17 outubro, 2012

Para Meditar...

A nossa necessidade de sermos purificados.


Agora precisamos ponderar um pouco mais sobre a questão do motivo. Ao virmos para a igreja, precisamos ter um motivo puro, nada buscando para nós mesmos. O nosso motivo tem de ser singelo pela restauração do Senhor. Embora possamos ser ignorantes até certo ponto, se o nosso motivo for puro, estaremos sempre prontos para receber luz. Entretanto, se não estivermos dispostos a receber luz, isso in¬dica que o nosso motivo não é genuíno. Precisamos refletir se o nosso motivo é totalmente pela restauração do Senhor. Se não, o nosso motivo é errado. Exteriormente podemos estar certos em todos os aspectos, mas ainda estar errados interiorrnente.

Fui a Xangai pela primeira vez em 1933. Naquela época, encontrei-me com um irmão que entrara na igreja bem no início da prática da vida da igreja naquela cidade. Ele sequiosamente queria ser um presbítero. Embora na aparência ele zelosamente amasse o Senhor, não era a pessoa adequada para ser um presbítero. Ele simplesmente não tinha aquele tipo de capacidade. Ele entrou na vida da igreja em 1928. Quando vinte anos mais tarde, em 1948, ele ainda não era um presbítero, estabeleceu outra reunião em sua cidade natal e sustentou um pregador, fazendo a mesma coisa que Mica fez em Juízes 17.

Durante os últimos catorze anos, tem havido uns poucos entre nós nos Estados Unidos que esperavam tornar-se presbíteros. Quando não eram designados presbíteros numa localidade, mudavam-se sob pretexto de migrar para outra localidade. Quanto mais esperavam tornar-se presbíteros, mais óbvio se tornava de que não deveriam sê-lo. Depois de ir de cidade em cidade, sem serem colocados no presbitério, eles por fim voltaram suas costas à igreja e saíram. Nada testa mais os nossos motivos do que a igreja. A igreja é um candelabro de ouro puro, e não pode tolerar qualquer mistura. Todos precisamos ser purificados. Precisamos orar, dizendo: “Senhor, faça-me puro. Agora que estou em Tua restauração, peço-Te que me purifiques.”

Nenhum de nós na restauração do Senhor deve ser ambicioso. Na restauração, a ambição acabou. Além disso, nenhum de nós deve se importar com posição. É muito melhor não ter posição alguma. Além disso, nunca espere ser um líder. De modo semelhante, você não deve dizer que jamais será um líder ou que você não gosta de ser um líder. Se na vida do Senhor você tem ou não capacidade de ser alguém que lidera, isso é com o Senhor, mas você tem de ser o mesmo, líder ou não. Se não é um líder, então tem de ser um membro vivo, que funciona. Senão, o Senhor não terá caminho entre nós. Você não deve ser humilde e dizer: “Jamais serei um líder”; tampouco deve ser ambicioso e desejar ser um líder. Se não se sente bem quando um irmão ou irmã torna-se um líder, isso revela que a sua motivação não foi purificada.

O meu coração constantemente sofre por causa da situação entre os cristãos. Olhe a situação no catolicismo, protestantismo, pentecostalismo e grupos livres. Onde está o meio de o Senhor edificar a Sua igreja? Precisamos estar claros a respeito da restauração do Senhor e de Sua economia, e precisamos ser puros em nossa motivação.




Fonte: Extraído do livro “Tudo o que você precisa saber sobre a igreja” - W. Lee

Jesus cumpriu toda a justiça.


Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu  (Mt 3:15)


1 Sm 10:1; 16:13; Mt 3:13-17
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O Senhor Jesus é o primeiro ministro do Novo Testamento. Mas, antes de iniciar Seu ministério terreno, Ele se dirigiu para o Jordão a fim de ser batizado por João (v. 13).Após ser batizado, o Senhor foi ungido pelo Espírito, que desceu sobre Ele em forma de pomba. Como já vimos, aquele que é ungido recebe um ministério. No Antigo Testamento, quando alguém era ungido, recebia de Deus uma comissão para executar seu ministério. Por exemplo, o sumo sacerdote era ungido para exercer o ministério sacerdotal. Igualmente os reis precisavam ser ungidos por sacerdotes para serem confirmados em seu trono (cf. 1 Sm 10:1; 16:13).
João Batista, como precursor de Jesus, veio para Lhe preparar o caminho. Em Mateus 3:11 João Batista diz: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. João Batista tentou dissuadir o Senhor de ser batizado, mas Ele respondeu: “Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça” (v. 15). A justiça aqui se refere a fazer o que é correto, justo. Aquilo que Deus nos disser, é o que devemos fazer, pois assim Ele determinou.
Em nosso conceito, toda vez que falamos de justiça, nós a colocamos em oposição ao pecado. Na verdade, não pecar deveria ser uma situação normal. Deus não nos criou para pecar. O pecado entrou depois, por meio do engano de Satanás, quando o homem comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao comer do fruto dessa árvore, o pecado entrou, e todos pecaram (Rm 5:12).
O Senhor Jesus veio para resolver esse problema que o homem tinha com Deus e abrir caminho para que a vida de Deus pudesse nele entrar e crescer. Por meio de Sua morte na cruz, o Senhor cumpriu a redenção e abriu o caminho para o homem ser salvo e regenerado. O ministério terreno do Senhor Jesus tinha esse objetivo, mas, para iniciá-lo, Ele precisava cumprir toda a justiça. Deus determinou que todos fossem batizados, e o Senhor, como homem, cumpriu a justiça, submetendo-se à vontade do Pai, e foi batizado por João.



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16 outubro, 2012

Refletindo...

A verdadeira natureza do homem.


As ações terríveis que as pessoas cometem não são meros deslizes; há algo corrupto na natureza do homem que origina tais ações. Nesse aspecto, o que é válido no caso de um ser humano o é para todos: todos temos a natureza pecaminosa. Nossa natureza pecaminosa é, na realidade, nosso verdadeiro problema; nossas ações pecaminosas são os sintomas. Necessitamos ser salvos não só de nossos feitos pecaminosos senão também de nossa natureza pecaminosa, que gera nossos pecados.

No Evangelho de João, Cristo é apresentado como Aquele que nos salva de nossa natureza caída. 0 Senhor Jesus disse: "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o filho do homem seja levantado, para que todo aquele que Nele crê tenha vida eterna" (João 3:14-15). Aqui o Senhor faz referência a um evento do Antigo Testamento no qual Israel pecou contra Deus. Nesse momento, Deus enviou serpentes, e estas morderam o povo, e muitos morreram. Logo Deus pediu a Moisés, que levantasse uma serpente de bronze numa haste, para que, quando as pessoas olhassem a serpente, vivessem (Números 21:4-9). Isto tipifica Cristo, o Salvador. Hoje estamos "envenenados" pela natureza da serpente; aos olhos de Deus não somos mais que serpentes. A verdadeira raiz do problema não está no que fazemos e sim no que nós somos. A despeito de quão gentil seja, você tem uma natureza serpentina dentro de si. Você foi envenenado. Envenenado em Adão. Quando ele foi envenenado pela serpente, você estava lá. Você nasceu daquela natureza envenenada; portanto, sua natureza é serpentina. Essa e a razão por que Cristo precisa ser levantado na haste, isto é, na cruz. Cristo, assim como a serpente de bronze no deserto, não tinha o elemento da serpente como nós temos. O apóstolo Paulo disse que Cristo veio em "semelhança de carne do pecado" (Romanos 8:3); isto é, Ele era um homem autêntico mas sem pecado (2 Coríntios 5:21; Hebreus 4:15). Quando O olhamos e cremos Nele e em Sua obra redentora, vivemos; ou seja, temos a vida eterna. Cristo é o Salvador que nos salva da natureza pecaminosa que está em nós e nos vivifica com Sua vida divina.

