05 agosto, 2012

Refletindo...

Não desista dos seus sonhos

Os problemas nos aproximam de Deus. É no vale que olhamos com mais intensidade para as alturas. É na crise que recorremos com mais pressa a Deus. Quando os nossos sonhos não se realizam, temos necessidade de buscar a Deus. É nessas horas que aprendemos a profunda lição que Deus adia os nossos sonhos para que o coloquemos em primeiro lugar em nossa vida. O Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. A intimidade de Deus é a maior necessidade da nossa vida. Estar com Deus é a maior prioridade da nossa agenda. Os problemas não vêm para nos afastar de Deus, mas para nos levar à presença divina. Eles não são permitidos ou mandados por Deus para nos destruir, mas para gerar em nós dependência do Altíssimo. Deus adia a realização dos nossos sonhos para nos manter perto Dele e nos ensinar que tudo, sem Ele, é nada.

Quando Samuel nasceu, Ana o viu como milagre de Deus. Ela sabia que a sua gravidez não havia sido normal. Samuel era fruto de uma intervenção sobrenatural e extraordinária de Deus em sua vida. Ana sabia que Samuel era fruto da resposta de suas orações (1 Sm 1:27). Precisamos ter claro em nossa mente que tanto o ordinário quanto o extraordinário são bênçãos procedentes do Senhor. O simples fato de estarmos vivos é um milagre de Deus. O alimento que temos sobre a mesa é um prodígio da providência divina. Geralmente as pessoas só enxergam como milagre de Deus os fatos sobrenaturais. Por exemplo, quando um doente é curado de câncer. Mas não vêem como ação maravilhosa do Senhor o fato de sermos protegidos diariamente dos aleivosos perigos das doenças contagiosas, dos vírus e bactérias que nos cercam. Às vezes, só interpretamos como milagres o fato de uma pessoa sofrer um acidente grave e sair ilesa, mas não paramos para agradecer a Deus o fato de sairmos de casa todos os dias e voltarmos em segurança.

Ana devolveu para Deus o filho que recebeu de Deus. Ela fez o voto e o cumpriu. Ela levou Samuel à Casa de Deus e o dedicou ao Senhor por todos os dias da sua vida. Não fosse o entendimento de que tudo é de Deus, vem de Deus e deve ser consagrado de volta a Deus, e Samuel teria sido o centro da vida de Ana. Não fosse essa visão de Ana, Samuel teria sido o seu deus, a razão da sua vida. Muitas pessoas transformam as bênçãos de Deus em ídolos. Prosperam, e colocam o seu coração na riqueza, deixando Deus de lado. Casam-se e fazem do cônjuge um ídolo, abandonando o Senhor. Têm filhos, vivem em função deles, em vez de consagrá-los a Deus e criá-los para o Senhor. Muitas pessoas agarram-se tanto às bênçãos de Deus que se esquecem do Deus das bênçãos. Fazem do dinheiro um ídolo. Vivem como escravos de Mamom. Vivem para ele. Morrem por ele.

O que você tem oferecido a Deus? É o seu melhor? Você tem colocado as primícias no altar de Deus? Ou tem comparecido diante do Senhor de mãos vazias? Na época de Malaquias, o povo de Israel oferecia a Deus os animais cegos e aleijados. Entregavam o resto para Deus. O que você tem apresentado ao Senhor? Tudo o que você tem é de Deus. A casa que você mora, o carro em que você anda, o salário que você recebe, a família que você tem, a sua própria vida, tudo é de Deus. O que você tem devolvido ao Senhor? O que você tem consagrado de volta para Deus? Você tem colocado o seu melhor, como Abraão, no altar do Senhor? Você tem dado o seu melhor para Deus como Ana?

O sonho (vontade) de Ana era muito pequeno. Suas aspirações não eram suficientemente ousadas. Ela queria apenas ver o seu ventre transformando-se num cenário de vida. Ela só aspirava gerar uma criança, carregar no colo um filho e amamentar um rebento. Mas, Deus não realizou o sonho (vontade) de Ana no seu tempo, porque tinha algo maior para fazer em sua vida. Os pensamentos de Deus são mais elevados do que os nossos pensamentos. Os sonhos (vontade) de Deus são maiores do que os nossos sonhos (vontade). O sonho (vontade) de Deus para Ana não era apenas que ela fosse mãe, mas mãe do maior profeta daquela geração. Samuel não seria um homem comum, mas aquele que traria o povo de Israel de volta para Deus, o último e o maior juiz de Israel. Samuel seria o homem que restauraria a credibilidade do sacerdócio tão desgastado com o ministério repreensível de Hofni e Finéias. Samuel seria o grande instrumento que Deus usaria para ungir Saul como o primeiro rei de Israel e Davi como o seu sucessor. Ana chorava porque queria ver os seus sonhos (vontade) realizados, mas Deus os adiou porque almejava algo melhor e mais elevado para ela. Quando pensamos que Deus está distante ou indiferente aos anseios mais profundos da nossa alma, quando achamos que ele não se importa com a realização dos nossos sonhos, Ele está trabalhando em nós e por nós, fazendo maravilhas maiores do que poderíamos imaginar.
Livro: “Não desista dos seus sonhos”
(Site Igreja em Uberaba).

Salmos 23: 1-6

(Sl 23:1) O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

(Sl 23:2) Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

(Sl 23:3) Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

(Sl 23:4) Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

(Sl 23:5) Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

(Sl 23:6) Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

Mensagem aos Jovens...

Uma palavra de esperança aos jovens "Pedros" de hoje



Um falar digno de nota

O falar de Pedro, depois que ele passou por todo o processo de transformação, tornou-se um falar digno de nota. Ele escreveu duas epístolas, as quais passaram a fazer parte dos escritos do Novo Testamento. Seu falar tornou-se positivo e cheio de valor. Você sabia que o Evangelho de Marcos surgiu das palavras que ele compartilhava com Marcos? Enquanto Pedro falava, Marcos registrava. O falar de Pedro era um falar digno de nota. Tudo que ele falava tinha valor para o Senhor e as pessoas. Seu falar serviu para compor a própria Bíblia.
Se começarmos a registrar nosso falar desde o momento em que amanhecemos até o anoitecer, nosso falar será digno de nota, vai ser registrado, será útil ao Senhor? O falar de Pedro era tão nobre que gerou duas epístolas e seu compartilhar tão distinto gerou um evangelho. No total de um dia inteiro do falar de um jovem, o que será aproveitado? Seu falar servirá para escrever pelo menos uma nota de rodapé, um pequeno comentário no final de uma página? Nosso falar descreve muito bem se somos ou não transformados. Você, jovem, deseja ser usado pelo Senhor, deseja ver suas palavras servindo de ajuda para suprir e edificar as pessoas que estão a sua volta?

