24 maio, 2012

A revelação da unidade da igreja.

Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos (Ef 4:4-6)
1 Co 12:12-13; Ap 1:11; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 7, 14


Watchman Nee foi salvo bem jovem e em seu coração ardia o desejo que seus colegas de escola fossem salvos. Ele não tinha um método específico para pregar o evangelho, mas orava por todos eles e os convidava para juntos lerem a Bíblia. Então, pouco a pouco, o número de pessoas que liam a Bíblia com ele passou a aumentar. Como resultado, pelo seu testemunho, numa turma de cerca de cem pessoas, apenas dois ou três não se haviam convertido.

As reuniões eram feitas no jardim do colégio, o que atraiu a atenção dos missionários estrangeiros, que lhes sugeriram transferir as reuniões do colégio para onde eles faziam as suas. Contudo esses missionários pertenciam a grupos diferentes; uns eram metodistas, outros luteranos, outras batistas e outros ainda pentecostais. Dessa forma, o grupo dos irmãos que se reuniam com W. Nee no colégio se dividiu entre os vários grupos missionários existentes, e, por fim, a doce comunhão entre eles acabou.

Watchman Nee pensou: “Por que isso está acontecendo? Nós fomos salvos, fomos batizados no Espírito para dentro de um só Corpo (1 Co 12:13). Agora, as pessoas que eu trouxe para o Senhor se dividiram, o amor que nós pregávamos por meio da Palavra não se vê mais e os irmãos se tratam como inimigos”.

Foi quando ele começou a perceber a importância do trabalho da unidade (Ef 4:4-6) e viu que na Bíblia não há denominações, mas somente há a igreja em cada cidade, como a igreja que estava em Corinto (1 Co 1:2), a igreja em Éfeso, a igreja em Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia (Ap 1:11; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 7, 14), todas cidades da Ásia.

Portanto ele começou a pregar isso, esperando que as pessoas deixassem de defender as bandeiras doutrinárias, que os dividiam, e juntas buscassem o Senhor, mas a resposta não foi grande na época.

Graças ao Senhor, esses ensinamentos saudáveis sobre a unidade entre os filhos de Deus chegaram até nós, e hoje podemos desfrutar da realidade da vida da igreja, vivendo em unidade e amor uns com os outros, não enfatizando doutrinas ou ensinamentos que nos dividem, mas a fé comum que nos une (Tt 1:4)!

23 maio, 2012

Refletindo...


Ficar Firme

Revesti-vos de toda a armadura de Deus, Para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo. Ef. 6:11

A expressão "ficar firme" significa, neste contexto, "defender seu território". Não é, na linguagem moderna, uma ordem para marchar, para invadir um território estrangeiro com o objetivo de ocupá-lo e conquistá-lo. Deus não nos disse para fazê-lo. "Ficar firme" implica que o território disputado pelo o inimigo é, de fato, de Deus e, consequentemente, nosso. Foi o Senhor Jesus quem tomou a ofensiva contra o reino de Satanás para conquistar, pela morte e ressurreição, uma poderosa vitória.

Hoje, lutamos apenas para manter e consolidar a vitória que Ele já conquistou.
Talvez esta seja a razão por que a armadura descrita aqui é extremamente defensiva. O território é Dele. Não lutamos para conquistar um lugar nele. Precisamos apenas defendê-lo de todos os inimigos. 


(Livro: Uma Mesa no Deserto) 

A experiência de conversão na família de Watchman Nee.


Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus (Mt 5:16)

At 2:38-40

Damos graças ao Senhor por termos recebido muitas verdades com respeito à unidade da igreja e a base para se praticar essa unidade por meio do irmão Watchman Nee. De sua história também podemos aprender algumas lições.
Cerca de duzentos anos atrás, iniciou-se a entrada do cristianismo na China, por parte de missionários enviados da Europa e da América do Norte. Naquela época, praticamente todo o país estava debaixo do ensinamento de Confúcio. Embora o confucionismo em si não seja uma religião, mas uma filosofia, todo o povo chinês estava debaixo dessa influência filosófica. A religião predominante entre os chineses era o budismo.
Os missionários cristãos enviados para a China certamente tinham um forte desejo de apresentar Jesus para o povo chinês. Muitos deles, porém, acabaram não pregando somente a pessoa de Jesus, mas o ideal de sua missão, de modo que se espalharam no meio do povo chinês muitos e muitos ensinamentos cristãos diferentes. Também aconteceu que muitos chineses se agregaram às missões estrangeiras para obter delas algum benefício financeiro.
O pai do irmão Watchman Nee era rico, e sua mãe fazia parte de um grupo cristão, mas não havia tido ainda uma experiência genuína de conversão ao Senhor Jesus. Nas horas ociosas, sua família tinha por hábito jogar em casa majon, um jogo disputado entre quatro pessoas numa mesa, no qual se ganhava ou se perdia dinheiro. Usavam como desculpa que jogavam para fazer amigos, mas ignoravam que jogar para ganhar dinheiro dos outros era cobiçar o que era do outro.
Visto que seu pai era próspero e sua mãe fazia parte de um grupo cristão, o irmão W. Nee viu várias vezes em sua casa missionários e pastores estrangeiros, que os visitavam com o intuito de arrecadar alguma oferta para a missão. Às vezes o pastor chegava durante o jogo, entrava em sua casa e, de maneira muito humilde, sentava-se ao lado da mesa para acompanhar o jogo. Quando a mãe do irmão Nee ganhava dinheiro na mesa, entregava ao pastor como oferta para a igreja. Vendo a maneira como sua mãe se comportava, W. Nee se tornou bastante avesso ao cristianismo.
Um dia, porém, sua mãe mudou. Ocorreu que um belo e precioso vaso foi encontrado quebrado na casa dela, e, ao encontrá-lo, W. Nee foi culpado e severamente repreendido por sua mãe. Embora tentasse explicar que não fora ele, de nada adiantou, por isso ele se ofendeu e, abatido pela atitude injusta da mãe, tornou-se ainda mais avesso ao cristianismo. Entretanto, após alguns dias, sua mãe voltou do culto e, ao encontrá-lo, ela se aproximou e lhe pediu perdão por tê-lo culpado e repreendido severamente. Surpreso, o jovem W. Nee quis saber o que teria causado tamanha mudança nela.
Ele então descobriu que uma missionária havia pregado o evangelho puro para sua mãe, ela se convertera e, como resultado, pediu-lhe perdão. A pregadora chinesa era Dora Yu, enviada por uma missão coreana, e o evangelho que ela pregava era verdadeiramente o evangelho de perdão de pecados (At 2:38-40). Por isso a mãe de Watchman Nee, numa atitude rara na China, foi constrangida a pedir-lhe perdão.
Graças ao Senhor, o evangelho chegou até a família do irmão Nee, de modo que também ele se converteu e, posteriormente, foi muito usado por Deus para apresentar as verdades que o Senhor lhe revelou. Jesus é o Senhor!

22 maio, 2012

Refletindo...

O Poder da Harmonia na Oração.
“Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 18.18).

As palavras de Jesus concedem grande poder à igreja. De acordo com esse texto, a ação na Terra precede a ação no Céu.

