27 agosto, 2012

Refletindo...

Orgulho

Ao ler a história de Saul, percebemos que seu início foi muito positivo, porque demonstrou humildade ao reconhecer que era indigno de receber tamanha responsabilidade. Quando foi confirmado rei diante de todo o povo, Saul não se exaltou, antes se ocultou entre as bagagens, após ser confirmado rei, não se aproveitou da situação para vingar-se dos que o menosprezavam. Portanto no início, Saul foi um exemplo pra todos nós. Infelizmente, sua disposição inicial durou pouco. Mais tarde, em virtude de suas vitórias, seu coração mudou e ele tornou-se orgulhoso. Diante disso vemos que nem sempre as vitórias e sucessos contribuem para o nosso bem. Tudo depende de como está o nosso coração e de como temos lidado com nossas intenções e motivações. Talvez essa fosse a situação de muitos de nós quando começamos a servir ao senhor na igreja. Sentíamo-nos indignos e incapazes de executar nossas responsabilidades, o que sempre nos leva a depender humildemente do nosso senhor Jesus. No entanto, a partir do momento em que começamos a obter algum êxito no que estávamos fazendo, o orgulho veio a tona. Isso é uma forte evidência de que ainda não temos lidado a fundo com nossa vida da alma, se não lidarmos com ela, cada sucesso somente nos trará dano e prejuízo. Se porém,sempre praticarmos o negar de nossa vida da alma, nós nos manteremos puros e humildes a despeito das proporções do sucesso obtido.

Reconheçamos que nada é fruto de nosso esforço e capacidade, mas tudo vem de Deus, a fonte de todas as coisas, não imputemos a glória a nós mesmos, mas a Deus somente. 



Livro: “Um homem segundo o coração de Deus”

Estudo Bíblico...


Deus se dispensa como vida ao homem


Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 1:23)


Jo 1:14; Ef 1:4, 7, 13; 1 Pe 1:23

Nós deixamos a maneira tradicional de pregar o evangelho para tentar alcançar as pessoas em um ambiente livre da influência de antigas tradições. É assim que funcionam os bookafés, para propiciar uma atmosfera em que as pessoas se sintam à vontade, sem receio de se aproximar da Palavra de Deus e, até mesmo, de pedir oração. O Senhor nos revelou essa maneira de evangelizar para nos libertar de todos os obstáculos que impediam a propagação da fé.
Deus deseja Se dispensar para dentro do homem desde o início, desde a criação. Deus, como o Pai, o Filho e o Espírito Santo, planejou alcançar o homem, conforme mostrado em Efésios 1. O Pai nos predestinou para a filiação, pois nos escolheu antes do nascimento (v. 4); o Filho realizou a redenção de nossos pecados na cruz (v. 7), restaurando nosso acesso à presença de Deus, ao nos justificar; o Espírito nos alcançou como vida e nos supre diariamente para o crescimento da vida divina (v. 13). Dessa forma, a fé objetiva, que é o plano eterno de Deus, é infundida em nossa pessoa, se tornando a nossa fé subjetiva, ou seja, a pessoa de Deus é dispensada para dentro de nós.
Para que isso acontecesse, Deus não permaneceu inacessível nos céus, mas Se encarnou na pessoa do Filho, Jesus, que foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. No evangelho de João está descrito o processo da encarnação: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (Jo 1:14)
Além disso, o Senhor Jesus morreu na cruz, no tempo predeterminado por Deus, para perdoar os pecados do mundo inteiro. Quando cremos no Senhor, confessando os pecados, somos salvos e perdoados; além disso, nos tornamos filhos de Deus, pela regeneração. Isso significa que nascemos de Deus, ou seja, a semente divina e incorruptível foi plantada em nosso interior (1 Pe 1:23). Graças a Deus por Seu plano eterno que nos alcançou!

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O aspecto remendador do ministério de João.


Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados (1 Pe 4:8)


Mt 4:21-22; Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54; Jo 13:23, 25; 20:2; 21:7, 20; At 3:1; 4:19; 8:14
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Nesta semana veremos sobre o ministério do apóstolo João. No passado vimos que João foi chamado pelo Senhor em sua juventude. Ele era pescador, assim como Tiago, seu irmão (Mt 4:21). No momento em que o Senhor os chamou, eles estavam consertando as redes de pesca. Porém, ao chamado do Senhor imediatamente deixaram as redes e o barco para segui-Lo (v. 22).
De acordo com os registros bíblicos, podemos perceber que em certos momentos João era um jovem impetuoso (Mc 3:17; 10:35-37; Lc 9:54), contudo o Senhor o amava muito, a ponto de ele mesmo descrever-se como o “discípulo a quem Jesus amava” (Jo13:23; 20:2; 21:7, 20). Ele também manifestou o amor intenso que tinha pelo Senhor, permanecendo ao Seu lado mesmo durante a crucificação, enquanto todos os outros discípulos se dispersaram. Em uma das passagens, vemo-lo aconchegado a Jesus, reclinando-se sobre o Seu peito (Jo 13:24-25). A sua proximidade do Senhor, portanto, foi uma das principais características de João.
Entretanto, durante o período relatado no livro de Atos, João não tinha destaque entre os demais apóstolos, aparecendo apenas ao lado de Pedro, acompanhando-o em suas viagens (At 3:1; 4:19; 8:14). Ademais, não há registros de mensagens, viagens ou pregações feitas por João, embora ele fosse descrito por Paulo como uma das “colunas” da igreja (Gl 2:9).
Não sabemos por qual motivo, naquele período, João não participava de forma mais ativa na obra do ministério, tal como os apóstolos Pedro e Paulo. Talvez fosse por pouca capacidade ou por ser muito humilde, deixando Pedro sempre tomar a liderança. Todavia, sabemos que todas essas coisas estavam de acordo com a vontade soberana de Deus, pois muitos anos após a morte de Pedro e Paulo, João foi usado pelo Senhor para dar continuidade ao Seu ministério.
Em sua maturidade, depois de permanecer exilado por vinte anos, João recebeu grandes visões, as quais ele narrou no livro de Apocalipse. Depois de ser libertado da prisão, segundo a história da igreja, dirigiu-se para Éfeso, com a finalidade de ajudar os irmãos da igreja ali. Assim como quando era pescador, em sua juventude, João consertava as redes de seu pai e, mais tarde, tornou-se muito útil a Deus para reparar falhas espirituais existentes na igreja. Seu ministério tinha esse aspecto remendador, cuja base sólida era o amor a Deus e aos irmãos.
Nos próximos dias desfrutaremos mais da experiência de João e de seu ministério ulterior de Espírito e vida, no qual cada um de nós pode ter parte.

26 agosto, 2012

Refletindo...

A nossa necessidade de sermos purificados


Agora precisamos ponderar um pouco mais sobre a questão do motivo. Ao virmos para a igreja, precisamos ter um motivo puro, nada buscando para nós mesmos. O nosso motivo tem de ser singelo pela restauração do Senhor. Embora possamos ser ignorantes até certo ponto, se o nosso motivo for puro, estaremos sempre prontos para receber luz. Entretanto, se não estivermos dispostos a receber luz, isso in¬dica que o nosso motivo não é genuíno. Precisamos refletir se o nosso motivo é totalmente pela restauração do Senhor. Se não, o nosso motivo é errado. Exteriormente podemos estar certos em todos os aspectos, mas ainda estar errados interiorrnente.

Fui a Xangai pela primeira vez em 1933. Naquela época, encontrei-me com um irmão que entrara na igreja bem no início da prática da vida da igreja naquela cidade. Ele sequiosamente queria ser um presbítero. Embora na aparência ele zelosamente amasse o Senhor, não era a pessoa adequada para ser um presbítero. Ele simplesmente não tinha aquele tipo de capacidade. Ele entrou na vida da igreja em 1928. Quando vinte anos mais tarde, em 1948, ele ainda não era um presbítero, estabeleceu outra reunião em sua cidade natal e sustentou um pregador, fazendo a mesma coisa que Mica fez em Juízes 17.

Durante os últimos catorze anos, tem havido uns poucos entre nós nos Estados Unidos que esperavam tornar-se presbíteros. Quando não eram designados presbíteros numa localidade, mudavam-se sob pretexto de migrar para outra localidade. Quanto mais esperavam tornar-se presbíteros, mais óbvio se tornava de que não deveriam sê-lo. Depois de ir de cidade em cidade, sem serem colocados no presbitério, eles por fim voltaram suas costas à igreja e saíram. Nada testa mais os nossos motivos do que a igreja. A igreja é um candelabro de ouro puro, e não pode tolerar qualquer mistura. Todos precisamos ser purificados. Precisamos orar, dizendo: “Senhor, faça-me puro. Agora que estou em Tua restauração, peço-Te que me purifiques.”

Nenhum de nós na restauração do Senhor deve ser ambicioso. Na restauração, a ambição acabou. Além disso, nenhum de nós deve se importar com posição. É muito melhor não ter posição alguma. Além disso, nunca espere ser um líder. De modo semelhante, você não deve dizer que jamais será um líder ou que você não gosta de ser um líder. Se na vida do Senhor você tem ou não capacidade de ser alguém que lidera, isso é com o Senhor, mas você tem de ser o mesmo, líder ou não. Se não é um líder, então tem de ser um membro vivo, que funciona. Senão, o Senhor não terá caminho entre nós. Você não deve ser humilde e dizer: “Jamais serei um líder”; tampouco deve ser ambicioso e desejar ser um líder. Se não se sente bem quando um irmão ou irmã torna-se um líder, isso revela que a sua motivação não foi purificada.

