17 maio, 2012

A prática da Palavra conduz à salvação completa.

Fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 3-4)
Jo 14:26; 1 Pe 1:9


Quando jovem, João não tinha dado a devida importância às palavras ditas pelo Senhor Jesus, assim como os outros discípulos. Porém, após se tornar uma pessoa madura, ele se lembrou daquelas palavras e as registrou em seu evangelho. Ele também reforçou o que já havia sido escrito por Paulo.

Em Efésios, Paulo falou sobre o Espírito habitando em nós (2:22) e sobre encher-se do Espírito (5:18). João escreveu a respeito do mesmo assunto, mas deu um passo adiante. Ele mostrou que o homem necessita nascer do Espírito (3:6), adorar a Deus no Espírito (4:24), receber o Espírito como a fonte de rios de águas vivas (7:37-39) e desfrutar do Espírito da realidade (14:26).

Em Efésios, Paulo mostrou que Deus nos predestinou para a filiação (1:5). No evangelho, João esclareceu que somos feitos filhos de Deus ao crer no nome do Senhor Jesus. Leiamos esse precioso trecho: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (1:12-13).

Logo, tanto Paulo como João escreveram a respeito dos mesmos assuntos, mas o Espírito avançou no ministério ulterior de João, para nos conduzir a praticar o que já ouvimos. Isso ocorre porque Deus deseja nos dar uma salvação completa, abrangendo espírito, alma e corpo.

Pela fé, nosso espírito já foi salvo e nascemos de novo, recebendo a vida de Deus. Nosso corpo será glorificado por ocasião da volta do Senhor, deixando de ser mortal para se tornar um corpo de ressurreição. Essas duas etapas da salvação já estão resolvidas. Agora nos falta alcançar a salvação da nossa alma (Mt 16:25; 1 Pe 1:9). Para isso, o Senhor nos colocou na igreja, onde nos submetemos ao processo de negar nossa vida da alma para que a vida divina nos seja acrescentada pouco a pouco. Como resultado dessa prática constante e diária, ao final estaremos preparados para reinar com o Senhor no mundo vindouro. Aleluia!

O Espírito conduz à prática da Palavra.

Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. (1 Jo 2:24)

Ef 4:15, 17; 5:2, 8, 18; 3 Jo 4


O Espírito da realidade, também chamado de Espírito da vida, tem grande importância no plano de Deus. Quando o Senhor Jesus andava com os discípulos, Ele já falava de o Espírito, por meio do qual Deus poderia dispensar a Si mesmo para dentro do homem (Jo 4:24; 6:63; 7:39; 14:17). O Espírito engloba o Espírito Santo e também toda a obra realizada pelo Senhor Jesus: tornar-se homem, viver humano, morte e ressurreição (vs. 18, 20, 23), assim como o óleo sagrado da unção, que era um unguento composto, incluía o azeite puro e várias especiarias (Êx 30:22-25).

Na época, os discípulos não deram a devida importância às palavras do Senhor, principalmente com respeito ao Espírito, pois O ouviam conforme suas necessidades particulares (At 1:1-6). Então foi necessário que posteriormente Deus revelasse Seu plano eterno a Paulo, que escreveu sobre o assunto na Epístola aos Efésios. O capítulo 1 mostra a obra, o dispensar do Pai, o dispensar do Filho e o dispensar do Espírito Santo para dentro do homem. Nessa mesma epístola Paulo fala especificamente de sermos selados com o Santo Espírito (1:13) e recomenda que nos enchamos do Espírito (5:18).

Infelizmente, os efésios também não deram a devida atenção à prática dessa palavra, limitando-se a analisar e debater as verdades bíblicas. Mais uma vez, Deus precisou levantar alguém para os ajudar a perceber o que era mais importante para Ele. Então o próprio Espírito trouxe à memória de João as palavras que o Senhor Jesus havia dito enquanto esteve com eles.

Além disso, é possível que João também tenha lido a Epístola de Paulo aos Efésios e percebido que era necessário reforçar a prática do que Paulo já havia falado. Assim, ele ajudou a igreja em Éfeso a praticar a mesma palavra, ensinando-os a andar na graça (Ef 4:7; Jo 1:14, 17) e no amor (Ef 5:2; 2 Jo 6); andar na luz (Ef 5:8; 1 Jo 1:7) e na verdade (Ef 4:15; 3 Jo 4); e principalmente andar no espírito (Ef 5:18; Jo 4:23-24).

Desde o surgimento das igrejas na América do Sul, invocamos o nome do Senhor para seguir o Espírito que dá vida. Dessa forma, o Senhor pode nos revelar o que é mais importante, hoje, segundo Seu ponto de vista. Também somos direcionados a praticar a Palavra e não apenas a estudá-la.

Por exemplo, o Senhor nos tem revelado que o mundo que há de vir será sujeito a nós, homens, e não a anjos. Isso nos ajuda a compreender o propósito de Deus ao criar o homem. É com essa meta que buscamos ser vencedores. Devemos permitir que a vida que está no Espírito permeie cada parte da nossa alma: mente, vontade e emoção, para desenvolver a nossa salvação. Continuemos a invocar o nome do Senhor para viver e andar no espírito.

15 maio, 2012

Deus se tornou acessível.

Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós
 (Jo 14:16)

Mt 1:23; Jo 14:9-11; 16:13; 1 Tm 6:16


Tempos após a morte e ressurreição do Senhor, os discípulos passaram a sofrer perseguição. Pedro foi condenado à morte, e João, ao exílio. Por cerca de vinte anos, João permaneceu preso na ilha de Patmos. Na verdade essa foi uma oportunidade dada por Deus a ele, para que o Espírito da realidade lhe revelasse muitas coisas e também o fizesse lembrar-se das palavras ditas pelo Senhor Jesus (Jo 14:26; 16:13).

Quando João escreveu seu evangelho, já contava com mais de noventa anos de idade. Nessa época ele estava em Éfeso, onde a igreja havia recebido a Epístola de Paulo aos Efésios. Embora as palavras de Paulo já trouxessem a revelação do plano de Deus e o suprimento do Seu Espírito, a igreja não praticou o conteúdo daquela epístola. Isso possivelmente aconteceu porque os irmãos passaram a estudar e analisar as verdades ali contidas, sem usar o espírito. Assim, eles se deixaram ser guiados pela mente, pela alma, e não ganharam a vida contida na Palavra.

Nesse contexto, o Espírito inspirou João para escrever mais um evangelho, registrando com detalhes as palavras do Senhor. Os outros evangelhos deram ênfase aos milagres e feitos realizados pelo Salvador, deixando de destacar o quanto precisamos da vida divina.

Em seu evangelho, João iniciou com as seguintes palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. [...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1:1-5, 14).