Não que o Céu liga primeiro, mas sim a Terra; não que o Céu desliga primeiro, mas que a Terra desliga primeiro. A ação do Céu é governada pela ação da Terra. Tudo o que contradiz a Deus precisa ser atado, e tudo o que concorda com Deus precisa ser desatado. Seja o que for que deva ser atado ou desatado, o atar ou desatar começa na Terra. A ação na Terra precede a ação do Céu, pois a Terra governa o Céu.

Como pode ser isso? Primeiro, são afirmações muito fortes que parecem colocar a Terra acima do Céu. A igreja hoje (assim como o foi em outras épocas da sua história ) está cheia de pessoas que gostariam muito de exercer esse poder, de mover Deus, de mudar as circunstâncias, de ter domínio sobre as coisas. Sabemos que, na grande maioria dos casos, o resultado não é o esperado, e o homem e a igreja na Terra continuam não governando coisa alguma.

O contexto da passagem acima é muito claro: Jesus estava falando à Igreja (veja Mt 18.17). Ele estava entregando as chaves do Reino para a Igreja. Assim como Jesus possuía essas chaves e ligava e desligava as coisas na Terra durante seu ministério aqui, ele estava comissionando seus discípulos e seguidores, sua Igreja, a fazer o mesmo (confere Lc 22.29; Jo 14.12 etc.).

Em outras palavras, Deus se autolimitou para agir por meio da Igreja. Não temos base bíblica para fazer declarações extremas, como, por exemplo, que Deus não pode fazer nada a não ser pela Igreja, mas podemos afirmar que esse é o seu princípio de ação. Desde a criação, seu grande plano é agir em cooperação com um instrumento frágil e impotente, que é o homem, para frustrar e vencer seu arquiinimigo, Satanás.


A Vontade de Deus

Deus recusa-se a simplesmente usar sua vontade superior para vencer Satanás, ou mesmo o homem. Ele está trabalhando de acordo com um plano meticuloso para trazer a vontade do homem à harmonia com a sua. A harmonia da vontade do homem com a vontade de Deus será de fato o maior trunfo e a maior glória para Deus.

Dessa forma, podemos concluir que o ministério ou vocação da Igreja não é meramente pregar o Evangelho, mas trazer à Terra a vontade que está nos céus. E como a Igreja faz isso? Através do ministério da oração, que não é uma atividade meramente devocional ou opcional, mas uma obra relacionada com a função central da Igreja.

Como se define, então, o ministério da oração? É Deus dizendo à Igreja o que ele deseja fazer, de modo que a Igreja na Terra possa orar, expressando a vontade dele. Tal oração não é pedir que Deus faça o que nós queremos, mas pedir-lhe que faça o que ele deseja fazer. A Igreja precisa declarar na Terra que ela deseja a vontade de Deus. Se ela falhar nisso, será de muito pouco valor para Deus. O mais alto propósito da Igreja é permitir que a vontade de Deus seja feita na Terra.

Harmonia
Agora, para que isso seja feito, há uma condição no versículo seguinte. “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus” (Mt 18.19).

A condição é harmonia. Se dois dentre vós... Jesus está falando sobre a Igreja. Não é oração individual. Dois é o número mínimo para que seja representada a Igreja. E eles precisam concordar, ou seja, precisam estar em harmonia, em plena unidade, como uma sinfonia executada por instrumentos musicais. Essa harmonia não é uma concordância momentânea a respeito de um determinado pedido. É a harmonia do Espírito Santo.

Nós não ligamos nem desligamos as coisas na Terra de forma que sejam ligadas ou desligadas no Céu, simplesmente porque duas ou mais pessoas decidiram que deveria ser assim. Devemos estar cônscios de que não há possibilidade de harmonia na carne. Para estar em harmonia, é preciso que as duas pessoas estejam sob o domínio do Espírito Santo. Isso quer dizer que sou levado por Deus a um ponto em que nego todos os meus desejos e quero somente o que o Senhor quer; uma outra pessoa, da mesma forma, é levada pelo Espírito Santo ao ponto de negar todos os seus desejos e querer somente a vontade do Senhor. Eu e ela, ela e eu, ambos somos levados a um ponto em que há harmonia tal como a que existe na música. Então, tudo o que pedirmos, Deus o fará no Céu por nós.

Tenha em mente que a oração não é a primeira coisa a ser feita. A oração é um passo que segue os outros passos da harmonia. O mais importante é descobrir quais são esses passos, como entrar em sintonia com Deus e com nossos irmãos, através de verdadeira comunhão vertical e horizontal, antes de tentarmos usar as chaves. É por isso que, num grupo de oração, é importante não só orar, mas também conversar e buscar sintonia uns com os outros na presença de Deus. Do contrário, estaremos orando juntos, mas com a mesma ineficácia como se estivéssemos orando sozinhos.

Se nossa vida natural é trabalhada pelo Senhor e somos levados a reconhecer a realidade do Corpo de Cristo, então estaremos em harmonia e nossas orações também estarão em harmonia. Uma vez que o que vemos é harmonioso, estamos qualificados para ser porta-vozes da vontade de Deus. Descobriremos a vontade de Deus, usaremos as chaves do reino para ligar e desligar, e o Céu atenderá a Terra.

O ministério principal da Igreja, então, é sua função de corpo, fundamentado na unidade. Quando pelo menos dois indivíduos estão em harmonia, eles não têm senão um só alvo, que é dizer a Deus: “Queremos que tua vontade seja feita na Terra, assim como é feita no Céu”. Quando a Igreja permanece em tal base e ora de acordo com ela, a vontade de Deus será feita. Se assim não for, é vã a nossa vida de Igreja. O grau da operação de Deus é determinado pelo grau de oração na Igreja. A manifestação do poder de Deus não excederá à oração da Igreja. É Deus quem primeiro deseja fazer certa coisa, mas a Igreja precisa preparar o caminho com oração de modo que ele possa ter uma estrada. Se a oração for sempre centralizada no eu, em problemas pessoais e em pequenos ganhos ou perdas, onde estará o meio pelo qual o eterno propósito de Deus se manifestará?

A Presença de Jesus

A dimensão do poder da Terra sobre o Céu é revelada no versículo 20: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. Por que há tanto poder na Terra? Por que o orar em harmonia tem efeito tão tremendo? O que confere a duas ou três pessoas, orando em harmonia, tanto poder? É porque a presença do próprio Jesus está ali. É este o verdadeiro motivo da unanimidade. Quando nos reunimos, não devemos vir como espectadores nem porque estamos buscando algo para nós mesmos. Somos chamados para nos reunirmos em nome do Senhor, por amor ao nome dele, para buscar glória para ele.

Nesse caso, haverá harmonia e o próprio Jesus estará dirigindo tudo. Por isso, tudo que for ligado na Terra será ligado no Céu, e tudo que for desligado na Terra será desligado no Céu. O Senhor estará operando juntamente com sua Igreja. Se o Senhor está presente, a Igreja pode ligar e desligar. Mas se o Senhor não está no meio dela, nada poderá fazer. Tampouco esse poder é dado a indivíduos; somente a Igreja recebeu tal autoridade. Deixemos de limitar a ação do Senhor na Terra – busquemos cumprir o nosso chamado principal como sua Igreja!

Extraído e adaptado do livro “O Ministério de Oração da Igreja”, de Watchman Nee (Editora Vida)

Refletindo...