A salvação completa de Deus

Para alguém ser usado pelo Senhor, ele precisa permitir que sua alma seja transformada. Muitos filhos de Deus nem desconfiam que precisam passar por esse processo e aqueles que sabem não gostam muito de se submeter a essa transformação. Muitos sabem, e a Bíblia confirma, que temos três partes: espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5:23). Após a queda do homem, essas três partes ficaram comprometidas, contaminadas. O espírito perdeu sua importante função de ter comunhão com Deus, a alma ficou danificada e o corpo tornou-se carne. Sabemos que, quando cremos e recebemos o Senhor como nosso Salvador, o espírito humano é regenerado. Um milagre acontece quando o espírito recebe a vida divina, a vida do próprio Deus. Quando o espírito é regenerado, ele resgata novamente sua função de contatar Deus, que é Espírito. Não foi preciso fazer nada além de crer. O corpo do homem, que tem uma propensão para pecar, também precisa ser salvo. E isso vai acontecer na segunda vinda de Cristo. Essa é a esperança que temos e que foi registrada em 1 Coríntios 15. No que diz respeito ao tempo, nossa salvação completa fica assim: no passado, aqueles que creram no Senhor têm seu espírito salvo; no futuro, pelo poder de Deus, terão também seu corpo salvo.
Mas, quanto ao presente, o que o Senhor está fazendo, o que está acontecendo conosco? estaríamos apenas louvando o Senhor pela salvação de nosso espírito e aguardando com expectativa a glorificação do corpo? Não apenas isso. Hoje o Senhor está trabalhando em nossa alma, que corresponde a nosso eu, ego, velho homem, que tem aprendido, desde sua queda, a pensar por si mesmo, a amar outras coisas que não são o próprio Deus e a usar a vontade obstinada para decidir por seus próprios interesses. Nossa mente, emoção e vontade, que fazem parte da alma, constituem nossa pessoa e, por meio delas, nos guiamos, vivemos e resolvemos as coisas. Isso é nossa alma, a qual precisa ser negada e transformada.

O contrato de transformação

Pedro passou por um processo completo de transformação. Foi o próprio Cristo que deu início a esse processo. No Evangelho de João, capítulo 1:40-42, lemos: “Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus. Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” O nome Simão aqui não é positivo. Esse nome, no contexto espiritual do Novo Testamento, representa nosso homem natural, nosso ego e nossa pessoa, que vive independente de Deus e que, quando não está expressando a si mesmo, expressa Satanás. E é exatamente essa pessoa que precisa ser transformada em uma pedra. O Senhor identificou de imediato quem Pedro era. Talvez ele nunca tivesse tido a sensação de que precisava ser transformado. Mas quando o Senhor lançou os olhos nele, parecia dizer: “Você é Simão, sei quem você é.” Provavelmente Pedro nunca tenha passado por uma situação dessas – ser radiografado, diagnosticado por outra pessoa de forma tão contundente e profunda. Embora tenha tido seus pais e convivesse com amigos, é provável que ninguém o tenha alertado do fato de que precisava ser transformado.
Jovem, precisamos admitir que nem todas as pessoas o conhecem, nem mesmo seus pais sabem exatamente quem você é, o que está dentro de você; mas o Senhor sabe. Todas as vezes que o Senhor olha para você, Ele sabe com precisão os pontos que precisam ser transformados. Não adianta se esconder ou usar algum tipo de máscara, Ele ainda sabe o que nós somos. Em vez de tentar se esconder do Senhor, seria melhor abrir-se logo a Ele e dizer: “Senhor, estou aqui, sou um Simão, me transforme em Pedro”.
A declaração do Senhor de que transformaria Simão em um Pedro tem o significado de um contrato – o contrato de transformação. Quando algumas pessoas olham para nossos erros, falhas, elas chegam até a imaginar que não há solução para nós. Alguém já lhe disse, jovem, que você não tem jeito, que não há saída e esperança para você? Quantas vezes você já olhou para suas falhas diárias e começou a ponderar que de fato você é um caso perdido e que com certeza morrerá desse jeito e que ninguém poderá fazer nada a respeito? Quantas pessoas deixam a estrada cristã por não apostar mais em si mesmas? Outras até já pensaram no extremo de atentar contra a própria vida por não verem solução além de milhares de falhas e erros, mesmo depois de terem feito juramentos de que não errariam mais?! Como se não bastassem as pessoas e nossa própria consciência nos acusando, há ainda Satanás que passa uma espécie de marcador de texto, isto é, marcador de pecados, para realçá-los ainda mais nos fazendo ficar cada vez mais desanimados. A declaração do Senhor: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” contém palavras de boas-novas, que são como água para o sedento, como uma sentença de liberdade para o condenado – são o ungüento de Deus para o homem miserável.
Não gaste muito tempo olhando para o tipo de pessoa que você é, para seus erros, falhas e pecados, mas gaste todo o tempo de sua trajetória cristã olhando para Aquele que disse que nos transformaria; olhe para Aquele que fez um contrato com você e que hoje o tem em Suas mãos – olhe para Jesus; é Ele quem se interessa por você e irá terminar a obra que já começou. Nós estamos nas mãos do Senhor!


Texto extraído do Jornal Árvore da Vida número 190 - Publicado pela Editora Árvore da Vida

O Senhor está chamando vencedores.

O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho (Ap 21:7)

Mt 13:4-8, 19, 24-32; Ap 2:7, 11, 17, 26-27; 3:5, 12, 21


O falar do Senhor aos vencedores das sete igrejas da Ásia, mencionadas em Apocalipse 2 e 3, está relacionado às parábolas de Mateus 13. A primeira parábola é a do semeador: “Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho e, vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo porém o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um” (vs. 3-8).

