12 julho, 2012

Refletindo...

O Reino e a Igreja - Parte 1
O REINO É UM COM A IGREJA

“Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16:17-19).

Vamos orar:
Querido Pai celestial, estamos reunidos aqui no nome do Teu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo. Como Ti adoramos e agradecemos, sabemos que Tua presença está aqui conosco. Apenas pedimos, Senhor, que Tu removas todo véu que possa estar sobre nossa cabeça. Oramos para que todos nós possamos ver a glória do Senhor na face de Jesus Cristo. Oramos, Senhor, para que Tu abras Tua palavra a nós, faças Tua Palavra viva e operativa em cada um de nós. Desejamos, Senhor, que Tu sejas elevado e seja glorificado no meio de Teu próprio povo. Pedimos no nome de nosso Senhor Jesus. Amém.
O tema para este nosso tempo juntos é: Venha o Teu Reino e a parte designada a mim neste tema é: O Reino e a Igreja. Nos versos que acabamos de ler, nosso Senhor disse: “Eu edificarei minha igreja sobre esta rocha”. Aqui em Mateus 16 é a primeira vez que nosso Senhor Jesus mencionou a palavra igreja. Então Ele disse a Pedro: “Eu ti darei as chaves do reino dos céus” (verso 19). Aqui encontramos a palavra reino. Ele edificará Sua igreja e Ele tem um reino.

Gostaríamos de considerar este assunto de três diferentes ângulos. Primeiro, o reino é um com a igreja. O reino e a igreja são o mesmo. Segundo, o reino é maior do que a igreja. Terceiro, o reino edifica a igreja, e finalmente, a igreja traz o reino. Primeiro, gostaríamos de considerar juntos diante do Senhor: O Reino é Um Com a Igreja. Para considerarmos isso, penso que é importante para nós definir o que é a igreja e o que é o reino. Ora, todos nós sabemos que a igreja e o reino estão além de definições. Não há forma de definir a igreja porque quando você tenta defini-la, você realmente a confina. A mesma coisa é verdadeira para o reino. No entanto, a favor de uma maior clareza, precisamos ter algumas idéias básicas da igreja e do reino conforme encontramos na Palavra de Deus, por isso tentaremos definir a igreja e o reino de uma forma bem simples.


DEFINIÇÃO DE IGREJA

Quando nosso Senhor Jesus mencionou esta palavra igreja, (“sobre esta pedra edificarei minha igreja”), Ele quis dizer algo muito, muito diferente daquilo que geralmente pensamos. Na verdade, é exatamente o oposto do nosso conceito comum quando mencionamos a palavra igreja, ou até mesmo, quando mencionamos a edificação da igreja. Dizemos que estamos construindo um edifício com pedras, ou tijolos, ou madeira, ou barro. É uma construção física separada para os serviços religiosos ou cristãos. Algumas pessoas podem ter uma idéia melhor da igreja, e dizem que ela não é física, material de construção, mas é uma organização religiosa, uma instituição cristã que leva o nome do Senhor mas é tocada por homem. Ela tem um lugar definido de adoração onde as pessoas podem ir ao domingo, ou pode ser que em outros dias. Ela tem um credo, uma definição uma declaração de fé. Ela tem um livro de regras ou disciplina. Ela tem uma série de rituais, cerimônias e tem uma forma definida de adoração. Adicionado a isso, há uma classe especial de pessoas chamadas de clero em contraste com os leigos, as pessoas comuns. Ora, isso é o que conhecemos como igreja na terra. Ela é histórica em natureza e tradição.

Quando nosso Senhor Jesus mencionou a palavra igreja, Ele tinha um conceito muito diferente. Para Ele a igreja não é uma organização, é um organismo. Não é uma instituição humana, é um edifício divino. O próprio Senhor é o edificador. Ele disse: “Eu edificarei a minha igreja”. A igreja é tão importante para Ele que Ele não deixará que ninguém mais faça o trabalho. Ele disse: “Eu edificarei a minha igreja”. Ele próprio é a Pedra sobre a qual a igreja é edificada, e Ele está edificando a igreja com pedras vivas, pessoas que confessam a Ele como o Cristo, o Filho do Deus vivo. Ele edificará estas pedras vivas sobre Ele mesmo para serem Sua igreja.
Esta igreja também é chamada de corpo de Cristo. Ele é o Cabeça. Quando Ele esteve na terra por uns trinta e três anos, tomou sobre Si um corpo físico dado a Ele pela virgem Maria. Depois de Sua morte, ressurreição e ascensão, Ele tomou sobre Si um outro corpo, um corpo espiritual, um corpo corporativo, e este corpo é Sua igreja. Ele é o Cabeça do corpo, a plenitude Daquele que cumpre tudo em todos. Colocando de outra forma, esta igreja que Ele menciona não é outra senão Ele mesmo. Porque?

“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo” (1 Co 12:12).

Em outras palavras, a igreja é uma extensão Dele mesmo, é o Cristo corporativo. Este corpo deve crescer em maturidade, e quando finalmente estiver maduro, então Ele virá para receber de volta este corpo para Ele mesmo como Sua noiva, para compartilhar com Ele em glória, para reinar com Ele em poder. Ela tem sua manifestação local, e ainda assim há uma só igreja. Isto é o que o Senhor quis dizer por igreja.


DEFINIÇÃO DE REINO

Agora, o que é o reino? O irmão Sparks disse que a palavra reino conforme encontramos na Bíblia em inglês não é uma boa tradução. Ela deveria ser traduzida como governo soberano. Deus é o Soberano. Ele é Deus, o Soberano do universo, e governa sobre tudo aquilo que criou. Pensamos no reino em termos geográficos. Pensamos em território, em impérios, extensões, esferas, domínios. Pensamos no reino em termos de geografia. Ele não tem um significado geográfico, mas conforme nosso irmão Sparks mencionou, quando você pensa no reino, você não pode pensar primeiramente em geografia, você deve pensar na pessoa. Em outras palavras, o reino é o soberano; o soberano é o reino. Ele é o reino, Sua personalidade. É Ele quem governa sobre aquele reino. Por isso, antes de tudo, devemos pensar no reino em termos de uma pessoa. Deus é o Rei. Ele é o reino.

Então em segundo lugar, porque Ele é soberano e governa sobre todo o universo que criou, Ele coloca Seu caráter neste universo. Esta é a razão porque você encontra que o reino está onde Ele governa, e onde Ele governa ali Seu caráter está sendo manifestado. Sempre que as pessoas se colocam sob o governo de Deus e permitem o Espírito Santo as caracterizar com o caráter de Cristo, há o reino de Deus. Por isso quando pensamos no reino, primeiro, devemos pensar no Rei, e então no domínio. Agora, se pensarmos nele nestes termos, não estaremos muito longe.


DESCRIÇÃO DA IGREJA

Com esta definição simples da igreja e do reino, gostaríamos de os descrever um pouco mais para entender o que realmente são. Sabemos que a palavra igreja no original grego é eklesia, que significa “aqueles que foram chamados para se reunir”. Se quisermos usar uma tradução mais apurada, na realidade, eklesia é melhor traduzida como “assembléia; aqueles que foram chamados, congregados juntos”. Podemos ver isso em tipologia. Quando os filhos de Israel estavam no deserto, depois do monte Sinai, eram chamados “a igreja no deserto”, ou “a congregação no deserto” (At 7:38). Quando estavam no Egito não eram chamados de congregação, não eram chamados de igreja porque eles eram um povo sob o governo do faraó. Eles eram escravos, eram desordenados, desorganizados, espalhados, sob opressão. Eles não eram realmente uma nação, um reino, um povo. Assim Deus os libertou do Egito e os trouxe a Ele mesmo no monte Sinai, e ali deu a eles a Lei. Ele fez concerto entre Ele mesmo e Seu povo e depois de ter feito o concerto com Seu povo, se tornaram a congregação no deserto. Porque? Porque eles estavam reunidos em torno de um centro que era o tabernáculo, e no tabernáculo estava a arca que representava o próprio Deus. Deus os havia chamado para fora do Egito e os reunido para Si mesmo. Esta é a razão pela qual eram chamados de “a congregação no deserto”.

Sabemos que esta palavra eklesia é uma palavra grega e ela também tem um fundo grego. Os gregos tinham cidades e praticavam o que chamamos de democracia, com grupos de assembléia em cada cidade. Em outras palavras, o povo livre daquela cidade se congregava para discutir e decidir as coisas concernentes a todos eles. Os escravos não estavam habilitados para participar de tais assembléias. Estas assembléias eram apenas para as pessoas livres, cidadãos da cidade.

No Novo Testamento, quando Paulo estava em Éfeso, houve um tumulto porque Demetrio, o artesão de prata, estava perdendo negócios porque as pessoas estavam abandonando os ídolos para adorarem o Deus vivo. Ele agitou a multidão e as pessoas correram para o teatro. Por duas horas eles não sabiam porque estavam ali. Alguns gritavam isso outros gritavam aquilo. Depois de duas horas o oficial da cidade finalmente os acalmou e disse: “Todavia, se Demétrio e os artífices que estão com ele têm alguma queixa contra alguém, os tribunais estão abertos e há procônsules: que se acusem uns aos outros. E se demandais alguma outra coisa, averiguar-se-á em legítima assembléia”. Aqui encontramos mais uma vez a palavra assembléia (ver At 19:24:40). Agora quando juntamos todas estas coisas, chegamos a uma descrição muito simples da igreja, da assembléia.


Chamados Para Fora Deste Mundo


Primeiro de tudo, é um povo chamado para fora deste mundo. Para fora de toda nação, toda tribo, toda língua, todo povo, Deus chamou um povo, e eles se congregam juntos no nome do Senhor Jesus.

Congregados Juntos

Em Mateus 18 nosso Senhor Jesus disse que onde dois ou três estiverem reunidos, ou congregados juntos, em Seu nome, isto é, no nome do Senhor Jesus, Ele está no meio deles. Assim, eles seriam chamados para fora primeiro, e então se congregariam juntos. Eles se congregariam em tono de um centro, um nome, o nome de nosso Senhor Jesus.

Ocupados com os Negócios de Deus

Em terceiro lugar, eles se congregam para se ocuparem dos negócios de Deus, de nosso Senhor Jesus. Agora, isso é o que é igreja.