Se você deseja ser liberto dessa natureza pecaminosa que o leva a pecar mesmo que você não queira, ter seus pecados perdoados e receber a vida eterna, faça esta oração:

"Senhor, quero confessar diante de Ti meus pecados; eles são muitos e Tu o sabes. Não somente sinto que sou pecador, sinto também que pouco a pouco estou morrendo. Senhor, ergo meus olhos, agora, para Te contemplar. Quero receber a Ti e a Tua salvação. Obrigado por teres morrido para poder dar-me a vida. Amém!" 


Fonte: Jornal Árvore da Vida

Para Meditar...

O repouso do Senhor


O Senhor Jesus Cristo tem pleno cuidado de nós; ele conhece todas as nossas necessidades e sempre as supre. Se ele alimenta as aves do céu e veste as ervas do campo, quanto mais a nós? (Mat. 6:26; 28-30). Mas ele quer que aprendamos a descansar nele; que entremos em seu repouso. Por isso em 1ª Timóteo 2:1-3 o apóstolo Paulo nos aconselha que permaneçamos em constante oração para que vivamos quietos e repousadamente, porque isto é bom diante de Deus. Mas isto não é só um conselho do apóstolo, mas também um mandato de Deus, para que conheçamos que ele é Deus, e que está conosco (Salmo 46:10-11).

Hebreus nos fala sobre o povo do Israel, o qual Deus lhes negou a entrada no repouso por sua incredulidade e desobediência (Heb. 3:18-19); quer dizer, o não poder descansar em Cristo é uma conseqüência do nosso pecado de incredulidade. Se não aprendermos a descansar e a confiar no Senhor, é porque não cremos no Senhor; e, além disso, desobedecemos ao seu mandato de estar quietos e repousar nele. Só aqueles que crêem no Senhor são os que podem entrar em seu repouso. (Heb. 4:3a). Por isso aqui mesmo em Hebreus 4:1 também nos exorta a que tenhamos temor de Deus, para não acontecer que permanecendo ainda a promessa do seu repouso, alguns não a tenham alcançado. Porque, além disso, caímos em outro pecado: a falta de temor a Deus, e, além disso, nos leva a ser néscios, visto que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor (Prov. 1:7).

Em Mateus 15 é narrado a multiplicação dos pães e dos peixes. Jesus mandou que a multidão se sentasse; e em seguida foram saciados. Primeiro o repouso, depois a plenitude. Igual no Pentecostes (Atos 2:1-2). Os discípulos, enquanto esperava a promessa, eles estavam sentados (em estado de repouso), então foram cheios do Espírito Santo.

Este mesmo repouso é quando somos vencedores, não por nós mesmos, mas sim por Cristo, mas só quando descansamos nele. Em 2 Crônicas 20:16-17 o Senhor nos manda estar quietos na guerra, porque ele é quem peleja a batalha por nós. Por isso Isaías 30:15 nos diz que no descanso e no repouso seremos salvos. E em quietude e confiança estará a nossa fortaleza. Esta é a maneira de enfrentar qualquer situação que inquiete as nossas almas: descansando em Cristo (Salmo 62:5).

Mas este não é um repouso qualquer, mas é um repouso consagrado ao Senhor, um repouso santificado (Jer. 17:21-22), pois Cristo é o nosso repouso e este repouso é sinal entre Deus e o seu povo (Êx. 30:13). Por isso este repouso é motivo de festa e regozijo no Senhor (Ester 9:17-18). Enquanto eu descanso, o Senhor supre todas as minhas necessidades. Por isso Hebreus 4:11 nos exorta a procurar entrar no repouso; e antes diz que "se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como no dia da provocação", pois o não entrar no repouso do Senhor é causa da nossa incredulidade, é motivo de desobediência, falta de temor, tolice e, além disso, provoca a ira do Senhor. Como Israel, que tentou o Senhor no dia da provocação, e jurou o Senhor em sua ira que não entrariam em seu repouso. E vagaram 40 anos no deserto. 



Fonte: Contribuição recebia por e-mail
(Site Igreja em Uberaba)

A igreja como edificação espiritual.


Não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia        (2 Co 4:16)


Mt 16:24-25; Gl 4:1-2; Ef 4:11-12
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Quando cremos no Senhor, nascemos de novo (Jo 1:12; 1 Pe 1:3). Como recém-nascidos em Cristo, precisamos crescer. Gálatas 4:1-2 nos mostra que, enquanto é criança, o herdeiro precisa ser colocado num ambiente adequado para crescer, sob os cuidados de tutores e curadores, para instruírem-no e cuidarem dele. Assim é nossa experiência na vida de Deus. Nós tínhamos apenas a vida natural herdada de Adão, mas, um dia, nascemos de novo e ganhamos a vida divina em nosso espírito. Agora essa vida precisa expandir-se para nossa alma. Todavia como pode a vida de Deus entrar em nossa alma se estamos cheios de nós mesmos? Não há espaço para ela. É preciso esvaziar-nos de nós mesmos para que a vida divina cresça em nós. A vida da igreja é o lugar adequado para isso.
A igreja não é uma organização nem um prédio físico. Alguns talvez entendam a igreja como um lugar físico porque o Senhor em Mateus 16 fala de edificá-la sobre a rocha (v. 18). Assim, no conceito de muitos, a igreja refere-se a uma construção, como um templo ou lugar onde os cristãos se reúnem. De fato, a igreja precisa ser edificada, mas não de uma maneira física.
Efésios 4:11-12 fala do aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério com vistas à edificação do Corpo de Cristo. Essa edificação não é material, e sim espiritual. O Corpo de Cristo é edificado com vida, a vida divina. A vida da igreja é o ambiente onde isso ocorre (v. 16).
Ao referir-se à vida da igreja, ao nosso viver, o próprio Senhor Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16:24).A expressão “a si mesmo” refere-se ao eu, ao ego caído. Esses termos equivalem à vida da alma (v. 25), ou ao velho homem (Rm 6:6; Ef 4:22; Cl 3:9), o homem natural (1 Co 2:14). Essa é a razão de enfatizarmos tanto a importância de renunciarmos à vida da alma, pois isso permitirá que a vida de Deus cresça em nós. Se a vida de Deus continuar crescendo, seremos semelhantes a Cristo (1 Jo 3:2). Assim, a vida de Deus em nós terá proporção maior do que a vida da alma, e seremos capacitados a entrar na manifestação do reino dos céus.


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15 outubro, 2012

Refletindo...