A condição inicial da igreja em Éfeso pode ser comparada à semente lançada à beira do caminho e que é arrebatada pelas aves. No princípio, a igreja apresentava uma situação anormal por causa do predomínio das discussões sobre doutrinas, gerando ensinamentos diferentes, uma vez que se ocupavam com fábulas e genealogias sem fim (1 Tm 1:3-4). Isso levou o coração dos irmãos a endurecer, como era a terra à beira do caminho, e consequentemente abandonaram o primeiro amor. Depois de receber ajuda do apóstolo João, a igreja foi restaurada à condição de boa terra, de modo que os irmãos se tornaram frutíferos e estavam prontos a sofrer por causa do evangelho.

Foi nessa condição que surgiu a igreja em Esmirna. Ela passou por um período de perseguição e sofrimento que pode ser comparado ao que o trigo sofre por causa do joio na segunda parábola: “O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. [...] Deixai-os crescer juntos até à colheita e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (Mt 13:24-26, 30). Como nós já vimos, o joio concorre com o trigo para receber a luz do sol e os nutrientes da terra a fim de crescer. Isso ilustra o quanto a igreja sofreu debaixo das perseguições no período da igreja em Esmirna. Todo esse sofrimento, contudo, produziu muitos vencedores.

A terceira parábola é a do grão de mostarda: “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo; o qual é, na verdade, a menor de todas as sementes e, crescida, é maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos” (vs. 31-32). A mostarda é uma hortaliça que serve de alimento para o homem, mas nessa parábola apresenta uma situação anormal, pois cresceu e se tornou uma grande árvore. Isso não está de acordo com o princípio da criação de Deus quando, no terceiro dia, a terra produziu relva, ervas e árvores, cada uma segundo a sua espécie (Gn 1:11-12).

Essa parábola está relacionada com a igreja em Pérgamo. A igreja como grão de mostarda deveria alimentar as pessoas com a revelação da Palavra de Deus e supri-las de vida, mas no período de Pérgamo ela se desenvolveu de maneira anormal a ponto de se tornar habitação de Satanás (Ap 2:13). De acordo com o princípio adotado pelo Senhor na parábola do semeador, as aves são o maligno (Mt 13:4, 19, 32); então, quanto mais ramos, mais espaço há para o maligno. Mesmo nessa condição, Deus chama vencedores. Todavia não devemos buscar um crescimento anormal, abrindo portas para o maligno vir “aninhar-se”. Nossa função é tão somente alimentar, suprir as pessoas com Espírito e vida.

Louvado seja o Senhor! Hoje, em cada igreja, Deus está chamando vencedores. Aleluia!

04 agosto, 2012

Mensagem aos Casais...

Para que foi criado o homem?


O 1º Adão foi feito em alma vivente, o último Adão, em espírito vivificante

(1 Co 15:45)
Reino de Deus

No princípio (antes de Gn 1:2), Deus criou os céus, a terra e os primeiros seres de uma forma muito bela e entregou a administração dessa primeira criação a um arcanjo, que foi constituído como primeiro ministro de Deus. Esse arcanjo estava no Éden, jardim de Deus, e era perfeito em seus caminhos (Ez 28:15). Deus, provedor de todas as coisas, deu-lhe sabedoria e diversas habilidades para administrar o universo (Ez 28:13-14). Seu nome era Lúcifer, cujo nome significa “estrela da manhã e filho da alva” (Is 14:12). Contudo, Lúcifer orgulhou-se de sua formosura e de sua capacidade, o que gerou nele um sentimento de ambição e insatisfação com a posição que ocupava, por isso ambicionou uma posição semelhante à de Deus (Is 14:13-14). Ao rebelar-se contra o Criador, tornou-se o adversário de Deus, Satanás, arrastando consigo uma terça parte dos anjos, que seguiram sua rebelião (Ap 12: 4,9). Por causa disso, Deus julgou a primeira criação, lançando para a terra não só Satanás, mas também os anjos que se rebelaram. Deus também julgou e extinguiu os seres daquela época, inundando através das águas dos mares a terra, tornando-a sem forma e vazia, sendo que as trevas cobriam a face do abismo (Gn 1:2). Então, Satanás se tornou o príncipe desse mundo (Jo 14:30).
Soberania de Deus
Graças ao Senhor, o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (Gn 1:2b), haja vista que Deus não criou a terra para ser um caos, mas para ser habitada (Is 45:18). A partir de Gênesis 1:3, vemos como Deus deu início a recriação ou restauração da obra divina. Ele recriou o mundo em seis dias e no sétimo dia descansou. No último dia da recriação (6º dia), o Senhor criou sua mais importante obra — o homem. “E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1:27-28). Portanto, Deus criou o homem e a mulher para restabelecer o reino de Deus na terra. Essa é a missão para a qual Deus nos criou. As demais coisas que foram feitas por Deus, sempre com perfeição, são para o sustento e o deleite do homem.
Espírito
Do pó da terra foi feito o homem e o Senhor soprou em suas narinas o fôlego de vida, que é o espírito humano, tornando o homem um ser tripartido: com corpo, alma e espírito (Gn 2:7). O espírito foi criado para conter o Espírito de Deus, pois Deus é Espírito (Jo 4:24), portanto toda a vez que, em espírito e em verdade, invocamos o nome do Senhor, o Espírito de Deus entra em nós, dando-nos a vida de Deus, que é fundamental para nos edificar como casa espiritual em Jesus Cristo, a Rocha da nossa salvação (Sl 95:1). “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pe 2:4). Assim disse o Senhor: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha (Mt 7:24-27)
Alma
A alma possui três partes: mente, emoção e vontade, as quais são controladas pela consciência do homem (Sl 13:2; 42:1; 139:14). É por meio da consciência que Deus entra na alma, a fim de que o homem possa ter acesso à mente de Cristo, participar do bom prazer do Senhor e cumprir a vontade de Deus. A consciência, portanto, é uma das partes do espírito do homem, juntamente com a comunhão e a intuição. Sabendo Satanás que o homem foi criado com a missão de restabelecer o reino de Deus, na terra, e que Deus habita no espírito do homem e que a consciência do homem controla a sua alma, Satanás articulou a queda do homem ao induzir Adão e Eva a comerem da árvore proibida do bem e do mal, para que a alma do homem passasse a ter vida própria, autônoma, independente do espírito do homem, “porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3.5-6).

