08 maio, 2012

Reconhecer que a nossa suficiência vem de Deus.

“Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3:5)


Ez 28:12-18; Is 14:12-15; 2 Co 11:14; Ef 1:18


De acordo com o encargo da semana passada, Deus resgatou o homem para Si por meio da obra redentora de Cristo. Assim, o homem foi trazido de volta a Deus e tornou-se apto a cumprir Sua vontade. Em Hebreus 2:5-8 lemos: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; [...] Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés”.

O objetivo de Deus ao criar o homem era levá-lo a governar o mundo e trazer Seu reino à terra. O Senhor tem nos despertado para propagar essa revelação àqueles que não a conhecem. Através desses versículos, percebemos que Deus não entregará aos anjos o governo do mundo vindouro, mas ao homem coroado de glória e de honra. Todavia, para cumprir essa comissão, o homem precisa ser preparado.

Se alguns de nós não temos entendimento acerca dessas coisas, precisamos orar ao Senhor para que ilumine os olhos do nosso coração a fim de sabermos qual é a esperança do nosso chamamento (Ef 1:18). Então seremos renovados em nosso entendimento quanto à comissão de Deus para nós, homens.

Vimos que o mundo de outrora estava sob o governo dos anjos. O capítulo 28 de Ezequiel se refere a Lúcifer e mostra que Deus o ornamentou com muitas pedras preciosas. Estas pedras representam sua capacidade e também os dons concedidos por Deus a fim de que ele governasse a primeira criação (v. 13). Além disso, Lúcifer foi ungido querubim da guarda (v. 14) e era perfeito em todos os seus caminhos (v. 15).

Isaias 14 descreve Lúcifer como a estrela da manhã (v. 12). Embora fosse um anjo de luz perfeito, havia em seu coração uma intenção impura: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (vs. 13-14). O seu interior se encheu de violência, seu coração se elevou e pela multiplicação de suas iniquidades e injustiça de seu comércio profanou o santuário de Deus (Ez 28:16-18).

Essa é uma importante lição para a qual devemos atentar. Nossas habilidades naturais são dons concedidos por Deus. Jamais devemos nos orgulhar, achando que somos autossuficientes. Tudo o que temos e somos, recebemos do Senhor, e a Ele devemos nossa eterna gratidão. Não devemos nos ensoberbecer quando temos sucesso, mas reconhecer que pela graça divina recebemos capacidade e sabedoria. Lúcifer passou a acreditar que sua capacidade provinha de si mesmo, exaltando seu ego, sua capacidade natural e suas opiniões.

Portanto, se Deus nos deu capacidades, não nos deixemos ser tomados pelo orgulho. Se formos influenciados por nossa alma, fatalmente iremos nos orgulhar, ambicionando posição, honras e glória devidas somente ao Senhor.

06 maio, 2012

Deus quer estar conosco.

A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR (Gn 4:26).
Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?
(Dt 4:7)

Gn 2:17-17; 3:6-10, 23-24; 4:26; Is 12; Mt 1:23; 28:20b


Quando entrou no jardim do Éden, para estar com Adão e Eva, “chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?” (Gn 3:9). Isso indica que Deus deseja a presença do homem. Todo dia Ele ia ao jardim do Éden, e Adão sempre estava ali, um na presença do outro. Naquele momento, porém, a pergunta do Senhor revela o sentimento de Deus de ter perdido a presença do homem.

Ao ser expulso do jardim e perder a presença de Deus, Adão perdeu a alegria. Na verdade, ele perdeu tudo o que tinha: o suprimento de alimento, a alegria, a paz e a segurança. Antes, quando estava no jardim do Éden, não havia inimigos, feras ou bestas, porque o jardim era guardado. No jardim ele podia ter paz, mas, ao sair de lá, o inimigo ou as feras poderiam matá-lo a qualquer momento.

Assim também acontece conosco, quando nós saímos do “jardim”, isto é, da presença de Deus, já não temos mais o suprimento de alimento. Ao sentir o impacto da perda, os homens começaram a invocar o nome do Senhor (4:26). Eles perceberam que não lhes restava alternativa a não ser clamar ao SENHOR, e essa prática foi transmitida a outras gerações.

Não pense que só você precisa de Deus; Deus também precisa da sua presença. O nosso Senhor Jesus também recebeu o nome de Emanuel, que quer dizer Deus conosco (Mt 1:23). Deus quer estar conosco. Na pessoa de Jesus, o homem pode ter a presença Deus, e, em Jesus, Deus pode ter a presença do homem. Deus tem alegria na nossa presença, assim como nós nos alegramos em estar na Sua presença.

Isaías 12 nos mostra que podemos nos alegrar tirando água das fontes de águas vivas: “Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação. Direis naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome. Cantai louvores ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti” (vs. 3-6).

De onde vêm essas fontes? Vem de invocar o nome do Senhor. “Oh! Senhor Jesus, eu preciso de Ti, eu preciso do Senhor como meu suprimento. Senhor, seja minha alegria. Ó Senhor, seja minha paz e minha segurança”. Por invocar o nome do Senhor, o homem recuperou tudo o que tinha na Sua presença. Aleluia!

05 maio, 2012

Restaurados à presença de Deus.


Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença (At 2:28). Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo 14:23)

Gn 2:6-9, 15-17; 3:1-24; Rm 5:12

No jardim do Éden, Adão e Eva eram supridos por Deus e podiam alimentar-se de todas as árvores do jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:9, 17). Contudo Satanás queria introduzir no homem a natureza pecaminosa para que este não mais pudesse se alimentar da árvore da vida, que estava no meio do jardim, e, dessa forma, impedir que o homem mantivesse comunhão com Deus. Então a serpente, seduzindo Eva, levou o homem a desobedecer ao SENHOR e comer do fruto da árvore proibida. Como consequência, Adão e Eva foram expulsos do Éden (3:6, 24).
Antes eles não precisavam preocupar-se com o suprimento alimentar, pois recebiam tudo de Deus; daquele momento em diante, porém, teriam de plantar o que comer, conforme o SENHOR disse: “No suor do rosto comerás o teu pão” (v. 19). Sabemos que, se alguém quer que a terra produza algo, tem de derramar suor, pois uma planta não cresce de um dia para o outro. Portanto Adão teria de esforçar-se para obter o próprio alimento.
Deus não desejava que o homem fosse expulso do Éden. Antes, Ele o havia colocado lá para que o homem tivesse Sua presença e Ele tivesse a presença do homem. Contudo, após terem pecado, Adão e Eva se esconderam da presença de Deus, porque se lhes abriu o entendimento e perceberam que estavam nus. Como forma de justificar-se, coseram para si folhas de figueira e fizeram uma cinta, porém tal veste não era duradoura (Gn 3:7-8).
Além de expulsá-los do jardim e fechar-lhes o caminho para a árvore da vida, Deus pôs um querubim para guardar a entrada (vs. 23-24). O querubim representa a glória de Deus, indicando que o homem pecou e carece da glória de Deus (Rm 3:23).
Além disso, havia ainda uma espada flamejante. O fogo que ardia na espada se refere à santidade, enquanto a espada representa a justiça. O capítulo 3 de Êxodo apresenta a questão do fogo relacionado à santidade. Certo dia Moisés estava no deserto apascentando ovelhas quando viu uma sarça ardente que não se consumia. Maravilhado, foi até lá ver o que era. Então o SENHOR lhe falou por meio da sarça e disse que tirasse as sandálias, porque aquele lugar era santo (vs. 1-5). Assim, vemos que o fogo representa a santidade.
A espada é um instrumento usado para lidar com a injustiça. O jardim do Éden era um lugar santo, ali não havia injustiça. Depois de comer do fruto da árvore do conhecimento, no entanto, o pecado, cuja fonte é Satanás, entrou no homem, e sua alma foi despertada. A obra maligna estava feita e o homem havia perdido a comunhão com Deus.
Porém Deus não desiste do homem nem de ter sua presença. Por saber disso, o apóstolo Paulo, no final de uma de suas epístolas, escreveu: “O Senhor seja com todos vós (2 Ts 3:16). De fato, a maioria das pessoas pensa que precisa da presença de Deus, mas poucos sabem que Deus precisa da presença do homem. Deus precisa de nós! Por isso, para manter sempre essa comunhão mútua, devemos invocar a todo instante: “Ó Senhor Jesus!”.

