Ao passar pregão por todo o seu reino, Ciro pretendia despertar todos os judeus para subir a Jerusalém (Ed. 1). Ciro os encorajou dizendo que Deus seria com eles. No entanto, nem todos subiriam, pois alguns já se haviam estabelecido na terra do cativeiro com casa, gado, terra e etc.
Aos que decidissem ficar, foi dada uma ordem para que ajudassem com bens materiais os que subiriam. Quem foram os primeiros a se levantar? Foram os cabeças de famílias de Judá e Benjamim, sacerdotes e levitas. Além deles, havia outros cujo espírito fora despertado.
Entre ser despertado e subir há uma sensível diferença. Podemos dizer que todos foram despertados interiormente com o edito do rei. Quantos, porém, deram continuidade a esse sentimento interior? Um grupo menor levantou-se. Dentre os que se levantaram nem todos subiram. Alguns desistiram no início da caminhada ao encontrar alguma dificuldade, outros foram um pouco mais além. Ao final, apenas uma pequena minoria alcançou o objetivo final de chegar em Jerusalém.
Por que era tão difícil chegar a Jerusalém? Porque Jerusalém estava situada num monte, a distância desde a terra do cativeiro era grande e a carga que precisavam levar era pesada. Enfim, muitas coisas podem ter gerado desânimo e desencorajamento.
Subir a Jerusalém requer o pagamento de um alto preço. Quantos israelitas chegaram a Jerusalém? Aproximadamente dois milhões de israelitas foram levados para o cativeiro e, destes, apenas cinqüenta mil levantaram-se e chegaram a Jerusalém. Esse número, no entanto, não deve ser motivo de desânimo, mas de louvor e ações de graças ao Senhor, pois alguns subiram. Esses foram os primeiros dentre outros que ainda subiriam. Foram eles que iniciaram a restauração do templo e da cidade, restaurando o testemunho da unidade.
De igual modo, hoje Deus está chamando Seus filhos para a restauração da igreja, para que ela seja o testemunho da unidade do Seu povo. Mas, para isso, é preciso pagar um alto preço, especialmente no que diz respeito a negar a nós mesmos e tomar a cruz. Alguns são despertados para isso, mas ao perceber as implicações, desistem. Outros começam, mas desistem logo depois, por não estarem dispostos a tomar a cruz. Mas há os que pagam qualquer preço e vão até o fim. De que grupo você faz parte?
Contribuição recebida por e-mail.
25 fevereiro, 2012
Cristo tem Preeminência na Vida do Cristão
Referência bíblica:
Convém que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30)
As experiências dos cristãos são de dois tipos: as doces e as amargas. Deus nos faz pas-sar por ambas, as experiências doces e amargas da vida, para nos capacitar a deixar que Cristo tenha preeminência em todas as coisas.
EXPERIÊNCIAS DOCES:
1) Oração respondida – A oração será atendida se o seu alvo for o de deixar que Cristo tenha o primeiro lugar em todas as coisas. Busquemos primeiro o reino de Deus e a sua justiça e Deus acrescentará tudo mais que precisamos. (Acrescentar não é dar. O primei-ro significa adicionar ao que já temos; o segundo significa conceder o que não temos.) pedir em nome do Senhor é pedir em nome do Pai para o Senhor a fim de que o Senhor possa recebê-lo. De acordo com este princípio aqueles que dão valor à carne não terão nada para pedir em oração. Como precisamos deixar que a cruz acabe com a nossa carne para podermos ser intercessores do Senhor, pedindo aquilo que é a vontade do senhor! Não deveríamos orar pelos nossos propósitos egoístas. Só aqueles que permitem que Cristo tenha preeminência em todas as coisas podem entrar no Santo dos Santos. Vamos transformar os momentos de oração pelas nossas necessidades em um momento de ora-ção pelos negócios de Deus. Então Deus ouvirá a oração que proferimos – isto é, oração pelas coisas de Deus; mas ele também ouvirá a oração que não proferirmos – isto é, a oração pelos nossos próprios negócios. Se primeiro pedirmos que o Senhor receba o que é Dele, ele fará que nós também recebamos o que é nosso. Umas das experiências doces da vida do cristão é ter orações continuamente atendidas. Lembre-se, entretanto, que o motivo de Deus responder nossas orações é permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas.
2) Crescimento – O crescimento também é uma doce experiência do cristão. Devemos ser como crianças, mas não permanecer crianças. Aumento de conhecimento das Escri-turas Sagradas não é crescimento; crescimento é aumento de Cristo em nós. Menos ego, ausência total do ego, isso é crescimento. Pensar pouco em si mesmo – mais ainda, não pensar em nada – isso é crescimento. Por exemplo, a verdadeira humildade é ignorar-se completamente. Quando nos vemos, a humildade é relativa, mas quando não nos vemos mais, a humildade é absoluta; e isso é crescimento. Crescimento é deixar que Cristo tenha preeminência em minha vida: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” – mas Ele não cresce em mim de acordo com a porção de conhecimento bíblico que tenho, mas de acordo com a minha consagração. Na medida em que eu me colocar na mão de Deus, Cristo terá preeminência em todas as coisas. O verdadeiro crescimento está no engrandecimento de Cristo.
3) Iluminação – Outra experiência doce da vida cristã é receber a luz de Deus, isto é, visão espiritual. Revelação é o que Deus dá – uma dádiva objetiva. Quando Deus nos ilumina para percebermos o que há na revelação – isto é percepção subjetiva. Visão é o que vemos quando a luz de Deus brilha sobre nós: inclui luz e revelação. Primeiro a iluminação, depois a fé. Se quisermos ser continuamente iluminados, temos de permitir sempre que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” (Mateus 6:22). Não temos capacidade de entender, não porque nossos olhos não são bons. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). O coração tem de ser puro. “Se alguém quiser fazer a von-tade dele, conhecerá...” (João 7:17). Só aqueles que permitem que Cristo tenha preemi-nência em todas as coisas receberão luz.
4) Poder – Ter poder também é uma das doces experiências na vida do cristão. Para ter poder, é preciso que deixemos que Cristo se assente no trono da nossa vida. Conforme ele cresce, a pessoa tem poder. Sem separação não pode haver poder. A separação não é apenas sair, é também entrar – isto é, entrar em Cristo. O que distingue o cristão do mundo é o fato de pertencer a Cristo e estar revestido de Cristo: Cristo é o seu poder.
EXPERIÊNCIAS AMARGAS:
1) Perdas materiais – Generalizando, os crentes parecem ter dificuldades financeiras. Isto se deve ou à sua falta de habilidade de prosseguir em quaisquer ocupações impró-prias que assumiram antes, ou a motivos espirituais que Deus está resolvendo neles es-pecificamente. Deus às vezes nos priva de nossa riqueza para nos induzir a buscar a Cristo para que Ele tenha preeminência em todas as coisas. Não é impossível ao rico entrar no reino de Deus, é simplesmente difícil. Não que eles não possam servir ao Se-nhor, só que acham difícil servir ao Senhor. “[Se] deitares ao pó o teu ouro... então o Todo poderoso será o teu ouro” (Jó 22:24,25). Deus lidou com os filhos de Israel no deserto, privando-os do suprimento terreno de alimento e vestimentas, para que pudes-sem perceber a abundância de Deus. Quando os suprimentos da terra acabam, descem os suprimentos celestes. Dificuldades materiais levam-nos a buscar o Senhor, a aprender a lição da fé e a conhecer Cristo como o primeiro em todas as coisas. Seja qual for a dificuldade que enfrentamos, vamos crer que vem de Deus, e vamos regozijar-nos. Mas não aguarde as dificuldades, porque Satanás é bem capaz de no-las acrescentar.
2) Angústia emocional – Na perda de pais, marido, esposa, filhos, parentes e amigos, Deus está nos levando a encontrar em Cristo a nossa satisfação. Deus nos priva desses relacionamentos para que possamos aceitar a Cristo como Senhor e deixá-lo ter preemi-nência em nossa vida. Não é que Deus deseje nos maltratar, mas ele quer que Cristo seja nosso Senhor. É mais precioso derramar lágrimas diante do Senhor do que alegrar-se diante dos homens. O que encontramos no Senhor é o que não poderíamos encontrar nos pais, esposa e filhos. No reino da criação Deus só tem um objetivo para os crentes: dar a seu Filho preeminência em todas as coisas. Oferecendo Isaque, ganhamos Isaque. Deus não permitirá que tenhamos qualquer coisa fora do seu Filho.