Não sou o que quero ser

Certo dia, uma pessoa estava lendo no jornal algo a respeito de um homem que roubou um banco, e orou assim: "ó Senhor, agradeço-Te que, por Tua graça e misericórdia, nunca fiz tal coisa; nunca roubei ninguém". Mas, no seu íntimo, havia uma sensação de que não deveria dizer isso, pois o próprio elemento roubador estava nela. Na verdade, ela não cometeu o ato de roubar mas tinha a natureza roubadora. Sentiu que, por um lado, podia dizer: "Senhor, agradeço-Te que, pela Tua proteção, nunca me envolvi no ato de roubar" mas, por outro lado, devia dizer: "Senhor, tenho uma natureza pecaminosa, uma natureza roubadora. Embora não tenha transgredido exteriormente, ainda tenho a natureza pecaminosa interiormente".

Quantas vezes não nos gloriamos de não ser assim, de não fazer isso ou aquilo? Mas que temos de diferente das pessoas que praticam tais coisas? Interiormente, nada. Podemos perceber que essa natureza pecaminosa está também em nós. Isso é percebido principalmente quando alguém nos enerva ao extremo e nós, embora recatados, polidos e tão educados, explodimos como que quebrando uma casca de aparência. Somos, então, dominados por um sentimento do qual depois nos envergonhamos e por atos que, em sã consciência, jamais cometeríamos.

Ainda que, em tal extensão, isso possa não ocorrer, devemos saber quem somos e o que está em nós. A Palavra de Deus diz: "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum: pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo" (Romanos 7:18). Ninguém deseja ser fornicador, temperamental ou devasso. Ninguém deseja blasfemar, insultar ou amaldiçoar. Contudo o homem não consegue livrar-se desses males, pois nele há uma natureza pecaminosa que a Bíblia chama de pecado: "Mas, se faço o que não quero já não sou eu quem o faz, e, sim, o pecado que habita em mim " (Romanos 7:20).

Não importa quão bons sintamos ser. Devemos perceber que, dentro de nós, ainda há tal natureza pecaminosa, como uma doença que age secreta e interiormente; um dia os sintomas são vistos. "Médico" algum na terra pode livrar-nos dessa natureza, nem mesmo nós podemos livrar-nos dela. Que fazer, então?

A Bíblia diz: "Não há justo, nem sequer um" (Romanos 3:10) e "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:24). Entretanto também diz: "Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte" (Romanos 7:25; 8: 1-2).

Caro amigo, Jesus Cristo morreu por nossos pecados e, ao terceiro dia, ressuscitou e se tornou o Espírito que dá vida. Hoje Ele pode entrar em você e levá-lo a viver a mais elevada vida. Portanto, abra seu coração e ore: "ó Senhor Jesus! Eu sou um pecador. Tenho em mim uma natureza de pecado. Não quero mais viver por meio dela. Eu Te peço, entra em mim e vem ser meu tudo e minha vida. Eu Te recebo agora como meu Salvador."

"Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida por causa da justiça" (Romanos 8: 10).
Fonte: Jornal Árvore da Vida

Acautelar-se do fermento.

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2:8)

Mt 15:9; 16:6, 11; Ef 4:14-16


A vida da igreja, como está descrito em Mateus 16:24-26, é seguir o Senhor. Antes, porém, de levar Seus discípulos para Cesareia de Filipe e revelar-lhes a igreja e como deve ser o viver da igreja, o Senhor Jesus transmitiu-lhes uma importante advertência sobre a necessidade de se acautelar do fermento dos fariseus e saduceus (v. 6).

Ao falar-lhes sobre o fermento, os discípulos pensaram que Jesus estava falando a respeito do pão que não haviam trazido com eles. Ao que o Senhor respondeu: “Por que discorreis entre vós, homens de pequena fé, sobre o não terdes pão? Não compreendeis ainda, nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens e de quantos cestos tomastes? Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos tomastes? Como não compreendeis que não vos falei a respeito de pães? E sim: acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (vs. 8-11).

Atualmente, o Senhor também nos tem advertido a acautelar-nos do fermento, principalmente no que diz respeito ao ensinamento dos homens (15:9; cf. Ef 4:14). No passado, vários irmãos receberam revelações quanto ao conteúdo da Palavra de Deus, mas muitos deles, devido à ênfase dada a essas revelações e aos diferentes ensinamentos, especialmente a partir do século XVIII, formaram muitas divisões, que culminaram em muitas denominações.

Contudo, amados irmãos, temos de aprender a eliminar do nosso meio todo e qualquer tipo de fermento. Precisamos nos acautelar dos ensinamentos que nos dividem e desviam de fazer a vontade de Deus. Devemos buscar a verdade em amor, isto é, praticá-la, a fim de crescermos na vida divina, edificarmos o Corpo de Cristo e nos prepararmos para reinar com Ele (vs. 15-16). Que o Senhor nos livre do engano dos ensinamentos de homens e nos conserve sempre supridos com a pura Palavra de Deus!

21 maio, 2012

O viver prático da igreja.


Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão e casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos (At 2:46-47)
Gn 4:26; Jo 7:38-39; 14:16-17; At 2:21; Rm 10:12; 1 Co 12:3
Depois que o homem perdeu a presença de Deus ao ser expulso do jardim do Éden (Gn 3:23), logo percebeu que não podia suportar sozinho a condição em que estava, porque precisava de Deus. Foi quando se começou a invocar o nome do SENHOR (4:26), como reconhecimento de que o homem não consegue viver longe de Deus. É como se o homem tivesse orado: "SENHOR, eu preciso de Ti para o meu sustento. Ó Deus Jeová, sem Ti não tenho alegria, não tenho paz. Ó SENHOR, sem Ti não tenho proteção! Eu preciso de Ti". Louvado seja o Senhor, Ele ouviu seu clamor e oração e trouxe-lhes a salvação.
No Novo Testamento, logo no início da vida da igreja, vemos a prática de invocar o nome do Senhor. O livro de Atos nos mostra que a igreja em Jerusalém começou por meio da pregação de Pedro (2:14-36). Sua palavra fez os presentes lembrarem o que o profeta Joel havia dito sobre o que aconteceria nos últimos dias. A profecia incluía muitas coisas, mas, se eles quisessem ser salvos, precisariam invocar o nome do Senhor Jesus (v. 21). Graças ao Senhor, naquele dia três mil pessoas foram salvas e batizadas e, a partir de então, passaram a viver a vida da igreja em Jerusalém.
Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum, "diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos" (vs. 46-47). A prática de invocar o nome do Senhor era tão normal no viver deles que, a partir de um determinado momento, começaram a ser perseguidos por causa disso (7:58-59; 8:1-3). O apóstolo Paulo, que antes era o maior perseguidor dos que invocavam o nome do Senhor, tornou-se o apóstolo que mais promoveu essa prática no Novo Testamento (9:14, 21; 22:16; Rm 10:13; 1 Co 1:2; 12:3; 2 Tm 2:22).
Igualmente a obra do Senhor entre nós no Brasil iniciou-se pelo invocar Seu nome. Desde aquele tempo, temos invocado o nome do Senhor e, por meio dessa prática, recebido muita ajuda e revelação.
Quando invocamos o nome do Senhor, nós estamos no Espírito (1 Co 12:3). Esse Espírito não é somente o Espírito Santo, mas é chamado pelo Senhor Jesus dessa maneira especial: "o Espírito" (Jo 7:38-39), pois Nele está incluído o Pai, o Filho e até o próprio Espírito Santo, assim como toda obra realizada pelo Senhor Jesus. Na Bíblia Ele também é chamado de o Espírito da realidade (14:16-17). Ele é o Espírito da realidade porque tudo o que Deus é se torna real para nós por meio Dele. Tudo o que o Senhor Jesus realizou e alcançou por Seu viver humano, morte e ressurreição se torna real para nós por meio de o Espírito. Assim, tudo o que precisamos se encontra em o Espírito. Basta invocarmos o nome do Senhor e desfrutamos das riquezas de Deus contidas no Espírito (Rm 10:12). Quando invocamos o nome do Senhor, tocamos nesse Espírito e ganhamos vida (Jo 20:31) !
Para termos a realidade da vida da igreja, além de invocarmos o nome do Senhor para estarmos no Espírito, ainda precisamos combater um impedimento dentro de nós: nossa vida natural, a vida da alma, nosso ego caído. Para que o Espírito se acrescente mais a nós precisamos perder nossa vida natural, com suas opiniões e justificativas. Se negarmos a nós mesmos, aplicando a cruz ao nosso ego, não teremos dificuldades em seguir o Senhor Jesus, e nossa vida da igreja será maravilhosa (Mt 16:24-26).