04 maio, 2012

REFLETINDO...

Estamos na vontade de Deus?

"Olhemos para o Senhor Jesus!"

Em 1 Coríntios 3, Paulo diz ser como um "prudente construtor". Se você deseja ser bem preciso, Paulo não está dizendo que ele era o arquiteto, mas sim um mestre de obras. O arquiteto é o próprio Deus, e Ele lança o fundamento. Paulo nos diz que não podemos lançar nenhum outro fundamento a não ser aquele que é Cristo Jesus. Cristo Jesus é o único fundamento, mas depois que o fundamento é lançado, tenha cuidado com aquilo que você edifica sobre ele. Algumas pessoas edificam sobre o fundamento usando ouro, prata e pedras preciosas, e outros edificam sobre ele com madeira, feno e palha. Você percebe a diferença?

Usando madeira, feno e palha, você pode construir uma grande casa. Isso é possível porque não vai custar muito dinheiro. Entretanto, se você quiser construir com ouro, prata e pedras preciosas, quão grande será a casa que você poderá construir? Ela custará muito caro. A madeira representa a natureza do homem. Um homem de pé é como um árvore, e por isso a Bíblia sempre usa a madeira para representar a natureza do homem. O feno nos fala da glória do homem. Em 1 Pedro lemos que toda carne é como erva, e a glória do homem é como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a sua flor, mas a palavra de Deus permanece eternamente. A palha nos fala da obra do homem, porque os homens usavam palha na mistura para fazer tijolos.

Se alguma coisa é obra do homem, se é para a glória do homem ou se o próprio homem que a está fazendo, então você pode fazer algo grande e espetacular. Contudo, espere até que o fogo apareça. Nesse momento, sua obra será provada. Você vai aprender que madeira, feno e palha são os materiais apropriados - como combustível para o fogo. Eles serão totalmente consumidos. Certamente você será salvo, pois o fundamento não pode ser queimado. O fundamento é Cristo. Mas você será salvo por um triz. Contudo, olhe para o ouro, a prata e as pedras preciosas. O ouro é a natureza de Deus; a prata é a redenção de Cristo e as pedras preciosas são a obra do Espírito Santo. Estes materiais são caros. No tribunal de Cristo, você vai notar que o fogo os faz incandescer e manifestar sua glória. O julgamento vai manifestar a glória do ouro, da prata e das pedras preciosas.

Você não acha que precisamos ter nosso conceito corrigido? Estamos sempre buscando algo grande e espetacular e consideramos que isso é sucesso, que é benção de Deus e que Deus tem que estar ali. No entanto, isso não é necessariamente verdade. Ao invés disso, penso que devemos estar preocupados com a seguinte pergunta: estamos na vontade de Deus? A obra na qual estamos envolvidos é parte do desenvolvimento da obra de Deus rumo à concretização de Seu propósito? Se for assim, então Deus reconhece essa obra como Sua e isso é tudo que importa.

Recebi uma carta de um irmão tempo atrás, na qual ele me dava duas notícias. Uma delas falava de algo que estava acontecendo na Coréia. Você provavelmente sabe a respeito disso. Há uma igreja lá que é a maior igreja do mundo, com um milhão de membros. Aquele irmão estava maravilhado com isso. Ele pensava que aquilo era algo fantástico. Deus tinha que estar abençoando aquela obra. Então ele passou para a segunda notícia, na qual contava sobre outro grupo no mesmo local cujo número de integrantes estava diminuindo, e isso o decepcionava muito. Segundo nossa natureza humana, nós sempre julgamos as coisas pela aparência externa. Contudo, esperemos e vejamos como Deus vê.

Isso não quer dizer que Deus não possa estar presente em algo que seja grande. Não estou afirmando tal coisa. Entretanto, a verdade é que a satisfação divina não está relacionada a ser grande ou pequeno. Isso não importa. Não olhe para isso, não avalie através desse critério, mas veja como Deus vê, fazendo a seguinte pergunta: isso é a vontade de Deus? Será que você está alinhado com o trabalho de Deus rumo a seu propósito? Isso é o que importa. Este é o primeiro princípio e eu penso que precisamos aplicar este princípio vez após vez.



Nosso Senhor triunfou aos olhos do Pai
Olhe para o Senhor Jesus. Quando o Senhor nasceu, os magos, os reis do oriente viram a estrela. Eles vieram para adorar o Rei que havia nascido. Para que lugar se dirigiram? Eles foram à Jerusalém. Naturalmente, eles pensaram que o Rei só poderia ter nascido na capital, Jerusalém. Eles não sabiam que o Rei havia nascido em Belém.
Quando o Senhor Jesus estava na terra, Ele foi à Jerusalém muitas e muitas vezes, mas não ficava lá. Você sabe onde Ele ficava? No pequeno vilarejo de Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro. Pense sobre isso: Quando o Senhor Jesus estava pregando e grandes multidões o seguiam, o que ele fazia? Ele se voltava para seus ouvintes e os desafiava, dizendo: "Se alguém quer ser meu discípulo, tem que amar-me mais do que pai, mãe, irmão, irmã, esposa, filhos e sua própria vida; de outro modo você não pode ser meu discípulo". Acaso isso não parece absurdo? Tantas pessoas seguindo ao Senhor, e Ele as desafia com tais palavras. Não é de se admirar que as pessoas achassem muito duras as palavras que Ele dizia. Quem pode ouvir tais palavras? Até mesmo muitos dos seus discípulos o abandonaram. Isso porventura perturbou o Senhor Jesus? Ele voltou-se para os doze que havia escolhido e disse: "Vocês também querem ir? Sintam-se à vontade para fazê-lo". Graças a Deus, Pedro disse: "Senhor, tu tens as palavras da vida eterna. Nós sabemos que tu és Cristo. Para onde iremos"? Mais tarde, na última ceia, durante a Páscoa, quando o Senhor reuniu os doze, um deles o traiu. Ao pé da cruz, somente João estava presente, acompanhado de algumas mulheres.

