28 agosto, 2012

Refletindo...

A escolha que confrontou Adão


Deus plantou grande número de árvores no Jardim do Éden, mas "no meio do jardim", isto é, em um lugar de especial proeminência - plantou duas árvores: a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Pense em um homem adulto, digamos, com 30 anos de idade, que não tenha senso do certo e do errado, nenhum poder para diferenciar os dois. Você não diria que o desenvolvimento desse homem estaria incompleto? Bem, Adão era exatamente assim. E Deus o colocou no jardim, dizendo: "Ora, o jardim está cheio de árvores, cheio de frutos, e podes comer livremente do fruto de todas as árvores. Mas, no meio do jardim, há uma árvore chamada a árvore do conhecimento do bem e do mal; não deves comer dela porque, no dia em que o fizeres, certamente morrerás. Mas, lembra-te, o nome da outra árvore, no meio do jardim, é árvore da Vida".

Qual é, pois, o significado dessas duas árvores? Adão, por assim dizer, foi criado moralmente neutro - nem pecador, nem santo, mas inocente - e Deus colocou essas duas árvores no jardim para que ele pudesse pôr em prática a faculdade do livre arbítrio de que era dotado. Podia escolher a árvore da vida ou escolher a árvore do conhecimento do bem e do mal.

Ora, o conhecimento do bem e do mal, embora a Adão tivesse sido proibido, não é mau em si mesmo. Sem ele, Adão está limitado e não pode, por si mesmo, decidir em questões de ordem moral. O julgamento do que é certo e bom não lhe pertence, e sim a Deus; e, para Adão, a única maneira de agir diante de qualquer questão seria apresentá-la a Deus Jeová. Assim, há no jardim uma vida que depende totalmente de Deus. Essas duas árvores representam, portanto, dois princípios profundos. Simbolizam dois planos de vida: o divino e o humano. A árvore da vida é o próprio Deus, porque Deus é vida. Ele é a mais elevada expressão da vida, bem como a fonte e o alvo da vida. E o fruto, o que representa? É nosso Senhor, Jesus Cristo. Não podemos comer a árvore, mas podemos comer seu fruto. Ninguém é capaz de receber Deus como Deus, mas podemos receber o Senhor Jesus Cristo. O fruto é a parte comestível, a parte da árvore que se pode receber. Podemos assim dizer, com a devida reverência, que o Senhor Jesus Cristo é realmente Deus em forma receptível - Deus, em Cristo, pode ser recebido por nós.

Se Adão tomasse da árvore da vida, participaria da vida de Deus e, assim, se tornaria um "filho" de Deus, no sentido de ter em si mesmo a vida derivada de Deus. Teríamos, então, a vida de Deus em união com o homem - uma raça de homens tendo em si a vida de Deus e vivendo em constante dependência de Deus para a manifestação dessa vida. Se, por outro lado, Adão se voltasse na direção contrária e tomasse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, desenvolveria, então, sua própria humanidade de forma natural e separadamente de Deus. Como um ser auto-suficiente, ele possuiria em si mesmo o poder para formar julgamento independente, mas não teria nenhuma vida da parte de Deus.

Portanto, essas eram as alternativas que estavam diante dele. Escolhendo o caminho do Espírito, o caminho da obediência, poderia tornar-se um "filho" de Deus, dependendo de Deus para sua vida, mas, seguindo o curso natural, ele poderia, por assim dizer, dar o toque final em si mesmo, tornando-se um ser auto-dependente, julgando e agindo independentemente de Deus. A história da humanidade é o resultado da escolha feita por Adão. 



A Escolha de Adão, a Razão da Cruz 


Adão escolheu a árvore do conhecimento do bem e do mal, tomando assim uma posição de independência. Ficou sendo o que até hoje é o homem (aos seus próprios olhos): homem "plenamente desenvolvido" que pode comandar o conhecimento, decidir por si mesmo, prosseguir ou deter-se. Desde então, tinha "entendimento" (Gn 3:6). Mas a conseqüência para ele foi morte em vez de vida, porque a escolha que fez envolvia cumplicidade (pessoa que colabora) com Satanás e o colocou sob juízo de Deus. Foi por isso que, daí em diante, o acesso à árvore da vida teve de lhe ser proibido.

Dois planos de vida foram colocados perante Adão: o da vida divina, em dependência de Deus, e o da vida humana, com os seus recursos "independentes". Foi pecaminosa a escolha que Adão fez, porque assim tornou-se aliado de Satanás para frustrar o eterno propósito de Deus. Ele fez isso ao escolher desenvolver sua própria humanidade - tornar-se, talvez, um homem muito refinado e até mesmo, segundo o seu padrão, um homem "perfeito" - independente de Deus. No entanto, o resultado foi morte, porque ele não tinha em si mesmo a vida divina imprescindível para realizar em si o propósito de Deus. Mas Adão escolheu ser "independente", um agente do inimigo. Assim, em Adão, todos nos tornamos pecadores, dominados por Satanás, sujeitos à lei do pecado e da morte e merecendo a ira de Deus.

Vemos, assim, a razão divina da morte e da ressurreição do Senhor Jesus. Vemos, também, a razão divina da verdadeira consagração - para nos considerarmos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, e para nos apresentarmos a Deus como vivos dentre os mortos. Todos devemos ir à cruz, porque o que está em nós, por natureza, é a vida do eu, sujeita à lei do pecado. Adão escolheu uma vida própria em vez da vida divina; assim, Deus teve de juntar e eliminar tudo que estava em Adão. Nosso "velho homem" foi crucificado. Deus incluiu-nos todos em Cristo e crucificou-O, como último Adão, aniquilando assim tudo o que pertence a Adão. Depois, Cristo ressuscitou em uma nova forma, ainda com um corpo, mas "no Espírito" e não mais "na carne". O último Adão, porém, é espírito vivificante (1 Co 15:45). O Senhor Jesus agora tem um corpo ressurreto, espiritual, glorioso e, desde que não está mais na carne, pode agora ser recebido por todos. "Quem de mim se alimenta, por mim viverá" , disse Jesus (Jo 6:57). Os judeus sentiram repugnância diante da idéia de comer Sua carne e beber Seu sangue, mas evidentemente não O poderiam receber porque literalmente Ele ainda estava na carne. Agora que Ele está no Espírito, cada um de nós pode recebê-Lo, e é por meio de participarmos da Sua vida ressurreta que somos constituídos filhos de Deus. "A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (...) os quais nasceram (...) de Deus" (Jo 1:12,13).

Deus não está empenhado em reformar nossa vida. Seu alvo não consiste em aperfeiçoar essa vida porque a nossa vida situa-se em um plano totalmente errado. Nesse plano, Ele não pode conduzir o homem à glória. Ele precisa ter um novo homem, nascido de Deus, nascido de novo. A regeneração e a justificação caminham juntas. 




Aquele que tem o Filho tem a vida


Há vários planos de vida. A vida humana situa-se entre a vida dos animais inferiores e a vida de Deus. Não podemos transpor o golfo que nos separa do plano superior ou do plano inferior, e a separação que há entre nossa vida e a de Deus é infinitamente superior à que existe entre a nossa vida e a dos animais. Certa vez, na China, visitei um líder Cristão que estava de cama, doente, e quem, por causa da sua história chamarei de sr. Wong, ainda que esse não seja seu verdadeiro nome. Ele é um homem muito culto, um PhD., e alguém que era estimado em toda a China por seus altos princípios morais, e por muito tempo esteve engajado no serviço cristão. Mas ele não cria na necessidade de regeneração. Ele apenas proclamava aos homens um evangelho social de amor e boas obras.

Quando visitei o Sr. Wong, seu cachorrinho estava ao lado de sua cama, e, após ter falado com ele das coisas de Deus e da natureza de Seu trabalho em nós, apontei para o cachorrinho e perguntei qual era o seu nome. Ele me disse que seu nome era Fido. "Fido é o seu primeiro nome ou o seu sobrenome"? Perguntei (utilizando os termos chineses para "primeiro nome" e "sobrenome"). "Oh, esse é apenas o seu nome", respondeu ele. "Você quer dizer que é apenas o seu primeiro nome? Posso chamá-lo Fido Wong"? Prossegui. "Certamente que não"! Veio a resposta enfática. "Mas ele vive com a sua família", retruquei. "Por que você não o chama de Fido Wong"? Então, apontando para suas duas filhas, perguntei: "Suas filhas não se chamam srta. Wong"? "Sim"! "Bem, então, por que não posso chamar seu cachorro de Mestre Wong"? O doutor riu e eu prossegui: "Você entende onde quero chegar? Suas filhas nasceram na sua família e têm seu nome porque você comunicou vida a elas. Seu cachorro pode ser bem inteligente, bem comportado e, no geral, um cachorro notável. Mas a questão não é: ele é um cachorro mau ou bom?, mas simplesmente: ele é um cachorro? Ele não precisa ser mau para ser desqualificado de ser um membro de sua família. Ele apenas precisa ser um cachorro.