3) Sofrimento físico – Deus permite que fiquemos doentes e fracos fisicamente para aprendermos: 1) a orar a noite, 2) a vigiar como o pardal sobre o telhado, 3) a tomar conhecimento de como o Senhor prepara a nossa cama, 4) a resolver os pecados, 5) a esperar na quietude, 6) a tocar a bainha das vestes do Senhor, 7) a perceber como Deus envia Sua Palavra para nos curar, 8) a discernir como Deus usa a enfermidade para nos tornar vasos úteis, 9) a compreender que a santidade cura, e 10) a experimentar o poder da ressurreição do Senhor para vencer nossa fraqueza, enfermidade e morte. Deus nos faz aprender através da enfermidade a crer, confiar e obedecer para que Cristo possa ter preeminência em nossa vida.
4) A agonia das perdas das virtudes naturais – Como as pessoas ainda dependem de suas próprias virtudes naturais, mesmo depois que são salvas! Mas, com o passar dos dias, talvez depois de alguns anos, o Senhor retira as virtudes naturais, causando-lhes assim profunda agonia. Ele nos priva de nossas virtudes adâmicas e nos mostra nossa depra-vação. A razão dessa privação é encher-nos de Cristo.
Concluindo, então, seja o que for que Deus nos dê – seja algo doce ou amargo – é para nos induzir a deixar que Cristo tenha preeminência em nossa vida.
Fonte: O Plano de Deus e os Vencedores - Watchman Nee
Convém que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30)
As experiências dos cristãos são de dois tipos: as doces e as amargas. Deus nos faz pas-sar por ambas, as experiências doces e amargas da vida, para nos capacitar a deixar que Cristo tenha preeminência em todas as coisas.
EXPERIÊNCIAS DOCES:
1) Oração respondida – A oração será atendida se o seu alvo for o de deixar que Cristo tenha o primeiro lugar em todas as coisas. Busquemos primeiro o reino de Deus e a sua justiça e Deus acrescentará tudo mais que precisamos. (Acrescentar não é dar. O primei-ro significa adicionar ao que já temos; o segundo significa conceder o que não temos.) pedir em nome do Senhor é pedir em nome do Pai para o Senhor a fim de que o Senhor possa recebê-lo. De acordo com este princípio aqueles que dão valor à carne não terão nada para pedir em oração. Como precisamos deixar que a cruz acabe com a nossa carne para podermos ser intercessores do Senhor, pedindo aquilo que é a vontade do senhor! Não deveríamos orar pelos nossos propósitos egoístas. Só aqueles que permitem que Cristo tenha preeminência em todas as coisas podem entrar no Santo dos Santos. Vamos transformar os momentos de oração pelas nossas necessidades em um momento de ora-ção pelos negócios de Deus. Então Deus ouvirá a oração que proferimos – isto é, oração pelas coisas de Deus; mas ele também ouvirá a oração que não proferirmos – isto é, a oração pelos nossos próprios negócios. Se primeiro pedirmos que o Senhor receba o que é Dele, ele fará que nós também recebamos o que é nosso. Umas das experiências doces da vida do cristão é ter orações continuamente atendidas. Lembre-se, entretanto, que o motivo de Deus responder nossas orações é permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas.
2) Crescimento – O crescimento também é uma doce experiência do cristão. Devemos ser como crianças, mas não permanecer crianças. Aumento de conhecimento das Escri-turas Sagradas não é crescimento; crescimento é aumento de Cristo em nós. Menos ego, ausência total do ego, isso é crescimento. Pensar pouco em si mesmo – mais ainda, não pensar em nada – isso é crescimento. Por exemplo, a verdadeira humildade é ignorar-se completamente. Quando nos vemos, a humildade é relativa, mas quando não nos vemos mais, a humildade é absoluta; e isso é crescimento. Crescimento é deixar que Cristo tenha preeminência em minha vida: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” – mas Ele não cresce em mim de acordo com a porção de conhecimento bíblico que tenho, mas de acordo com a minha consagração. Na medida em que eu me colocar na mão de Deus, Cristo terá preeminência em todas as coisas. O verdadeiro crescimento está no engrandecimento de Cristo.
3) Iluminação – Outra experiência doce da vida cristã é receber a luz de Deus, isto é, visão espiritual. Revelação é o que Deus dá – uma dádiva objetiva. Quando Deus nos ilumina para percebermos o que há na revelação – isto é percepção subjetiva. Visão é o que vemos quando a luz de Deus brilha sobre nós: inclui luz e revelação. Primeiro a iluminação, depois a fé. Se quisermos ser continuamente iluminados, temos de permitir sempre que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” (Mateus 6:22). Não temos capacidade de entender, não porque nossos olhos não são bons. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). O coração tem de ser puro. “Se alguém quiser fazer a von-tade dele, conhecerá...” (João 7:17). Só aqueles que permitem que Cristo tenha preemi-nência em todas as coisas receberão luz.
4) Poder – Ter poder também é uma das doces experiências na vida do cristão. Para ter poder, é preciso que deixemos que Cristo se assente no trono da nossa vida. Conforme ele cresce, a pessoa tem poder. Sem separação não pode haver poder. A separação não é apenas sair, é também entrar – isto é, entrar em Cristo. O que distingue o cristão do mundo é o fato de pertencer a Cristo e estar revestido de Cristo: Cristo é o seu poder.
EXPERIÊNCIAS AMARGAS:
1) Perdas materiais – Generalizando, os crentes parecem ter dificuldades financeiras. Isto se deve ou à sua falta de habilidade de prosseguir em quaisquer ocupações impró-prias que assumiram antes, ou a motivos espirituais que Deus está resolvendo neles es-pecificamente. Deus às vezes nos priva de nossa riqueza para nos induzir a buscar a Cristo para que Ele tenha preeminência em todas as coisas. Não é impossível ao rico entrar no reino de Deus, é simplesmente difícil. Não que eles não possam servir ao Se-nhor, só que acham difícil servir ao Senhor. “[Se] deitares ao pó o teu ouro... então o Todo poderoso será o teu ouro” (Jó 22:24,25). Deus lidou com os filhos de Israel no deserto, privando-os do suprimento terreno de alimento e vestimentas, para que pudes-sem perceber a abundância de Deus. Quando os suprimentos da terra acabam, descem os suprimentos celestes. Dificuldades materiais levam-nos a buscar o Senhor, a aprender a lição da fé e a conhecer Cristo como o primeiro em todas as coisas. Seja qual for a dificuldade que enfrentamos, vamos crer que vem de Deus, e vamos regozijar-nos. Mas não aguarde as dificuldades, porque Satanás é bem capaz de no-las acrescentar.
2) Angústia emocional – Na perda de pais, marido, esposa, filhos, parentes e amigos, Deus está nos levando a encontrar em Cristo a nossa satisfação. Deus nos priva desses relacionamentos para que possamos aceitar a Cristo como Senhor e deixá-lo ter preemi-nência em nossa vida. Não é que Deus deseje nos maltratar, mas ele quer que Cristo seja nosso Senhor. É mais precioso derramar lágrimas diante do Senhor do que alegrar-se diante dos homens. O que encontramos no Senhor é o que não poderíamos encontrar nos pais, esposa e filhos. No reino da criação Deus só tem um objetivo para os crentes: dar a seu Filho preeminência em todas as coisas. Oferecendo Isaque, ganhamos Isaque. Deus não permitirá que tenhamos qualquer coisa fora do seu Filho.
3) Sofrimento físico – Deus permite que fiquemos doentes e fracos fisicamente para aprendermos: 1) a orar a noite, 2) a vigiar como o pardal sobre o telhado, 3) a tomar conhecimento de como o Senhor prepara a nossa cama, 4) a resolver os pecados, 5) a esperar na quietude, 6) a tocar a bainha das vestes do Senhor, 7) a perceber como Deus envia Sua Palavra para nos curar, 8) a discernir como Deus usa a enfermidade para nos tornar vasos úteis, 9) a compreender que a santidade cura, e 10) a experimentar o poder da ressurreição do Senhor para vencer nossa fraqueza, enfermidade e morte. Deus nos faz aprender através da enfermidade a crer, confiar e obedecer para que Cristo possa ter preeminência em nossa vida.