João mostrou que antes Deus habitava em luz inacessível (1 Tm 6:16), muitíssimo distante do homem; era impossível alcançá-Lo. Mas um dia Ele nasceu de uma mulher e viveu na terra na pessoa do Senhor Jesus. Como o homem Jesus era um ser humano normal, sujeito aos limites do tempo e do espaço, Ele não poderia estar para sempre na terra (Jo 14:9). Quando Jesus falava, Deus falava; quando Ele agia, Deus agia (14:10-11). Agora Deus não é mais inalcançável, e sim próximo de nós, sendo possível conhecê-Lo em Jesus Cristo. Por isso Ele também é chamado de Emanuel, que significa Deus conosco (Mt 1:23).

Como o homem Jesus, Ele era um ser humano normal sujeito aos limites do tempo e do espaço, não poderia estar para sempre na terra. Por essa razão, o Senhor precisou se tornar o Espírito da realidade (Jo 14:16-17). Como o Espírito, Ele pode estar em nós, habitando nosso espírito humano em qualquer tempo e lugar.

14 maio, 2012

A importância de nascer de novo.


A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus (Jo 1:12-13)
Jo 3:1-7

Para ver o reino de Deus, é necessário nascer de novo. Essa palavra foi falada pelo Senhor Jesus na ocasião em que recebeu a visita de um homem chamado Nicodemos. Ele era uma pessoa madura, um mestre com alta posição na religião judaica. Sendo um dos principais dos judeus e também fariseu, seguia rigorosamente as leis e ordenanças do Antigo Testamento. Provavelmente Nicodemos era muito requisitado para dar sua opinião a respeito da lei e da religião. Tinha bastante experiência e possivelmente por isso era reconhecido como um líder no círculo de pessoas de seu convívio.
Nicodemos tinha tudo para se sentir satisfeito e completo com o que já alcançara, mas é bastante provável que em seu interior houvesse uma sensação de vazio. Essa pode ser a situação de muitos hoje. Mesmo que uma pessoa que ocupe um cargo importante, receba a melhor formação profissional, ganhe um alto salário e tenha uma família já formada pode se sentir vazia interiormente.
Talvez Nicodemos tenha procurado o Senhor Jesus por estar nessa situação. A visita no horário da noite indica que ele se considerava alguém conceituado diante dos outros e não queria ser visto em público se humilhando ao consultar o Senhor. Afinal, Jesus era uma pessoa simples, e a maioria de Seus discípulos também. Mas ainda assim Nicodemos se encontrou com o Senhor, a quem dirigiu as seguintes palavras: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (Jo 3:2).
Nicodemos estava disposto a ouvir o que o Senhor tinha a dizer, mas talvez não esperasse pela resposta que Ele lhe deu: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (v. 3).
Em outras palavras, é como se o Senhor estivesse lhe dizendo: “Você precisa ver o reino de Deus, mas para isso de nada adianta sua alta posição religiosa, política, social, nem mesmo sua educação ou a experiência adquirida com a idade. Não importa quão excelente seja a sua condição, você precisa se arrepender e receber uma nova vida, a vida de Deus”.
O Senhor não detalhou a palavra dessa forma, apenas apontou a necessidade de Nicodemos nascer de novo. Como deve ter sido a primeira vez que ouviu algo assim, Nicodemos não conseguiu entender o que era o novo nascimento (v. 4). Isso mostra que todo o conhecimento religioso e toda a cultura humana acumulada por Nicodemos eram inúteis para compreender as coisas celestiais.
A Bíblia não menciona se Nicodemos creu na Palavra, mas o Senhor enfatizou ser necessário nascer de novo (vs. 5-7). Nascer de novo é ser regenerado com a vida de Deus para entrar em Seu reino, crescer em vida e reinar.

13 maio, 2012

O evangelho de Deus segundo Paulo e João.

O que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado (Rm 8:3)

Jo 19:31-35; Rm 1:1; 6:6


Antes, porém, de João ser usado por Deus em sua maturidade, o apóstolo Paulo escreveu o livro de Romanos, o qual nos apresenta o conteúdo do evangelho de Deus.

O que havia sido escrito até então nos três primeiros evangelhos não estava completo. João, por sua vez, ainda não estava pronto. Então, quando Paulo foi separado para escrever o livro de Romanos, ele apresentou um quadro completo do evangelho de Deus. Nessa epístola o Espírito, por meio de Paulo, verdadeiramente acrescentou mais revelação aos três primeiros evangelhos. Por isso, quando pregamos o evangelho, devemos ter por base as revelações contidas nesse livro.

Paulo foi chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus (Rm 1:1). O evangelho de Deus é muito mais abrangente que o evangelho da graça. Por falta de mais revelação, muitos enfatizam apenas o evangelho da graça, esquecendo-se que o evangelho de Deus possui duas etapas: a primeira é da graça; e a segunda é do reino. Não é somente o evangelho da graça para dar salvação, mas também é o evangelho do reino, que visa ao crescimento de vida para reinarmos com Cristo.

Como vimos anteriormente, o evangelho de Deus se refere a Jesus Cristo, isto é, o Filho de Deus que, segundo a carne, veio da descendência de Davi. Embora tivesse vindo da linhagem de Davi, um homem pecador, o Senhor Jesus não tinha pecado, mas apenas a semelhança da carne pecaminosa (Rm 8:3). Por esse motivo o Senhor Jesus estava qualificado para morrer na cruz e crucificar Consigo o nosso velho homem (6:6), de maneira que Deus, com efeito, condenou na carne o pecado.

Essa revelação foi enfatizada posteriormente pelo apóstolo João, que relatou que, quando um dos soldados viu que Jesus já tinha morrido, abriu-Lhe o lado com uma lança, de onde saiu sangue e água. Louvado seja o Senhor por esse detalhe registrado por João. Esse fato nos revela que primeiramente o nosso velho homem foi crucificado com o Senhor Jesus e está morto. Depois Seu sangue fluiu para resolver todos os problemas relacionados ao pecado. Uma vez que o pecado foi derrotado, podemos receber Sua vida, representada pela água que verteu de Seu lado. Aleluia! Por meio de Sua vida, podemos viver e propagar o evangelho da vida.

FELIZ DIA DAS MÃES.....

PARABÉNS PARA TODAS AS MÃES, QUE DEUS ABENÇOEI A TODAS AS MÃES, E QUE O AMOR DE DEUS ESTEJA DENTRO DO CORAÇÃO DE CADA UMA, FIQUEM COM DEUS, ABRAÇOS...

DESFRUTAR A PALAVRA...

AMOR DE DEUS...

Seguir de perto, ver e testificar.

Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais 
 (Jo 19:35)

Mt 26:58; Lc 23:49; Jo 14:26


Dentre os quatro evangelhos, três foram escritos pouco tempo depois da ascensão do Senhor Jesus. Todavia estes não contém muitos detalhes sobre o principal motivo da morte do Senhor.