20 maio, 2012

Refletindo...

A grande influência da língua

Tiago 3 compara a língua ao freio de um cavalo no versículo 3, ao leme de um navio no versículo 4 e a um pequeno fogo no versículo 5. Pequeno como um freio, ou um leme, ou uma centelha, todavia a língua pode exercer grande influência. No versículo 6, mais adiante diz: “ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno.“ Realmente a língua é um mundo de iniqüidade, um mundo em si mesma. Se a língua de um cristão não for especialmente tratada, ela ainda vai acender o fogo do inferno e espalhar morte por toda a parte.

Quão sério é isso: ”põe em chamas toda a carreira da existência humana.” A vida é semelhante a uma roda que gira, sendo a língua o fogo que incendeia essa roda. Muitas obras da carne surgem à tona desta maneira. O temperamento do homem, sua ira e sua carne são incendiados pela língua e isto é fogo proveniente do inferno. Quantas vezes as coisas são inflamadas por causa de palavras faladas por um filho de Deus. A língua é verdadeiramente um fogo, é mundo de iniqüidade.

Portanto, vamos aprender a falar menos: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera seus lábios é prudente” (Pv 10:19). O livro de Provérbios nos persuade a refrearmos de falar muito. Somente os tolos são abundantes em palavras. Quanto mais tola é uma pessoa, mais ela fala. Pessoas disciplinadas, entretanto, são firmes e de poucas palavras.

No versículo 7 do capítulo 3 do livro de Tiago 3:7 nos diz que toda a espécie de criatura vivente é domada pela humanidade. O versículo 8 continua dizendo: “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.” Alguns males podem ser domados, mas o mal da língua nenhum homem é capaz de domar. Quanta tolice é deixar a língua solta.
Livro: Fazei tudo para a glória de Deus

Levar as pessoas a Deus.

Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão (Hb 4:14)
Êx 28:30; Nm 27:21; Dn 9:2; At 16:13


Desempenhamos a obra do ministério pregando o evangelho, ou seja, levando as pessoas a Deus. No Antigo Testamento, isso era feito pelo sumo sacerdote, que servia a Deus no tabernáculo. Uma vez ao ano o sumo sacerdote adentrava o véu do lugar santíssimo, onde estava a arca da aliança. Cobrindo a arca havia uma tampa chamada propiciatório, sobre a qual o sumo sacerdote se avistava com o SENHOR (Êx 30:36). Além disso, o sumo sacerdote tinha o Urim e o Tumim, que servia para esclarecer a palavra do SENHOR (28:30; Nm 27:21).

No Novo Testamento o tabernáculo é uma ilustração do homem regenerado por Deus. Nosso sumo sacerdote é o Senhor Jesus (Hb 3:1). A arca representa Cristo, que hoje habita em nós. O lugar santíssimo é o espírito humano, onde está a glória de Deus. O Urim e o Tumim, cremos, apontam para os livros espirituais que nos ajudam a entender a Palavra de Deus e perceber Sua direção para Seu povo (Dn 9:2).

Também somos sacerdotes, mas já não permanecemos somente dentro do lugar santíssimo; antes, saímos para pregar o evangelho. Assim tem sido a obra da pregação do evangelho do reino. Antes, o acesso aos livros espirituais e à Palavra do Senhor era restrito aos locais de reuniões das igrejas. Agora, por meio dos bookafés e dos vários outros lugares de oração, o evangelho do reino tem se propagado, alcançando as pessoas (At 16:13). Esse é o atual serviço sacerdotal.

A colportagem é outra ferramenta de pregação do evangelho pela qual a Palavra de Deus é apresentada às pessoas. O colportor se assemelha ao apóstolo, sendo um enviado por Deus para suprir as pessoas com a Palavra viva, ensiná-las a se alimentar espiritualmente e a se reunir como igreja. O colportor também tem a função de apascentar as pessoas que se interessam pela Palavra e pelos livros espirituais.

Graças ao Senhor, nascemos de novo e fomos colocados por Deus na vida da igreja a fim de crescermos na vida divina. Enquanto estamos nesse processo o Senhor está nos aperfeiçoando e conduzindo a levar outros filhos de Deus a ganhar a vida de Deus. Dessa maneira, não somente nós seremos herdeiros no reino, mas muitos outros também poderão reinar com o Senhor. Aleluia!

19 maio, 2012

Refletindo...


O Deus dos impossíveis

Ao orar, tenha o cuidado, acima de tudo, de não limitar Deus, não só por incredulidade, mas por imaginar que já sabe o que Ele pode fazer. Espere coisas inesperadas, além de tudo o que pedir ou pensar. Toda vez que orar por algo, fique quieto primeiro, e adore a Deus na Sua glória. Pense no que Ele pode fazer, em como Ele tem prazer em ouvir a Cristo, pense na sua posição em Cristo e espere grandes coisas. 


Andrew Murray

Aproveitar o tempo para amadurecer.


Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor (Mt 24:42)
Mt 16:26; Ef 5:18-19; Hb 12:23

A igreja, como temos visto, não é um prédio físico nem uma organização, mas o lugar em que Deus nos colocou para crescermos. A criança, por exemplo, frequenta a escola onde é alfabetizada e educada. Quando cresce e se torna um jovem, prepara-se para a faculdade e ingressa em outra instituição. Após concluir o curso, já como adulto, deixa a instituição de ensino e assume a responsabilidade de trabalhar.
De modo parecido, a igreja é um período de tempo predeterminado para sermos aperfeiçoados e crescermos na vida divina (Gl 4:1-2). Podemos aproveitar o ambiente da igreja para nos dedicar à Palavra e à oração junto com os irmãos (Ef 5:18-19). Também devemos servir e ser aperfeiçoados (Hb 12:23). Quando alcançarmos a maturidade e estivermos prontos para reinar, não haverá mais igreja, pois neste período de tempo iniciaremos a era do reino.
Hoje, na igreja, estamos sob o governo de Deus e no reino também estaremos. Precisamos ser diligentes, pois o período destinado a crescermos e amadurecermos é limitado. Negar a vida da alma é fundamental para obtermos o acréscimo da vida de Deus (Mt 16:26). O Senhor não exige de nós que isso ocorra de maneira instantânea, mas aos poucos, até que a vida de Deus seja prevalecente em nossa alma. Quanto mais tivermos a vida de Deus, melhor.

