05 maio, 2012

Restaurados à presença de Deus.


Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença (At 2:28). Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo 14:23)

Gn 2:6-9, 15-17; 3:1-24; Rm 5:12

No jardim do Éden, Adão e Eva eram supridos por Deus e podiam alimentar-se de todas as árvores do jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:9, 17). Contudo Satanás queria introduzir no homem a natureza pecaminosa para que este não mais pudesse se alimentar da árvore da vida, que estava no meio do jardim, e, dessa forma, impedir que o homem mantivesse comunhão com Deus. Então a serpente, seduzindo Eva, levou o homem a desobedecer ao SENHOR e comer do fruto da árvore proibida. Como consequência, Adão e Eva foram expulsos do Éden (3:6, 24).
Antes eles não precisavam preocupar-se com o suprimento alimentar, pois recebiam tudo de Deus; daquele momento em diante, porém, teriam de plantar o que comer, conforme o SENHOR disse: “No suor do rosto comerás o teu pão” (v. 19). Sabemos que, se alguém quer que a terra produza algo, tem de derramar suor, pois uma planta não cresce de um dia para o outro. Portanto Adão teria de esforçar-se para obter o próprio alimento.
Deus não desejava que o homem fosse expulso do Éden. Antes, Ele o havia colocado lá para que o homem tivesse Sua presença e Ele tivesse a presença do homem. Contudo, após terem pecado, Adão e Eva se esconderam da presença de Deus, porque se lhes abriu o entendimento e perceberam que estavam nus. Como forma de justificar-se, coseram para si folhas de figueira e fizeram uma cinta, porém tal veste não era duradoura (Gn 3:7-8).
Além de expulsá-los do jardim e fechar-lhes o caminho para a árvore da vida, Deus pôs um querubim para guardar a entrada (vs. 23-24). O querubim representa a glória de Deus, indicando que o homem pecou e carece da glória de Deus (Rm 3:23).
Além disso, havia ainda uma espada flamejante. O fogo que ardia na espada se refere à santidade, enquanto a espada representa a justiça. O capítulo 3 de Êxodo apresenta a questão do fogo relacionado à santidade. Certo dia Moisés estava no deserto apascentando ovelhas quando viu uma sarça ardente que não se consumia. Maravilhado, foi até lá ver o que era. Então o SENHOR lhe falou por meio da sarça e disse que tirasse as sandálias, porque aquele lugar era santo (vs. 1-5). Assim, vemos que o fogo representa a santidade.
A espada é um instrumento usado para lidar com a injustiça. O jardim do Éden era um lugar santo, ali não havia injustiça. Depois de comer do fruto da árvore do conhecimento, no entanto, o pecado, cuja fonte é Satanás, entrou no homem, e sua alma foi despertada. A obra maligna estava feita e o homem havia perdido a comunhão com Deus.
Porém Deus não desiste do homem nem de ter sua presença. Por saber disso, o apóstolo Paulo, no final de uma de suas epístolas, escreveu: “O Senhor seja com todos vós (2 Ts 3:16). De fato, a maioria das pessoas pensa que precisa da presença de Deus, mas poucos sabem que Deus precisa da presença do homem. Deus precisa de nós! Por isso, para manter sempre essa comunhão mútua, devemos invocar a todo instante: “Ó Senhor Jesus!”.

04 maio, 2012

REFLETINDO...

Estamos na vontade de Deus?

"Olhemos para o Senhor Jesus!"

Em 1 Coríntios 3, Paulo diz ser como um "prudente construtor". Se você deseja ser bem preciso, Paulo não está dizendo que ele era o arquiteto, mas sim um mestre de obras. O arquiteto é o próprio Deus, e Ele lança o fundamento. Paulo nos diz que não podemos lançar nenhum outro fundamento a não ser aquele que é Cristo Jesus. Cristo Jesus é o único fundamento, mas depois que o fundamento é lançado, tenha cuidado com aquilo que você edifica sobre ele. Algumas pessoas edificam sobre o fundamento usando ouro, prata e pedras preciosas, e outros edificam sobre ele com madeira, feno e palha. Você percebe a diferença?

Usando madeira, feno e palha, você pode construir uma grande casa. Isso é possível porque não vai custar muito dinheiro. Entretanto, se você quiser construir com ouro, prata e pedras preciosas, quão grande será a casa que você poderá construir? Ela custará muito caro. A madeira representa a natureza do homem. Um homem de pé é como um árvore, e por isso a Bíblia sempre usa a madeira para representar a natureza do homem. O feno nos fala da glória do homem. Em 1 Pedro lemos que toda carne é como erva, e a glória do homem é como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a sua flor, mas a palavra de Deus permanece eternamente. A palha nos fala da obra do homem, porque os homens usavam palha na mistura para fazer tijolos.

Se alguma coisa é obra do homem, se é para a glória do homem ou se o próprio homem que a está fazendo, então você pode fazer algo grande e espetacular. Contudo, espere até que o fogo apareça. Nesse momento, sua obra será provada. Você vai aprender que madeira, feno e palha são os materiais apropriados - como combustível para o fogo. Eles serão totalmente consumidos. Certamente você será salvo, pois o fundamento não pode ser queimado. O fundamento é Cristo. Mas você será salvo por um triz. Contudo, olhe para o ouro, a prata e as pedras preciosas. O ouro é a natureza de Deus; a prata é a redenção de Cristo e as pedras preciosas são a obra do Espírito Santo. Estes materiais são caros. No tribunal de Cristo, você vai notar que o fogo os faz incandescer e manifestar sua glória. O julgamento vai manifestar a glória do ouro, da prata e das pedras preciosas.

Você não acha que precisamos ter nosso conceito corrigido? Estamos sempre buscando algo grande e espetacular e consideramos que isso é sucesso, que é benção de Deus e que Deus tem que estar ali. No entanto, isso não é necessariamente verdade. Ao invés disso, penso que devemos estar preocupados com a seguinte pergunta: estamos na vontade de Deus? A obra na qual estamos envolvidos é parte do desenvolvimento da obra de Deus rumo à concretização de Seu propósito? Se for assim, então Deus reconhece essa obra como Sua e isso é tudo que importa.

Recebi uma carta de um irmão tempo atrás, na qual ele me dava duas notícias. Uma delas falava de algo que estava acontecendo na Coréia. Você provavelmente sabe a respeito disso. Há uma igreja lá que é a maior igreja do mundo, com um milhão de membros. Aquele irmão estava maravilhado com isso. Ele pensava que aquilo era algo fantástico. Deus tinha que estar abençoando aquela obra. Então ele passou para a segunda notícia, na qual contava sobre outro grupo no mesmo local cujo número de integrantes estava diminuindo, e isso o decepcionava muito. Segundo nossa natureza humana, nós sempre julgamos as coisas pela aparência externa. Contudo, esperemos e vejamos como Deus vê.

Isso não quer dizer que Deus não possa estar presente em algo que seja grande. Não estou afirmando tal coisa. Entretanto, a verdade é que a satisfação divina não está relacionada a ser grande ou pequeno. Isso não importa. Não olhe para isso, não avalie através desse critério, mas veja como Deus vê, fazendo a seguinte pergunta: isso é a vontade de Deus? Será que você está alinhado com o trabalho de Deus rumo a seu propósito? Isso é o que importa. Este é o primeiro princípio e eu penso que precisamos aplicar este princípio vez após vez.



Nosso Senhor triunfou aos olhos do Pai
Olhe para o Senhor Jesus. Quando o Senhor nasceu, os magos, os reis do oriente viram a estrela. Eles vieram para adorar o Rei que havia nascido. Para que lugar se dirigiram? Eles foram à Jerusalém. Naturalmente, eles pensaram que o Rei só poderia ter nascido na capital, Jerusalém. Eles não sabiam que o Rei havia nascido em Belém.
Quando o Senhor Jesus estava na terra, Ele foi à Jerusalém muitas e muitas vezes, mas não ficava lá. Você sabe onde Ele ficava? No pequeno vilarejo de Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro. Pense sobre isso: Quando o Senhor Jesus estava pregando e grandes multidões o seguiam, o que ele fazia? Ele se voltava para seus ouvintes e os desafiava, dizendo: "Se alguém quer ser meu discípulo, tem que amar-me mais do que pai, mãe, irmão, irmã, esposa, filhos e sua própria vida; de outro modo você não pode ser meu discípulo". Acaso isso não parece absurdo? Tantas pessoas seguindo ao Senhor, e Ele as desafia com tais palavras. Não é de se admirar que as pessoas achassem muito duras as palavras que Ele dizia. Quem pode ouvir tais palavras? Até mesmo muitos dos seus discípulos o abandonaram. Isso porventura perturbou o Senhor Jesus? Ele voltou-se para os doze que havia escolhido e disse: "Vocês também querem ir? Sintam-se à vontade para fazê-lo". Graças a Deus, Pedro disse: "Senhor, tu tens as palavras da vida eterna. Nós sabemos que tu és Cristo. Para onde iremos"? Mais tarde, na última ceia, durante a Páscoa, quando o Senhor reuniu os doze, um deles o traiu. Ao pé da cruz, somente João estava presente, acompanhado de algumas mulheres.

Se julgarmos pelas aparências externas, certamente nosso Senhor foi um fracasso. Contudo, será verdade que Ele foi um fracasso? Aos olhos de Deus, Ele foi um sucesso. Na cruz, Ele não apenas derramou o seu sangue para remissão de nossos pecados, mas Ele também tomou a velha criação com Ele e a crucificou. Ele pregou as ordenanças da lei e tudo o que nos acusava naquela cruz e nos libertou. Além disso, na cruz Ele desbaratou seus inimigos - satanás e os poderes das trevas. Ele os derrotou e fez deles um espetáculo público. Sua obra foi um sucesso.

Irmãos, olhemos para a história da igreja. Certa vez o Senhor apareceu para quinhentas pessoas. Pense nisso: o Senhor trabalhou por três anos e meio e após sua ressurreição, o maior número de pessoas reunidas ao qual Ele aparece é de quinhentos. Não parece trágico? Naquela ocasião, Ele disse aos quinhentos que retornassem a Jerusalém e esperassem lá até receberem poder do alto. Após isso, o Senhor disse que eles poderiam ser suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia, Samaria e até os confins da terra. Contudo, somente cento e vinte ouviram ao Senhor. eles viram a ascensão do Senhor, contudo muitos não creram nele e não o obedeceram. Somente cento e vinte permaneceram naquele cenáculo por dez dias, orando em unanimidade. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio e eles foram batizados em um Espírito num só corpo. Este foi o começo da igreja.

É verdade que foi de três mil o acréscimo naquele único dia. É também verdade que, num período de trinta anos, o evangelho foi pregado até os confins da terra. Quando lemos o capítulo 28 de Atos, encontramos Paulo em Roma, numa casa que alugara, e sabemos que Roma era o fim do mundo conhecido na época. Entretanto, você sabe que mesmo antes do fim do primeiro século a decadência já tinha começado na igreja? Nesse momento, a heresia e a corrupção estavam penetrando nela. Temos as sete cartas escritas pelo apóstolo João, ou melhor, pelo Senhor ressurreto, através do apóstolo João, às sete igrejas da Ásia (Ap 2 e 3). O que encontramos nessas cartas? Exceto por uma igreja (a igreja de Filadélfia), o testemunho de Jesus não estava sendo mantido.