O meu coração constantemente sofre por causa da situação entre os cristãos. Olhe a situação no catolicismo, protestantismo, pentecostalismo e grupos livres. Onde está o meio de o Senhor edificar a Sua igreja? Precisamos estar claros a respeito da restauração do Senhor e de Sua economia, e precisamos ser puros em nossa motivação. 




Fonte: Extraído do livro “Tudo o que você precisa saber sobre a igreja” - W. Lee
 www.igrejaemuberaba.com.br

Para Meditar...


Lidando com os pecados e Satanás



Pecado - Rádio Árvore da Vida

Uma das eficientes armas de Satanás é fazer-nos desanimar por causa de nossos defeitos e erros. Ele está sempre atento às nossas reações porque elas expõem nossos defeitos, para, no momento oportuno, acusar-nos diante de Deus. Por isso, precisamos atentar para a palavra do apóstolo Pedro e lançar sobre o Senhor, que tem cuidado de nós, toda nossa ansiedade (1 Pedro 5:7). Devemos também ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo, nosso adversário, anda a nosso redor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar (v.8). Quando pecamos e caímos sob a condenação de Satanás, somos devorados por ele. Por isso, devemos estar a toda hora vigilantes na presença de Deus. Vigiar significa estar sempre pronto contra o ataque de Satanás. Precisamos vigiar para não dar lugar a Satanás (Efésios 4:27) nem lhe dar oportunidade para devorar-nos.
Satanás está constantemente nos observando. Por vezes, cometemos pecados em oculto e ficamos satisfeitos porque os homens não sabem o que fizemos, mas nós mesmos sabemos e Satanás também sabe. Isso é suficiente para sermos devorados por ele. Quando pecamos, devemos nos arrepender. Se insistirmos em pecar em oculto e não nos arrependermos, certamente um dia tudo virá à tona, e seremos envergonhados diante dos outros. Se algo que fazemos não dá paz à nossa consciência ou nos leva a ser repreendidos pelo Senhor que mora em nosso interior, devemos imediatamente arrepender-nos. Se assim fizermos, não daremos chance a Satanás de encontrar em nós alguma coisa pela qual nos possa devorar.
Satanás é o acusador. Ele nos acusa em nossa consciência e também diante de Deus (Apocalipse 12:10; Zacarias 3:1). Que fazer quando essas acusações surgirem? Se já nos arrependemos delas e aplicamos o sangue do Senhor, devemos dizer a Satanás que ele não tem mais do que nos acusar, pois já estamos purificados pelo sangue do Cordeiro e temos nossa consciência tranqüila diante de Deus. Se, no entanto, formos acusados de algum pecado que ainda não confessamos e do qual não nos tenhamos arrependido, essa será a oportunidade para o fazermos.
Devemos resistir a Satanás, que nos acusa de dia e de noite, permanecendo firmes na fé (1 Pedro 5:9; Tiago 4:7). Para isso, devemos usar o sangue do Cordeiro, a palavra do testemunho e, mesmo em face da morte, não amar a própria vida (Apocalipse 12:11). Quando Satanás nos acusa de alguma coisa com que já lidamos diante de Deus, devemos resistir-lhe, dizendo-lhe: “Satanás, eu realmente fiz tudo isso de que você me acusa. Mas esses pecados já foram apagados por Deus, pois eu me arrependi deles e fui purificado pelo sangue do Cordeiro!” Essa é a palavra do testemunho que temos de dar!

(Texto extraído do Livro Não mais eu, mas Cristo, de Dong Yu Lan, publicado pela Editora Árvore da Vida.)
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Alcançar as pessoas onde elas estão.


Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia (Gn 28:16)


1 Co 12:12-13; Ef 2:15-17; 1 Jo 1:4; Ap 1:3
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

O Senhor nos comissionou a pregar o evangelho do reino. Entretanto, vimos que nossa prática no passado de ficar somente em nosso local de reuniões, esperando pelas pessoas não era suficiente para levar a cabo essa comissão. Para levar o evangelho do reino a cada bairro ou região de nossa cidade, percebemos que precisávamos ter um lugar agradável e acessível, onde, mesmo no correcorre diário, as pessoas pudessem entrar e permanecer ali por algum tempo.
Foi com o objetivo de alcançar as pessoas onde elas estão, que o Senhor nos deu os lugares de oração e os bookafés, por meio dos quais temos nos empenhado em expressar Seu amor e dar a todas as pessoas a oportunidade de conhecer o propósito eterno de Deus, por meio da palavra escrita (1 Jo 1:4; Ap 1:3).
Qual o significado de bookafé? “Book” se refere a livro em inglês; “a” mostra que há uma direção, uma meta; e “Fé” é aquilo no que nós cremos. Essa Fé tem como conteúdo o plano de Deus revelado no Novo Testamento, Sua economia neotestamentária, a qual Ele deseja trabalhar em nossa fé subjetiva. Por isso, nos bookafés há muitos livros à disposição das pessoas, visando ajudá-las a ganhar a vida divina e a revelação do plano de Deus.
Nosso Deus é muito sábio, pois quando alguém entra no bookafé pensando apenas em tomar um cafezinho, ele também se depara com os colportores que, depois de lhe darem as boas-vindas, apresentam-lhe os livros de uma forma bem agradável. Dessa maneira, mais pessoas estão sendo salvas, conhecendo o propósito de Deus e a importância da cooperação do homem no cumprimento de Seu plano eterno; além de serem fortalecidas e supridas por meio da oração e comunhão com os irmãos. Todos nós sabemos que o coração de Deus não é estreito, Sua palavra é para alcançar todas as pessoas, o que já vem ocorrendo há séculos. Infelizmente, muitos filhos de Deus se dividiram, cada um com seus conceitos, e se fecharam, formando seus próprios grupos, segundo suas próprias interpretações bíblicas.
Hoje muitas pessoas ainda estão distantes das promessas de Deus, não tendo esperança e vivendo sem Deus no mundo (Ef 2:15-17). Louvamos ao Senhor, pois por meio dos bookafés, muitos que não conheciam a Deus nem Seu propósito para o ser humano estão sendo salvos e conduzidos à Fé. Além disso, alguns filhos de Deus que haviam se desviado estão se aproximando do Senhor novamente e vendo Seu reino. Para isso procuramos levá-los a invocar o nome do Senhor.
Por meio de invocar o nome do Senhor, nós nos voltamos ao Espírito que dá vida. Cada vez que O invocamos, a vida divina é acrescentada a nós. Por meio dela, expressamos o amor de Deus. Quanto mais da vida divina temos, mais o amor de Deus transborda de nós, alcançando todos aqueles que contatamos na pregação do evangelho, dia após dia.

Buscar diligentemente o amor.


Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente (1 Pe 1:22)


1 Jo 2:5; 3:11, 14, 16; 4:16
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

Embora sejamos coparticipantes da natureza divina por meio de Suas promessas, ainda precisamos do acréscimo da natureza de Deus: “Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai...” (2 Pe 1:5a). Isso quer dizer que temos de buscar mais e buscar diligentemente, incessantemente, o crescimento, o desenvolvimento da vida divina em nós.
De acordo com a experiência de Pedro, é preciso associar “com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor” (vs. 5-7). Não basta somente a fé, é preciso associar a virtude; só a virtude não basta, é preciso acrescentar conhecimento; só o conhecimento não é suficiente, precisa acrescentar domínio próprio; com o domínio próprio, segue a perseverança; a perseverança produz a piedade; e a piedade, o amor fraternal.
Hoje, na vida da igreja, pelo fato de lermos e orarmos a Palavra do Senhor e invocarmos Seu nome, a vida divina está crescendo em nós e, consequentemente, já começamos a expressar aos outros o amor de Deus que habita em nós (1 Jo 2:5).
Deus é amor, então a manifestação prática da igreja em nosso viver diário é transmitir o amor divino que habita em nós aos nossos irmãos (1 Pe 1:22; 1 Jo 3:16; 4:16). Para que isso ocorra, como os apóstolos Paulo e Pedro descreveram em suas epístolas, devemos permitir o trabalhar do Espírito em nós. Esse processo de transformação não ocorre de uma hora para outra; precisamos usar de diligência para cooperar com o Senhor.
Porém, apesar de nos darmos por satisfeitos em amar os irmãos, isso ainda não é suficiente para o Senhor. Precisamos buscar, com mais diligência, crescer na vida divina para sermos inundados com o amor ágape, que é o amor de Deus. Esse é o amor mais elevado, ilimitado, o amor do princípio, que ama até mesmo o inimigo e que perdoa incondicionalmente.
Paulo nos disse que o amor é o caminho sobremodo excelente, e Pedro vem nos mostrar de maneira prática, como cultivar esse amor. Ele teve a experiência de negar sua vida da alma, de purificá-la por meio do fogo do Espírito (1 Pe 4:12-13).
Foi pelo queimar com o fogo do Espírito que sua alma foi purificada, para receber mais da natureza de Deus e de Suas preciosas e mui grandes promessas. Os sofrimentos mencionados por Pedro são interiores e vêm como fogo para, pouco a pouco, consumir a vida natural, nossa vida da alma. Dessa forma, a vida divina terá mais espaço para crescer em nós.
As situações de sofrimentos pelas quais passamos não são à toa: Deus nos ama e deseja nos tornar mais úteis a Ele, por isso permite que passemos por várias provações. Essa é a ajuda que recebemos com as ricas experiências de Pedro em suas epístolas. Almejamos que Cristo cresça gradativamente em nós, para reinarmos com o Senhor na era vindoura. Aleluia!