4) A agonia das perdas das virtudes naturais – Como as pessoas ainda dependem de suas próprias virtudes naturais, mesmo depois que são salvas! Mas, com o passar dos dias, talvez depois de alguns anos, o Senhor retira as virtudes naturais, causando-lhes assim profunda agonia. Ele nos priva de nossas virtudes adâmicas e nos mostra nossa depra-vação. A razão dessa privação é encher-nos de Cristo.
Concluindo, então, seja o que for que Deus nos dê – seja algo doce ou amargo – é para nos induzir a deixar que Cristo tenha preeminência em nossa vida.
Fonte: O Plano de Deus e os Vencedores - Watchman Nee
A igreja em Filadélfia
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus (Mt 16:19)
Mt 16:19; Ap 3:7-8
Mt 16:19; Ap 3:7-8
Ao longo dos séculos o Senhor preservou um grupo de pessoas que invocava o Seu nome e guardava a Sua Palavra (Ap 3:8). Por fim, estes foram expulsos de Sardes e constituíram a igreja em Filadélfia. Na igreja em Filadélfia há o amor fraternal, pois não há espaço para orgulho e presunção; pelo contrário, ali reconhecem sua condição de pouca força, por isso não negam o nome do Senhor, mas o invocam e guardam a Sua Palavra.
Sabemos que quatro igrejas permanecerão até a volta do Senhor: Tiatira, Sardes, Laodiceia e Filadélfia. Vemos que a Igreja em Filadélfia recebeu a chave de Davi (3:7). Davi era um rei, portanto a chave dele está relacionada ao reino. Essa chave também corresponde às chaves do reino dos céus mencionadas em Mateus 16:19.
A igreja em Filadélfia apresenta uma condição adequada para entrar na manifestação do reino dos céus como vencedora, pois não nega o nome do Senhor, mas o invoca e guarda a Palavra do Senhor ao ler e orá-Ia.
Ela tem a promessa de ser guardada da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, a grande tribulação, porque tem guardado a palavra da perseverança, ou seja, mesmo debaixo de perseguição, não deixa de perseverar em seguir o Senhor.
O versículo 11 menciona que essa igreja já tem a coroa e que precisa conservar o que tem para que ninguém a tome, portanto aqui vemos várias evidências de que haverá nela um grande número de vencedores. Que possamos andar e ajudar outros a também andar nesse caminho até a volta do Senhor!
Graças a Deus por Sua misericórdia que tem nos alcançado, dando-nos sempre novas revelações e a oportunidade de praticá-Ias. O Espírito precisa achar em nós um coração humilde e puro para ter liberdade de revelar muitas outras coisas.
A igreja em Sardes e em Laodiceia
Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, para que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (Ap 3:18-19)
Jo 5:39-40; Rm 5:1; Ap 3:1-6, 17-19
Jo 5:39-40; Rm 5:1; Ap 3:1-6, 17-19
A Bíblia encontrava-se fechada para a maioria das pessoas. o século XVI surgiu Martinho Lutero. Ele fazia parte do corpo eclesiástico da única instituição religiosa reconhecida na época e tinha acesso à Bíblia, porém não concordava com as práticas de sacrifícios físicos para obter perdão de pecados, salvação pelas obras, venda de indulgências etc.
Essa liderança religiosa universal controlava todas as nações da época. Cada rei tinha de ser nomeado por essa instituição e devia obediência às normas por ela estabelecidas. Até para casar-se era preciso pedir autorização de seu líder máximo. E, se alguém não o obedecesse, ele não seria coroado.
A igreja em Sardes surgiu depois da reforma realizada por Martinho Lutero. Por causa dele temos hoje a Bíblia disponível para leitura. Ele se levantou a favor da justificação pela fé, e, por isso, foi duramente perseguido pelos líderes religiosos.
O nome Sardes significa restauração. Deus queria que eles restaurassem a prática de invocar o nome do Senhor e de guardar a Sua Palavra que inclui não apenas conhecê-la, mas principalmente praticá-Ia. Muitos reis, todavia, aproveitaram a ocasião para romper com a liderança religiosa única e formar as igrejas nacionais. Surgiram, então, as igrejas estatais na Inglaterra, na Alemanha, na Holanda e várias outras igrejas nacionais.
As práticas saudáveis na igreja haviam sido perdidas desde o tempo de Pérgamo, onde havia o trono de Satanás. Em Tiatira havia os ensinamentos de Jezabel em lugar da Bíblia e outro nome em lugar do nome do Senhor.
Na época de Sardes, com a Palavra de Deus disponibilizada nas principais línguas, muitos começaram a investigar e pesquisar seu conteúdo, e, por causa das diferentes interpretações, diversos grupos cristãos se organizaram em torno dos pontos de vista que defendiam (Jo 5:39-40). Sardes deveria restaurar o nome e a Palavra do Senhor, mas não o fez.
Os fundamentalistas se preocuparam em examinar a Palavra; suas reuniões eram formais, e predominava o silêncio. Dentre esses surgiu um grupo dos que buscavam avivamento e deram início à linha pentecostal no meio cristão.
Tudo o que nos impede de caminhar juntos, em unidade, para o avanço da obra do Senhor, de fazer apenas a Sua vontade, está relacionado com a vida da alma, com a vida natural. Sabemos que a alma possui três partes: mente, emoção e vontade. Dessa forma, de Sardes surgiram os que davam mais ênfase à mente, promovendo a análise pura e simples da Bíblia, e os que preferiam tocar na emoção das pessoas, enfatizando apenas a manifestação exterior do Espírito.
Outro grupo, também proveniente de Sardes, formou a igreja em Laodiceia. Esse grupo é composto de pessoas que têm uma vontade determinada: afirmam que sua maneira de explicar a Bíblia é a melhor e são fechados para novas revelações da Palavra. Acham-se ricos e abastados, pensam que não precisam de coisa alguma e já possuem todas as riquezas espirituais (Ap 3:17).
Para os que se sentem abastados o Senhor diz: "Nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu". Não é miserável na questão humana ou financeira, e sim quanto à prática da Palavra de Deus. Acham-se ricos em espírito, mas isso mostra como eles são orgulhosos. Mais adiante o Senhor diz: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te" (v. 19). Essa é a advertência de Deus para os que se encontram na condição de Laodiceia. O Senhor nos livre de cair neste tipo de situação!
24 fevereiro, 2012
O motivo da perseverança de Esmirna
Não temas as
coisas que tens de sofrer [ ... ] o vencedor de nenhum modo sofrerá o dano da
segunda morte (Ap 2:10a, 11b)
Mt 13:31-33; Ap 2:10-13, 18-29
Por meio da ajuda de João, a igreja em Éfeso foi conduzida ao exercício do espírito e obteve crescimento da vida divina. Com isso, a igreja resgatou o primeiro amor e se tornou desejável. A seguir vemos, de acordo com a história, que a igreja em Esmirna é a etapa seguinte após a igreja em Éfeso.
Mt 13:31-33; Ap 2:10-13, 18-29
Por meio da ajuda de João, a igreja em Éfeso foi conduzida ao exercício do espírito e obteve crescimento da vida divina. Com isso, a igreja resgatou o primeiro amor e se tornou desejável. A seguir vemos, de acordo com a história, que a igreja em Esmirna é a etapa seguinte após a igreja em Éfeso.
A palavra Esmirna quer dizer
sofredora e representa uma nova condição da igreja. Apocalipse 2:10 diz: "Não
temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão
alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias".
O império romano levantou dez grandes perseguições contra a igreja, o que durou
cerca de duzentos anos. Quanto mais matavam cristãos, mais pessoas criam em
Jesus. Eles suportaram a perseguição porque cresceram na vida divina e
encheram-se do Espírito por meio de invocar o nome do Senhor e ler-orar a
Palavra.
A igreja em Pérgamo representa
a terceira etapa da igreja na história. Ela começa no período final de Esmirna,
quando o imperador romano Constantino mudou de estratégia e, em vez de matar os
cristãos, começou a exaltá-los dando-lhes melhores condições; decretou que os
cristãos não precisavam pagar impostos, não precisavam prestar serviço militar e
recebiam roupas gratuitamente. Assim muitos inconversos e incrédulos passaram a
fazer parte do cristianismo, e essa mistura fez a igreja entrar em
degradação.