Salvação

“Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5:12). Contudo, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Jesus morreu por nós para nos dar vida e vida em abundância (Jo 10:10). Após ter Jesus entregue o seu espírito, na crucificação, um soldado trespassou com uma lança o lado de Jesus, por onde saiu sangue e água (Jo 19. 34). O sangue redime nossos pecados, enquanto a água é o Espírito de vida, a semente incorruptível que entrou no nosso espírito, regenerando-o. Então, não precisamos nos preocupar com o nosso espírito, porque já está salvo, contudo o Senhor pede para estarmos atentos à nossa alma: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26:41). O fim da nossa fé é, pois, a salvação da nossa alma (1 Pe 1:9). Sendo dom de Deus, “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11:1).
Negar a si mesmo
Por sermos descendentes de Adão, nós temos a natureza adâmica, ou seja, temos também a vida da alma, que precisa ser negada constantemente, já que é o meio pelo qual Satanás nos faz pecar. “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós (Tg 4.7) No evangelho da graça, Cristo redimiu nossos pecados, mas em relação ao evangelho do reino, o principal adversário de Deus é a vida da alma, o grande aliado de Satanás.
O nosso coração é composto por nossa consciência e alma. Precisamos nos arrepender para restaurar a nossa consciência e ela influenciar a nossa alma. Por isso que temos de buscar uma consciência pura, uma boa consciência, a fim de negar a vida da alma. “ Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4:8).

O caminho para restaurar a igreja em Éfeso.

Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus (Ap 2:7)

Jo 1:1-14; 14:16-18; 3 Jo 12; Ap 2:1-7


O apóstolo João estava no espírito e viu a necessidade de ir para Éfeso ajudar os irmãos a praticar o conteúdo da Epístola de Paulo aos Efésios. João se lembrou das palavras do Senhor e percebeu que muitas verdades estavam registradas naquela carta. Ao ir para Éfeso, ele recebeu encargo de escrever seu evangelho, no qual falou sobre o Pai: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (1:1); falou sobre o Filho: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (v. 14). Como o Filho, em carne e sangue, não poderia estar conosco para sempre, no início do capítulo 14, João falou sobre a morte e ressurreição do Senhor Jesus. Era necessário o Senhor ir para junto do Pai, para que o Espírito da realidade, o Espírito que dá vida viesse até nós.

Em Éfeso João não falou suas próprias palavras, mas levou os irmãos a praticar o conteúdo do que Paulo já havia lhes deixado escrito. Por meio de seu ministério, a igreja em Éfeso mudou totalmente: os irmãos cresceram em vida e Éfeso se tornou um centro de obras de onde João podia enviar cooperadores para outras regiões (3 Jo 5-8).

Na sua terceira viagem, Paulo foi expulso de Éfeso por Demétrio, o ourives. Ao ler a Terceira Epístola de João, vemos que há menção de Demétrio, mas este já havia mudado; ele se tornou um modelo de quem todos davam testemunho. Mesmo que não tenhamos sido tão ruins quanto Demétrio, éramos também inimigos de Deus, todavia, em nosso viver já tivemos muita mudança! Por invocarmos o nome do Senhor, desfrutando do Espírito e da vida de Deus, certamente seremos transformados e nos tornaremos vencedores.

O Senhor é Aquele que chama vencedores, Ele sabe qual é a condição da igreja. Eis o que diz o Senhor em Apocalipse sobre a igreja em Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (v. 4). O primeiro amor é o amor do princípio: Deus é o princípio. Isso não quer dizer que não havia amor na igreja em Éfeso; eles se amavam e estavam sempre juntos, mas o que faltava era o amor do princípio, aquele que provém de Deus. O amor humano e o companheirismo não são suficientes, eles precisavam do amor de Deus, o amor que vem desde o princípio, que é o próprio Deus. Nós éramos pecadores e nossas obras eram malignas, mas Deus nos amou e nos deu Sua vida por meio de Seu Filho. Temos a vida de Deus porque tocamos no amor de Deus (Ef 2:1-4; 1 Jo 4:8).

O Espírito prossegue dizendo: “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (Ap 2:7). Deus está chamado vencedores para que se alimentem da árvore da vida, isto é, do próprio Deus.

Em cada igreja, o Senhor chama vencedores. O vencedor é aquele que deixa sua alma ser permeada pela vida divina; é aquele tem a vida em abundância (Jo 10:10). Que sejamos estes que invocam o nome do Senhor, praticam Sua Palavra e restauram o amor do princípio para desfrutar novamente do próprio Deus como a fonte da vida. Aleluia!

03 agosto, 2012

Para Meditar...

A esperança do nosso chamamento



segundo Sua presciência, isto é, segundo sua onisciência – seu conhecimento completo (1 Pedro 1:2). Em Sua onisciência, Deus estava separando algumas pessoas entre muitas para Seu propósito eterno. Baseado nessa verdade profunda de Pedro, que ele aprendeu com o próprio Senhor, não fomos nós que escolhemos o Senhor, mas foi Ele que primeiramente nos escolheu. Nossa motivação em escolher o Senhor está na escolha que Ele primeiramente fez de nós: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (João 17:16).
Deus não somente nos escolheu, mas também nos deu uma esperança. Enquanto a escolha de Deus aponta na direção da eternidade passada, a esperança aponta para a eternidade futura. Entre esses extremos, surge o tempo, período no qual Deus cria condições práticas para que nós O escolhamos e condições para crescermos e amadurecermos a fim de nos apropriarmos definitivamente de Sua gloriosa herança. O que estamos esperando e que condições são colocadas diante de nós para a obtermos?
A primeira estrofe diz que aguardamos a santidade e a filiação de Deus. Quando cremos, a vida de Deus entrou em nós e hoje está sendo trabalhada para gerar a mesma natureza santa que há em Deus, como resultado da expansão da vida de Deus em nós, isto é, a filiação – a condição mais madura do filho de Deus. É nessa condição que nos tornamos semelhantes a Ele em vida e natureza (2 Pedro 1:4; 1 João 3:2). A segunda estrofe fala dos sofrimentos. Tanto Paulo como Pedro e o próprio Senhor Jesus mostram os sofrimentos como o caminho para obter a herança que está reservada para nós na eternidade futura. E, ainda, todos os filhos de Deus que passarem por essas experiências desfrutando da graça e louvando o Senhor receberão ainda uma passagem para desfrutar de Cristo por um período de mil anos em Seu reino aqui na terra.
Que grande bênção é ter sido escolhido pelo Senhor para essa grande esperança!

Louvado seja o Senhor Jesus!