Vida


Não podemos dar aos outros o que não temos. Se temos vida, podemos dar vida a outrem. Se o que temos são somente pensamentos, podemos somente dar pensamentos às pessoas. Se não tivermos a experiência da crucificação em nossa vida, se não tivermos a experiência de morrer juntamente com o Senhor vencendo o pecado e o ego, se não tivermos a experiência de tomar a cruz e seguir ao Senhor para sofrer por Ele, e se não apenas conhecermos a palavra da cruz a partir dos escritos e da boca de outros e, no entanto, não tivermos nós mesmos a experiência, certamente não poderemos dar vida às pessoas. Poderemos somente dar teorias da vida da cruz às pessoas. Somente quando somos transformados pela cruz e quando recebemos a vida e o espírito da cruz podemos dispensar a cruz aos outros. A cruz deveria, diariamente, efetuar uma obra mais profunda em nossa vida de modo a podermos ter experiências sólidas do sofrimento e da vitória da cruz. Aos pregarmos, nossa vida fluirá espontaneamente por intermédio de nossas palavras, e o Espírito derramará Sua vida através da nossa vida para saciar os sedentos – os ouvintes. As idéias podem alcançar somente o cérebro do homem; elas resultam apenas em mais pensamentos para seu cérebro. Somente a vida pode alcançar o espírito do homem, e o resultado é que o espírito do homem recebe tanto uma vida regenerada como uma vida mais abundante.

O pensamento, palavras, eloqüência e teorias do homem podem somente incitar e alcançar a alma do homem, pois eles podem somente estimular a motivação, a emoção, a mente e a vontade do homem. Somente a vida pode alcançar o espírito do homem. Todo o trabalho do Espírito Santo está em nosso espírito (Rm 8:16; Ef 3:16). Somente quando estamos na experiência do espírito, fluindo a vida de nosso espírito, o Espírito Santo pode derramar Sua vida para o espírito de outros por nosso intermédio. Assim sendo, é a coisa mais inútil salvar os pecadores e edificar os santos pela própria mente, eloqüência e teoria do homem. Embora o que alguém fale possa ser muito persuasivo exteriormente, devemos saber que o Espírito Santo não está cooperando com ele. O Espírito Santo não está por detrás de suas palavras e não está trabalhando com ele por intermédio da Sua autoridade e poder. Os ouvintes apenas ouvem suas palavras; não há mudança alguma na vida deles. Apesar de algumas vezes fazerem votos e resoluções, estes são apenas estímulos em sua alma. Não há vida atrás de suas palavras. Como resultado, não existe o poder para que ganhem o que eles ainda não obtiveram. Onde há vida, há poder. Nas questões espirituais, não haverá poder se não houver vida. Portanto, se você não permite que o Espírito Santo derrame Sua vida por intermédio da sua vida para o espírito de outros, estes não terão a vida do Espírito Santo e não terão o poder para praticar aquilo que você prega. O que buscamos não é eloqüência, mas o poder do Espírito Santo. Que o Espírito de Deus possa fazer-nos compreender que pensamentos podem somente alcançar a alma do homem, e que apenas a vida pode fluir para o espírito do homem.

A vida a que nos referimos aqui é a experiência da palavra de Deus em nossa vida e a experiência da mensagem que pregamos. A vida da cruz é a vida do Senhor Jesus. Deveríamos primeiro testar nossa mensagem por meio da nossa experiência. A doutrina que entendemos é somente uma doutrina. Deveríamos deixar primeiro a doutrina trabalhar em nós de modo que a doutrina que entendemos se torne parte da nossa vida e parte dos elementos vitais de nosso viver diário, e não mais se torne somente doutrina, mas a vida de nossa vida. É como o alimento que comemos tornando-se a carne da nossa carne e osso dos nossos ossos. Assim, tornamo-nos uma doutrina viva. Dessa maneira, a palavra que pregamos não é mais apenas uma teoria que conhecemos, mas nossa própria vida real. Isso é o que a Bíblia quer dizer com “praticantes da palavra” (Tg 1:22). Frequentemente entendemos mal a palavra “praticantes”. Achamos que “praticantes” são os que dão o melhor de si para seguir a palavra que ouvem e entendem. Entretanto, isso não é o “praticar” na Bíblia. É verdade que devemos tomar a decisão de praticar o que ouvimos, mas o “praticar” na Bíblia não é o “praticar” com a própria força da pessoa. Antes, é permitir que o Espírito Santo viva a partir da vida da pessoa, a palavra que ela conhece. Isso é um tipo de viver, não um tipo de obra. Se existir viver, espontaneamente haverá a obra. Fazer algumas obras esporádicas não é o “praticar” descrito na Bíblia. Deveríamos cooperar com o Espírito Santo em nossa vida por meio da nossa vontade a fim de podermos, experiencialmente, viver o que conhecemos. Dessa maneira estaremos aptos a dispensar vida a outros.

Saberemos que exemplo seguir se olharmos para o Senhor Jesus Cristo. Ele disse: “Assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3:14-15) e “E eu, quando for levantado da terra, atrairei a todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer” (Jo 12:32-33). O Senhor Jesus teve de ser crucificado antes que pudesse atrair todos a Si mesmo e dispensar a vida espiritual a outros. Ele mesmo teve de morrer primeiro, experimentar a cruz primeiro e ter o operar da cruz interiormente e exteriormente, fazendo Dele um homem crucificado em realidade primeiro, antes que pudesse ter o poder de atrair todos para Si. O discípulo não está acima do Seu mestre. Se o nosso Senhor teve de ser levantado antes de poder atrair a todos a Si mesmo, não deveríamos nós, que levantamos o Senhor Jesus crucificado, sermos nós mesmos levantados e crucificados antes de podermos atrair as pessoas para o Senhor? A fim de que o Senhor Jesus dispensasse vida espiritual a outros, Ele teve de ser levantado na cruz. Da mesma maneira, se desejamos dispensar a vida espiritual a outros, também precisamos ser levantados na cruz. Somente então o Espírito Santo derramará Sua vida por meio de nós. A fonte da vida provém do dispensar da vida a outros por intermédio da cruz. Não deveria também o canal da vida provir do dispensar da vida a outros por meio da cruz? 



Trecho retirado do livro "A Cruz" de Watchman Nee

Para Meditar...

A Igreja em Laodicéia



“Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te”. As palavras faladas anteriormente são repreensões. Mas o Senhor nos mostra que nos repreende e disciplina desta maneira porque nos ama. Portanto, sejamos zelosos. Que devemos fazer? Arrepender-nos. Antes de tudo, devemos arrepender-nos. Arrependimento não é apenas uma questão individual; a igreja também deve arrepender-se. 

“Eis que estou a porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”. Há muitas coisas nesta declaração. Que tipo de porta é esta? Muitos usam esse versículo para pregar o evangelho. Pode-se tomar emprestado esse versículo para pregar o evangelho; pode-se emprestar esse versículo aos pecadores; mas não deve ser tomado emprestado por muito tempo sem devolvê-lo. Esse versículo é para os filhos de Deus. Ele não se refere ao Senhor batendo a porta do coração de um pecador; esta porta é a do coração da igreja. Porque porta, aqui, está no singular, o Senhor esta referindo-se à igreja. É realmente estranho que, sendo o Senhor a cabeça da igreja, ou, podemos dizer, a origem da igreja, contudo Ele está do lado de fora da porta da igreja, que tipo de igreja é esta? 