24 agosto, 2012

Refletindo...

Vencer é necessário e possível.


Irmãos e irmãs, se vocês descobrirem que têm algum dos pecados mencionados, certamente precisam vencer. Não sei quantos desses oito tipos de pecados você cometeu. Talvez apenas um ou dois; talvez mais. Mas Deus não permitirá que nem um, dois ou mais pecados o enredem. É provável que você observe alguns defeitos em um irmão, que detecte imperfeições em outro ou algumas falhas em um terceiro. Mas é errado ter tantas falhas. Devemos dar graças ao Senhor e louvá-Lo porque todos os pecados estão debaixo de nossos pés. Demos graças ao Senhor e louvemo-Lo. Não há pecado, por maior que seja, que sejamos obrigados a cometer. Demos graças a Deus e louvemo-Lo. Não há tentação tão grande que não possa ser vencida.

A vida que o Senhor ordenou para nós é uma vida de comunhão ininterrupta com Deus. Todo cristão pode fazer a vontade de Deus e pode ser totalmente livre de seus afetos naturais. Todo cristão pode vencer o pecado completamente e também seu caráter. O cristão pode consagrar tudo a Deus e ser libertado do amor que tem ao pecado. Demos graças a Deus e louvemo-Lo. Essa não é uma vida idealista; é uma vida que pode ser plenamente praticada. 



Fonte: A Vida Que Vence - W. Nee
(Site Igreja em Uberaba)

O padrão ilimitado da natureza divina.


Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós (Cl 3:13)


Mt 18:21-22; Rm 10:12
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

De acordo com a natureza humana, segundo o padrão de Pedro, o máximo que conseguimos perdoar é sete vezes (Mt 18:21). O Senhor Jesus, no entanto, disse a Pedro: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (v. 22). Isso só é possível se, como dissemos ontem, a natureza do Deus Triúno estiver sendo trabalhada em nossa pessoa. O simples conhecimento dessa verdade não nos faz perdoar mais que três ou quatro vezes. Quando tomamos a cruz, negando a nós mesmos, a natureza divina que está dentro de nós, cujos atributos são ilimitados, consegue perdoar toda ofensa contra nossa pessoa inúmeras vezes.
No passado, o Senhor me deu a graça de perdoar muitas pessoas e ajudar muitos irmãos na obra do Senhor. Alguns depois de ter recebido minha ajuda, começaram a ir contra mim, mas eu não os excluí da nossa comunhão. Dentre eles, houve um irmão, que depois de certo tempo, foi iluminado pelo Espírito, viu que estava errado e me procurou arrependido do que havia feito comigo. Eu o perdoei e esquecemos o fato; foi como se nunca tivesse ocorrido nada.
Numa segunda vez, esse mesmo irmão caiu novamente no mesmo erro. Eu tive paciência e não o tratei com desprezo. Novamente ele se arrependeu e eu o perdoei; e assim se sucederam mais duas vezes. Apesar de ele fazer muitas coisas contra mim, o Senhor me deu graça para perdoá-lo todas essas vezes. Na quarta vez, ele me perguntou: “Irmão Dong, como você consegue me perdoar tantas vezes assim? Eu já o ofendi várias vezes e você me perdoou todas elas. Você me perdoa mais uma vez?”.
Talvez você pense que perdoar alguém quatro vezes é sinal de espiritualidade. Pedro, entretanto, possuía um padrão ainda maior. Ele nos mostrou que, segundo seu ser natural, era capaz de perdoar um irmão sete vezes. Todavia, o Senhor, ao responder a Pedro, disse-lhe que devemos perdoar setenta vezes sete. Sua resposta revela que o perdão, de acordo com a natureza divina, é ilimitado, pois é o perdão segundo Deus.
Segundo a natureza humana, e de acordo com o padrão de Pedro, só conseguiríamos perdoar sete vezes, no máximo. Somente por meio da natureza divina, trabalhada em nosso interior, conseguimos perdoar setenta vezes sete, ou seja, quantas vezes forem necessárias. O mesmo ocorre com as demais virtudes humanas. A paciência, o amor, a humildade, a mansidão, a fraternidade, enfim todas essas virtudes, precisam ser mescladas com a natureza divina, para não só existirem em nós, mas em nós aumentarem e fazer com que não sejamos nem inativos, nem infrutuosos em nosso viver cristão diário.
Precisamos nos abrir diariamente ao dispensar do Pai, do Filho e do Espírito para vivenciar a natureza divina agindo em nós. Uma maneira eficiente de fazer com que a natureza divina seja trabalhada na natureza humana é invocar o nome do Senhor (Rm 10:12). Por meio de Seu nome nos tornamos coparticipantes da natureza divina, ganhamos todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, somos conduzidos à glória e à virtude e recebemos Suas preciosas e mui grandes promessas. Assim somos libertos das corrupções e das paixões que há no mundo.

23 agosto, 2012

Refletindo...

A importância dos grupos familiares de cuidado mútuo para o viver da igreja.
 
Comunhão sobre as Verdades Bíblicas

No santo lugar havia também o candelabro. A função do candelabro não é outra senão iluminar. O salmo 119:30 diz: "A exposição das tuas palavras dá luz" (VRC). Quando nos reunimos para ter comunhão sobre a Palavra de Deus, não devemos fazê-lo com o intuito de investigar doutrinas ou aumentar nosso conhecimento teológico; antes, devemos procurar receber luz divina. Segundo o salmista, não é a Palavra que dá luz, mas a exposição sobre ela. É o que vemos, por exemplo, em Atos 8:26-37. Nesse relato, há um eunuco lendo o profeta Isaías, mas sem receber nenhuma luz, nenhum entendimento. Foi preciso que Felipe explicasse a passagem ao eunuco para que este visse Cristo revelado. O resultado foi que creu no Senhor e foi batizado.

Por isso, as reuniões pequenas também devem ter o caráter de exposição das verdades bíblicas. Nessas reuniões devemos evitar conversas vãs, que muitas vezes, acabam por desviar-se para fofocas ou críticas. Devemos dar o lugar central de nossa comunhão à Palavra de Deus (cf. Sl 138:2). Essa exposição, no entanto, não deve ser feita por um "professor" ou "mestre", mas deve ser o resultado da comunhão entre todos. Na verdade, todos podem ensinar e todos podem falar.
Para evitar que haja dispersão durante a reunião, é recomendável a leitura de um bom livro espiritual, que apresente a economia eterna de Deus. Recomendamos a coleção Alimento Diário, que é um estudo de livros da Bíblia em fascículos. Cada fascículo traz mensagens para dois meses, divididas em pequenas porções para cada dia da semana. Na reunião, uma pessoa poderá ler uma frase, outra lê outro trecho, então alguém acrescenta um pequeno comentário ou conta alguma experiência que teve, relacionada com o que se leu. Desse modo, todos ganham suprimento espiritual, e a luz da Bíblia brilha para todos.

Se formos desse modo edificados e amadurecidos, a Palavra de Cristo estará habitando ricamente em nós (Cl 3:16) e seremos úteis para Deus, a fim de pregar o evangelho e edificar a igreja em várias cidades, cumprindo, assim, Sua economia.
A Palavra deve ser nosso "equipamento" para servir a Deus (2Tm 3:16), e com ela estaremos qualificados para ser enviados aos nossos parentes, amigos, vizinhos e, até mesmo, caso Deus assim o determine, para outras cidades e países.


Apascentar e Pastorear

Já que mencionamos o ensino das verdades bíblicas nas pequenas reuniões, devemos atentar para um fato: o dom de mestre sempre acompanha o dom de pastor. Na verdade, esses dois dons são um só. Quando ensinamos a alguém as verdades bíblicas estamos também apascentando essa pessoa. Isso só é possível quando ministramos a Palavra, não como doutrina ou conhecimento morto, mas como Espírito e vida (Jo 6:63). Assim, ao ensinarmos à verdade, estaremos também transmitindo vida. Em 1Ts 2:7, Paulo se compara a uma ama-de-leite que cuida com carinho de seus filhos. Nos versículos 11 e 12, todavia, Paulo se compara a um pai que exorta seus filhos. Ao cuidarmos dos irmãos, devemos ser tanto uma ama que alimenta com o alimento espiritual quanto um pai que ensina as verdades bíblicas.
Em João 21, o Senhor Jesus perguntou por três vezes a Pedro se ele O amava. Às respostas afirmativas de Pedro, o Senhor Jesus disse: "Apascenta os Meus cordeiros, pastoreia as Minhas ovelhas e apascenta as Minhas ovelhas".

Apascentar é alimentar os irmãos com a Palavra de Deus, e pastorear é cuidar de maneira pessoal e íntima. Na verdade, a melhor maneira de cuidar dos irmãos é alimentá-los com a Palavra viva, com a Palavra que se tornou nossa experiência e desfrute, não com mero conhecimento teórico.

Em 1 Tessalonicenses 2:9, Paulo pediu que os irmãos daquela igreja se lembrassem de seu labor e fadiga, de como, noite e dia, lhes proclamou o evangelho de Deus. Quando estivermos ensinando as verdades a alguém ou estivermos apascentando, devemos ter essa mesma disposição: fazê-lo com labor e fadiga, dia e noite. Se realmente desejamos que nossos irmãos cresçam espiritualmente, precisamos dar-nos por eles, precisamos gastar-nos, com labor e fadiga, para supri-los. Assim como a Pedro, um rebanho nos foi confiado e precisamos ser modelos para ele (1 Pe 5:2,3): por exemplo, se queremos que os irmãos orem e leiam a Bíblia, devemos ser os que oram e lêem. De nada adianta ordenar e exortar; precisamos, simplesmente, ser modelos para o rebanho.
Algumas Questões Práticas.