1.Antes da criação do mundo, Deus nos escolheu
Para sermos santos e perfeitos Nele;
Em amor, Ele nos predestinou à filiação
Pelo bom prazer da Sua vontade, em Cristo.

Essa é a esperança do nosso chamamento:
Alcançarmos plena filiação!
Essa é a esperança do nosso chamamento:
Sermos Sua herança e expressão!

2.Todas as coisas, para o nosso bem vêm cooperar
E fazer-nos Seus herdeiros já maduros;
Hoje se nós sofremos com o Senhor, crescendo assim
No porvir, nós reinaremos com ele, em glória!

A ênfase do ministério do apóstolo João em sua maturidade.

Ora, se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes. Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (Jo 13:17; 14:25-26)

Jo 14:16-26; At 2:42-47; 8:1; 9:1-8, 13-18; Ap 1:9-11, 19-20


A igreja em Jerusalém teve um bom começo e cresceu em número, invocando o nome do Senhor. Os irmãos eram unânimes e dia a dia o Senhor lhes acrescentava os que iam sendo salvos (At 2:47). Por causa da perseguição aos que invocavam o nome do Senhor, os irmãos igreja em Jerusalém foram dispersos e muitas cidades foram alcançadas.

Paulo, que era um perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor Jesus, se converteu e passou a invocar o Seu nome (9:21, 27-28). Muitas igrejas foram levantadas por ele e muitas receberam sua visita. Em sua segunda viagem missionária, Paulo estava no Espírito e o Senhor era com ele, mas na terceira ele levou para a igreja em Éfeso as práticas que enfatizavam o conhecimento doutrinário e as manifestações do Espírito; com isso a igreja em Éfeso deixou de ser desejável. Os irmãos passaram a viver na esfera da alma conforme descrito em 2 Timóteo 3 e Apocalipse 2:4.

Quando recebeu a visão no exílio, em Patmos, João escreveu o livro de Apocalipse. Ao ser libertado, se dispôs a ir a Éfeso para servir e encontrou a igreja em degradação. O serviço de João foi levar a igreja a invocar o nome do Senhor e praticar o conteúdo da Epístola de Paulo aos Efésios.

João estava no Espírito e viu que a epístola estava repleta de verdades. Seu conteúdo é sobre a economia neotestamentária de Deus: o Pai, o Filho e o Espírito dispensando a Sua vida ao homem tripartido. Quando João viu a condição dos irmãos, ele se lembrou do que o Senhor Jesus havia dito quando estava entre eles. Naqueles três anos e meio, Ele já havia falado sobre o desejo do Deus Triúno de Se dispensar para dentro de Seus filhos (Jo 14:16-20).

Os escritores dos três evangelhos deram ênfase à pessoa exemplar do Senhor Jesus, mas nenhum deles havia registrado as palavras de vida por Ele proferidas. Mateus era cobrador de impostos, oficial do governo, e possuía um pouco mais de conhecimento, por isso ele conseguiu anotar pontos cruciais das palavras do Senhor acerca do reino dos céus (Mt 3:2). Marcos escreveu sobre a pessoa de Jesus no aspecto do serviço e Lucas sobre seu viver humano cheio de virtudes excelentes.

João foi preservado pelo Senhor quando surgiu a perseguição da igreja pelo império romano. Pedro que era o principal líder da igreja foi condenado à morte; João foi considerado seu cúmplice e como pela lei romana não era passível de morte, foi mantido na prisão por vinte anos. Nesse período, ele se lembrou das palavras proferidas pelo Senhor e recebeu ainda outras que Ele não havia falado nos três anos e meio que esteve com os discípulos, uma vez que no exílio João foi suprido pelo Espírito da realidade (Jo 14:16-26).

Louvamos ao Senhor porque hoje podemos depender do Espírito; ao invocar o nome do Senhor, recebermos Sua vida. É também por meio desse Espírito que recebemos revelação da Palavra do Senhor. Esperamos continuar na prática dessas palavras para não cair na condição das igrejas na época de Paulo, que tomavam as verdades como assunto para mera discussão e análise.

02 agosto, 2012

Mensagem aos Jovens...