DESCRIÇÃO DO REINO

Como descrevemos o reino? sabemos que nosso Deus é de eternidade a eternidade. Portanto, encontramos que Seu reino é um reino eterno. Deus é o soberano. Ele criou o universo para Ele mesmo, e governa sobre tudo que criou. Assim o salmista disse: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento mostra as obras de Suas mãos”. Em outras palavras, depois de Deus ter criado o universo, Ele colocou Seu caráter nele, Ele reina sobre ele. Antes de haver rebelião no tempo pré-histórico, (quando Lúcifer, o arcângelo, se rebelou). Depois de Deus criar os céus e a terra e as hostes angelicais e todas as coisas nesta terra, no princípio, este era o reino de Deus. Ele era o soberano, incontestado. Ele tinha suprema autoridade sobre tudo o que governava e colocou Seu caráter em tudo. Não havia nada que fosse contra Ele, assim aqui você vê o reino de Deus.

Sabemos que não houve apenas uma rebelião no tempo pré-histórico entre as hostes angelicais, mas mais tarde, houve uma rebelião humana contra Deus por parte de Adão e Eva. Depois de ter acontecido essa rebelião, você encontra que o reino de Deus mudou. Agora, preciso ser muito cuidadoso ao dizê-lo porque, por um lado, não há mudança. Em outras palavras, de eternidade a eternidade, Deus é Deus. Muito embora tenha havido rebelião no tempo pré-histórico e no tempo histórico, o trono de Deus não mudou nem um pouco. Sua autoridade ainda é suprema, Sua autoridade ainda está sobre tudo o que Ele criou. Nada, nem mesmo Lúcifer, nem mesmo os homens rebeldes, estão fora da Sua autoridade. Ele reina e governa sobre tudo. Isso não mudou.

Há uma mudança no entanto. Muito embora Ele ainda reine sobre tudo, e nada esteja fora de Sua autoridade, ainda há algo que está errado com a submissão. Em outras palavras, no princípio Sua autoridade era absoluta e perfeita, e a submissão que o universo dava a Ele era também absoluta e perfeita. Agora, você descobre que Sua autoridade ainda é perfeita e absoluta, mas a submissão não é mais absoluta. Um terço dos anjos seguiram a Lúcifer em rebelião contra Deus. E entre os seres humanos, desde a queda de nossos pais, mesmo quando chegamos em nossos dias, a vasta maioria não se submete voluntariamente ao governo de Deus. Por causa disso, você encontra que o caráter que Ele colocou no universo mudou.
No princípio, Lúcifer era uma brilhante estrela da manhã. Supostamente era o líder de outras estrelas da manhã para cantar louvores a Deus, e mesmo assim se rebelou contra Deus. Ele se tornou em um adversário de Deus, Satanás. O caráter mudou. O caráter de Deus não estava mais sobre ele. Em outras palavras, ele jogou fora o caráter que Deus colocou sobre ele e começou a tomar para si seu próprio caráter – um assassino – um mentiroso – a origem do pecado. Esse é o caráter de Satanás, o poder das trevas.

A mesma coisa é verdade com os seres humanos. Por causa da rebelião, muito embora tenhamos sido criados na imagem de Deus, como essa imagem mudou. Hoje, nós que somos nascidos de Adão, tomamos a imagem de Adão ao invés da imagem de Deus. O caráter do homem caído caracterizou os seres humanos, e por causa disso houve uma mudança.

Assim, em um sentido estrito, o reino de Deus está onde Deus reina absoluto, incontestável; onde aqueles sob Seu reinado dão a Ele voluntariamente, desejosamente, absoluta submissão para que Ele seja capaz de colocar Seu caráter sobre eles para que estejam capacitados a tomarem Seu caráter e expressarem a Deus e Sua glória. Quando o caráter de Deus não pode ser construído e expressado, então, em um sentido estrito, isso está fora do reino de Deus.

Por isso, irmãos e irmãs, você descobre que houve uma mudança. Por um lado, Deus ainda é Deus. Seu trono ainda está posto, firme. Sua autoridade ainda é suprema e perfeita, mas, por outro lado, na criação houve uma mudança. Portanto, quer sejam anjos, anjos caídos, ou homens, humanidade caída, podemos estar fora do reino de Deus, mas não pense que tanto os anjos como os homens podem estar fora da autoridade de Deus.

A Obra de Restauração

Por causa dessa mudança, encontramos que Deus está fazendo a obra de restauração. Em outras palavras, Ele está restaurando a terra. Ele está restaurando o homem que criou. Ele está restaurando as coisas de volta para o Seu propósito original, quer dizer, para que toda a terra, e todos os seres criados, especialmente o homem, dê a Ele uma submissão pronta e voluntária, e Ele seja capaz de colocar Seu caráter em todos. Esta é a obra de Deus, a natureza da obra de Deus. Ele está fazendo este trabalho de restauração, para restaurar Seu reino nesta terra.

Em um sentido, não há problema no céu porque Satanás foi lançado fora. No céu não há problema. O reino de Deus no céu é perfeito. Ele continua a ser perfeito, mas o reino de Deus na terra padece. O problema está na terra, não no céu, por isso encontramos que Deus está fazendo a obra de restauração de Seu reino nesta terra.

Depois da queda do homem, parece que Deus perdeu Seu reino na terra, por isso Ele começou a operar. Ele chamou um povo vindo da semente de Abraão, os filhos de Israel. Ele os redimiu para Si mesmo. Ele os guiou através do deserto. Ele os guiou para a terra prometida. O que Ele tinha em mente? Ele tinha em mente possuir um reino para Si mesmo nesta terra. Quando os filhos de Israel saíram do Egito, depois de cruzarem o Mar Vermelho e o exército egípcio ser sepultado nas águas, os filhos de Israel cantaram uma canção de vitória, em Êxodos 15, você encontra que o Senhor estava no meio deles. O Senhor era o Rei deles, Ele reuniu o povo para Si mesmo para que Ele pudesse ser o Rei deles. No Monte Sinai Ele disse que se eles obedecessem e guardassem Seu concerto, Ele os faria um reino de sacerdotes (ver Ex 19:5-6). Assim, o que Deus tinha em mente era um reino. Ele queria um reino na terra para que pudesse representa-Lo. Todos estes filhos de Israel deveriam ser um reino sobre o qual Deus reinasse, e todos eles deveriam ser sacerdotes para servirem no propósito de Deus. Infelizmente, depois de serem capacitados para serem um reino de sacerdotes, o inimigo entrou e os seduziu. Eles caíram em tentação e adoraram o bezerro de ouro. Ainda assim, Deus em Sua paciência continuou com eles. Mas eles tentaram a Deus dez vezes no deserto e, finalmente, Deus disse que esta geração de incrédulos não poderia entrar na Terra Prometida. Ele levantou uma nova geração e, pela Sua misericórdia, entraram na Terra Prometida.

O propósito de trazer este povo para a Terra Prometida era de estabelecer Seu reino no meio deles para que pudessem ser o Seu reino no meio dos reinos da terra. Eles representariam a Deus nesta terra. Deus mesmo seria o Rei deles, mas ao invés de esperarem que Deus desse a eles um rei que pudesse representar a Ele mesmo, porque não podiam vê-Lo, pediram por um rei como as nações. Deus respondeu ás orações deles e deu a eles um rei como as nações, o rei Saul. Por quarenta anos tiveram que sofrer sob Saul para aprenderem o que era um rei da terra. Penso que neste tempo eles estiveram aborrecidos com Saul e estavam prontos para ter um rei da escolha de Deus.

A tempo, Deus levantou Davi, um homem segundo Seu próprio coração que faria Sua vontade. Ora, Davi era uma pessoa que conhecia a autoridade de Deus, portanto ele foi colocado por Deus para representar a autoridade de Deus. Na realidade, Deus era o Rei na nação de Israel, Davi estava apenas representando a Deus. Ainda assim, Deus não tinha Seu reino nesta terra. A nação de Israel sob Davi e Salomão era, em um sentido, o reino de Deus nesta terra, mas, em outro sentido, estava longe daquilo que Deus realmente tinha em mente. Era apenas um tipo, uma sombra do que está vindo, do que ainda virá.


A Realidade do Reino

Na verdade, o reino real de Deus nesta terra não veio até que Cristo nasceu. Quando nosso Senhor Jesus veio a esta terra, Ele nasceu Rei. Ele era o Rei e era a pessoa em quem o reinado soberano de Deus era absoluto. Ele é um homem que deu a Deus obediência absoluta, perfeita submissão e encontramos que o caráter de Deus é plenamente manifesto Nele. Nunca na história humana você encontrará uma pessoa ou um povo sobre quem o caráter de Deus pode estar em tal glória plena. Agora, encontramos que no tempo do Velho Testamento alguns indivíduos tiveram alguma porção minúscula do caráter de Deus manifesto em suas vidas. Podemos encontrar um povo que, de forma pequena, representou ou manifestou algum caráter de Deus, mas nunca na história humana houve um homem em quem o caráter pleno de Deus fosse manifesto. Quando nosso Senhor Jesus estava na terra disse: “Se vês a Mim, vês o Pai. É suficiente. Vós não precisais pedir para ver o Pai porque já vistes a Mim. Eu e o Pai somos um”.

Irmãos e irmãs, a realidade do reino de Deus nesta terra veio na Pessoa de nosso Senhor Jesus, mas Ele veio a este mundo para estabelecer o reino de Deus sobre a terra com um povo, não apenas Ele mesmo. Ele veio como o propósito de chamar um povo para fora deste mundo. Ele veio para libertar um povo do poder deste mundo. Ele veio para libertar um povo do poder das trevas e os transportar, os transferir para o Seu próprio reino. Esta é a razão para a qual Ele veio a este mundo. Não é apenas para salvar umas poucas almas para não fossem para o inferno; não apenas para salvar umas poucas almas para que o céu pudesse ser herdado. Ele veio a este mundo como um Rei trazendo o céu para esta terra, para reunir um povo para Si mesmo para ser como Ele, para que Deus pudesse ter Seu reino no homem nesta terra. Esta é a razão porque Ele veio a este mundo e, certamente, para consumar isso, teve que ir para cruz. Ele morreu, ressuscitou e ascendeu.

Quando nosso Senhor Jesus estava na terra disse: “É chegado o reino de Deus, arrependam-se”. E então disse: “O reino de Deus é tomado por violência e os violentos se apoderam dele”. Depois de Sua ressurreição, falou com os Seus durante estes quarenta dias a respeito do reino de Deus, e no dia de Pentecostes, quando os cento e vinte foram batizados em um corpo, qual era a mensagem deles? “Deus fez este Jesus, a quem crucificaste, Senhor e Cristo”. E quando você vai ao final do livro de atos, você encontra Paulo em sua casa alugada pregando o reino de Deus e ensinando as coisas concernentes a nosso Senhor Jesus. Este é o reino de Deus sobre a terra.

Agora, tendo definido e descrito a igreja e o reino um pouco, penso que podemos ir ao ponto: o reino e a igreja são um. O reino é um com a igreja. Agora podemos olhar para isso de um ponto de vista diferente.