Se julgarmos pelas aparências externas, certamente nosso Senhor foi um fracasso. Contudo, será verdade que Ele foi um fracasso? Aos olhos de Deus, Ele foi um sucesso. Na cruz, Ele não apenas derramou o seu sangue para remissão de nossos pecados, mas Ele também tomou a velha criação com Ele e a crucificou. Ele pregou as ordenanças da lei e tudo o que nos acusava naquela cruz e nos libertou. Além disso, na cruz Ele desbaratou seus inimigos - satanás e os poderes das trevas. Ele os derrotou e fez deles um espetáculo público. Sua obra foi um sucesso.

Irmãos, olhemos para a história da igreja. Certa vez o Senhor apareceu para quinhentas pessoas. Pense nisso: o Senhor trabalhou por três anos e meio e após sua ressurreição, o maior número de pessoas reunidas ao qual Ele aparece é de quinhentos. Não parece trágico? Naquela ocasião, Ele disse aos quinhentos que retornassem a Jerusalém e esperassem lá até receberem poder do alto. Após isso, o Senhor disse que eles poderiam ser suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia, Samaria e até os confins da terra. Contudo, somente cento e vinte ouviram ao Senhor. eles viram a ascensão do Senhor, contudo muitos não creram nele e não o obedeceram. Somente cento e vinte permaneceram naquele cenáculo por dez dias, orando em unanimidade. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio e eles foram batizados em um Espírito num só corpo. Este foi o começo da igreja.

É verdade que foi de três mil o acréscimo naquele único dia. É também verdade que, num período de trinta anos, o evangelho foi pregado até os confins da terra. Quando lemos o capítulo 28 de Atos, encontramos Paulo em Roma, numa casa que alugara, e sabemos que Roma era o fim do mundo conhecido na época. Entretanto, você sabe que mesmo antes do fim do primeiro século a decadência já tinha começado na igreja? Nesse momento, a heresia e a corrupção estavam penetrando nela. Temos as sete cartas escritas pelo apóstolo João, ou melhor, pelo Senhor ressurreto, através do apóstolo João, às sete igrejas da Ásia (Ap 2 e 3). O que encontramos nessas cartas? Exceto por uma igreja (a igreja de Filadélfia), o testemunho de Jesus não estava sendo mantido.

Depois que o imperador Constantino aceitou o cristianismo, ocorreu uma mudança importante: o cristianismo inchou e tornou-se muito grande e poderoso. Se lermos o capítulo 13 de Mateus, ali encontramos um grão de mostarda que representa a fé. Nossa fé é como uma semente de mostarda: como há vida nela, haverá crescimento. Quando ela cresce, torna-se um arbusto, uma planta humilde. Este é o projeto e propósito determinado por Deus para nós individualmente e para a igreja.

Entretanto, vemos na parábola que o grão de mostarda cresceu a ponto de tornar-se uma grande árvore: tornou-se algo anormal. Então as aves vieram a aninharam-se nessa árvore. A primeira e básica parábola de Mateus 13 nos ensina que as "aves" dizem respeito ao maligno. O propósito de Deus deveria manter a igreja humilde como uma planta: viva, mas humilde. Todavia, você descobre que o homem surge em cena e opera de forma a inflar a igreja, tornando-a anormalmente grande. Nós queremos uma instituição grande e forte; contudo, ela se torna um ninho para os filhos do maligno. Todo tipo de corrupção entra nela. Em Mateus, esta parábola é seguida por outra que apresenta três medidas de farinha misturada com fermento. O fermento sempre nos fala de conduta corrupta ou doutrina corrupta. A medida de farinha deveria ser uma oferta de manjares a Deus, mas agora está toda levedada. Ela satisfaz o gosto do homem, mas não pode mais ser oferecida a Deus. É isso que o cristianismo é hoje em dia: algo grande.


Fonte: Extraído do livro "O Dia das Pequenas Coisas" do irmão Stephen Kaung

A experiência do verdadeiro arrependimento.


Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação (2 Co 7:9-10a)

1 Co 5:1-5; 2 Co 7:5-16; Cl 3:15a

O que significa ter um arrependimento verdadeiro? Podemos ver em Segunda Coríntios a conclusão de um episódio que ilustra essa questão. Paulo ouviu falar de um irmão da igreja em Corinto que estava cometendo adultério com a mulher de seu pai, sua madrasta. Ao saber disso, o apóstolo ficou muito irado e ainda entristeceu-se muito ao ver que os presbíteros, irmãos responsáveis da igreja em Corinto, não trataram adequadamente essa questão (1 Co 5:1-2).

Ele, então, decidiu tomar uma atitude. Foi como se dissesse: “Se vocês não tratam disso, eu vou tratar”. E a maneira de Paulo fazê-lo foi entregando o pecador a Satanás (v. 5). Ser entregue a Satanás é como ser lançado no lago de fogo. Mas foi isso que ele determinou e escreveu em sua primeira epístola aos coríntios.

No entanto, depois que escreveu a carta e Tito partiu para entregá-la, Paulo não teve mais paz, pois, no espírito, percebera que havia exagerado no castigo, sem ao menos dar uma chance ao pecador. Como a viagem era longa, pois Tito partira da Ásia para ir até Corinto, na Europa, demoraria cerca de dez dias para que chegasse a seu destino. Sem notícias e preocupado com a repercussão de suas palavras, Paulo decidiu ir ao encontro de Tito para saber qual foi a reação dos irmãos.

Então ele seguiu o mesmo itinerário de Tito e foi até o extremo da Ásia. Quando atravessou o mar Egeu, chegou a Filipos, a primeira cidade da Europa, e ali se encontrou com Tito. Quando o viu, Paulo ficou muito alegre e se regozijou com a notícia de que todos haviam se arrependido. Os próprios presbíteros reconheceram que não trataram bem a situação e aquele que pecou ficou mais triste ainda, por causa da carta, e se arrependeu. Se há arrependimento, há o perdão. Louvado seja o Senhor!

O arrependimento não deve ser algo leviano, superficial, mas tem de ser profundo e real. Em Segunda Coríntios 7 vemos o desfecho da situação: “Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto” (vs. 9-11).