Durante os três anos e meio em que o Senhor Jesus esteve com os Seus discípulos, varias vezes lhes falou sobre Sua morte e ressurreição. Ao ouvi-Lo falar sobre essas coisas, cada um dos discípulos absorvia essas palavras segundo sua própria necessidade e entendimento.

Ainda quanto aos sinais e milagres descritos por eles nos evangelhos, cada um registrou, segundo a inspiração do Espírito, mas também, segundo a própria experiência, quais seriam os fatos mais relevantes.

O Evangelho de Mateus é peculiar ao registrar algumas expressões usadas pelo Senhor. Isso porque Mateus não era um pescador da Galileia, mas sim um cobrador de impostos. Ele estava relacionado com a administração pública daquela época. Por isso Mateus dava mais atenção em seus registros a tudo o que o Senhor Jesus falava que tinha relação com o reino dos céus.

Os evangelhos de Marcos e Lucas, por sua vez, não relataram detalhes da crucificação do Senhor Jesus. Lucas não estava presente, e Marcos, que provavelmente escreveu baseado no relato de Pedro, não tinha como detalhar, uma vez que este acompanhou o aprisionamento do Senhor com uma certa distância.

Quase todos os discípulos observavam a crucificação e a morte do Senhor de longe, pois Ele estava sendo tratado como um criminoso (Mt 26:58; Lc 23:49). Eles temiam ser reconhecidos como aqueles que O seguiam. Assim, por causa dessa distância, não puderam ver com detalhes, registrando apenas o que conseguiram ver de onde estavam.

No ano setenta depois de Cristo, Deus permitiu que Jerusalém fosse destruída pelo império Romano. Naquela época João foi preso e exilado na ilha de Patmos. Passados vinte anos após sua prisão, o Senhor passou a lhe revelar muitas coisas por meio do Espírito da realidade. Mesmo avançado em idade, com quase noventa anos, ele conseguiu lembrar-se das coisas ocorridas na época em que seguiu o Senhor Jesus na terra (Jo 14:26).

Depois que escreveu o livro de Apocalipse, João foi até Éfeso para ajudar os irmãos por meio das palavras faladas pelo Senhor em Seu ministério terreno. Pelo fato de ter seguido o Senhor de perto, João se lembrou de vários fatos relacionados à morte do Senhor que os outros não viram nem ouviram. Aquilo que ele viu e ouviu, testificou (19:34-35).
Pelo fato de somente João ter descrito alguns fatos que não constavam nos outros evangelhos, por muito tempo os estudiosos da Bíblia não deram a devida atenção aos seus registros. Pela misericórdia de Deus, esse evangelho foi revelado para nós, e hoje podemos compreender essas palavras. Por invocar o nome do Senhor fomos introduzidos no fluir do Espírito da realidade, enfatizado por João em seus escritos (14:17; 15:26; 16:13).

11 maio, 2012

REFLETINDO...

O que é a obra de Deus?

Leitura: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.12-14).

"E nós na qualidade de cooperadores com Ele" (2 Coríntios 6a).


Deus tem Sua obra. Essa não é a sua nem a minha obra, tampouco é a obra desta missão ou daquele grupo. É a obra do próprio Deus. Gênesis 1 nos diz que Deus trabalhou e, depois, descansou. No início, Deus criou a luz, os seres vivos, o homem e assim por diante. Ninguém, a não ser Ele, poderia realizar essa obra da criação. E hoje Ele tam­bém tem Sua obra, que não é a obra de homem algum e que homem algum pode fazer. A obra de Deus não pode ser feita por ninguém, a não ser pelo próprio Deus. Quanto mais cedo aprendermos isso, melhor, porque as obras, as idéias, os métodos, o zelo, a seriedade, os esforços e as atividades incansáveis do homem não têm qualquer lugar no que Deus está fazendo. O homem não pode ter mais parte na obra de Deus hoje do que poderia ter nos tempos remotos da criação.

Aos filipenses, Paulo diz: "Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus". O Senhor Jesus tem um propósito especial e específico ao nos alcançar, e é esse propósito específico que desejamos alcançar. Ele tem um propósito, e esse propósito é que ele nos ganhe a fim de sermos cooperadores, co-obreiros com Ele. Entretanto, ainda é verdade que não podemos fazer a obra de Deus, visto que toda ela é absoluta e totalmente Dele.

No entanto, nós somos Seus co-obreiros. De modo que, por um lado, devemos reconhecer que não podemos tocar, nem mesmo com o dedo mínimo, a obra de Deus e, por outro, somos chamados para ser co-obreiros com Ele! E foi com este fim que Ele nos alcançou. O Senhor tem um propósito definido na salvação - e um propósito claro e específico ao nos salvar -, que é nos ter como Seus co-obreiros.

O que, então, é a obra de Deus? Efésios nos mostra isso de forma mais clara que qualquer outro livro no Novo Testamento. O capítulo 1 diz: "Assim como nos escolheu Nele antes da fun­dação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele" (v. 4); no capítulo 2 lemos: "Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (v. 7). Lemos também no primeiro capítulo: "Desvendando-nos o mistério da Sua vontade, segun­do o Seu beneplácito que propusera em Cristo" (v. 9)

Em todas as reuniões da igreja freqüentemente há aqueles que se levantam e falam de acordo com sua própria mente. Eles não estão falando no Espírito, mas estão "fora do tom". O que dizem é de pouco ou nenhum valor. Mas na criação de Deus, conforme Ele determinou, não existe nada fora do tom.

Tudo é para o Filho, tudo vem de Cristo e para Cristo. Nada está fora Dele, pois Deus incluiu tudo em Cristo. "Nele foram criadas todas as coisas (...) Tudo foi criado por meio Dele e para Ele" (Cl 1.16). Tudo está em perfeita harmonia no plano de Deus. E Deus vai levar tudo em Sua criação a este nível e a este lugar de perfeita harmonia. Nesse sentido, não podemos fazer nada - Deus está fazendo tudo e tudo Ele fará.


Extraído do livro "A Obra de Deus" - W. Nee

Salvos pela vida de Deus para suprir vida a todos.

Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (Rm 5:10)

Lc 9:23


Embora o caminho para a árvore da vida nos tenha sido restaurado, muitas vezes ainda voltamos a nos alimentar da árvore do conhecimento do bem e do mal. Por isso precisamos do evangelho do reino, pois, ainda que o problema dos nossos pecados tenha sido resolvido, muitas vezes nos deixamos influenciar pela vida da alma. Não é sem razão que o Senhor Jesus disse para quem desejava segui-Lo: “A si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9:23).

Precisamos do evangelho do reino, o evangelho da vida, a fim de termos parte no reino dos céus. Já recuperamos a glória de Deus e fomos reconciliados com Ele. Agora devemos comer do fruto da árvore da vida, e não mais da árvore do conhecimento. Aqueles que invocam o nome do Senhor com realidade comem da árvore da vida e se tornam capazes de negar a si mesmos, vivendo segundo o Espírito e fluindo vida para outras pessoas.