ENTRANDO PARA A IGREJA

Primeiro de tudo, com entramos para a igreja? Se nosso conceito de igreja é que ela é uma organização, ou uma instituição, ou um clube religioso, então a forma de entrar para esta organização chamada igreja é se juntar a ela. Você precisa se submeter e ser iniciado, e se tornar um membro daquela instituição. Isso não é o que a igreja é. A igreja é um organismo e sendo um organismo não há forma pela qual você possa se juntar a ela. A única forma de se estar em um organismo é sendo nascido nele. Esta é a razão pela qual você encontra em João 1:12 que a todo aquele que O recebe, isto é, recebe o Senhor Jesus é dado o poder de ser filho de Deus. Aqueles que crêem em Seu nome não são nascidos do sangue, nem da vontade do homem, nem da vontade da carne, mas de Deus. Em outras palavras, entramos para a igreja por sermos nascidos nela. Não há outra forma. Você não pode se juntar a ela; você não pode pagar uma taxa para se tornar membro dela. A única forma é ser nascido nela porque ela é o corpo de Cristo. Todos que crêem no Senhor Jesus são filhos de Deus, não apenas filhos por adoção no sentido moderno, mas filhos por nascimento. Somos nascidos de Deus. Esta é a forma de entrar para a igreja.

ENTRANDO PARA O REINO

Como você entra para o reino? você se lembra em João 3, uma noite Nicodemos veio ver nosso Senhor Jesus. Mais provavelmente, Nicodemos era um homem velho, muito instruído. Ele era chamado de o Rabi de Israel e era um uma pessoa muito pia e temente a Deus. Ele realmente tinha tentado o seu melhor para entrar no reino de Deus, mas de alguma forma, sabia que em seu interior havia algo errado. Isso era tão urgente que estava disposto a vir ver o nosso Senhor Jesus de noite. Não era conveniente vir durante o dia porque os rabis estavam disponíveis para as pessoas para visitá-las para aprenderem com elas. Eles eram pessoas instruídas, e para irem até alguém que nunca tinha estado em uma escola levítica para aprender seria uma humilhação. Assim Nicodemos veio de noite porque era urgente para ele. Ele realmente queria entrar no reino de Deus.

Ele era um homem que queria tanto entrar no reino de Deus que estava disposto a vir e perguntar ao Senhor. Ele tentou ser polido e disse umas poucas palavras cordiais: “Sabemos que tu vens do céu porque ensinas aquilo que o homem não pode ensinar”. Agora, o Senhor conhecia seu coração, por isso imediatamente o Senhor disse: “Em verdade, em verdade te digo, a menos que o homem nasça de novo (ser nascido do alto) ele não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3).

Nicodemos pensou que certamente já tinha visto o reino de Deus. Ele pensou que estava a apenas um passo dele, mas sabia que ainda não estava nele. Mas o Senhor Jesus disse: “Não, você não o viu. Todo seu conceito do reino de Deus está errado. Se você quer ver o reino de Deus, você precisa de uma vida espiritual”.

Sem uma vida espiritual, você não somente não pode entrar nele, você não pode vê-lo porque o que você vê não é o mesmo. Assim o Senhor Jesus disse: “A menos que você seja nascido da água e do Espírito, você não pode entrar no reino de Deus”. certamente, há diferentes interpretações disso. Meu próprio entendimento é que quando nosso Senhor Jesus estava falando com Nicodemos, João o batista estava ali batizando as pessoas com água para o arrependimento. Por isso quando nosso Senhor Jesus disse que você precisa nascer da água, Ele se referia muito provavelmente ao batismo de João para o arrependimento. Você precisa se arrepender. Em outras palavras, não pense que porque você é o rabi em Israel; não pense que porque você é muito instruído, entendido, temente a Deus, ou porque você tem uma porção de feitos que você pode entrar no reino de Deus. Não, você precisa se arrepender, não apenas se arrepender de seus pecados, mas até mesmo se arrepender de sua boas obras. Você precisa se arrepender, mudar completamente de atitude, e ser nascido do Espírito de Deus. “Aquele que é nascido do Espírito é espírito”.

Aqui você vê claramente que a forma de entrar no reino de Deus é pelo nascimento, não pelos feitos, não pela evolução, mas pelo nascimento. Você entra para a igreja pelo nascimento; você entra para o reino pelo nascimento. Assim, aqui você encontra que o reino e a igreja são um.


SENDO EDIFICADOS JUNTOS

Em segundo lugar, somos iniciados na igreja pelo nascimento nela e somos iniciados no reino pelo nascimento no Espírito, mas isso é apenas o começo. Precisamos pensar no progresso. Em outras palavras, Deus nos salvou, Ele nos deu uma nova vida. Somos membros do corpo de Cristo. Ele fez isso por nós. Não fazemos nada; não há nada que possamos fazer. É completamente pela graça que Ele nos salvou. Ele nos deu
uma nova vida para que possamos estar na igreja, mas irmãos e irmãs, o que é a igreja? A igreja é os chamados para fora, para se reunirem. Em outras palavras, somos salvos pela graça através da fé. Fomos salvos para fora de toda nação, toda tribo, todo povo, toda língua. Deus nos chamou para fora, mas depois de estarmos fora isso não é o fim. Se estivermos apenas fora e não estivermos reunidos, então ainda não há a igreja. Colocando de outra forma, nosso Senhor Jesus disse: “Eu edificarei a minha igreja”. A igreja tem que ser edificada. Sem a edificação não há igreja.

Se você quiser voltar à tipologia, você encontra que Adão é um tipo de Cristo e Eva é um tipo da igreja. Mas como nasceu Eva? Ela foi edificada. Deus colocou Adão para dormir e abriu seu lado. Ele tirou algo dali, pode ser uma costela, e usou aquilo que foi tirado de Adão para edificar uma mulher. A mesma coisa é verdade com a igreja. A igreja tem que ser edificada, e depois de edificada, então, você tem a igreja.

Assim a questão aqui é: Estamos na igreja? Bem, dizemos que somos nascidos na igreja, no corpo de Cristo, mas estamos sendo edificados juntos? Edificar não é apenas jogar coisas juntas. Quando você vai à obra de um edifício, a princípio encontra todos os materiais sendo transportados para aquele lugar, mas eles são apenas depositados por ali. Bem, isso não é um edifício. Todos os materiais estão prontos, mas precisam ser colocados juntos de forma organizada. Em um sentido, um edifício é muito orgânico. Não é apenas uma pilha, não é apenas um amontoado. Estas pedras vivas têm que ser edificadas juntas. Se reunir não é apenas se juntar fisicamente sem um inter-relacionamento. Não, esta reunião significa ser edificado junto organicamente para que nos tornemos um edifício, um corpo. Há coordenação, há unidade, há um funcionamento em conjunto.

Estamos na igreja porque é pela graça. Ele o fez. Mas a questão é: Somos da igreja? Tentei tirar esta frase das Escrituras. O Senhor Jesus disse: “Vós estais no mundo, mas não sois do mundo”. Irmãos e irmãs, estamos na igreja. Todos os que nasceram de novo estão na igreja, mas somos da igreja? Isto é, estamos vivendo a igreja? Estamos apenas espalhados por ai? Individualmente, existe uma porção de crentes, crentes verdadeiros que se isolam, individualistas. O clamor deles é: “Meu Senhor e eu. Não preciso de nenhum irmão ou irmã porque eles são problemas”. Todas estas pedras, estes materiais estão enterrados. Isso não é igreja. Isso não é organicamente edificado.

Então encontramos outras pessoas, aqui uma pilha, ali um amontoado. Você apenas põe estas pedras desemparelhadas juntas e as empilha juntas. Ora, isso é fácil de fazer. Você pode deixar todas estas pedras como são com todos os buracos e arestas. Você não precisa cortar nenhum canto. Apenas as empilha juntas em um grande monte aqui, um grande monte ali. Isso é a igreja? Não há nenhum relacionamento ali. Todas estas pedras vivas têm que ser apropriadamente relacionadas de acordo com Cristo, Ele sendo o fundamento, a pedra de esquina e a pedra do topo. Sendo nós ajustados juntos, unidos, edificados juntos, relacionados, organicamente colocados juntos. Então não haverá forma de prosseguirmos por nós mesmos.

Irmãos e irmãs, estamos na igreja, mas somos da igreja? Penso que isso é algo que precisamos perguntar a nós mesmos. Temos vida de igreja? Sabemos como vivermos juntos como igreja de Deus? Leia os primeiros capítulos do livro de Atos. Aqueles primeiros crentes, cento e vinte, oraram unânimes juntos por dez dias até que o Espírito de Deus viesse sobre eles e fossem batizados em um Espírito em um corpo. E que corpo eles eram! Havia unidade ali. Quando Pedro se levantou, os onze se levantaram com ele, e três mil foram juntados a eles naquele mesmo dia. Imediatamente, estes três mil, com os cento e vinte, continuaram se firmar e perseverar nos ensinamentos dos apóstolos na comunhão, no partir do pão e nas orações. Eles estavam juntos, não apenas fisicamente juntos, (eles estavam fisicamente juntos), mas espiritualmente juntos. Eles eram um, eram edificados juntos. Eles estavam vivendo a igreja. A igreja não era apenas um termo para eles, uma teologia para eles; a igreja era a vida deles. Você pode estar na igreja pela graça de Deus, mas você pode viver fora dela, não vivendo como igreja.

É por isso que sentimos que é tão importante que vejamos o que é a igreja e que perguntemos a nós mesmos: “Sou da igreja? E vivo como um membro vivo no corpo de Cristo? Estou sendo edificado junto com meus irmãos e irmãs?”


ASSUMINDO O CARÁTER DO REINO

Olhe para o reino. Somos nascidos no reino de Deus. O Senhor já nos transportou para o reino do Seu amor. Estamos no reino, mas o que é o reino? o reino é onde o Rei é aceito, onde Sua autoridade é incontestável, onde Seu governo é prontamente aceito, onde damos ao Senhor nosso Rei a absoluta obediência para que Ele
possa colocar Seu caráter em nós. Vamos nos perguntar se isso é verdade conosco.Pela graça de Deus estamos no reino, mas assumimos o caráter do reino? Sabemos que nosso Senhor Jesus é nosso Salvador, mas nós realmente O reconhecemos como nosso Senhor? O reino de Deus deve ser tomado por violência e os violentos se apoderam dele. O Senhor está dizendo estas coisas aos Seus discípulos. Por um lado, estes discípulos são Seu reino, por outro Ele disse: “Se vocês querem realmente tomar o reino, vocês precisam toma-lo por violência”. E violência aqui simplesmente significa que você tem que fazer violência a você mesmo, não a outras pessoas. Você precisa ser violento com você mesmo.