Ser preparado para reinar.


Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos (Hb 2:6-7)
1 Co 6:3; Gl 4:1-2, 7; Ap 11:15b; 20:4-5

O resultado da salvação completa será nos apossarmos do reino vindouro. Para governarmos com o Senhor no mundo que há de vir, precisamos não apenas de crescimento de vida, mas de experiência na obra do Senhor. Na igreja aprendemos a servir, compartilhamos a Palavra com outras pessoas e assumimos responsabilidades. Isso fazemos com vistas ao reino, onde aplicaremos o que aprendemos.
O primeiro passo para entrar no reino é nascer de novo, daí a importância do novo nascimento (Jo 3:3, 5). Em segundo lugar, é fundamental negarmos a vida da alma (Mt 16:24). Na primeira criação de Deus, o governo da terra foi colocado sob a autoridade dos anjos. Como eles não tinham a vida de Deus em sua alma, o resultado foi corrupção e queda.
Os homens são menores que os anjos em força e poder (2 Pe 2:11). Quando, porém, um homem nasce de novo, Deus pode trabalhar nele, acrescentando-lhe Sua vida, até que esteja preparado para reinar. Assim, o homem regenerado e transformado por Deus será constituído como autoridade sobre as obras criadas (1 Co 6:3; Ap 11:15b; 20:4-5).
Deus deseja ter herdeiros, mas filhos pequenos ainda estão despreparados para herdar. Uma criança, por exemplo, não pode governar uma casa, pois ainda precisa ser cuidada, alimentada e instruída pelos pais e professores. Um dia, quando atinge o tempo predeterminado para assumir as responsabilidades, deixa de ser criança para se tornar herdeiro (Gl 4:1-2).
O mesmo ocorre com os filhos de Deus. Pelo novo nascimento nos tornamos Seus filhos, mas na fase inicial ainda precisamos ser alimentados, apascentados e preparados para herdar o reino. Na igreja somos ensinados pelos mestres e alimentados pelos pastores. Mestres e pastores são os irmãos que receberam o dom de cuidar da igreja. À medida que crescemos, desempenhamos a obra do ministério. Quando houvermos crescido o suficiente, chegará o tempo predeterminado para herdar o reino. Aleluia!

17 maio, 2012

REFLETINDO...

Prazer nas Fraquezas

"Por isso sinto prazer nas fraquezas...".
II Coríntios 12.10.


É-nos ensinado desde pequenos que temos que ser fortes e valorosos. Na escola, nossos pais aspiram que nos destaquemos, que sejamos os primeiros. Quando participamos de algum desporto, temos que ser os melhores, o que recebe a medalha de ouro.

Depois quando levados para a igreja também somos estimulados a sermos grandes, homens e mulheres destacadas. Somos criados desde pequenos para sermos soberbos diante dos homens e de Deus.

O Senhor caminha ao inverso do mundo. Ele nos ensina que somos pó, fracos, e carentes da Sua Glória: "Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido" Salmos 103.14-16.

Vivemos com o conceito que devemos ser fortes, mas Deus nos humilha para mostrar a nossa real situação de fraqueza. Somos menos que nada: "Eis que sois menos do que nada..." Isaías 41.24. Somos como a fumaça que logo se desvanece. Tudo aquilo que nos leva a uma gloria humana não é de Deus, mas maligna: "... toda a glória tal como esta é maligna" (Tiago 4.14-16).

Temos dito ao Senhor que nada podemos e que tudo esperamos dEle? Sentimos prazer nas nossas fraquezas? Alegramos-nos em ser fracos, em não podermos nada, nem mesmo pensar alguma coisa? Se esta não tem sido a nossa atitude diante de Deus, é porque ainda temos muita soberba, e Deus irá nos resistir: "Assim diz o Senhor Deus: Tira o diadema, e remove a coroa; esta não será a mesma; exalta ao humilde, e humilha ao soberbo" Ezequiel 21.26.

Jesus, diz neste texto de II Coríntios 12, no verso 9, que a "Sua Graça nos basta". Deus não quer que sejamos fortes, nem capazes, nem sábios, porque estaríamos nos ensoberbecendo. Deus quer que esperemos inteiramente na graça que se nos oferece na revelação de Jesus Cristo (I Pedro 1.13). Se Deus quisesse pessoas fortes e sábias, Ele não teria escolhido as fracas (I Coríntios 1.26-29).

Ao invés de apresentarmos a Deus nossas habilidades, nossas capacidades, nossos diplomas, devemos sentir prazer nas nossas fraquezas. Confessar a Ele as nossas fraquezas, e incapacidades em qualquer área. Quando começarmos a fazer isso, começaremos a gozar da Sua Força, da Sua Capacidade, do Seu Poder, isto é, da Sua Graça, daquele que tem todo o poder nos céus e na terra: Jesus. Porque quando somos fracos, aí é que somos fortes.

Não tenha receio de sentir prazer nas suas fraquezas; não tente escondê-las porque Deus já as conhece. Quando queremos mostrar o que não somos é que Deus se entristece. Para Ele é exaltação. Sinta prazer nas suas fraquezas e Deus terá prazer em te sustentar com a Sua Graça, com o Seu Poder, e com a Sua Justiça em Cristo: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" Isaías 41.10.


"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder" Efésios 6.10.

Contribuição recebida por e-mail

A prática da Palavra conduz à salvação completa.

Fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 3-4)
Jo 14:26; 1 Pe 1:9


Quando jovem, João não tinha dado a devida importância às palavras ditas pelo Senhor Jesus, assim como os outros discípulos. Porém, após se tornar uma pessoa madura, ele se lembrou daquelas palavras e as registrou em seu evangelho. Ele também reforçou o que já havia sido escrito por Paulo.

Em Efésios, Paulo falou sobre o Espírito habitando em nós (2:22) e sobre encher-se do Espírito (5:18). João escreveu a respeito do mesmo assunto, mas deu um passo adiante. Ele mostrou que o homem necessita nascer do Espírito (3:6), adorar a Deus no Espírito (4:24), receber o Espírito como a fonte de rios de águas vivas (7:37-39) e desfrutar do Espírito da realidade (14:26).

Em Efésios, Paulo mostrou que Deus nos predestinou para a filiação (1:5). No evangelho, João esclareceu que somos feitos filhos de Deus ao crer no nome do Senhor Jesus. Leiamos esse precioso trecho: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (1:12-13).

Logo, tanto Paulo como João escreveram a respeito dos mesmos assuntos, mas o Espírito avançou no ministério ulterior de João, para nos conduzir a praticar o que já ouvimos. Isso ocorre porque Deus deseja nos dar uma salvação completa, abrangendo espírito, alma e corpo.

Pela fé, nosso espírito já foi salvo e nascemos de novo, recebendo a vida de Deus. Nosso corpo será glorificado por ocasião da volta do Senhor, deixando de ser mortal para se tornar um corpo de ressurreição. Essas duas etapas da salvação já estão resolvidas. Agora nos falta alcançar a salvação da nossa alma (Mt 16:25; 1 Pe 1:9). Para isso, o Senhor nos colocou na igreja, onde nos submetemos ao processo de negar nossa vida da alma para que a vida divina nos seja acrescentada pouco a pouco. Como resultado dessa prática constante e diária, ao final estaremos preparados para reinar com o Senhor no mundo vindouro. Aleluia!