O Senhor diz aqui: “Eis!” O Senhor diz isto para toda a igreja. A porta é a porta do coração da igreja. “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta “ Estas duas palavras – “Se alguém” – mostram-nos que o abrir da porta é uma questão individual. Na bíblia na duas linhas em relação à verdade: uma é a linha do Espírito Santo, e a outra é a linha de Cristo; uma é subjetiva e a outra é objetiva; uma refere-se à experiência , e a outra à fé. Se alguém dá muita atenção à verdade objetiva, então vamos vê-lo escalando nuvens e cavalgando nevoeiros, o que é impraticável. Se ele constantemente permanece do lado subjetivo, preocupando-se excessivamente com a obra interior do Espírito Santo, então olhará continuamente para o seu interior e tornar-se-á insatisfeito. Qualquer um que esteja buscando o Senhor deve ser equilibrado por ambos os lados da verdade. Um mostra-me que sou perfeito em Cristo, e o outro mostra-me que o operar interior do Espírito Santo faz com que eu me torne perfeito. O maior fracasso dos irmãos foi sua excessiva ênfase com a verdade objetiva e negligencia com a verdade subjetiva. Filadélfia fracassou e tornou-se Laodicéia. O fracasso dela deveu-se ao excesso da verdade objetiva. Isto não quer dizer que não há nada da obra interior do Espírito Santo, mas no geral, há muito do aspecto objetivo. Em João 15, vemos o Senhor falando sobre ambos os aspectos. Ele diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. “Cearei com ele e ele comigo”. O Senhor diz aqui: “Se você abrir a porta, Eu cearei com você”. Isso é comunhão e também é alegria. Então temos uma intima comunhão com o Senhor, bem como a alegria que brota de tal comunhão. 

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. Dentre as promessas dadas aos vencedores nas sete igrejas, muitos dizem ser esta a melhor. Embora alguns gostem das outras promessas, muitos me têm dito que a promessa do Senhor a Laodicéia excede a todas. Anteriormente na promessa aos vencedores, o Senhor não disse nada sobre si mesmo. Mas aqui o Senhor diz: se vencer, você ceará Comigo. Passei por todos os tipos de vitórias; por isso, estou assentado no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar comigo em Meu trono”. O vencedor aqui tem uma promessa extraordinariamente elevada. Por que? Porque, então a igreja findará. O vencedor esta aguardando pela vinda do Senhor Jesus. Portanto, o trono é aqui. 



Capitulo 8 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida

Arrependimento para crescer e amadurecer.

O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz (Rm 8:6)

Mt 3:1-2; Lc 1:15; Rm 8:6, 10-11; Gl 4:19

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O tema desta semana é “João Batista”. Ele foi o precursor do Senhor Jesus, a fim de Lhe preparar o caminho. No registro do livro de Mateus, a primeira menção a João diz que ele apareceu no deserto pregando o arrependimento (Mt 3:1-2). O Evangelho de Lucas, porém, nos fornece mais detalhes. Seu pai, Zacarias, era sacerdote, e sua mãe, Isabel, era parenta de Maria, a mãe de Jesus (Lc 1:36).
Lucas 1:39-40 fala que Maria, mãe de Jesus, foi visitar Isabel, mãe de João Batista. Quando Maria saudou Isabel, João, ainda no ventre de Isabel, estremeceu. Este fato mostra que, como aquele que iria preparar o caminho do Senhor, João seria “cheio do Espírito Santo, desde o ventre materno” (v. 15).
Mais tarde, já adulto, João Batista saiu a pregar, dizendo: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3:2). Que significa arrepender-se? A palavra arrependimento quer dizer mudança de mente, e a mente é a parte principal da alma.
Deus criou o homem com três partes: espírito, alma e corpo (cf. Gn 2:7). Romanos 8 fala da salvação de todas essas três partes. Os versículos 10 e 11 mostram que, quando Cristo habita em nós, nosso espírito é vida, e, por fim, até mesmo nosso corpo mortal ganhará vida por meio desse Espírito. Já o versículo 6 diz: “O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. A palavra “pendor” indica a inclinação da mente. Isso quer dizer que, se colocarmos a mente na carne, isso resultará em morte espiritual. Mas, se inclinarmos a mente para o espírito, teremos vida e paz.
Embora esses versículos de Romanos 8 não mencionem a palavra alma, eles mencionam sua parte principal: a mente. Nessa porção da Palavra, a mente representa a alma. Inclinar nossa mente ao espírito é, portanto, colocar nossa mente debaixo do governo do espírito. Isso significa que arrepender-se é negar a vida da alma, deixar o espírito liderar, abandonando nossos conceitos e tradições para que Deus nos revele coisas novas.
Temos repetido essas palavras insistentemente porque o problema do pecado é mais fácil de ser percebido e resolvido, mas muitos não percebem que a alma do homem tem um grande problema, especialmente o lado bom da vida da alma. O lado mau da alma é facilmente detectado e rejeitado; ninguém o quer. Contudo todos valorizam o lado bom da alma e não querem abrir mão dele.
Antes de recebermos a vida de Deus, nossa alma estava cheia da vida natural herdada de Adão, pela qual vivíamos espontaneamente. Um dia, porém, fomos regenerados, nascendo de Deus (Jo 1:12; 1 Pe 1:3). Além da vida humana que ganhamos de nossos pais, obtivemos a vida de Deus, que entrou em nosso espírito como uma sementinha e agora precisa crescer até a maturidade. Isso é semelhante ao bebê no ventre materno: precisa desenvolver-se e tomar forma. Esse era o encargo de Paulo com os gálatas: ele sofria até que Cristo fosse formado neles (Gl 4:19). Que o Senhor cresça cada dia em nós para que, em Sua volta, estejamos maduros para reinar com Ele na manifestação do Seu reino!

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Ministros segundo o ministério do Senhor Jesus.


Aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele (1 Co 6:17)


Mt 3:16-17; 2 Co 3:6
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Hoje temos livre acesso ao Pai por meio da obra redentora na cruz, pela qual o Senhor nos abriu um novo e vivo caminho (2 Pe 1:4; Hb 4:16). Como vimos nesta semana, o óleo sagrado da unção era um composto de quatro especiarias de três medidas mais um him de azeite. O número um representa o Deus único, o número três simboliza o Deus Triúno, e o número quatro prefigura a criatura. Desse modo, Deus e o homem foram mesclados, misturados. Agora, após a encarnação, morte e ressurreição do Senhor, a natureza divina e a humana estão mescladas.
Além disso, pela morte e ressurreição, o Senhor se tornou o Espírito que dá vida (1 Co 15:45b). Isso quer dizer que, ao Espírito de Deus, simbolizado pelo puro azeite de oliva, foi acrescentada a obra redentora do Senhor por nós. Com tudo isso, o óleo da unção não é somente o azeite de oliva, mas outros elementos foram acrescentados. Com todos esses elementos acrescentados, ele se torna algo mais rico. Esse é o óleo da unção, o Espírito que habita em nós (Jo 7:39-40; 1 Co 6:17). Louvado seja o Senhor!
O Senhor Jesus, ao iniciar Seu ministério, precisava ser ungido, e isso ocorreu pela descida do Espírito em forma de pomba sobre Ele assim que saiu da água, após ser batizado por João (Mt 3:16). Uma vez ungido, isto é, comissionado, Ele se tornou o primeiro a exercer o ministério neotestamentário.
Portanto o primeiro ministro do Novo Testamento é o próprio Senhor Jesus Cristo. Ele é quem iniciou e quem faz a obra do ministério do Novo Testamento. Foi esse Senhor que, após morrer como o Cordeiro e ressuscitar como o Leão da tribo de Judá, abriu o livro e os sete selos em Apocalipse 5. Agora, uma vez que esse livro está aberto, teve início o Novo Testamento. Somente Ele é digno de abrir o livro. Sem tal Pessoa maravilhosa, ninguém se torna ministro. Todos nós, porém, que nascemos de novo e recebemos o Senhor, temos esse ministério e devemos exercê-lo por meio do Espírito que dá vida até a volta do Senhor.