O Senhor Jesus diz em
Apocalipse 2:12-13: "Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz
aquele que tem a espada afiada de dois gumes: Conheço o lugar em que habitas,
onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha
fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto
entre vós, onde Satanás habita". Em Pérgamo havia o trono de Satanás. Isso está
relacionado com as aves dos céus aninhando-se nos ramos da grande árvore da
parábola do grão de mostarda (Mt 13:31-32), uma situação totalmente
anormal.
Antipas, mencionado no
versículo acima, veio de Esmirna e significa anti, contrário. Esmirna estava
sempre contra essa situação e suportou perseguição porque conservava o nome e a
Palavra do Senhor. Semelhantemente, podemos suportar as adversidades e
perseguições por meio de invocar o nome do Senhor e ler e orar Sua
Palavra.
Esses fatos dizem respeito à
história da igreja em Esmirna, até o ano 313 d.C., quando surgiu a igreja em
Pérgamo. O último que invocava o nome do Senhor foi morto. O nome do Senhor
deixou de ser invocado e a palavra do Senhor deixou de ser falada. Como
resultado, houve a união anormal do império romano com o cristianismo, da
política com a igreja, e foi assim que o trono de Satanás achou lugar
ali.
Cremos, porém, que um
remanescente permaneceu, em oculto, invocando o nome do Senhor e guardando a
Palavra. Esse remanescente perdura até os dias de hoje, com a igreja em
Filadélfia, passando por Pérgamo, Tiatira e Sardes.
A quarta igreja em Apocalipse
2:18-29 está relacionada com a parábola do fermento. A mulher, Jezabel, que
representa uma instituição religiosa romana, acrescentou fermento aos
ensinamentos de Jesus, as três medidas de farinha (Mt 13:33). A história nos
mostra que, nesse período, a Bíblia permaneceu fechada para leitura por vários
séculos pelos leigos, exceto para o alto clero. Numa situação assim, foram
"acrescentadas" muitas doutrinas estranhas que não correspondiam à Palavra de
Deus. A divulgação da Bíblia para o povo comum era ilegal.
Todavia, durante esse período,
um grupo de pessoas buscava tornar a Palavra acessível aos outros. Então Pedro
Valdo, um nobre negociante, incentivava a divulgação da Palavra por meio dos
muitos vendedores que trabalhavam para ele. Estes copiavam porções da Bíblia e
escondiam em uma bolsa com alça pendurada ao pescoço.
Quando esses vendedores saíam
para vender suas mercadorias e percebiam que alguém demonstrava interesse pelas
coisas de Deus, ou fome pela Palavra, tiravam os manuscritos da bolsa e passavam
para elas. Foi daí que surgiu pela primeira vez, no século XII, a palavra
"colportor". Essas bolsas com porções da Palavra de Deus carregadas sobre o
peito nos lembram o éfode da estola sacerdotal que tinha o peitoral com o Urim e
Tumim (Êx 28:4, 30).
Hoje o Senhor deseja que
muitos colportores se levantem para levar livros que ajudem as pessoas a
compreender a vontade de Deus revelada em Sua Palavra. Louvado seja o
Senhor!
23 fevereiro, 2012
A cooperação de João em sua meturidade
Não tenho maior
alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo
4)
At 19:8-10; 20:31; 1 Tm 1:3-4; Ap 1:10; 4:2; 17:3; 21:10
Durante sua terceira viagem missionária, Paulo passou por Éfeso. Ali, durante três meses, Ele tentou convencer os religiosos da cidade a acreditar no reino de Deus; depois, discorreu durante dois anos na escola de Tirano (At 19:8-10). Quando uma pessoa tenta convencer outra com argumentos, isso produz discussões, que não as ajudam a ter a mente no espírito, e sim em suas razões. Provavelmente, sem perceber, tentando persuadir as pessoas, Paulo introduziu os irmãos de Éfeso na esfera anímica.
At 19:8-10; 20:31; 1 Tm 1:3-4; Ap 1:10; 4:2; 17:3; 21:10
Durante sua terceira viagem missionária, Paulo passou por Éfeso. Ali, durante três meses, Ele tentou convencer os religiosos da cidade a acreditar no reino de Deus; depois, discorreu durante dois anos na escola de Tirano (At 19:8-10). Quando uma pessoa tenta convencer outra com argumentos, isso produz discussões, que não as ajudam a ter a mente no espírito, e sim em suas razões. Provavelmente, sem perceber, tentando persuadir as pessoas, Paulo introduziu os irmãos de Éfeso na esfera anímica.
Quando Paulo deixou Timóteo em
Éfeso, ele o fez porque viu que os irmãos estavam ensinando outra doutrina e se
ocupavam com fábulas e genealogias sem fim; coisas da esfera da alma que só
promoviam discussões e não o propósito de Deus na fé (1 Tm 1:3-4). Embora Éfeso
signifique desejável, a condição da igreja ali estava longe de ser desejável.
Mas, louvado seja o Senhor, há esperança para todas as igrejas.
Durante a perseguição do
império romano, Pedro foi morto porque era um dos principais líderes da igreja.
João, porque fora considerado somente cúmplice de Pedro, foi condenado à prisão
no exílio (Ap 1:9). Ele ficou exilado em Patmos por vinte anos e nesse período
permaneceu no espírito (Ap 1:10; 4:2; 17:3; 21:10). O Espírito da realidade, que
é comparado à unção (Jo 14:16-17; 1 Jo 2:20,27), o lembrou de tudo o que Senhor
Jesus lhe havia falado ao longo dos três anos e meio em que esteve com Ele (Jo
14:26).
Quando saiu da prisão, João
foi para Éfeso. Ministrando Espírito e vida, ele tirou a igreja da esfera
doutrinária e de degradação, e a conduziu a praticar a Palavra do Senhor. Dessa
maneira, viram onde haviam caído, arrependeram-se, voltaram à prática das
primeiras obras e foram restaurados ao amor do princípio.
Por meio da ajuda que
receberam do ministério do apóstolo João em sua maturidade, a igreja em Éfeso de
fato mudou, a ponto de se tomar o centro da obra do ministério ulterior de João
(3 Jo). Eles aprenderam a usar o espírito para gerar as transformações
necessárias na igreja. Os irmãos começaram a negar a vida da alma, a viver no
primeiro amor, na vida divina, e a sair para a expansão do evangelho por causa
do nome do Senhor Jesus (v. 7).
Graças ao Senhor, por causa do
labor do apóstolo João naquela "terra", a igreja em Éfeso se tomou desejável. A
igreja se encheu de vida e passou a produzir frutos a cem, a sessenta e a trinta
por um (Mt 13:23). Isso está relacionado com a parábola do semeador.
22 fevereiro, 2012
Recuperar o amor do princípio
Ao vencedor
dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus
(Ap 2:7b)
Rm 8:6; Ap 1:19-20; 2:1-7
As sete parábolas de Mateus 13 possuem estreita relação com as sete igrejas na Ásia descritas em Apocalipse 2 e 3. Esses capítulos apresentam a condição da igreja, desde o primeiro século até a vinda do Senhor. Apocalipse 1:19-20 diz: "Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas". O Senhor revelou a João a condição das sete igrejas para nos mostrar em que condição nos encaixamos.
Rm 8:6; Ap 1:19-20; 2:1-7
As sete parábolas de Mateus 13 possuem estreita relação com as sete igrejas na Ásia descritas em Apocalipse 2 e 3. Esses capítulos apresentam a condição da igreja, desde o primeiro século até a vinda do Senhor. Apocalipse 1:19-20 diz: "Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas". O Senhor revelou a João a condição das sete igrejas para nos mostrar em que condição nos encaixamos.
A primeira igreja mencionada é
a igreja em Éfeso: "Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele
que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete
candeeiros de ouro: Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua
perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que
a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens
perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste
esmorecer" (2:1-3). A igreja em Éfeso começou bem, mas depois se
degradou.
O Senhor é Aquele que conhece
as nossas obras e, portanto, sabia qual era a condição da igreja em Éfeso.
Então, no versículo 4, diz: "Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu
primeiro amor". Aparentemente os irmãos ali estavam muito bem, mas eles
abandonaram o mais importante: o amor do princípio. Em outras palavras, perderam
o amor de Deus. Só se preocuparam em fazer obras, mas lhes faltava o amor do
princípio, que provém da vida divina.