O Espírito conduz à prática da Palavra.

Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. (1 Jo 2:24)

Ef 4:15, 17; 5:2, 8, 18; 3 Jo 4


O Espírito da realidade, também chamado de Espírito da vida, tem grande importância no plano de Deus. Quando o Senhor Jesus andava com os discípulos, Ele já falava de o Espírito, por meio do qual Deus poderia dispensar a Si mesmo para dentro do homem (Jo 4:24; 6:63; 7:39; 14:17). O Espírito engloba o Espírito Santo e também toda a obra realizada pelo Senhor Jesus: tornar-se homem, viver humano, morte e ressurreição (vs. 18, 20, 23), assim como o óleo sagrado da unção, que era um unguento composto, incluía o azeite puro e várias especiarias (Êx 30:22-25).

Na época, os discípulos não deram a devida importância às palavras do Senhor, principalmente com respeito ao Espírito, pois O ouviam conforme suas necessidades particulares (At 1:1-6). Então foi necessário que posteriormente Deus revelasse Seu plano eterno a Paulo, que escreveu sobre o assunto na Epístola aos Efésios. O capítulo 1 mostra a obra, o dispensar do Pai, o dispensar do Filho e o dispensar do Espírito Santo para dentro do homem. Nessa mesma epístola Paulo fala especificamente de sermos selados com o Santo Espírito (1:13) e recomenda que nos enchamos do Espírito (5:18).

Infelizmente, os efésios também não deram a devida atenção à prática dessa palavra, limitando-se a analisar e debater as verdades bíblicas. Mais uma vez, Deus precisou levantar alguém para os ajudar a perceber o que era mais importante para Ele. Então o próprio Espírito trouxe à memória de João as palavras que o Senhor Jesus havia dito enquanto esteve com eles.

Além disso, é possível que João também tenha lido a Epístola de Paulo aos Efésios e percebido que era necessário reforçar a prática do que Paulo já havia falado. Assim, ele ajudou a igreja em Éfeso a praticar a mesma palavra, ensinando-os a andar na graça (Ef 4:7; Jo 1:14, 17) e no amor (Ef 5:2; 2 Jo 6); andar na luz (Ef 5:8; 1 Jo 1:7) e na verdade (Ef 4:15; 3 Jo 4); e principalmente andar no espírito (Ef 5:18; Jo 4:23-24).

Desde o surgimento das igrejas na América do Sul, invocamos o nome do Senhor para seguir o Espírito que dá vida. Dessa forma, o Senhor pode nos revelar o que é mais importante, hoje, segundo Seu ponto de vista. Também somos direcionados a praticar a Palavra e não apenas a estudá-la.

Por exemplo, o Senhor nos tem revelado que o mundo que há de vir será sujeito a nós, homens, e não a anjos. Isso nos ajuda a compreender o propósito de Deus ao criar o homem. É com essa meta que buscamos ser vencedores. Devemos permitir que a vida que está no Espírito permeie cada parte da nossa alma: mente, vontade e emoção, para desenvolver a nossa salvação. Continuemos a invocar o nome do Senhor para viver e andar no espírito.

15 maio, 2012

Deus se tornou acessível.

Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós
 (Jo 14:16)

Mt 1:23; Jo 14:9-11; 16:13; 1 Tm 6:16


Tempos após a morte e ressurreição do Senhor, os discípulos passaram a sofrer perseguição. Pedro foi condenado à morte, e João, ao exílio. Por cerca de vinte anos, João permaneceu preso na ilha de Patmos. Na verdade essa foi uma oportunidade dada por Deus a ele, para que o Espírito da realidade lhe revelasse muitas coisas e também o fizesse lembrar-se das palavras ditas pelo Senhor Jesus (Jo 14:26; 16:13).

Quando João escreveu seu evangelho, já contava com mais de noventa anos de idade. Nessa época ele estava em Éfeso, onde a igreja havia recebido a Epístola de Paulo aos Efésios. Embora as palavras de Paulo já trouxessem a revelação do plano de Deus e o suprimento do Seu Espírito, a igreja não praticou o conteúdo daquela epístola. Isso possivelmente aconteceu porque os irmãos passaram a estudar e analisar as verdades ali contidas, sem usar o espírito. Assim, eles se deixaram ser guiados pela mente, pela alma, e não ganharam a vida contida na Palavra.

Nesse contexto, o Espírito inspirou João para escrever mais um evangelho, registrando com detalhes as palavras do Senhor. Os outros evangelhos deram ênfase aos milagres e feitos realizados pelo Salvador, deixando de destacar o quanto precisamos da vida divina.

Em seu evangelho, João iniciou com as seguintes palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. [...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:1-5, 14).

João mostrou que antes Deus habitava em luz inacessível (1 Tm 6:16), muitíssimo distante do homem; era impossível alcançá-Lo. Mas um dia Ele nasceu de uma mulher e viveu na terra na pessoa do Senhor Jesus. Como o homem Jesus era um ser humano normal, sujeito aos limites do tempo e do espaço, Ele não poderia estar para sempre na terra (Jo 14:9). Quando Jesus falava, Deus falava; quando Ele agia, Deus agia (14:10-11). Agora Deus não é mais inalcançável, e sim próximo de nós, sendo possível conhecê-Lo em Jesus Cristo. Por isso Ele também é chamado de Emanuel, que significa Deus conosco (Mt 1:23).

Como o homem Jesus, Ele era um ser humano normal sujeito aos limites do tempo e do espaço, não poderia estar para sempre na terra. Por essa razão, o Senhor precisou se tornar o Espírito da realidade (Jo 14:16-17). Como o Espírito, Ele pode estar em nós, habitando nosso espírito humano em qualquer tempo e lugar.

14 maio, 2012

A importância de nascer de novo.