A experiência de transformação do apóstolo Pedro

No capítulo 17 de Mateus, mais uma vez o ser natural de Pedro é manifestado quanto a questão de cobrança de impostos. Ele estava no seu homem natural, agindo ainda pelo certo ou errado. À medida que temos experiência com o Senhor nós não somente acertamos, mas também erramos, pois errando, recebemos a luz e nos arrependemos, com isso a vida do Senhor cresce mais em nós. Mas se você é alguém que sempre faz as coisas certas, se tudo sempre está certo em sua vida, você terá poucas oportunidades de voltar-se ao Senhor e, com isso sua vida crescerá menos. Não queremos aqui incentivar você a errar, mas a não ser tão natural. Quando Pedro chegou-se ao Senhor, depois de ter dito que Ele pagava imposto, o Senhor parecia dizer-lhe: “Será que Deus cobra imposto de seu próprio filho? Mas já que você se comprometeu vá lá e pague! Então o Senhor ordenou-lhe a ir pescar. Creio que enquanto Ele pescava, ele pensou no que fizera e deve ter se arrependido: Outra vez eu! Outra vez errei! Porque gosto tanto de sobressair? Porque não perguntei antes ao Senhor? Porque não orei antes?” Depois disto fisgou o peixe (Mateus 17:24-27 conf.).
Algum tempo mais tarde, Pedro estava novamente em seu natural, ao disputar com os discípulos acerca de quem era o maior do reino dos céus. “O Senhor Jesus gosta tanto de mim que devo estar em primeiro lugar no reino”, deve ter pensado. Esse tipo de pensamento é danoso, e pode prejudicar a obra do Senhor. Em seguida o Senhor continuou expondo o ser natural de Pedro. Depois de ouvir algo acerca do perdão, Pedro falou: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” Humanamente falando, nós só conseguimos perdoar três ou quatro vezes, mas Pedro falou “sete vezes”. Ainda assim, isto era o seu ser natural. O Senhor lhe respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mateus 18:1, 21-22 conf.). Pedro ainda era muito natural.
Na noite da ressurreição do Senhor ele recebeu o Espírito essencialmente, ou seja, como sopro de vida dentro dele e cinqüenta dias após, recebeu o Espírito economicamente, o Espírito na forma de poder realizar a para a obra do ministério. Mas antes que isso ocorresse, Pedro resolveu ir pescar e ainda levou outros discípulos consigo. Aquela atitude na verdade foi o ser natural de Pedro que não se lembrou do que o Senhor havia lhe dito quando lhe falou sobre não mais ser pescador de peixes, mas de homens (Mateus 4:19).
Numa outra ocasião o Senhor Jesus lhe disse: “Pedro, você me ama mais que a estes outros?” (João 21:15 conf.) Ele respondeu: “Tu sabes que te amo”. O Senhor teve que fazer a mesma pergunta por três vezes a ele. Por que o Senhor lhe perguntou se ele o amava por três vezes? Porque de boca ele falava que O amava, mas sua atitude não cooperava com a sua palavra. Ele tinha a doutrina, mas não a experiência. Nós somos assim: temos doutrina, mas em termos de experiência, ainda somos faltos. O Senhor não está preocupado com que entendamos a verdade, mas Ele quer que nós pratiquemos aquilo que já conhecemos (Ezequiel 33:31-32). Cada verdade deve ser praticada por nós. Quando o Senhor perguntou pela terceira vez se ele O amava mais que os outros, então Pedro amoleceu-se e soube a razão da insistência: é que ele, Pedro, não ouvia a palavra do Senhor, exigindo que Este falasse varias vezes a mesma palavra, até que o despertasse. Então, Pedro pôde dizer: “Senhor, Tu sabes, Tu conheces que meu coração te ama, mas eu ainda vivo na carne. Muitas vezes estou em meu homem natural e varias coisas ainda não consigo fazer. Mas tu sabes! Tu sabes que eu te amo!” (João 21: 15-27 conf.).
Tudo isso o expôs e, por fim, o Senhor Jesus lhe disse: “Você quando era jovem, falava como bem entendia. Podia falar por Deus e também por satanás e ainda assim falava por si mesmo. Você tinha e ainda tem a liberdade de fazer o que quiser, mas em sua velhice, outros é que o cingirão e o levarão”. Prestemos atenção a isto: Quando somos jovens, fazemos o que queremos com muita liberdade. Mas, quando crescemos no Senhor, já não temos tanta liberdade e nos tornamos pessoas amarradas à videira (Gênesis 49:11; João 15:5) assim como Paulo, que se considerava um “prisioneiro” no Senhor. Mesmo após ouvir isto, Pedro parecia não concordar ainda e retrucou: “E quanto a este?”, referindo-se a João (João 21:21 conf.). E o Senhor pareceu responder-lhe: “Se eu quiser fazê-lo permanecer até a minha vinda, você nada tem a ver com isto. Quanto a você, irão amarrá-lo e levá-lo. O seu homem natural e a sua carne não vão edificar a igreja. Você precisa estar amarrado a videira, ser um “jumento” e comer desta árvore da vida, a videira. Precisa se embriagar do vinho da uva, do Espírito, para que a vida, em seu interior, o transforme e o faça útil. Mais tarde, depois do pentecoste, Pedro pôde executar a propagação do Evangelho para produção das igrejas e falou poderosamente pelo Senhor.
Estes fatos que aconteceram com Pedro devem ser um espelho para nós. Todas as coisas que o expuseram, também nos expõem hoje na nossa vida cristã. Em cada um de nós há dezenas e até centenas de coisas que procedem do homem natural. Por isso, devemos receber o tratamento que vem da parte do Senhor e, dessa maneira, poderemos testificar Cristo no nosso viver.


(Adaptado de mensagens liberadas pelo irmão Dong yu lan.)
Texto extraído do Jornal Árvore da Vida número 181 - Publicado pela Editora Árvore da Vida

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Mensagem aos Pais...


Conselhos milenares


Conselhos milenares sobre propriedade, ensinamento e disciplina

Propriedade

A quem pertence os filhos que temos? São nossos ou são do Senhor que nos deu para cuidarmos por um tempo até que Ele possa requerer novamente de nossas mãos?
  1. Pelo que também o trago como devolvido ao SENHOR, por todos os dias que viver; pois do SENHOR o pedi. E eles adoraram ali o SENHOR.
  2. Mas o jovem Samuel crescia em estatura e no favor do SENHOR e dos homens (1 Samuel 1:28; 2:26)

Ensinamentos

Nossos filhos precisam conhecer sua história. Precisam saber que não estão soltos nesse mundo, mas que há um Deus que os criou, que é justo, santo, que julgará o universo e que nos salvou do império das trevas
  1. Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.
  2. Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos.
  3. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou. Quando teu filho amanhã te perguntar: Que é isso? Responder-lhe-ás: O SENHOR com mão forte nos tirou da casa da servidão.
  4. Não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes (Gênesis 18:19; Deuteronômio 6:2, 7; 4:9, 10; Êxodo 12:26, 27; 13:14; 78:4, 5, 6)

Disciplina

Nossos filhos estão em processo de formação, sua consciência ainda não estar pronta para discernir o certo do errado. A disciplina que deve vir logo após de conselhos não considerados, auxiliam encaminhá-los na direção desse discernimento
  1. Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto. Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.
  2. A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.
  3. Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe (Provérbios 20:11; 22:6, 15; 23:13; 29:15; Efésios 6:4).
  4. E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.

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A vitalidade da igreja em Jerusalém em seu início.


E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos       (At 2:21; 4:12)