Sem dúvida, as reuniões pequenas são a melhor maneira de todos os irmãos desenvolverem seus dons. Por isso, há algumas questões práticas às quais devemos atentar, a fim de tirar o máximo proveito de tais reuniões.

O primeiro ponto importante a lembrar é que essas reuniões não são um tipo especial de igreja caseira nem são o embrião de uma nova denominação ou grupo cristão. Devemos posicionar-nos seriamente pela unidade do povo de Deus, observando a base bíblica da unidade: uma cidade, uma igreja. Desse modo, as pequenas reuniões devem ser apenas um instrumento auxiliar para a edificação da igreja em determinada cidade. Devemos rejeitar a idéia de ter um grupo sob nosso comando, mas devemos entregar-nos a ajudar cada irmão a crescer espiritualmente e a trabalhar ativamente pela unidade entre os filhos de Deus.
Os cristãos têm-se dividido pelas mais diversas razões. Há grupos que se originaram de divergências doutrinárias ou de discórdias pessoais. Mas dentro das divisões há também subdivisões: há "igrejas" que reúnem apenas pessoas de determinada nacionalidade, ou gostam de determinado tipo de música, ou pertencem à mesma classe social. Isso é totalmente contrário ao ensino da Bíblia. No novo homem, na igreja, não há qualquer tipo de divisão ou acepção de pessoas. O mesmo princípio deve ser observado nas pequenas reuniões: não pode haver preferência nem rejeição por nenhum tipo de pessoa.

As pequenas reuniões familiares são ideais para reunir pessoas que moram próximas. Há irmãos idosos que têm dificuldade de se locomover e há vizinhos que têm dificuldade de ir a um local de reuniões da igreja, por causa da distância. Mas é fácil aceitar um convite para uma reunião informal na casa de um vizinho. Pode-se, até mesmo, sugerir para essas pessoas que abram sua casa para uma reunião.
Reuniões assim são também o ambiente ideal para que irmãos novos sejam alimentados. Esses cristãos recém-convertidos que, muitas vezes, não têm ainda clareza do que ocorreu com eles, normalmente são cheios de amor e de interesse pelo Senhor, mas ainda são tímidos para falar de sua fé. Desse modo, numa pequena reunião eles se sentirão à vontade para falar e fazer perguntas quando tiverem dúvidas. O mesmo se aplica a cristãos que ainda não se reúnem na base da unidade. Se participarem dessas reuniões, onde podem perguntar, falar e ouvir, pouco a pouco eles verão o que Deus deseja para Seus filhos e certamente também optarão pela base da unidade.

Outro objetivo das reuniões de casa é pregar o evangelho. Devemos sempre convidar nossos vizinhos, colegas e parentes a fim de apresentar-lhes Cristo como Senhor, Salvador e vida. Devemos, contudo, ter o cuidado de não fazer dessas pessoas o centro da reunião. A reunião deve ser normal, com a participação de todos, pela leitura de um livro especialmente escolhido para ela, ou comunhão sobre determinado assunto espiritual. Mas, vez por outra, convidamos as pessoas a lerem ou tecer algum comentário sobre a leitura. Pouco a pouco, elas irão abrindo o coração e poderão receber Cristo como seu Senhor.

Por fim, para que as reuniões de casa alcancem o maior número possível de pessoas, elas não devem ser sempre na mesma casa nem obedecer a um rodízio fixo entre os participantes. Isso impede que novas casas sejam abertas e que novas pessoas sejam alcançadas. O ideal é perguntar-se, ao final de cada reunião, quem gostaria de ter uma reunião como aquela em sua casa. Dessa forma, se um dos convidados foi tocado pela Palavra ou se genuinamente se converteu, provavelmente desejará ter uma reunião em sua casa, a fim de convidar outros. Quanto mais desfrutável e "apetitosa" for a comunhão nessa reunião, mais os irmãos novos e os convidados desejarão ter algo semelhante em suas próprias casas. Desse modo, a igreja crescerá espiritualmente e em número.


Tamanho Uniforme

Além de ter igual largura, todas as tábuas tinham o mesmo comprimento, dez côvados. Como elas representam os cristãos individualmente, o fato de serem da mesma altura indica que, aos olhos de Deus, todos os Seus filhos são iguais e igualmente importantes. Deus jamais desejou que apenas um pequeno e privilegiado grupo de cristãos O servisse, enquanto o restante permanecesse passivo, apenas assistindo ou ouvindo. A vida divina que recebemos na regeneração capacita-nos a servir ao Senhor, funcionando em Seu Corpo como membros vivos (cf. 1Co 14:31).

Por exemplo, quando nos reunimos com alguns irmãos numa casa, para uma comunhão informal, todos ali são iguais, não deve haver líderes e todos devem funcionar. Cada cristão recebeu do Senhor diferentes talentos; alguns receberam um talento, outros, dois, e outros, cinco talentos. De maneira geral, é suficiente usarmos apenas um talento nessas reuniões. Mesmo que sejamos pessoas de cinco talentos, devemos usar apenas um. Se usarmos todas as nossas capacidades e habilidades espirituais, inibiremos os de um talento de usarem o deles. A tradição cristã estabeleceu que os irmãos de dois e cinco talentos devem liderar as reuniões e que somente eles podem falar por Deus. No entanto, de acordo com a revelação da Bíblia, especialmente nas epístolas aos romanos, aos coríntios e aos efésios, vemos que essa prática é totalmente contrária à vontade de Deus.

É preciso ressaltar isto: a Bíblia revela que todos os cristãos podem falar por Deus. Talvez tenhamos dificuldade de compreender essa verdade por estarmos habituados apenas a ouvir os irmãos de cinco talentos. Sem dúvida, é muito bom que ouçamos o ministrar da Palavra de Deus por meio de cristãos maduros e experientes. Por falarem por Deus, tais irmãos recebem mais da sua graça. Mas e nós que ouvimos? Onde está o exercitar do dom que recebemos? Que graça receberemos, se não usarmos o dom que Deus nos deu? Cristo não deseja que em Seu Corpo haja alguns membros superdensenvolvidos, e outros atrofiados. Quem fala muito é como uma boca imensa, enquanto os que apenas ouvem são como ouvidos imensos. Isso não é normal, além de ser muito feio. Em vez disso, o Corpo de Cristo deve ser harmonioso e belo, edificado por meio do igual crescimento espiritual de cada membro.

Deus deseja que todos os membros se desenvolvam de maneira uniforme por meio de funcionar, falando por Deus, compartilhando experiências espirituais pessoais. As pequenas reuniões, que podemos chamar de reuniões de casa ou de grupos familiares, são uma oportunidade ideal para que todos os membros funcionem. Nessas reuniões, os irmãos de cinco talentos devem usar somente um deles. Que fazer com os quatros restantes? De maneira oculta utilizá-los para produzir o funcionamento e o aperfeiçoamento do membro de um talento.

Há um princípio a ser apresentado em Ezequiel 1 e em Isaías 6. Os querubins mencionados em Ezequiel 1 tinham quatro asas, mas não usavam todas para voar: com duas asas eles cobriam o corpo e com duas, voavam. Em Isaías 6:2 há serafins com seis asas, que voavam com duas, com duas cobriam o rosto e com as outras duas cobriam os pés. Dessa forma, eles ficavam totalmente ocultos, encobertos. Isso deve nortear nosso "funcionar" entre outros cristãos.

Há cristãos de "seis asas" que fazem questão de usar todas, não dando a outros nenhuma oportunidade de usar seus dons. Aparentemente, usar todos os talentos é ser espiritual, mas, na verdade, pode não passar de mera demonstração de individualismo, orgulho e egoísmo. Aos olhos de Deus, somos todos iguais, temos todos a mesma altura. Se houver um irmão com "sete côvados", temos de ajudá-lo a crescer até atingir dez côvados; se alguém tem "doze côvados", deve ser ajudado a funcionar como alguém de dez.


Fonte: Livro "A VISÃO DO TABERNÁCULO" capítulos 2 e 4 - Editora Árvore da Vida

Dar lugar à vida divina.

 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado (Hb 4:15)

 
Mt 18:21-22; Rm 7:15-18
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos
 
De acordo com as experiências de Pedro em sua maturidade, o Pai nos dá a vida e a piedade, o Filho nos chama para Sua própria glória e virtude, e o Espírito nos concede preciosas e mui grandes promessas. Louvamos ao Senhor, pelo dispensar do Deus Triúno, pelo Seu trabalhar em nós de maneira tão real e prática.

 Quando cremos no Senhor Jesus, recebemos a vida divina em nosso espírito. À medida que nos voltamos a Ele, invocando o Seu nome, somos conduzidos à Sua glória e virtude. Agora, por meio do Seu Espírito, ganhamos a realidade de Suas preciosas e mui grandes promessas e podemos, assim, nos livrar das corrupções e das paixões que há no mundo, por meio da natureza divina que está em nós. Dessa maneira, a Fé objetiva, aquilo em que cremos, pode ser trabalhada em nosso interior até tornar-se a fé subjetiva. Esse deve ser o alvo de todo cristão durante sua vida inteira.