Nessa experiência, além do arrependimento da igreja em Corinto, vemos o mesmo arrependimento genuíno em Paulo. Ele primeiro se arrependeu, logo ao enviar a carta; depois os presbíteros se arrependeram, e, por fim, o pecador também se arrependeu. Louvado seja o Senhor. Depois de sermos iluminados, nós confessamos nossos pecados, nos arrependemos e obtemos o perdão de Deus. Que todos experimentem o arrependimento genuíno!

02 maio, 2012

Os oito passos do evangelho da graça.

Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6:11)




Rm 3:23-24



Segundo a Palavra de Deus, podemos dizer que o evangelho da graça inclui oito passos, oito etapas. A maior parte dessas etapas, que tratam da nossa experiência de salvação, está descrita em Romanos.
O primeiro passo diz respeito a sermos iluminados. Antes, nós vivíamos nas trevas, pecávamos e não sabíamos. Quando a luz do Senhor nos alcançou, nós percebemos que estávamos nas trevas e conseguimos ver nossos pecados. Aleluia! Por meio da luz, o pecado é exposto, então podemos ver com clareza aquilo que não víamos antes (At 26:18).
O segundo passo é confessar os pecados. Debaixo da luz do Senhor, vemos nossa condição e podemos declarar: “Senhor, obrigado! Eu não sabia que eu era um pecador. Agora que o Senhor me iluminou, posso ver que sou pecador, posso ver a minha situação, tantos pecados em mim” (cf. Rm 3:23). Quando confessamos, temos Seu perdão.
O terceiro passo é, então, o arrependimento. Uma vez confessados os pecados cometidos outrora, nossa atitude deve ser arrepender-nos (2:4). Depois do arrependimento, nós tomamos o sangue de Jesus que “nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7b). Todo registro dos pecados cometidos antes de crermos em Jesus é cancelado.
Uma vez purificados, somos justificados “gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24), isto é, tornamo-nos justos diante de Deus, pois estamos de acordo com Sua justiça. Por sermos justificados, já não somos mais pecadores, nós somos santificados (1 Co 6:11). Aleluia! Por causa disso, podemos agora estar reconciliados com Deus e ser regenerados, ganhar a vida divina.
Os últimos passos, portanto, são: purificação, justificação, santificação, reconciliação e vida. Assim, vemos que o evangelho da graça começa com a iluminação de nossa condição como pecadores e termina na regeneração, quando ganhamos uma nova vida. Embora esses passos pareçam descrever uma caminhada, podemos experimentar todos eles de uma só vez quando invocamos o nome do Senhor! Aleluia! Você quer ter essa experiência? Então invoque e seja salvo: Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! Amém!




Pela graça somos salvos!

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus        (2 Co 5:21). Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus (Ef 2:8)


Sl 22:6-9, 12-18; Rm 5:1, 17-18; Gl 1:3-4a



O Senhor Jesus foi crucificado para nos salvar dos nossos pecados. A Palavra afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23). Portanto, uma vez que somos pecadores, cometemos pecados, nós deveríamos morrer, mas foi o Senhor que recebeu o castigo em nosso lugar e cumpriu as justas exigências de Deus por nós (2 Co 5:14, 21).
Sua morte foi extremamente dolorosa. Ele foi pendurado no madeiro, fixado na cruz com cravos nas mãos e nos pés, e ainda Lhe puseram uma coroa de espinhos na cabeça. No auge de Sua dor, quando não mais podia aguentar tanto sofrimento, disse: “Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19:28b-30).
O Senhor sofreu por nossa causa. Por isso, quando nos referimos à Sua morte redentora, jamais deveríamos falar de maneira leviana. Na verdade, devemos lembrar que nós é que deveríamos sofrer ali, na cruz, porque nós temos pecados, e não o Senhor! Mas Ele, por Sua infinita misericórdia, pagou alto preço por nós. Esvaziando-Se, Ele se humilhou, como servo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2:7-8). Todo esse sofrimento, Ele passou por nos amar.
Louvado seja o Senhor! Quanta graça! Por isso nós falamos do evangelho da graça. Por Sua graça o Senhor Jesus morreu por nós, derramou Seu sangue, nos purificou de todos os pecados e nos salvou (Ef 2:8).
Sabemos que, sem derramamento de sangue, não há perdão de pecados (Hb 9:22). Por nos amar, Ele morreu derramando Seu sangue para nos justificar diante de Deus Pai (Rm 6:23; 5:9). Quanto a nós, ao ouvir o evangelho, cremos em Sua morte redentora e fomos justificados pela fé. Recebemos Jesus como nosso Salvador e, por meio Dele, somos salvos, recebemos o perdão dos nossos pecados, nos reconciliamos e temos paz com Deus.
Esse evangelho, essas boas-novas da graça de Deus, já chegou a nós, e nós o recebemos. Agora já nenhuma condenação pesa sobre nós, que estamos em Cristo (Rm 8:1). Mesmo que eventualmente ainda pequemos, temos a eficácia do sangue derramado pelo Senhor que, uma vez por todas, resolveu o problema dos nossos pecados perante Deus (1 Jo 2:1-2). Louvado seja o Senhor!

01 maio, 2012

O conceito de pecado segundo a cultura divina.

Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus (Mt 5:20)




Sl 51:10, 17; Mt 5:17-18, 21-32; Jo 16:8-9; Rm 5:12; 6:6, 12



A cultura chinesa ensina que o pecado provém de quatro erros: não ser leal, não honrar, não ser fiel, não ser justo. Se você transgride um desses itens, está cometendo pecado. Mas esse é o conceito chinês, baseado nos ensinamentos de Confúcio, embora em parte se assemelhe aos mandamentos do povo de Deus.
Segundo os ensinamentos do Senhor Jesus, a questão do pecado é mais abrangente e profunda, mais até do que os Dez Mandamentos. Para pecarmos, não é preciso agir, fazer alguma coisa errada, basta termos uma atitude incorreta em nosso coração (Mt 15:19). Mesmo que o ato não seja consumado, se você não está satisfeito com Deus, está cometendo um pecado, pois não está sendo leal para com Ele.
Segundo o costume dos chineses, não honrar os pais é algo muito sério. Enquanto os pais comem, os filhos ficam ao lado para servi-los. Somente quando os pais terminam é que os filhos sentam-se à mesa para fazer sua refeição. Para com o cônjuge, a questão da fidelidade é igualmente séria. Pela tradição chinesa não se deve ter ninguém fora do casamento.
Nós, cristãos, sabemos que o adultério é um pecado. No Novo Testamento, porém, o Senhor Jesus falou algo bem mais rígido: se você apenas olhar com intenção impura, já estará adulterando (5:28). A questão do pecado é, portanto, uma coisa muito mais séria do que podemos julgar. Se pensamos que a cultura chinesa já é rígida, por pregar a lealdade, a honra, a fidelidade e a justiça incondicionalmente, conceitos elevados para o padrão humano, vemos que a cultura divina é ainda mais elevada.
O pecado, segundo a Palavra de Deus, não se resume a esses quatro aspectos do ensinamento chinês, mas se estende a qualquer coisa que não esteja de acordo com Deus, por menor que seja.
Muitos pensam assim: “Ah, eu não matei, então não tenho pecado. Nunca roubei dinheiro dos outros, então não tenho pecado”. Todavia, segundo o que o Senhor disse, se odiamos, já estamos matando (Mt 5:21-22). Você não odiou alguma vez? Então, de acordo com o Senhor, você já matou. Por isso, quando Ele fala do pecado, diz respeito a algo mais sério do que nós imaginamos. Que o Senhor limpe nosso coração a fim de não pecarmos contra Ele! Ó Senhor Jesus!