Depois que o imperador Constantino aceitou o cristianismo, ocorreu uma mudança importante: o cristianismo inchou e tornou-se muito grande e poderoso. Se lermos o capítulo 13 de Mateus, ali encontramos um grão de mostarda que representa a fé. Nossa fé é como uma semente de mostarda: como há vida nela, haverá crescimento. Quando ela cresce, torna-se um arbusto, uma planta humilde. Este é o projeto e propósito determinado por Deus para nós individualmente e para a igreja.

Entretanto, vemos na parábola que o grão de mostarda cresceu a ponto de tornar-se uma grande árvore: tornou-se algo anormal. Então as aves vieram a aninharam-se nessa árvore. A primeira e básica parábola de Mateus 13 nos ensina que as "aves" dizem respeito ao maligno. O propósito de Deus deveria manter a igreja humilde como uma planta: viva, mas humilde. Todavia, você descobre que o homem surge em cena e opera de forma a inflar a igreja, tornando-a anormalmente grande. Nós queremos uma instituição grande e forte; contudo, ela se torna um ninho para os filhos do maligno. Todo tipo de corrupção entra nela. Em Mateus, esta parábola é seguida por outra que apresenta três medidas de farinha misturada com fermento. O fermento sempre nos fala de conduta corrupta ou doutrina corrupta. A medida de farinha deveria ser uma oferta de manjares a Deus, mas agora está toda levedada. Ela satisfaz o gosto do homem, mas não pode mais ser oferecida a Deus. É isso que o cristianismo é hoje em dia: algo grande.


Fonte: Extraído do livro "O Dia das Pequenas Coisas" do irmão Stephen Kaung

A experiência do verdadeiro arrependimento.


Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação (2 Co 7:9-10a)

1 Co 5:1-5; 2 Co 7:5-16; Cl 3:15a

O que significa ter um arrependimento verdadeiro? Podemos ver em Segunda Coríntios a conclusão de um episódio que ilustra essa questão. Paulo ouviu falar de um irmão da igreja em Corinto que estava cometendo adultério com a mulher de seu pai, sua madrasta. Ao saber disso, o apóstolo ficou muito irado e ainda entristeceu-se muito ao ver que os presbíteros, irmãos responsáveis da igreja em Corinto, não trataram adequadamente essa questão (1 Co 5:1-2).

Ele, então, decidiu tomar uma atitude. Foi como se dissesse: “Se vocês não tratam disso, eu vou tratar”. E a maneira de Paulo fazê-lo foi entregando o pecador a Satanás (v. 5). Ser entregue a Satanás é como ser lançado no lago de fogo. Mas foi isso que ele determinou e escreveu em sua primeira epístola aos coríntios.

No entanto, depois que escreveu a carta e Tito partiu para entregá-la, Paulo não teve mais paz, pois, no espírito, percebera que havia exagerado no castigo, sem ao menos dar uma chance ao pecador. Como a viagem era longa, pois Tito partira da Ásia para ir até Corinto, na Europa, demoraria cerca de dez dias para que chegasse a seu destino. Sem notícias e preocupado com a repercussão de suas palavras, Paulo decidiu ir ao encontro de Tito para saber qual foi a reação dos irmãos.

Então ele seguiu o mesmo itinerário de Tito e foi até o extremo da Ásia. Quando atravessou o mar Egeu, chegou a Filipos, a primeira cidade da Europa, e ali se encontrou com Tito. Quando o viu, Paulo ficou muito alegre e se regozijou com a notícia de que todos haviam se arrependido. Os próprios presbíteros reconheceram que não trataram bem a situação e aquele que pecou ficou mais triste ainda, por causa da carta, e se arrependeu. Se há arrependimento, há o perdão. Louvado seja o Senhor!

O arrependimento não deve ser algo leviano, superficial, mas tem de ser profundo e real. Em Segunda Coríntios 7 vemos o desfecho da situação: “Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto” (vs. 9-11).

Nessa experiência, além do arrependimento da igreja em Corinto, vemos o mesmo arrependimento genuíno em Paulo. Ele primeiro se arrependeu, logo ao enviar a carta; depois os presbíteros se arrependeram, e, por fim, o pecador também se arrependeu. Louvado seja o Senhor. Depois de sermos iluminados, nós confessamos nossos pecados, nos arrependemos e obtemos o perdão de Deus. Que todos experimentem o arrependimento genuíno!

02 maio, 2012

Os oito passos do evangelho da graça.

Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6:11)




Rm 3:23-24



Segundo a Palavra de Deus, podemos dizer que o evangelho da graça inclui oito passos, oito etapas. A maior parte dessas etapas, que tratam da nossa experiência de salvação, está descrita em Romanos.
O primeiro passo diz respeito a sermos iluminados. Antes, nós vivíamos nas trevas, pecávamos e não sabíamos. Quando a luz do Senhor nos alcançou, nós percebemos que estávamos nas trevas e conseguimos ver nossos pecados. Aleluia! Por meio da luz, o pecado é exposto, então podemos ver com clareza aquilo que não víamos antes (At 26:18).
O segundo passo é confessar os pecados. Debaixo da luz do Senhor, vemos nossa condição e podemos declarar: “Senhor, obrigado! Eu não sabia que eu era um pecador. Agora que o Senhor me iluminou, posso ver que sou pecador, posso ver a minha situação, tantos pecados em mim” (cf. Rm 3:23). Quando confessamos, temos Seu perdão.
O terceiro passo é, então, o arrependimento. Uma vez confessados os pecados cometidos outrora, nossa atitude deve ser arrepender-nos (2:4). Depois do arrependimento, nós tomamos o sangue de Jesus que “nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7b). Todo registro dos pecados cometidos antes de crermos em Jesus é cancelado.
Uma vez purificados, somos justificados “gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24), isto é, tornamo-nos justos diante de Deus, pois estamos de acordo com Sua justiça. Por sermos justificados, já não somos mais pecadores, nós somos santificados (1 Co 6:11). Aleluia! Por causa disso, podemos agora estar reconciliados com Deus e ser regenerados, ganhar a vida divina.
Os últimos passos, portanto, são: purificação, justificação, santificação, reconciliação e vida. Assim, vemos que o evangelho da graça começa com a iluminação de nossa condição como pecadores e termina na regeneração, quando ganhamos uma nova vida. Embora esses passos pareçam descrever uma caminhada, podemos experimentar todos eles de uma só vez quando invocamos o nome do Senhor! Aleluia! Você quer ter essa experiência? Então invoque e seja salvo: Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! Amém!




Pela graça somos salvos!

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus        (2 Co 5:21). Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus (Ef 2:8)


Sl 22:6-9, 12-18; Rm 5:1, 17-18; Gl 1:3-4a



O Senhor Jesus foi crucificado para nos salvar dos nossos pecados. A Palavra afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23). Portanto, uma vez que somos pecadores, cometemos pecados, nós deveríamos morrer, mas foi o Senhor que recebeu o castigo em nosso lugar e cumpriu as justas exigências de Deus por nós (2 Co 5:14, 21).
Sua morte foi extremamente dolorosa. Ele foi pendurado no madeiro, fixado na cruz com cravos nas mãos e nos pés, e ainda Lhe puseram uma coroa de espinhos na cabeça. No auge de Sua dor, quando não mais podia aguentar tanto sofrimento, disse: “Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19:28b-30).
O Senhor sofreu por nossa causa. Por isso, quando nos referimos à Sua morte redentora, jamais deveríamos falar de maneira leviana. Na verdade, devemos lembrar que nós é que deveríamos sofrer ali, na cruz, porque nós temos pecados, e não o Senhor! Mas Ele, por Sua infinita misericórdia, pagou alto preço por nós. Esvaziando-Se, Ele se humilhou, como servo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2:7-8). Todo esse sofrimento, Ele passou por nos amar.
Louvado seja o Senhor! Quanta graça! Por isso nós falamos do evangelho da graça. Por Sua graça o Senhor Jesus morreu por nós, derramou Seu sangue, nos purificou de todos os pecados e nos salvou (Ef 2:8).
Sabemos que, sem derramamento de sangue, não há perdão de pecados (Hb 9:22). Por nos amar, Ele morreu derramando Seu sangue para nos justificar diante de Deus Pai (Rm 6:23; 5:9). Quanto a nós, ao ouvir o evangelho, cremos em Sua morte redentora e fomos justificados pela fé. Recebemos Jesus como nosso Salvador e, por meio Dele, somos salvos, recebemos o perdão dos nossos pecados, nos reconciliamos e temos paz com Deus.
Esse evangelho, essas boas-novas da graça de Deus, já chegou a nós, e nós o recebemos. Agora já nenhuma condenação pesa sobre nós, que estamos em Cristo (Rm 8:1). Mesmo que eventualmente ainda pequemos, temos a eficácia do sangue derramado pelo Senhor que, uma vez por todas, resolveu o problema dos nossos pecados perante Deus (1 Jo 2:1-2). Louvado seja o Senhor!

01 maio, 2012

O conceito de pecado segundo a cultura divina.

Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus (Mt 5:20)




Sl 51:10, 17; Mt 5:17-18, 21-32; Jo 16:8-9; Rm 5:12; 6:6, 12



A cultura chinesa ensina que o pecado provém de quatro erros: não ser leal, não honrar, não ser fiel, não ser justo. Se você transgride um desses itens, está cometendo pecado. Mas esse é o conceito chinês, baseado nos ensinamentos de Confúcio, embora em parte se assemelhe aos mandamentos do povo de Deus.
Segundo os ensinamentos do Senhor Jesus, a questão do pecado é mais abrangente e profunda, mais até do que os Dez Mandamentos. Para pecarmos, não é preciso agir, fazer alguma coisa errada, basta termos uma atitude incorreta em nosso coração (Mt 15:19). Mesmo que o ato não seja consumado, se você não está satisfeito com Deus, está cometendo um pecado, pois não está sendo leal para com Ele.
Segundo o costume dos chineses, não honrar os pais é algo muito sério. Enquanto os pais comem, os filhos ficam ao lado para servi-los. Somente quando os pais terminam é que os filhos sentam-se à mesa para fazer sua refeição. Para com o cônjuge, a questão da fidelidade é igualmente séria. Pela tradição chinesa não se deve ter ninguém fora do casamento.
Nós, cristãos, sabemos que o adultério é um pecado. No Novo Testamento, porém, o Senhor Jesus falou algo bem mais rígido: se você apenas olhar com intenção impura, já estará adulterando (5:28). A questão do pecado é, portanto, uma coisa muito mais séria do que podemos julgar. Se pensamos que a cultura chinesa já é rígida, por pregar a lealdade, a honra, a fidelidade e a justiça incondicionalmente, conceitos elevados para o padrão humano, vemos que a cultura divina é ainda mais elevada.
O pecado, segundo a Palavra de Deus, não se resume a esses quatro aspectos do ensinamento chinês, mas se estende a qualquer coisa que não esteja de acordo com Deus, por menor que seja.
Muitos pensam assim: “Ah, eu não matei, então não tenho pecado. Nunca roubei dinheiro dos outros, então não tenho pecado”. Todavia, segundo o que o Senhor disse, se odiamos, já estamos matando (Mt 5:21-22). Você não odiou alguma vez? Então, de acordo com o Senhor, você já matou. Por isso, quando Ele fala do pecado, diz respeito a algo mais sério do que nós imaginamos. Que o Senhor limpe nosso coração a fim de não pecarmos contra Ele! Ó Senhor Jesus!

O cumprimento da lei é o amor.

