Eu,
Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios, se é
que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim
confiada para vós outros; pois, segundo uma revelação, me foi dado
conhecer o mistério (Ef 3:1-3a)
At 9:22-25; 2 Co 12:2-4; Gl 1:15-17
Os
doze apóstolos haviam sido ensinados pelo Senhor Jesus, por isso
estavam equipados com a Palavra para pregar o evangelho. Paulo, por sua
vez, não havia sido discípulo do Senhor. Ele se tornou um fariseu, pois
possuía muito conhecimento acerca da lei e das ordenanças de Deus
oriundas do Antigo Testamento, e havia sido instruído aos pés de
Gamaliel. Apesar disso, ele ainda precisava ser equipado com a revelação
da economia de Deus no Novo Testamento, a fim de desempenhar
adequadamente seu ministério.
Após ter sido
revelado a Paulo quem era Jesus, a Bíblia registra que ele, passou um
período de tempo nas regiões da Arábia (Gl 1:15-17). Ali, Paulo recebeu
revelação diretamente do Senhor, conforme seu relato: “Conheço um homem
em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se
no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem
(se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao
paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem
referir” (2 Co 12:2-4). As coisas a que Paulo se refere aqui são a
revelação da economia neotestamentária de Deus, que ele posteriormente
registrou em suas epístolas.
Como Paulo era
uma pessoa eloquente, que se destacava dentre os demais de sua idade,
ele passou a ser seguido por alguns discípulos em Damasco. Sua ousadia
em afirmar que Jesus é o Cristo era tão grande que os judeus deliberaram
sobre como tirar-lhe a vida. Esse fato chegou ao seu conhecimento, e
seus discípulos, para protegê-lo, o esconderam em um cesto e o desceram
pela muralha da cidade, para que fugisse (At 9:22-25). Tudo isso ocorreu
pela soberania do Senhor, para que Paulo não tivesse seus próprios
discípulos. Deus não queria que ele tivesse discípulos nem que tivesse a
mesma experiência e destino de João Batista.
Essa é uma séria
advertência para nós, pois não devemos constituir discípulos para nós
mesmos. Infelizmente, muitos cristãos acabam cometendo esse erro, pois
ao dizer que têm algum ministério fazem com que muitos os admirem
excessivamente, e até mesmo os imitem e os sigam de maneira cega. Não
devemos seguir homem algum, somente o Senhor Jesus. Devemos ser
conhecidos como Seus discípulos.
O único caminho
para seguirmos o Senhor é negarmos a nós mesmos. Não importa quanta
revelação já obtivemos, quanto conhecimento bíblico acumulamos ou mesmo
quanto sucesso tenhamos tido na obra de Deus, devemos reconhecer que
tudo o que somos e temos veio do Senhor; além disso, as pessoas a quem
ajudamos devem ser conduzidas a seguir o mesmo Senhor a quem seguimos.
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