 O desejo de Deus é que Sua natureza seja acrescentada à natureza humana e elevar assim o padrão das nossas virtudes. Embora a natureza humana tenha virtudes como a ética, a moral, a paciência, o amor, a humildade etc., elas são muito limitadas (Mt 18:20-21).

 Por isso o Senhor Jesus tornou-se um homem e experimentou as restrições do viver humano durante trinta e três anos e meio. Uma vez que participou da natureza humana, Ele conhece nossa situação e pode, assim, compadecer-se de nós (Hb 4:15; Jo 2:25). Além disso, Jesus experimentou, em Seu viver terreno, as virtudes humanas. Depois de Sua morte e de Sua ressurreição, entretanto, Ele acrescentou à natureza humana, a divina. Dessa maneira, os atributos divinos elevaram o padrão das virtudes humanas. Hoje, como o Espírito que dá vida, Sua natureza pode ser infundida em todo nosso ser.

 
Quando praticamos o que o Senhor Jesus disse em Mateus 16:24, negando nossa vida da alma, a vida natural corrompida que herdamos de Adão, damos lugar à vida divina e assim, por meio do Espírito, somos coparticipantes da natureza divina.

 Que nestes dias, que antecedem a volta do Senhor, possamos experimentar, assim como Pedro, essas preciosas e mui grandes promessas.

22 agosto, 2012

Refletindo...

A palavra mágica


Os filhos fazem de tudo para ter a companhia dos pais. Quando não conseguem por meio de gestos e atitudes que despertam contentamento e admiração, eles usam outros artifícios como, por exemplo, desobediência, simulação de enfermidades, agressividade com os irmãozinhos ou pouca aplicação nas tarefas da escola e de casa. Não queremos assombrar os pais, mas as pesquisas têm apontado que, quando os filhos não têm o companheirismo dos pais, eles o buscam em outros lugares.

O que é importante os pais saberem é que, em quase todos os gestos dos filhos, se pode ouvir: "Hei, eu estou aqui, você não está me vendo?" Geralmente, os pais não conseguem ouvir porque estão distraídos demais com muitas outras coisas. Para muitos pais, os principais elementos externos que prejudicam o fato de não estarem mais tempo com os filhos são a devoção ao trabalho e os estudos. já para outros, talvez sejam as horas dispensadas ao televisor ou computador. Mas há ainda um outro grupo que gasta as poucas horas que restam com amigos, leitura e isolamento.

Os filhos não somente querem a companhia dos pais. Eles querem e precisam de muito mais coisas. Eles querem e precisam mesmo é ter nos pais um amigo de todas as horas, alguém em que possam confiar; não um mero provedor de alimentos que enche a dispensa e logo desaparece em busca de mais ou de uma mera dona-de-casa que passa mais horas cuidando da casa do que deles. Para atravessar nossos filhos pelas várias dificuldades que a vida lhes reserva e desafiar essa era em que os valores familiares estão rapidamente se perdendo, precisamos de muito mais que um provedor e muito mais que uma dona-de-casa; vamos precisar de pais-companheiros, de pais-amigos e de pais que sabem que os filhos precisam deles tanto quanto o girassol precisa do sol.

Os pais devem estar atentos às principais necessidades dos filhos, e uma delas é a comunicação regada de interesse, mesclada com o prazer de estar junto. Isso ajuda o desenvolvimento físico e psicológico de nossos filhos. Os pais que têm um relaciona-mento desses com os filhos enfrentarão pouca dificuldade ao pregar o evangelho a eles, e pouca resistência esses filhos apresentarão ao ouvir acerca de Jesus como seu salvador. Na verdade, eles descobrirão que o amigo e o companheiro que buscaram durante toda a vida só pode ser perfeitamente encontrado em Cristo Jesus.

Certa vez, um desses pais que gastam pouco tempo com os filhos, ao chegar a casa, ordenou que eles fossem dormir. Os filhos, sem muita relutância, obedeceram. Porém, depois de uns minutos, o pai ouviu uma conversa em um tom bem baixo; ele aproximou-se da porta e ouviu um deles perguntando: "Será que o papai gosta da gente?" É interessante, mas para esses filhos nunca faltou roupa, alimento e brinquedos, mas faltava o principal - um tempo com os filhos; era por isso que "gemiam". Gastar tempo com os filhos é o modo mais real de os pais dizerem que amam e é o modo mais eficiente de alimentar as necessidades de afeto de que os filhos tanto precisam.

Outro pai, depois de entrar no quarto dos filhos, que estavam se aprontando para dormir, viu que um deles brincava fingindo ter desmaiado. O irmãozinho, entendendo tudo, disse ao pai: "Pai, fala aquela palavra mágica!" - então o pai disse: "Eu te amo" e deu um beijo na face dele, e o filho logo ficou de pé, falando que estava bem. É bem possível que haja muitos filhos precisando ouvir tais palavras combinadas com um beijo para viver! Mas, para isso, e necessário que os pais passem um tempo com eles. 



Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 158

Conduzidos à vida e à piedade.


Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo (2 Pe 1:3-4)


Gl 3:14; 2 Pe 1:1-2
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

Pedro escreveu sua segunda epístola, por volta do ano 69 d.C., quando já estava mais maduro e tinha tido muitas experiências com o Senhor. Segundo essas experiências, Pedro provou o trabalhar do Deus Triúno em seu ser. Podemos dizer que sua epístola não foi escrita somente para as pessoas daquela época, mas também para nós.
Ele começa sua segunda epístola assim: “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1:1). Essa fé preciosa não se refere simplesmente à Fé em seu aspecto objetivo, exterior. Pedro mostra-nos que ela se tornou uma fé subjetiva, pois era resultado da palavra que havia recebido misturada com sua experiência pessoal. À medida que avançava em idade, ele aprendeu a viver mais pela fé, por isso a fé se tornou algo precioso para ele. Nós, que cremos em Cristo, também obtivemos a mesma fé e, certamente, se permanecermos nela, a vida do Senhor crescerá em nós como cresceu nele.
Então, ao descrever o dispensar do Deus Triúno, ou seja, o dispensar da vida divina em nós, Pedro o faz de maneira diferente da que Paulo escreveu em Efésios 1. Paulo escreveu baseado na revelação que teve; Pedro, entretanto, apesar de escrever a mesma coisa, relatou com base em sua experiência sobre essa verdade. Ele mostra que o Pai, pelo Seu divino poder, nos supre diariamente, doando-nos todas as coisas que conduzem à vida e à piedade (v. 3a). Vida é algo interior para nosso crescimento, e piedade é exterior para a expressão de Deus.
Ele continua dizendo: “Pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (v. 3b). Isso se refere ao trabalhar do Filho, Jesus Cristo, em nós.
Além disso, no versículo 4, o apóstolo Pedro menciona a obra do Espírito: “Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”. Essas preciosas e mui grandes promessas se tornam reais a nós por meio do Espírito (Gl 3:14). Isso quer dizer que o Espírito, que é a realidade dessas promessas, é quem nos torna coparticipantes da natureza divina, e essa natureza nos livra das corrupções, das paixões que há no mundo.

21 agosto, 2012

Oração...

Os obstáculos para respostas à oração


A oração é um teste. Ela expõe nossa condição espiritual diante do Senhor.
Se passar muito tempo sem que suas orações sejam respondidas, pode ser que
você esteja doente diante do Senhor. Você deve ir ao Senhor em busca de luz
e descobrir onde está o problema. 




1) O maior obstáculo à oração é o pecado. Precisamos aprender a ter uma vida
santa diante do Senhor. Temos de rejeitar todos os pecados conhecidos. Do
lado objetivo o pecado obstrui a graça e as promessas. Isaías 59:1,2 diz
"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem
surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto
de vós, para que vos não ouça".
Do lado subjetivo o pecado danifica a consciência do homem. De acordo com 1
Timóteo 1:19 a fé é como uma carga, e a consciência é como um barco. Quando
há um vazamento no barco a carga é prejudicada. Da mesma forma, quando há
vazamento na consciência, a fé desaparece. Mas quando a consciência é forte,
a fé também é forte.
Você deve lidar seriamente com o pecado, deve ir ao Senhor para confessar,
colocando cada pecado sob o sangue, o rejeitando e o deixando. Então sua
consciência será restaurada. Nunca ceda ao pecado, pois isso o enfraquecerá
diante do Senhor. Pecado é o nosso problema número um, portanto devemos nos
atentar a ele diariamente.
Devemos estar dispostos a deixar os pecados mais óbvios e conhecidos no
coração. Salmos 66:18 diz: "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor
não me teria ouvido". Além de rejeitarmos o pecado em nossa conduta, devemos
rejeitá-lo também, em nosso coração. O Senhor se compadece das nossas
fraquezas, mas não nos permitirá contemplar a iniqüidade no coração.