O mesmo princípio aplica-se ao seu relacionamento com Deus. A questão não é se você é homem bom, mau ou mais ou menos, mas simplesmente: É você um homem? Se sua vida está em um plano inferior ao da vida de Deus, então você não pode pertencer à família divina. Durante toda a sua vida, seu objetivo ao pregar tem sido transformar homens maus em homens bons. Mas homens em si mesmos, quer sejam maus ou bons, não podem ter qualquer relacionamento vital com Deus. Nossa única esperança como homens é receber o Filho de Deus e, quando o fazemos, Sua vida em nós nos constituirá filhos de Deus. O doutor viu a verdade e, naquele dia, tornou-se um membro da família de Deus ao receber o Filho de Deus no coração. O que hoje possuímos em Cristo é mais do que Adão perdeu. Adão era apenas um homem desenvolvido. Permaneceu naquele plano e nunca possuiu a vida de Deus. Mas nós, que recebemos o Filho de Deus, recebemos não só o perdão dos pecados, mas também recebemos a vida divina que estava representada no Jardim pela árvore da vida. Pelo novo nascimento, possuímos o que Adão perdera, pois recebemos uma vida que ele nunca teve. 




Extraído do livro "A Vida Cristã Normal" de Watchman Nee das Edições Tesouro Aberto.

O ministério de João é permanente.


O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63)


Jo 21:22-23; 3 Jo 1-8; Ap 1:10
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Durante a perseguição do império romano aos cristãos, no primeiro século, os que estavam à frente das igrejas foram martirizados, assim como Pedro e Paulo. Naquela época, João não se destacava como os demais apóstolos, uma vez que, aparentemente, não exercia algum tipo de liderança. Cremos que por essa razão não foi executado com os demais. Foi apenas aprisionado e depois enviado para o exílio em Patmos.
O tempo de prisão e exílio de João durou cerca de vinte anos. Nesse período ele deve ter renunciado bastante à sua vida da alma e procurado viver no espírito (Ap 1:10; 4:2; 17:3; 21:20). Como resultado, o Senhor pôde trabalhar profundamente nele e dar-lhe grandes revelações.
Após seu exílio, estando já em Éfeso, João certamente teve a oportunidade de ler a epístola que Paulo escrevera àquela igreja. Tendo lido a carta, percebeu que era necessário ajudar os irmãos a praticarem as verdades nela contidas, a fim de restaurar a condição da igreja em Éfeso.
Sua experiência em Éfeso foi muito positiva. Em sua maturidade, ele se tornou mais sensível ao Espírito. Por meio de seu ministério, João ajudou os irmãos a deixarem sua animosidade e a desfrutarem do Espírito e da vida. Desse modo, a igreja em Éfeso foi totalmente restaurada, pois os irmãos aprenderam a viver no espírito, negando a si mesmos. Louvado seja o Senhor!
A partir de então, os irmãos em Éfeso se envolveram com a obra do ministério, pregando o evangelho por várias cidades e visitando as igrejas. Isto pode ser confirmado na Terceira Epístola de João (1-8).
Baseados nas palavras do Senhor Jesus a Pedro quando disse: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21:22), podemos dizer que o ministério ulterior de João, além de ter a característica de “remendar as redes” por meio do Espírito e da vida, é um ministério permanente, ou seja, perdurará até a volta do Senhor.
Por meio desse ministério, João ajudou a igreja em Éfeso e, hoje, nós também podemos participar desse ministério suprindo Espírito e vida a outros. Aleluia!

27 agosto, 2012

Refletindo...

Orgulho

Ao ler a história de Saul, percebemos que seu início foi muito positivo, porque demonstrou humildade ao reconhecer que era indigno de receber tamanha responsabilidade. Quando foi confirmado rei diante de todo o povo, Saul não se exaltou, antes se ocultou entre as bagagens, após ser confirmado rei, não se aproveitou da situação para vingar-se dos que o menosprezavam. Portanto no início, Saul foi um exemplo pra todos nós. Infelizmente, sua disposição inicial durou pouco. Mais tarde, em virtude de suas vitórias, seu coração mudou e ele tornou-se orgulhoso. Diante disso vemos que nem sempre as vitórias e sucessos contribuem para o nosso bem. Tudo depende de como está o nosso coração e de como temos lidado com nossas intenções e motivações. Talvez essa fosse a situação de muitos de nós quando começamos a servir ao senhor na igreja. Sentíamo-nos indignos e incapazes de executar nossas responsabilidades, o que sempre nos leva a depender humildemente do nosso senhor Jesus. No entanto, a partir do momento em que começamos a obter algum êxito no que estávamos fazendo, o orgulho veio a tona. Isso é uma forte evidência de que ainda não temos lidado a fundo com nossa vida da alma, se não lidarmos com ela, cada sucesso somente nos trará dano e prejuízo. Se porém,sempre praticarmos o negar de nossa vida da alma, nós nos manteremos puros e humildes a despeito das proporções do sucesso obtido.

Reconheçamos que nada é fruto de nosso esforço e capacidade, mas tudo vem de Deus, a fonte de todas as coisas, não imputemos a glória a nós mesmos, mas a Deus somente. 



Livro: “Um homem segundo o coração de Deus”

Estudo Bíblico...


Deus se dispensa como vida ao homem


Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 1:23)


Jo 1:14; Ef 1:4, 7, 13; 1 Pe 1:23

Nós deixamos a maneira tradicional de pregar o evangelho para tentar alcançar as pessoas em um ambiente livre da influência de antigas tradições. É assim que funcionam os bookafés, para propiciar uma atmosfera em que as pessoas se sintam à vontade, sem receio de se aproximar da Palavra de Deus e, até mesmo, de pedir oração. O Senhor nos revelou essa maneira de evangelizar para nos libertar de todos os obstáculos que impediam a propagação da fé.
Deus deseja Se dispensar para dentro do homem desde o início, desde a criação. Deus, como o Pai, o Filho e o Espírito Santo, planejou alcançar o homem, conforme mostrado em Efésios 1. O Pai nos predestinou para a filiação, pois nos escolheu antes do nascimento (v. 4); o Filho realizou a redenção de nossos pecados na cruz (v. 7), restaurando nosso acesso à presença de Deus, ao nos justificar; o Espírito nos alcançou como vida e nos supre diariamente para o crescimento da vida divina (v. 13). Dessa forma, a fé objetiva, que é o plano eterno de Deus, é infundida em nossa pessoa, se tornando a nossa fé subjetiva, ou seja, a pessoa de Deus é dispensada para dentro de nós.
Para que isso acontecesse, Deus não permaneceu inacessível nos céus, mas Se encarnou na pessoa do Filho, Jesus, que foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. No evangelho de João está descrito o processo da encarnação: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1:14)
Além disso, o Senhor Jesus morreu na cruz, no tempo predeterminado por Deus, para perdoar os pecados do mundo inteiro. Quando cremos no Senhor, confessando os pecados, somos salvos e perdoados; além disso, nos tornamos filhos de Deus, pela regeneração. Isso significa que nascemos de Deus, ou seja, a semente divina e incorruptível foi plantada em nosso interior (1 Pe 1:23). Graças a Deus por Seu plano eterno que nos alcançou!

www.radioarvoredavida.net

O aspecto remendador do ministério de João.


Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados (1 Pe 4:8)


Mt 4:21-22; Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54; Jo 13:23, 25; 20:2; 21:7, 20; At 3:1; 4:19; 8:14
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Nesta semana veremos sobre o ministério do apóstolo João. No passado vimos que João foi chamado pelo Senhor em sua juventude. Ele era pescador, assim como Tiago, seu irmão (Mt 4:21). No momento em que o Senhor os chamou, eles estavam consertando as redes de pesca. Porém, ao chamado do Senhor imediatamente deixaram as redes e o barco para segui-Lo (v. 22).
De acordo com os registros bíblicos, podemos perceber que em certos momentos João era um jovem impetuoso (Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54), contudo o Senhor o amava muito, a ponto de ele mesmo descrever-se como o “discípulo a quem Jesus amava” (Jo13:23; 20:2; 21:7, 20). Ele também manifestou o amor intenso que tinha pelo Senhor, permanecendo ao Seu lado mesmo durante a crucificação, enquanto todos os outros discípulos se dispersaram. Em uma das passagens, vemo-lo aconchegado a Jesus, reclinando-se sobre o Seu peito (Jo 13:24-25). A sua proximidade do Senhor, portanto, foi uma das principais características de João.
Entretanto, durante o período relatado no livro de Atos, João não tinha destaque entre os demais apóstolos, aparecendo apenas ao lado de Pedro, acompanhando-o em suas viagens (At 3:1; 4:19; 8:14). Ademais, não há registros de mensagens, viagens ou pregações feitas por João, embora ele fosse descrito por Paulo como uma das “colunas” da igreja (Gl 2:9).
Não sabemos por qual motivo, naquele período, João não participava de forma mais ativa na obra do ministério, tal como os apóstolos Pedro e Paulo. Talvez fosse por pouca capacidade ou por ser muito humilde, deixando Pedro sempre tomar a liderança. Todavia, sabemos que todas essas coisas estavam de acordo com a vontade soberana de Deus, pois muitos anos após a morte de Pedro e Paulo, João foi usado pelo Senhor para dar continuidade ao Seu ministério.
Em sua maturidade, depois de permanecer exilado por vinte anos, João recebeu grandes visões, as quais ele narrou no livro de Apocalipse. Depois de ser libertado da prisão, segundo a história da igreja, dirigiu-se para Éfeso, com a finalidade de ajudar os irmãos da igreja ali. Assim como quando era pescador, em sua juventude, João consertava as redes de seu pai e, mais tarde, tornou-se muito útil a Deus para reparar falhas espirituais existentes na igreja. Seu ministério tinha esse aspecto remendador, cuja base sólida era o amor a Deus e aos irmãos.
Nos próximos dias desfrutaremos mais da experiência de João e de seu ministério ulterior de Espírito e vida, no qual cada um de nós pode ter parte.

26 agosto, 2012

Refletindo...

A nossa necessidade de sermos purificados


Agora precisamos ponderar um pouco mais sobre a questão do motivo. Ao virmos para a igreja, precisamos ter um motivo puro, nada buscando para nós mesmos. O nosso motivo tem de ser singelo pela restauração do Senhor. Embora possamos ser ignorantes até certo ponto, se o nosso motivo for puro, estaremos sempre prontos para receber luz. Entretanto, se não estivermos dispostos a receber luz, isso in¬dica que o nosso motivo não é genuíno. Precisamos refletir se o nosso motivo é totalmente pela restauração do Senhor. Se não, o nosso motivo é errado. Exteriormente podemos estar certos em todos os aspectos, mas ainda estar errados interiorrnente.

Fui a Xangai pela primeira vez em 1933. Naquela época, encontrei-me com um irmão que entrara na igreja bem no início da prática da vida da igreja naquela cidade. Ele sequiosamente queria ser um presbítero. Embora na aparência ele zelosamente amasse o Senhor, não era a pessoa adequada para ser um presbítero. Ele simplesmente não tinha aquele tipo de capacidade. Ele entrou na vida da igreja em 1928. Quando vinte anos mais tarde, em 1948, ele ainda não era um presbítero, estabeleceu outra reunião em sua cidade natal e sustentou um pregador, fazendo a mesma coisa que Mica fez em Juízes 17.

Durante os últimos catorze anos, tem havido uns poucos entre nós nos Estados Unidos que esperavam tornar-se presbíteros. Quando não eram designados presbíteros numa localidade, mudavam-se sob pretexto de migrar para outra localidade. Quanto mais esperavam tornar-se presbíteros, mais óbvio se tornava de que não deveriam sê-lo. Depois de ir de cidade em cidade, sem serem colocados no presbitério, eles por fim voltaram suas costas à igreja e saíram. Nada testa mais os nossos motivos do que a igreja. A igreja é um candelabro de ouro puro, e não pode tolerar qualquer mistura. Todos precisamos ser purificados. Precisamos orar, dizendo: “Senhor, faça-me puro. Agora que estou em Tua restauração, peço-Te que me purifiques.”

Nenhum de nós na restauração do Senhor deve ser ambicioso. Na restauração, a ambição acabou. Além disso, nenhum de nós deve se importar com posição. É muito melhor não ter posição alguma. Além disso, nunca espere ser um líder. De modo semelhante, você não deve dizer que jamais será um líder ou que você não gosta de ser um líder. Se na vida do Senhor você tem ou não capacidade de ser alguém que lidera, isso é com o Senhor, mas você tem de ser o mesmo, líder ou não. Se não é um líder, então tem de ser um membro vivo, que funciona. Senão, o Senhor não terá caminho entre nós. Você não deve ser humilde e dizer: “Jamais serei um líder”; tampouco deve ser ambicioso e desejar ser um líder. Se não se sente bem quando um irmão ou irmã torna-se um líder, isso revela que a sua motivação não foi purificada.

O meu coração constantemente sofre por causa da situação entre os cristãos. Olhe a situação no catolicismo, protestantismo, pentecostalismo e grupos livres. Onde está o meio de o Senhor edificar a Sua igreja? Precisamos estar claros a respeito da restauração do Senhor e de Sua economia, e precisamos ser puros em nossa motivação. 




Fonte: Extraído do livro “Tudo o que você precisa saber sobre a igreja” - W. Lee
 www.igrejaemuberaba.com.br

Para Meditar...


Lidando com os pecados e Satanás



Pecado - Rádio Árvore da Vida

Uma das eficientes armas de Satanás é fazer-nos desanimar por causa de nossos defeitos e erros. Ele está sempre atento às nossas reações porque elas expõem nossos defeitos, para, no momento oportuno, acusar-nos diante de Deus. Por isso, precisamos atentar para a palavra do apóstolo Pedro e lançar sobre o Senhor, que tem cuidado de nós, toda nossa ansiedade (1 Pedro 5:7). Devemos também ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo, nosso adversário, anda a nosso redor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar (v.8). Quando pecamos e caímos sob a condenação de Satanás, somos devorados por ele. Por isso, devemos estar a toda hora vigilantes na presença de Deus. Vigiar significa estar sempre pronto contra o ataque de Satanás. Precisamos vigiar para não dar lugar a Satanás (Efésios 4:27) nem lhe dar oportunidade para devorar-nos.
Satanás está constantemente nos observando. Por vezes, cometemos pecados em oculto e ficamos satisfeitos porque os homens não sabem o que fizemos, mas nós mesmos sabemos e Satanás também sabe. Isso é suficiente para sermos devorados por ele. Quando pecamos, devemos nos arrepender. Se insistirmos em pecar em oculto e não nos arrependermos, certamente um dia tudo virá à tona, e seremos envergonhados diante dos outros. Se algo que fazemos não dá paz à nossa consciência ou nos leva a ser repreendidos pelo Senhor que mora em nosso interior, devemos imediatamente arrepender-nos. Se assim fizermos, não daremos chance a Satanás de encontrar em nós alguma coisa pela qual nos possa devorar.
Satanás é o acusador. Ele nos acusa em nossa consciência e também diante de Deus (Apocalipse 12:10; Zacarias 3:1). Que fazer quando essas acusações surgirem? Se já nos arrependemos delas e aplicamos o sangue do Senhor, devemos dizer a Satanás que ele não tem mais do que nos acusar, pois já estamos purificados pelo sangue do Cordeiro e temos nossa consciência tranqüila diante de Deus. Se, no entanto, formos acusados de algum pecado que ainda não confessamos e do qual não nos tenhamos arrependido, essa será a oportunidade para o fazermos.
Devemos resistir a Satanás, que nos acusa de dia e de noite, permanecendo firmes na fé (1 Pedro 5:9; Tiago 4:7). Para isso, devemos usar o sangue do Cordeiro, a palavra do testemunho e, mesmo em face da morte, não amar a própria vida (Apocalipse 12:11). Quando Satanás nos acusa de alguma coisa com que já lidamos diante de Deus, devemos resistir-lhe, dizendo-lhe: “Satanás, eu realmente fiz tudo isso de que você me acusa. Mas esses pecados já foram apagados por Deus, pois eu me arrependi deles e fui purificado pelo sangue do Cordeiro!” Essa é a palavra do testemunho que temos de dar!

(Texto extraído do Livro Não mais eu, mas Cristo, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.)
www.radioarvoredavida.net

Alcançar as pessoas onde elas estão.


Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia (Gn 28:16)


1 Co 12:12-13; Ef 2:15-17; 1 Jo 1:4; Ap 1:3
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

O Senhor nos comissionou a pregar o evangelho do reino. Entretanto, vimos que nossa prática no passado de ficar somente em nosso local de reuniões, esperando pelas pessoas não era suficiente para levar a cabo essa comissão. Para levar o evangelho do reino a cada bairro ou região de nossa cidade, percebemos que precisávamos ter um lugar agradável e acessível, onde, mesmo no correcorre diário, as pessoas pudessem entrar e permanecer ali por algum tempo.
Foi com o objetivo de alcançar as pessoas onde elas estão, que o Senhor nos deu os lugares de oração e os bookafés, por meio dos quais temos nos empenhado em expressar Seu amor e dar a todas as pessoas a oportunidade de conhecer o propósito eterno de Deus, por meio da palavra escrita (1 Jo 1:4; Ap 1:3).
Qual o significado de bookafé? “Book” se refere a livro em inglês; “a” mostra que há uma direção, uma meta; e “Fé” é aquilo no que nós cremos. Essa Fé tem como conteúdo o plano de Deus revelado no Novo Testamento, Sua economia neotestamentária, a qual Ele deseja trabalhar em nossa fé subjetiva. Por isso, nos bookafés há muitos livros à disposição das pessoas, visando ajudá-las a ganhar a vida divina e a revelação do plano de Deus.
Nosso Deus é muito sábio, pois quando alguém entra no bookafé pensando apenas em tomar um cafezinho, ele também se depara com os colportores que, depois de lhe darem as boas-vindas, apresentam-lhe os livros de uma forma bem agradável. Dessa maneira, mais pessoas estão sendo salvas, conhecendo o propósito de Deus e a importância da cooperação do homem no cumprimento de Seu plano eterno; além de serem fortalecidas e supridas por meio da oração e comunhão com os irmãos. Todos nós sabemos que o coração de Deus não é estreito, Sua palavra é para alcançar todas as pessoas, o que já vem ocorrendo há séculos. Infelizmente, muitos filhos de Deus se dividiram, cada um com seus conceitos, e se fecharam, formando seus próprios grupos, segundo suas próprias interpretações bíblicas.
Hoje muitas pessoas ainda estão distantes das promessas de Deus, não tendo esperança e vivendo sem Deus no mundo (Ef 2:15-17). Louvamos ao Senhor, pois por meio dos bookafés, muitos que não conheciam a Deus nem Seu propósito para o ser humano estão sendo salvos e conduzidos à Fé. Além disso, alguns filhos de Deus que haviam se desviado estão se aproximando do Senhor novamente e vendo Seu reino. Para isso procuramos levá-los a invocar o nome do Senhor.
Por meio de invocar o nome do Senhor, nós nos voltamos ao Espírito que dá vida. Cada vez que O invocamos, a vida divina é acrescentada a nós. Por meio dela, expressamos o amor de Deus. Quanto mais da vida divina temos, mais o amor de Deus transborda de nós, alcançando todos aqueles que contatamos na pregação do evangelho, dia após dia.

Buscar diligentemente o amor.


Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente (1 Pe 1:22)


1 Jo 2:5; 3:11, 14, 16; 4:16
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

Embora sejamos coparticipantes da natureza divina por meio de Suas promessas, ainda precisamos do acréscimo da natureza de Deus: “Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai...” (2 Pe 1:5a). Isso quer dizer que temos de buscar mais e buscar diligentemente, incessantemente, o crescimento, o desenvolvimento da vida divina em nós.
De acordo com a experiência de Pedro, é preciso associar “com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor” (vs. 5-7). Não basta somente a fé, é preciso associar a virtude; só a virtude não basta, é preciso acrescentar conhecimento; só o conhecimento não é suficiente, precisa acrescentar domínio próprio; com o domínio próprio, segue a perseverança; a perseverança produz a piedade; e a piedade, o amor fraternal.
Hoje, na vida da igreja, pelo fato de lermos e orarmos a Palavra do Senhor e invocarmos Seu nome, a vida divina está crescendo em nós e, consequentemente, já começamos a expressar aos outros o amor de Deus que habita em nós (1 Jo 2:5).
Deus é amor, então a manifestação prática da igreja em nosso viver diário é transmitir o amor divino que habita em nós aos nossos irmãos (1 Pe 1:22; 1 Jo 3:16; 4:16). Para que isso ocorra, como os apóstolos Paulo e Pedro descreveram em suas epístolas, devemos permitir o trabalhar do Espírito em nós. Esse processo de transformação não ocorre de uma hora para outra; precisamos usar de diligência para cooperar com o Senhor.
Porém, apesar de nos darmos por satisfeitos em amar os irmãos, isso ainda não é suficiente para o Senhor. Precisamos buscar, com mais diligência, crescer na vida divina para sermos inundados com o amor ágape, que é o amor de Deus. Esse é o amor mais elevado, ilimitado, o amor do princípio, que ama até mesmo o inimigo e que perdoa incondicionalmente.
Paulo nos disse que o amor é o caminho sobremodo excelente, e Pedro vem nos mostrar de maneira prática, como cultivar esse amor. Ele teve a experiência de negar sua vida da alma, de purificá-la por meio do fogo do Espírito (1 Pe 4:12-13).
Foi pelo queimar com o fogo do Espírito que sua alma foi purificada, para receber mais da natureza de Deus e de Suas preciosas e mui grandes promessas. Os sofrimentos mencionados por Pedro são interiores e vêm como fogo para, pouco a pouco, consumir a vida natural, nossa vida da alma. Dessa forma, a vida divina terá mais espaço para crescer em nós.
As situações de sofrimentos pelas quais passamos não são à toa: Deus nos ama e deseja nos tornar mais úteis a Ele, por isso permite que passemos por várias provações. Essa é a ajuda que recebemos com as ricas experiências de Pedro em suas epístolas. Almejamos que Cristo cresça gradativamente em nós, para reinarmos com o Senhor na era vindoura. Aleluia!

24 agosto, 2012

Refletindo...

Vencer é necessário e possível.


Irmãos e irmãs, se vocês descobrirem que têm algum dos pecados mencionados, certamente precisam vencer. Não sei quantos desses oito tipos de pecados você cometeu. Talvez apenas um ou dois; talvez mais. Mas Deus não permitirá que nem um, dois ou mais pecados o enredem. É provável que você observe alguns defeitos em um irmão, que detecte imperfeições em outro ou algumas falhas em um terceiro. Mas é errado ter tantas falhas. Devemos dar graças ao Senhor e louvá-Lo porque todos os pecados estão debaixo de nossos pés. Demos graças ao Senhor e louvemo-Lo. Não há pecado, por maior que seja, que sejamos obrigados a cometer. Demos graças a Deus e louvemo-Lo. Não há tentação tão grande que não possa ser vencida.

A vida que o Senhor ordenou para nós é uma vida de comunhão ininterrupta com Deus. Todo cristão pode fazer a vontade de Deus e pode ser totalmente livre de seus afetos naturais. Todo cristão pode vencer o pecado completamente e também seu caráter. O cristão pode consagrar tudo a Deus e ser libertado do amor que tem ao pecado. Demos graças a Deus e louvemo-Lo. Essa não é uma vida idealista; é uma vida que pode ser plenamente praticada. 



Fonte: A Vida Que Vence - W. Nee
(Site Igreja em Uberaba)

O padrão ilimitado da natureza divina.


Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Cl 3:13)


Mt 18:21-22; Rm 10:12
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

De acordo com a natureza humana, segundo o padrão de Pedro, o máximo que conseguimos perdoar é sete vezes (Mt 18:21). O Senhor Jesus, no entanto, disse a Pedro: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (v. 22). Isso só é possível se, como dissemos ontem, a natureza do Deus Triúno estiver sendo trabalhada em nossa pessoa. O simples conhecimento dessa verdade não nos faz perdoar mais que três ou quatro vezes. Quando tomamos a cruz, negando a nós mesmos, a natureza divina que está dentro de nós, cujos atributos são ilimitados, consegue perdoar toda ofensa contra nossa pessoa inúmeras vezes.
No passado, o Senhor me deu a graça de perdoar muitas pessoas e ajudar muitos irmãos na obra do Senhor. Alguns depois de ter recebido minha ajuda, começaram a ir contra mim, mas eu não os excluí da nossa comunhão. Dentre eles, houve um irmão, que depois de certo tempo, foi iluminado pelo Espírito, viu que estava errado e me procurou arrependido do que havia feito comigo. Eu o perdoei e esquecemos o fato; foi como se nunca tivesse ocorrido nada.
Numa segunda vez, esse mesmo irmão caiu novamente no mesmo erro. Eu tive paciência e não o tratei com desprezo. Novamente ele se arrependeu e eu o perdoei; e assim se sucederam mais duas vezes. Apesar de ele fazer muitas coisas contra mim, o Senhor me deu graça para perdoá-lo todas essas vezes. Na quarta vez, ele me perguntou: “Irmão Dong, como você consegue me perdoar tantas vezes assim? Eu já o ofendi várias vezes e você me perdoou todas elas. Você me perdoa mais uma vez?”.
Talvez você pense que perdoar alguém quatro vezes é sinal de espiritualidade. Pedro, entretanto, possuía um padrão ainda maior. Ele nos mostrou que, segundo seu ser natural, era capaz de perdoar um irmão sete vezes. Todavia, o Senhor, ao responder a Pedro, disse-lhe que devemos perdoar setenta vezes sete. Sua resposta revela que o perdão, de acordo com a natureza divina, é ilimitado, pois é o perdão segundo Deus.
Segundo a natureza humana, e de acordo com o padrão de Pedro, só conseguiríamos perdoar sete vezes, no máximo. Somente por meio da natureza divina, trabalhada em nosso interior, conseguimos perdoar setenta vezes sete, ou seja, quantas vezes forem necessárias. O mesmo ocorre com as demais virtudes humanas. A paciência, o amor, a humildade, a mansidão, a fraternidade, enfim todas essas virtudes, precisam ser mescladas com a natureza divina, para não só existirem em nós, mas em nós aumentarem e fazer com que não sejamos nem inativos, nem infrutuosos em nosso viver cristão diário.
Precisamos nos abrir diariamente ao dispensar do Pai, do Filho e do Espírito para vivenciar a natureza divina agindo em nós. Uma maneira eficiente de fazer com que a natureza divina seja trabalhada na natureza humana é invocar o nome do Senhor (Rm 10:12). Por meio de Seu nome nos tornamos coparticipantes da natureza divina, ganhamos todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, somos conduzidos à glória e à virtude e recebemos Suas preciosas e mui grandes promessas. Assim somos libertos das corrupções e das paixões que há no mundo.

23 agosto, 2012

Refletindo...

A importância dos grupos familiares de cuidado mútuo para o viver da igreja.
 
Comunhão sobre as Verdades Bíblicas

No santo lugar havia também o candelabro. A função do candelabro não é outra senão iluminar. O salmo 119:30 diz: "A exposição das tuas palavras dá luz" (VRC). Quando nos reunimos para ter comunhão sobre a Palavra de Deus, não devemos fazê-lo com o intuito de investigar doutrinas ou aumentar nosso conhecimento teológico; antes, devemos procurar receber luz divina. Segundo o salmista, não é a Palavra que dá luz, mas a exposição sobre ela. É o que vemos, por exemplo, em Atos 8:26-37. Nesse relato, há um eunuco lendo o profeta Isaías, mas sem receber nenhuma luz, nenhum entendimento. Foi preciso que Felipe explicasse a passagem ao eunuco para que este visse Cristo revelado. O resultado foi que creu no Senhor e foi batizado.

Por isso, as reuniões pequenas também devem ter o caráter de exposição das verdades bíblicas. Nessas reuniões devemos evitar conversas vãs, que muitas vezes, acabam por desviar-se para fofocas ou críticas. Devemos dar o lugar central de nossa comunhão à Palavra de Deus (cf. Sl 138:2). Essa exposição, no entanto, não deve ser feita por um "professor" ou "mestre", mas deve ser o resultado da comunhão entre todos. Na verdade, todos podem ensinar e todos podem falar.
Para evitar que haja dispersão durante a reunião, é recomendável a leitura de um bom livro espiritual, que apresente a economia eterna de Deus. Recomendamos a coleção Alimento Diário, que é um estudo de livros da Bíblia em fascículos. Cada fascículo traz mensagens para dois meses, divididas em pequenas porções para cada dia da semana. Na reunião, uma pessoa poderá ler uma frase, outra lê outro trecho, então alguém acrescenta um pequeno comentário ou conta alguma experiência que teve, relacionada com o que se leu. Desse modo, todos ganham suprimento espiritual, e a luz da Bíblia brilha para todos.

Se formos desse modo edificados e amadurecidos, a Palavra de Cristo estará habitando ricamente em nós (Cl 3:16) e seremos úteis para Deus, a fim de pregar o evangelho e edificar a igreja em várias cidades, cumprindo, assim, Sua economia.
A Palavra deve ser nosso "equipamento" para servir a Deus (2Tm 3:16), e com ela estaremos qualificados para ser enviados aos nossos parentes, amigos, vizinhos e, até mesmo, caso Deus assim o determine, para outras cidades e países.


Apascentar e Pastorear

Já que mencionamos o ensino das verdades bíblicas nas pequenas reuniões, devemos atentar para um fato: o dom de mestre sempre acompanha o dom de pastor. Na verdade, esses dois dons são um só. Quando ensinamos a alguém as verdades bíblicas estamos também apascentando essa pessoa. Isso só é possível quando ministramos a Palavra, não como doutrina ou conhecimento morto, mas como Espírito e vida (Jo 6:63). Assim, ao ensinarmos à verdade, estaremos também transmitindo vida. Em 1Ts 2:7, Paulo se compara a uma ama-de-leite que cuida com carinho de seus filhos. Nos versículos 11 e 12, todavia, Paulo se compara a um pai que exorta seus filhos. Ao cuidarmos dos irmãos, devemos ser tanto uma ama que alimenta com o alimento espiritual quanto um pai que ensina as verdades bíblicas.
Em João 21, o Senhor Jesus perguntou por três vezes a Pedro se ele O amava. Às respostas afirmativas de Pedro, o Senhor Jesus disse: "Apascenta os Meus cordeiros, pastoreia as Minhas ovelhas e apascenta as Minhas ovelhas".

Apascentar é alimentar os irmãos com a Palavra de Deus, e pastorear é cuidar de maneira pessoal e íntima. Na verdade, a melhor maneira de cuidar dos irmãos é alimentá-los com a Palavra viva, com a Palavra que se tornou nossa experiência e desfrute, não com mero conhecimento teórico.

Em 1 Tessalonicenses 2:9, Paulo pediu que os irmãos daquela igreja se lembrassem de seu labor e fadiga, de como, noite e dia, lhes proclamou o evangelho de Deus. Quando estivermos ensinando as verdades a alguém ou estivermos apascentando, devemos ter essa mesma disposição: fazê-lo com labor e fadiga, dia e noite. Se realmente desejamos que nossos irmãos cresçam espiritualmente, precisamos dar-nos por eles, precisamos gastar-nos, com labor e fadiga, para supri-los. Assim como a Pedro, um rebanho nos foi confiado e precisamos ser modelos para ele (1 Pe 5:2,3): por exemplo, se queremos que os irmãos orem e leiam a Bíblia, devemos ser os que oram e lêem. De nada adianta ordenar e exortar; precisamos, simplesmente, ser modelos para o rebanho.
Algumas Questões Práticas.

Sem dúvida, as reuniões pequenas são a melhor maneira de todos os irmãos desenvolverem seus dons. Por isso, há algumas questões práticas às quais devemos atentar, a fim de tirar o máximo proveito de tais reuniões.

O primeiro ponto importante a lembrar é que essas reuniões não são um tipo especial de igreja caseira nem são o embrião de uma nova denominação ou grupo cristão. Devemos posicionar-nos seriamente pela unidade do povo de Deus, observando a base bíblica da unidade: uma cidade, uma igreja. Desse modo, as pequenas reuniões devem ser apenas um instrumento auxiliar para a edificação da igreja em determinada cidade. Devemos rejeitar a idéia de ter um grupo sob nosso comando, mas devemos entregar-nos a ajudar cada irmão a crescer espiritualmente e a trabalhar ativamente pela unidade entre os filhos de Deus.
Os cristãos têm-se dividido pelas mais diversas razões. Há grupos que se originaram de divergências doutrinárias ou de discórdias pessoais. Mas dentro das divisões há também subdivisões: há "igrejas" que reúnem apenas pessoas de determinada nacionalidade, ou gostam de determinado tipo de música, ou pertencem à mesma classe social. Isso é totalmente contrário ao ensino da Bíblia. No novo homem, na igreja, não há qualquer tipo de divisão ou acepção de pessoas. O mesmo princípio deve ser observado nas pequenas reuniões: não pode haver preferência nem rejeição por nenhum tipo de pessoa.