O cumprimento da lei é o amor.

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor  (1 Jo 4:7-8)




Êx 20:2-17; Mt 22:36-40; 1 Pe 1:22; 4:8; 1 Jo 1:7-10; 2:3-6, 10



Na semana anterior, vimos que o evangelho de Deus possui duas etapas, ou dois aspectos: o evangelho da graça e o evangelho do reino (Rm 1:3-4). Contudo a maioria dos cristãos conhece somente o evangelho da graça, que diz respeito à obra realizada pelo Senhor Jesus para nos salvar. Além disso, muitos ainda acreditam que o pecado refere-se apenas a atos como mentir e adulterar e não consideram um pecado desobedecer à Palavra de Deus ou agir segundo a vida da alma. Na verdade todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:23).
Em chinês, a palavra “pecado” está dividida em duas partes, sendo que a primeira representa o algarismo 4, e a segunda diz respeito ao errado. No conceito chinês, portanto, segundo o ensinamento de Confúcio, pecado é errar em quatro coisas: lealdade – para com Deus e o rei; honra – aos pais, como no quinto mandamento de Deus; pureza – para com a esposa, isto é, a fidelidade no casamento; e justiça – para com os amigos, ou seja, a credibilidade, a fidelidade.
Pelo ensinamento chinês, então, se você não pratica esses quatro aspectos, ou não guarda um deles, está pecando. Para nós, porém, que cremos no Senhor, essa percepção de pecado precisa ser mais ampla.
Sabemos que os Dez Mandamentos foram dispostos em duas tábuas de pedra contendo cinco mandamentos em cada uma. Os primeiros cinco mandamentos estão relacionados a Deus e a amá-Lo (Êx 20:3-12), conforme vemos: “Eu sou o SENHOR, teu Deus. [...] Não terás outros deuses diante de mim” (vs. 2a-3). Este é o primeiro mandamento. Já os cinco últimos, que também se relacionam com o amor, dizem respeito a amar os homens (vs. 13-17). Então, segundo o Senhor Jesus, os Dez Mandamentos, na verdade, podem resumir-se somente em dois: primeiro, amar a Deus; segundo, amar os homens (Mt 22:37-39).
O mandamento de honrar os pais está na primeira tábua, onde também estão os mandamentos relacionados a Deus. Logo esse mandamento diz respeito, na verdade, a nosso Pai celestial, pois nossos pais são nossa origem, nossa procedência, e Deus é a origem, a fonte do homem. Por isso, honrar os pais, amar os pais, de acordo com Senhor Jesus, está relacionado a amar a Deus. Como resultado de amarmos a Deus e amarmos as pessoas alcançamos também a fidelidade e a justiça, pois, se amamos, somos fiéis e não praticamos injustiça. Louvado seja o Senhor!

29 abril, 2012

O Senhor precisa de nós.

Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele (Lc 19:30-31)

Gn 49:12; Mt 21:3, 7; Ef 4:23; 5:18

O evangelho de Deus são as boas-novas de Deus para nós. Ele não só apresenta a graça de Deus, isto é, aquilo que o Senhor Jesus fez por nós na cruz, morrendo em nosso lugar. Ele também traz aquilo que precisa ser feito em nós para podermos reinar com Cristo no mundo que há de vir. O evangelho de Deus é completo; por meio dele somos salvos em nosso espírito, mas também transformados em nossa alma. Por fim, essa salvação resultará na vinda do Rei do reino dos céus.

Como temos visto, se negarmos a nós mesmos, teremos grande utilidade para Deus. Ele precisa de nós. Ao entrar em Jerusalém o Senhor não o fez sozinho. O Rei de Israel e do reino dos céus entrou na cidade montado em um jumentinho. Essa figura do jumentinho que carrega o Senhor ilustra cada um de nós (Mt 21:3, 7). Conforme nossa alma é transformada pela vida divina, nos tornamos obedientes ao Senhor e podemos levá-Lo aonde Ele nos enviar.

Quanto mais desfrutamos do Espírito, mais nos alimentamos da vida de Deus. Assim, nossa natureza é mudada para sermos verdadeiramente úteis a Ele. À medida que nos enchemos do Espírito, deixamos de ser teimosos ou resistentes em mudar de opinião, nos tornando flexíveis e submissos à vontade Daquele que nos governa. Esse “metabolismo espiritual” pode ser comparado ao processo por que passam as células do nosso corpo, que num período de sete anos são totalmente substituídas por células novas. Precisamos nos esvaziar de nossos conceitos antigos e permitir que o Espírito renove nossa mente (Ef 4:23).

O sinal que evidencia estarmos cheios do Espírito é termos “os olhos cintilantes de vinho” (Gn 49:12). Quando nos enchemos do Espírito, a vida divina toma conta de nós a tal ponto que ficamos embriagados de alegria (Ef 5:18). Essa alegria nos dá disposição para nos consagrarmos mais ao Senhor a fim de fazermos Sua vontade. Nessa condição, o Senhor pode nos utilizar em Seu propósito.

Graças a Deus! Pelo evangelho de Deus, o pecador não somente se torna justo, como também uma pessoa obstinada e cheia de opiniões provenientes do ego é transformada em alguém simples, alegre e pronto para servir o Senhor. Que essa seja a experiência de cada um de nós, para apressarmos a vinda do Senhor!

28 abril, 2012

REFLETINDO...

Deus e os ídolos

Que é um ídolo? Qualquer coisa que queiramos que seja e faça o que Deus é e faz e não é Deus. Também é qualquer coisa ou pessoa a quem confiamos nossa vida e que não seja o único Deus.

Em que forma se apresentam? Os ídolos têm as mais diversas formas, nem todas físicas. Muitos ídolos estão apenas em nosso coração e só nós os conhecemos.

Qual a função dos ídolos? Substituir a Deus. Eles se propõem a ser como Deus, a ocupar o lugar de Deus em nosso coração até, por fim, destroná-Lo. Eles sempre se apresentam como a solução mais fácil para nossas dificuldades e, por isso, facilmente nos envolvemos mais e mais com eles.