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Não mais véu, incenso, sacrifício ou sangue.


Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna  (Hb 4:16)


Êx 26:33; 40:21; Hb 9:6-7
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Como vimos na leitura de ontem, quando o Senhor expirou na cruz, o véu que servia para separar o Santo Lugar do Santo dos Santos foi rasgado ao meio de alto a baixo (Mt 27:51; Lc 23:45). Na parte anterior ao véu, ficava o Santo Lugar, onde serviam os sacerdotes. Além do véu, ficava o Santo dos Santos, onde estava a arca da aliança, ou arca do Testemunho (Êx 26:33). Sobre a arca havia uma tampa, chamada de propiciatório, na qual havia dois querubins (25:17-21). Os sacerdotes serviam no Santo Lugar, cuidando do altar de ouro do incenso, do candelabro de ouro e da mesa dos pães da presença (40:4-5, 22-27). No Santo dos Santos, porém, apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano para fazer expiação por si e pelos filhos de Israel (Hb 9:6-7).
Em Levítico 16 lemos: “Então, disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório” (v. 2). Além disso, ao entrar no Santo dos Santos, o sumo sacerdote deveria levar consigo o sangue da oferta para aspergir sobre o propiciatório e, assim, fazer expiação por si e pelo povo, e levar também o incensário para a nuvem de incenso cobrir o propiciatório: “Porá o incenso sobre o fogo, perante o Senhor, para que a nuvem do incenso cubra o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra. Tomará do sangue do novilho e, com o dedo, o aspergirá sobre a frente do propiciatório; e, diante do propiciatório, aspergirá sete vezes do sangue, com o dedo” Lv 16:13-14. Sem esses dois itens, o sumo sacerdote não poderia entrar no Santo dos Santos, pois morreria. Isso mostra como era difícil ter acesso a Deus diretamente no Antigo Testamento.
Quando o Senhor Jesus morreu na cruz, algo maravilhoso ocorreu no templo. Em Mateus 27:51 lemos que “o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo”. E, em Lucas 23:45, vemos que o véu “rasgou-se pelo meio”. O véu que separava o Santo Lugar dos Santos dos Santos ficava pendurado em quatro colunas, que formavam três entradas. O número três prefigura o Deus Triúno; portanto as três entradas simbolizam o Pai, o Filho e o Espírito respectivamente. Uma vez que o véu se rasgou no meio, isso representa que o Filho, simbolizado pela entrada do meio, foi partido por nós na cruz. Assim como na composição do óleo sagrado da unção a medida central de quinhentos siclos foi dividida em duas, também o véu, no vão central entre as colunas que separavam o Santo Lugar do Santo dos Santos, foi aberto para nos dar livre acesso a Deus. Aleluia!
O Filho foi partido por nós ao ser crucificado. Desse modo, Ele nos abriu um novo e vivo caminho pelo qual podemos entrar no Santo dos Santos com intrepidez e achar graça e misericórdia para socorro em tempo oportuno (Hb 4:16). Graças ao Senhor não há mais véu, nem a necessidade de incenso, sacrifício ou sangue de animais!

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12 outubro, 2012

Para Meditar...

Qual o objetivo da Igreja?
 
 
No livro de Apocalipse as sete igrejas são representadas por meio de sete candeeiros de ouro (Ap. 1:20). Um candeeiro, por sua vez, não é um objeto com um fim em si mesmo. O propósito de um candeeiro é sustentar a luz de modo que todos possam vê-la. Da mesma forma, a Igreja não existe para si própria, ela não é um fim em si mesma, mas é um meio para que um objetivo seja alcançado.
O objetivo da Igreja é sustentar o testemunho de Jesus de modo que todos possam vê-lo, de modo que todos possam ver a luz. E se a Igreja falhar em expressar, manifestar a luz do testemunho de Jesus, então ela terá falhado em sua missão.
A Igreja não tem como objetivo final atrair as pessoas para si mesma, a Igreja tem como objetivo conduzir as pessoas a Cristo.
Fonte: Stephen Kaung, no livro “Vendo Cristo no Novo Testamento”, vol. 6,

Refletindo...

Não Deixemos de Congregar-nos.
 
Textos:
Hebreus 10:25 / Mateus 18:20 / Atos 2:42 / I Coríntios 14:23, 26

1. Deus Concede Graça na Assembléia

Porque não deixarmos de nos reunir (congregar)?

A graça de Deus para o homem é de dois tipos: pessoal e corporativa e esta última só pode ser obtida na assembléia.

Muitas orações podem ser feitas em secreto, mas há um outro tipo de oração que para ser ouvida deve ser feita na assembléia, sendo feita em nome de Jesus por duas ou mais pessoas, se os irmãos não se reunirem, várias orações ficarão sem respostas.

O mesmo é verdadeiro quanto ao estudo da palavra de Deus, ao lermos a Bíblia nos é concedida graça para entendê-la; no entanto, certas passagens das Escrituras não será abertas a nós, exceto na assembléia dos santos.

Se deixássemos de reunir, o máximo que obteríamos seria graça pessoal. Quanto perderíamos de graça corporativa.


2. Cristianismo é Coletivo

O cristianismo é singular por não ser de natureza individual, mas coletiva. Por isso a Palavra de Deus nos exorta a não deixarmos de nos congregar. Mesmo no Antigo Testamento, Deus ordena aos judeus que se congregassem e os denominava de congregação do Senhor. No Novo Testamento fica ainda mais claro que os crentes devem se reunir para que possam receber Sua graça.

A Bíblia registra muitas ocasiões de reuniões. Enquanto estava na terra, Jesus freqüentemente se reunia com seus discípulos. Após sua ressurreição, Ele encontrou com seus discípulos em um lugar recluso. Antes do dia de Pentecostes, os discípulos se reuniam com um só propósito: o de perseverarem firmes em oração. No dia de Pentecostes sabemos que estavam todos juntos em um mesmo lugar. Em Atos 2 encontramos que todos os que receberam a Palavra e foram batizados perseveravam na doutrina e na comunhão dos apóstolos, no partir do pão e nas orações (At. 2:42). As epístolas também ordenam aos crentes que não deixem de se congregarem. Em Coríntios, uma menção é feita sobre a reunião de toda a igreja e nenhum dos membros deve se abster de tais reuniões.

Qual é o significado da palavra “igreja” (mais precisamente assembléia) no grego? EK significa “para fora de”, e Klesis significa “um chamamento”. Ecclesia significa “os chamados para fora”. Hoje Deus não apenas chamou para fora um povo, mas quer também que eles se congreguem. Se cada um fosse chamado mantivesse sua independência não haveria igreja. Assim, nos é mostrado a importância de nos reunirmos.


3. O Corpo está Relacionado à Assembléia

Os capítulos 12 e 14 de I Co falam dos dons do Espírito Santo. A distinção entre esses dois capítulos é que, enquanto o capítulo 12 fala dos dons no corpo, o cap. 14 menciona os dons na reunião. Ao ler esses dois capítulos juntos, fica evidente que o corpo mencionado no cap. 12 está em funcionamento no cap. 14. Os dons do corpo são especialmente manifestos nas reuniões, o corpo funciona coordenadamente: olhos ajudam os pés, os ouvidos as mãos e as mão a boca. Portanto, aqueles que raramente se reúnem tem pouca chance de conhecer o que significa o funcionamento do corpo.