As pequenas reuniões familiares são ideais para reunir pessoas que moram próximas. Há irmãos idosos que têm dificuldade de se locomover e há vizinhos que têm dificuldade de ir a um local de reuniões da igreja, por causa da distância. Mas é fácil aceitar um convite para uma reunião informal na casa de um vizinho. Pode-se, até mesmo, sugerir para essas pessoas que abram sua casa para uma reunião.
Reuniões assim são também o ambiente ideal para que irmãos novos sejam alimentados. Esses cristãos recém-convertidos que, muitas vezes, não têm ainda clareza do que ocorreu com eles, normalmente são cheios de amor e de interesse pelo Senhor, mas ainda são tímidos para falar de sua fé. Desse modo, numa pequena reunião eles se sentirão à vontade para falar e fazer perguntas quando tiverem dúvidas. O mesmo se aplica a cristãos que ainda não se reúnem na base da unidade. Se participarem dessas reuniões, onde podem perguntar, falar e ouvir, pouco a pouco eles verão o que Deus deseja para Seus filhos e certamente também optarão pela base da unidade.

Outro objetivo das reuniões de casa é pregar o evangelho. Devemos sempre convidar nossos vizinhos, colegas e parentes a fim de apresentar-lhes Cristo como Senhor, Salvador e vida. Devemos, contudo, ter o cuidado de não fazer dessas pessoas o centro da reunião. A reunião deve ser normal, com a participação de todos, pela leitura de um livro especialmente escolhido para ela, ou comunhão sobre determinado assunto espiritual. Mas, vez por outra, convidamos as pessoas a lerem ou tecer algum comentário sobre a leitura. Pouco a pouco, elas irão abrindo o coração e poderão receber Cristo como seu Senhor.

Por fim, para que as reuniões de casa alcancem o maior número possível de pessoas, elas não devem ser sempre na mesma casa nem obedecer a um rodízio fixo entre os participantes. Isso impede que novas casas sejam abertas e que novas pessoas sejam alcançadas. O ideal é perguntar-se, ao final de cada reunião, quem gostaria de ter uma reunião como aquela em sua casa. Dessa forma, se um dos convidados foi tocado pela Palavra ou se genuinamente se converteu, provavelmente desejará ter uma reunião em sua casa, a fim de convidar outros. Quanto mais desfrutável e "apetitosa" for a comunhão nessa reunião, mais os irmãos novos e os convidados desejarão ter algo semelhante em suas próprias casas. Desse modo, a igreja crescerá espiritualmente e em número.


Tamanho Uniforme

Além de ter igual largura, todas as tábuas tinham o mesmo comprimento, dez côvados. Como elas representam os cristãos individualmente, o fato de serem da mesma altura indica que, aos olhos de Deus, todos os Seus filhos são iguais e igualmente importantes. Deus jamais desejou que apenas um pequeno e privilegiado grupo de cristãos O servisse, enquanto o restante permanecesse passivo, apenas assistindo ou ouvindo. A vida divina que recebemos na regeneração capacita-nos a servir ao Senhor, funcionando em Seu Corpo como membros vivos (cf. 1Co 14:31).

Por exemplo, quando nos reunimos com alguns irmãos numa casa, para uma comunhão informal, todos ali são iguais, não deve haver líderes e todos devem funcionar. Cada cristão recebeu do Senhor diferentes talentos; alguns receberam um talento, outros, dois, e outros, cinco talentos. De maneira geral, é suficiente usarmos apenas um talento nessas reuniões. Mesmo que sejamos pessoas de cinco talentos, devemos usar apenas um. Se usarmos todas as nossas capacidades e habilidades espirituais, inibiremos os de um talento de usarem o deles. A tradição cristã estabeleceu que os irmãos de dois e cinco talentos devem liderar as reuniões e que somente eles podem falar por Deus. No entanto, de acordo com a revelação da Bíblia, especialmente nas epístolas aos romanos, aos coríntios e aos efésios, vemos que essa prática é totalmente contrária à vontade de Deus.

É preciso ressaltar isto: a Bíblia revela que todos os cristãos podem falar por Deus. Talvez tenhamos dificuldade de compreender essa verdade por estarmos habituados apenas a ouvir os irmãos de cinco talentos. Sem dúvida, é muito bom que ouçamos o ministrar da Palavra de Deus por meio de cristãos maduros e experientes. Por falarem por Deus, tais irmãos recebem mais da sua graça. Mas e nós que ouvimos? Onde está o exercitar do dom que recebemos? Que graça receberemos, se não usarmos o dom que Deus nos deu? Cristo não deseja que em Seu Corpo haja alguns membros superdensenvolvidos, e outros atrofiados. Quem fala muito é como uma boca imensa, enquanto os que apenas ouvem são como ouvidos imensos. Isso não é normal, além de ser muito feio. Em vez disso, o Corpo de Cristo deve ser harmonioso e belo, edificado por meio do igual crescimento espiritual de cada membro.

Deus deseja que todos os membros se desenvolvam de maneira uniforme por meio de funcionar, falando por Deus, compartilhando experiências espirituais pessoais. As pequenas reuniões, que podemos chamar de reuniões de casa ou de grupos familiares, são uma oportunidade ideal para que todos os membros funcionem. Nessas reuniões, os irmãos de cinco talentos devem usar somente um deles. Que fazer com os quatros restantes? De maneira oculta utilizá-los para produzir o funcionamento e o aperfeiçoamento do membro de um talento.

Há um princípio a ser apresentado em Ezequiel 1 e em Isaías 6. Os querubins mencionados em Ezequiel 1 tinham quatro asas, mas não usavam todas para voar: com duas asas eles cobriam o corpo e com duas, voavam. Em Isaías 6:2 há serafins com seis asas, que voavam com duas, com duas cobriam o rosto e com as outras duas cobriam os pés. Dessa forma, eles ficavam totalmente ocultos, encobertos. Isso deve nortear nosso "funcionar" entre outros cristãos.

Há cristãos de "seis asas" que fazem questão de usar todas, não dando a outros nenhuma oportunidade de usar seus dons. Aparentemente, usar todos os talentos é ser espiritual, mas, na verdade, pode não passar de mera demonstração de individualismo, orgulho e egoísmo. Aos olhos de Deus, somos todos iguais, temos todos a mesma altura. Se houver um irmão com "sete côvados", temos de ajudá-lo a crescer até atingir dez côvados; se alguém tem "doze côvados", deve ser ajudado a funcionar como alguém de dez.


Fonte: Livro "A VISÃO DO TABERNÁCULO" capítulos 2 e 4 - Editora Árvore da Vida

Dar lugar à vida divina.

 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado (Hb 4:15)

 
Mt 18:21-22; Rm 7:15-18
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos
 
De acordo com as experiências de Pedro em sua maturidade, o Pai nos dá a vida e a piedade, o Filho nos chama para Sua própria glória e virtude, e o Espírito nos concede preciosas e mui grandes promessas. Louvamos ao Senhor, pelo dispensar do Deus Triúno, pelo Seu trabalhar em nós de maneira tão real e prática.

 Quando cremos no Senhor Jesus, recebemos a vida divina em nosso espírito. À medida que nos voltamos a Ele, invocando o Seu nome, somos conduzidos à Sua glória e virtude. Agora, por meio do Seu Espírito, ganhamos a realidade de Suas preciosas e mui grandes promessas e podemos, assim, nos livrar das corrupções e das paixões que há no mundo, por meio da natureza divina que está em nós. Dessa maneira, a Fé objetiva, aquilo em que cremos, pode ser trabalhada em nosso interior até tornar-se a fé subjetiva. Esse deve ser o alvo de todo cristão durante sua vida inteira.

 O desejo de Deus é que Sua natureza seja acrescentada à natureza humana e elevar assim o padrão das nossas virtudes. Embora a natureza humana tenha virtudes como a ética, a moral, a paciência, o amor, a humildade etc., elas são muito limitadas (Mt 18:20-21).

 Por isso o Senhor Jesus tornou-se um homem e experimentou as restrições do viver humano durante trinta e três anos e meio. Uma vez que participou da natureza humana, Ele conhece nossa situação e pode, assim, compadecer-se de nós (Hb 4:15; Jo 2:25). Além disso, Jesus experimentou, em Seu viver terreno, as virtudes humanas. Depois de Sua morte e de Sua ressurreição, entretanto, Ele acrescentou à natureza humana, a divina. Dessa maneira, os atributos divinos elevaram o padrão das virtudes humanas. Hoje, como o Espírito que dá vida, Sua natureza pode ser infundida em todo nosso ser.