Além disso, à medida que a vida de Deus cresce em nós, somos tomados por um forte desejo de suprir essa vida para todos os que nos cercam. Não conseguimos contê-la somente em nossas reuniões ou em nosso viver particular. Temos o encargo de, no espírito, levar esse evangelho para todos os lugares aonde vamos, para que as pessoas sejam salvas e ganhem vida.

10 maio, 2012

As consequências da desobediência de Adão e Eva e o caminho para obter a salvação.

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5:12). Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10:13)

Gn 3:24; 4:26; Is 12:3-4; Rm 5:17-19; Ap 22:14


Ao criar o homem, Deus desejava que ele comesse da árvore da vida, para que recebesse a vida divina e vivesse eternamente. Satanás, porém, que é o príncipe deste mundo, veio fazer uma obra de destruição no homem. Em sua sagacidade, ele manipulou a emoção da mulher, levando-a a comer da árvore que lhe traria morte. Devemos vigiar para que nossas emoções nunca deem a Satanás oportunidade de nos levar a desobedecer a Deus, danificando-nos para Seu propósito.

Romanos 5:12 diz: “Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. O versículo 19 continua dizendo: “Por meio da desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores”.

Por causa da desobediência de Adão e Eva, o pecado entrou, e com ele a morte. Por essa razão, eles foram expulsos do jardim do Éden e impedidos de comer da árvore da vida. Fora daquela esfera, passaram a experimentar as consequências da desobediência. O caminho para o jardim do Éden foi barrado por querubins e uma espada que se revolvia (Gn 3:24). Os querubins representam a glória de Deus, a espada representa a justiça, e o fogo que se revolvia representa a santidade. Sem a justiça, a santidade e a glória de Deus, Adão e Eva não mais conseguiam atender a tripla exigência de Deus para que o homem tivesse acesso novamente à árvore da vida e cumprisse Seu plano de sujeitar e dominar a terra (Gn 1:28).

Felizmente, em certo momento Adão e Eva começaram a invocar o nome do SENHOR, buscando Sua presença (4:26). Assim puderam experimentar o consolo da salvação de Deus. Ao invocarmos o nome do Senhor Jesus, essa salvação também nos alcança e nos qualifica a comer da árvore da vida novamente (Is 12:3-4; Ap 22:14).

No passado enfatizávamos oito itens que aconteceram conosco ao sermos salvos e que estão relacionados ao evangelho da graça. Primeiro, fomos iluminados e, então, confessamos nossos pecados. Depois recebemos o perdão, e o registro dos nossos pecados foi cancelado pelo sangue de Cristo. Agora não estamos presos aos nossos pecados, pois o Senhor nos justificou e santificou. Por fim, fomos reconciliados com Deus e ganhamos Sua vida.

O mais importante, porém, é atentarmos para a revelação essencial que o Senhor nos deu, que é acessível e simples. Basta fazer como Adão e Eva, que invocaram o nome do SENHOR, e receberam a salvação. Lembremos que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13). Se continuamente invocarmos o nome do Senhor Jesus, certamente o nível da vida vai aumentar em nós.

Visto isto, agora precisamos avançar para a próxima etapa, que é o evangelho do reino.

09 maio, 2012

REFLETINDO...

A vida que vence

“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
Cl 3:3

A vida que Deus determinou para os cristãos é aquela vida que está oculta com Cristo em Deus. Nada pode tocar, afetar ou abalar essa vida. Assim como Cristo é inabalável, também o somos. Assim como Cristo transcende todas as coisas, também nós. Assim como Cristo está perante Deus, também nós estamos perante Ele. Jamais devemos nutrir o pensamento de que somos fracos e derrotados. Para o cristão, não existe fraqueza e derrota; pois "Cristo é a nossa vida" (Cl 3:4). Nada pode tocar nosso Senhor. Essa é a vida de Cristo!
Livro: A Vida que Vence.

Criados para receber o plano, o prazer e a vontade de Deus.

Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rm 11:34, 36)


Ef 1:9, 11; 1 Ts 5:23; Hb 10:22


Deus deseja entregar o governo do mundo vindouro ao homem regenerado e restaurado. Ele formou o homem do pó da terra, lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, o espírito humano, e o homem tornou-se uma alma vivente (Gn 2:7; Zc 12:1). Assim, Deus criou as três partes do homem: corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23). A alma humana também possui três partes: a mente, vontade e emoção, as quais foram criadas para serem preenchidas pelo próprio Deus.

A personalidade do homem (planos, alegrias e desejos) está situada em sua alma. Deus o criou assim para que pudesse habitar no homem, capacitando-o para governar o mundo com Ele.

Em Efésios 1:11 vemos que Deus nos predestinou segundo o propósito Daquele que faz todas as coisas conforme o conselho de Sua vontade. Tanto a palavra “propósito” quanto a palavra “conselho” indicam que Deus tem um plano e que a mente humana deve ser usada para compreender esse plano divino, a economia de Deus. No versículo 5 do mesmo capítulo, identificamos o bom prazer de Deus, o qual corresponde à emoção do homem. O versículo 9 mostra que Deus deseja nos revelar o mistério da Sua vontade, por isso nossa vontade deve cooperar com a Dele. Logo, entendemos que o homem foi criado para que pudesse receber em sua alma o plano, o prazer e a vontade de Deus.

Deus criou também a consciência do homem, que é uma parte do seu espírito humano. A consciência foi criada para governar as três partes de sua alma. A Bíblia mostra que a consciência do homem tem uma estreita ligação com as três partes da alma, formando o coração (Mt 9:4; 13:15; Mc 2:6; Lc 1:51; Jo 14:1; 16:22; Hb 4:12; 10:22; 1 Jo 3:20).

Infelizmente, o homem não exercitou sua consciência para obedecer a Deus. Tampouco comeu da árvore da vida, mas, enganado pela serpente, comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, que produz morte. Amanhã veremos as consequências e danos causados ao homem por causa dessa desobediência e o caminho para ter acesso novamente à árvore da vida.

08 maio, 2012

O modelo deixado pelo Senhor Jesus.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens” (Fp 2:5-7)
Mc 10:45; Rm 12:3; Fp 2:5-11


Lúcifer era um dos três principais arcanjos, porém, por causa de seu orgulho, veio a ambição, e, por causa dela, ele não mais estava satisfeito com a honrosa posição que Deus já havia lhe dado.

Ele admirava tudo o que fazia, esquecendo-se de que sua capacidade vinha de Deus e tudo o que realizava era resultado dos dons concedidos a ele pelo SENHOR. Conforme os versículos 13 e14 de Isaías 14, Lúcifer desejava exaltar seu próprio trono, seu governo, acima das estrelas de Deus, a ponto de ser semelhante ao Altíssimo. Ele se exaltou, e Deus o lançou do terceiro céu para a terra (vs. 12, 15).