A luz de Deus está no Santo dos Santos. No átrio exterior existe a luz do Sol. O lugar Santo é naturalmente escuro, é iluminado pelo candeeiro contendo azeite. No Santo dos Santos, não há luz natural nem artificial, mas somente a luz de Deus. Para que alguém veja esta luz deve estar no Santo dos Santos. Sozinhos, só podemos receber alguma luz; somente quando os santos estão reunidos, a igreja se torna o lugar da habitação de Deus, e a sua luz pode brilhar em pleno esplendor.

Dt 32:30, mostra que a graça coletiva é maior que a pessoal.


4. A Presença do Senhor está no Reunir

O Senhor nos promete por duas vezes sua presença, em Mt 29:20b de forma individual e em Mt 18:20 de maneira coletiva. Muitas pessoas conhecem a sua presença de uma forma pessoal, tal conhecimento, é indispensável mas também é insuficiente. A Sua presença mais poderosa e abrangente é conhecida somente na assembléia dos Santos. Sua presença em nós está limitada a ser em um grau menor do que quando nos reunimos, pois é aí, no meio dos irmãos que a experimentamos como nunca havíamos visto antes. Devemos, portanto, a aprender a perceber esta presença nas reuniões; esta graça não pode ser obtida de outra maneira.


5. Como Devemos nos Reunir

Todo o congregar deve ser em nome do Senhor. O significado disto é que simplesmente nós nos congregamos sob sua autoridade e centralizados nele. O Senhor é o centro, e nós vamos juntamente com muitos irmãos, comparecer perante Ele.

Fisicamente o Senhor não está aqui; e é por isto que seu nome se torna indispensável. Ele nos promete que se reunirmos em Seu nome, Ele estará em nosso meio. Isto é, o Seu Espírito estará em meio ao nosso ajuntamento. Quando nos reunimos não é para ouvir um pregador, mas para encontrarmos o Senhor. O Espírito Santo é o depositário do nome do Senhor. Ele é enviado para proteger o nome do Senhor.

Outro princípio que governa uma reunião é a edificação do povo de Deus, ou seja, aquilo que somente edifica uma pessoa e não aos outros não deve ser manifestado na reunião. Portanto, quando chegamos à reunião, precisamos considerar sempre se todos estão sendo ou não edificados. Mesmo o fazer perguntas não é meramente para o nosso benefício pessoal. Nas coisas que faço, ajudo ou atrapalho a reunião. Tanto o nosso falar quanto o nosso silêncio podem afetar os outros. Se nós não consideramos os demais, podemos causar perda à reunião. Se falando ou permanecendo em silêncio, tudo deve ser feito para proveito da assembléia para a edificação do corpo de Cristo.

Finalmente, precisamos repetir que todos os que se reúnem devem ter um objetivo: a edificação mútua e não a sua própria. Devo evitar fazer algo que possa trazer perda aos outros irmãos. Se o meu silêncio irá inibir outros, então falo. Em todas as coisas devo aprender a edificar os irmãos.

O princípio básico de uma reunião é a edificação do corpo de Cristo. Seja humilde e não pense muito alto de si mesmo, como se você fosse uma das maravilhas destes vinte séculos, o melhor cantor e o melhor pregador! Aprendamos a humildade para que as nossas reuniões possam ser fortes. Sempre que as pessoas andarem em nosso meio, elas deverão sentir instantaneamente a presença de Deus. Esta obra é do Espírito Santo. Isto levará as pessoas a se prostrarem sobre as suas faces e adorarem a Deus, declarando que Ele verdadeiramente está entre nós.

Fonte: Principais tópicos do capítulo - Não Deixemos de Congregar-nos - Livro Lições Básicas - Volume 3 - Watchman Nee

O ministério neotestamentário provém do Espírito que dá vida.

Depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue  (1 Co 11:25).
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6)

 
 
Êx 30:22-25; Mt 27:51; Lc 23:45; Hb 10:19-22

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O ministério neotestamentário iniciou-se com o Senhor Jesus ainda em carne e continuou depois de Sua morte e ressurreição. Morrer e ressuscitar foi o modo pelo qual o Senhor se tornou o Espírito que dá vida (1 Co 14:45b). Uma vez que o Senhor é o Espírito, quem O toca, ganha vida. O Espírito que dá vida se refere ao Espírito Santo adicionado ao processo pelo qual o Senhor passou em Sua encarnação, morte e ressurreição. O Evangelho de João o chama de o Espírito da verdade, ou da realidade (Jo 14:17; 15:26; 16:13). O Espírito que dá vida inclui o Deus Triúno com Sua vida e obra. Em certos trechos, a Bíblia simplesmente O chama de “o Espírito”.

Para compreender melhor o Espírito que dá vida, ou simplesmente “o Espírito”, após a encarnação, morte e ressurreição do Senhor, podemos usar como exemplo o óleo composto da unção do Antigo Testamento, com o qual se ungiu o tabernáculo com seus móveis e utensílios, Arão, seus filhos e suas vestes. De acordo com Êxodo 30:22-25, o óleo da unção era formado por cinco elementos, que são o azeite de oliveira mais quatro especiarias: mirra, cinamomo, cálamo e cássia. Na Bíblia, o número quatro se refere à criatura, especialmente o homem, e o número um simboliza Deus. Dentre as quatro especiarias, temos a mirra fluida, uma substância amarga usada para embalsamar o corpo das pessoas após a morte e retardar sua decomposição. A palavra mirra vem de um radical que quer dizer amargo. Ao ser crucificado, o Senhor tomou o cálice da amargura em nosso favor (Mt 26:39, 42). Mirra, portanto, se refere à morte do Senhor.

A segunda especiaria é o cinamomo odoroso, uma planta que exala uma fragrância doce. Isso prefigura a eficácia da morte do Senhor. A terceira é o cálamo, um junco ou haste que nasce nos pântanos, ou seja, em águas mortas, paradas. Cálamo, portanto, prefigura a ressurreição. Por fim, temos a cássia, erva usada como repelente de insetos e serpentes, que simboliza a eficácia da ressurreição do Senhor. Recapitulando, temos a mirra (morte), o cálamo (ressurreição), o cinamomo (eficácia da morte) e a cássia (eficácia da ressurreição). Uma vez que o número quatro se refere à criatura, ele refere-se também ao Senhor como o Primogênito da criação (Cl 1:15).

Falemos agora sobre o peso de cada especiaria. Primeiro temos quinhentos siclos de mirra. Em segundo lugar, temos duzentos e cinquenta siclos de cinamomo odoroso, isto é, a metade da primeira especiaria. Em terceiro lugar, temos duzentos e cinquenta siclos de cálamo e, por último, quinhentos siclos de cássia. Se tomarmos quinhentos siclos como unidade básica, temos três unidades. Quinhentos siclos da primeira especiaria (mirra); quinhentos siclos divididos em dois: duas especiarias de duzentos e cinquenta siclos cada (cinamomo e cálamo); e quinhentos siclos da terceira especiaria (cássia).

O número três simboliza o Deus Triúno: Pai, Filho e Espírito. A primeira unidade é o Pai, a segunda, o Filho, e a terceira, o Espírito. Porém a segunda unidade de quinhentos siclos, que prefigura o Filho, foi dividida ao meio, indicando que Ele foi partido por nós na cruz por nossos pecados. Na morte do Senhor, o véu do santuário que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos foi partido ao meio de alto a baixo (Mt 27:51; Lc 23:45), o que indica que já não há separação entre Deus e nós. Podemos achegar-nos com intrepidez ao Senhor no trono da graça (Hb 10:19-22). Aleluia! Que bênção desfrutar, por meio do Espírito, de tudo o que o Deus Triúno é e fez!
 