Algumas igrejas realizam a
obra com muito primor, parece que está tudo bem, mas lhes falta negar a vida da
alma. Fazem tudo certo, porém falta-lhes a verdadeira motivação, o amor que vem
de Deus. Em outras palavras, falta a vida de Deus. Mesmo ganhando o mundo
inteiro, podemos perder nossa alma caso não neguemos a nós mesmos (Mt
16:25-26).
Apocalipse 2:7b diz: "Ao
vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso
de Deus". Isso mostra que a ênfase de Deus está na vida divina. Eles precisavam
comer da árvore da vida. A igreja em Éfeso estava numa condição muito ruim,
especialmente no período em que Paulo ainda estava vivo. Paulo queria levá-los
ao espírito, mas eles não obedeciam às suas palavras, pois permaneciam nos
arrazoamentos de sua alma (1 Tm 1:4).
Precisamos nos arrepender. Não
apenas mudar a mente; colocando-a no Espírito (Rm 8:6). Muito mais do que isso,
devemos negar a vida da alma para que haja crescimento de vida. O que faltava na
igreja em Éfeso era o amor do princípio, ou seja, fazer as coisas tendo como
fonte a vida de Deus, que é amor. Mas, graças ao Senhor, no meio deles surgiu um
grupo de vencedores, os quais se alimentavam da árvore da vida e supriam outros
de vida.
Sem negar a vida da alma não
há crescimento da vida de Deus. Sem o crescimento da vida divina, não há a
manifestação do amor. Sem isso não há como entrar no reino dos céus.
21 fevereiro, 2012
As parábolas do grão de mostarda, do fermento, do tesouro escondido e da rede
Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça (Mt 13:43)
Mt 13:4,19,31-33,44-50
Mt 13:4,19,31-33,44-50
Prosseguindo na revelação dos mistérios do reino dos céus, a terceira parábola, do grão de mostarda, diz: "Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes, e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos" (Mt 13:31-32). Alguns aplicam essa parábola ao avanço do evangelho e ao aumento do número de membros na igreja. Eles dizem: "Antes éramos um pequeno grupo, como um grão de mostarda; mas agora crescemos em número e nos tornamos como uma grande árvore. Até os anjos estão habitando em nosso meio!". Mas a Palavra mostra que essa interpretação está incorreta.
Deus determinou que cada planta produzisse sementes segundo sua espécie (Gn 1:11). A mostarda é uma hortaliça, portanto não pode mudar sua natureza e se transformar em uma árvore. Além disso, as aves que vêm aninhar-se sobre ela representam o maligno, já descrito na primeira parábola (Mt 13:4, 19). Isso tudo indica que o crescimento da igreja apresentado nessa parábola não é algo normal.
Isso mostra que não devemos estar em uma condição anormal, onde as coisas são feitas de qualquer maneira, gerando brechas para o inimigo entrar. A igreja deve buscar a direção do Senhor em todas as questões, principalmente quanto ao avanço do evangelho, para não crescer de modo anormal.
A quarta parábola diz: "O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha até ficar tudo levedado" (v. 33). Após a colheita o trigo é moído e se torna farinha. O fermento é acrescentado à farinha para fazer a massa crescer tornando-a de fácil ingestão. Esse crescimento também representa algo anormal.
As quatro primeiras parábolas têm relação com alimento, ou seja, com a vida, e com o tipo de crescimento espiritual que temos ao recebermos a palavra do reino que foi em nós plantada; as três restantes relacionam-se com materiais que podem ser usados na obra do Senhor.
A quinta parábola é a do tesouro escondido: "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo" (v. 44). O homem encontrou um tesouro oculto no campo, mas não o utilizou para um fim proveitoso; ele o manteve escondido. Sua atitude foi semelhante a do servo que escondeu o talento que recebera de seu senhor na parábola de Mateus 25:18.
A sexta parábola diz que "o reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra" (13:45-46). Diferentemente da parábola anterior, esse negociante não escondeu a pérola, mas investiu tudo o que tinha para adquiri-Ia. Isso indica que ele negociou o que tinha para obter algo de valor superior.
A sétima parábola diz: "O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes" (vs. 47-50).
20 fevereiro, 2012
A boa terra e a parábola do joio e do trigo
Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro (Mt 13:30)
Mt 13:24-30, 36-43; 1 Co 5:9-11; 6:9-10
Mt 13:24-30, 36-43; 1 Co 5:9-11; 6:9-10
Louvamos ao Senhor porque Ele nos revelou que as parábolas de Mateus 13, que falam dos mistérios do reino dos céus, descrevem a condição da igreja ao longo da história. Por isso precisamos aprender os princípios de cada uma delas e extrair as lições necessárias para o nosso viver hoje.
Na semana anterior, vimos que a parábola do semeador mostra que devemos laborar, afofar a terra, tirar as pedras e eliminar os espinhos, arrancando-os e queimando-os com o fogo do Espírito; assim a igreja se tornará uma boa terra, saudável, e produzirá frutos a cem, a sessenta e a trinta por um. Nesta semana veremos as demais parábolas e a relação delas com as sete igrejas em Apocalipse 2 e 3.
A segunda parábola começa a ser narrada no versículo 24 de Mateus 13: "Outra parábola lhes propôs dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo". O solo afofado, livre de pedras e espinhos, se tornou uma boa terra. "Mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no seu campo? Donde vem, pois o joio? Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro" (vs. 25-30).
Essa parábola nos adverte para que não caiamos na condição de joio e apresenta a história de igreja, quando, de fato, o joio foi introduzido entre os cristãos na igreja. O semeador semeou a boa semente no campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo e semeou o joio no meio do trigo.
O trigo semeado em boa terra recebeu a umidade e nutrientes do solo para crescer. O joio, por sua vez, concorria com o trigo em busca da água e dos nutrientes da terra, mas o Senhor não permitiu que os servos o arrancassem porque suas raízes estavam entrelaçadas com as raízes do trigo. Arrancando um, inevitavelmente o outro também seria arrancado.
O Senhor orientou os servos a que os deixassem crescer juntos até o tempo da colheita, pois, à medida que os dois crescessem juntos, começariam a se diferenciar. Ao amadurecer, o trigo adquire uma cor dourada, e o joio uma cor escura; isso facilita selecionar um do outro durante a colheita.
Isso se refere à segunda vinda do Senhor, quando Ele, em Seu tribunal, separará aqueles que entrarão no reino daqueles que não poderão entrar (vs. 36-43; 1 Co 5:9-11; 6:9-10). Naquele dia, que será o tempo da colheita, o joio será facilmente identificado, separado do trigo e atado em feixes para ser queimado. O trigo será recolhido no celeiro (Mt 13:30b).
A obra do inimigo é tentar prejudicar o crescimento dos irmãos na igreja, mas devemos procurar o progresso espiritual, mesmo quando a igreja passa por fases difíceis, nas quais parece ser trabalhoso conseguir "nutrientes" espirituais. Ainda assim, precisamos lançar mais raízes e buscar a luz do sol, que representa Cristo, a fim de crescermos mais que as outras coisas.
19 fevereiro, 2012
Quando nosso coração se torna uma boa terra
Para que, uma
vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus
Cristo (1 Pe 1:7)
Mt 3:11; 1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12; Ap 21:18
Algumas epístolas de Paulo nos mostram situações em que ele negou a si mesmo diante de sofrimentos provindos de circunstâncias exteriores, e venceu uma série de obstáculos que podiam impedir o avanço da obra do Senhor em sua época. Isso é bom, mas não é suficiente, visto que a vida da alma costuma aparecer mesmo quando não temos problemas de ordem física, aparente.
Mt 3:11; 1 Co 12:4-6; Ef 4:11-12; Ap 21:18
Algumas epístolas de Paulo nos mostram situações em que ele negou a si mesmo diante de sofrimentos provindos de circunstâncias exteriores, e venceu uma série de obstáculos que podiam impedir o avanço da obra do Senhor em sua época. Isso é bom, mas não é suficiente, visto que a vida da alma costuma aparecer mesmo quando não temos problemas de ordem física, aparente.