Qual o resultado de estarmos envolvidos com ídolos? Quanto mais nos envolvemos com eles, mais nosso coração será atraído por eles, e menos amaremos o Senhor. Quanto mais envolvidos com ídolos, mais afastados de Deus estamos. Além disso, ficamos mudos e não sabemos falar com Deus, que é um Deus vivo e que é a própria Palavra (cf. 1 Co 12:1-3).

Que Deus pensa dos ídolos? Deus os abomina e não admite dividir lugar em nós com eles. Por isso, Deus quer limpar-nos totalmente deles.

Quantos ídolos você tem? Somente sob a luz do Senhor você poderá responder.

Que fazer com eles? Peça ao Senhor que o supra com graça para que você possa livrar-se de todos eles .

Fonte: Alimento Diário – Jeremias 6 a 17

Ceder espaço para a vida de Deus.

Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus (Fp 1:6)

Mt 24:45-47; Lc 19:16-19; 1 Jo 1:9; 2 Pe 1:11


É possível que, mesmo após nos tornarmos filhos de Deus, ainda nos deparemos com situações de pecado, pois vivemos num mundo maligno e influenciado pelo Seu inimigo. Caso pequemos, podemos confessar o pecado ao Senhor Jesus, pedir-Lhe perdão e orar para que nos purifique com Seu sangue. Não nos esqueçamos de que Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1:9).

Na segunda etapa do evangelho, o problema dos pecados já foi solucionado. A partir de então, negamos a vida da alma permitindo que a vida de Deus venha nos governar mais e mais, até que prevaleça por completo. Quanto mais a negarmos, mais da vida divina teremos em nós.

Além disso, o viver da igreja nos prepara para governar o mundo que há de vir. Quanto mais consistente for o nosso crescimento na vida divina, maior será a função e a posição destinadas a nós no reino. De igual modo, quanto mais experiência adquirimos no serviço e na obra do Senhor, maior será nossa responsabilidade no reino vindouro (Mt 24:45-47; Lc 19:16-19).

No período em que vivemos a era da igreja, temos diversas oportunidades de negar o ego, abrindo mão das opiniões provenientes da vida da alma. Além disso, a igreja é a época propícia para nos esvaziar e permitir que o Senhor retire de nós tudo aquilo que O desagrada.

Quando estamos cheios de conceitos antigos e opiniões centradas em nós mesmos, Deus não tem espaço para nos preencher com Sua vida. Ele quer Se acrescentar a nós, mas não Lhe damos espaço porque já estamos ocupados. Todavia, se nos esvaziarmos um pouquinho mais, uma pequena parte da vida da alma será lançada fora para dar lugar à vida de Deus. Aos poucos, vamos tirando o lugar da vida da alma e preenchendo o espaço por ela desocupado com a vida divina. Esse processo é o que podemos chamar de vida da igreja. Quanto mais preenchidos com a vida de Deus, menos problemas teremos.

Somos gratos ao Senhor porque, mediante a primeira etapa do evangelho de Deus, o problema do pecado foi resolvido e nos tornamos justos diante Dele. Agora, resta cumprir a segunda etapa, que é negarmos a vida da alma para seguir o Senhor. Dessa forma, poderemos herdar o reino dos céus. Negar a vida da alma nos proporciona as chaves do reino dos céus. Por fim, tendo nossa entrada no reino suprida, poderemos cooperar com o Senhor no governo do mundo vindouro (2 Pe 1:11).

27 abril, 2012

REFLETINDO

A verdadeira natureza do homem

As ações terríveis que as pessoas cometem não são meros deslizes; há algo corrupto na natureza do homem que origina tais ações. Nesse aspecto, o que é válido no caso de um ser humano o é para todos: todos temos a natureza pecaminosa. Nossa natureza pecaminosa é, na realidade, nosso verdadeiro problema; nossas ações pecaminosas são os sintomas. Necessitamos ser salvos não só de nossos feitos pecaminosos senão também de nossa natureza pecaminosa, que gera nossos pecados.

No Evangelho de João, Cristo é apresentado como Aquele que nos salva de nossa natureza caída. 0 Senhor Jesus disse: "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o filho do homem seja levantado, para que todo aquele que Nele crê tenha vida eterna" (João 3:14-15). Aqui o Senhor faz referência a um evento do Antigo Testamento no qual Israel pecou contra Deus. Nesse momento, Deus enviou serpentes, e estas morderam o povo, e muitos morreram. Logo Deus pediu a Moisés, que levantasse uma serpente de bronze numa haste, para que, quando as pessoas olhassem a serpente, vivessem (Números 21:4-9). Isto tipifica Cristo, o Salvador. Hoje estamos "envenenados" pela natureza da serpente; aos olhos de Deus não somos mais que serpentes. A verdadeira raiz do problema não está no que fazemos e sim no que nós somos. A despeito de quão gentil seja, você tem uma natureza serpentina dentro de si. Você foi envenenado. Envenenado em Adão. Quando ele foi envenenado pela serpente, você estava lá. Você nasceu daquela natureza envenenada; portanto, sua natureza é serpentina. Essa e a razão por que Cristo precisa ser levantado na haste, isto é, na cruz. Cristo, assim como a serpente de bronze no deserto, não tinha o elemento da serpente como nós temos. O apóstolo Paulo disse que Cristo veio em "semelhança de carne do pecado" (Romanos 8:3); isto é, Ele era um homem autêntico mas sem pecado (2 Coríntios 5:21; Hebreus 4:15). Quando O olhamos e cremos Nele e em Sua obra redentora, vivemos; ou seja, temos a vida eterna. Cristo é o Salvador que nos salva da natureza pecaminosa que está em nós e nos vivifica com Sua vida divina.

Se você deseja ser liberto dessa natureza pecaminosa que o leva a pecar mesmo que você não queira, ter seus pecados perdoados e receber a vida eterna, faça esta oração:

"Senhor, quero confessar diante de Ti meus pecados; eles são muitos e Tu o sabes. Não somente sinto que sou pecador, sinto também que pouco a pouco estou morrendo. Senhor, ergo meus olhos, agora, para Te contemplar. Quero receber a Ti e a Tua salvação. Obrigado por teres morrido para poder dar-me a vida. Amém!"

Fonte: Jornal Árvore da Vida

A causa e solução dos problemas.



A presença de Deus na vida de um casal não pode ser algo temporário, apenas por um momento, apenas enquanto se está nas reuniões ou quando a Bíblia está sendo lida.

Um casal passar por problemas não é algo estranho. Acreditamos que não há nenhum casal que não tenha enfrentado momentos difíceis, que não tenha experimentado algum tipo de dissabor ou atrito. Mesmo assim muitos casais se desesperam. Quando os problemas saem de uma esfera
menor de gravidade para patamares mais perigosos, isto é, em que o próprio casamento fica comprometido, aqueles que consideram e honram o casamento fazem qualquer coisa para resolver a situação. Alguns buscam aconselhar-se com amigos, outros lêem livros de auto-ajuda e, ainda outros buscam acessória com psicólogos e psicoterapeutas.