A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (Jo 1:12-13)
Jo 3:1-7

Para ver o reino de Deus, é necessário nascer de novo. Essa palavra foi falada pelo Senhor Jesus na ocasião em que recebeu a visita de um homem chamado Nicodemos. Ele era uma pessoa madura, um mestre com alta posição na religião judaica. Sendo um dos principais dos judeus e também fariseu, seguia rigorosamente as leis e ordenanças do Antigo Testamento. Provavelmente Nicodemos era muito requisitado para dar sua opinião a respeito da lei e da religião. Tinha bastante experiência e possivelmente por isso era reconhecido como um líder no círculo de pessoas de seu convívio.
Nicodemos tinha tudo para se sentir satisfeito e completo com o que já alcançara, mas é bastante provável que em seu interior houvesse uma sensação de vazio. Essa pode ser a situação de muitos hoje. Mesmo que uma pessoa que ocupe um cargo importante, receba a melhor formação profissional, ganhe um alto salário e tenha uma família já formada pode se sentir vazia interiormente.
Talvez Nicodemos tenha procurado o Senhor Jesus por estar nessa situação. A visita no horário da noite indica que ele se considerava alguém conceituado diante dos outros e não queria ser visto em público se humilhando ao consultar o Senhor. Afinal, Jesus era uma pessoa simples, e a maioria de Seus discípulos também. Mas ainda assim Nicodemos se encontrou com o Senhor, a quem dirigiu as seguintes palavras: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (Jo 3:2).
Nicodemos estava disposto a ouvir o que o Senhor tinha a dizer, mas talvez não esperasse pela resposta que Ele lhe deu: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (v. 3).
Em outras palavras, é como se o Senhor estivesse lhe dizendo: “Você precisa ver o reino de Deus, mas para isso de nada adianta sua alta posição religiosa, política, social, nem mesmo sua educação ou a experiência adquirida com a idade. Não importa quão excelente seja a sua condição, você precisa se arrepender e receber uma nova vida, a vida de Deus”.
O Senhor não detalhou a palavra dessa forma, apenas apontou a necessidade de Nicodemos nascer de novo. Como deve ter sido a primeira vez que ouviu algo assim, Nicodemos não conseguiu entender o que era o novo nascimento (v. 4). Isso mostra que todo o conhecimento religioso e toda a cultura humana acumulada por Nicodemos eram inúteis para compreender as coisas celestiais.
A Bíblia não menciona se Nicodemos creu na Palavra, mas o Senhor enfatizou ser necessário nascer de novo (vs. 5-7). Nascer de novo é ser regenerado com a vida de Deus para entrar em Seu reino, crescer em vida e reinar.

13 maio, 2012

O evangelho de Deus segundo Paulo e João.

O que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado (Rm 8:3)

Jo 19:31-35; Rm 1:1; 6:6


Antes, porém, de João ser usado por Deus em sua maturidade, o apóstolo Paulo escreveu o livro de Romanos, o qual nos apresenta o conteúdo do evangelho de Deus.

O que havia sido escrito até então nos três primeiros evangelhos não estava completo. João, por sua vez, ainda não estava pronto. Então, quando Paulo foi separado para escrever o livro de Romanos, ele apresentou um quadro completo do evangelho de Deus. Nessa epístola o Espírito, por meio de Paulo, verdadeiramente acrescentou mais revelação aos três primeiros evangelhos. Por isso, quando pregamos o evangelho, devemos ter por base as revelações contidas nesse livro.

Paulo foi chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus (Rm 1:1). O evangelho de Deus é muito mais abrangente que o evangelho da graça. Por falta de mais revelação, muitos enfatizam apenas o evangelho da graça, esquecendo-se que o evangelho de Deus possui duas etapas: a primeira é da graça; e a segunda é do reino. Não é somente o evangelho da graça para dar salvação, mas também é o evangelho do reino, que visa ao crescimento de vida para reinarmos com Cristo.

Como vimos anteriormente, o evangelho de Deus se refere a Jesus Cristo, isto é, o Filho de Deus que, segundo a carne, veio da descendência de Davi. Embora tivesse vindo da linhagem de Davi, um homem pecador, o Senhor Jesus não tinha pecado, mas apenas a semelhança da carne pecaminosa (Rm 8:3). Por esse motivo o Senhor Jesus estava qualificado para morrer na cruz e crucificar Consigo o nosso velho homem (6:6), de maneira que Deus, com efeito, condenou na carne o pecado.

Essa revelação foi enfatizada posteriormente pelo apóstolo João, que relatou que, quando um dos soldados viu que Jesus já tinha morrido, abriu-Lhe o lado com uma lança, de onde saiu sangue e água. Louvado seja o Senhor por esse detalhe registrado por João. Esse fato nos revela que primeiramente o nosso velho homem foi crucificado com o Senhor Jesus e está morto. Depois Seu sangue fluiu para resolver todos os problemas relacionados ao pecado. Uma vez que o pecado foi derrotado, podemos receber Sua vida, representada pela água que verteu de Seu lado. Aleluia! Por meio de Sua vida, podemos viver e propagar o evangelho da vida.

FELIZ DIA DAS MÃES.....

PARABÉNS PARA TODAS AS MÃES, QUE DEUS ABENÇOEI A TODAS AS MÃES, E QUE O AMOR DE DEUS ESTEJA DENTRO DO CORAÇÃO DE CADA UMA, FIQUEM COM DEUS, ABRAÇOS...

DESFRUTAR A PALAVRA...

AMOR DE DEUS...

Seguir de perto, ver e testificar.

Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais 
 (Jo 19:35)

Mt 26:58; Lc 23:49; Jo 14:26


Dentre os quatro evangelhos, três foram escritos pouco tempo depois da ascensão do Senhor Jesus. Todavia estes não contém muitos detalhes sobre o principal motivo da morte do Senhor.

Durante os três anos e meio em que o Senhor Jesus esteve com os Seus discípulos, varias vezes lhes falou sobre Sua morte e ressurreição. Ao ouvi-Lo falar sobre essas coisas, cada um dos discípulos absorvia essas palavras segundo sua própria necessidade e entendimento.

Ainda quanto aos sinais e milagres descritos por eles nos evangelhos, cada um registrou, segundo a inspiração do Espírito, mas também, segundo a própria experiência, quais seriam os fatos mais relevantes.

O Evangelho de Mateus é peculiar ao registrar algumas expressões usadas pelo Senhor. Isso porque Mateus não era um pescador da Galileia, mas sim um cobrador de impostos. Ele estava relacionado com a administração pública daquela época. Por isso Mateus dava mais atenção em seus registros a tudo o que o Senhor Jesus falava que tinha relação com o reino dos céus.

Os evangelhos de Marcos e Lucas, por sua vez, não relataram detalhes da crucificação do Senhor Jesus. Lucas não estava presente, e Marcos, que provavelmente escreveu baseado no relato de Pedro, não tinha como detalhar, uma vez que este acompanhou o aprisionamento do Senhor com uma certa distância.

Quase todos os discípulos observavam a crucificação e a morte do Senhor de longe, pois Ele estava sendo tratado como um criminoso (Mt 26:58; Lc 23:49). Eles temiam ser reconhecidos como aqueles que O seguiam. Assim, por causa dessa distância, não puderam ver com detalhes, registrando apenas o que conseguiram ver de onde estavam.

No ano setenta depois de Cristo, Deus permitiu que Jerusalém fosse destruída pelo império Romano. Naquela época João foi preso e exilado na ilha de Patmos. Passados vinte anos após sua prisão, o Senhor passou a lhe revelar muitas coisas por meio do Espírito da realidade. Mesmo avançado em idade, com quase noventa anos, ele conseguiu lembrar-se das coisas ocorridas na época em que seguiu o Senhor Jesus na terra (Jo 14:26).

Depois que escreveu o livro de Apocalipse, João foi até Éfeso para ajudar os irmãos por meio das palavras faladas pelo Senhor em Seu ministério terreno. Pelo fato de ter seguido o Senhor de perto, João se lembrou de vários fatos relacionados à morte do Senhor que os outros não viram nem ouviram. Aquilo que ele viu e ouviu, testificou (19:34-35).
Pelo fato de somente João ter descrito alguns fatos que não constavam nos outros evangelhos, por muito tempo os estudiosos da Bíblia não deram a devida atenção aos seus registros. Pela misericórdia de Deus, esse evangelho foi revelado para nós, e hoje podemos compreender essas palavras. Por invocar o nome do Senhor fomos introduzidos no fluir do Espírito da realidade, enfatizado por João em seus escritos (14:17; 15:26; 16:13).