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor  (1 Jo 4:7-8)




Êx 20:2-17; Mt 22:36-40; 1 Pe 1:22; 4:8; 1 Jo 1:7-10; 2:3-6, 10



Na semana anterior, vimos que o evangelho de Deus possui duas etapas, ou dois aspectos: o evangelho da graça e o evangelho do reino (Rm 1:3-4). Contudo a maioria dos cristãos conhece somente o evangelho da graça, que diz respeito à obra realizada pelo Senhor Jesus para nos salvar. Além disso, muitos ainda acreditam que o pecado refere-se apenas a atos como mentir e adulterar e não consideram um pecado desobedecer à Palavra de Deus ou agir segundo a vida da alma. Na verdade todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:23).
Em chinês, a palavra “pecado” está dividida em duas partes, sendo que a primeira representa o algarismo 4, e a segunda diz respeito ao errado. No conceito chinês, portanto, segundo o ensinamento de Confúcio, pecado é errar em quatro coisas: lealdade – para com Deus e o rei; honra – aos pais, como no quinto mandamento de Deus; pureza – para com a esposa, isto é, a fidelidade no casamento; e justiça – para com os amigos, ou seja, a credibilidade, a fidelidade.
Pelo ensinamento chinês, então, se você não pratica esses quatro aspectos, ou não guarda um deles, está pecando. Para nós, porém, que cremos no Senhor, essa percepção de pecado precisa ser mais ampla.
Sabemos que os Dez Mandamentos foram dispostos em duas tábuas de pedra contendo cinco mandamentos em cada uma. Os primeiros cinco mandamentos estão relacionados a Deus e a amá-Lo (Êx 20:3-12), conforme vemos: “Eu sou o SENHOR, teu Deus. [...] Não terás outros deuses diante de mim” (vs. 2a-3). Este é o primeiro mandamento. Já os cinco últimos, que também se relacionam com o amor, dizem respeito a amar os homens (vs. 13-17). Então, segundo o Senhor Jesus, os Dez Mandamentos, na verdade, podem resumir-se somente em dois: primeiro, amar a Deus; segundo, amar os homens (Mt 22:37-39).
O mandamento de honrar os pais está na primeira tábua, onde também estão os mandamentos relacionados a Deus. Logo esse mandamento diz respeito, na verdade, a nosso Pai celestial, pois nossos pais são nossa origem, nossa procedência, e Deus é a origem, a fonte do homem. Por isso, honrar os pais, amar os pais, de acordo com Senhor Jesus, está relacionado a amar a Deus. Como resultado de amarmos a Deus e amarmos as pessoas alcançamos também a fidelidade e a justiça, pois, se amamos, somos fiéis e não praticamos injustiça. Louvado seja o Senhor!

29 abril, 2012

O Senhor precisa de nós.

Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele (Lc 19:30-31)

Gn 49:12; Mt 21:3, 7; Ef 4:23; 5:18

O evangelho de Deus são as boas-novas de Deus para nós. Ele não só apresenta a graça de Deus, isto é, aquilo que o Senhor Jesus fez por nós na cruz, morrendo em nosso lugar. Ele também traz aquilo que precisa ser feito em nós para podermos reinar com Cristo no mundo que há de vir. O evangelho de Deus é completo; por meio dele somos salvos em nosso espírito, mas também transformados em nossa alma. Por fim, essa salvação resultará na vinda do Rei do reino dos céus.

Como temos visto, se negarmos a nós mesmos, teremos grande utilidade para Deus. Ele precisa de nós. Ao entrar em Jerusalém o Senhor não o fez sozinho. O Rei de Israel e do reino dos céus entrou na cidade montado em um jumentinho. Essa figura do jumentinho que carrega o Senhor ilustra cada um de nós (Mt 21:3, 7). Conforme nossa alma é transformada pela vida divina, nos tornamos obedientes ao Senhor e podemos levá-Lo aonde Ele nos enviar.

Quanto mais desfrutamos do Espírito, mais nos alimentamos da vida de Deus. Assim, nossa natureza é mudada para sermos verdadeiramente úteis a Ele. À medida que nos enchemos do Espírito, deixamos de ser teimosos ou resistentes em mudar de opinião, nos tornando flexíveis e submissos à vontade Daquele que nos governa. Esse “metabolismo espiritual” pode ser comparado ao processo por que passam as células do nosso corpo, que num período de sete anos são totalmente substituídas por células novas. Precisamos nos esvaziar de nossos conceitos antigos e permitir que o Espírito renove nossa mente (Ef 4:23).

O sinal que evidencia estarmos cheios do Espírito é termos “os olhos cintilantes de vinho” (Gn 49:12). Quando nos enchemos do Espírito, a vida divina toma conta de nós a tal ponto que ficamos embriagados de alegria (Ef 5:18). Essa alegria nos dá disposição para nos consagrarmos mais ao Senhor a fim de fazermos Sua vontade. Nessa condição, o Senhor pode nos utilizar em Seu propósito.

Graças a Deus! Pelo evangelho de Deus, o pecador não somente se torna justo, como também uma pessoa obstinada e cheia de opiniões provenientes do ego é transformada em alguém simples, alegre e pronto para servir o Senhor. Que essa seja a experiência de cada um de nós, para apressarmos a vinda do Senhor!

28 abril, 2012

REFLETINDO...

Deus e os ídolos

Que é um ídolo? Qualquer coisa que queiramos que seja e faça o que Deus é e faz e não é Deus. Também é qualquer coisa ou pessoa a quem confiamos nossa vida e que não seja o único Deus.

Em que forma se apresentam? Os ídolos têm as mais diversas formas, nem todas físicas. Muitos ídolos estão apenas em nosso coração e só nós os conhecemos.

Qual a função dos ídolos? Substituir a Deus. Eles se propõem a ser como Deus, a ocupar o lugar de Deus em nosso coração até, por fim, destroná-Lo. Eles sempre se apresentam como a solução mais fácil para nossas dificuldades e, por isso, facilmente nos envolvemos mais e mais com eles.

Qual o resultado de estarmos envolvidos com ídolos? Quanto mais nos envolvemos com eles, mais nosso coração será atraído por eles, e menos amaremos o Senhor. Quanto mais envolvidos com ídolos, mais afastados de Deus estamos. Além disso, ficamos mudos e não sabemos falar com Deus, que é um Deus vivo e que é a própria Palavra (cf. 1 Co 12:1-3).

Que Deus pensa dos ídolos? Deus os abomina e não admite dividir lugar em nós com eles. Por isso, Deus quer limpar-nos totalmente deles.

Quantos ídolos você tem? Somente sob a luz do Senhor você poderá responder.

Que fazer com eles? Peça ao Senhor que o supra com graça para que você possa livrar-se de todos eles .

Fonte: Alimento Diário – Jeremias 6 a 17

Ceder espaço para a vida de Deus.

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fp 1:6)

Mt 24:45-47; Lc 19:16-19; 1 Jo 1:9; 2 Pe 1:11


É possível que, mesmo após nos tornarmos filhos de Deus, ainda nos deparemos com situações de pecado, pois vivemos num mundo maligno e influenciado pelo Seu inimigo. Caso pequemos, podemos confessar o pecado ao Senhor Jesus, pedir-Lhe perdão e orar para que nos purifique com Seu sangue. Não nos esqueçamos de que Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9).

Na segunda etapa do evangelho, o problema dos pecados já foi solucionado. A partir de então, negamos a vida da alma permitindo que a vida de Deus venha nos governar mais e mais, até que prevaleça por completo. Quanto mais a negarmos, mais da vida divina teremos em nós.

Além disso, o viver da igreja nos prepara para governar o mundo que há de vir. Quanto mais consistente for o nosso crescimento na vida divina, maior será a função e a posição destinadas a nós no reino. De igual modo, quanto mais experiência adquirimos no serviço e na obra do Senhor, maior será nossa responsabilidade no reino vindouro (Mt 24:45-47; Lc 19:16-19).

No período em que vivemos a era da igreja, temos diversas oportunidades de negar o ego, abrindo mão das opiniões provenientes da vida da alma. Além disso, a igreja é a época propícia para nos esvaziar e permitir que o Senhor retire de nós tudo aquilo que O desagrada.

Quando estamos cheios de conceitos antigos e opiniões centradas em nós mesmos, Deus não tem espaço para nos preencher com Sua vida. Ele quer Se acrescentar a nós, mas não Lhe damos espaço porque já estamos ocupados. Todavia, se nos esvaziarmos um pouquinho mais, uma pequena parte da vida da alma será lançada fora para dar lugar à vida de Deus. Aos poucos, vamos tirando o lugar da vida da alma e preenchendo o espaço por ela desocupado com a vida divina. Esse processo é o que podemos chamar de vida da igreja. Quanto mais preenchidos com a vida de Deus, menos problemas teremos.

Somos gratos ao Senhor porque, mediante a primeira etapa do evangelho de Deus, o problema do pecado foi resolvido e nos tornamos justos diante Dele. Agora, resta cumprir a segunda etapa, que é negarmos a vida da alma para seguir o Senhor. Dessa forma, poderemos herdar o reino dos céus. Negar a vida da alma nos proporciona as chaves do reino dos céus. Por fim, tendo nossa entrada no reino suprida, poderemos cooperar com o Senhor no governo do mundo vindouro (2 Pe 1:11).

27 abril, 2012

REFLETINDO

A verdadeira natureza do homem

As ações terríveis que as pessoas cometem não são meros deslizes; há algo corrupto na natureza do homem que origina tais ações. Nesse aspecto, o que é válido no caso de um ser humano o é para todos: todos temos a natureza pecaminosa. Nossa natureza pecaminosa é, na realidade, nosso verdadeiro problema; nossas ações pecaminosas são os sintomas. Necessitamos ser salvos não só de nossos feitos pecaminosos senão também de nossa natureza pecaminosa, que gera nossos pecados.

No Evangelho de João, Cristo é apresentado como Aquele que nos salva de nossa natureza caída. 0 Senhor Jesus disse: "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o filho do homem seja levantado, para que todo aquele que Nele crê tenha vida eterna" (João 3:14-15). Aqui o Senhor faz referência a um evento do Antigo Testamento no qual Israel pecou contra Deus. Nesse momento, Deus enviou serpentes, e estas morderam o povo, e muitos morreram. Logo Deus pediu a Moisés, que levantasse uma serpente de bronze numa haste, para que, quando as pessoas olhassem a serpente, vivessem (Números 21:4-9). Isto tipifica Cristo, o Salvador. Hoje estamos "envenenados" pela natureza da serpente; aos olhos de Deus não somos mais que serpentes. A verdadeira raiz do problema não está no que fazemos e sim no que nós somos. A despeito de quão gentil seja, você tem uma natureza serpentina dentro de si. Você foi envenenado. Envenenado em Adão. Quando ele foi envenenado pela serpente, você estava lá. Você nasceu daquela natureza envenenada; portanto, sua natureza é serpentina. Essa e a razão por que Cristo precisa ser levantado na haste, isto é, na cruz. Cristo, assim como a serpente de bronze no deserto, não tinha o elemento da serpente como nós temos. O apóstolo Paulo disse que Cristo veio em "semelhança de carne do pecado" (Romanos 8:3); isto é, Ele era um homem autêntico mas sem pecado (2 Coríntios 5:21; Hebreus 4:15). Quando O olhamos e cremos Nele e em Sua obra redentora, vivemos; ou seja, temos a vida eterna. Cristo é o Salvador que nos salva da natureza pecaminosa que está em nós e nos vivifica com Sua vida divina.