Há algo que os casais precisam perceber: que buscar uma solução para os problemas não é verdadeiramente a saída. Resolver problemas conjugais pode ser assemelhado com a atitude da mãe em dar remédio para baixar a febre do filho. De que adianta a febre ir embora e a causa da febre permanecer? Toda mãe deveria perguntar: “Porque meu filho teve febre? Os casais devem preocupar-se mais em saber a origem dos problemas do que procurar resolver os problemas em si.

É bem provável que muitos casais continuarão a passar por problemas até a volta do Senhor. Os problemas na vida conjugal nos auxiliam a ver que somos frágeis e necessitados. Melhor do que fazer careação para saber quem está certo ou quem está errado, é buscar a Deus com o mesmo desespero que corça busca a correte das águas (Salmo 42:1).

Nosso verdadeiro problema não são as coisas que nos afligem: brigas, desentendimento e falta de harmonia. Nosso problema é outro: é a falta da presença de Deus. Todos os problemas conjugais desaparecem quando nosso lar se torna a morada de Deus e o casal vive em Sua constante presença.

“Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos” (Salmo 43:3).

O crescimento de vida e a preparação para o reino.

Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 1:23).
Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação (2:2)

João 3:5-7; 19:34; Rm1:4; 1 Jo 3:9

Graças a Deus, Ele não desistiu de nós! Por meio da obra do Senhor, o problema dos pecados foi resolvido, a justiça de Deus foi satisfeita e nós fomos poupados da morte. Portanto, na primeira etapa do evangelho, fomos salvos pela graça.
Em João 19:34 vemos que, após a morte do Senhor, Ele foi ferido. Nessa ocasião, não fluiu apenas sangue do seu lado, mas também água. Essa água representa a vida de Deus. Isso indica que, após sermos purificados pelo sangue, estamos qualificados a receber a vida de Deus. Receber a vida de Deus é nascer de novo.

Quando nascemos de novo, a semente da vida incorruptível de Deus é plantada em nosso espírito (1 Pe 1:23; 1 Jo 3:9). Ao germinar, essa semente ainda se encontra em um estágio inicial. É como se fosse um pequeno embrião implantado no útero de uma gestante. O embrião se desenvolve no ventre materno porque é suprido pelo organismo da mãe. Aos poucos, ele se torna um feto em formação e, ao final da gestação, já está completamente formado e preparado para nascer.

Após o nascimento, o bebê ainda precisa ser alimentado com o leite materno. Com o passar dos meses, recebe outros alimentos, até que ganha dentição, aprende a falar e a andar. Logo, a criança já cresceu e precisa ser alfabetizada em uma escola. Assim é a vida humana.

O mesmo ocorre quando recebemos a vida de Deus. Por meio do evangelho da graça, nossos pecados são perdoados e assumimos uma posição inicial ao receber a vida de Deus, nascendo de novo. Na igreja somos alimentados e supridos com o leite genuíno da Palavra de Deus (1 Pe 2:2). Aos poucos, a vida divina se desenvolve e, pelo exercício dos dons, recebemos mais graça. Conforme vamos crescendo, passamos a ser úteis para Deus, servindo à igreja e assumindo responsabilidades. Tudo isso faz parte da nossa preparação para o reino.

Por isso a segunda etapa do evangelho tem por objetivo a transformação da nossa alma pelo crescimento da vida de Deus. Em Romanos 1:4 lemos que Jesus Cristo, nosso Senhor, “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos”.

A partir do momento em que somos salvos, nos tornamos filhos de Deus por meio do novo nascimento. Recebemos uma nova vida, que é um requisito para a entrada no reino de Deus (Jo 3:5-7). Agora essa vida precisa crescer e amadurecer. Por isso o Senhor nos deu a igreja, onde temos um ambiente favorável ao crescimento e amadurecimento da vida divina. Graças a Deus!

26 abril, 2012

REFLETINDO


A Salvação não é a fé com as obras


A compreensão mais freqüente da condição da salvação é que a salvação é pela fé e também pelas obras. Salvação pela fé é uma doutrina da Bíblia, e o homem não pode argumentar contra ela (Ef 2:8). Contudo, o homem diz que ela é também pelas obras. Consideremos agora o que a Bíblia diz sobre isso. Freqüentemente somos brandos e complacentes em nosso falar, mas a Bíblia não é branda no seu falar. Ela é muito precisa. Efésios 2:8 e 9 dizem: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie". Aqui ela nos diz que a salvação é absolutamente pela graça e mediante a fé. A palavra mediante significa atravessar. É como dizer que a luz elétrica brilha pela eletricidade e mediante o fio condutor. É também como dizer que a água da torneira vem do reservatório no departamento de águas e mediante os encanamentos. O homem é salvo pela graça, mas o canal mediante o qual a salvação vem a nós é a fé. O canal não são as obras, mas a fé. É mediante a fé e nada tem a ver com as obras. Não é adicionar a fé às obras. É preciso saber que a fé e as obras são basicamente opostas entre si. A graça do Senhor Jesus é baseada no amor de Deus. Quando cremos, a graça e o amor fluem para dentro de nós. Como resultado, somos salvos, temos vida, e somos justificados. Nada disso é transmitido a nós por meio das obras. 

Livro: “O Evangelho de Deus” - Watchman Nee

Servir a Deus no espírito.

Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8:6-8). 
Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho (1:9a)




Gn 4:3-5; Mt 16:24; Rm 8:6; Hb 2:5



A encarnação do Senhor Jesus e Sua morte redentora na cruz fazem parte do arranjo providencial de Deus para o homem. Conforme a justiça de Deus, não há remissão de pecados sem o derramamento de sangue (Hb 9:22). Assim, quando o pecado foi inserido na humanidade, todos os homens deveriam morrer para que a justiça de Deus fosse cumprida.
O homem tem uma grande utilidade para Deus. O homem morto, porém, não é útil para o Seu propósito. De acordo com a revelação que temos recebido, Deus criou o homem com um propósito específico. Por isso Ele o poupou pela redenção, a fim de regenerá-lo e fazer dele um cooperador no governo do reino vindouro.
Deus tem para o homem uma grande comissão. O propósito para o qual foi criado é estabelecer o reino dos céus na terra. Em Hebreus 2:5 vemos que Deus não entregará o mundo que há de vir a anjos, mas a homens. O inimigo de Deus tem se levantado contra esse propósito, mas Deus não desiste de Seus filhos.
Vemos em Gênesis que Deus havia entregado o governo da terra ao homem criado, que foi colocado no jardim do Éden para comer da árvore da vida. O homem, porém, foi iludido pela astúcia do inimigo de Deus e comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Dessa forma, a natureza maligna se inseriu na alma humana, passando a expressar-se não apenas nas más atitudes do homem, mas também nas boas. Por isso a alma do homem se tornou independente de Deus, sendo assim facilmente utilizada por Satanás tanto naquilo que se inclina para o bem como para o mal.
É certo que a parte má da vida da alma leva o homem a pecar. Por isso não é difícil perceber que nossas ações más precisam ser eliminadas. Por outro lado, há a parte boa da vida da alma, e esta facilmente nos engana. Essa parte boa inclui até mesmo o serviço a Deus. Mas esse serviço, por ter origem na alma caída, não é aceitável a Ele (Rm 8:6, 8).
Foi o que aconteceu com o filho mais velho de Adão, Caim. Depois que Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden, eles geraram a Caim, que tentou servir a Deus com seus próprios métodos. Ele lavrou a terra com esforço e labor. Depois de uns tempos, trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR, pensando que com isso poderia agradar a Deus. Ele, porém, não se agradou de Caim, porque sua oferta teve origem na vida da alma (Gn 4:3-5). Vemos, assim, a importância de negarmos a vida da alma, principalmente no serviço a Deus.
Satanás tem mantido seu domínio sobre os filhos de Deus que preservam a vida da alma e se recusam a obedecer à Palavra do Senhor. Que o Senhor tenha misericórdia e mostre a Seus filhos a necessidade de negar a vida da alma, para que O sirvam no espírito, com um coração singelo (Mt 16:24; Rm 1:9).