Jl 2:28-32; At 2:1-16, 37-41; 6:8-13; 8:1, 4

Ainda na época dos apóstolos, as igrejas tiveram dificuldades em praticar a revelação da Palavra de acordo com o propósito de Deus. Com isso a condição das igrejas não avançou, mas degradou-se. Deus, então, permitiu que Paulo e Pedro fossem martirizados e, anos depois, o império romano enviasse seu exército comandado pelo general Tito e destruísse Jerusalém. A cidade e o templo foram destruídos e a igreja e os líderes foram presos ou martirizados.
O início da igreja foi cheio de vitalidade, pois invocavam o nome do Senhor (At 2:21). Naqueles dias “estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu” (v. 5). Aconteceu que cento e vinte galileus se encheram do Espírito Santo e, com intrepidez, falaram a palavra de Deus em Jerusalém. Esses galileus eram pescadores incultos e quando “se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar,
cada um em nossa própria língua materna?” (vs. 6-8).
Apesar de serem incultos eles falavam línguas reais e inteligíveis de diferentes partes do mundo. Isso era apenas um sinal do Espírito Santo, o resultado do derramamento do Espírito de poder sobre aqueles discípulos. Isso, porém não tinha relação alguma com a salvação; nem mesmo o falar em línguas de diferentes partes da terra, os sinais, os milagres, os prodígios e curas tinham relação com a vida. “Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiuos nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia” (vs. 14-15).
Eles estavam cheios do Espírito de poder e o que o povo via eram as manifestações exteriores do derramamento do Espírito Santo profetizadas por Joel: sonhos, falar em línguas e profecias. Para ser salvo eles deveriam fazer o que Joel profetizou: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2:32). Era como se ele dissesse: “O que vocês viram não pode salvá-los, apenas uma coisa pode salvá-los: invocar o nome do Senhor”.
Mantendo a prática de invocar o nome do Senhor a igreja em Jerusalém cresceu e se conservou com muita vitalidade. Logo no início, três mil foram batizados e, pouco tempo depois, mais cinco mil.
Invocar o nome do Senhor é de fundamental importância. Você quer ser salvo? Se invocar o nome do Senhor, de coração, tocando no Espírito, você será salvo e receberá a vida de Deus, a vida eterna (Rm 10:13; Jo 20:31).

01 agosto, 2012

Mensagem aos Jovens...


Deus carece de ministros. Você atenderá Seu chamado

Deus, em todas as eras, contou com homens para fazer parte desse ministério. Em toda a Bíblia, nunca vemos o Senhor agindo de forma isolada sem a participação do homem. No ministério do Antigo Testamento, Deus pôde contar com vários homens que foram chamados,  ainda jovens. Temos vários exemplos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, de pessoas que serviam ao Senhor como ministros. No Antigo Testamento, podemos tomar como exemplo a pessoa de Samuel, que era um jovem que servia ao Senhor desde menino. Na época de Samuel, os jovens não se importavam com o Senhor, nem com o serviço a Ele. Entretanto, havia um jovem naquela época que fez diferença e pôde mudar sua era. Samuel não foi um jovem influenciado por más amizades. Até mesmo no templo, ele soube escolher com quem andar. Ele não andava com os filhos de Eli que eram conhecidos como filhos de Belial. A Bíblia nos diz que o jovem Samuel servia ao Senhor ainda menino. Como resultado de seu serviço ao Senhor, Samuel crescia não só espiritualmente, mas em favor dos homens. (1 Samuel 2:12, 17-18, 22-26; 3:1). Jovens, precisamos aprender com a experiência do jovem Samuel a nos consagrar ao serviço ao Senhor a fim de que Ele possa cuidar de nosso futuro. Assim como o Senhor usou Samuel em sua juventude, Deus pôde usar muitos outros personagens no Antigo Testamento para a obra do ministério.
No ministério do Novo Testamento, Deus primeiramente contou com Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Seu ministério teve, como primeiro fundamento, o arrependimento (Mateus 4:16-17). Se quisermos ser úteis ao Senhor, precisamos ser pessoas que se arrependem, ou seja, que mudam de idéia. Nossos pensamentos e nossas atitudes precisam estar de acordo com a vontade de Deus. Ao ler os evangelhos, não demoramos muito para perceber que o Senhor não trabalhava sozinho; pelo contrário, de forma rápida o Senhor começou a chamar alguns discípulos para serem ministros, assim como Ele era (Marcos 3:13-19). O Senhor então, começou a aperfeiçoá-los nas situações e circunstâncias do dia-a-dia.
No livro de Atos, logo após a ressurreição do Senhor, aqueles discípulos chamados pelo Senhor haviam se tornado apóstolos que foram comissionados a pregar o evangelho a todas as nações (Mateus 28:19; Atos 1:8). Pedro, entretanto, um dos doze, demonstrou, no capítulo 10 do livro de Atos, grande dificuldade por causa da tradição. A tradição continua sendo um grande obstáculo até os dias de hoje. Em Marcos 7: 8-9, 13 lemos: “Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens [...] Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição [...] invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição”. Parece que os doze apóstolos não estavam atentos quando o Senhor falou essas palavras. Precisamos estar atentos nas reuniões da igreja a fim de que não percamos nenhuma palavra vinda do próprio Senhor por meio dos irmãos.
A partir do capítulo 13 de Atos, o Senhor resolveu ganhar Saulo de Tarso – aquele que seria decisivo para levar a salvação aos gentios. Muito do que o Senhor conseguiu no Novo Testamento, deve-se à pessoa, ao caráter e à dedicação do ministro Paulo. No entanto, quando lemos as duas últimas epístolas de Paulo escritas ao jovem Timóteo, vemos que a degradação havia alcançado a igreja. A degradação não poupou nem mesmo a igreja em Éfeso, aquela com que Paulo gastou mais tempo. As palavras de Paulo, infelizmente não foram tomadas no espírito, não foram transformadas em prática, mas em conteúdo de discussão entre muitos irmãos. Precisamos aprender uma lição com o ministério do apóstolo Paulo. Se tomarmos a Palavra do Senhor como mera doutrina, ela não poderá operar de maneira eficaz em nossa vida. Todas as verdades devem ser praticadas (1 Timóteo 1:3-6; 2 Timóteo 1:15)!
Em meio a tal quadro desolador, o Senhor, em Sua infinita sabedoria, preservou o apóstolo João, no exílio da ilha de Patmos para restaurar dois itens fundamentais e essenciais para o ministério do Novo Testamento (Apocalipse 1:9). Como ministro chamado e aperfeiçoado por Deus, João conduziu o ministério orgânico, seu ministério ulterior. A Bíblia registra que João, quando era um discípulo que andava com o Senhor, era chamado de Boanerges, que quer dizer filho do trovão (Marcos 3:17). Pense só, jovem: como deveria ser João! Com certeza ele não era alguém muito fácil de lidar, devia ter uma personalidade difícil, barulhento e com o “estopim curto”. Além disso, João era ambicioso e orgulhoso. Precisamos admitir que nos parecemos com João. Muitas vezes trovejamos com as pessoas, professores, amigos e até com os pais. Parece comum à natureza do jovem, pela falta de maturidade e experiência, ser alguém de temperamento complicado, justiceiro demais com os outros e muito misericordioso consigo mesmo, rápido para murmurar, julgar, não comedido nas palavras e no tratamento com os entes queridos e com as pessoas em geral. Enfim, parece que não somos tão distintos de João! Todavia, tal tipo de homem, a despeito do que era ou do que aparentava ser, foi não apenas transformado por Deus, mas pôde, mesmo em sua velhice, ser profundamente usado pelo Senhor para ajudar as igrejas a restaurarem o primeiro amor para com o Senhor, a começar pela igreja em Éfeso (Apocalipse 2:4-5).
Existe um trecho no Novo Testamento que nos enche de alegria. “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito” (2 Coríntios 3:6). Isso quer dizer que nosso amado Senhor não trabalha sob a ótica da exclusão. O Senhor deseja incluir todos nós nesse ministério, desde que estejamos no espírito e suficientemente rendidos para dizer-Lhe, como Isaías: “Eis me aqui, Senhor, envia-me a mim” (Isaias 6:8). O chamamento que o Senhor está nos propondo não se limita a esta vida! Tal chamamento transcende a visão estreita que temos quando consideramos o que comer, vestir, beber, com quem casar, que profissão escolher e exercer, onde trabalhar, que carro comprar, que casa possuir. Assim, tenhamos uma oração em nosso espírito: “Senhor, obrigado por não me descartar apesar de ser quem eu sou. Agora, por ouvir Sua voz, eu respondo a Seu chamado: “Eis me aqui! Envia-me a mim”.