Se você deseja ser liberto dessa natureza pecaminosa que o leva a pecar mesmo que você não queira, ter seus pecados perdoados e receber a vida eterna, faça esta oração:

"Senhor, quero confessar diante de Ti meus pecados; eles são muitos e Tu o sabes. Não somente sinto que sou pecador, sinto também que pouco a pouco estou morrendo. Senhor, ergo meus olhos, agora, para Te contemplar. Quero receber a Ti e a Tua salvação. Obrigado por teres morrido para poder dar-me a vida. Amém!"

Fonte: Jornal Árvore da Vida

A causa e solução dos problemas.



A presença de Deus na vida de um casal não pode ser algo temporário, apenas por um momento, apenas enquanto se está nas reuniões ou quando a Bíblia está sendo lida.

Um casal passar por problemas não é algo estranho. Acreditamos que não há nenhum casal que não tenha enfrentado momentos difíceis, que não tenha experimentado algum tipo de dissabor ou atrito. Mesmo assim muitos casais se desesperam. Quando os problemas saem de uma esfera
menor de gravidade para patamares mais perigosos, isto é, em que o próprio casamento fica comprometido, aqueles que consideram e honram o casamento fazem qualquer coisa para resolver a situação. Alguns buscam aconselhar-se com amigos, outros lêem livros de auto-ajuda e, ainda outros buscam acessória com psicólogos e psicoterapeutas.

Há algo que os casais precisam perceber: que buscar uma solução para os problemas não é verdadeiramente a saída. Resolver problemas conjugais pode ser assemelhado com a atitude da mãe em dar remédio para baixar a febre do filho. De que adianta a febre ir embora e a causa da febre permanecer? Toda mãe deveria perguntar: “Porque meu filho teve febre? Os casais devem preocupar-se mais em saber a origem dos problemas do que procurar resolver os problemas em si.

É bem provável que muitos casais continuarão a passar por problemas até a volta do Senhor. Os problemas na vida conjugal nos auxiliam a ver que somos frágeis e necessitados. Melhor do que fazer careação para saber quem está certo ou quem está errado, é buscar a Deus com o mesmo desespero que corça busca a correte das águas (Salmo 42:1).

Nosso verdadeiro problema não são as coisas que nos afligem: brigas, desentendimento e falta de harmonia. Nosso problema é outro: é a falta da presença de Deus. Todos os problemas conjugais desaparecem quando nosso lar se torna a morada de Deus e o casal vive em Sua constante presença.

“Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos” (Salmo 43:3).

O crescimento de vida e a preparação para o reino.

Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 1:23).
Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação (2:2)

João 3:5-7; 19:34; Rm1:4; 1 Jo 3:9

Graças a Deus, Ele não desistiu de nós! Por meio da obra do Senhor, o problema dos pecados foi resolvido, a justiça de Deus foi satisfeita e nós fomos poupados da morte. Portanto, na primeira etapa do evangelho, fomos salvos pela graça.
Em João 19:34 vemos que, após a morte do Senhor, Ele foi ferido. Nessa ocasião, não fluiu apenas sangue do seu lado, mas também água. Essa água representa a vida de Deus. Isso indica que, após sermos purificados pelo sangue, estamos qualificados a receber a vida de Deus. Receber a vida de Deus é nascer de novo.

Quando nascemos de novo, a semente da vida incorruptível de Deus é plantada em nosso espírito (1 Pe 1:23; 1 Jo 3:9). Ao germinar, essa semente ainda se encontra em um estágio inicial. É como se fosse um pequeno embrião implantado no útero de uma gestante. O embrião se desenvolve no ventre materno porque é suprido pelo organismo da mãe. Aos poucos, ele se torna um feto em formação e, ao final da gestação, já está completamente formado e preparado para nascer.

Após o nascimento, o bebê ainda precisa ser alimentado com o leite materno. Com o passar dos meses, recebe outros alimentos, até que ganha dentição, aprende a falar e a andar. Logo, a criança já cresceu e precisa ser alfabetizada em uma escola. Assim é a vida humana.

O mesmo ocorre quando recebemos a vida de Deus. Por meio do evangelho da graça, nossos pecados são perdoados e assumimos uma posição inicial ao receber a vida de Deus, nascendo de novo. Na igreja somos alimentados e supridos com o leite genuíno da Palavra de Deus (1 Pe 2:2). Aos poucos, a vida divina se desenvolve e, pelo exercício dos dons, recebemos mais graça. Conforme vamos crescendo, passamos a ser úteis para Deus, servindo à igreja e assumindo responsabilidades. Tudo isso faz parte da nossa preparação para o reino.

Por isso a segunda etapa do evangelho tem por objetivo a transformação da nossa alma pelo crescimento da vida de Deus. Em Romanos 1:4 lemos que Jesus Cristo, nosso Senhor, “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos”.

A partir do momento em que somos salvos, nos tornamos filhos de Deus por meio do novo nascimento. Recebemos uma nova vida, que é um requisito para a entrada no reino de Deus (Jo 3:5-7). Agora essa vida precisa crescer e amadurecer. Por isso o Senhor nos deu a igreja, onde temos um ambiente favorável ao crescimento e amadurecimento da vida divina. Graças a Deus!

26 abril, 2012

REFLETINDO


A Salvação não é a fé com as obras


A compreensão mais freqüente da condição da salvação é que a salvação é pela fé e também pelas obras. Salvação pela fé é uma doutrina da Bíblia, e o homem não pode argumentar contra ela (Ef 2:8). Contudo, o homem diz que ela é também pelas obras. Consideremos agora o que a Bíblia diz sobre isso. Freqüentemente somos brandos e complacentes em nosso falar, mas a Bíblia não é branda no seu falar. Ela é muito precisa. Efésios 2:8 e 9 dizem: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie". Aqui ela nos diz que a salvação é absolutamente pela graça e mediante a fé. A palavra mediante significa atravessar. É como dizer que a luz elétrica brilha pela eletricidade e mediante o fio condutor. É também como dizer que a água da torneira vem do reservatório no departamento de águas e mediante os encanamentos. O homem é salvo pela graça, mas o canal mediante o qual a salvação vem a nós é a fé. O canal não são as obras, mas a fé. É mediante a fé e nada tem a ver com as obras. Não é adicionar a fé às obras. É preciso saber que a fé e as obras são basicamente opostas entre si. A graça do Senhor Jesus é baseada no amor de Deus. Quando cremos, a graça e o amor fluem para dentro de nós. Como resultado, somos salvos, temos vida, e somos justificados. Nada disso é transmitido a nós por meio das obras. 

Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee

Servir a Deus no espírito.

Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8:6-8). 
Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho (1:9a)




Gn 4:3-5; Mt 16:24; Rm 8:6; Hb 2:5



A encarnação do Senhor Jesus e Sua morte redentora na cruz fazem parte do arranjo providencial de Deus para o homem. Conforme a justiça de Deus, não há remissão de pecados sem o derramamento de sangue (Hb 9:22). Assim, quando o pecado foi inserido na humanidade, todos os homens deveriam morrer para que a justiça de Deus fosse cumprida.
O homem tem uma grande utilidade para Deus. O homem morto, porém, não é útil para o Seu propósito. De acordo com a revelação que temos recebido, Deus criou o homem com um propósito específico. Por isso Ele o poupou pela redenção, a fim de regenerá-lo e fazer dele um cooperador no governo do reino vindouro.
Deus tem para o homem uma grande comissão. O propósito para o qual foi criado é estabelecer o reino dos céus na terra. Em Hebreus 2:5 vemos que Deus não entregará o mundo que há de vir a anjos, mas a homens. O inimigo de Deus tem se levantado contra esse propósito, mas Deus não desiste de Seus filhos.
Vemos em Gênesis que Deus havia entregado o governo da terra ao homem criado, que foi colocado no jardim do Éden para comer da árvore da vida. O homem, porém, foi iludido pela astúcia do inimigo de Deus e comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Dessa forma, a natureza maligna se inseriu na alma humana, passando a expressar-se não apenas nas más atitudes do homem, mas também nas boas. Por isso a alma do homem se tornou independente de Deus, sendo assim facilmente utilizada por Satanás tanto naquilo que se inclina para o bem como para o mal.
É certo que a parte má da vida da alma leva o homem a pecar. Por isso não é difícil perceber que nossas ações más precisam ser eliminadas. Por outro lado, há a parte boa da vida da alma, e esta facilmente nos engana. Essa parte boa inclui até mesmo o serviço a Deus. Mas esse serviço, por ter origem na alma caída, não é aceitável a Ele (Rm 8:6, 8).
Foi o que aconteceu com o filho mais velho de Adão, Caim. Depois que Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden, eles geraram a Caim, que tentou servir a Deus com seus próprios métodos. Ele lavrou a terra com esforço e labor. Depois de uns tempos, trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR, pensando que com isso poderia agradar a Deus. Ele, porém, não se agradou de Caim, porque sua oferta teve origem na vida da alma (Gn 4:3-5). Vemos, assim, a importância de negarmos a vida da alma, principalmente no serviço a Deus.
Satanás tem mantido seu domínio sobre os filhos de Deus que preservam a vida da alma e se recusam a obedecer à Palavra do Senhor. Que o Senhor tenha misericórdia e mostre a Seus filhos a necessidade de negar a vida da alma, para que O sirvam no espírito, com um coração singelo (Mt 16:24; Rm 1:9).

24 abril, 2012

Jesus, como Filho de Davi, recebeu o castigo de Deus em nosso lugar.

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.                 (2 Co 5:21)

Is 53:5; Jr 31:34b; Mt 26:28; Rm 6:8

O Senhor Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Davi (Rm 1:3). Como sabemos, Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. A narrativa do Seu nascimento está registrada em Mateus 1:18-21: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”.

Nisso consiste o primeiro aspecto do evangelho de Deus: o Pai nos revelou o Filho como um homem concebido pelo Espírito Santo em Maria. Sendo um homem, o Senhor Jesus tinha a vida humana em um corpo de carne e sangue, com a semelhança do pecado, mas sem pecado. Assim, Ele pôde morrer na cruz e derramar Seu sangue para a remissão dos nossos pecados (Mt 26:28).

Como vimos, Davi representa todos os pecadores, e o Senhor foi chamado de Filho de Davi, por ser proveniente de sua linhagem. Esse fato tem grande significado, indicando que o Senhor Jesus se identificou com toda a humanidade pecadora. Na cruz, Ele tomou sobre si todas as nossas transgressões e em Sua morte recebeu o castigo de Deus em nosso lugar (Is 53:5; Mt 27:46). Ó Senhor Jesus! Que graça!

O primeiro aspecto do evangelho é grandioso. Ele apresenta as boas-novas de Deus para o mundo. Nós cometemos os pecados, mas o Senhor Jesus, que não conheceu pecado, foi julgado em nosso lugar. Em Seu corpo Ele tinha apenas a forma do homem pecador, mas sem a natureza pecaminosa, assim como a serpente de bronze tinha a forma do réptil, mas sem o veneno.

A morte redentora do Senhor nos trouxe vida e Seu sangue precioso nos justificou diante de Deus. Quando cremos no Senhor, somos salvos, pois nos unimos a Ele em Sua morte. Isso significa que nossa união com Cristo implica reconhecermos que a morte Dele na cruz também é a nossa (Rm 6:8).