É necessário que percebamos que primeiramente Lúcifer falhou em sua própria alma, em seu coração. Após ser lançado por terra, esse arcanjo tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e usurpou a terra. O próprio Senhor Jesus chamou Satanás de "o príncipe deste mundo" (Jo 16:11).

Louvamos o Senhor pelo modelo que nos deixou (Fp 2:6). O Senhor Jesus era o próprio Deus, o Verbo de Deus, mas reconhecia Sua posição como Filho. Ele foi submisso a Deus Pai, porque procedia Dele. Ele recebeu autoridade do Pai para fazer todas as coisas. Contudo, diferentemente de Lúcifer, o Senhor Jesus sabia de quem recebera Sua capacidade, sujeitando-se em todas as coisas à vontade do Pai. Ele a Si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo de Deus e dos homens (Mc 10:45). Ele se humilhou a ponto de suportar não somente uma simples morte, mas a morte de cruz (Fp 2:8). Se seguirmos Seu exemplo, jamais iremos pensar de nós mesmos além do que convém (Rm 12:3), evitando, assim, o orgulho e a ambição.

O Senhor Jesus é o nosso modelo. Ele tinha uma posição elevada, mas se humilhou. Por isso Deus o exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2:8-11). Aleluia!É necessário que percebamos que primeiramente Lúcifer falhou em sua própria alma, em seu coração. Após ser lançado por terra, esse arcanjo tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e usurpou a terra. O próprio Senhor Jesus chamou Satanás de “o príncipe deste mundo” (Jo 16:11).

Reconhecer que a nossa suficiência vem de Deus.

“Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2 Co 3:5)


Ez 28:12-18; Is 14:12-15; 2 Co 11:14; Ef 1:18


De acordo com o encargo da semana passada, Deus resgatou o homem para Si por meio da obra redentora de Cristo. Assim, o homem foi trazido de volta a Deus e tornou-se apto a cumprir Sua vontade. Em Hebreus 2:5-8 lemos: “Pois não foi a anjos que sujeitou o mundo que há de vir, sobre o qual estamos falando; [...] Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras das tuas mãos. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés”.

O objetivo de Deus ao criar o homem era levá-lo a governar o mundo e trazer Seu reino à terra. O Senhor tem nos despertado para propagar essa revelação àqueles que não a conhecem. Através desses versículos, percebemos que Deus não entregará aos anjos o governo do mundo vindouro, mas ao homem coroado de glória e de honra. Todavia, para cumprir essa comissão, o homem precisa ser preparado.

Se alguns de nós não temos entendimento acerca dessas coisas, precisamos orar ao Senhor para que ilumine os olhos do nosso coração a fim de sabermos qual é a esperança do nosso chamamento (Ef 1:18). Então seremos renovados em nosso entendimento quanto à comissão de Deus para nós, homens.

Vimos que o mundo de outrora estava sob o governo dos anjos. O capítulo 28 de Ezequiel se refere a Lúcifer e mostra que Deus o ornamentou com muitas pedras preciosas. Estas pedras representam sua capacidade e também os dons concedidos por Deus a fim de que ele governasse a primeira criação (v. 13). Além disso, Lúcifer foi ungido querubim da guarda (v. 14) e era perfeito em todos os seus caminhos (v. 15).

Isaias 14 descreve Lúcifer como a estrela da manhã (v. 12). Embora fosse um anjo de luz perfeito, havia em seu coração uma intenção impura: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (vs. 13-14). O seu interior se encheu de violência, seu coração se elevou e pela multiplicação de suas iniquidades e injustiça de seu comércio profanou o santuário de Deus (Ez 28:16-18).

Essa é uma importante lição para a qual devemos atentar. Nossas habilidades naturais são dons concedidos por Deus. Jamais devemos nos orgulhar, achando que somos autossuficientes. Tudo o que temos e somos, recebemos do Senhor, e a Ele devemos nossa eterna gratidão. Não devemos nos ensoberbecer quando temos sucesso, mas reconhecer que pela graça divina recebemos capacidade e sabedoria. Lúcifer passou a acreditar que sua capacidade provinha de si mesmo, exaltando seu ego, sua capacidade natural e suas opiniões.

Portanto, se Deus nos deu capacidades, não nos deixemos ser tomados pelo orgulho. Se formos influenciados por nossa alma, fatalmente iremos nos orgulhar, ambicionando posição, honras e glória devidas somente ao Senhor.

06 maio, 2012

Deus quer estar conosco.

A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR (Gn 4:26).
Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?
(Dt 4:7)

Gn 2:17-17; 3:6-10, 23-24; 4:26; Is 12; Mt 1:23; 28:20b


Quando entrou no jardim do Éden, para estar com Adão e Eva, “chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?” (Gn 3:9). Isso indica que Deus deseja a presença do homem. Todo dia Ele ia ao jardim do Éden, e Adão sempre estava ali, um na presença do outro. Naquele momento, porém, a pergunta do Senhor revela o sentimento de Deus de ter perdido a presença do homem.

Ao ser expulso do jardim e perder a presença de Deus, Adão perdeu a alegria. Na verdade, ele perdeu tudo o que tinha: o suprimento de alimento, a alegria, a paz e a segurança. Antes, quando estava no jardim do Éden, não havia inimigos, feras ou bestas, porque o jardim era guardado. No jardim ele podia ter paz, mas, ao sair de lá, o inimigo ou as feras poderiam matá-lo a qualquer momento.

Assim também acontece conosco, quando nós saímos do “jardim”, isto é, da presença de Deus, já não temos mais o suprimento de alimento. Ao sentir o impacto da perda, os homens começaram a invocar o nome do Senhor (4:26). Eles perceberam que não lhes restava alternativa a não ser clamar ao SENHOR, e essa prática foi transmitida a outras gerações.

Não pense que só você precisa de Deus; Deus também precisa da sua presença. O nosso Senhor Jesus também recebeu o nome de Emanuel, que quer dizer Deus conosco (Mt 1:23). Deus quer estar conosco. Na pessoa de Jesus, o homem pode ter a presença Deus, e, em Jesus, Deus pode ter a presença do homem. Deus tem alegria na nossa presença, assim como nós nos alegramos em estar na Sua presença.

Isaías 12 nos mostra que podemos nos alegrar tirando água das fontes de águas vivas: “Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação. Direis naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai manifestos os seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o seu nome. Cantai louvores ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti” (vs. 3-6).

De onde vêm essas fontes? Vem de invocar o nome do Senhor. “Oh! Senhor Jesus, eu preciso de Ti, eu preciso do Senhor como meu suprimento. Senhor, seja minha alegria. Ó Senhor, seja minha paz e minha segurança”. Por invocar o nome do Senhor, o homem recuperou tudo o que tinha na Sua presença. Aleluia!

05 maio, 2012

Restaurados à presença de Deus.


Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença (At 2:28). Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo 14:23)

Gn 2:6-9, 15-17; 3:1-24; Rm 5:12

No jardim do Éden, Adão e Eva eram supridos por Deus e podiam alimentar-se de todas as árvores do jardim, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:9, 17). Contudo Satanás queria introduzir no homem a natureza pecaminosa para que este não mais pudesse se alimentar da árvore da vida, que estava no meio do jardim, e, dessa forma, impedir que o homem mantivesse comunhão com Deus. Então a serpente, seduzindo Eva, levou o homem a desobedecer ao SENHOR e comer do fruto da árvore proibida. Como consequência, Adão e Eva foram expulsos do Éden (3:6, 24).
Antes eles não precisavam preocupar-se com o suprimento alimentar, pois recebiam tudo de Deus; daquele momento em diante, porém, teriam de plantar o que comer, conforme o SENHOR disse: “No suor do rosto comerás o teu pão” (v. 19). Sabemos que, se alguém quer que a terra produza algo, tem de derramar suor, pois uma planta não cresce de um dia para o outro. Portanto Adão teria de esforçar-se para obter o próprio alimento.
Deus não desejava que o homem fosse expulso do Éden. Antes, Ele o havia colocado lá para que o homem tivesse Sua presença e Ele tivesse a presença do homem. Contudo, após terem pecado, Adão e Eva se esconderam da presença de Deus, porque se lhes abriu o entendimento e perceberam que estavam nus. Como forma de justificar-se, coseram para si folhas de figueira e fizeram uma cinta, porém tal veste não era duradoura (Gn 3:7-8).
Além de expulsá-los do jardim e fechar-lhes o caminho para a árvore da vida, Deus pôs um querubim para guardar a entrada (vs. 23-24). O querubim representa a glória de Deus, indicando que o homem pecou e carece da glória de Deus (Rm 3:23).
Além disso, havia ainda uma espada flamejante. O fogo que ardia na espada se refere à santidade, enquanto a espada representa a justiça. O capítulo 3 de Êxodo apresenta a questão do fogo relacionado à santidade. Certo dia Moisés estava no deserto apascentando ovelhas quando viu uma sarça ardente que não se consumia. Maravilhado, foi até lá ver o que era. Então o SENHOR lhe falou por meio da sarça e disse que tirasse as sandálias, porque aquele lugar era santo (vs. 1-5). Assim, vemos que o fogo representa a santidade.
A espada é um instrumento usado para lidar com a injustiça. O jardim do Éden era um lugar santo, ali não havia injustiça. Depois de comer do fruto da árvore do conhecimento, no entanto, o pecado, cuja fonte é Satanás, entrou no homem, e sua alma foi despertada. A obra maligna estava feita e o homem havia perdido a comunhão com Deus.
Porém Deus não desiste do homem nem de ter sua presença. Por saber disso, o apóstolo Paulo, no final de uma de suas epístolas, escreveu: “O Senhor seja com todos vós (2 Ts 3:16). De fato, a maioria das pessoas pensa que precisa da presença de Deus, mas poucos sabem que Deus precisa da presença do homem. Deus precisa de nós! Por isso, para manter sempre essa comunhão mútua, devemos invocar a todo instante: “Ó Senhor Jesus!”.

04 maio, 2012

REFLETINDO...

Estamos na vontade de Deus?

"Olhemos para o Senhor Jesus!"

Em 1 Coríntios 3, Paulo diz ser como um "prudente construtor". Se você deseja ser bem preciso, Paulo não está dizendo que ele era o arquiteto, mas sim um mestre de obras. O arquiteto é o próprio Deus, e Ele lança o fundamento. Paulo nos diz que não podemos lançar nenhum outro fundamento a não ser aquele que é Cristo Jesus. Cristo Jesus é o único fundamento, mas depois que o fundamento é lançado, tenha cuidado com aquilo que você edifica sobre ele. Algumas pessoas edificam sobre o fundamento usando ouro, prata e pedras preciosas, e outros edificam sobre ele com madeira, feno e palha. Você percebe a diferença?

Usando madeira, feno e palha, você pode construir uma grande casa. Isso é possível porque não vai custar muito dinheiro. Entretanto, se você quiser construir com ouro, prata e pedras preciosas, quão grande será a casa que você poderá construir? Ela custará muito caro. A madeira representa a natureza do homem. Um homem de pé é como um árvore, e por isso a Bíblia sempre usa a madeira para representar a natureza do homem. O feno nos fala da glória do homem. Em 1 Pedro lemos que toda carne é como erva, e a glória do homem é como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a sua flor, mas a palavra de Deus permanece eternamente. A palha nos fala da obra do homem, porque os homens usavam palha na mistura para fazer tijolos.

Se alguma coisa é obra do homem, se é para a glória do homem ou se o próprio homem que a está fazendo, então você pode fazer algo grande e espetacular. Contudo, espere até que o fogo apareça. Nesse momento, sua obra será provada. Você vai aprender que madeira, feno e palha são os materiais apropriados - como combustível para o fogo. Eles serão totalmente consumidos. Certamente você será salvo, pois o fundamento não pode ser queimado. O fundamento é Cristo. Mas você será salvo por um triz. Contudo, olhe para o ouro, a prata e as pedras preciosas. O ouro é a natureza de Deus; a prata é a redenção de Cristo e as pedras preciosas são a obra do Espírito Santo. Estes materiais são caros. No tribunal de Cristo, você vai notar que o fogo os faz incandescer e manifestar sua glória. O julgamento vai manifestar a glória do ouro, da prata e das pedras preciosas.

Você não acha que precisamos ter nosso conceito corrigido? Estamos sempre buscando algo grande e espetacular e consideramos que isso é sucesso, que é benção de Deus e que Deus tem que estar ali. No entanto, isso não é necessariamente verdade. Ao invés disso, penso que devemos estar preocupados com a seguinte pergunta: estamos na vontade de Deus? A obra na qual estamos envolvidos é parte do desenvolvimento da obra de Deus rumo à concretização de Seu propósito? Se for assim, então Deus reconhece essa obra como Sua e isso é tudo que importa.

Recebi uma carta de um irmão tempo atrás, na qual ele me dava duas notícias. Uma delas falava de algo que estava acontecendo na Coréia. Você provavelmente sabe a respeito disso. Há uma igreja lá que é a maior igreja do mundo, com um milhão de membros. Aquele irmão estava maravilhado com isso. Ele pensava que aquilo era algo fantástico. Deus tinha que estar abençoando aquela obra. Então ele passou para a segunda notícia, na qual contava sobre outro grupo no mesmo local cujo número de integrantes estava diminuindo, e isso o decepcionava muito. Segundo nossa natureza humana, nós sempre julgamos as coisas pela aparência externa. Contudo, esperemos e vejamos como Deus vê.