Quando estudamos as epístolas
de Pedro, recebemos mais ajuda. Por meio de sua primeira epístola, ele nos
ajudou a ver que a melhor maneira de lidar com a vida da alma, isto é, com as
impurezas da alma, é queimá-Ias, purificá-Ias com o fogo do Espírito assim como
se purifica o ouro (1 Pe 1:6-7, 22; Mt 3:11). O ouro de 24 quilates que
conhecemos possui percentual de pureza de 99,9%; ele não é 100% puro. Pedro veio
nos mostrar como obter esse ouro mais precioso que o ouro perecível. Esse ouro
totalmente puro é encontrado na nova Jerusalém, e é semelhante a vidro
cristalino (Ap 21:18). Se fosse ouro perecível, sólido, não se poderia ver
através dele. Mas ali diz que esse ouro é puro, transparente. Por meio de um
constante queimar, o valor da nossa fé é confirmado e se torna muito mais
precioso que o ouro perecível.
Aprendemos que, quando nossa
vida da alma se manifestar, quer seja pelo orgulho, autossuficiência, ambição ou
inveja, devemos colocá-Ia no fogo do Espírito, arrependendo-nos, para ser
queimada, eliminada. Se ela vier a se manifestar novamente devemos submetê-Ia ao
fogo do Espírito. Praticando assim, a boa terra será obtida, pois terá sido
afofada e estará livre de pedras e espinhos para frutificar
livremente.
Por isso, sempre que entoarmos
o cântico S-38, mencionado ontem, nosso sentimento deve ser de queimar os
espinhos que ocupam nosso coração e não somente retirá-los e deixá-los de lado,
para não corrermos o risco deles brotarem novamente.
Deus deseja que nós governemos
no mundo que há de vir. Para isso, precisamos negar a vida da alma a fim de
crescermos em vida e sermos aperfeiçoados (Ef 4:11-12). Dons transformados em
ministérios, e ministérios, em operações (1 Co 12:4-6). Uma vez aperfeiçoados
assim, estaremos aptos para governar o mundo que há de vir.
O ponto principal da parábola
do semeador é queimar a vida da alma, removendo de nosso coração todas as suas
impurezas, para que a vida divina continue crescendo em nós e possamos dar
frutos abundantes. Aleluia!
A semente que caiu entre os espinhos
Portanto, não
vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos
vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai
celeste sabe que necessitais de todas elas (Mt 6:31-32)
Mt 13:7, 22
Ontem vimos que a terra à beira do caminho precisa ser afofada, e o solo rochoso tem de ser arado para se removerem as pedras. O resultado desse labor é uma terra abundante para receber as sementes de vida. A terceira condição do solo da parábola do semeador mostra que a terra está pronta (Mt 13:7, 22). A semente brotou e, para se desenvolver, ela precisa da luz solar.
Mt 13:7, 22
Ontem vimos que a terra à beira do caminho precisa ser afofada, e o solo rochoso tem de ser arado para se removerem as pedras. O resultado desse labor é uma terra abundante para receber as sementes de vida. A terceira condição do solo da parábola do semeador mostra que a terra está pronta (Mt 13:7, 22). A semente brotou e, para se desenvolver, ela precisa da luz solar.
O trigo, por exemplo, possui
muitas variedades de sementes. O tipo de clima e terra determinam que variedade
deve ser plantada. Além disso, as sementes são selecionadas de acordo com a
necessidade de luz solar. Quanto mais luz recebida, maior será o crescimento.
Semelhantemente, nós também precisamos da luz proveniente da Palavra de Deus
para crescer e amadurecer.
A parábola de Mateus 13 nos
mostra que a semente lançada entre os espinhos germinou e cresceu, mas os
espinhos também cresceram e a sufocaram. O versículo 22 traz a seguinte
explicação: "O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém
os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica
infrutífera". Em outras palavras, quando estamos prontos para frutificar, para
ser úteis ao Senhor e ao Seu reino, os cuidados do mundo e a fascinação das
riquezas sufocam todo investimento feito em nós, toda palavra de Deus que foi
armazenada em nós. Essas preocupações também são resultado de se viver para si
mesmo. Precisamos dar um fim nisso para nos tornarmos uma boa terra e
frutificarmos a cem, a sessenta e a trinta por um.
Em nosso Suplemento de hinos
há um cântico chamado "O semeador saiu a semear" (S-38). Ele fala de arrancar os
espinhos. Sabemos que os espinhos representam as preocupações provenientes da
vida da alma. Os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas operam na esfera
da alma independentemente de Deus. Apenas arrancar os espinhos ainda não é
suficiente, pois estes podem brotar novamente e sufocar a planta.
Arrancar espinhos pode ser
comparado a ter essas preocupações removidas por meio de sofrimentos causados
por circunstâncias exteriores. Um irmão sofre um acidente e, então, no leito do
hospital, ele ora: “Ó Jesus, tem misericórdia de mim! A partir de hoje vou dar
mais tempo para Ti e para Tuas coisas". Entretanto, depois que é curado, se
esquece de Jesus e volta para suas próprias coisas. Não é assim que acontece?
Esse tipo de sofrimento não é suficiente para lidar com a origem dos espinhos:
nossa vida da alma. Amanhã veremos que queimar os espinhos é o melhor caminho
para lidar com aquilo que nos sufoca.
17 fevereiro, 2012
A semente que caiu em solo rochoso.
Porque a terra
que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para
aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus (Hb
6:7)
Mt 13:5-6, 20-21
Louvado seja o Senhor porque mediante Sua Palavra nos mostrou a necessidade de tratar com a dureza de nosso coração, para que ele não permaneça empedernido como o solo à beira do caminho, pelo contrário, seja como uma terra fofa que acolhe a semente de vida e frutifica.
Mt 13:5-6, 20-21
Louvado seja o Senhor porque mediante Sua Palavra nos mostrou a necessidade de tratar com a dureza de nosso coração, para que ele não permaneça empedernido como o solo à beira do caminho, pelo contrário, seja como uma terra fofa que acolhe a semente de vida e frutifica.
Uma vez resolvida essa
questão, o labor continua, pois a parábola do semeador em Mateus 13 prossegue
dizendo: "Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo
nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e,
porque não tinha raiz, secou-se" (vs. 5-6). A semente necessita de terra porque
é ela que retém água. Quando vem a chuva, a terra consegue absorver a água e se
mantém úmida, criando um ambiente propício para a semente germinar. Quando a
semente cai nessa terra, consegue brotar, pois encontra umidade. Vemos, assim,
que a terra é um elemento fundamental para que a semente frutifique.
A segunda condição do solo
mostra que existe terra, mas também há rochas: "O que foi semeado em solo
rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem
raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou
a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza" (vs. 20-
21).
Quando uma semente é lançada e
alcança o solo, logo nasce. A planta nova, então, procura aprofundar suas raízes
para encontrar água. Como no solo rochoso há pouca terra ela não consegue
aprofundá-las porque encontra muitas pedras. Por causa disso, suas raízes não
são profundas e não encontram a umidade necessária para crescer. Conosco poderá
ocorrer o mesmo se não buscarmos suprimento na Palavra, pois quando surgirem
dificuldades e perseguições, representadas pelo sol nessa parábola,
desanimaremos e não produziremos frutos.
Não podemos permitir que essa
condição permaneça. Devemos buscar a Palavra do Senhor para sermos iluminados,
isto é, negar a nossa vida da alma, o nosso ser natural. A vida da alma precisa
ser arrancada como se arrancam as pedras do solo. Não é arrancar o solo,
tampouco é arrancar a alma, mas aquilo que impede que a palavra do reino forme
raízes em nosso coração, como o orgulho, a autossuficiência, a inveja, a ambição
etc. Por isso sempre enfatizamos a importância de negar a vida da
alma.
Se praticarmos isso, restará
apenas a boa terra, isto é, um coração preparado para receber mais sementes de
vida.
16 fevereiro, 2012
A semente que caiu à beira do caminho
Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como foi na provocação (Hb 3:15)
Mt 13:3-8, 18-23
Mt 13:3-8, 18-23
A primeira parábola apresentada pelo Senhor Jesus em Mateus 13 é a do semeador. Essa parábola mostra que o reino dos céus é uma questão de vida, pois fala das condições da terra (nosso coração) para a que vida da semente (a palavra do reino) possa crescer.