Graças ao Senhor por Sua morte redentora! Por meio dela, fomos salvos da condenação, libertos do velho homem e da carne pecaminosa. Além disso, pelo derramamento do sangue de Cristo em nosso favor, fomos perdoados e purificados dos pecados cometidos no passado. Dessa forma, somos justos diante de Deus, como se nunca tivéssemos pecado (Jr 31:34b). Que salvação!

Davi representa todos os pecadores

Não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:22b-23)

1 Sm 18:5; 24:10; 2 Sm 11:15; Rm 3:23

Davi foi escolhido por Deus para ser rei de Israel. Na juventude, ele era pastor e cuidava das ovelhas de seu pai, enquanto seus irmãos mais velhos participavam do exército de Israel. Ainda assim, ele já havia experimentado o livramento do SENHOR, quando no campo feriu e matou um leão e um urso para proteger o rebanho.

Conforme o registro de 1 Samuel 17 os filisteus estavam em guerra contra o povo de Israel, governado na época pelo rei Saul. Dentre eles, havia um gigante chamado Golias, que afrontou os exércitos de Israel por vários dias seguidos. Ninguém do povo tinha coragem de enfrentá-lo. Davi estava no campo de batalha para entregar alimentos aos seus irmãos, quando ouviu os insultos proferidos por Golias, e disse: “Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (v. 26).

As palavras de Davi chegaram aos ouvidos de Saul, que mandou chamá-lo. Davi se dispôs a enfrentar o filisteu, confiante de que o Senhor o livraria das suas mãos, como de fato ocorreu. Ele não usou armadura nem lança, mas escolheu cinco pedras lisas do ribeiro. Embora Golias zombasse dele e o desprezasse, Davi o enfrentou em nome do SENHOR, lançando uma pedra que o atingiu e matou. Após essa vitória, os homens de Israel foram encorajados, perseguiram e feriram os filisteus, despojando seus acampamentos.

Davi respeitava a Saul, sob cujas ordens passou a fazer parte do exército de Israel. Ele logrou muitas vitórias. Davi se conduzia com prudência (1 Sm 18:5), mas ainda assim o seu sucesso nas batalhas despertou a inveja de Saul, que deixou de vê-lo com bons olhos. Essa inveja o levou a querer eliminar Davi. Ele, por sua vez, temia a Deus e, mesmo perseguido por Saul, jamais o feriu (24:10); antes, o honrava.

O próprio Davi foi coroado rei, se fortaleceu e venceu muitas batalhas porque o SENHOR era com ele (2 Sm 5:10). Porém, numa ocasião em que deixou de sair para a guerra, cobiçou a esposa de Urias, chamada Bate-Seba, e cometeu adultério com ela. Isso possivelmente aconteceu porque ele estava ocioso quando deveria ter saído para as guerras. Bate-Seba engravidou, o que revelaria o pecado de adultério, porque seu marido estava na batalha (11:4-5). Diante disso, Davi tentou encobrir o pecado, mandando trazer Urias para casa. Ele, porém, era um soldado fiel e não voltou para a própria casa.

Davi ainda encobriu o pecado, tramando a morte de Urias (vs. 15, 17). Sob sua ordem, Urias foi colocado na frente mais forte da peleja e morreu. Davi, então, se casou com a viúva, Bate-Seba. Ele cometeu pecados graves: cobiçar, adulterar e matar, e isso desagradou a Deus. Podemos assim dizer que Davi representava todos os pecadores, porque todos temos a mesma natureza pecaminosa e todos pecamos (Rm 3:23).

23 abril, 2012

REFLETINDO.

A Igreja em Filadélfia
Ap 3:7-13;Mt 23:8-11;Jo20:27; 1Co 12:13; Gl 2:28

Neste capítulo apresentaremos um diagrama sistemático que pode ajudar-nos a entender melhor o que temos falado. A primeira parte representa a igreja na era dos apóstolos. Embora Éfeso seja uma igreja que tenha enfraquecido, ela ainda está na mesma linha reta, uma vez que o Senhor reconheceu a igreja de Éfeso como continuação da igreja apostólica. Então veio Esmirna, que também continuou na mesma linha. Esmirna é realmente uma igreja sofrida. Não há louvor nem censura para ela. Depois de Esmirna, algo ocorreu quando apareceu Pérgamo. Ela não continuou a ortodoxia dos apóstolos, mas se uniu ao mundo e iniciou uma curva descendente. Ela sucedeu a igreja a igreja em Esmirna, mas ela não continuou na ortodoxia dos apóstolos. Uma vez que Pérgamo fez essa curva Tiatira seguiu os seus passos. Ela tomou a mesma linha de Pérgamo, mas não a mesma dos apóstolos. Sardes saiu de Tiatira, e ela também regrediu. Tiatira e Sardes continuarão até a volta do Senhor.

Filadélfia é a igreja que retorna à ortodoxia dos apóstolos. Filadélfia também fez uma curva, desta vez, de volta à posição inicial na bíblia. A virada de restauração começou com Sardes e foi completada com Filadélfia. Agora a igreja está de novo na mesma linha reta que a era dos apóstolos. Filadélfia saiu de Sardes. Ela nem é a Igreja católica romana nem as igrejas protestantes, mas continua a igreja dos apóstolos. Mais tarde veio Laodicéia, a qual veremos no próximo capítulo. Agora gastaremos algum tempo para ver o que Filadélfia é, a fim de termos clareza com relação ao seu significado.

Entre as sete igrejas, cinco são repreendidas e duas não. As duas não repreendidas são Esmirna e Filadélfia. O Senhor aprova somente essas duas. É realmente notório que as palavras faladas pelo Senhor a Filadélfia são muito parecidas com as que foram faladas a Esmirna. O problema de Esmirna era o judaísmo, e em Filadélfia também havia o judaísmo. À igreja em Esmirna o Senhor diz: “Para serdes posto à prova”, enquanto para a igreja em Filadélfia o Senhor diz: “Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. O Senhor também fala às duas igrejas com relação à coroa. Para Esmirna Ele diz: “Dar-te-ei a coroa da
vida”, enquanto para Filadélfia Ele diz: “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. As duas igrejas têm estes dois pontos semelhantes para mostrar que elas estão na mesma linha, isto é, na linha da ortodoxia da igreja apostólica. A igreja em Sardes foi uma restauração, mas não completa – foi uma restauração que não foi bem feita. Mas Filadélfia restaurou até o ponto de satisfazer o desejo do Senhor. A igreja em Filadélfia não só não é censurada como também é louvada. A linha reta que desenhamos é a linha dos escolhidos. Sabemos, evidentemente, que aqueles que o Senhor escolheu foi Filadélfia. Filadélfia continua a ortodoxia dos apóstolos. Ela recuperou Esmirna. Portanto, as palavras do Senhor a ela são para guardar e obedecer. A virada de Pérgamo e Tiatira foi tão grande que quando Sardes apareceu, embora agisse extraordinariamente bem, não recobrou a perfeição. Embora se voltasse em direção à restauração, ela não conseguiu atingir o alvo. Filadélfia é uma restauração completa. Precisamos ver isso claramente.

Filadélfia, em grego, é composta de duas palavras. O significado de uma é amar um ao outro, e o significado da outra e irmão, assim, Filadélfia significa amor fraternal. Amor fraternal é a profecia do Senhor. Sacrifício é a característica principal de Tiatira e é cumprido na Igreja Católica Romana. Restauração é a característica de Sardes e é cumprida nas igrejas protestantes. Agora, o Senhor diz-nos que há uma que está completamente restaurada e é por Ele louvada. Os que lêem a Bíblia levantarão a
questão: “Quem é ela na atualidade? Onde podemos encontrá-la na história”? Não deixemos essa questão passar facilmente.

Já falamos do comportamento dos nicolaítas e do ensinamento dos nicolaítas nas igrejas em Éfeso e em Pérgamo. Além disso, já mostramos que eles representam uma casta de sacerdotes. Entre os israelitas, os levitas podem ser os sacerdotes e o restante não pode. Mas na igreja todos os filhos de Deus são sacerdotes. A primeira Epístola de Pedro 2 e Apocalipse 5 nos dizem claramente que tods os comprados com o sangue são sacerdotes(vs. 9, 10). Todavia, os nicolaítas criam o emprego de
sacerdote. O laicato (crente comum) deve ir ao mundo ter uma ocupação e executar negócios seculares. Os sacerdotes estão acima do laicato e encarregam-se dos negócios espirituais. Os judeus têm o judaísmo, e os nicolaítas desenvolveram o comportamento, tornando-o ensinamento. Veja a classe dos padres. Eles podem encarregar-se dos assuntos espirituais, enquanto os outros cuidam de assuntos seculares. A imposição de mãos é assunto deles; somente eles podem abençoar. Se tiver de indagar sobre certo assunto eu mesmo não posso perguntar a Deus, antes devo pedir-lhes que perguntem a Deus por mim. Na época de Sardes a situação melhorou. O sistema de padres foi abolido, mas o sistema clerical surgiu para tomar o seu lugar. Nas igrejas protestantes, há as rigorosíssimas igrejas estatais, e há também as igrejas privadas, a existência da classe mediadora é sempre vista. A primeira tem o sistema clerical, enquanto a ultima tem o sistema pastoral. Em relação a esse sistema de classe sacerdotal, quer sejam chamado de padres, de clérigos ou de pastores, é algo rejeitado pelo Senhor. As igrejas protestantes são uma mudança de forma na continuação do ensinamento nicolaíta de Pérgamo. Embora nas igrejas protestantes ninguém seja chamado de padre, todavia os clérigos e os pastores são exatamente iguais em principio. Mesmo se mudarmos o nome deles e chamá-los obreiros, enquanto permanecerem na mesma posição, eles têm o mesmo sabor.

Já expusemos bastante a escritura base para mostrar que todos somos sacerdotes. Mas agora há uma controvérsia entre Deus e os homens. Desde que Deus diga que cada um na igreja está qualificado para ser sacerdote, por que os homens dizem que a autoridade espiritual está unicamente nas mãos de uma classe mediadora, tal como a dos padres? Todos os redimidos com o sangue precioso são sacerdotes. Por que o Senhor não repreendeu Filadélfia, mas antes louvou-a? Lembre-se de que o inicio da classe mediadora foi em Pérgamo e a pratica foi em Roma. Eles têm o papa que exerce domínio sobre eles, têm os altos oficiais exercendo autoridade sobre eles, e têm altos oficiais do Vaticano (a igreja – palácio) etc. Mas o Senhor diz: “Vós todos sois irmãos”. Apeguem-se a Mateus 20:25, ; 23:8. É
verdade que não bíblia há pastores, mas a bíblia não tem o sistema de pastores. Além disso, a palavra pastor é uma tradução; no texto original significa guardador de gado. Você pode chamá-lo de guardador de ovelhas ou guardador de gado. O Senhor diz: “Vocês não devem ter mestres entre vocês, e não devem ter padres”. Mas vejam como a igreja Católica romana chama os padres de “padre”, e as igrejas protestantes chamam os pastores de “pastor”. No século dezenove realizou-se um grande avivamento que aboliu a classe mediadora. Após Sardes, uma grande restauração aconteceu: na igreja os irmãos amavam um ao outro e a classe mediadora foi abolida. Esta é Filadélfia.