Isso não quer dizer que Deus não possa estar presente em algo que seja grande. Não estou afirmando tal coisa. Entretanto, a verdade é que a satisfação divina não está relacionada a ser grande ou pequeno. Isso não importa. Não olhe para isso, não avalie através desse critério, mas veja como Deus vê, fazendo a seguinte pergunta: isso é a vontade de Deus? Será que você está alinhado com o trabalho de Deus rumo a seu propósito? Isso é o que importa. Este é o primeiro princípio e eu penso que precisamos aplicar este princípio vez após vez.



Nosso Senhor triunfou aos olhos do Pai
Olhe para o Senhor Jesus. Quando o Senhor nasceu, os magos, os reis do oriente viram a estrela. Eles vieram para adorar o Rei que havia nascido. Para que lugar se dirigiram? Eles foram à Jerusalém. Naturalmente, eles pensaram que o Rei só poderia ter nascido na capital, Jerusalém. Eles não sabiam que o Rei havia nascido em Belém.
Quando o Senhor Jesus estava na terra, Ele foi à Jerusalém muitas e muitas vezes, mas não ficava lá. Você sabe onde Ele ficava? No pequeno vilarejo de Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro. Pense sobre isso: Quando o Senhor Jesus estava pregando e grandes multidões o seguiam, o que ele fazia? Ele se voltava para seus ouvintes e os desafiava, dizendo: "Se alguém quer ser meu discípulo, tem que amar-me mais do que pai, mãe, irmão, irmã, esposa, filhos e sua própria vida; de outro modo você não pode ser meu discípulo". Acaso isso não parece absurdo? Tantas pessoas seguindo ao Senhor, e Ele as desafia com tais palavras. Não é de se admirar que as pessoas achassem muito duras as palavras que Ele dizia. Quem pode ouvir tais palavras? Até mesmo muitos dos seus discípulos o abandonaram. Isso porventura perturbou o Senhor Jesus? Ele voltou-se para os doze que havia escolhido e disse: "Vocês também querem ir? Sintam-se à vontade para fazê-lo". Graças a Deus, Pedro disse: "Senhor, tu tens as palavras da vida eterna. Nós sabemos que tu és Cristo. Para onde iremos"? Mais tarde, na última ceia, durante a Páscoa, quando o Senhor reuniu os doze, um deles o traiu. Ao pé da cruz, somente João estava presente, acompanhado de algumas mulheres.

Se julgarmos pelas aparências externas, certamente nosso Senhor foi um fracasso. Contudo, será verdade que Ele foi um fracasso? Aos olhos de Deus, Ele foi um sucesso. Na cruz, Ele não apenas derramou o seu sangue para remissão de nossos pecados, mas Ele também tomou a velha criação com Ele e a crucificou. Ele pregou as ordenanças da lei e tudo o que nos acusava naquela cruz e nos libertou. Além disso, na cruz Ele desbaratou seus inimigos - satanás e os poderes das trevas. Ele os derrotou e fez deles um espetáculo público. Sua obra foi um sucesso.

Irmãos, olhemos para a história da igreja. Certa vez o Senhor apareceu para quinhentas pessoas. Pense nisso: o Senhor trabalhou por três anos e meio e após sua ressurreição, o maior número de pessoas reunidas ao qual Ele aparece é de quinhentos. Não parece trágico? Naquela ocasião, Ele disse aos quinhentos que retornassem a Jerusalém e esperassem lá até receberem poder do alto. Após isso, o Senhor disse que eles poderiam ser suas testemunhas em Jerusalém, na Judéia, Samaria e até os confins da terra. Contudo, somente cento e vinte ouviram ao Senhor. eles viram a ascensão do Senhor, contudo muitos não creram nele e não o obedeceram. Somente cento e vinte permaneceram naquele cenáculo por dez dias, orando em unanimidade. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio e eles foram batizados em um Espírito num só corpo. Este foi o começo da igreja.

É verdade que foi de três mil o acréscimo naquele único dia. É também verdade que, num período de trinta anos, o evangelho foi pregado até os confins da terra. Quando lemos o capítulo 28 de Atos, encontramos Paulo em Roma, numa casa que alugara, e sabemos que Roma era o fim do mundo conhecido na época. Entretanto, você sabe que mesmo antes do fim do primeiro século a decadência já tinha começado na igreja? Nesse momento, a heresia e a corrupção estavam penetrando nela. Temos as sete cartas escritas pelo apóstolo João, ou melhor, pelo Senhor ressurreto, através do apóstolo João, às sete igrejas da Ásia (Ap 2 e 3). O que encontramos nessas cartas? Exceto por uma igreja (a igreja de Filadélfia), o testemunho de Jesus não estava sendo mantido.

Depois que o imperador Constantino aceitou o cristianismo, ocorreu uma mudança importante: o cristianismo inchou e tornou-se muito grande e poderoso. Se lermos o capítulo 13 de Mateus, ali encontramos um grão de mostarda que representa a fé. Nossa fé é como uma semente de mostarda: como há vida nela, haverá crescimento. Quando ela cresce, torna-se um arbusto, uma planta humilde. Este é o projeto e propósito determinado por Deus para nós individualmente e para a igreja.

Entretanto, vemos na parábola que o grão de mostarda cresceu a ponto de tornar-se uma grande árvore: tornou-se algo anormal. Então as aves vieram a aninharam-se nessa árvore. A primeira e básica parábola de Mateus 13 nos ensina que as "aves" dizem respeito ao maligno. O propósito de Deus deveria manter a igreja humilde como uma planta: viva, mas humilde. Todavia, você descobre que o homem surge em cena e opera de forma a inflar a igreja, tornando-a anormalmente grande. Nós queremos uma instituição grande e forte; contudo, ela se torna um ninho para os filhos do maligno. Todo tipo de corrupção entra nela. Em Mateus, esta parábola é seguida por outra que apresenta três medidas de farinha misturada com fermento. O fermento sempre nos fala de conduta corrupta ou doutrina corrupta. A medida de farinha deveria ser uma oferta de manjares a Deus, mas agora está toda levedada. Ela satisfaz o gosto do homem, mas não pode mais ser oferecida a Deus. É isso que o cristianismo é hoje em dia: algo grande.


Fonte: Extraído do livro "O Dia das Pequenas Coisas" do irmão Stephen Kaung

A experiência do verdadeiro arrependimento.


Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação (2 Co 7:9-10a)

1 Co 5:1-5; 2 Co 7:5-16; Cl 3:15a

O que significa ter um arrependimento verdadeiro? Podemos ver em Segunda Coríntios a conclusão de um episódio que ilustra essa questão. Paulo ouviu falar de um irmão da igreja em Corinto que estava cometendo adultério com a mulher de seu pai, sua madrasta. Ao saber disso, o apóstolo ficou muito irado e ainda entristeceu-se muito ao ver que os presbíteros, irmãos responsáveis da igreja em Corinto, não trataram adequadamente essa questão (1 Co 5:1-2).