O que significa fazer violência a você mesmo? Não é nada mais do que negar a si mesmo. Isso é fazer violência a você mesmo. Quem quer negar a si mesmo? Queremos reconhecer a nós mesmos. Queremos que os outros nos reconheçam, mas o Senhor disse que você tem que fazer violência a você mesmo. Não seja muito amável com você mesmo. Não seja muito gentil com você mesmo. Vocês sabem, somos estritos com outras pessoas, mas somos muito brandos conosco mesmo. Esta é a natureza humana. Mas o Senhor disse que se você realmente quer estar no reino, ser do reino, você tem que fazer violência a si mesmo porque somente os violentos tomam o reino. A menos que você seja convertido e se torne como uma pequena criança, você não pode entrar no reino de Deus. Aquele que é humilde como uma pequena criança é o maior no reino de Deus.

Irmãos e irmãs, estamos vivendo sob o reinado de Cristo? Estamos assumindo o caráter do Rei, não apenas em uma forma pessoal, mas em uma forma corporativa? Estamos realmente assumindo o caráter do Rei em nossa assembléia? “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome”, significa que nos colocamos sob Seu nome. Confessamos que o Seu nome está acima de todo nome, acima do meu nome, acima do seu nome, acima de todos os nomes. Nos colocamos sob Sua autoridade, e Ele disse: “Estarei no meio de vós”. Isso é a igreja. Ele é manifestado, e quando as pessoas chegam em nosso meio, imediatamente dirão: “O Senhor está no meio de vocês”, e se curvarão e adorarão a Deus. isso é igreja. Isso é o reino de Deus sobre a terra. Assim, podemos estar nele e contudo não sermos dele. Isso é algo que realmente precisamos considerar muito cuidadosamente diante do Senhor
.
Deixe-me concluir dizendo apenas que a igreja e o reino são um. Eles são os dois aspectos de uma mesma coisa. Quando você pensa na igreja, você pensa na vida, a vida de Cristo. Quando você pensa no reino, você pensa na autoridade, a autoridade de Cristo. Quando você pensa na igreja, você pensa em crescimento, como precisamos crescer juntos. Quando você pensa no reino, você pensa no governo. O governo está sobre Seus ombros e nós estamos todos sob Seu governo. Quando você pensa na igreja, você pensa em amor. Vida é amor, edificado em amor. Quando você pensa no reino, você pensa em disciplina.

Assim, irmãos e irmãs, realmente o reino e a igreja são um. São apenas os dois lados de uma mesma coisa. Precisamos conhecer a plenitude de Sua vida e precisamos conhecer a plenitude de Sua autoridade. Que o Senhor possa nos ajudar.



Vamos orar:

Querido Pai celestial, confiamos estas palavras, fracas, espalhadas em Tuas mãos. Pedimos a Ti que vivifique Tua palavra em nosso coração. Oramos para que possamos não apenas ter o conhecimento da igreja e do reino, mas que possamos realmente viver a igreja e viver o reino. Possa isso ser real para nós. Pedimos no nome de nosso Senhor Jesus. Amém.




Stephen Kaung - Editora Restauração
(Site Igreja em uberaba)

Os empecilhos para o crescimento da vida.

O que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um (Mt 13:23)

Mt 13:19-23


Em Mateus 13:4 o Senhor abordou o primeiro tipo de solo onde as sementes foram lançadas: à beira do caminho. Esse solo é muito compactado, uma vez que pessoas trafegam sobre ele, por isso a semente não consegue penetrar na terra. Essa é a descrição de um coração endurecido pelos muitos pensamentos e conceitos já sedimentados na mente. Então as aves, que nesse contexto tipificam o maligno, vêm e arrebatam a semente (Ef 4:17-19).

Em Mateus 13:5 é descrito o segundo tipo de solo, que é o solo rochoso, onde há pouca terra. Para o desenvolvimento de uma planta é preciso haver certa quantidade de terra. Todavia esse solo não permite que a planta aprofunde as raízes, tampouco é capaz de reter água suficiente para supri-la, visto que as rochas não absorvem a água. Logo, ainda que a semente germine, a planta não poderá se desenvolver, e o sol a queimará (v. 6).

As referidas rochas desse tipo de solo representam tudo o que nos impede de nos aprofundarmos na Palavra. Assim, por causa de perseguições ou angústias, logo nos escandalizamos e deixamos de seguir o Senhor com alegria (vs. 20-21). Precisamos clamar ao Senhor que ilumine nosso coração, a fim de identificarmos quais são essas pedras, pois podem ser os traços de nosso ego ou as fortalezas da nossa mente que impedem nosso crescimento de vida, fazendo-nos tropeçar e desfalecer diante das dificuldades e perseguições por causa da Palavra.

Quanto ao terceiro tipo de solo, a terra é fértil e permite o crescimento da planta. Porém espinhos crescem ao seu redor e a sufocam, impedindo que frutifique (v. 7). Nesse solo a vida da semente consegue se desenvolver até certo ponto, mas não consegue produzir frutos e se multiplicar. Isso acontece com alguns irmãos que possuem certo crescimento de vida, contudo permanecem infrutíferos. Eles são sufocados pelos cuidados do mundo e pela fascinação das riquezas (v. 22), que são os espinhos, bloqueando a luz divina, essencial para a produção dos frutos.

O último tipo de solo é a boa terra (v. 23). Este representa um coração adequado, que foi trabalhado pelo Senhor. Nesse solo a semente consegue penetrar. Além disso, por ser arejada e sem rochas, a água pode ser absorvida, fornecendo suprimento adequado para a planta. Também os espinhos são retirados e queimados, permitindo que a luz solar a alcance. Amanhã veremos que todos podemos nos tornar uma boa terra, mas para isso precisamos lidar com cada um desses problemas.

Um coração adequado para o crescimento da semente.

Fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente (1 Pe 2:23).
Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (1 Co 2:14)

Mt 13:16; 16:24; 1 Tm 4:6; Jo 6:63


Como já enfatizamos, para seguirmos o Senhor precisamos negar a nós mesmos e tomar a cruz (Mt 16:24). Ante a infinidade das riquezas de Sua Palavra, precisamos sempre buscar mais revelações, a fim de sermos renovados em nossa visão, jamais supondo que sabemos tudo. Ao fazermos isso, nos tornamos capazes de compreender os mistérios do reino dos céus e de receber mais da vida de Deus. À medida que seguimos o Senhor, também somos, pouco a pouco, aperfeiçoados. Dessa maneira podemos ser enviados para realizar a obra do ministério, pregando o evangelho do reino por toda terra habitada.

Ontem vimos o que impede as pessoas de compreender a Palavra de Deus: o coração insensível. Isso está relacionado com nossa vida da alma. Um coração insensível é um coração anímico, cheio de si mesmo, que, apesar de ouvir as palavras do Senhor, não as aceita, tampouco as compreende (1 Co 2:14).

Todavia Mateus 13:16 diz: “Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem”. Era como se o Senhor dissesse: “Vocês são bemaventurados, pois, por estarem na minha presença, por Me seguirem, podem ouvir as Minhas palavras e compreendê-las”. Hoje o Senhor também nos tem revelado essas coisas
por intermédio do Espírito (1 Co 2:10). Aleluia! Louvado seja o Senhor, pois nossos olhos e ouvidos foram abertos.

A seguir o Senhor passou a explicar, revelar, os mistérios do reino dos céus. A Palavra do Senhor é a semente do reino, incorruptível, santa e cheia de vida. Nosso coração, porém, que é o solo onde essa Palavra é semeada, precisa ser trabalhado para se tornar uma terra adequada.

Na parábola do semeador o Senhor Jesus descreve três tipos de solo, ilustrando os diferentes problemas que são impedimentos para o crescimento e frutificação da palavra de Deus no coração do homem. Nessa parábola, Ele também apresenta o solo apropriado para que a semente cresça e frutifique. Amanhã abordaremos esses tipos de solo.

Louvamos o Senhor, pois independentemente dos problemas existentes em nosso coração, Ele escolheu “semear” a Si mesmo dentro de nós através da Sua Palavra. Além disso, hoje temos a vida de Deus, que pode operar interiormente em nosso coração, transformando-o em uma boa terra.


radioarvoredavida.net

10 julho, 2012

Refletindo...


O obreiro e a Fé



Essa questão de finanças tem resultados importantíssimos, portanto iremos devotar algum tempo a ela. Em graça, Deus é o mais grandioso poder, mas, no mundo, Mamom é o maior. Se os servos de Deus não resolverem a questão das finanças claramente, acabarão por deixar inúmeras outras questões não resolvidas também. Uma vez que o problema financeiro é resolvido, é espantoso como tantos outros automaticamente o são. A atitude dos obreiros cristãos para com as questões financeiras será boa indicação de eles terem ou não sido comissionados por Deus. Se a obra é de Deus, será espiritual; e se é espiritual, o modo de supri-la é espiritual. Se a provisão não está no plano espiritual, a obra em si rapidamente cairá no plano do negócio secular. Se a espiritualidade não caracterizar o lado financeiro da obra, a espiritualidade dos demais departamentos da obra não passa de teoria. Não há nenhum aspecto da obra que toque os assuntos práticos tão verdadeiramente quanto o financeiro. Você pode ser teórico em qualquer outro departamento, mas nesse não.

Os apóstolos de hoje, assim como os dos primórdios, não devem considerar nenhum homem como seu empregador, mas devem confiar que quem os enviou irá arcar com tudo o que envolve a execução da Sua vontade, em questões temporais bem como espirituais.
Se um homem pode confiar em Deus, que saia e trabalhe para Ele; se não, que fique em casa, pois falta-lhe a primeira qualificação para obra. Há uma ideia prevalecente de que se um obreiro tem renda fixa ele pode ter mais horas vagas para a obra, e consequentemente fazê-la melhor. Contudo, de fato, na obra espiritual há a necessidade de renda não-fixa, pois isso necessita de comunhão íntima com Deus, clara revelação constante da Sua vontade e sustento divino direto.

Total dependência de Deus é necessária se a obra for de acordo com a Sua vontade; portanto, Deus deseja que seus obreiros recorram somente a Ele para obter provisão financeira e assim não façam outra coisa a não ser andar em íntima comunhão com Ele e aprender a confiar Nele continuamente. Renda fixa não estimula a confiança em Deus e a comunhão com Ele; mas a total dependência Dele para satisfazer as necessidades, sim. Quanto mais incerto for o viver de um obreiro, mais ele recorrerá a Deus; e quanto mais for cultivada uma atitude de dependência de Deus, mais espiritual será a obra. Portanto, está claro que a natureza da obra e a fonte da sua provisão estão intimamente relacionadas. Se um obreiro recebe salário definido do homem, a obra produzida jamais pode ser puramente divina.