 
Quando praticamos o que o Senhor Jesus disse em Mateus 16:24, negando nossa vida da alma, a vida natural corrompida que herdamos de Adão, damos lugar à vida divina e assim, por meio do Espírito, somos coparticipantes da natureza divina.

 Que nestes dias, que antecedem a volta do Senhor, possamos experimentar, assim como Pedro, essas preciosas e mui grandes promessas.

22 agosto, 2012

Refletindo...

A palavra mágica


Os filhos fazem de tudo para ter a companhia dos pais. Quando não conseguem por meio de gestos e atitudes que despertam contentamento e admiração, eles usam outros artifícios como, por exemplo, desobediência, simulação de enfermidades, agressividade com os irmãozinhos ou pouca aplicação nas tarefas da escola e de casa. Não queremos assombrar os pais, mas as pesquisas têm apontado que, quando os filhos não têm o companheirismo dos pais, eles o buscam em outros lugares.

O que é importante os pais saberem é que, em quase todos os gestos dos filhos, se pode ouvir: "Hei, eu estou aqui, você não está me vendo?" Geralmente, os pais não conseguem ouvir porque estão distraídos demais com muitas outras coisas. Para muitos pais, os principais elementos externos que prejudicam o fato de não estarem mais tempo com os filhos são a devoção ao trabalho e os estudos. já para outros, talvez sejam as horas dispensadas ao televisor ou computador. Mas há ainda um outro grupo que gasta as poucas horas que restam com amigos, leitura e isolamento.

Os filhos não somente querem a companhia dos pais. Eles querem e precisam de muito mais coisas. Eles querem e precisam mesmo é ter nos pais um amigo de todas as horas, alguém em que possam confiar; não um mero provedor de alimentos que enche a dispensa e logo desaparece em busca de mais ou de uma mera dona-de-casa que passa mais horas cuidando da casa do que deles. Para atravessar nossos filhos pelas várias dificuldades que a vida lhes reserva e desafiar essa era em que os valores familiares estão rapidamente se perdendo, precisamos de muito mais que um provedor e muito mais que uma dona-de-casa; vamos precisar de pais-companheiros, de pais-amigos e de pais que sabem que os filhos precisam deles tanto quanto o girassol precisa do sol.

Os pais devem estar atentos às principais necessidades dos filhos, e uma delas é a comunicação regada de interesse, mesclada com o prazer de estar junto. Isso ajuda o desenvolvimento físico e psicológico de nossos filhos. Os pais que têm um relaciona-mento desses com os filhos enfrentarão pouca dificuldade ao pregar o evangelho a eles, e pouca resistência esses filhos apresentarão ao ouvir acerca de Jesus como seu salvador. Na verdade, eles descobrirão que o amigo e o companheiro que buscaram durante toda a vida só pode ser perfeitamente encontrado em Cristo Jesus.

Certa vez, um desses pais que gastam pouco tempo com os filhos, ao chegar a casa, ordenou que eles fossem dormir. Os filhos, sem muita relutância, obedeceram. Porém, depois de uns minutos, o pai ouviu uma conversa em um tom bem baixo; ele aproximou-se da porta e ouviu um deles perguntando: "Será que o papai gosta da gente?" É interessante, mas para esses filhos nunca faltou roupa, alimento e brinquedos, mas faltava o principal - um tempo com os filhos; era por isso que "gemiam". Gastar tempo com os filhos é o modo mais real de os pais dizerem que amam e é o modo mais eficiente de alimentar as necessidades de afeto de que os filhos tanto precisam.

Outro pai, depois de entrar no quarto dos filhos, que estavam se aprontando para dormir, viu que um deles brincava fingindo ter desmaiado. O irmãozinho, entendendo tudo, disse ao pai: "Pai, fala aquela palavra mágica!" - então o pai disse: "Eu te amo" e deu um beijo na face dele, e o filho logo ficou de pé, falando que estava bem. É bem possível que haja muitos filhos precisando ouvir tais palavras combinadas com um beijo para viver! Mas, para isso, e necessário que os pais passem um tempo com eles. 



Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 158

Conduzidos à vida e à piedade.


Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo (2 Pe 1:3-4)


Gl 3:14; 2 Pe 1:1-2
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

Pedro escreveu sua segunda epístola, por volta do ano 69 d.C., quando já estava mais maduro e tinha tido muitas experiências com o Senhor. Segundo essas experiências, Pedro provou o trabalhar do Deus Triúno em seu ser. Podemos dizer que sua epístola não foi escrita somente para as pessoas daquela época, mas também para nós.
Ele começa sua segunda epístola assim: “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1:1). Essa fé preciosa não se refere simplesmente à Fé em seu aspecto objetivo, exterior. Pedro mostra-nos que ela se tornou uma fé subjetiva, pois era resultado da palavra que havia recebido misturada com sua experiência pessoal. À medida que avançava em idade, ele aprendeu a viver mais pela fé, por isso a fé se tornou algo precioso para ele. Nós, que cremos em Cristo, também obtivemos a mesma fé e, certamente, se permanecermos nela, a vida do Senhor crescerá em nós como cresceu nele.
Então, ao descrever o dispensar do Deus Triúno, ou seja, o dispensar da vida divina em nós, Pedro o faz de maneira diferente da que Paulo escreveu em Efésios 1. Paulo escreveu baseado na revelação que teve; Pedro, entretanto, apesar de escrever a mesma coisa, relatou com base em sua experiência sobre essa verdade. Ele mostra que o Pai, pelo Seu divino poder, nos supre diariamente, doando-nos todas as coisas que conduzem à vida e à piedade (v. 3a). Vida é algo interior para nosso crescimento, e piedade é exterior para a expressão de Deus.
Ele continua dizendo: “Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (v. 3b). Isso se refere ao trabalhar do Filho, Jesus Cristo, em nós.
Além disso, no versículo 4, o apóstolo Pedro menciona a obra do Espírito: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”. Essas preciosas e mui grandes promessas se tornam reais a nós por meio do Espírito (Gl 3:14). Isso quer dizer que o Espírito, que é a realidade dessas promessas, é quem nos torna coparticipantes da natureza divina, e essa natureza nos livra das corrupções, das paixões que há no mundo.

21 agosto, 2012

Oração...

Os obstáculos para respostas à oração


A oração é um teste. Ela expõe nossa condição espiritual diante do Senhor.
Se passar muito tempo sem que suas orações sejam respondidas, pode ser que
você esteja doente diante do Senhor. Você deve ir ao Senhor em busca de luz
e descobrir onde está o problema. 




1) O maior obstáculo à oração é o pecado. Precisamos aprender a ter uma vida
santa diante do Senhor. Temos de rejeitar todos os pecados conhecidos. Do
lado objetivo o pecado obstrui a graça e as promessas. Isaías 59:1,2 diz
"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem
surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto
de vós, para que vos não ouça".
Do lado subjetivo o pecado danifica a consciência do homem. De acordo com 1
Timóteo 1:19 a fé é como uma carga, e a consciência é como um barco. Quando
há um vazamento no barco a carga é prejudicada. Da mesma forma, quando há
vazamento na consciência, a fé desaparece. Mas quando a consciência é forte,
a fé também é forte.
Você deve lidar seriamente com o pecado, deve ir ao Senhor para confessar,
colocando cada pecado sob o sangue, o rejeitando e o deixando. Então sua
consciência será restaurada. Nunca ceda ao pecado, pois isso o enfraquecerá
diante do Senhor. Pecado é o nosso problema número um, portanto devemos nos
atentar a ele diariamente.
Devemos estar dispostos a deixar os pecados mais óbvios e conhecidos no
coração. Salmos 66:18 diz: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor
não me teria ouvido". Além de rejeitarmos o pecado em nossa conduta, devemos
rejeitá-lo também, em nosso coração. O Senhor se compadece das nossas
fraquezas, mas não nos permitirá contemplar a iniqüidade no coração.