 

11 outubro, 2012

Para Meditar.

Aprendendo a usar a consciência.


Quando fazemos uma retrospectiva sobre a criação que recebemos de nossos pais, sempre surge o sentimento de que faltou alguma coisa. Um dos aspectos é o que abordaremos a seguir acerca do uso da consciência. Entretanto, dada a grandeza da matéria, teceremos um breve comentário para facilitar a definição básica de consciência ajudar os pais a aplicarem seus princípios na educação dos filhos.

Já que nossos filhos pequenos não têm maturidade suficiente para ter comunhão com Deus a fim de saber o que devem fazer e como usar a intuição para conhecer a vontade divina que provém, subitamente, dessa parte interna de seu ser, a consciência deles deve ser treinada pelos pais de tal modo que sintam, em seu interior, uma sensação como um alarme soando ininterruptamente sempre que ferirem a justiça, a honra, o decoro, o respeito e tudo aquilo que faz parte de uma vida humana normal.

Vivemos em uma sociedade onde os valores não são tão apreçados como o foram no passado. Tudo parece agora estar invertido, e nós, pais, não estamos muito cônscios disso. Por exemplo, os pais mais antigos ensinavam aos filhos que não podiam mentir em hipótese alguma. Hoje, dependendo da situação, uma "mentirinha" é aceitável e até encorajada pelos pais. Antigamente, também, os filhos eram orientados a não trazer para casa o que dela não tivessem levado. Hoje, muitos justificam o que as crianças trazem para dentro de suas casas, apoiados no dito popular: 'Achado não é roubado, quem perdeu é relaxado". O que a criança não pode perceber e os pais ignoram é que o objeto que ela achou não lhe pertence, não foi adquirido com o labor dela e, mais sério ainda, pertence, legalmente, à pessoa tida por relaxada.

São tantas as coisas que nossas crianças praticam com liberalidade em função de não terem suas consciências adequadamente treinadas, que chegamos a temer fazer uma projeção do que poderão praticar no futuro. Gritar com os pais, interferir, de forma grosseira, no diálogo dos adultos, bater no rosto de outras pessoas, desrespeitar os mais velhos e as autoridades são gestos, infelizmente comuns, praticadas por crianças em muitos lares. Porém o que é mais lamentável é a falta de uma consciência sensível que as reprove ou um rosto corado de vergonha pelos atrevimentos por elas cometidos. O resultado disso e unia geração de filhos desregrados, sem limites e sem a habilidade para reprimir as ações que partem violentamente da natureza humana caída.

Como ajudar os filhos? Seria possível passar vinte quatro horas do dia dizendo a eles o que fazer e o que não fazer? Certa vez, flagramos um pai fazendo a seguinte abordagem a um de seus filhos: "-Filho, você não percebeu que sua atitude estava errada?" A criança disse, inocentemente: "- Não, papai." O pai refletiu um pouco e formulou uma pergunta mais profunda: "-Você não ouviu uma pequena voz em seu interior dizendo para você não fazer aquilo?" A criança respondeu com surpresa: "- Sim, papai". Então, disse o pai: "- Filho, a pequena voz interior que você ouvia era sua consciência". A consciência é um recurso que Deus criou para substitui-Lo no interior do homem desde seus primeiros anos de vida. Quando o homem é regenerado, ou seja, quando é gerado espiritualmente, ele passa a agir baseado na unção interior (João 2:27). O pai, aproveitando-se, ainda, daquela situação para ajudar o filho, acrescentou: "- Filho, você não sentiu algum incômodo, um mal-estar ou uma coisa ruim em seu interior depois de fazer o que sua consciência lhe dizia que não fizesse?" A criança, agora, como um aprendiz sedento, disse: "- Sim, papai, eu senti". O pai, lançando luz sobre o inocente, concluiu: "-A sensação que você sentia era uma fiel testemunha de que seus atos estavam ferindo alguns princípios de Deus. Sabe, filho, se você quiser saber o que Deus aprova, o que seu pai e a maioria das pessoas acatam, por ser ético, basta dar atenção à sua consciência. Toda vez que, em seu interior, uma voz disser o que deve ou não ser feito, procure obedecer. Porém, se, porventura, você desconsiderar essa voz e um sentimento incômodo irromper em seu interior, é hora de voltar atrás para desculpar-se com Deus e com as pessoas e procurar reparar as consequências em sinal de arrependimento. Meu filho, se ao ouvir o que a consciência está sussurrando em seu interior, sem detença, praticar, você amadurecerá com rapidez e terá um viver cheio de paz".

Queridos pais, desenvolver a sensibilidade da consciência dos filhos é gerar um "segundo pai" dentro deles dizendo "sim" e "não" em todas as situações. Pense nisso!

"Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens" (Atos 24:16). "Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando4hes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" (Romanos 2:15). 


Fonte: JAV número 133 - seção "Aos Pais"

O ministério neotestamentário e o arrependimento.


Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; os caminhos tortuosos serão retificados, e os escabrosos, aplanados; e toda carne verá a salvação de Deus (Lc 3:4-6a)


Mt 3:1-3; Jo 1:6-9, 19-23
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Embora o Senhor seja o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e seus sete selos em Apocalipse 5, Ele é também um homem, que nasceu de Maria e, segundo a carne, é descendente de Davi(Mt 1:1; Rm 1:3). O Senhor precisou nascer de Maria a fim de se tornar um homem, ter a experiência do viver humano e ser tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado, a fim de se tornar o sumo sacerdote que pode compadecer-se de nossas fraquezas (Hb 4:15).
Jesus nasceu em Belém, numa estrebaria, e foi posto numa manjedoura (Lc 2:6-7). Mais tarde, quando o rei Herodes O queria matar, José foi advertido por Deus em sonho a fugir para o Egito, onde ficou até a morte de Herodes (Mt 2:13-15). Ao regressar do Egito, eles foram morar em Nazaré, uma cidade desprezada na Galileia (vs. 22-23). O Senhor passou por vários tipos de sofrimento em Seu viver humano. Ele conhece a natureza humana e sabe o que é ser um homem. Desse modo, hoje pode compadecer-se e ter misericórdia de nós. Ele sabe que muitas vezes pecamos, não porque queiramos, mas porque nossa natureza é caída. Ele é longânimo e espera por nosso arrependimento. Ao nos arrependermos, ganhamos um pouco mais da vida divina.
Antes de o Senhor iniciar Seu ministério terreno, houve uma obra de preparação. Precisamos lembrar-nos, como vimos na leitura de ontem, que o ministério está ligado à unção, à comissão. No Antigo Testamento, a unção era o derramamento do unguento sobre a pessoa que seria comissionada. No Novo Testamento, a unção é o derramamento do Espírito sobre alguém a quem é dado um ministério, uma incumbência. Vemos a unção do Senhor Jesus para iniciar Seu ministério no fato de o Espírito, em forma de pomba, descer sobre Ele após ter sido batizado por João Batista. Este foi o precursor que preparou o caminho do Senhor. Ele apareceu no deserto pregando o arrependimento e batizava as pessoas na água (Mt 3:1-2, 5-6). Esse batismo para arrependimento visava tratar com a vida da alma, terminando com o passado. Era uma preparação para Aquele que viria batizar com Espírito Santo e com fogo.
Ser o precursor do Senhor Jesus foi a parte que coube a João Batista no ministério neotestamentário. Essa era sua comissão e ministério. Como filho de sacerdote, João poderia continuar a obra do sacerdócio do Antigo Testamento, o ministério sacerdotal. Ele, porém, não fez isso; antes, foi escolhido por Deus para preparar o caminho do Senhor, caminho esse que introduziria o ministério do Novo Testamento.
Em seu ministério precursor, João Batista pregava o arrependimento para a vinda do reino dos céus (Mt 3:1-2). Naquela época os judeus aguardavam a vinda de um reino terreno, que os libertasse da tirania do governo romano. João, porém, não se referia ao reino terreno, e sim ao reino dos céus. Podemos aplicar isso a nós e aos irmãos a quem contatamos e de quem cuidamos, falando-lhes: “Deus deseja entregar o mundo que há de vir para ser governado por vocês. Vocês estão preparados? Vocês podem governar o mundo vindouro? Se hoje vivemos dominados por nossa vida natural, não poderemos governar no futuro”. Por isso, hoje, assim como João Batista, devemos fazer a obra de preparação para vinda da manifestação do reino e pregar: “O reino dos céus está perto, arrependam-se!”.


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10 outubro, 2012

Refletindo...

Pedi, buscai e batei


“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á”       

(Mateus 7:7,8) 


Certa vez um cristão, convertido há um ano, aproximou-se de outro mais experiente no Senhor e este lhe perguntou: ”Ao longo deste ano você já leu a Bíblia toda?” Uma coisa é perguntar se lia a Bíblia, outra é indagar se a leu por inteiro. A resposta do novo convertido foi negativa. Dirigiu-lhe, ainda, outra pergunta: ”Quantas pessoas converteram-se por meio de sua pregação do evangelho neste ano? A terceira pergunta foi: ”Quantas orações suas foram respondidas durante este ano?” Com essas três perguntas, a vida daquele jovem cristão sofreu uma mudança positiva. Passou a lidar com as coisas espirituais com mais seriedade.

Quanto à oração, que será nosso enfoque principal nesta conversa, sabemos que todo cristão ora, mas como ora? Se formos sinceros, confessaremos que não sabemos orar como convém. (Romanos 8:26). Como podemos ser enchidos do Espírito ao orar, se temos estado tão cheios de nós mesmo? Temos problemas com cônjuge e não lhe perdoamos ou não lhe pedimos perdão. Talvez tenhamos barreiras com nossos irmãos em Cristo e ficamos indiferentes, achando que não precisamos dar importância a isso. Também podemos ter algum pecado do qual não nos arrependemos e confessamos diante de Deus, ou quem sabe, ainda amamos o mundo, seguindo suas paixões e concupiscências. Com todas essas pendências ou com algumas delas, ainda queremos ser enchidos do espírito e ter nossas orações respondidas e, por fim, ficamos decepcionados e dizemos que conosco as coisas não funcionam como com os outros cristãos. Não se trata disso; o fato é que estamos espiritualmente cheios de entulho, preconceitos, prevenções, rancores, mágoas, ou seja, cheios de nós mesmos. Você pode perguntar: ”Por que outros ficam alegres e eu não consigo?” Isso é resultado da perda da simplicidade que tínhamos no início de nossa vida cristã.

Se você sente que essa é sua condição, ore a Deus: ”Senhor, restaura em mim a simplicidades. Sinto que, com o passar do tempo, fui perdendo a pureza, a inocência espiritual. Quantas coisas velhas se acumularam em mim, Senhor. Desejo ser esvaziado de todo entulho. Ó Senhor, restaura aquele amor que eu tinha no início por Ti e pela igreja”.

O Senhor está esperando que nos voltemos a Ele humildemente, sem arrogância, e peçamos ajuda. Ele quer nos socorrer e, sem dúvida irá fazê-lo, basta abrirmos nosso coração. 




Fonte: Extraído do Jornal Árvore da Vida Ano 13 Número 134

O livro aberto pelo Leão de Judá.


Um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos (Ap 5:5)


Hb 9:13-14; 1 Pe 1:19; Ap 5:1-6
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O ministério é a incumbência, a comissão de Deus dada a alguém ou a um grupo de pessoas para a execução de Sua obra. No Antigo Testamento, Deus confiou o ministério a algumas pessoas. Vemos, por exemplo, o ministério dos filhos de Levi, os sacerdotes. Podemos chamá-lo de ministério sacerdotal. Para ser sumo sacerdote, um homem precisava ser ungido, como aconteceu com Arão, que foi ungido por Moisés. Ser ungido significava receber uma comissão. Desse modo, podemos dizer que o sumo sacerdócio é um ministério. Apesar de o Antigo Testamento não usar o termo “ministério”, todos os filhos de Arão que foram ungidos fizeram parte do ministério do Antigo Testamento.
O ministério do Novo Testamento teve início com o Senhor Jesus. Ele fez conosco uma nova aliança por meio de Seu sangue (Mt 26:29). Em Apocalipse 5 o início do ministério do Novo Testamento é representado pela abertura de um livro escrito por dentro e por fora, o qual continha sete selos (v. 1). Quando ouviu a pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?” (v. 2), João entristeceu-se e chorou muito, pois viu que ninguém podia abrir o livro (vs. 3-4). Então um dos anciãos lhe disse: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v. 5). Quando João se voltou para ver o Leão, o que viu foi um Cordeiro (v. 6a). Ambos simbolizam o Senhor Jesus.
O Senhor Jesus, por um lado, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29); por outro, é o Leão da tribo de Judá, o que se refere à Sua realeza. Por um lado, é a Raiz de Davi, ou seja, Ele é a origem de Davi; por outro, é descendente de Davi (Mt 1:1). Visto que Davi era um ser humano, nele havia o pecado, isto é, a natureza pecaminosa, a fonte de todos os pecados. Como descendente de Davi, o Senhor também era um homem, porém sem pecado (Rm 8:3; Hb 4:15b). Para vir nos salvar e nos substituir na cruz como homem, o Senhor precisou ganhar um corpo humano. O Senhor foi crucificado com esse corpo herdado de Maria, e, com Ele, nosso velho homem foi crucificado (Rm 6:6), e Seu sangue purificou-nos de todos os nossos pecados (cf. Hb 1:3; 9:13-14). Aleluia!
Além de ser o Cordeiro sem mácula cujo sangue nos redimiu (1 Pe 1:19), Cristo também é mostrado como Aquele que se assentou à destra da majestade de Deus nas alturas e está qualificado para governar. Esse é o aspecto de Leão da tribo de Judá, a tribo da realeza.
Como crentes em Cristo, estamos hoje no processo de transformação para nos tornarmos reis. Para ser um rei, é necessário, primeiro, ser trabalhado, transformado. Antes de ser um rei, ilustrado pelo leão, uma pessoa salva ainda tem muitos problemas ligados à vida da alma, ao seu ser natural, que é semelhante à natureza de um jumento em Gênesis 49:9-11. Um jumento tem a natureza extremamente forte, que precisa ser tratada para que a realeza, isto é, a vida de leão, um dia se manifeste. Um dia nossa natureza caída de “jumento” será substituída pela natureza de “leão” para reinarmos juntamente com Cristo (Ap 20:4b). Este é o resultado do Seu ministério.