A primeira questão que deve enfrentar todo o que crê ser de fato chamado por Deus é a questão financeira. Se não pode depender apenas do Senhor para prover todas as necessidades diárias, ele não é qualificado a engajar-se na Sua obra, pois se o obreiro não é financeiramente independente dos homens, a obra tampouco pode ser independente dos homens. Se ele não pode confiar em Deus para obter provisão dos fundos necessários, será que pode confiar Nele em todos os problemas e dificuldades da obra?

Permita-me aconselhar todos os que não estão preparados para andar pela fé que continuem seus deveres seculares e não se engajem no serviço espiritual. Todo obreiro de Deus deve ser capaz de confiar Nele. 



Fonte: A vida cristã normal da igreja – Watcham Nee

Refletindo...


Andando sem tropeçar



Ele não permitirá que os teus pés vacilem. Salmos 121.3 

Se o Senhor não permitirá isto, nem homens, nem demônios podem fazê-lo acontecer. Quão intensamente eles se regozijariam, se pudessem nos causar uma queda desastrosa, mover-nos de nossa posição e enterrar-nos sem deixarmos recordação! Eles seriam capazes de fazer tais coisas, para contentar seu próprio coração, se não houvesse apenas um obstáculo: o Senhor não permitirá. E, se Ele não o permitirá, nós não tropeçaremos. 

O caminho da vida é semelhante a viajar pelos Alpes. Caminhando pelas veredas das montanhas, uma pessoa está constantemente exposta aos deslizes de seus pés. Onde o caminho é mais elevado, a cabeça mostra-se propensa a sentir tonturas, e, deste modo, os pés logo escorregam. Existem lugares lisos como o vidro, e outros que são bastante ásperos, com muitas pedras soltas. Em qualquer desses lugares, uma queda é difícil de ser evitada. Aquele que, durante toda a sua vida, é capacitado a preservar-se de pé e a andar sem tropeços tem muitas razões para ser grato a Deus. Nenhum filho de Deus permaneceria de pé, por um momento sequer, diante de abismos, armadilhas, fraquezas físicas e inimigos sutis, se não fosse por causa do fiel amor de Deus, que não permitirá que os pés de seus filhos vacilem. 


Estou em pé, rodeado de armadilhas,

Por tua mão sustentado e guardado.

Tua mão invisível ainda me susterá

E ao teu monte santo me levará. 




C.H.Spurgeon

Os requisitos para compreensão da Palavra.


Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram (Mt 13:16-17)


Mt 5:3, 8; 2 Co 3:6

Uma vez que fomos comissionados por Deus para ser Seus semeadores, precisamos atentar para as palavras do Senhor em Mateus 13. O Senhor Jesus apresenta a parábola do semeador, a fim de ilustrar os diversos tipos de corações que ouviam as palavras do reino.
Naquela ocasião havia muitas pessoas presentes, e o Senhor Jesus passou a falar-lhes por parábolas. Embora as pessoas O ouvissem, não conseguiam compreender Suas palavras. Até mesmo Seus discípulos não conseguiam compreendê-Lo, mas a estes o Senhor explicava o sentido das parábolas.
Mateus 13:10-11 descreve: “Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido”. Somente os discípulos puderam compreender as parábolas, pois o próprio Senhor lhes revelava o significado daquelas palavras. Logo adiante acrescentou: “Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem” (v. 13).
Não basta apenas ouvirmos a palavra do Senhor, precisamos da revelação contida em tais palavras. Muitos ouviam as parábolas, mas somente os discípulos recebiam a revelação. Isso nos mostra que somente aqueles que verdadeiramente seguem o Senhor, que estão no espírito, são capazes de compreender Suas palavras. Quando voltamos nosso coração ao Senhor, Ele mesmo remove o véu que nos impede de compreender Sua vontade (2 Co 3:16).
No versículo 15 o Senhor explica por qual motivo a grande multidão que O seguia não compreendia o Seu modo de falar: “Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados”. A palavra endurecido significa insensível.
Um coração insensível é incapaz de entender a palavra do Senhor. Consequentemente, não consegue se converter ao Senhor e receber Sua cura. Quando, porém, nos esvaziamos de nossos conceitos em nosso espírito, somos bem-aventurados (Mt 5:3) e permitimos que Ele purifique nosso coração para vermos a Deus (v. 8).
Que o Senhor nos dê um coração simples, tirando dele toda insensibilidade. Que possamos permitir Seu trabalhar em nós para que nosso coração seja como uma boa terra, a fim de produzir muitos frutos.

08 julho, 2012

Pregar o evangelho do reino é uma comissão especial.


À medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus (Mt 10:7)


Mt 3:2; 4:17

Em mensagens anteriores vimos que o Evangelho de Mateus apresenta pelo menos três ocasiões em que é enfatizado que o reino dos céus está próximo (Mt 3:2; 4:17; 10:7). Em cada um desses momentos, vemos que a vinda do reino está associada ao arrependimento e à pregação do evangelho. Por isso, quando lemos “arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”, precisamos experimentar a realidade dessas palavras.
Pela misericórdia de Deus o evangelho do reino nos alcançou, trazendo-nos a revelação da necessidade de crescermos em vida. À medida que a vida de Deus cresce em nós, somos capacitados a perceber quando nossa natureza anímica se manifesta. Quanto mais recebemos a luz divina, mais somos conduzidos ao arrependimento e, por fim, nos deixamos ser purificados pelo fogo do Espírito.
Por isso buscamos viver no espírito, invocando o nome do Senhor e negando a nós mesmos. O resultado dessas práticas é um viver segundo a vontade de Deus, que nos prepara para o dia em que o reino dos céus irá se manifestar.
O Senhor também deseja nos enviar para pregar o evangelho do reino a todas as pessoas. Muitos cristãos conhecem somente o evangelho da graça, isto é, o que Cristo fez por eles na cruz. Cabe, portanto, àqueles que já tiveram a revelação do evangelho do reino essa comissão especial de anunciar a todos os homens que o reino está próximo.
Nesta semana veremos que, por um lado, Deus está trabalhando em nosso coração a fim de torná-lo uma boa terra. Por outro lado, Ele deseja que sejamos Seus semeadores. A Palavra de Deus nos mostra que a pregação do evangelho do reino, o evangelho da vida, é uma semente que devemos semear. Que o Senhor nos dispense mais de Sua graça e nos
aperfeiçoe nesse encargo de levar e semear a vida divina a todos. Amém!

SEPARADOS PARA O EVANGELHO DE DEUS Mensagem 01 – O Evangelho, o Reino e a Vontade de Deus Rm 1:1-7

I. ENVOLVER-SE COM A CONQUISTA DA TERRA:


A. O evangelho de Deus é para o reino de Deus e este é para fazer a vontade de Deus: estamos em uma grande batalha a fim de trazer o reino Dele para esta terra. Muitas são as coisas que nos distraem. A meta de Deus é trazer o Seu reino para essa terra. Pois ela foi usurpada pelo inimigo de Deus.


B. Em casos de guerra e que estamos e ambiente do adversário, precisamos estar alertas. Quando houve a colisão dos aviões com as torres gêmeas (NY), o consulado americano em São Paulo ficou em estado de alerta e negou visto mesmo para uma pessoa que se parecia com um árabe. Hoje, em nossa experiência, não é diferente. Precisamos estar em estado de alerta para ouvir as orientações do Senhor acerca de Seu reino.


C. “O único Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada” (Is 45:18): a atenção que Deus deu à terra neste caso é um sinal de que algo aconteceu com ela. Na verdade ela fora usurpada por Satanás, que hoje a tem em suas mãos (Lc 4:5-6). 


D. Logo depois de Deus criar o homem, Sua intenção era usá-lo para governar sobre a terra (Gn 1:28). Após gerar e encher a terra, esse homem também tinha a incumbência de sujeitá-la. Para isso Deus não colocou o homem em uma sala de aula, mas diante da árvore da vida para alimentar-se. Dessa maneira o homem cumpriria a vontade de Deus. Entretanto, não foi o que aconteceu. O homem comeu da árvore do conhecimento e obteve além do pecado e da morte, esperteza e conhecimento, que os fizeram ter a cara de Satanás, pois o saber ensoberbece (1 Co 8:1b).


E. A fim de não tomar a Palavra de Deus como conhecimento, podemos tomá-La como vida, exercitando o espírito: invocando o Senhor, orando lendo a Palavra, cantando e falando os hinos, ruminando a Palavra e profetizando-a.




II. O FIM DO CAOS É RESULTADO DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO DO REINO:


A. Houve seis mil anos de distração. Já se passaram mais de seis mil anos e ainda o plano de Deus não se cumpriu plenamente. Isso porque o homem ao longo de sua história se distraiu com muitas coisas. Certa vez um irmão nos visitou e observando nosso viver disse: “Do jeito que vocês vivem, parece que o Senhor voltará daqui há 500 anos”. Logo, nosso viver precisa apontar para uma meta – trazer o Senhor de volta.


B. O fim virá quando for pregado o evangelho do reino (Mt 24:14). A questão é se queremos participar disso. O Senhor já deu a ordem, porque toda autoridade já lhe foi dada (28:18-19). Durante quarenta dias o Senhor falou acerca do reino que inclui negar a vida da alma (At 1:3). Essa foi uma conferência de quarenta dias. Logo depois os discípulos perguntaram ao Senhor: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (v. 6). A mente deles estava no reino de Israel. Mas o Senhor lhes trouxe para o Seu encargo: “Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (v. 8).


C. Por assistir o “Apito Final”, corremos o risco de perder a última trombeta (Ap 11:15). Quando for soada essa última trombeta, toda a usurpação terá tido um fim. O caos terá seu término, não ouviremos mais sobre queda de aviões. 




III. O ARREPENDIMENTO, O NOVO NASCIMENTO E A VIDA DA IGREJA SÃO PARA O REINO:


A. Como o mundo é um caos, o Senhor Jesus iniciou a Sua pregação falando o seguinte: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 4:17). Para que o quadro dessa terra mude, precisamos de uma mudança de mente. Um exemplo de alguém que não se arrependeu foi Caim. Ao invés de se arrepender, ficou bicudo, isto é, ele se blindou à luz de Deus.


,B. Davi foi um exemplo de alguém que se arrependeu (2 Sm 12:1-13). V. 5 até esse momento essa é a reação de alguém que ouve a palavra para os outros. V. 6-8 o que mais nós precisamos? Jovens, o que mais vocês precisam? Mas a reação de Davi foi (v. 13).


C. Entrar no reino não é uma questão não cometer erros, mas se nos arrependemos. Assim, o arrependimento é para o reino.


D. O novo nascimento é para o reino. Nicodemos chegou no topo da ética e moral. Mas o Senhor lhe disse que ele precisava nascer de novo para ver e entrar no reino de Deus (Jo 3:3, 6). 


