sua língua, ou de colocar algemas em suas mãos ou de fechar seus olhos para aquilo que é permitido aos demais. Entretanto, você conhecerá o segredo do reino. Quando estiver possuído pelo Deus vivo de tal maneira que se sinta feliz e contente no íntimo de seu coração com essa peculiar, pessoal, privada e zelosa tutoria e com esse governo do Espírito Santo sobre sua vida, então haverá encontrado a entrada dos céus, o chamado do alto, de Deus.

Autor desconhecido.

08 abril, 2012

Identificar o que nos impede de fazer a vontade de Deus

Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua (Lc 22:41-42).
Mt 16:6, 12; 19:28-29; 25:31; Mc 8:15; Jo 19:34; 1 Co 5:7; 1 Pe 1:7

O viver da igreja é a prática de seguir o Senhor. Se esse é nosso viver hoje, no mundo vindouro receberemos o prêmio, o galardão. Esse galardão resultará em louvor, glória e honra (1 Pe 1:7), e também incluirá assentar-se com o Senhor em tronos para julgar as doze tribos de Israel e as nações (Mt 19:28; 25:31). Nesse aspecto, o galardão será governar com o Senhor no mundo que há de vir, no reino milenar. Para alcançarmos esse prêmio, precisamos pagar um preço: negar nossa vida da alma, rejeitando os velhos conceitos e ensinamentos segundo nossas tradições. Quando permanecemos influenciados por aquilo que está envelhecido e superado, estamos preservando o que a Bíblia chama de “velho fermento” (1 Co 5:7).
O Senhor Jesus advertiu Seus discípulos acerca do perigo do fermento dos fariseus, dos saduceus e dos herodianos (Mt 16:6, 12; Mc 8:15). Esses eram os obstáculos daquela época para quem quisesse seguir o Senhor. Hoje precisamos identificar qual “fermento” tem nos impedido de seguir o Senhor sem reservas e lançá-lo fora imediatamente.

Além disso, quando percebemos o alto preço que o Senhor pagou por nós, somos constrangidos a deixar tudo para segui-Lo. Nos evangelhos, o Senhor Jesus descreveu para os discípulos os sofrimentos que padeceria, incluindo a crucificação e a morte, para ressuscitar ao terceiro dia. Em três ocasiões o Evangelho de Mateus registra que o Senhor prenunciou esses acontecimentos (Mt 16:21; 17:23; 20:19). Conforme as Escrituras, a determinação de Deus era que o Senhor Jesus passasse por todo o processo de morte e ressurreição (Lc 24:26-27) para perdoar nossos pecados, nos justificar, nos regenerar com a vida divina e, assim, gerar a igreja.

Vimos anteriormente que Pedro, ao ouvir que o Senhor iria a Jerusalém para padecer sofrimentos e ser crucificado, começou a reprová-Lo. Naquele instante, Pedro estava sendo usado por Satanás para tentar o Senhor com o sentimento de autocomiseração. Todavia, se Ele não fosse crucificado nem morto em nosso lugar, não teríamos o perdão de Deus. Se o Senhor não fosse ferido, não verteriam sangue e água do Seu lado (Jo 19:34), e, assim, a vida divina não geraria a igreja nem produziria vencedores para reinar com Cristo no mundo que há de vir. Por todos esses motivos, o Senhor Jesus disse a Pedro: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço” (Mt 16:23). Jesus estava ciente da necessidade de negar a própria vontade para fazer a vontade de Deus Pai (Lc 22:42), por isso rejeitou a proposta feita por Pedro.

Se estivermos dispostos a pagar o preço necessário para seguir o Senhor, possivelmente Satanás tentará nos atrapalhar. Que nossa escolha, assim como a do Senhor Jesus, resulte em benefício para Deus, pois hoje Ele conta conosco como Seus cooperadores e deseja nos dar, ao final, o galardão. Portanto, sigamos o exemplo deixado pelo Senhor, rejeitando o “fermento” e as “pedras de tropeço” que tentam nos impedir de fazer a vontade de Deus. Amém!

Participar do mover do Senhor nos outros continentes

Completai, agora, a obra começada, para que, assim como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo as vossas posses. Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo o que ele não tem
(2 Co 8:11-12)


Rm 15:24, 28; 2 Co 8:1-5

Ontem vimos que as portas da América do Norte estão se abrindo para nós. O Senhor deu essa grande responsabilidade a nós que estamos aqui na América do Sul. Nosso encargo, ao entrar nesses países, é pregar o evangelho do reino. Portanto a obra que se iniciará em Miami será ajudar os filhos de Deus, que já receberam o evangelho da graça, a praticar a palavra do reino.
Nos países árabes, predomina a religião muçulmana. Contudo, em países como os Estados Unidos, o evangelho da graça está presente. Eles já ganharam a salvação, mas precisam avançar: devem saber que o evangelho da graça é para o evangelho do reino. Eles podem estar satisfeitos com o que alcançaram, mas Deus não está. Deus criou o homem para sujeitar a ele o governo do mundo que há de vir, por isso é urgente crescer na vida divina por meio de negar a vida da alma e viver no espírito.