2) Outra coisa importante é ter fé em nossas orações. Que é fé? Fé é estar
livre da dúvida. É aceitar as promessas de Deus em nossas orações. É Deus
que nos pede e tem um forte desejo em que oremos. Se oramos, Deus tem que
nos responder. Mateus 7:7 diz "Pedi e dar-se-vos-á".
É impossível pedirmos e não recebermos. "Pois todo o que pede, recebe"
(Mateus 7:8) Se não cremos nisso, que tipo de Deus pensamos que nosso Deus
é? Precisamos ver que as promessas de Deus são fiéis e confiáveis. A fé é
baseada em nosso conhecimento de Deus. Quanto mais O conhecemos, mais forte
é a nossa fé. Não devemos confiar em nossos sentimentos nem em nossa mente
(Hebreus 3: 9-10).
As promessas de Deus funcionam! Quando cremos na Palavra de Deus, não
devermos duvidar, mas permanecer na fé. Quando vemos o quanto as palavras de
Deus são reais, encontramos respostas para nossas orações.
Precisamos ambicionar ser uma pessoa de oração, alguém com poder diante de
Deus. Ser poderoso diante de Deus significa que Ele escuta quando alguém
fala. É algo tremendo Ele confiar em nós a ponto de dar-nos o que pedimos!
Marcos 11:24: "Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede
que recebestes, e será assim convosco". Fé é indispensável. Sem ela, a
oração é ineficaz. Fé é crer que já recebemos o que pedimos, é a certeza de
que Deus já respondeu à oração.
Hebreus 3:12 "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de
vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo".
Quando os filhos de Deus oram, devem aprender a erguer os olhos e dizer:
"Senhor, Tu podes!" (Marcos 2:5-10; 9:21-23).

3) Devemos pedir especificadamente. Mateus 7:7-11 diz: "Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede, recebe..., ou qual dentre vós é o homem que se porventura, o filho lhe
pedir um pão lhe dará pedra? Ou se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra?
Ora, se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto
mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que lhe pedirem?"
O Senhor disse que devemos pedir especificadamente. É estranho chegar ao
Senhor sem dizer o que queremos. Orações gerais e vazias não produzirão
respostas específicas. Somente quando aprendermos a orar de maneira
específica teremos nossos problemas e necessidades solucionados de maneira
específica. Como filhos de Deus, é-nos de direito pedir: "Nada tendes,
porque não pedis" (Tiago 4:2b).
Mas se aprendermos a pedir, e mesmo assim nossas orações não serem
atendidas, precisamos ver a segunda condição: Não pedir mal, de acordo com
Tiago 4:3.
"Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos
prazeres". Devemos aprender a pedir movidos pela necessidade. Pedir mal é
pedir além da nossa capacidade ou real necessidade. Deveríamos agradecer a
Deus por não responder algumas de nossas orações.
Também devemos descobrir se Deus quer realizar o que pedimos (Mateus
26:39,42; Marcos 1:40-41). Se não recebemos do Senhor nenhuma palavra clara,
não devemos correr o risco de tentá-lo ou pô-lo à prova (Mateus 4:6-7).
Quando oramos, devemos fazê-lo até recebermos de Sua boca uma palavra.
Quando temos a palavra, temos a fé; quando temos a fé, temos a certeza,
mesmo que ainda não vejamos a materialização da promessa.
Quando temos a certeza, não precisamos lembrar Deus com mais orações e sim
com louvores.

5) Devemos perseverar na oração. Orarmos até que o Senhor nos responda.
Devemos ter o desejo de orar com perseverança. "Disse-lhes Jesus uma
parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer" (v.1), "Não fará
Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora
pareça demorado em defendê-los?" (Lucas 18:1-8). 



(Fonte: Jornal Árvore da Vida, nr 101, Editora Árvore da Vida, Encarte para
assinantes)

Refletindo...



Crescer e aumentar em amor


É impossível viver a vida conjugal sem amor. Mas não é qualquer tipo de amor que satisfaz. O amor limitado não garante a permanência dos cônjuges na "doença e na pobreza" porque é fraco, humano, e, portanto, incapaz de suportar os muitos problemas por que passam os casais nos dias de hoje.

Para viver a vida conjugal, é necessário um amor especial - o amor de Deus. Paulo orou ao Senhor para que o amor dos jovens santos da igreja em Tessalônica pudesse crescer e aumentar (1 Tessalonicenses 4:9,10). Sabendo que a vida da igreja não podia ser vivida de forma orgânica e agradável, sem que estivessem, primeiramente, constituídos do amor divino, Paulo cuidou logo de orar por todos eles. A vida familiar, que inclui a vida conjugal, é um pequeno quadro da vida da igreja. Nela há necessidade de que o amor seja também cultivado. Para que a vida familiar possa ser conduzida em amor, é mister que os cônjuges estejam bem com o Senhor o que, naturalmente, contribuirá para que eles estejam bem um com o outro.

Vale a pena notar a seqüência que Paulo estabeleceu quanto ao amor no livro de Tessalonicenses: no capítulo três, ele ora para que o amor cresça e aumente nos santos; no capítulo quatro, vemos a prática do amor; e no cinco, Paulo mostra o que fazer para o amor crescer e aumentar de modo que a vida conjugal torne-se um ambiente possível de convivência.

No capítulo dezenove de Mateus, os casais estão dando carta de divórcio uns para os outros por banalidades porque não se apropriaram do amor que o Senhor revelou no capítulo dezoito. Eles achavam que viver a vida conjugal baseados no amor que é capaz de perdoar somente sete vezes fosse suficiente. Como já falamos, para se viver a vida conjugal, de um jeito que o homem não venha a se separar, o amor divino - o único tipo de amor que pode perdoar setenta vezes sete - é mais que necessário, é urgente.

Foi o apóstolo João que revelou que Deus é amor, mas foi o apóstolo Paulo que revelou o caminho para amor crescer.

Orar é o primeiro quesito importante na vida de um casal. Cuidado! Ao orar não pense que o foco dos problemas esteja em seu cônjuge. Inicialmente ore para que o Senhor transforme, em primeiro lugar, você. Vá diante do Senhor para receber luz. Não se preocupe tanto com as deficiências de seu cônjuge; simplesmente, coloque a mão em seu próprio peito; se ela ficar branca, indica que seu coração tem “lepra", não se turbe; o Senhor pode curar seu coração de toda mágoa, ira, ciúmes, egoísmo tudo que possa estar prejudicando seu casamento (Êxodo 3).

Quando você se abre ao Senhor pela oração, o amor ilimitado de Deus começa a expandir os limites do amor humano, e o resultado dessa expansão, você dar graças ao Senhor pelo cônjuge que Ele lhe deu. Quando nos exercitamos na piedade, isto é, valorizamos profecias (a Palavra de Deus) e a comunhão com o Senhor em nosso Espírito mesclado (1 Coríntios 6:17), não permitindo que este venha a se apagar, desanimar ou mesmo esfriar-se, o amor Deus crescerá e aumentará em nós. Nesse ponto, trocaremos o mal pelo bem, as reclamações por orações e a tristeza por regozijo.

Há sempre um efeito positivo quando experimentamos o Senhor! 



Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 158

Purificados por várias provações.


Para que, uma vez confirmada a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7 - lit.)


Mt 3:11; 1 Pe 4:12-13
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

O que Paulo escreveu sobre a economia de Deus na Fé, segundo a revelação que obtivera, Pedro vivenciou e relatou em suas epístolas, quando já estava mais maduro. No tempo em que passou ao lado de Jesus, por ter suas fraquezas expostas frequentemente, nas mais diversas situações de sua vida, Pedro aprendeu a negar-se a si mesmo e a permitir o trabalhar da natureza de Deus em seu ser.
Pedro foi levado a negar a si mesmo por meio dos sofrimentos pelos quais passou, que eram como o queimar do fogo em seu interior para acabar com seu ego, com sua forte vida da alma, que sempre se manifestava. Cremos que mais tarde, ao se lembrar das palavras que o Senhor havia dito enquanto estava entre eles, Pedro se arrependeu e fez questão de nos alertar em seus escritos, da importância da prova ardente do fogo pela qual todos precisamos passar (1 Pe 1:6-7).
Em sua primeira epístola, Pedro nos encoraja dizendo que, se for necessário, seremos contristados por várias provações. Isso, entretanto, é para que seja confirmada a prova da nossa fé, que é muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo depurado pelo fogo.
As provações são como o purificar do ouro. Em nossa fé há “ouro”, isto é, há natureza divina; porém, em nossa alma ainda há muitas impurezas que precisam ser “queimadas” e eliminadas para que a vida divina cresça e a permeie com o Espírito.
Esse fogo que prova nossa fé faz parte da obra do Espírito em nós. É o mesmo fogo mencionado por João Batista, quando este disse que Aquele que viria após ele batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Muitas vezes, sentimos que algo queima em nosso interior quando exercitamos nosso espírito. Por isso, ao cantar hinos em louvor a Deus, alguns até chegam a pular de alegria. Esse queimar interior é o fogo do Espírito que em nós habita.
Quanto mais exercitamos nosso espírito, mais fácil será para nos arrependermos e mais o fogo do Espírito queimará tudo o que é negativo em nós. Assim praticando, obteremos o fim de nossa fé, a salvação de nossa alma (1 Pe 1:9).