O semeador saiu a semear, e, ao fazê-lo, a semente caiu em quatro condições diferentes de solo. A primeira condição refere-se à semente que caiu à beira do caminho e não conseguiu germinar, pois se trata de um solo pisado, duro (Mt 13:3-4, 19). A segunda relaciona-se com a semente que caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca (vs. 5-6, 20-21). A terceira condição foi a semente que caiu em um solo aparentemente bom, e cresceu, mas os espinhos a sufocaram. Os espinhos dizem respeito às preocupações de nossa alma, aos cuidados do mundo e à fascinação das riquezas (vs. 7, 22). Por fim, a última condição é a boa terra, que produziu a cem, a sessenta e a trinta por um (v. 8).
A semente representa a palavra do reino (v. 19), que está relacionada com a palavra de vida, e mostra que o reino dos céus não é uma questão de doutrinas ou regras, mas é uma questão de deixar a vida de Deus crescer em nosso coração.
Quando líamos essa parábola nos perguntávamos: "Por que ainda não somos a boa terra?"; e ainda: "O que fazer para nos tornarmos a boa terra?". Nesta série do Alimento Diário temos visto que, para responder essas perguntas e alcançar a condição de boa terra, precisamos de uma mudança de mente, de arrependimento.
A primeira parte das sementes caiu em uma terra dura, à beira do caminho. Os caminhos surgem em decorrência do trânsito de pessoas numa mesma trilha, pois onde elas passam o solo fica empedernido. De tanto pisar, a terra endurece formando caminhos. Uma parte das sementes caiu nesse solo petrificado e não conseguiu germinar, pois, mesmo antes de penetrar no solo, vieram as aves do céu e as comeram.
Às vezes o Senhor Jesus semeia em nosso coração, mas, por estarmos com o coração empedernido, ocupado com outras coisas, não damos importância. Por causa disso, a palavra de Deus não penetra em nosso coração, e, então, vem o maligno e arrebata o que foi semeado (v. 19).
Não podemos permanecer nessa condição infrutífera. Devemos pôr fim ao trânsito que endurece nosso coração para fazê-lo amolecer. Apenas buscando a presença do Senhor e levando nossa condição diante Dele, obteremos arrependimento, e a semente divina encontrará espaço para penetrar em nós. Dessa maneira, teremos um coração sensível e pronto para absorver Sua paIavra e frutificar. Aleluia!
15 fevereiro, 2012
O Senhor Jesus fala por parábolas
[Jesus respondeu:] Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. Bem aventurados, porém, os vossos olhos porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem (Mt 13:13,16)
Mt 13:10-17
Mt 13:10-17
O capítulo 13 do evangelho de Mateus apresenta sete parábolas: do semeador, do joio, do grão de mostarda, do fermento, do tesouro escondido, da pérola e da rede. Essas parábolas se cumprem profeticamente na história da igreja, nas sete igrejas (Ap 2-3), que será desenvolvida na próxima semana.
"Então se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado" (Mt 13:10-12).
O Senhor fala a nós, Seus discípulos, todas as Suas palavras; quanto aos outros, porém, o Senhor explica por que só lhes fala por parábolas: "Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem" (v. 13). Eles ouvem as parábolas somente como doutrina, mas não têm a realidade de praticá-Ias. "De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis, porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos" (vs. 14-15). Por viverem para si mesmos, o coração deles se encheu de orgulho e endureceu, por isso não conseguem tocar nas palavras faladas pelo Senhor.
No passado, aprendemos um precioso princípio espiritual: "Devemos ir para onde o Espírito estiver realizando Sua obra". Os que não seguiram esse princípio, em vez de buscar ajuda onde a obra do Espírito Santo estava fluindo, pouco a pouco deram início a uma nova religião. O Senhor usou parábolas para apresentar o evangelho do reino dos céus. Ele sabia que algumas pessoas iriam ouvir as parábolas como doutrina e mero objeto de investigação teológica, e não como lições para buscar o crescimento espiritual. Quando isso acontece, torna-se muito difícil praticar as palavras do Senhor por causa do orgulho que ocupa o coração dessas pessoas e o torna endurecido.
Diante disto, vamos manter nosso coração humilde, sempre pronto para aprender com outros, a fim de que os nossos olhos possam ver e os nossos ouvidos ouvir. Aleluia! Dessa maneira seremos bem-aventurados!
O perigo da velha e da nova religião
Bem-aventurado é aquele que não encontrar em mim [Cristo] motivo de tropeço (Mt 11:6)
Mt 3:3-4,15;9:14; 11:7; Mc 2:18; Lc 3:21-23; 7:30; Jo 3:22-23; 13:17
Mt 3:3-4,15;9:14; 11:7; Mc 2:18; Lc 3:21-23; 7:30; Jo 3:22-23; 13:17
Antes de falar da semente do reino dos céus, é necessário rever alguns pontos da semana anterior que fala sobre o começo da obra do Senhor Jesus. No início, muitos discípulos O seguiam, mas havia dois grandes empecilhos à Sua obra: os fariseus e os seguidores de João Batista.
Os fariseus impediam a entrada das pessoas no reino dos céus (Mt 23:13). Eles estavam vinculados ao Antigo Testamento e representavam a velha religião. João Batista devia fazer parte da velha religião, pois veio de uma família de sacerdotes (Lc 1:5, 13). Contudo ele abandonou as tradições sacerdotais e, em lugar de servir no templo, pregava no deserto; usava "vestes de pelos de camelo e um cinto de couro; sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre" (Mt 3:3-4; 11:7).
João foi comissionado por Deus para ser o precursor de Jesus, por isso ele pregava: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (3:2), na expectativa de que muitas pessoas se convertessem e não mais vivessem pela velha vida da alma.
Aos 30 anos, Jesus desceu ao rio Jordão para ser batizado por João (Lc 3:21-23). Este, porém, tentou dissuadi-lo, dizendo: "Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça" (Mt 3:14-15). Essa justiça se refere àquilo que Deus determinou (cf Lc 7:30). De acordo com a determinação de Deus, primeiro Jesus devia ser batizado, sepultando Sua natureza humana, para, então, batizar as pessoas com Espírito Santo e com fogo.
Quando Jesus saiu das águas, após ser batizado por João, os céus se Lhe abriram, e o Espírito de Deus desceu como pomba sobre Ele, representando que a unção foi derramada sobre Jesus (Mt 3:16). Uma vez que João Batista presenciou tudo isto, Ele deveria tomar a atitude de ser batizado por Jesus para cumprir a justiça de Deus. Mas não o fez, provavelmente porque João Batista não queria abrir mão de seus próprios discípulos (9:14; Mc 2:18).
Uma vez que Jesus veio, João deveria não apenas receber o batismo do Senhor Jesus, tornando-se Seu seguidor, como também conduzir todos os seus discípulos a segui-Lo. No entanto, não fez isso, pelo contrário, seguiu batizando pessoas em Enom, perto de Salim, enquanto os discípulos de Jesus batizavam na Judeia (Jo 3:22-23). Mais tarde, também passaram a realizar as mesmas práticas dos fariseus quanto ao jejum (Mc 2:18). João e seus discípulos já haviam rejeitado as práticas do Antigo Testamento, por isso não deveriam voltar a elas. Isso pertencia à velha religião. Mas, por fim, os discípulos de João se uniram aos fariseus e constituíram outra religião. Essa nova religião ia contra o Senhor Jesus e o Seu caminho: "Por que jejuamos nós, e os fariseus muitas vezes, e teus discípulos não jejuam?" (Mt 9:14).
Isso representa a perseguição da velha e da nova religião contra aqueles que decidem andar no caminho do reino. Precisamos tomar cuidado para não sermos influenciados pela velha religião e tampouco pela nova. Religião aqui diz respeito à tentativa do homem de agradar a Deus independente Dele. Isso é o mesmo que viver pelo ser natural, sem a vida divina, criando uma série de normas e regras que por fim se tornam uma tradição.
Hoje, se formos fiéis em seguir as orientações do Senhor, que nos mantêm no frescor da vida cristã, podemos sofrer as mesmas perseguições que ocorreram na época do Senhor Jesus. Essas perseguições podem provir até mesmo de pessoas que no passado nos ajudaram a entender as verdades bíblicas. Cabe ressaltar que a Palavra do Senhor é maravilhosa, e vale a pena desfrutá-Ia ricamente; no entanto, o que nos mantêm novos, cheios de frescor espiritual, é a prática da Palavra (Jo 13:17). Se não praticarmos as verdades ouvidas, corremos o risco de formar uma nova religião e viver segundo nossas próprias tradições. Devemos prosseguir firmes no caminho da vida divina e, como resultado, ver e desfrutar cada vez mais a benção do Senhor.