Em 1825, Em Dublin, capital da Irlanda, houve muitos crentes cujo coração foi movido por Deus para amar todos os filhos do Senhor, não importando em qual denominação estivessem. Este tipo de amor não foi frustrado pelo muro da denominação. Eles começaram a ver que a Palavra de Deus diz que há apenas um Corpo de Cristo, não obstante em quantas seitas os homens possam dividi-lo. Eles continuaram lendo as Escrituras e viram que o sistema de um homem administrando a igreja e de um homem pregando não é bíblico. Então eles começaram a reunir-se cada domingo para partir o pão e orar. O ano de 1825 foi – após mais de mil anos de igreja católica romana e varias centenas de anos de igrejas protestantes – a primeira vez em que houve um retorno à adoração simples, livre e espiritual conforme as Escrituras. No início eram duas pessoas mais tarde, quatro ou cinco.

Esses crentes, aos olhos do mundo, eram inferiores e desconhecidos. Mas eles tinham o Senhor no meio deles e a consolação do Espírito Santo. Eles permaneceram sobre a base de duas claras verdades: primeiramente, que a igreja é o Corpo de Cristo e que este Corpo é apenas um; em segundo lugar, no Novo Testamento não havia sistema clerical. Portanto, todos os ministros da Palavra estabelecidos pelos homens não são bíblicos. Eles acreditavam que todos os verdadeiros crentes são
membros deste único Corpo. Recebiam calorosamente todos os que vinham para o seu meio, não importando a que denominação pertencessem. Não tinham preconceito contra qualquer seita. Eles criam que todos verdadeiros crentes têm a função de sacerdote; portanto todos podem entrar livremente no santo dos santos. Eles também acreditavam que o Senhor acenso concedera diversos dons à igreja para aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do Corpo de Cristo. Portanto, eles foram capazes de renunciar aos dois pecados do sistema clerical – oferecer sacrifícios e pregar a Palavra. Estes princípios
capacitaram-nos a dar boas-vindas a todos os que estão em Cristo como seus irmãos e a estarem abertos a todos os ministros da Palavra ordenados pelo Espírito Santo para servir. Durante essa época, havia um clérigo na Igreja Anglicana, chamado John Nelson Darby, que estava muito insatisfeito com a posição de sua própria igreja, acreditando que ela não era bíblica. Ele também se reunia freqüentemente com os irmãos, embora nesta época ele ainda usasse as vestes do clero e fosse um clérigo da Igreja Anglicana. Era um homem de Deus, um homem de grande poder e um homem disposto a sofrer. Ele também era um homem espiritual que conhecia Deus e a Bíblia, e julgava a carne. Em 1827 ele, oficialmente, deixou a Igreja Anglicana, tirou o uniforme de clérigo e tornou-se um simples irmão, reunindo-se com os irmãos. Originalmente o que os irmãos viram foi um tanto limitado, mas quando Darby oficialmente juntou-se a eles, a luz do céu verteu como uma torrente. Em muitos aspectos a obra de Darby foi parecida com a de Wesley, mas suas atitudes em relação à Igreja Anglicana foram diferentes. No século anterior, Wesley sentiu que não poderia ter paz deixando a igreja estatal; um século mais tarde, Darby sentiu que não poderia ter paz continuando na Igreja Anglicana. Mas quanto ao zelo, à sinceridade e à fidelidade, eles foram muito parecidos em muitos aspectos. Foi neste mesmo ano que J. G. Bellet também compareceu às reuniões. Ele também era um homem extraordinariamente profundo e espiritual. Essas reuniões, que eram simples, contudo bíblicas, comoveram-no profundamente. A respeito da condição nessa época, ele disse: “Um irmão acabou de dizer-me que ficou óbvio nas escrituras que os crentes reunindo-se juntos, como discípulos de Cristo, eram livres para partir o pão juntos, como Seu Senhor os advertira; e que, até onde a prática dos apóstolos pode ser um guia, todo domingo deve ser separado para assim lembrar a morte do Senhor e obedecer o que Ele exigiu ao partir”. Em outra ocasião J.G. Bellet disse: “Caminhando certa ocasião com um irmão, enquanto descíamos a rua Lower Pmbroke, ele me disse: ‘Não tenho dúvidas de que este é o propósito de Deus com relação a nós – devemos estar juntos com toda simplicidade como discípulos, não servido em qualquer púlpito ou ministério, mas confiando que o Senhor nos edificará ministrando, uma vez que Ele se agradou de nós e nos viu com bons olhos.’ No momento em que ele falou estas palavras, fiquei certo de que minha alma recebeu o entendimento correto, e aquele momento eu lembro como se fosse ontem, e posso descrever-lhe o lugar. Foi o dia da grande revelação da minha vida, permitam-me falar assim, como um irmão.” Foi assim que os irmãos gradativamente prosseguiam, recebiam revelação e viam a luz. Depois de um ano, em 1828, Darby publicou um livrete chamado A Natureza e a Unidade da Igreja de Cristo. Este livrete foi o primeiro entre milhares de livros publicados pelos irmãos. Neste livro Darby declara claramente que os irmãos não tinham intenção de fundar uma nova denominação ou união de igrejas. Ele disse: “Em primeiro lugar, não é uma união formal dos grupos publicamente conhecido que é desejável; realmente é surpreendente que protestantes ponderados possam desejá-la: longe de estar fazendo o bem, creio que seria impossível que tal corpo fosse pelo menos reconhecido como a igreja de Deus. Seria uma cópia de unidade da Católica romana; perderíamos a vida da igreja e o poder da palavra, e a unidade da vida espiritual seria totalmente eliminada (...) A unidade verdadeira é a unidade do Espírito, e ela deve ser trabalhada pelo operar do Espírito (...) Nenhuma reunião, que não concebe incluir todo os filhos de Deus na base completa do reino do Filho, consegue encontrar a plenitude da benção, porque ela não a contempla - porque a sua fé não a inclui (...) Onde dois ou três estão reunidos em Seu nome, Seu nome é lembrado ali para benção (...)”. “Além do mais, unidade é a glória da igreja; mas a unidade para assegurar e promover nossos próprios interesses não é a unidade da igreja, mas uma confederação e negação da natureza e esperança da igreja. A unidade, que é da igreja, é a unidade do Espírito e somente pode estar nas coisas do Espírito; e, portanto, só pode ser aperfeiçoada nas pessoas espirituais” “Mas que deve fazer o povo do Senhor? Deixe-os esperar no Senhor, e esperar de acordo com o ensinamento do Seu espírito, e em conformidade à imagem, pela vida do Espírito, do Seu Filho. Deixeos seguir seu caminho pelas pegadas do rebanho, se quiserem saber aonde o bom pastor alimenta Seu rebanho ao meio-dia”. Em outro lugar Darby disse: “Porque a nossa mesa é a mesa do Senhor, não a nossa, recebemos todos os que Deus recebe, todos pobres pecadores fugindo para o Senhor como refúgio, não descansando em si mesmo, mas somente em Cristo”. Foi neste mesmo tempo que Deus operou simultaneamente na Guiana Inglesa e na Itália, levantando o mesmo tipo de reuniões. Em 1829 havia também reuniões na Arábia. Em 1830, em Londres, Plymouth e Bristol, na Grã-Bretanha também havia reuniões. Mais tarde, muitos lugares no Estados Unidos tinham reuniões, e no continente da Europa havia também muitas reuniões. Não muito depois, em quase todo lugar no mundo, todos os que amavam o Senhor estavam se reunindo desta maneira. Embora não houvesse união exterior, contudo todos foram levantados pelo Senhor. Uma característica que marcou o aparecimento desses irmãos foi que aqueles que tinham títulos e domínio abandonaram seus títulos e domínio, os com posição abandonaram a posição, aqueles que tinham diplomas rejeitaram seus diplomas, e todos abandonaram qualquer classe ou posição mundanas na igreja e tornaram – se simplesmente os discípulos de Cristo e irmãos uns dos outros. Exatamente como a palavra padre é largamente usada na igreja católica romana e reverendo nas igrejas protestante, assim a palavra irmão é comumente usada no meio deles.Eles foram atraídos pelo Senhor e então reuniam-se; por causa do amor deles pelo Senhor, eles espontaneamente amavam uns aos outros. Com o passar dos anos, entre estes irmãos Deus deu muitos dons para Sua igreja. Alem de J. N. Darby e J. G. Bellet, Deus também concedeu ministérios especiais para muitos irmãos para que Sua igreja pudesse ser suprida. George Muller, que estabeleceu um orfanato, restaurou a questão de orar com fé. Durante a sua vida ele recebeu 1.500.000 vezes respostas de orações. C. H. Mackintosh, que escreveu as notas sobre o Pentateuco, restaurou o conhecimento dos tipos, as prefigurações. D. L. Moody disse que se todos os livros do mundo inteiro fossem queimados, ele ficaria satisfeito em ter apenas uma cópia da bíblia e uma coleção das notas de C. H. Mackintosh sobre o Pentateuco. James G. Deck deu-nons muitos bons hinos. George Cutting restaurou a certeza da salvação. Seu livrete “segurança, certeza e desfrute” teve trinta milhões de cópias vendidas em 1930; além da bíblia este foi o livro mais vendido. William Kelly foi um expositor; ele foi