2) Outra coisa importante é ter fé em nossas orações. Que é fé? Fé é estar
livre da dúvida. É aceitar as promessas de Deus em nossas orações. É Deus
que nos pede e tem um forte desejo em que oremos. Se oramos, Deus tem que
nos responder. Mateus 7:7 diz "Pedi e dar-se-vos-á".
É impossível pedirmos e não recebermos. "Pois todo o que pede, recebe"
(Mateus 7:8) Se não cremos nisso, que tipo de Deus pensamos que nosso Deus
é? Precisamos ver que as promessas de Deus são fiéis e confiáveis. A fé é
baseada em nosso conhecimento de Deus. Quanto mais O conhecemos, mais forte
é a nossa fé. Não devemos confiar em nossos sentimentos nem em nossa mente
(Hebreus 3: 9-10).
As promessas de Deus funcionam! Quando cremos na Palavra de Deus, não
devermos duvidar, mas permanecer na fé. Quando vemos o quanto as palavras de
Deus são reais, encontramos respostas para nossas orações.
Precisamos ambicionar ser uma pessoa de oração, alguém com poder diante de
Deus. Ser poderoso diante de Deus significa que Ele escuta quando alguém
fala. É algo tremendo Ele confiar em nós a ponto de dar-nos o que pedimos!
Marcos 11:24: "Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede
que recebestes, e será assim convosco". Fé é indispensável. Sem ela, a
oração é ineficaz. Fé é crer que já recebemos o que pedimos, é a certeza de
que Deus já respondeu à oração.
Hebreus 3:12 "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de
vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo".
Quando os filhos de Deus oram, devem aprender a erguer os olhos e dizer:
"Senhor, Tu podes!" (Marcos 2:5-10; 9:21-23).

3) Devemos pedir especificadamente. Mateus 7:7-11 diz: "Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que
pede, recebe..., ou qual dentre vós é o homem que se porventura, o filho lhe
pedir um pão lhe dará pedra? Ou se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra?
Ora, se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto
mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que lhe pedirem?"
O Senhor disse que devemos pedir especificadamente. É estranho chegar ao
Senhor sem dizer o que queremos. Orações gerais e vazias não produzirão
respostas específicas. Somente quando aprendermos a orar de maneira
específica teremos nossos problemas e necessidades solucionados de maneira
específica. Como filhos de Deus, é-nos de direito pedir: "Nada tendes,
porque não pedis" (Tiago 4:2b).
Mas se aprendermos a pedir, e mesmo assim nossas orações não serem
atendidas, precisamos ver a segunda condição: Não pedir mal, de acordo com
Tiago 4:3.
"Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos
prazeres". Devemos aprender a pedir movidos pela necessidade. Pedir mal é
pedir além da nossa capacidade ou real necessidade. Deveríamos agradecer a
Deus por não responder algumas de nossas orações.
Também devemos descobrir se Deus quer realizar o que pedimos (Mateus
26:39,42; Marcos 1:40-41). Se não recebemos do Senhor nenhuma palavra clara,
não devemos correr o risco de tentá-lo ou pô-lo à prova (Mateus 4:6-7).
Quando oramos, devemos fazê-lo até recebermos de Sua boca uma palavra.
Quando temos a palavra, temos a fé; quando temos a fé, temos a certeza,
mesmo que ainda não vejamos a materialização da promessa.
Quando temos a certeza, não precisamos lembrar Deus com mais orações e sim
com louvores.

5) Devemos perseverar na oração. Orarmos até que o Senhor nos responda.
Devemos ter o desejo de orar com perseverança. "Disse-lhes Jesus uma
parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer" (v.1), "Não fará
Deus justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora
pareça demorado em defendê-los?" (Lucas 18:1-8). 



(Fonte: Jornal Árvore da Vida, nr 101, Editora Árvore da Vida, Encarte para
assinantes)

Refletindo...



Crescer e aumentar em amor


É impossível viver a vida conjugal sem amor. Mas não é qualquer tipo de amor que satisfaz. O amor limitado não garante a permanência dos cônjuges na "doença e na pobreza" porque é fraco, humano, e, portanto, incapaz de suportar os muitos problemas por que passam os casais nos dias de hoje.

Para viver a vida conjugal, é necessário um amor especial - o amor de Deus. Paulo orou ao Senhor para que o amor dos jovens santos da igreja em Tessalônica pudesse crescer e aumentar (1 Tessalonicenses 4:9,10). Sabendo que a vida da igreja não podia ser vivida de forma orgânica e agradável, sem que estivessem, primeiramente, constituídos do amor divino, Paulo cuidou logo de orar por todos eles. A vida familiar, que inclui a vida conjugal, é um pequeno quadro da vida da igreja. Nela há necessidade de que o amor seja também cultivado. Para que a vida familiar possa ser conduzida em amor, é mister que os cônjuges estejam bem com o Senhor o que, naturalmente, contribuirá para que eles estejam bem um com o outro.

Vale a pena notar a seqüência que Paulo estabeleceu quanto ao amor no livro de Tessalonicenses: no capítulo três, ele ora para que o amor cresça e aumente nos santos; no capítulo quatro, vemos a prática do amor; e no cinco, Paulo mostra o que fazer para o amor crescer e aumentar de modo que a vida conjugal torne-se um ambiente possível de convivência.

No capítulo dezenove de Mateus, os casais estão dando carta de divórcio uns para os outros por banalidades porque não se apropriaram do amor que o Senhor revelou no capítulo dezoito. Eles achavam que viver a vida conjugal baseados no amor que é capaz de perdoar somente sete vezes fosse suficiente. Como já falamos, para se viver a vida conjugal, de um jeito que o homem não venha a se separar, o amor divino - o único tipo de amor que pode perdoar setenta vezes sete - é mais que necessário, é urgente.

Foi o apóstolo João que revelou que Deus é amor, mas foi o apóstolo Paulo que revelou o caminho para amor crescer.

Orar é o primeiro quesito importante na vida de um casal. Cuidado! Ao orar não pense que o foco dos problemas esteja em seu cônjuge. Inicialmente ore para que o Senhor transforme, em primeiro lugar, você. Vá diante do Senhor para receber luz. Não se preocupe tanto com as deficiências de seu cônjuge; simplesmente, coloque a mão em seu próprio peito; se ela ficar branca, indica que seu coração tem “lepra", não se turbe; o Senhor pode curar seu coração de toda mágoa, ira, ciúmes, egoísmo tudo que possa estar prejudicando seu casamento (Êxodo 3).

Quando você se abre ao Senhor pela oração, o amor ilimitado de Deus começa a expandir os limites do amor humano, e o resultado dessa expansão, você dar graças ao Senhor pelo cônjuge que Ele lhe deu. Quando nos exercitamos na piedade, isto é, valorizamos profecias (a Palavra de Deus) e a comunhão com o Senhor em nosso Espírito mesclado (1 Coríntios 6:17), não permitindo que este venha a se apagar, desanimar ou mesmo esfriar-se, o amor Deus crescerá e aumentará em nós. Nesse ponto, trocaremos o mal pelo bem, as reclamações por orações e a tristeza por regozijo.

Há sempre um efeito positivo quando experimentamos o Senhor! 



Fonte: Jornal Árvore da Vida nº 158

Purificados por várias provações.


Para que, uma vez confirmada a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:7 - lit.)


Mt 3:11; 1 Pe 4:12-13
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário, Estudos Bíblicos

O que Paulo escreveu sobre a economia de Deus na Fé, segundo a revelação que obtivera, Pedro vivenciou e relatou em suas epístolas, quando já estava mais maduro. No tempo em que passou ao lado de Jesus, por ter suas fraquezas expostas frequentemente, nas mais diversas situações de sua vida, Pedro aprendeu a negar-se a si mesmo e a permitir o trabalhar da natureza de Deus em seu ser.
Pedro foi levado a negar a si mesmo por meio dos sofrimentos pelos quais passou, que eram como o queimar do fogo em seu interior para acabar com seu ego, com sua forte vida da alma, que sempre se manifestava. Cremos que mais tarde, ao se lembrar das palavras que o Senhor havia dito enquanto estava entre eles, Pedro se arrependeu e fez questão de nos alertar em seus escritos, da importância da prova ardente do fogo pela qual todos precisamos passar (1 Pe 1:6-7).
Em sua primeira epístola, Pedro nos encoraja dizendo que, se for necessário, seremos contristados por várias provações. Isso, entretanto, é para que seja confirmada a prova da nossa fé, que é muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo depurado pelo fogo.
As provações são como o purificar do ouro. Em nossa fé há “ouro”, isto é, há natureza divina; porém, em nossa alma ainda há muitas impurezas que precisam ser “queimadas” e eliminadas para que a vida divina cresça e a permeie com o Espírito.
Esse fogo que prova nossa fé faz parte da obra do Espírito em nós. É o mesmo fogo mencionado por João Batista, quando este disse que Aquele que viria após ele batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Muitas vezes, sentimos que algo queima em nosso interior quando exercitamos nosso espírito. Por isso, ao cantar hinos em louvor a Deus, alguns até chegam a pular de alegria. Esse queimar interior é o fogo do Espírito que em nós habita.
Quanto mais exercitamos nosso espírito, mais fácil será para nos arrependermos e mais o fogo do Espírito queimará tudo o que é negativo em nós. Assim praticando, obteremos o fim de nossa fé, a salvação de nossa alma (1 Pe 1:9).

20 agosto, 2012

A Igreja em Laodicéia.


Apocalipse 3:14 – 22 


Neste capítulo falaremos sobre a última igreja. Vimos a igreja católica romana, as igrejas protestantes e o movimento dos irmãos. Entre esses, o que Deus escolheu foi o movimento dos irmãos. Tiatira falhou completamente. Embora Sardes fosse melhor do que Tiatira, contudo Deus ainda reprovou-as. Somente Filadélfia não recebeu qualquer palavra de reprovação. A promessa do Senhor está em Filadélfia. (Mas Filadélfia também tem um chamado para os vencedores) Sem dependesse de nós, pararíamos em Filadélfia e não escreveríamos mais. Contudo, nessas igrejas o Senhor está profetizando a condição da igreja; assim. É necessário darmos mais um passo para Laodicéia, com a qual todos estão mais familiarizados. Se perguntasse: ”Afinal, a qual igreja Laodicéia se refere”?, Muitos não conseguiriam responder. Muitos dos filhos de Deus não têm clareza a respeito de Laodicéia. Alguns pretendem aprender lições dela, como indivíduos; muitos consideram-na como referindo-se à generalizada condição desoladora da igreja. Mas o Senhor está falando profecia aqui.