E. A vida da igreja é o reino. Nesse lugar há justiça, isto é, o lugar que o Senhor determinou; é um lugar de paz e não de ansiedade; é um lugar alegria e não de tristeza. Um irmão taxista testemunhou que um cliente entrou em seu veículo enquanto lia a Bíblia. O cliente, então, disse-lhe: Que paz! Agora, no seu quarto as pessoas podem dizer: Que paz?




IV. DE PECADORES A FILHOS DE DEUS E DE FILHOS DE DEUS A CO-HERDEIROS COM CRISTO:


A. O evangelho é o Senhor Jesus (Rm 1:4-5). Quando nascemos, tornamo-nos pecadores, filhos da ira e andávamos nas trevas (Ef 2:3). Mas o evangelho nos alcançou e nos transformou em filhos de Deus. Ele nos transportou para o reino do Filho do Seu amor (Cl 1:13). Agora, por meio do evangelho do reino, Ele deseja nos transformar em co-herdeiros com Cristo (Rm 8:17).


,B. A característica de um filho que cresce é o discernimento. Um menino considera igual todas as coisas (Ef 4:14). Esse menino é levado para todo lado, embalado pelos ventos de doutrina. Um herdeiro, no entanto, não é assim. Ele sabe que direção tomar – o reino. Essa é a vantagem de alguém que percebe a necessidade de receber o evangelho do reino. Muitos jovens, por outro lado, pagaram preço para estar na conferência de jovens. 

V. SANTIFICAR O NOME, TRAZER O REINO E FAZER A VONTADE DE DEUS:


A. A oração do Senhor (Mt 6:9-10). Como tem sido nossa oração e nossa lista de prioridades? O Senhor, o Filho de Deus, orou assim: 1) santificado seja o Teu nome: qual tem sido o nome mais chamado por nós? Os irmãos da Baixada Santista chegam trinta minutos mais cedo somente para invocar o nome do Senhor nesse período; a partir dessa experiência, jovens tem sido libertos das drogas e outros passaram a amar seus pais.


B. Ninrode e sua torre em Babel. A finalidade dessa torre era para tornar célebre o nome do homem. Esse era o princípio de seu reino. Nós precisamos checar qual nome mais sai de nossa boca. 


C. Invocar o nome do Senhor significa admitir quem é que manda (Lc 6:46). Quando invocamos “Senhor!” significa que somos servos e filhos. Em certa ocasião um irmão, pai de família, chegou estressado em casa e depois de discutir com a esposa disse enraivecido: Quem manda nesta casa sou eu! Sua filha de cinco anos, entretanto, cutucou seu pai e disse-lhe: Pai, quem manda nesta casa é o Senhor Jesus.


D. O céu faz a vontade do Senhor porque os seres viventes não têm descanso (Ap 4:8). O nosso problema é que costumamos dar descanso para nosso espírito. Pelo contrário, devemos manter nosso espírito exercitado mesmo nas férias, dizendo: Amém! Aleluia!


E. Que a extensão do domínio do Senhor alcance nós e nossos planos (Sl 103:19). A escolha da profissão, do cônjuge e lugar para morar sejam resultados de ter tocado na vontade de Deus. 




VI. FAZER A VONTADE DO PAI:


A. A falta de frutos compromete o reino (Mt 21:42-43). Não podemos ser mais os mesmos (Rm 10:16-21). O Senhor quer ver frutos em nós. Israel falhou nisso e o Senhor lhes cortou da oliveira (11:17-22). Embora já tenha se passado mais de dois mil anos de história da igreja, e até o momento o Senhor não veio. Se formos sábios, veremos que ao longo da história as pessoas se ensoberbeceram por terem alcançado um certo nível de conhecimento. 


B. Desfrutar da seiva por exercitar o espírito. Nós precisamos ser mantidos na simplicidade, invocando o Senhor mais. Pois o frescor está na seiva que é nova. Assim nos tornaremos alguém que promove as coisas espirituais. 


C. Faça-se a Tua vontade. Precisamos orar ao Senhor para que Ele faça a vontade Dele em nossa vida. Seja na questão acadêmica ou profissional. O Senhor Jesus é o nosso exemplo (Jo 6:38-40). Ele mesmo tendo descido do céu, Ele fez a vontade do Pai. Em sua oração antes de ser crucificado, vemos que a vontade do Pai prevalecia em suas palavras, isto é, não dever ser como o Senhor queria, mas como o Pai queria (Mt 26:39). 


D. Achei a Davi. Deus é um Deus que procura. Ele procurou a ovelha perdida e a drácma. Ele não se cansou de procurar. Se Deus fez isso com Davi, encontrando-o, nós também temos esperança. Embora tenhamos nossa própria vontade, abrimos mão dela por causa do reino.


E. É hora de nós acordarmos: Rm 13:11-12: “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz”. É o momento de nos levantarmos para lutar pelos interesses de Deus.


Conferência de Jovens - 2º Período - Julho 2009
Ministrada na Estância Árvore da Vida, Sumaré – SP, no período de 16 a 19/07/09.

Refletindo...


Deixar de dar a Deus o que Ele exige


Deus requer que nos consagremos a Ele absolutamente e exige que Lhe consagremos nossa esposa e nossos filhos. Também requer que Lhe consagremos nossas atividades e todo nosso dinheiro inteiramente a Ele. Todo cristão quer reservar algo para si. Mas queridos irmãos e irmãs, precisamos perceber que no Antigo Testamento havia a ordenança de dar o dízimo, de oferecer a décima parte; mas no Novo Testamento nossa consagração deve ser de dez décimos. Nossa casa, nossa terra, nossa esposa, nossos filhos e inclusive nós mesmos, precisamos ser consagrados a Deus plenamente.

Muitos cristãos temem que Deus lhes traga aflições. Havia um cristão que tinha muito temor de consagrar-se a Deus. Ele disse: "Se me entrego a Deus, que acontecerá se Ele me enviar sofrimentos?" Respondi-Lhe seriamente: "Que tipo de Deus você crê que é o nosso Deus? Se um filho desobediente quer honrar os pais e lhes diz que obedecerá daí em diante, você acha que seus pais propositalmente lhe pedirão algo que sabem que o filho não pode fazer? Acha que os pais o farão sofrer de propósito? Se o fazem, então deixam de ser seus pais para serem seus juizes. Mas, se verdadeiramente são seus pais, sem dúvidas cuidarão bem do filho. Você crê que Deus propositalmente lhe trará sofrimentos? Você crê que Deus o enganará? Você se esqueceu de que Ele é seu Pai!" Irmãos e irmãs, somente os que se consagram a Deus têm verdadeiro poder. Eles conseguem entregar seus negócios nas mãos de Deus; são capazes de deixar pai, mãe, esposa e filhos nas mãos de Deus. Podem entregar seu dinheiro nas mãos de Deus. Eles não tomam o que Deus lhes deu para esbanjar no mundo. Eles consagraram a própria vida ao Senhor. Todos, que temem consagrar a Deus seus pertences, seus bens materiais e seus relacionamentos com os outros, ainda não venceram. Quanto mais uma pessoa se consagra a Deus, mais força tem. Aqueles que se consagram a Ele voluntariamente parecem motivar Deus a tomar mais ainda. É como se dissessem a Deus: "Por favor, toma mais". Uma vida consagrada é uma vida de gozo, uma vida de poder. Se uma pessoa não se consagra a Deus, não só peca mas também carece de poder. 



Fonte: A Vida Que Vence - W. Nee
(site Igreja em Uberaba)

Alargar o coração para acolher as pessoas.


Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós (2 Co 6:11-13)


Rm 16:23; 2 Co 6:11-12; 3 Jo 1:5

Atualmente, nossa necessidade é abandonar os antigos conceitos e a religiosidade, para dar prioridade ao evangelho do reino. Antes, tínhamos o hábito de convidar as pessoas para visitar os locais de reuniões das igrejas, mas hoje temos visto que a maneira mais eficaz de tornar o evangelho acessível a todos é por meio de um ambiente livre de qualquer formato anterior. Os lugares de oração e os bookafés são ambientes onde as pessoas podem se sentir à vontade para frequentar, ter acesso aos livros espirituais e até apresentar motivos de oração. Além disso, esses lugares são propícios para a pregação do evangelho do reino àqueles que já aceitaram o evangelho da graça (2 Co 6:11-12).
Tanto na obra do Senhor, como na vida da igreja devemos alargar o nosso coração para acolher todos os irmãos. Por exemplo, temos uma ótima oportunidade de servir à igreja quando exercitamos a hospitalidade em receber e hospedar os irmãos que vêm de outras cidades. A Bíblia mostra o exemplo de Gaio, um irmão que hospedou o apóstolo Paulo e também costumava hospedar toda a igreja (Rm 16:23). O apóstolo João, muito tempo depois, também foi servido pela hospedagem de Gaio (3 Jo 1:5).
Como vimos, o ministério da palavra e o ministério dos serviços precisam do apoio do ministério de ofertas de riquezas materiais. Por isso todos nós podemos e devemos ser ministros de riquezas materiais (2 Co 8:1-5). Cada uma dessas funções é igualmente importante diante de Deus. Quando exercitamos o dom de falar por Deus, servir à igreja e ofertar, também ganhamos a oportunidade de ser aperfeiçoados. Façamos isso enquanto é tempo, aproveitando as situações que nos preparam para reinar no mundo que há de vir.