Ele, então, decidiu tomar uma atitude. Foi como se dissesse: “Se vocês não tratam disso, eu vou tratar”. E a maneira de Paulo fazê-lo foi entregando o pecador a Satanás (v. 5). Ser entregue a Satanás é como ser lançado no lago de fogo. Mas foi isso que ele determinou e escreveu em sua primeira epístola aos coríntios.

No entanto, depois que escreveu a carta e Tito partiu para entregá-la, Paulo não teve mais paz, pois, no espírito, percebera que havia exagerado no castigo, sem ao menos dar uma chance ao pecador. Como a viagem era longa, pois Tito partira da Ásia para ir até Corinto, na Europa, demoraria cerca de dez dias para que chegasse a seu destino. Sem notícias e preocupado com a repercussão de suas palavras, Paulo decidiu ir ao encontro de Tito para saber qual foi a reação dos irmãos.

Então ele seguiu o mesmo itinerário de Tito e foi até o extremo da Ásia. Quando atravessou o mar Egeu, chegou a Filipos, a primeira cidade da Europa, e ali se encontrou com Tito. Quando o viu, Paulo ficou muito alegre e se regozijou com a notícia de que todos haviam se arrependido. Os próprios presbíteros reconheceram que não trataram bem a situação e aquele que pecou ficou mais triste ainda, por causa da carta, e se arrependeu. Se há arrependimento, há o perdão. Louvado seja o Senhor!

O arrependimento não deve ser algo leviano, superficial, mas tem de ser profundo e real. Em Segunda Coríntios 7 vemos o desfecho da situação: “Agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte. Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto” (vs. 9-11).

Nessa experiência, além do arrependimento da igreja em Corinto, vemos o mesmo arrependimento genuíno em Paulo. Ele primeiro se arrependeu, logo ao enviar a carta; depois os presbíteros se arrependeram, e, por fim, o pecador também se arrependeu. Louvado seja o Senhor. Depois de sermos iluminados, nós confessamos nossos pecados, nos arrependemos e obtemos o perdão de Deus. Que todos experimentem o arrependimento genuíno!

02 maio, 2012

Os oito passos do evangelho da graça.

Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6:11)




Rm 3:23-24



Segundo a Palavra de Deus, podemos dizer que o evangelho da graça inclui oito passos, oito etapas. A maior parte dessas etapas, que tratam da nossa experiência de salvação, está descrita em Romanos.
O primeiro passo diz respeito a sermos iluminados. Antes, nós vivíamos nas trevas, pecávamos e não sabíamos. Quando a luz do Senhor nos alcançou, nós percebemos que estávamos nas trevas e conseguimos ver nossos pecados. Aleluia! Por meio da luz, o pecado é exposto, então podemos ver com clareza aquilo que não víamos antes (At 26:18).
O segundo passo é confessar os pecados. Debaixo da luz do Senhor, vemos nossa condição e podemos declarar: “Senhor, obrigado! Eu não sabia que eu era um pecador. Agora que o Senhor me iluminou, posso ver que sou pecador, posso ver a minha situação, tantos pecados em mim” (cf. Rm 3:23). Quando confessamos, temos Seu perdão.
O terceiro passo é, então, o arrependimento. Uma vez confessados os pecados cometidos outrora, nossa atitude deve ser arrepender-nos (2:4). Depois do arrependimento, nós tomamos o sangue de Jesus que “nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7b). Todo registro dos pecados cometidos antes de crermos em Jesus é cancelado.
Uma vez purificados, somos justificados “gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24), isto é, tornamo-nos justos diante de Deus, pois estamos de acordo com Sua justiça. Por sermos justificados, já não somos mais pecadores, nós somos santificados (1 Co 6:11). Aleluia! Por causa disso, podemos agora estar reconciliados com Deus e ser regenerados, ganhar a vida divina.
Os últimos passos, portanto, são: purificação, justificação, santificação, reconciliação e vida. Assim, vemos que o evangelho da graça começa com a iluminação de nossa condição como pecadores e termina na regeneração, quando ganhamos uma nova vida. Embora esses passos pareçam descrever uma caminhada, podemos experimentar todos eles de uma só vez quando invocamos o nome do Senhor! Aleluia! Você quer ter essa experiência? Então invoque e seja salvo: Ó Senhor Jesus! Ó Senhor Jesus! Amém!




Pela graça somos salvos!

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus        (2 Co 5:21). Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus (Ef 2:8)


Sl 22:6-9, 12-18; Rm 5:1, 17-18; Gl 1:3-4a



O Senhor Jesus foi crucificado para nos salvar dos nossos pecados. A Palavra afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23). Portanto, uma vez que somos pecadores, cometemos pecados, nós deveríamos morrer, mas foi o Senhor que recebeu o castigo em nosso lugar e cumpriu as justas exigências de Deus por nós (2 Co 5:14, 21).
Sua morte foi extremamente dolorosa. Ele foi pendurado no madeiro, fixado na cruz com cravos nas mãos e nos pés, e ainda Lhe puseram uma coroa de espinhos na cabeça. No auge de Sua dor, quando não mais podia aguentar tanto sofrimento, disse: “Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19:28b-30).
O Senhor sofreu por nossa causa. Por isso, quando nos referimos à Sua morte redentora, jamais deveríamos falar de maneira leviana. Na verdade, devemos lembrar que nós é que deveríamos sofrer ali, na cruz, porque nós temos pecados, e não o Senhor! Mas Ele, por Sua infinita misericórdia, pagou alto preço por nós. Esvaziando-Se, Ele se humilhou, como servo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fp 2:7-8). Todo esse sofrimento, Ele passou por nos amar.
Louvado seja o Senhor! Quanta graça! Por isso nós falamos do evangelho da graça. Por Sua graça o Senhor Jesus morreu por nós, derramou Seu sangue, nos purificou de todos os pecados e nos salvou (Ef 2:8).
Sabemos que, sem derramamento de sangue, não há perdão de pecados (Hb 9:22). Por nos amar, Ele morreu derramando Seu sangue para nos justificar diante de Deus Pai (Rm 6:23; 5:9). Quanto a nós, ao ouvir o evangelho, cremos em Sua morte redentora e fomos justificados pela fé. Recebemos Jesus como nosso Salvador e, por meio Dele, somos salvos, recebemos o perdão dos nossos pecados, nos reconciliamos e temos paz com Deus.
Esse evangelho, essas boas-novas da graça de Deus, já chegou a nós, e nós o recebemos. Agora já nenhuma condenação pesa sobre nós, que estamos em Cristo (Rm 8:1). Mesmo que eventualmente ainda pequemos, temos a eficácia do sangue derramado pelo Senhor que, uma vez por todas, resolveu o problema dos nossos pecados perante Deus (1 Jo 2:1-2). Louvado seja o Senhor!