descrito por G. H. Spurgeon como aquele que tinha a mente tão grande quanto o universo. F.W. Grant foi o mas entendido sobre a Bíblia nos séculos dezenove e vinte. Robert Anderson foi o homem que melhor conheceu o livro de Daniel recentemente. Charles Stanley foi quem melhor levou as pessoas à salvação pregando a justiça de Deus. S. P. Tregelles foi o famoso filologista do Novo Testamento. A história da igreja por Andrew Miller foi a mais bíblica entre as muitas histórias da igreja. R. C. Champman foi um homem grandemente usado pelo Senhor. Estes foram os irmãos daquela época. Além desses, se fôsemos contar minuciosamente outros entre os irmãos, o número de todos os que foram muito usados pelo Senhor ultrapassaria de mil. Agora veremos o que esses irmãos nos deram: eles nos mostraram quanto o sangue do Senhor satisfaz a justiça de Deus; a certeza da salvação; como o mais fraco crente pode ser aceito em Cristo, assim como Cristo foi aceito, e como crer na Palavra de Deus como a base da salvação. Desde que começou a história da igreja, nunca houve um período em que o evangelho tenha sido mais claro do que naquela época. Além disso, também foram eles que nos mostraram que a igreja não pode ganhar o mundo inteiro, que a igreja tem um chamamento celestial e que a igreja não tem esperança terrena. Foram eles também que abriram as profecias pela primeira vez, fazendo-nos ver que a volta do Senhor é a esperança da igreja. Foram eles que abriram o livro de Apocalipse e o livro de Daniel e mostraram-nos o reino, a tribulação, o arrebatamento e a noiva. Sem eles conheceríamos hoje uma pequena porcentagem das coisas futuras. Foram eles também que nos mostraram o que é a lei do pecado, o que é ser libertado, o que é ser crucificado com Cristo, o que é ser ressuscitado com Cristo, como ser identificado com o Senhor pela fé e como ser transformado diariamente por contemplar o Senhor. Eles nos mostraram o pecado das denominações, a unidade do Corpo de Cristo e a unidade o Espírito Santo. Foram eles que nos mostraram a diferença entre o judaísmo e a igreja. Na igreja católica romana e nas igrejas protestantes, esta diferença não é facilmente vista, mas eles fizeram-nos vê-la de maneira nova. Eles também nos mostraram o pecado da classe mediadora, mostraram que todos os filhos de Deus são sacerdotes e que todos podem servir a Deus. Foram eles que restauraram o princípio de reuniões de 1 Corintios 14, expondo-nos que profetizar não é tarefa de um homem, mas de dois ou três, e que profetizar não esta baseado em ordenação, mas no dom do Espírito Santo. Se fôssemos enumerar tudo o que eles restauraram, poderíamos muito bem dizer que nas genuínas igrejas protestantes de hoje não há sequer uma verdade que não tenha sido restaurada por eles ou que não tenham sido eles quem as restauraram ainda mais. Não é de admirar-se que D. M. Panton tenha dito: “O movimento dos irmaos e seu significado é muito maior que o da Reforma”l Thomas Griffith disse: “entre os filhos de Deus, eles foram os mais qualificado para corretamente dividir a palavra da verdade”. Henry Ironside disse: “Quer seja os que conheceram os irmaos , quer sejam os que não conheceram os irmãos, todos os que conhecem a Deus têm recebido ajuda deles direta ou indiretamente”. Esse movimento foi maior do que o movimento da reforma. Podemos também dizer que a obra de Filadélfia é maior que a obra da reforma. Filadélfia dá aquilo que a reforma não nos deu. Agradecemos ao Senhor que o problema da igreja foi solucionado pelo movimento dos irmãos. A posição dos filhos de Deus foi, por ele, praticamente restaurada. Portanto, tanto em quantidade como em qualidade ela é maior que a Reforma. Por outro lado, notamos que o movimento dos irmãos não é tão famoso quanto a Reforma. A reforma foi realizada com espada e lança, enquanto o movimento dos irmãos foi realizado pela pregação. Por causa da reforma muitos perderam a vida nas guerras da Europa. Outra razão pela qual a reforma é famosa foi seu relacionamento com a política. Muitas nações, por meio da reforma, livraram-se politicamente do poder de Roma. Qualquer coisa que não seja relacionada à política não é facilmente conhecida pelos homens. Além disso, os irmãos viram duas coisas: uma, é o que chamamos de mundo organizado, isto é, o muno psicológico, e a outra é o que os irmãos chamaram de mundo do cristianismo. Eles deixaram não apenas o mundo psicológico, mas também, ao mesmo tempo, o mundo do cristianismo, que é representado pelas igrejas protestantes. Essa a razão por que eles nem mesmo eram conhecidos nas igrejas protestantes, pois eles não apenas saíram do mundo do pecado, mas também do mundo do cristianismo. A partir da época deles os homens conheceram o que é a igreja, que a igreja é o Corpo de Cristo, que os filhos de Deus são uma igreja que não deveriam estar divididos. A ênfase dele era nos irmãos e no verdadeiro amor de uns pelos outros. O senhor Jesus diz que uma igreja aparecerá cujo nome é Filadélfia. Agora observamos Apocalipse: “Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve”. Filadélfia é amor fraternal. Por que o Senhor louva Filadélfia? Ele diz que ela é amor fraternal; assim, a posição mediadora foi completamente anulada. Em Cristo não há homem nem mulher, em Cristo não há irmãs. Somos irmãos, não irmãs. Então, as irmãs perguntarão: Quem somos nós? Somos todos irmãos. Por que somos irmãos? Porque todos temos a vida de Cristo. Hoje há muitos homens no mundo, mas eles não são nossos irmãos. Um homem é um irmão, não porque é um homem, mas porque há nele a vida de Cristo. Desde que eu também tenha a vida de Cristo em mim, somos irmãos. Quando ressuscitou e estava para ascender aos céus, o Senhor disse: “Subo ao meu Pai vosso Pai” (jô 22:17). Em João 1, Ele é o Filho unigênito de Deus; em João 20, Ele é Filho primogênito e todos nós somos irmãos. Pela morte e ressurreição o Filho unigênito de Deus tornou-se o Filho primogênito. Podemos ser irmãos porque recebemos Sua vida. Porque todos temos recebido a vida de Cristo, somos todos irmãos. Um homem é um irmão porque recebeu a vida de Cristo; uma mulher é um irmão porque também ela recebeu a vida de Cristo. Ambos, homens e mulheres, todos receberam a mesma vida; então, todos são irmãos. Todas as epístolas foram escritas aos irmãos, não ás irmãs. Individualmente falando, há ira, há irmãs, mas em Cristo há somente irmãos. Por causa desta vida todos nos tornamos filhos de Deus. Todos “filhos” e “filhas” no novo testamento deveria ser
traduzido como “filhos”. Além da menção em 2Corintios 6:18, Deus não tem “filhos” e “filhas”. Em Cristo todos estão na posição de irmãos. Em Xangai havia um irmão que era pedreiro. Certa vez eu esta lá, eu lhe disse: Vá e chame algum irmão para entrar”. Ele replicou: “Você quer que eu chame os irmãos masculinos ou os irmãos femininos”? Este foi um homem ensinado por Deus. Dirigimos-nos às irmãs, quando nos dirigimos a indivíduos, mas em Cristo não há distinção entre homem e mulher. Na igreja também não há escravo nem livre. Não é porque alguém é um mestre, que a vida que ele recebeu é maior, ou porque eu sou um escravo, portanto a vida que recebi é menor. No passado, lembro-me que certo irmão me disse: “Os locais de reuniões têm um aspecto pobre. É melhor prepararmos um lugar especialmente para a pregação aos oficiais do governo”. Repliquei: “Que você colocaria sobre a placa?” Esta não seria a igreja de Cristo, seria a igreja dos oficiais e da alta sociedade. Quando vimos para igreja, não há oficiais nem alta sociedades. Na igreja todos são irmãos. Quando nossos olhos forem abertos pelo Senhor, veremos que estar acima dos outros é uma glória no mundo, mas na igreja não há tal distinção. Paulo diz que em Cristo não há grego nem judeu, escravo ou livre, homem ou mulher. A igreja posiciona-se não na distinção, mas no amor fraternal. Esta passagem é igual a outra nas quais o Senhor mencionou Seu próprio nome; aqui Ele diz: “Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abrirá”. Santidade é sua vida Ele próprio é santidade. Ele é a verdade diante de Deus; Ele é a realidade de Deus, e a realidade de Deus é Cristo. Sua mão segura a chave. Aqui, devemos destacar um fato: Quando Sardes ¹ se levantou para testemunhar pelo Senhor, havia os dominadores deste mundo que a ajudaram a travar a batalha. A luta prosseguiu no continente da Europa por muitos anos e depois na Grã-Bretanha por muitos anos. Mas, e o movimento dos irmãos? Não havia poder por trás deles para sustentá-los. Então, que poderiam eles fazer? O Senhor diz que Ele segura a chave de Davi, que significa autoridade. (A bíblia chama Davi de rei.) Não se trata de força dos braços nem de propaganda, mas é uma questão de abrir a porta. Houve certo editor jornalístico na Grã-Bretanha que disse: “Eu nunca pensei que houvesse tantos irmãos e nunca entendi como este povo cresceu tão rápido”. Viajando por todo o mundo você descobrirá que em cada lugar há muitos irmãos.