A última fase da história de João Batista é uma advertência para nós, pois mesmo sendo encarcerado, ele ainda mantinha seus discípulos: "Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras do Cristo, mandou pelos seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?" (Mt 11:2-3). Era como se João estivesse questionando: "Jesus, Tu és o Rei do reino dos céus? Se de fato for, por que não vens me libertar desta prisão?".
Sem dúvida, Jesus tinha poder para Iibertá-Io conforme está registrado no livro de Atos, quando Pedro também foi encarcerado e o Senhor o libertou (12:7-11). Mas, em relação a João Batista, Jesus respondeu: "Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço" (Mt 11:4-6). É como se Jesus lhe dissesse: "Isso é suficiente para comprovar quem Eu sou e que essa obra é do Filho de Deus". João, contudo, não demonstrou sinais de arrependimento e foi decapitado a mando de Herodes (14:6-11).
Isso nos mostra que mesmo tendo sido libertos da velha religião, podemos ainda viver sob a influência de uma nova religião. Por isso falamos sobre abandonar a velha religião, e também a nova religião. Os que servem na obra do Senhor devem estar sempre atentos a isso. Não devemos nos opor à obra do Senhor por causa de nossa própria religião. Quando negamos a vida da alma, isto é, a nós mesmos, conseguimos eliminar tanto a velha quanto a nova religião.
13 fevereiro, 2012
A ênfase do livro de mateus e a importância do arrependimento
Daí por diante,
passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos
céus (Mt 4:17)
Gn 1:26-28; Mt 3:2-3; Lc 1:41; Rm 8:6; Hb 2:5-8
Na série do Alimento Diário do semestre passado foi abordado o tema "Por que Deus criou o homem?". Com base em Gênesis 1:26, 28, vimos que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança para que o homem crescesse em vida e exercesse domínio sobre a terra, retirando-a da sujeição de Satanás (Hb 2:5). Deus seria o conteúdo do homem, e este, pleno da vida de Deus, governaria o mundo que há de vir (vs. 6-8).
Gn 1:26-28; Mt 3:2-3; Lc 1:41; Rm 8:6; Hb 2:5-8
Na série do Alimento Diário do semestre passado foi abordado o tema "Por que Deus criou o homem?". Com base em Gênesis 1:26, 28, vimos que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança para que o homem crescesse em vida e exercesse domínio sobre a terra, retirando-a da sujeição de Satanás (Hb 2:5). Deus seria o conteúdo do homem, e este, pleno da vida de Deus, governaria o mundo que há de vir (vs. 6-8).
Muitos se lembram de quando
estudamos o livro de Mateus, com o objetivo, naquela ocasião, de enfatizar a
igreja. Desta feita, estamos abordando a importância do reino dos céus, tema
principal desse evangelho, em cujo início o Senhor Jesus nos diz:
''Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (4:17). O primeiro a
pregar isso foi João Batista, o precursor do Rei do reino dos céus (3:2). Deus
lhe havia revelado que os homens precisavam se arrepender de seus pecados, pois
Seu reino estava próximo. Ainda no ventre materno, quando sua mãe se encontrou
com Maria, ele pressentiu que estava diante do Rei que havia de vir (Lc
1:41).
João Batista foi enviado
adiante do Senhor Jesus, e sua comissão era conclamar as pessoas a que
preparassem o caminho do Senhor e endireitassem Suas veredas, para que o Rei do
reino dos céus pudesse passar e entrar no coração delas (Mt 3:3). Ele veio
trazer o batismo de arrependimento. Arrependimento significa mudança de mente, a
parte que lidera a alma. Para haver essa mudança na mente, gerada pelo
arrependimento, é necessário negar a vida da alma. Era como se João Batista
dissesse: "Não fiquem mais em seus vãos pensamentos, velhos conceitos,
governados por suas velhas tradições; suas mentes precisam ser
renovadas".
Temos visto que o maior
impedimento para o avanço da obra de Deus e de Sua vontade é a vida da alma. Por
isso é que João Batista veio pregar a mudança de mente.
O capítulo 8 do livro de
Romanos confirma que a mente é a parte líder da alma. Quando a mente se inclina
para algo, a alma toda acompanha o movimento. Se sua mente pende para a carne,
então todo o seu ser vai para a carne, para o pecado, para a morte espiritual;
mas, se sua mente é colocada no espírito, você obtém vida e paz. Que é negar a
vida da alma? É mudar de mente, negar a si mesmo para voltar à presença de
Deus.
12 fevereiro, 2012
Perdoados pelo sangue e supridos com a vida divina para seguir o Senhor
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9).
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10:10b)
Jo 1:14; 7:38-39; 14:16-18, 20; At 18:2-3, 26; Rm 16:3-5; 1 Co 15:45; 16:19; 1 Jo 1:1
Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10:10b)
Jo 1:14; 7:38-39; 14:16-18, 20; At 18:2-3, 26; Rm 16:3-5; 1 Co 15:45; 16:19; 1 Jo 1:1
Atualmente, estamos sendo treinados para reinar. De um lado, negamos a nós mesmos; de outro, somos aperfeiçoados. Assim, a vida de Deus cresce mais em nós, até tomar conta de todo o nosso ser.
O Senhor Jesus revelou isso ao apóstolo Paulo e também a João. Paulo falou sobre o desejo de Deus: dispensar a Fé (1 Tm 1:4), que é Seu plano eterno para nós. Isso ocorre quando o Deus Triúno, isto é, o Pai, o Filho, e o Espírito, nos alcança ao nos predestinar, redimir e selar (Ef 1:3-14).
João, em idade avançada, se lembrou de todas as palavras ditas pelo Senhor Jesus e explicou que esse processo ocorreu por meio do Verbo se tornar carne, e depois, por meio da morte e ressurreição do Senhor, Ele voltar como o outro Consolador, o Espírito da realidade, e assim habitar em todo aquele que Nele crê (Jo 1:14; 7:38-39; 14:16-18, 20). Esse Espírito da realidade mencionado por João é o Espírito que dá vida, descrito por Paulo (1 Co 15:45).
Hoje, precisamos praticar essas palavras, ajudando as pessoas a receber o Espírito da realidade, que é o próprio Filho de Deus, pois Nele está todo o conteúdo do plano eterno de Deus para o homem. "Quem tem o Filho tem a vida" (1 Jo 5:12).
O Senhor, quando foi ferido na cruz, nos dispensou essa vida, porque do Seu lado fluíram sangue e água. Isso foi o que João relatou (Jo 19:33-34). O sangue é para nossa redenção, enquanto a água representa a vida divina que nos gerou e nos edifica dia a dia. Esse é o evangelho completo que o Senhor Jesus nos preparou.
O sangue de Cristo tem eficácia eterna e possibilita que Deus perdoe todos os nossos pecados, pois é o sangue do Filho de Deus que nos justifica (1 Jo 1:7). Mesmo nossos pecados ocultos podem ser perdoados, se os confessarmos e nos arrependermos diante da luz do Senhor. A redenção de Cristo permitiu que a vida de Deus nos fosse concedida. João testificou esse fato com seus próprios olhos e percebeu que a intenção de Deus é nos dar Sua vida (Jo 10:10b).
Desse modo, o sangue remissor e a vida divina ressurreta estão disponíveis a nós, mas, se não atentarmos para a necessidade de negarmos a vida da alma, não cresceremos na vida de Deus. Por isso o Senhor está constantemente falando sobre esse assunto conosco (Mt 16:24).
Antigamente, nas palestras ministradas aos casais, era comum se utilizarem trechos bíblicos como Efésios 5 e 1 Coríntios 11. Hoje, vemos que a real necessidade dos casais e de qualquer cristão é negar a vida da alma, pois ao discutir ou revidar perdem sua serventia para expressar a Deus. Um exemplo de casal para nós é o modelo deixado por Áquila e Priscila, que se envolveram no serviço ao Senhor: eles abriram sua casa para a igreja na cidade onde moravam, ajudaram Apolo expondo-lhe com mais exatidão o caminho do Senhor e, posteriormente, até mesmo arriscaram sua cabeça pela vida do apóstolo Paulo (At 18:2-3, 26; 1 Co 16:19; Rm 16:3-5). Que sejamos úteis ao Senhor em qualquer situação.
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