07 julho, 2012

Abençoados para cooperar com o reino de Deus


Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida  (1 Tm 6:17-19)

Lc 12: 29-31; Jo 15:5
A primeira tentação que o Senhor Jesus venceu em Mateus 4 tem relação com a subsistência. Quanto a isso, Deus é fiel em suprir cada filho Seu. No Antigo Testamento, Ele prometeu ao povo de Israel a boa terra de Canaã, onde havia abundância de águas e variedade de alimentos.
O trigo existente na boa terra de Canaã tipifica a morte do Senhor Jesus, e a cevada, Sua ressurreição. Na boa terra havia, ainda, a videira, que representa o Senhor Jesus como a árvore da vida, e as figueiras simbolizando o quanto frutificamos para Deus. Quando o Senhor Jesus estava a caminho de Jerusalém, passou um tempo em Betânia, na casa de Lázaro, Marta e Maria. Certo dia Ele sentiu fome e se dirigiu a uma figueira para ver se nela havia algum fruto. Como ali encontrou somente folhas, amaldiçoou a figueira, e ela secou.
Infelizmente, às vezes somos como essa figueira. Mesmo com uma boa aparência, ou seja, com muitas folhas, não produzimos frutos para Deus. Essa é uma lição para nós. Não devemos nos importar meramente com a aparência, mas sim em produzir frutos para o Senhor (Jo 15:2).
As romeiras que havia na boa terra, por sua vez, apontam para a abundância da vida de Deus, que, ao crescer, quebra todas as barreiras. Quando a romã amadurece, suas sementes se multiplicam a tal ponto que racham a casca, sendo lançadas para fora do fruto. Também devemos ser assim em nosso viver espiritual: que a vida divina cresça e amadureça em nós, a ponto de quebrar a dura “casca” da nossa vida da alma e alcançar as pessoas que nos cercam
(v. 5). Além disso, na boa terra havia as oliveiras, que produzem a oliva para se fazer azeite. Como sabemos, o azeite da oliveira representa o Espírito de Deus.
Tamanha era a riqueza da terra de Canaã, que até as pedras continham ferro e cobre, de modo que nada faltaria ao povo de Israel ali. Porém, em Deuteronômio 8:17-18, o Senhor os advertiu, dizendo: “Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”.
Do mesmo modo, no Novo Testamento, podemos testificar que muitos filhos de Deus recebem bênçãos materiais, a tal ponto que excedem a real necessidade, chegando a sobejar. Não é normal utilizarmos tudo o que possuímos para nosso próprio benefício. Diante disso, precisamos considerar diante do Senhor aquilo que Ele deseja que ofertemos
para suprir a necessidade do reino. Hoje estamos nos preparando para governar o mundo que há de vir, por isso não vamos ajuntar tesouros sobre a terra, mas investir no reino dos céus (Lc 12:29-31).

06 julho, 2012

Administrar as riquezas para o reino.


Isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça                            (2 Co 9:6-7, 10)


1 Co 16:2; 2 Co 8:2; 9:7

Desde que iniciou Seu ministério terreno, o Senhor Jesus não agia sozinho, pois contava com a ajuda dos discípulos. O Senhor tinha muitos discípulos, dentre os quais separou doze, que chamou de apóstolos, e os enviou a pregar o evangelho. João Batista deveria ter sido um discípulo do Senhor, mas fracassou. Após a morte e a ressurreição do Senhor, por Sua misericórdia, Ele nos incumbiu da pregação do evangelho do reino. Por isso hoje é o tempo de exercitarmos o ministério em seus três aspectos: ofertas materiais, palavra e serviços.
O reino dos céus está próximo, por isso devemos nos preparar. As coisas materiais e corruptíveis desse mundo não farão parte do reino vindouro. Ainda assim, muitas vezes nosso coração fica apegado a elas. Certamente somos abençoados se o Senhor nos concede bens materiais, mas devemos nos lembrar de que todas essas coisas foram dadas não apenas para que as desfrutemos, mas para que as administremos de maneira adequada. Em outras palavras, se somos ministros de Deus, as riquezas materiais não são nossas, mas Dele, que confiou esses bens à nossa administração. Nosso dinheiro e bens não devem ser desperdiçados no mundo, mas levados ao Senhor para a propagação do evangelho do reino.
A prática de ofertar não deve estar apenas vinculada ao primeiro dia da semana para suprir as necessidades da igreja, seja trazendo o dízimo ou alguma oferta especial (1 Co 16:2). Mas também precisamos exercitar o dom de ofertar principalmente em favor da pregação do evangelho do reino. Quanto mais ofertamos, mais graça nos é acrescentada, isto é, mais de Cristo recebemos. A prática contínua de ofertar faz de nós ministros de riquezas materiais. Assim, Deus pode contar conosco quando há necessidade de ofertas para o reino. Esse é um importante aspecto da obra do ministério, do qual devemos participar.
Por exemplo, os bookafés ou a colportagem são ferramentas que temos usado para pregar o evangelho do reino e, quando ofertamos para suprir essas necessidades, exercitamos ainda mais o nosso dom até se tornar um ministério (2 Co 9:7).
Os que têm o ministério da palavra também necessitam das ofertas. Quando eles precisam viajar para outra cidade, a fim de ministrar a Palavra de Deus, podemos cooperar, ofertando ou até mesmo arcando com as despesas. Semelhantemente os que têm o ministério dos serviços precisam do apoio do ministério de ofertas materiais, por exemplo, em ofertas para os serviços de criança, de limpeza, de música etc.
Daí vemos a importância de sermos constituídos como ministros de riquezas materiais, a fim de cooperar com as necessidades do ministério da palavra, dos serviços e da propagação do evangelho do reino. Mesmo um ministro da palavra ou dos serviços deve se tornar também um ministro de riquezas materiais. Quando o Espírito nos dá o sentimento de ofertar algo para o Senhor, devemos fazê-lo, exercitando a nossa fé, alargando o nosso coração em prol do reino (2 Co 8:2). Agindo assim, somos fiéis em reconhecer que tudo o que recebemos foi o Senhor que nos confiou, para a administração do Seu reino.

05 julho, 2012

Refletindo...

O exemplo mais santo

O Senhor, tenho-o sempre à minha presença; estando Ele à minha direita, não serei abalado.

Salmos 16:8



Esta é a maneira que devemos viver. Tendo o Senhor sempre à nossa presença, teremos o companheiro mais nobre, o exemplo mais santo, a consolação mais agradável e a influência mais poderosa. Essa tem de ser a atitude resoluta de nossos corações. “Tenho-o sempre à minha presença” é a atitude que precisa ser mantida com firmeza e determinação. Estar sempre contemplando o Senhor e ouvindo sua voz – essa é a atitude correta para o homem piedoso. Seu Deus está bem perto dele, enchendo todo horizonte de sua visão, guiando-o no caminho da vida e providenciando o assunto de suas meditações. Quantas vaidades evitaríamos, quantos pecados venceríamos, quantas virtudes manifestaríamos, quantas alegrias experimentaríamos, se realmente colocássemos o Senhor sempre à nossa presença! Por que não o fazemos?

Esta é a maneira de ficarmos seguros. Estando o Senhor sempre em nossas mentes, chegaríamos a sentir segurança e certeza, porque seu Ser estaria bem próximo de nós. Ele está à nossa direita para ajudar-nos e guiar-nos. Portanto, não somos abalados pelo temor, nem pela força, nem pelo engano, nem pela volubilidade. Quando Deus permanece ao lado direito de uma pessoa, esta com certeza permanecerá firme. Vinde, inimigos da verdade! Avançai contra mim como uma tempestade furiosa, se quiserem. Deus me sustenta e permanece comigo. A quem eu temerei?


Autor: Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

O arrependimento nos prepara para o reino.

Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento (2 Pe 3:9)

2 Co 7:10; Hb 12:17


A segunda tentação enfrentada pelo Senhor ocorreu quando o diabo sugeriu que Ele se atirasse do pináculo do tempo, utilizando as seguintes palavras: “Se és Filho de Deus, atirate abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra” (Mt 4:6). Essas palavras provêm de um trecho do salmo 91. De fato, Jesus sabia que Deus poderia mandar anjos para impedir que Ele se ferisse caso se atirasse do alto, mas Ele novamente deu prioridade à vontade de Deus revelada em Sua Palavra, conforme lemos no versículo 7: “Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. Dessa forma, o Senhor novamente venceu o diabo.

Na terceira tentação, o diabo disse a Jesus que Lhe daria todos os reinos do mundo e a glória deles se, prostrado, o adorasse. Novamente, o Senhor Jesus lançou mão da Palavra divina para mostrar que toda adoração é devida apenas a Deus. Vejamos os versículos 10 e 11: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. De igual modo, para vencermos o inimigo, não podemos aceitar a glória que vem de homens. Antes, rendemos nossa adoração apenas ao Senhor, o único digno de ser exaltado.

Após vencer as tentações, o Senhor passou a pregar e a dizer: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Com essa palavra, o Senhor queria despertar as pessoas para as coisas concernentes ao reino e para a necessidade de arrependimento. O arrependimento nos prepara para a chegada do Rei e para o estabelecimento do reino dos céus na terra. Por isso o ponto crucial para recebermos o evangelho do reino é o arrependimento.

Quando praticamos o ponto crucial do evangelho do reino, cooperamos com Deus para o estabelecimento do reino dos céus. Por isso nossa prática na vida da igreja deve ter por objetivo ajudar outras pessoas a se preparar para o reino: buscando o reino de Deus em primeiro lugar, cogitando das coisas de Deus e negando a si mesmas (Mt 6:33). Precisamos também ajudá-las a ver que esse processo de negar a vida da alma é contínuo, não se esgotando de uma vez por todas.

Damos graças a Deus porque temos ouvido essas palavras e temos sido despertados a nos arrepender, a cada dia, voltando toda a nossa alma para o espírito (2 Pe 3:9; Hb 12:17). Dessa maneira, gradativamente estamos deixando de lado nossos próprios interesses e opiniões e dando prioridade às coisas do reino. Assim, estamos sendo supridos com Sua vida, e o Senhor tem como fazer Sua vontade por meio de nós.

04 julho, 2012

Refletindo...


A Tua presença e nada mais, Senhor


Ainda que seja com lágrimas nos olhos, devemos dizer dia após dia: "Senhor, nada senão a Tua presença sorridente me satisfará. Não quero nada, além do sorriso da Tua gloriosa face. Desde que tenha isto, não me importo se o céus vêm abaixo ou se a terra se decompõe. O mundo pode levantar-se contra mim, mas desde que tenha Seu sorriso sobre mim, posso louvar-Te, e tudo está bem!" 


Extraído do livro O Cristo Todo-Inclusivo

O falar de Deus em primeiro lugar.


Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tende vencido o maligno (1 Jo 2:14)


Mt 4:17; 6:33; Ef 6:17-18; 2 Pe 1:11

A primeira pessoa a pregar o evangelho do reino foi João Batista e, depois, o Senhor Jesus, que se tornou um modelo de pregação do evangelho para nós (Mt 3:2; 4:17; Lc 4:43).
O Senhor foi batizado e ungido antes de iniciar Seu ministério. A unção que Ele recebeu O comissionou com o encargo de pregar o evangelho do reino, pois Ele foi ungido como o Rei do reino dos céus. Depois disso, o Senhor foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo. Embora algumas tentações tenham sido apresentadas ao Senhor por meio de trechos da Bíblia, Ele as venceu porque utilizou a própria Palavra de Deus para derrotar o diabo.
A primeira tentação aconteceu quando o Senhor, após jejuar, teve fome, e o diabo sugeriu que transformasse pedras em pães. Isso se relaciona com a boa terra de Canaã concedida por Deus no Antigo Testamento ao povo de Israel. Em Deuteronômio 8:9 lemos: “Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre”. A boa terra de Canaã representa as bênçãos abundantes de Deus para o Seu povo. Todos os itens dessa terra, o trigo, a cevada, as oliveiras, a vides, as figueiras, as romeiras serviam como suprimento para alimentar o povo, a ponto de nada faltar nela. O diabo sabia que era possível ao Senhor Jesus, com o poder que possuía por ser Filho de Deus, transformar até mesmo pedras em pães.
Ele, porém, mesmo após jejuar durante quarenta dias, não se deixou enredar pelas palavras do diabo e respondeu com a própria Palavra de Deus, dizendo: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4).
O Senhor Jesus vivia pela palavra de Deus, ou seja, o falar de Deus era Sua prioridade. Do mesmo modo, quando buscamos o Senhor, nossa prioridade não deve ser obter alimento físico ou coisas materiais, mas sim receber a palavra de Deus. Se vivemos pela palavra de Deus, sem dúvida o inimigo é derrotado (Ef 6:17-18)!