Muitos brasileiros que estão nos Estados Unidos vivem isolados e lutam diariamente para atender a necessidade de subsistência; mas, graças a Deus, eles desejam receber nossa ajuda. Por isso estamos enviando colportores para lá e encorajando-os a encontrar um lugar para o bookafé. Antigamente, nossa ênfase era o local de reuniões, mas hoje buscamos atender a necessidade de todos os filhos de Deus, e o bookafé é o lugar onde todos podem ter comunhão. Esperamos que os irmãos de lá, por meio dessas experiências, cresçam em vida, sejam aperfeiçoados e façam a obra do ministério (Ef 4:12).

Como temos uma grande responsabilidade, estamos colocando o que está ao nosso alcance para atingir essa meta. Muitos irmãos em muitos lugares estão reagindo a esse desafio. Com essa comunhão sobre a necessidade da obra na América do Norte, esperamos que muitos irmãos participem ofertando e dando suporte para a obra ali. A oferta financeira é uma graça (2 Co 8:1-3). Por isso, se os encorajamos a participar, é para que recebam mais graça.

Além desse início de obra na América do Norte, temos de prosseguir na obra do Senhor também nos outros continentes. Louvado seja o Senhor, a obra na África está indo muito bem, e as ofertas têm sido suficientes para a manutenção dos irmãos. Na Europa, que está em crise financeira, precisamos ajudar alguns irmãos que lá estão laborando no evangelho. Esperamos que muitos, diante desse quadro, renovem seus votos.

Contudo, se não negarmos nossa vida da alma, não teremos como levar adiante tudo isso, pois só pensaremos na necessidade de nossa alma. Esperamos que muitos possam reagir positivamente e orar pela obra do Senhor nesses continentes. Além disso, se não pudermos ir fisicamente, nossas ofertas poderão chegar até lá. Vamos todos participar desse mover de Deus na terra!

Que é a igreja?

 

À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (1 Co 1:2)
Mt 7:21; Rm 16:5; 1 Co 12:12-13; 16:19; Hb 3:6
Na série anterior do Alimento Diário, vimos que precisamos nos arrepender porque o reino dos céus está próximo. Nesta, abordaremos a revelação da realidade da vida da igreja. Para vivermos nessa realidade, precisamos negar a nós mesmos para crescer em vida, e ser aperfeiçoados na obra do Senhor a fim de estar preparados para governar com Ele no mundo que há de vir.
O Senhor incumbiu a igreja de pregar o evangelho do reino por todo o mundo (Mt 24:14). Isso significa que Seu desejo é que os homens não apenas sejam salvos e conheçam as verdades bíblicas, mas, principalmente, que as pratiquem (7:21, 24).
Na igreja temos oportunidade de praticar a Palavra de Deus, mas o que é a igreja? Sabemos que é o ajuntamento de todos que foram chamados por Deus, isto é, foram regenerados com a vida de Deus após terem crido no evangelho da graça. É também onde crescemos na vida divina.
Todavia, para muitos, a igreja é apenas um templo, um lugar de reuniões para ouvir mensagens. Geralmente as religiões têm um templo, comumente denominado igreja, onde concentram seus fiéis. Entretanto a Palavra de Deus não se refere à igreja como um lugar físico para reuniões, e sim às pessoas, aos santificados em Cristo (1 Co 1:2). Quando estes estão juntos, a igreja está ali; quando não estão, a igreja simplesmente não está.
Em certos lugares, alguns irmãos presumem que somente aqueles que partem o pão com eles são considerados a igreja. Contudo a Bíblia não diz isso, pois todos os que creem são membros do Corpo de Cristo, pois foram batizados para dentro de um mesmo corpo (12:12-13).
Segundo a Palavra de Deus, a revelação da realidade da vida da igreja diz respeito ao seu viver. Assim, a vida da igreja não se resume a algumas reuniões num templo, onde são proferidas mensagens e os irmãos vêm somente para ouvi-las, mas diz respeito ao viver dos filhos de Deus, à prática de Sua Palavra no dia a dia. Talvez, por isso, várias vezes é mencionado que a igreja se reunia nas casas dos irmãos (At 16:40; Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15).
No Novo Testamento, a igreja foi mencionada pela primeira vez em Mateus 16, num contexto onde fariseus e saduceus tentaram a Jesus, pedindo-Lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu (v. 1). O Senhor poderia dar-lhes um sinal, mas Ele não quis fazê-lo, e respondeu: “Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. E deixando-os, retirou-se” (v. 4).
Que sinal era esse a que Jesus se referia? Havia uma cidade muito pecaminosa na Assíria chamada Nínive, que Deus decidiu destruir (Jn 1:2), mas antes enviou o profeta Jonas para adverti-los acerca da destruição, dando-lhes oportunidade para arrependimento. Jonas, todavia, resolveu fugir de Deus embarcando num navio para Társis (v. 3). Ao fugir, foi jogado ao mar e engolido por um grande peixe, onde ficou por três dias e três noites (v. 17). Esse fato se refere à morte do Senhor Jesus, que, após ter sido crucificado, ressuscitou ao terceiro dia (1 Co 15:4). Esse é o sinal a que Jesus se referiu quando foi questionado pelos fariseus e saduceus.
Louvamos ao Senhor Jesus que, por Sua morte e ressurreição, a igreja foi gerada! Aleluia!