11 maio, 2012

REFLETINDO...

O que é a obra de Deus?

Leitura: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.12-14).

"E nós na qualidade de cooperadores com Ele" (2 Coríntios 6a).


Deus tem Sua obra. Essa não é a sua nem a minha obra, tampouco é a obra desta missão ou daquele grupo. É a obra do próprio Deus. Gênesis 1 nos diz que Deus trabalhou e, depois, descansou. No início, Deus criou a luz, os seres vivos, o homem e assim por diante. Ninguém, a não ser Ele, poderia realizar essa obra da criação. E hoje Ele tam­bém tem Sua obra, que não é a obra de homem algum e que homem algum pode fazer. A obra de Deus não pode ser feita por ninguém, a não ser pelo próprio Deus. Quanto mais cedo aprendermos isso, melhor, porque as obras, as idéias, os métodos, o zelo, a seriedade, os esforços e as atividades incansáveis do homem não têm qualquer lugar no que Deus está fazendo. O homem não pode ter mais parte na obra de Deus hoje do que poderia ter nos tempos remotos da criação.

Aos filipenses, Paulo diz: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus". O Senhor Jesus tem um propósito especial e específico ao nos alcançar, e é esse propósito específico que desejamos alcançar. Ele tem um propósito, e esse propósito é que ele nos ganhe a fim de sermos cooperadores, co-obreiros com Ele. Entretanto, ainda é verdade que não podemos fazer a obra de Deus, visto que toda ela é absoluta e totalmente Dele.

No entanto, nós somos Seus co-obreiros. De modo que, por um lado, devemos reconhecer que não podemos tocar, nem mesmo com o dedo mínimo, a obra de Deus e, por outro, somos chamados para ser co-obreiros com Ele! E foi com este fim que Ele nos alcançou. O Senhor tem um propósito definido na salvação - e um propósito claro e específico ao nos salvar -, que é nos ter como Seus co-obreiros.

O que, então, é a obra de Deus? Efésios nos mostra isso de forma mais clara que qualquer outro livro no Novo Testamento. O capítulo 1 diz: "Assim como nos escolheu Nele antes da fun­dação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele" (v. 4); no capítulo 2 lemos: "Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (v. 7). Lemos também no primeiro capítulo: "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segun­do o Seu beneplácito que propusera em Cristo" (v. 9)

Em todas as reuniões da igreja freqüentemente há aqueles que se levantam e falam de acordo com sua própria mente. Eles não estão falando no Espírito, mas estão "fora do tom". O que dizem é de pouco ou nenhum valor. Mas na criação de Deus, conforme Ele determinou, não existe nada fora do tom.

Tudo é para o Filho, tudo vem de Cristo e para Cristo. Nada está fora Dele, pois Deus incluiu tudo em Cristo. "Nele foram criadas todas as coisas (...) Tudo foi criado por meio Dele e para Ele" (Cl 1.16). Tudo está em perfeita harmonia no plano de Deus. E Deus vai levar tudo em Sua criação a este nível e a este lugar de perfeita harmonia. Nesse sentido, não podemos fazer nada - Deus está fazendo tudo e tudo Ele fará.


Extraído do livro "A Obra de Deus" - W. Nee

Salvos pela vida de Deus para suprir vida a todos.

Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Rm 5:10)

Lc 9:23


Embora o caminho para a árvore da vida nos tenha sido restaurado, muitas vezes ainda voltamos a nos alimentar da árvore do conhecimento do bem e do mal. Por isso precisamos do evangelho do reino, pois, ainda que o problema dos nossos pecados tenha sido resolvido, muitas vezes nos deixamos influenciar pela vida da alma. Não é sem razão que o Senhor Jesus disse para quem desejava segui-Lo: “A si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9:23).

Precisamos do evangelho do reino, o evangelho da vida, a fim de termos parte no reino dos céus. Já recuperamos a glória de Deus e fomos reconciliados com Ele. Agora devemos comer do fruto da árvore da vida, e não mais da árvore do conhecimento. Aqueles que invocam o nome do Senhor com realidade comem da árvore da vida e se tornam capazes de negar a si mesmos, vivendo segundo o Espírito e fluindo vida para outras pessoas.

Além disso, à medida que a vida de Deus cresce em nós, somos tomados por um forte desejo de suprir essa vida para todos os que nos cercam. Não conseguimos contê-la somente em nossas reuniões ou em nosso viver particular. Temos o encargo de, no espírito, levar esse evangelho para todos os lugares aonde vamos, para que as pessoas sejam salvas e ganhem vida.

10 maio, 2012

As consequências da desobediência de Adão e Eva e o caminho para obter a salvação.

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5:12). Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10:13)

Gn 3:24; 4:26; Is 12:3-4; Rm 5:17-19; Ap 22:14


Ao criar o homem, Deus desejava que ele comesse da árvore da vida, para que recebesse a vida divina e vivesse eternamente. Satanás, porém, que é o príncipe deste mundo, veio fazer uma obra de destruição no homem. Em sua sagacidade, ele manipulou a emoção da mulher, levando-a a comer da árvore que lhe traria morte. Devemos vigiar para que nossas emoções nunca deem a Satanás oportunidade de nos levar a desobedecer a Deus, danificando-nos para Seu propósito.

Romanos 5:12 diz: “Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. O versículo 19 continua dizendo: “Por meio da desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores”.

Por causa da desobediência de Adão e Eva, o pecado entrou, e com ele a morte. Por essa razão, eles foram expulsos do jardim do Éden e impedidos de comer da árvore da vida. Fora daquela esfera, passaram a experimentar as consequências da desobediência. O caminho para o jardim do Éden foi barrado por querubins e uma espada que se revolvia (Gn 3:24). Os querubins representam a glória de Deus, a espada representa a justiça, e o fogo que se revolvia representa a santidade. Sem a justiça, a santidade e a glória de Deus, Adão e Eva não mais conseguiam atender a tripla exigência de Deus para que o homem tivesse acesso novamente à árvore da vida e cumprisse Seu plano de sujeitar e dominar a terra (Gn 1:28).

Felizmente, em certo momento Adão e Eva começaram a invocar o nome do SENHOR, buscando Sua presença (4:26). Assim puderam experimentar o consolo da salvação de Deus. Ao invocarmos o nome do Senhor Jesus, essa salvação também nos alcança e nos qualifica a comer da árvore da vida novamente (Is 12:3-4; Ap 22:14).

No passado enfatizávamos oito itens que aconteceram conosco ao sermos salvos e que estão relacionados ao evangelho da graça. Primeiro, fomos iluminados e, então, confessamos nossos pecados. Depois recebemos o perdão, e o registro dos nossos pecados foi cancelado pelo sangue de Cristo. Agora não estamos presos aos nossos pecados, pois o Senhor nos justificou e santificou. Por fim, fomos reconciliados com Deus e ganhamos Sua vida.

O mais importante, porém, é atentarmos para a revelação essencial que o Senhor nos deu, que é acessível e simples. Basta fazer como Adão e Eva, que invocaram o nome do SENHOR, e receberam a salvação. Lembremos que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13). Se continuamente invocarmos o nome do Senhor Jesus, certamente o nível da vida vai aumentar em nós.

Visto isto, agora precisamos avançar para a próxima etapa, que é o evangelho do reino.