03 julho, 2012

Continuamente salvos pela vida de Deus.


Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados (Rm 5:10; 8:17)


Rm 8:29-30; 2 Co 3:18; 1 Jo 2:6

Uma vez consagrados, justificados, santificados, reconciliados, renovados e transformados, anelamos ser conformados à imagem de Cristo, o Filho de Deus (Rm 8:29-30). Permanecemos nesse caminho invocando o nome do Senhor e nos voltando ao espírito. Assim, nos tornamos mais parecidos com Ele. Somente quando somos conformados à imagem do Senhor Jesus é que podemos expressar a glória de Deus. Esse é o evangelho do reino dos céus.
Em resumo, o evangelho do reino nos apresenta e ajuda a experimentar oito itens: a consagração, a justificação, a santificação, a reconciliação, a renovação da mente, a transformação, a conformação com Cristo e a expressão do próprio Deus. Cada um desses itens está operando constantemente em nós, não seguindo uma sequência determinada. Constantemente podemos nos consagrar a Deus e gradualmente vivenciamos a reconciliação diária com Ele. A cada instante, invocando o nome do Senhor, somos santificados e transformados. De igual modo, quando nos conformamos à imagem de Cristo, andando como Ele andou, expressamos o próprio Deus (1 Jo 2:6).
A renovação da mente, por sua vez, ocorre quando voltamos nossa mente ao Senhor. Essa é a prática de negar a si mesmo. Negar a vida da alma não significa renunciar a alma. Nela temos as faculdades da mente, da emoção e da vontade, as quais Deus criou e são necessárias para vivermos como seres humanos e expressá-Lo. Negar a vida da alma significa colocar toda a nossa alma no Espírito, pelo arrependimento. Dessa maneira, nossa mente é renovada.
Por isso precisamos colocar, ou pender, nossa mente no Espírito. Ao colocarmos a mente no espírito, recebemos vida e paz, experimentando a transformação que vem do Espírito (2 Co 3:18). Essa transformação decorre do acréscimo da vida de Deus em nós. Cada vez que a vida divina nos é acrescentada, somos transformados e conformados à imagem de Cristo, o Filho de Deus. Nesse processo, como pessoas cheias da vida de Deus, nos tornamos parecidos com o Senhor Jesus. Assim, expressamos o próprio Deus. Aleluia!
Em Romanos 8 vemos o resultado da prática do evangelho do reino: “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. [...] Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita. [...] O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (vs. 6, 11, 16-17).
Se voltarmos nossa mente ao espírito de maneira contínua, um dia nosso corpo também será transformado pela vida de Deus. É assim que os filhos de Deus se tornam Seus herdeiros e coerdeiros com Cristo. Por fim, seremos glorificados, por ganhar a vida de Deus em todo o nosso ser: espírito, alma e corpo. Vamos praticar tudo o que o evangelho do reino dos céus inclui e também propagá-lo para que outras pessoas possam praticá-lo.

02 julho, 2012

A FE QUE NOS MANTEM EM PAZ

QUERIDOS IRMÃOS,  

A benção que agora vou testemunhar e de grande imprtancia para os irmãos em Sorriso - MT

todos presenciaram os problemas de diabetes pela qual passei em Sorriso - MT, mas que pela misericordia do Senhor Jesus e as oraçoes dos irmaos intercedendo pela minha saude me curaram.

Acreditem ou nao essa semana, depois de entregar tudo nas maos do Senhor e nao mais tomar nenhum comprimido nem para Pressao alta e nem para a diabete, fui fazer os testes e creiam ,,,

PRESSAO  -  13X9

GLICEMIA = 89  E ISSO EM DOIS DIAS SEGUIDOS

O SENHOR JESUS TEM O PODER IRMÃOS

ESTOU LIVRE DESSES MALES, AGORA E SO CUIDAR RSRSRS

Refletindo...


A Condução do Maestro Jesus


A primeira observação de um especialista durante o ensaio de uma orquestra foi: “Aquele rapaz não está seguindo a partitura nem o maestro enquanto toca; por isso está tocando fora da harmonia do grupo”.

O casamento é como um palco onde dois instrumentos são tocados (pelo menos antes de virem os filhos). Talvez a maioria dos maridos seja como tambores e a maioria das mulheres como flautas. Mesmo sendo diferentes como o tambor e a flauta o são, é possível marido e mulher viverem em plena harmonia se forem restringidos pela mesma partitura e estiverem debaixo da direção do mesmo Maestro.

Muitos atribuem à diferença entre os cônjuges a falta de harmonia no casamento. Mas na verdade, na questão da harmonia, não se trata de quem está certo ou errado, da diferença de caráter ou personalidade, e sim se estão tocando de acordo com a mesma partitura e seguindo o mesmo Maestro. Assim como em uma orquestra, o casamento não é lugar para alguém exibir a individualidade, peculiaridade e perfeição pessoal. Os que tentaram isso, por melhor que fossem, acabaram ficando sozinhos e tristes no palco da vida.

No Evangelho de Mateus 18:19, lemos: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer cousa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.” A palavra concordarem, nesse versículo, pode ser traduzida também como estiverem em harmonia. Isso significa que, quando oramos, precisamos estar em harmonia para que o Pai possa conceder o que Lhe pedimos.

Porém, alguém pode perguntar: “harmonia com quem?” Certamente não é com a tão moderna “harmonia consigo mesmo” e muito menos com “as opiniões do mundo” que não teme a Deus. Quando o Senhor Jesus mencionou esse princípio da oração, Ele estava se referindo a estarmos em harmonia com a vontade do nosso Pai que está nos céus. Quando nossas orações estão em harmonia com Sua vontade, certamente o Pai nos concederá o que pedimos.

Estar em harmonia, portanto, requer que neguemos nossa própria vontade, preferências e insistência. Ao falarmos com nosso cônjuge, será que primeiramente olhamos para o Maestro? Será que o que falamos e o quanto falamos estão de acordo com o que Ele determinou? E nossas decisões? São restringidas por Sua “partitura”, ou será que fazemos uso de uma “partitura” particular e conveniente?

Se realmente queremos harmonia, há um segredo! Mesmo sendo tão diferentes, se seguirmos a Palavra de Deus, a partitura, que é a mesma para todos, e olharmos para o Maestro, que é o próprio Senhor Jesus, como o Espírito da realidade que habita no interior dos que Nele crêem, certamente poderemos estar em harmonia. Assim, poderemos desfrutar da diferença que temos e permitiremos que os outros apreciem a maravilhosa sinfonia da vida conjugal sob a condução do maestro Jesus! Glória ao nome Seu! 


Fonte: Extraído da secção "O que Deus uniu" do Jornal Árvore da Vida.
(site Igreja em Uberaba)

Apresentar-se a Deus como sacrifício vivo.


Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:2)


Mt 3:11; Rm 5:6-10a; 1 Co 12:3

Deus tem revelado a Seus filhos a necessidade de que preguem o evangelho do reino. Por muito tempo, os filhos de Deus se concentraram na pregação do evangelho da graça, que apresenta o amor de Deus, a salvação do homem e a remissão dos nossos pecados por meio da morte do Senhor Jesus. Quando Ele morreu na cruz e derramou Seu sangue em nosso favor, perdoou todos os nossos pecados, cancelou o escrito de dívida que era contra nós, justificou-nos e reconciliou-nos com Deus (Rm 5:6-10a). Esse é o evangelho da graça.
Deus, porém, não criou o homem apenas para salvá-lo dos pecados. Conforme a revelação que temos recebido, o homem foi criado para receber a vida de Deus, sujeitar a terra e estabelecer aqui o reino dos céus. A maioria dos cristãos, porém, ainda não pratica esse aspecto da vontade de Deus, o qual faz parte do evangelho do reino, por isso
precisamos propagá-lo.
Após tratarmos o problema dos pecados, nascemos de Deus e fomos colocados na igreja. Nela aprendemos a invocar o nome do Senhor, o que nos ajuda a permanecer no Espírito (1 Co 1:2; 12:3) e a desenvolver nossa salvação (Fp 2:12). Na igreja somos ajudados a praticar a vontade de Deus, conforme Romanos 12:1: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
Apresentar o nosso corpo diz respeito ao primeiro item do evangelho do reino: a consagração. Consagrar-se é apresentar-se a Deus na igreja disposto a ser um sacrifício vivo, santo e agradável a Ele. Nossa entrega ao Senhor implica sermos colocados no altar, isto é, em uma posição onde somos queimados pelo fogo do Espírito para ser purificados. Esse não é o sacrifício pelos pecados, oferecido de uma vez por todas pelo Senhor Jesus, para nossa justificação. Aqui se trata do nosso sacrifício de consagração, por meio do qual Deus pode trabalhar-Se em nós e nos tornar justos.
No Antigo Testamento, animais consagrados eram apresentados no altar para serem queimados até se tornarem cinzas, produzindo um aroma que agradava a Deus. As cinzas evidenciam que o queimar do fogo pela consagração tornou o sacrifício totalmente puro e santo. Hoje, no Novo Testamento, temos o batismo com Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Quando nos consagramos continuamente ao Senhor, esse fogo nos purifica diante Dele. Durante esse processo, somos santificados, isto é, tudo o que é vil, pecaminoso ou natural é eliminado de nós. Dessa forma, não somente nossa pessoa, como também nosso serviço são aceitos por Ele. A aceitação de Deus mostra que fomos reconciliados com Ele.
O próximo passo é a renovação da nossa mente (Rm 12:2). Após nos consagrarmos para ser queimados pelo fogo do Espírito, a mente é renovada e já não permanece naquilo que está envelhecido pela vida da alma. Como resultado, somos transformados, ou seja, já não somos os mesmos. Se antes andávamos segundo os rudimentos do mundo, ou segundo a vaidade dos próprios pensamentos, agora buscamos andar segundo a vontade de Deus.