24 abril, 2012

Jesus, como Filho de Davi, recebeu o castigo de Deus em nosso lugar.

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.                 (2 Co 5:21)

Is 53:5; Jr 31:34b; Mt 26:28; Rm 6:8

O Senhor Jesus, segundo a carne, veio da descendência de Davi (Rm 1:3). Como sabemos, Jesus foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. A narrativa do Seu nascimento está registrada em Mateus 1:18-21: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”.

Nisso consiste o primeiro aspecto do evangelho de Deus: o Pai nos revelou o Filho como um homem concebido pelo Espírito Santo em Maria. Sendo um homem, o Senhor Jesus tinha a vida humana em um corpo de carne e sangue, com a semelhança do pecado, mas sem pecado. Assim, Ele pôde morrer na cruz e derramar Seu sangue para a remissão dos nossos pecados (Mt 26:28).

Como vimos, Davi representa todos os pecadores, e o Senhor foi chamado de Filho de Davi, por ser proveniente de sua linhagem. Esse fato tem grande significado, indicando que o Senhor Jesus se identificou com toda a humanidade pecadora. Na cruz, Ele tomou sobre si todas as nossas transgressões e em Sua morte recebeu o castigo de Deus em nosso lugar (Is 53:5; Mt 27:46). Ó Senhor Jesus! Que graça!

O primeiro aspecto do evangelho é grandioso. Ele apresenta as boas-novas de Deus para o mundo. Nós cometemos os pecados, mas o Senhor Jesus, que não conheceu pecado, foi julgado em nosso lugar. Em Seu corpo Ele tinha apenas a forma do homem pecador, mas sem a natureza pecaminosa, assim como a serpente de bronze tinha a forma do réptil, mas sem o veneno.

A morte redentora do Senhor nos trouxe vida e Seu sangue precioso nos justificou diante de Deus. Quando cremos no Senhor, somos salvos, pois nos unimos a Ele em Sua morte. Isso significa que nossa união com Cristo implica reconhecermos que a morte Dele na cruz também é a nossa (Rm 6:8).

Graças ao Senhor por Sua morte redentora! Por meio dela, fomos salvos da condenação, libertos do velho homem e da carne pecaminosa. Além disso, pelo derramamento do sangue de Cristo em nosso favor, fomos perdoados e purificados dos pecados cometidos no passado. Dessa forma, somos justos diante de Deus, como se nunca tivéssemos pecado (Jr 31:34b). Que salvação!

Davi representa todos os pecadores

Não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus (Rm 3:22b-23)

1 Sm 18:5; 24:10; 2 Sm 11:15; Rm 3:23

Davi foi escolhido por Deus para ser rei de Israel. Na juventude, ele era pastor e cuidava das ovelhas de seu pai, enquanto seus irmãos mais velhos participavam do exército de Israel. Ainda assim, ele já havia experimentado o livramento do SENHOR, quando no campo feriu e matou um leão e um urso para proteger o rebanho.

Conforme o registro de 1 Samuel 17 os filisteus estavam em guerra contra o povo de Israel, governado na época pelo rei Saul. Dentre eles, havia um gigante chamado Golias, que afrontou os exércitos de Israel por vários dias seguidos. Ninguém do povo tinha coragem de enfrentá-lo. Davi estava no campo de batalha para entregar alimentos aos seus irmãos, quando ouviu os insultos proferidos por Golias, e disse: “Que farão àquele homem que ferir a este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (v. 26).

As palavras de Davi chegaram aos ouvidos de Saul, que mandou chamá-lo. Davi se dispôs a enfrentar o filisteu, confiante de que o Senhor o livraria das suas mãos, como de fato ocorreu. Ele não usou armadura nem lança, mas escolheu cinco pedras lisas do ribeiro. Embora Golias zombasse dele e o desprezasse, Davi o enfrentou em nome do SENHOR, lançando uma pedra que o atingiu e matou. Após essa vitória, os homens de Israel foram encorajados, perseguiram e feriram os filisteus, despojando seus acampamentos.

Davi respeitava a Saul, sob cujas ordens passou a fazer parte do exército de Israel. Ele logrou muitas vitórias. Davi se conduzia com prudência (1 Sm 18:5), mas ainda assim o seu sucesso nas batalhas despertou a inveja de Saul, que deixou de vê-lo com bons olhos. Essa inveja o levou a querer eliminar Davi. Ele, por sua vez, temia a Deus e, mesmo perseguido por Saul, jamais o feriu (24:10); antes, o honrava.

O próprio Davi foi coroado rei, se fortaleceu e venceu muitas batalhas porque o SENHOR era com ele (2 Sm 5:10). Porém, numa ocasião em que deixou de sair para a guerra, cobiçou a esposa de Urias, chamada Bate-Seba, e cometeu adultério com ela. Isso possivelmente aconteceu porque ele estava ocioso quando deveria ter saído para as guerras. Bate-Seba engravidou, o que revelaria o pecado de adultério, porque seu marido estava na batalha (11:4-5). Diante disso, Davi tentou encobrir o pecado, mandando trazer Urias para casa. Ele, porém, era um soldado fiel e não voltou para a própria casa.

Davi ainda encobriu o pecado, tramando a morte de Urias (vs. 15, 17). Sob sua ordem, Urias foi colocado na frente mais forte da peleja e morreu. Davi, então, se casou com a viúva, Bate-Seba. Ele cometeu pecados graves: cobiçar, adulterar e matar, e isso desagradou a Deus. Podemos assim dizer que Davi representava todos os pecadores, porque todos temos a mesma natureza pecaminosa e todos pecamos (Rm 3:23).