¹ Referindo-se ao movimento de Reforma religiosa.

Embora entre eles alguns conheceram as doutrinas profundamente e alguns superficialmente, a posição dos irmãos ainda é a mesma. Ao vermos isso, precisamos agradecer o Senhor. O Senhor diz que Ele é Aquele que “abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abrirá”. “Conheço as tuas obras (...) que tens pouca força”. Quando chegamos neste ponto, nossos pensamentos espontaneamente retornam ao tempo da volta de Zorababel ² , sobre quem certo profeta disse: “Pois quem despreza o dia dos humildes começos” (Zc 4:10). Não despreze o dia das pequenas coisas, isto é, o dia da edificação do templo. Nas escrituras há uma grande prefiguração da igreja –a o templo. Quando Davi reinava, o povo de Deus era unido. Mais tarde, eles se dividiram em reino de Judá e reino de Israel. Os filhos de Deus começaram a dividir-se e, ao mesmo tempo, começaram a idolatria e a prostituição. Como resultado, foram capturados e levados para a Babilônia. Todos reconhecem que o cativeiro na Babilônia tipifica Tiatira, a igreja católica romana. Desde que a bíblia faz da Babilônia um símbolo de Roma, então também a igreja tem um cativeiro babilônico. Que fez o povo de Deus quando retornou do seu cativeiro? Eles voltaram debilmente, grupo por grupo, e edificaram o templo. Parece que eles tipificaram o movimento dos irmãos. Havia muitos judeus, os mais velhos, que viram o templo antigo; agora eles viam com os próprios olhos o estabelecimento do fundamento do templo e choravam em alta voz, porque o templo era inferior em glória se comparado com aquele do tempo de Salomão. Contudo, Deus falou por intermédio do profeta menor, dizendo?”Não despreze o dia das pequenas coisas, porque este é o dia da restauração”. Aqui, o Senhor diz as mesmas palavras: “tens pouca força”. O testemunho da igreja hoje no mundo, comparado com os dias de Pentecoste, é realmente o dia das pequenas coisas. “Guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”. O Senhor os reconhece por duas coisas: não negar o nome do Senhor e não negar a sua palavra. Na história da igreja, nunca houve uma era na qual os homens conheceram tanto a Palavra de Deus quanto os irmãos. A luz era como a chuva de uma grande enchente impetuosa. Uma noite, quando eu estava em Xangai, encontrei um irmão que me disse ser cozinheiro em uma embarcação. Falei com ele demoradamente. Receio que muito poucos missionários conheçam a Palavra de Deus tão bem quanto ele. Na verdade, esta é uma das suas características mais evidentes – eles conhecem a palavra de Deus. Mesmo se encontrarmos o mais simples entre eles, terá mais clareza que muitos missionários. O Senhor diz: “Não negaste o meu nome”. Desde 1825, os irmãos diziam que somente seriam chamados de cristãos. Se alguém lhes perguntasse quem eram eles, eles diriam: Eu sou cristão”. Mas se alguém perguntar a um membro da igreja metodista, ele dirá: eu sou um metodista; se encontrar alguém da igreja dos amigos, ele dirá: eu pertenço a igreja dos amigos; alguém da igreja luterana dirá: eu sou luterano; alguém da igreja batista dirá: eu sou batista. Além de Cristo, os homens ainda usam muitos nomes pelos quais se autodenominam a si mesmos. Mas os filhos de Deus têm um único nome pelo qual chamam a si mesmo. O Senhor Jesus diz:”Orai em Meu nome” e “Reunidos em Meu nome”. Temos somente o nome do Senhor. Whitefield disse: “Seja todos os outros nomes abandonados; seja somente o nome de Cristo exaltado”. Esses irmãos foram levantados para fazer exatamente isso. A profecia do Senhor diz a mesma coisa, que eles honraram o nome do Senhor. O nome de Cristo é o centro deles. Eles ouvem muitos freqüentemente entre eles esta palavra: “ O nome de Cristo não é suficiente para separar-nos do mundo? Não é suficiente simplesmente termos o nome do Senhor”? Certa vez encontrei um crente num trem, que me perguntou que tipo de cristão eu sou. Respondi-lhe que sou apenas um cristão. Ele disse: “Não há tal cristão no mundo. Dizer que você é um cristão não significa nada; você tem de dizer que tipo de cristão você é. Isso é que faz sentido”. Repliquei-lhe: “Eu sou simplesmente um homem que é cristão. Você diz que um homem ser cristão não significa nada? Que tipo de cristão você diria que faz sentido ser? Quanto a mim, só posso ser um cristão – nada mais”. Naquele dia tivemos uma conversa muito boa. Devemos observar uma coisa: o pensamento fundamental de muitas pessoas é que o nome do Senhor não é suficiente. Muitos pensam que precisam do nome de uma denominação; eles acham que devem ter outro nome além do nome do Senhor. Não considere que nossa atitude em relação a isso seja exagerada demais. Aqui o Senhor diz: “Não negaste o meu nome”. Se o meu sentimento está correto, todos os outros nomes são uma vergonha para Ele. Esta palavra “negaste” é a mesma palavra usada para referir-se à negação de Pedro ao Senhor. Que tipo de cristão sou eu? Eu sou um cristão. Não quero ser chamado por outro nome. Muitos não querem honrar o nome de Cristo e não estão dispostos a serem chamados apenas de cristãos. Mas, graças a Deus, a profecia de Filadélfia foi cumprida nos irmãos. Eles não mais têm qualquer outro nome característico. Eles são irmãos; eles não são “ A igreja dos irmãos”. “Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. O Senhor fala à igreja em Filadélfia sobre a porta aberta. Os homens freqüentemente dizem que se você andar de acordo com as escrituras, a porta será logo fechada. A mais difícil barreira a ultrapassar ao submeter-se ao Senhor é o fechamento da porta. Mas aqui, na verdade, há uma promessa: ”Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. No tocante aos irmãos, isto é um fato. No mundo todo, seja ao expor a bíblia ou ao pregar o evangelho, nenhum outro grupo de pessoas teve as oportunidades que eles tiveram. Fosse na Europa, América ou África, era sempre a mesma coisa. Não há necessidade de sustento humano, de anúncio, propaganda ou contribuições; eles sempre têm muitas oportunidades para trabalhar, e a porta para trabalhar ainda está aberta. “Eis que farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmo se declaram judeus, e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés, e conhecer que eu te amei”. Já vimos pelo menos quatro coisas as quais têm feito o cristianismo tornar-se judaísmo: os sacerdotes mediadores, a lei de letras, o templo material e as promessas terrenas. Que diz o Senhor? “Eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés”. O judaísmo é destruído nas mãos dos irmãos. Em todo lugar no mundo inteiro há tal movimento. Onde eles estão o judaísmo é derrotado. Entre o s que hoje realmente conhecem a Deus, a principal força do judaísmo tornou-se algo do passado. “Porque guardaste a palavra da minha perseverança”. Isso será relacionado com “companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus”, em Apocalipse 1. Perseverança aqui é usada como um substantivo. Hoje é tempo da perseverança, em Jesus”, em Apocalipse 1. Perseverança aqui é usada como um substantivo. Hoje é tempo da perseverança de Cristo. Hoje o Senhor encontra muitos que escarnecem Dele, mas Ele é perseverante. Um dia o julgamento virá, mas hoje Ele é perseverante. Sua palavra hoje é a palavra da perseverança. Aqui Ele não tem reputação, Ele é uma pessoa humilde, ainda um nazareno, ainda o filho de um carpinteiro. Quando seguimos o Senhor, Ele diz: “Guarda a palavra da minha perseverança”. “Também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. Podemos usar Tchankim ³ como ilustração: Dizer que o guardarei do bombardeio significa que você estará em Tchankin, mas será guardado do bombardeio. Se digo o guardarei da hora, isto significa que antes daquela hora você acabou de partir para Chengtu³. Quando o mundo todo estiver sendo testado – se refere à grande tribulação – não enfrentaremos a tribulação. Antes que aquela hora chegue, já teremos sido arrebatados. Em toda a bíblia há somente duas passagens que fala da promessa do arrebatamento: Lucas 21:36 e Apocalipse 3:10. Hoje devemos seguir o Senhor, não viver frouxamente, aprender a viver no caminho de Filadélfia e pedir ao Senhor para livrar-nos de todas as provações que vêm. Cidades da China – W. Nee foi nasceu na China. “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. O Senhor diz: “Venho sem demora”. Portanto, essa igreja deve continuar até a volta do Senhor. Tiatira não passou, Sardes não passou e Filadélfia ainda não passou também. “conserva o que tens, ou seja, a Minha Palavra” e o Meu nome”. Não devemos esquecer a palavra do Senhor e não devemos envergonhar o nome do Senhor. “Para que ninguém tome a tua coroa” : todos em Filadélfia já têm coroa. Nas outras igrejas há o problema de ganhar-se a coroa. Aqui o problema é perdê-la. O Senhor diz que já temos a coroa: Paulo (2Tm 4:8). Assim também entre as igrejas, somente Filadélfia sabe que tem a coroa. Não permita, agora, que nenhum homem tome sua coroa; não sai de Filadélfia, deixando sua posição. Aqui diz: Conserva o que tens para que nenhum homem a tome”. Isso nos diz claramente que Filadélfia também corre um perigo em particular; de outra maneira, o Senhor não lhe teria dado tal advertência. Além disso, esse perigo é bastante real; essa é a razão por que o Senhor lhe deu ordens de modo tão sério. Qual é o perigo que correm eles? O perigo está em perder o que já conseguiram. Assim, o Senhor pede a eles para conservarem o que têm. O perigo não está em não progredirem; antes, está no retrocesso. Eles estão agradando o Senhor porque amam uns aos outros e são fiéis à Palavra do Senhor e ao Seu nome. O perigo está em perder este amor e fidelidade. Que terrível! Mas de fato isso foi o que realmente aconteceu. Após vinte anos, os irmãos também dividiram-se em dois grupos: os “exclusivos” e os “abertos”, e dentro das duas divisões há muitas facções. Portanto, em Filadélfia também há o chamamento aos vencedores. Qual foi a razão desse problema? Devemos ser muito cuidadosos e humildes; do contrario, seremos envolvidos no mesmo erro. Cremos que qualquer tipo de divisão é resultado da perda do amor de um pelo outro; quando o amor não existe ou está faltando, as pessoas dão atenção ás leis, enfatizam comportamentos forçados e perdem-se em detalhes procurando falhas. Uma vez que o amor está em perigo, as pessoas ficarão orgulhosas de si mesmas e invejosas das outras, gerando, então, controvérsias e disputas. O Espírito Santo é a força da unidade, enquanto a carne é a força da divisão. A menos que a carne seja tratada, cedo ou tarde ocorrerá a divisão. Além do mais, creio que a carência dessa época foi que os irmãos Unidos* não viram a base e o limite da igreja. Eles viram claramente, do lado negativo, os pecados da igreja, mas do lado positivo, quanto a igreja deve amar um ao outro e ser unânime quanto a base e limite da cidade, eles não viram adequadamente. A igreja católica romana dá atenção à união de uma igreja nesta terra, enquanto os irmãos unidos deram atenção à união idealista de uma igreja espiritual nos céus. Eles não viram ou, pelo menos, não viram tão claramente que o amor de uns pelos outros nas epístolas é o amor de uns pelos outros na igreja em uma cidade; a unidade é a unidade da igreja em uma cidade; o ajuntamento é o ajuntamento da igreja em uma cidade; a edificação é a edificação da igreja em uma cidade; e até mesmo a excomunhão é a excomunhão da igreja em uma cidade. De qualquer forma, somente dois tipos de pessoas falam sobre a unidade da igreja: a igreja católica romana fala da unidade de todas as igrejas na terra, enquanto os irmãos unidos falam da unidade espiritual nos céus. Como resultado, a primeira não é senão a unidade em aparência exterior, enquanto a última é uma unidade idealista; na verdade, porém é divisiva. Ambas não atentaram para a unidade da igreja em cada e toda cidade como registrado na bíblia. Desde que os Irmãos Unidos não deram tanta atenção ao fato de que a igreja tem a cidade como seu limite, os “Irmãos Exclusivos” exigiram ação unificadora por todo lugar, resultando na quebra do limite da cidade e caindo no erro da igreja unida; enquanto os “Irmãos Abertos” exigiram administração independente de cada reunião, cujo resultado em muitos lugares foi muitas igrejas em uma cidade, caindo assim no erro da Igreja Congregacional, que torna cada congregação uma unidade independente. Os “Irmãos Exclusivos” excedem o limite da cidade, enquanto os “Irmãos Abertos” são menores que o limite da cidade. Eles esquecem que na bíblia há uma e apenas uma igreja em cada cidade. As palavras faladas na bíblia para igreja são dirigidas para esse tipo de igreja. É muito estranho que, a tendência de hoje seja mudar as palavras que, na bíblia , são ditas para a igreja em uma localidade, para palavras falada para a igreja espiritual. Além disso, alguns irmãos estabelecem uma igreja é menor que a cidade – a igreja “casa” é um exemplo. Mas na bíblia não há nenhuma “União de igrejas” das igrejas de todo lugar nem há igrejas de congregações e de reuniões em uma cidade como igrejas independentes. Uma igreja para várias cidades, ou várias igrejas em uma cidade – ambas não são ordenadas por Deus. A palavra de Deus claramente revela que uma cidade pode ter uma só igreja, e somente pode haver uma igreja em uma cidade. Ter uma igreja do tamanho de muitas cidades exigem uma unidade que a bíblia não exige, e ter várias igrejas em uma cidade divide a unidade que a bíblia exige. A dificuldade dos irmãos unidos naqueles dias foi que eles não tinham suficiente clareza a respeito do ensinamento da bíblia sobre cidade. O resultado é que desde que aqueles que tomaram o tipo de unidade “União das Igrejas” uniram-se a irmãos em outros lugares, eles não mais temeram estar divididos com os irmãos na mesma cidade. E os que tomavam reunião como uma unidade e não tinham problema com os irmãos da mesma reunião, não temeram estar divididos com os irmãos que estivessem em outras reuniões na mesma cidade. Porque eles não perceberam a importância dos ensinamentos da bíblia a respeito da cidade, resultaram divisões em cada caso. O Senhor não exigiu unidade impraticável de todos os lugares. O Senhor também não permitiu tomar-se uma reunião como limite da unidade – isso é livre demais; é licencioso, sem restrição ou instrução. Apenas uma palavra de desacordo e imediatamente outra reunião é estabelecida com três ou cinco como um grupo, e isso é considerado como unidade. Pode haver somente uma unidade em uma cidade. Que restrição para aqueles comlicenciosidade carnal! O movimento dos irmãos ainda continua. E a luz sobre a “cidade” está cada vez mais clara. Até que ponto o Senhor irá trabalhar, nós não sabemos. Podemos somente aguardar pela história; então teremos clareza. Se nossa consagração ao Senhor é absoluta e nós mesmo somos humildes, receberemos misericórdia para sermos guardados do erro. “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, e o meu novo nome”. Durante a época de Filadélfia tem havido muitos casos de excomunhão de irmãos. Mas aqui eles não podem mais ser excomungados; eles serão uma coluna no templo de Deus. Se a coluna é removida, o templo não permanece em pé. Filadélfia faz com que o templo de Deus permaneça em pé. Há três nomes gravados sobre o vencedor: o nome de Deus, o nome da Nova Jerusalém e o novo nome do Senhor. O plano eterno de Deus está cumprido. As pessoas em Filadélfia retornam ao Senhor e O satisfazem. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Lembre-se, Deus não manteve em segredo o desejo o seu coração; Ele tem indicado muito claramente o caminho diante de nós. *Irmãos Unidos – Nome dado ao movimento dos irmãos.
Capitulo 7 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida