Por isso, não desanimamos;
pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso
homem interior se renova de dia em dia (2 Co 4:16)
Êx 14:15-31; 17:1-6; Nm
20:1-13; Dt 3:24-27
Após a Páscoa, os israelitas
deixaram o Egito, libertos da escravidão opressora de Faraó. Vendo que eles
haviam fugido, Faraó e seus exércitos saíram em perseguição a eles. Os
israelitas estavam junto ao Mar Vermelho. Deus ordenou que Moisés levantasse seu
bordão, estendesse a mão, e o mar se abriria para os israelitas. Moisés
obedeceu, o mar se abriu, e eles o cruzaram. Os egípcios os perseguiram mar
adentro, mas, uma vez que o povo havia atingido a outra margem, Deus disse a
Moisés que novamente estendesse a mão para que o mar se fechasse sobre os
egípcios. Moisés o fez, e as águas do mar se fecharam, fazendo-os
perecer.
A passagem do povo pelo Mar
Vermelho prefigura o batismo (1 Co 10:2). Ela nos mostra claramente como
abandonamos esse tipo de mundo, o mundo da subsistência. Sair de Ur dos caldeus
prefigura sair do mundo da idolatria; sair de Harã representa sair do mundo do
pecado e sair do Egito simboliza sair do mundo do sustento. Agora, passado o Mar
Vermelho, deixamos para trás o mundo da subsistência, e o rei deste mundo, o
diabo, não tem como nos controlar. Aleluia!
Após a passagem do Mar
Vermelho, Moisés conduziu o povo no deserto por quarenta anos. Eles deveriam ter
entrado na terra de Canaã logo após ter passado o Mar Vermelho. Se olharmos pelo
aspecto geográfico, cerca de dez ou quinze dias seriam necessários para que eles
chegassem até Canaã. Contudo os quase dois milhões de pessoas não estavam aptos
para servir a Deus, porque eles estavam ainda cheios do “Egito”, ou seja, cheios
de sua vida da alma, eram ainda muito anímicos. Foi necessário que se passassem
quarenta anos para que os homens anímicos, as pessoas cheias da vida da alma e
de insatisfações, caíssem no deserto. Apenas a nova geração entrou na terra de
Canaã, passando o rio Jordão. Isso representa a corrupção do nosso homem
exterior e a renovação do nosso homem interior (2 Co 4:16).
Talvez alguns pensem que,
passados quarenta anos, Moisés já teria sido totalmente transformado, não teria
manifestações de sua vida da alma. Entretanto ele foi exposto na questão da vida
da alma numa ocasião em que o povo murmurou por falta de água, e Deus lhe disse
que tomasse o bordão e ferisse a rocha para que dela saísse água (Êx 17:1-6).
Ferir a rocha representa a morte do Senhor Jesus na cruz. Ele foi ferido e Dele
não apenas verteu sangue, como também água, para que ganhemos vida (Jo 19:34).
Tempos depois na peregrinação do povo pelo deserto, houve a novamente falta de
água. Deus falou a Moisés que, juntamente com Arão, tomasse o bordão e ordenasse
à rocha para que dela saísse água. Moisés irou-se com a murmuração do povo e em
vez de ordenar à rocha que desse água, ele feriu a rocha novamente. A água
jorrou, mas Moisés errou porque não obedeceu a Deus, fazendo o que Ele havia
dito. Por causa desse erro, Moisés não pôde entrar na boa terra. Ele se
arrependeu diante do Senhor, mas isso não mudou o que Ele havia determinado (cf.
Dt 3:24-27).
O fato de Moisés ter ferido a
rocha pela segunda vez manifestou o pouco da vida da alma que ele ainda tinha, e
isso o impediu de entrar na terra de Canaã. Podemos aplicar isso à nossa
experiência. Se descuidarmos da questão da nossa vida da alma, podemos ser
deixados de fora da manifestação do reino dos céus. Que o Senhor tenha
misericórdia de nós e nos dê um coração sensível e submisso, que permita que Ele
nos transforme e nos faça crescer e amadurecer! Desse modo, seremos vencedores e
reinaremos com Cristo mil anos.
Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
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