23 abril, 2012

Salvos pela morte de Cristo na cruz.


Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus (1 Pe 3:18a)

Is 53:12; Mt 16:13; Rm 1:1-3; Hb 4:15; 1 Jo 2:2

Pregar o evangelho é um dom que Deus nos concedeu. De acordo com o conceito mais comum, pregamos o evangelho para ajudar as pessoas a serem salvas mediante a fé, ou seja, a crer que o Senhor Jesus derramou Seu sangue para perdoar seus pecados diante de Deus. Essa é uma importante definição, mas ainda incompleta sob a perspectiva da intenção de Deus ao criar o homem. Por isso, para desempenharmos esse dom com maior eficácia, precisamos conhecer o evangelho de Deus à luz de Sua Palavra.
O livro de Romanos nos ajuda a conhecer melhor o conteúdo do evangelho de Deus. No primeiro capítulo, Paulo se refere ao evangelho que Deus prometeu nas Sagradas Escrituras por intermédio dos profetas, com respeito ao Seu Filho (vs. 1-2). Isso significa que o evangelho de Deus inclui muito mais que uma informação sobre como os homens obtêm a salvação. Ele é essencialmente uma Pessoa: o próprio Filho de Deus. Em outras palavras, o evangelho são as boas-novas de Deus com respeito a Seu Filho.
Antes de Jesus ser designado Filho de Deus, Ele é mostrado como Filho do Homem (Mt 16:13; 18:11). Isso porque o primeiro aspecto segundo o qual Deus nos apresenta Seu Filho é a encarnação.
Jesus proveio, segundo a carne, da descendência de Davi (Rm 1:3), sendo chamado Filho de Davi em várias passagens bíblicas (Mt 1:1; 21:15; Mc 10:47). Como sabemos, Davi cometeu vários pecados ao longo da vida. Dizer que Jesus veio, segundo a carne, da descendência de Davi, indica que Jesus era um homem normal, feito de carne e sangue, com a aparência e a semelhança de carne pecaminosa, mas com uma característica especial: sem pecado (Rm 8:3; Hb 2:14; 4:15). Logo, ao morrer na cruz como Filho de Davi, o Senhor o fez por nossa causa, que somos pecadores. Nós é que deveríamos ser julgados pelos nossos pecados, mas Ele nos substituiu.
Uma figura do Antigo Testamento, a serpente de bronze, ilustra o fato de que o Senhor apenas se revestiu da carne pecaminosa, tendo sua semelhança, mas sem pecado. O relato de Números 21:4-9 mostra que no deserto o povo de Israel falou contra Deus e Moisés, a tal ponto que o SENHOR enviou serpentes abrasadoras para puni-lo. Então os israelitas pediram o auxílio de Moisés que, orientado pelo SENHOR, fez uma serpente de bronze e a levantou em uma haste. Essa foi a salvação providenciada pelo SENHOR, pois todo aquele que fora envenenado pela picada das serpentes era curado ao olhar para a serpente de bronze.
De modo semelhante, o pecado e a morte entraram na humanidade (Rm 5:12), mas somos salvos ao crer no Filho do Homem. Ele, como uma serpente de bronze (Jo 3:14), só com a forma, mas sem o veneno, isso é, sem pecado, foi crucificado carregando sobre Si todos os nossos pecados (1 Jo 2:2; 3:5; Is 53:12). Jesus, o Filho de Davi, morreu em nosso lugar para nos livrar da condenação e nos reconciliar com Deus. Em sua morte, Ele recebeu o castigo em nosso lugar. Quanto amor e graça!

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