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Eis que as trevas cobrem a terra - Watchman Nee.


"Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti" (Is 60.1-2)


A luta hoje parece se tornar mais pesada dia a dia, como se o único alvo dos ataques de Satanás fosse nós, os crentes. Por isso, na era atual, o problema que existe é se você e eu podemos perseverar até a última meia hora. "[Satanás] Magoará os santos do Altíssimo" (Dn 7.25). Magoar tem aí o sentido de "desgastar", consumir devagar. É muito mais difícil reconhecer Satanás como aquele que desgasta os santos do que um Satanás que ruge como um leão. E a sua obra de consumir lentamente os santos já começou.
Sempre que vou à Montanha Kuling, caminho ao longo da correnteza que há ali. Freqüentemente vejo rochas enormes, mas que são côncavas no meio como bacias de tomar banho. Isto acontece por causa das muitas pedrinhas que diariamente as desgastam. Do mesmo modo Satanás trata os filhos de Deus. Em lugar de matá-los de um só golpe, tenta desgastar os santos, dia a dia, de modo que sem que percebam acabam gravemente feridos depois de algum tempo.
Os olhos do Senhor estão sobre nós, portanto não temamos o sofrimento. Se acontecer de nós nos desviarmos com medo do sofrimento, todos os nossos sofrimentos do passado terão sido em vão. Uma pessoa profundamente espiritual escreveu certa vez: Quando lemos 2 Tessalonicenses 2.3 e 2 Timóteo 3.1-13, ficamos sabendo que antes do dia da volta do Senhor haverá apostasia e dias perigosos quando a maldade e a mentira aumentarão grandemente. Tal apostasia não se refere à educação, gigantescas reuniões, pastores capazes, catedrais maravilhosas e progresso mental e físico. Relaciona-se com a fé e o reconhecimento do poder de Deus. Aponta para igrejas renomadas que se inclinam para a chamada Alta Crítica (na verdade não passa de incredulidade), e negam as obras sobrenaturais de Deus, tais como a regeneração, a santidade, orações atendidas e a revelação do Espírito Santo.
Antes da vinda do Senhor, haverá muita fraude e muito erro; e, se fosse possível, até os escolhidos seriam enganados. A "forma da piedade" será aumentada. A fé será diminuída por causa de credos falsos, engendrados por Satanás, e também o amor pelo mundo e a negação da palavra de Deus. Um irmão disse bem: tais obras satânicas produzirão um efeito intangível que nos envolverão como o ar. Haverá uma forma de piedade exterior, mas por dentro estará cheia de maus espíritos e da melancolia do inferno. Esses espíritos malignos farão o máximo para desviar e oprimir os filhos de Deus. Atacarão nosso corpo, diminuirão nossa vontade e embrutecerão nossa mente. Toda espécie de sensações e provações estranhas nos sobrevirão, fazendo-nos perder o desejo de buscar a Deus e a força de fazê-lo, cansando nosso espírito, embotando nossa mente e tornando-a entorpecida e, ao mesmo tempo, fazendo-nos estranhamente amar os prazeres e costumes do mundo como também cobiçar as coisas proibidas por Deus.
Perderemos a liberdade e o poder de pregar; não poderemos nos concentrar para ouvir as mensagens; e seremos incapazes de nos ajoelhar para orar dedicadamente por algum período mais longo. Tais trevas e tal atmosfera deverão ser enfrentadas com resolução. Sem dúvida Satanás procura obscurecer nossa mente e vontade com uma espécie de poder inconcebível para que se torne extremamente difícil andar com Deus e muito fácil viver de acordo com a carne. Acharemos que é difícil servir a Deus fielmente e orar com perseverança, como se tudo dentro de nós se levantasse para impedir-nos de seguir o Senhor Jesus até o fim e fazer-nos concordar com o mundo.
A atmosfera à nossa volta nos obrigará a trair a Deus e a desistir de nossas sinceras orações. Embotará nossa sensibilidade espiritual para que não vejamos as realidades celestiais ou a gloriosa presença do Senhor. Assim facilmente negligenciaremos a comunhão com Deus e descobriremos que é difícil manter comunhão com ele.
Já estamos sentindo o começo destas influências. A concupiscência do mundo tece sua rede extensa de muitas maneiras à volta dos crentes. Torna-se cada vez mais apertada e mais forte com o passar do tempo. Muitas coisas que nas gerações passadas eram inimagináveis agora estão sendo praticadas sem restrição. Muitos lugares de adoração não só resistem à entrada de coisas espirituais, bloqueando reavivamentos, mas também introduzem toda espécie de festejos e coisas duvidosas.
Falando de um modo geral, em todo o mundo, a diminuição da fé e o desenvolvimento da apostasia são evidentes. Naturalmente, reconhecemos que ainda há muitos lugares abençoados por Deus. Mas examinando a situação da igreja no mundo inteiro como um todo, não deixa de apresentar um quadro digno de dó.
Tendo visto estas coisas, não podemos deixar de gritar à igreja de Deus que se levante, que desperte, que retorne à comunhão com Deus e que agrade ao Senhor no tempo que ainda resta. Estejamos preparados para comparecer diante do tribunal de Cristo e apresentar o nosso caso.


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