Laodicéia, assim como as outras igrejas, tem um significado especial em seu nome. Este é composto de duas palavras: laos, significando leigos (laicato ou povo comum), e edicea, que pode ser traduzido para costumes ou opiniões. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as opiniões. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as opiniões do povo comum. Aqui vemos muito evidente o significado – a igreja fracassou, pois voltou ao nível de acatar opiniões e costumes dos leigos. Em Filadélfia o que vemos são irmãos e amor uns pelos outros.

Mas o que vemos aqui são leigos, opiniões e costumes. Temos de ter em mente que se os filhos de Deus não permanecerem na posição de Filadélfia, eles cairão e fracassarão, mas não retornarão a Sardes. Uma vez que uma pessoa tenha visto a verdade dos irmãos, ela não voltará às igrejas protestantes, mesmo que queira. O resultado é que, uma vez que não seja capaz de permanecer firmemente em Filadélfia, ela retrocederá para tornar-se, como vemos aqui, Laodicéia. O que saiu de Filadélfia é chamado Laodicéia. Sardes provém de Tiatira, e Filadélfia provém de Sardes; do mesmo modo, Laodicéia sai de Filadélfia. Os filhos de Deus hoje cometeram um engano, isto é, sempre que vêem uma igreja denominacional, cuja condição é errada, eles dizem que esta é Laodicéia. Isto esta errado. Uma igreja denominacional é Sardes, não Laodicéia. As diferentes denominações são as igrejas protestantes. As denominações não estão qualificadas para tornar-se Laodicéia. A condição de Laodicéia não é a condição de Sardes. Somente quem já provou a boa qualidade de Filadélfia e agora está caído é Laodicéia. Aquela que realmente não tem muito é Sardes; aquela que não preserva as riquezas espirituais que estão no Espírito Santo torna-se Laodicéia.

Que tipo de queda é essa, então? Começando por Éfeso, vemos anormalidade no meio da normalidade. Em Pérgamo, vemos ensinamento de Balaão. Em Tiatira, vemos Jezabel: portanto, a classe mediadora tem aqui sua raiz. Sardes deu-nos uma bíblia aberta, mas a própria Sardes criou outra classe mediadora. Em Filadélfia, vemos somente iramos; a classe que domina o laicato já não existe. Todos voltaram à palavra do Senhor para obedecer a ela e obedecer ao que o Espírito Santo tem falado por meio da palavra. Mas um dia, por não permanecer na posição de irmãos que recebem a disciplina do Espírito Santo;o Espírito Santo exerce autoridade por meio da palavra e do Nome, e todos são irmãos amando uns aos outros. Agora nem é o Espírito Santo exercendo a autoridade nem é o sistema pastoral, mas os leigos. Que queremos dize por leigos exercendo autoridade? Queremos dizer o exercício da autoridade da maioria. A opinião da maioria é a opinião aceita; uma vez que a maioria esteja a favor, está tudo bem. Esta é a Laodicéia. Em outras palavras não são os padres que dominam, nem os pastores nem o Espírito Santo, mas é a opinião da maioria que conta. Aqui, não são irmãos, mas homens. Laodicéia não se posiciona na posição de irmão; antes, são homens que estão aqui concordando com a vontade da carne. Todos levantam a mão, e isto é tudo. Devemos conhecer a vontade de Deus e Examinar Filadélfia de acordo com a vontade de Deus. Sempre que não existir amor fraternal, mas somente as opiniões dos homens de acordo com a carne, então encontramos Laodicéia.

Aqui o Senhor fala de Si mesmo como “o amém, a testemunha fiel e verdadeira, o principio da criação de Deus”. O Senhor é o amém. Amém significa tudo bem; quer dizer assim seja. Então, Ele cumprirá tudo, e nada será em vão. O Senhor Jesus na terra estava testificando a obra de Deus. Entre os diversos seres e coisas criadas por Deus, o Senhor é o Cabeça.

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente e nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. Sardes é viva no nome, mas morta em realidade; Laodicéia não é quente nem fria. Para Éfeso o Senhor disse: “Moverei o seu lugar o teu candeeiro”; para Laodicéia: “Estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. O Senhor não os usará novamente; eles não são mais o amem. O problema é que eles não são nem frios nem quentes. Estão cheios de conhecimento, contudo carentes de poder. Quando eram quentes, eles eram Filadélfia; mas agora estão mais frios do que antes. Uma vez que Filadélfia
cai, ela se torna Laodicéia. Somente as pessoas de Filadélfia podem cair a tal ponto.

“Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma”. Já mencionamos que o movimento dos irmãos é muito mais significativo que a Reforma. A reforma não foi senão uma reforma de quantidade, enquanto o movimento dos irmãos foi uma reforma de qualidade, restaurando a essência original da igreja. Tal poder é realmente grandioso. Mas porque esses irmãos eram mais fortes que os outros em conduta e em verdade, a ponto de até mesmo um cozinheiro entre eles saber mais que um missionário nas igrejas protestantes, eles se tornaram orgulhosos. “Vocês todos são incompetentes, só nós somos competente”, era a atitude deles. Ninguém era competente nas igrejas protestantes. O famoso Scofield foi até os irmãos para ser ensinado. Gipsy Smith, muito conhecido, esteve no meio deles para obter benefícios, aprendendo suas doutrinas para pregar. Todos os obreiros, estudiosos, pregadores e crentes receberam ajuda e luz deles. Nem sabemos quantos mais receberam ajuda de seus livros. Muitos precisam reconhecer em seu coração que em todo mundo ninguém ensinou a bíblia tão bem quanto os irmãos. Como resultado alguns deles se tornaram orgulhosos. “Nossos alunos são professores de outros”, eles diziam. Embora eles fossem grandemente antagonizados, contudo alguns declaravam-se heróis. A conseqüência mais evidente é que alguns se tornaram auto-satisfeitos. Alguns irmãos têm amor fraternal e buscam o bem dos outros, enquanto outros não têm nada além de conhecimento; então, foi inevitável que se tornassem outo-exaltados e presunçosos. O Senhor mostrou-nos que uma Filadélfia orgulhosa é Laodicéia, e Laodicéia é uma Filadélfia decaída. Conseqüentemente, em muitos lugares as reuniões deles tiveram problemas de comportamento e ensinamento. A característica principal de Laodicéia é o orgulho espiritual. O Senhor já cumpriu para nós o que diz respeito ao lado histórico.

Hoje, podemos encontrar Filadélfia e também Laodicéia. Ambas são bastante parecida em sua posição como igreja. A diferença é que Filadélfia tem amor, enquanto Laodicéia tem orgulho. Não há diferença na aparência exterior; a única diferença é que Laodicéia é uma Filadélfia orgulhosa. Não queremos relatar muitas coisas sobre eles. Apenas quero dar algumas ilustrações. Um irmão entre eles certa vez disse: “Existe algo espiritual que não possa ser encontrado entre nós”? Certo irmão, após ver uma nova revista, disse: “Que novidade ela pode dar-nos? Há alguma coisa que não temos”? E ele fechou a revista sem ler mais. Outro irmão disse: “Uma vez que o Senhor tem nos dado maior luz, devemos estar satisfeitos; lermos o que os outros têm escrito é perda de tempo”. Outro disse: “Que é os outros têm que nós não temos, e o que nós temos pode ser que os outros não tenham”. Quando ouvimos este tipo de falar, imediatamente lembramo-nos do que o Senhor diz aqui a respeito dos que dizem: “Estou rico”. Oh! Quão cuidadoso precisamos ser para que não nos tornemos Laodicéia!

Em uma ilha no Oceano Atlântico havia muitos irmãos. Certa vez houve um furacão que destruiu muitas casas, incluindo os lares e os locais de reunião dos irmãos. Em poucas horas, os irmãos de todo enviaram mais de duzentas mil libras esterlinas; tal assistência alcanço-os mais rapidamente do que a do governo. No seu meio há realmente amor fraternal, mas há também aqueles que se tornaram orgulhosos. As igrejas protestantes ao são qualificadas para tornar-se Laodicéia. A própria Sardes reconhece que não tem nada. Tenho trabalhado por mais de vinte anos, contudo nunca encontrei um missionário ou pastor nas denominações que afirmasse ter coisas espirituais. Eles sempre dizem que são inadequados. As falhas e fracas igrejas protestantes são Sardes, não Laodicéia. Somente Laodicéia tem a característica especial do orgulho espiritual. As igrejas protestantes têm muitos pecados, mas o orgulho espiritual não é seu pecado principal. Somente irmãos caídos diriam: “estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma”. Somente Filadélfia decaída pode tornar-se Laodicéia. Quanto aos bens espirituais, Sardes sabe muito bem que não tem nada. Eles freqüentemente dizem: “Nos não somos suficientemente zelosos, nossos membros zelosos se foram”. Fartura é a condição de Filadélfia, enquanto vanglória de sua riqueza é a marca distinta da Laodicéia. Somente Laodicéia pode vangloriar-se. Uma pessoa que sai da posição de Filadélfia não volta a Sardes. Pedir a um irmão que volte a Sardes é impossível; ele só poderá prosseguirpara Laodicéia. Laodicéia também não continua a linha da ortodoxia dos apóstolos – ela vai alem da linha dos apóstolos. São aqueles que possuem conhecimento vão; eles não têm vida e são auto-satisfeitos, auto-exaltados e presunçosos.

“Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. O que eles dizem é realmente quase verdade: “Estou rico e tenho adquirido riquezas e não preciso de nada”! Na verdade, eles são maravilhosos diante de Deus. Eles têm motivo para gloriar-se. Reconhecemos que há muitas coisas no meio deles das quais eles podem gloriar-se. Mas é melhor deixar que os outros sintam isso e não nós mesmo; deixe que os outros saibam disso, não nós. É realmente bom se os outros falarem; mas nós falarmos, não é bom. Não devemos orgulhar-nos de coisas espirituais, uma vez que você se orgulha delas, elas se desvanecem. Quando uma pessoa diz que é forte, então aquela força se ai. A face de Moises brilhava, contudo ele próprio não tinha consciência disso. Todo aquele que sabe que sua face está brilhando perderá o brilho dela. Se você não sabe que está crescendo , você é abençoado. Há muitos que têm muita clareza sobre sua própria condição, mas, na verdade, não têm nada. Se você tem autoridade espiritual, tudo bem, mas se você sabe que tem autoridade espiritual, isso não está bem. Os de Laodicéia estão bons demais na avaliação de si mesmos; eles têm demais. Como resultado, aos olhos de Deus, eles são cegos, pobres nus. Essa é a razão por que devemos aprender uma lição. Laodicéia está clara demais a respeito de suas riquezas. Desejamos crescer, contudo, não queremos nós mesmos saber disso.

O Senhor diz:”Tu és(...) miserável”. A palavra miserável aqui é o mesmo que a palavra miserável (NVI) usada por Paulo em Romanos 7. O que o Senhor diz aqui:”Você é como Paulo em Romanos 7 – do lado espiritual, é infeliz, confus, você não é nem uma coisa nem outra, e aos olhos dos Senhor você é miserável”. Nas palavras seguintes, o Senhor aponta três razoes para mostrar por que eles são infelizes e miseráveis: eles são pobres, são cegos e são nus.

Sobre a pobreza o Senhor diz: “Aconselho-se que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”. Embora eles sejam ricos em doutrinas, contudo o Senhor os vê como sendo pobres. Eles precisam ter fé viva; do contrario, a palavra de Deus é inútil para eles. O fracasso e a fraqueza deles devem-se ao fato de que sua fé se foi. Pedro diz que o ouro provado pelo fogo é fé em provação (1Pe 1:7). Nos dias em que a palavra ministrada é pobre, você deve orar. Quando a palavra aumenta, você precisa misturar a fé com a palavra que tem ouvido. Você deve passar por todo tipo de provação para que as palavras que tem ouvido seja úteis de maneira prática. Assim, você precisa comprar ouro provado pelo fogo. Você deve aprender a confiar, mesmo em tribulação; então você será realmente rico.

Além disso o Senhor diz: “vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez”. Mencionamos antes que vestiduras brancas se referem ao comportamento. A vestidura branca aqui é a mesma veste branca mencionada em diversos outros lugares em Apocalipse. O propósito de Deus é que eles não tenham contaminação, assim como a veste de Deus é branca. Deus os quer andando continuamente diante Dele. É impossível estar nu diante de Deus. No antigo testamento, nenhum homem poderia aproximar-se de Deus a não ser vestido. Quando os sacerdotes iam ao altar, a sua nudez não devia estar descoberta. O Cap. 5 de 2 Corintios diz-nos: “se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus” (v.3.). Mas nesta passagem a questão não é estar vestido ou não, mas se a veste é branca ou não. O Senhor Jesus diz: “Quem der a beber ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que
de modo algum perderá o seu galardão” (Mt 10:42). Esta é a veste branca. Podemos tratar os outros festivamente, contudo isso pode não ser “branco”. Se fizermos isso apenas com objetivo de manter a glória do nosso grupo, isso não será válido; se precede de um motivo ainda mais mesquinho do que esse, menos válido será. Não é limpo o suficiente. O Senhor deseja que tenhamos um propósito e um motivo limpo ao trabalharmos para Ele. Há muitas atividades e muitos motivos que, uma vez que os tocamos, sentimos haver ali muitas impurezas; eles não são brancos. “A fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez”, de maneira que, quando você anda diante de Deus, você não seja uma vergonha.

A terceira coisa é:”Colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas”. Aqui se diz colírio, não comprimidos. Comprar colírio para ungir seus olhos é ter a revelação do Espírito Santo, então seremos considerados como quem vê. Conhecer muitas doutrinas, pelo contrario, pode resultar em decréscimo da revelação do Espírito Santo. Muitas vezes, a doutrina é a transmissão do pensamento de um para o outro; contudo os olhos espirituais não vêem. Muitas pessoas estão andando na luz dos outros. Muitos irmãos maduros falam de certa maneira, então, você fala daquela maneira também. Alguns dizem:”fulano me falou”; se não houvesse fulano para falar-lhe, não saberiam o que fazer. Recebemos doutrina do ensinamento dos homens, não do Senhor Jesus. O Senhor Jesus diz aqui que isso não funcionará; você precisa ter a revelação do Espírito Santo. Não posso escrever uma carta a um amigo, pedindo-lhe que ouça o evangelho por mim, para que eu possa ser salvo. Igualmente, qualquer coisa recebida das mãos humanas está esgotada quando chega a nós; não tem nada que ver com Deus. De acordo com a bíblia isto é cegueira. A não ser que toquemos no Espírito Santo, não conseguiremos lidar com coisas espirituais. A questão não é quando ouvimos; muitas vezes é somente um aumento de doutrina, um aumento de conhecimento. Porém sem nada ver de Deus. Assim precisamos aprender uma coisa diante de Deus – temos de comprar colírio. Somente ver por nós mesmo é realmente ver. Ver é a base daquilo que já foi ganho e é a base para ver de novo.

“Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te”. As palavras faladas anteriormente são repreensões. Mas o Senhor nos mostra que nos repreende e disciplina desta maneira porque nos ama. Portanto, sejamos zelosos. Que devemos fazer? Arrepender-nos. Antes de tudo, devemos arrepender-nos. Arrependimento não é apenas uma questão individual; a igreja também deve arrepender-se.

“Eis que estou a porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”. Há muitas coisas nesta declaração. Que tipo de porta é esta? Muitos usam esse versículo para pregar o evangelho. Pode-se tomar emprestado esse versículo para pregar o evangelho; pode-se emprestar esse versículo aos pecadores; mas não deve ser tomado emprestado por muito tempo sem devolvê-lo. Esse versículo é para os filhos de Deus. Ele não se refere ao Senhor batendo a porta do coração de um pecador; esta porta é a do coração da igreja. Porque porta, aqui, está no singular, o Senhor esta referindo-se à igreja. É realmente estranho que, sendo o Senhor a cabeça da igreja, ou, podemos dizer, a origem da igreja, contudo Ele está do lado de fora da porta da igreja, que tipo de igreja é esta?

O Senhor diz aqui: “Eis!” O Senhor diz isto para toda a igreja. A porta é a porta do coração da igreja. “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta “ Estas duas palavras – “Se alguém” – mostram-nos que o abrir da porta é uma questão individual. Na bíblia na duas linhas em relação à verdade: uma é a linha do Espírito Santo, e a outra é a linha de Cristo; uma é subjetiva e a outra é objetiva; uma refere-se à experiência , e a outra à fé. Se alguém dá muita atenção à verdade objetiva, então vamos vê-lo escalando nuvens e cavalgando nevoeiros, o que é impraticável. Se ele constantemente permanece do lado subjetivo, preocupando-se excessivamente com a obra interior do Espírito Santo, então olhará continuamente para o seu interior e tornar-se-á insatisfeito. Qualquer um que esteja buscando o Senhor deve ser equilibrado por ambos os lados da verdade. Um mostra-me que sou perfeito em Cristo, e o outro mostra-me que o operar interior do Espírito Santo faz com que eu me torne perfeito. O maior fracasso dos irmãos foi sua excessiva ênfase com a verdade objetiva e negligencia com a verdade subjetiva. Filadélfia fracassou e tornou-se Laodicéia. O fracasso dela deveu-se ao excesso da verdade objetiva. Isto não quer dizer que não há nada da obra interior do Espírito Santo, mas no geral, há muito do aspecto objetivo. Em João 15, vemos o Senhor falando sobre ambos os aspectos. Ele diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. “Cearei com ele e ele comigo”. O Senhor diz aqui: “Se você abrir a porta, Eu cearei com você”. Isso é comunhão e também é alegria. Então temos uma intima comunhão com o Senhor, bem como a alegria que brota de tal comunhão.

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. Dentre as promessas dadas aos vencedores nas sete igrejas, muitos dizem ser esta a melhor. Embora alguns gostem das outras promessas, muitos me têm dito que a promessa do Senhor a Laodicéia excede a todas. Anteriormente na promessa aos vencedores, o Senhor não disse nada sobre si mesmo. Mas aqui o Senhor diz: se vencer, você ceará Comigo. Passei por todos os tipos de vitórias; por isso, estou assentado no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar comigo em Meu trono”. O vencedor aqui tem uma promessa extraordinariamente elevada. Por que? Porque, então a igreja findará. O vencedor esta aguardando pela vinda do Senhor Jesus. Portanto, o trono é aqui. 



Capitulo 8 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida