06 setembro, 2012

Pequena Chave Bíblica da Restauração.

Como proceder na casa de Deus :

Conservando o mistério da fé, 1Tm 3:9, 15,
Que consiste no mistério de Deus, de Cristo, da igreja e da piedade - Mt 16: 16-18, Cl 2:2, Ef 3:2, 9; 5:31, 32, 1Tm 3:15-16, Preservando a unidade Ef 4:1-6:9, preservando a genuína vida da Igreja - Ef 5:15-6:20, que tem o aspecto de reuniões Ef 5:15-21, Familiar 5:22-6:4, social 6:5-9 e com a armadura de Deus 6:10-20 e negando a vida da alma, tomando a cruz e crescendo em vida - Mt 16:21-25; 24:45-46; 25:1-30.


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A conclusão do ministério de Paulo e início do ministério ulterior de João.

Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10:13).
 Ninguém pode dizer: Senhor Jesus!, senão pelo Espírito Santo (1 Co 12:3b)

 
Hb 2:1-4; Ap 2:8-17

Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário
 
O apóstolo Paulo foi usado por Deus para escrever o conteúdo das revelações divinas em epístolas. Estas foram enviadas às igrejas com o objetivo de supri-las com a Palavra para o crescimento de vida, mas quando Paulo visitou as igrejas, viu que os irmãos não praticaram suas palavras. Ele deixou Timóteo em Éfeso para conduzir os irmãos à vida, contudo seu jovem cooperador também não teve êxito. Sabemos que não é fácil para aqueles que vivem na alma receber a Palavra de Deus. Estes aplicam seu tempo examinando as verdades e não se propõem a estar junto com aqueles que invocam o nome do Senhor e vivem no espírito.

Louvado seja o Senhor pelo ministério ulterior de João. Ao sair do exílio, João conduziu a igreja em Éfeso a invocar o nome do Senhor e praticar a Palavra. Desse modo os irmãos permaneceram firmes até a época da igreja em Esmirna.

A igreja em Esmirna foi perseguida pelo império romano durante dois séculos. Nesse tempo houve dez grandes perseguições. Quanto mais sofriam, mais se enchiam de Espírito e vida. Eles não se preocupavam com a própria vida; apesar de muitos serem martirizados, os demais não abandonaram o caminho do Senhor diante das perseguições. Um exemplo disso foi Antipas, mesmo na época da igreja em Pérgamo, ele era uma testemunha fiel e não negou o nome do Senhor. Depois de sua morte, um remanescente permaneceu, ocultamente, invocando o nome do Senhor Jesus.

De modo semelhante, o Senhor nos chamou para invocar Seu nome e estarmos no espírito ganhando vida. Aqui no Brasil, desde 1975 temos invocado o nome do Senhor e desfrutado a condução cheia de frescor do Espírito. Embora até hoje soframos perseguições por procurar sempre colocar em prática a Palavra do Senhor, temos sido sustentados por Ele e seguido a revelação do Espírito com fidelidade. Por levarmos o evangelho do reino às pessoas, cerca de três mil cidades da América do Sul já têm muitos irmãos invocando o nome do Senhor.

Em 1984 recebemos a visita do irmão Witness Lee. Ele viu sinais incontestáveis da obra do Espírito em nosso meio, aqui no Brasil. Havíamos acabado de comprar a Estância Árvore da Vida, em Sumaré - SP, e o irmão Samuel Ma recebeu o encargo de construir ali um auditório para 1500 pessoas com vistas à realização de conferências. O irmão Lee, então, veio ministrar a Palavra para as igrejas e ficou hospedado na casa do irmão Samuel Ma, e eu montei uma biblioteca com livros que comprei em Chicago para ele consultar, caso precisasse. Abrindo a janela de seu quarto ele via o auditório no topo da estância.

Naquela época tínhamos poucos alojamentos, por isso os irmãos se acomodavam em suas tendas e barracas. De manhã, vendo os irmãos saindo das tendas, subindo para o auditório, cantando, louvando o Senhor, o irmão Lee disse: “Isto aqui é a realidade do cântico de romagem quando o povo de Israel ia para Jerusalém”.

Os cânticos de romagem são os últimos capítulos do livro de Salmos e foram escritos para o povo de Israel cantar, quando saíssem de suas tendas e se dirigissem ao templo. Witness Lee ficou muito impressionado com o que viu; ele percebeu que as igrejas na América do Sul preservaram a prática de invocar o nome do Senhor, e ao cantar hinos, o faziam no espírito. Ao ver isso ele disse: “Vocês cantam com tanto Espírito que até esqueci qual é o meu nome”.

Então, nessa conferência, o Espírito o levou a falar uma série de mensagens especiais sobre “A economia divina”. Naquela ocasião, um irmão desenhou na lousa uma grande vaca, e do seu úbere saía leite que se tornava um rio. Esse rio de leite representava o rio de água da vida.

Ao terminar as mensagens, quando os irmãos se levantaram para compartilhar, o irmão Lee disse: “Vocês conseguem extrair todas as pepitas das mensagens”. Quando voltou para os Estados Unidos, ele deu testemunho a nosso respeito; ele queria mostrar que o Espírito estava atuando em nosso meio e eles deveriam seguir essa mesma direção. Graças ao Senhor que as igrejas aqui se tornaram modelos para os irmãos em outras partes da terra.

Que o Senhor nos permita continuar seguindo a direção do Espírito! Graças a Deus pela ajuda que temos recebido por meio dos escritos e do ministério ulterior do apóstolo João. Isso é o que nos tem feito prosseguir para o alvo, para o prêmio! Queremos crescer na vida divina e ser aperfeiçoados para a obra do ministério, com vistas à manifestação do reino dos céus. Ó Senhor Jesus!

05 setembro, 2012

O ministério edificador e epistolar de Paulo.


Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus (Cl 1:24-25)




At 9:3-6; 21:17-25; 28:16, 30; 1 Tm 1:3-4; 2 Tm 3:1-13; 4:6-8
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Saulo era um perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, mas a caminho de Damasco creu e se tornou um discípulo. Deus determinou que Saulo, que passou a ser chamado de Paulo, fosse enviado para pregar aos gentios. Os doze apóstolos haviam abandonado a prática de invocar o nome do Senhor; mas, por meio da pregação de Paulo, mesmo sob perseguição do império romano, muitos invocaram e passaram a viver no espírito para ganhar vida.
Paulo realizou quatro viagens missionárias. Na segunda viagem ele estava totalmente sob a condução do Espírito. Mas ao final de sua terceira viagem ele foi para Jerusalém, e lá foi persuadido por Tiago a cumprir um voto do Antigo Testamento junto com outros homens.
Pela lei, eles teriam de passar por sete dias de purificação e no oitavo dia pagariam o voto. Paulo se enfraqueceu e acabou cedendo à sugestão de Tiago. Mas “quando já estavam por findar os sete dias, os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram” (At 21:27). Depois ainda o arrastaram para fora do templo, quando Deus usou o comandante da guarda romana para livrá-lo dos judeus e levá-lo para Cesareia.
Paulo havia voltado para o judaísmo e os judeus queriam matá-lo. Contudo, Deus preservou sua vida e não permitiu que ele morresse. Embora seu ministério de edificar a igreja diretamente já houvesse cessado, o Senhor ainda queria usá-lo para escrever o conteúdo da visão celestial que lhe fora concedida na Arábia (Gl 1:15-17). Isso se referia a seu ministério epistolar.
Paulo foi para Roma onde alugou uma casa enquanto aguardava seu julgamento. Durante o tempo em que esteve preso, ele escreveu parte do que o Senhor lhe revelara em quatro epístolas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Por fim, ao escrever 2 Timóteo, Paulo disse que seu labor havia terminado: “O tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4:6b-7).
Antes de seu julgamento em Roma, Paulo pôde viajar e visitar as igrejas por dois anos. Quando passou por Éfeso ele ficou decepcionado ao ver que os irmãos haviam recebido sua carta tão elevada, que continha as principais revelações do Novo Testamento, e não a haviam praticado. Podemos dizer que eles receberam as palavras do apóstolo apenas na esfera da mente, para discutir e analisar e não desfrutaram delas no espírito. Diante dessa situação, Paulo teve de deixar Timóteo em Éfeso para ajudá-los.
Cremos que o ministério edificador de Paulo não foi suficiente para produzir o fruto esperado, pois a igreja em Éfeso que havia recebido sua ajuda se tornou uma igreja anímica, isto é, que vivia pela sua vida natural, pela vida da alma. Por isso ele escreveu para seu cooperador Timóteo uma segunda epístola. Essa carta era uma advertência para que os irmãos não mais vivessem segundo a vida da alma. Se continuassem da mesma forma, coisas terríveis aconteceriam na igreja nos tempos finais, pois os homens seriam egoístas, pensariam apenas em seus interesses, em suas próprias coisas e não se importariam com o propósito de Deus. Esse é o sério risco que corre todo aquele que vive na alma.

04 setembro, 2012

Refletindo...

Cristo tem Preeminência na Vida do Cristão.
 
Referência bíblica:
Convém que Ele cresça e que eu diminua (João 3:30)

As experiências dos cristãos são de dois tipos: as doces e as amargas. Deus nos faz pas-sar por ambas, as experiências doces e amargas da vida, para nos capacitar a deixar que Cristo tenha preeminência em todas as coisas.


EXPERIÊNCIAS DOCES:

1) Oração respondida – A oração será atendida se o seu alvo for o de deixar que Cristo tenha o primeiro lugar em todas as coisas. Busquemos primeiro o reino de Deus e a sua justiça e Deus acrescentará tudo mais que precisamos. (Acrescentar não é dar. O primei-ro significa adicionar ao que já temos; o segundo significa conceder o que não temos.) pedir em nome do Senhor é pedir em nome do Pai para o Senhor a fim de que o Senhor possa recebê-lo. De acordo com este princípio aqueles que dão valor à carne não terão nada para pedir em oração. Como precisamos deixar que a cruz acabe com a nossa carne para podermos ser intercessores do Senhor, pedindo aquilo que é a vontade do senhor! Não deveríamos orar pelos nossos propósitos egoístas. Só aqueles que permitem que Cristo tenha preeminência em todas as coisas podem entrar no Santo dos Santos. Vamos transformar os momentos de oração pelas nossas necessidades em um momento de ora-ção pelos negócios de Deus. Então Deus ouvirá a oração que proferimos – isto é, oração pelas coisas de Deus; mas ele também ouvirá a oração que não proferirmos – isto é, a oração pelos nossos próprios negócios. Se primeiro pedirmos que o Senhor receba o que é Dele, ele fará que nós também recebamos o que é nosso. Umas das experiências doces da vida do cristão é ter orações continuamente atendidas. Lembre-se, entretanto, que o motivo de Deus responder nossas orações é permitir que Cristo ocupe o primeiro lugar em todas as coisas.

2) Crescimento – O crescimento também é uma doce experiência do cristão. Devemos ser como crianças, mas não permanecer crianças. Aumento de conhecimento das Escri-turas Sagradas não é crescimento; crescimento é aumento de Cristo em nós. Menos ego, ausência total do ego, isso é crescimento. Pensar pouco em si mesmo – mais ainda, não pensar em nada – isso é crescimento. Por exemplo, a verdadeira humildade é ignorar-se completamente. Quando nos vemos, a humildade é relativa, mas quando não nos vemos mais, a humildade é absoluta; e isso é crescimento. Crescimento é deixar que Cristo tenha preeminência em minha vida: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” – mas Ele não cresce em mim de acordo com a porção de conhecimento bíblico que tenho, mas de acordo com a minha consagração. Na medida em que eu me colocar na mão de Deus, Cristo terá preeminência em todas as coisas. O verdadeiro crescimento está no engrandecimento de Cristo.

3) Iluminação – Outra experiência doce da vida cristã é receber a luz de Deus, isto é, visão espiritual. Revelação é o que Deus dá – uma dádiva objetiva. Quando Deus nos ilumina para percebermos o que há na revelação – isto é percepção subjetiva. Visão é o que vemos quando a luz de Deus brilha sobre nós: inclui luz e revelação. Primeiro a iluminação, depois a fé. Se quisermos ser continuamente iluminados, temos de permitir sempre que Cristo tenha preeminência em todas as coisas. “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso” (Mateus 6:22). Não temos capacidade de entender, não porque nossos olhos não são bons. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5:8). O coração tem de ser puro. “Se alguém quiser fazer a von-tade dele, conhecerá...” (João 7:17). Só aqueles que permitem que Cristo tenha preemi-nência em todas as coisas receberão luz.

4) Poder – Ter poder também é uma das doces experiências na vida do cristão. Para ter poder, é preciso que deixemos que Cristo se assente no trono da nossa vida. Conforme ele cresce, a pessoa tem poder. Sem separação não pode haver poder. A separação não é apenas sair, é também entrar – isto é, entrar em Cristo. O que distingue o cristão do mundo é o fato de pertencer a Cristo e estar revestido de Cristo: Cristo é o seu poder.



EXPERIÊNCIAS AMARGAS:

1) Perdas materiais – Generalizando, os crentes parecem ter dificuldades financeiras. Isto se deve ou à sua falta de habilidade de prosseguir em quaisquer ocupações impró-prias que assumiram antes, ou a motivos espirituais que Deus está resolvendo neles es-pecificamente. Deus às vezes nos priva de nossa riqueza para nos induzir a buscar a Cristo para que Ele tenha preeminência em todas as coisas. Não é impossível ao rico entrar no reino de Deus, é simplesmente difícil. Não que eles não possam servir ao Se-nhor, só que acham difícil servir ao Senhor. “[Se] deitares ao pó o teu ouro... então o Todo poderoso será o teu ouro” (Jó 22:24,25). Deus lidou com os filhos de Israel no deserto, privando-os do suprimento terreno de alimento e vestimentas, para que pudes-sem perceber a abundância de Deus. Quando os suprimentos da terra acabam, descem os suprimentos celestes. Dificuldades materiais levam-nos a buscar o Senhor, a aprender a lição da fé e a conhecer Cristo como o primeiro em todas as coisas. Seja qual for a dificuldade que enfrentamos, vamos crer que vem de Deus, e vamos regozijar-nos. Mas não aguarde as dificuldades, porque Satanás é bem capaz de no-las acrescentar.

2) Angústia emocional – Na perda de pais, marido, esposa, filhos, parentes e amigos, Deus está nos levando a encontrar em Cristo a nossa satisfação. Deus nos priva desses relacionamentos para que possamos aceitar a Cristo como Senhor e deixá-lo ter preemi-nência em nossa vida. Não é que Deus deseje nos maltratar, mas ele quer que Cristo seja nosso Senhor. É mais precioso derramar lágrimas diante do Senhor do que alegrar-se diante dos homens. O que encontramos no Senhor é o que não poderíamos encontrar nos pais, esposa e filhos. No reino da criação Deus só tem um objetivo para os crentes: dar a seu Filho preeminência em todas as coisas. Oferecendo Isaque, ganhamos Isaque. Deus não permitirá que tenhamos qualquer coisa fora do seu Filho.

3) Sofrimento físico – Deus permite que fiquemos doentes e fracos fisicamente para aprendermos: 1) a orar a noite, 2) a vigiar como o pardal sobre o telhado, 3) a tomar conhecimento de como o Senhor prepara a nossa cama, 4) a resolver os pecados, 5) a esperar na quietude, 6) a tocar a bainha das vestes do Senhor, 7) a perceber como Deus envia Sua Palavra para nos curar, 8) a discernir como Deus usa a enfermidade para nos tornar vasos úteis, 9) a compreender que a santidade cura, e 10) a experimentar o poder da ressurreição do Senhor para vencer nossa fraqueza, enfermidade e morte. Deus nos faz aprender através da enfermidade a crer, confiar e obedecer para que Cristo possa ter preeminência em nossa vida.

4) A agonia das perdas das virtudes naturais – Como as pessoas ainda dependem de suas próprias virtudes naturais, mesmo depois que são salvas! Mas, com o passar dos dias, talvez depois de alguns anos, o Senhor retira as virtudes naturais, causando-lhes assim profunda agonia. Ele nos priva de nossas virtudes adâmicas e nos mostra nossa depra-vação. A razão dessa privação é encher-nos de Cristo.


Concluindo, então, seja o que for que Deus nos dê – seja algo doce ou amargo – é para nos induzir a deixar que Cristo tenha preeminência em nossa vida.


Fonte: O Plano de Deus e os Vencedores - Watchman Nee

O início do ministério de Paulo .

O Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome (At 9:15-16).
 
Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade (1 Tm 1:12-13)
 
At 2:41; 4:4, 32-37; 8:1; 9:1-23; 11:25-26; 13:1-3

Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário
 
Logo no início da vida da igreja em Jerusalém a religião judaica queria eliminar os primeiros cristãos e, por isso, levantou-se grande perseguição contra a igreja; aqueles que invocavam o nome do Senhor eram encarcerados e mortos. Assim muitos, por medo, deixaram de invocar. Os que não quiseram deixar essa prática, porque invocar o nome do Senhor já fazia parte de seu viver, foram para outros lugares.

Uma expressão muito interessante é registrada após essa perseguição: “Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria” (At 8:1b). Enquanto os apóstolos continuavam em Jerusalém, o evangelho era pregado aos gentios em outros lugares por meio dos cristãos que foram dispersos. Dessa maneira, em várias cidades foram gerados os que invocavam o nome do Senhor.

Pode ser que os apóstolos tenham permanecido para cuidar daqueles que estavam receosos de invocar. Todavia, para ficar em Jerusalém era preciso deixar de invocar o nome do Senhor publicamente. Como consequência, pouco a pouco, o ministério dos doze apóstolos foi cessando.

Entrementes, Saulo assolava a igreja e “respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (At 9:1-2). Ele foi a Damasco para prender a todos que invocavam o nome do Senhor (v. 14). Mas aconteceu que “seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (vs. 3-5). Então Saulo entendeu que ao perseguir aqueles que invocavam o nome do Senhor, ele estava perseguindo o próprio Jesus.

Saulo creu, foi batizado e ousadamente pregava o evangelho. Ele era muito jovem e por onde passava discutia com os judeus, e estes intentavam matá-lo. Para guardá-lo, ele foi enviado para Tarso, sua terra natal. Tempos depois, Barnabé o levou para servir na igreja em Antioquia e o ajudou a exercitar seus dons.

Paulo ganhou muita graça e, de perseguidor daqueles que invocavam o nome do Senhor, se tornou um instrumento útil nas mãos de Deus. Um dia, quando ele estava servindo e jejuando junto com os demais irmãos em Antioquia, “disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13:2). Eles foram enviados para pregar o evangelho, receberam o ministério e apostolado.

Apóstolo é aquele que é enviado da parte de Deus. O Senhor abençoou a obra deles porque estavam no espírito. Provavelmente eles invocavam o nome do Senhor e levavam as pessoas ao espírito. Isso nos revela um princípio: se pararmos de invocar o nome do Senhor, como os doze apóstolos fizeram, perderemos nossa função e o ministério que recebemos será entregue a outros, assim como ocorreu naquela época, quando o ministério foi passado para Barnabé e Paulo. Isto é, a responsabilidade de levar adiante a obra do Senhor recaiu sobre eles.

03 setembro, 2012

Refletindo...


A obra de Satanás no ambiente


Sujeitai-vos, portanto a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 
Tiago 4:7


Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em redor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.
1Pedro 5:8-9

Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.
2Coríntios 2:11


Amados e preciosos irmãos, precisamos rejeitar todas as formas de medo. Satanás precisa ter base para poder trabalhar nos filhos de Deus. Ele não consegue trabalhar onde não tem base. Portanto, seu primeiro ataque visa ganhar uma cabeça-de-praia. Ele, então, nos ataca a partir daí. Portanto, não devemos dar-lhe nenhuma base. Esse é o caminho da vitória. Há uma área que pode se tornar a maior fortaleza de Satanás: o medo. Quando ele nos tenta colocar em aflições, a primeira coisa que faz é injetar medo em nós. Uma irmã muito experiente disse certa vez que o medo é o cartão de visitas de Satanás. Se você aceita o medo, Satanás entra. Se rejeita o medo, ele não consegue entrar.

Os pensamentos de medo são ataques de Satanás. Tudo o que você teme, certamente experimentará. Jó disse: “Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece” (Jó 3:25). Jó experimentou o que temia. O ataque satânico no ambiente vem principalmente na forma de medo. Se resistir ao medo, as coisas que você teme não virão. Mas se permitir que permaneça, dará oportunidade a Satanás para fazer exatamente as coisas que você teme.

Portanto, para que os filhos de Deus resistam à obra de Satanás, a primeira coisa a fazer é rejeitar o medo. Quando Satanás coloca em você o medo disso ou daquilo, você não deve ceder a esse medo. Deve dizer: “Nunca aceitarei nada que o Senhor não tenha designado para mim!” Se uma pessoa se livra do medo, livra-se da esfera de Satanás. É isso que Paulo queria dizer com: “Nem deis lugar ao diabo” (Efésios 4:27).

Por que não precisamos temer? Não tememos “porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1João 4:4). Se temos medo é porque ignoramos esse fato. 




(Base na linguagem militar: é um centro de abastecimento ou de apoio a uma força)

Lições para o viver Cristão – W.Nee

O ministério neotestamentário.


Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me (Jo 21:22)


Mt 3:16-17; 4:17; 28:18-20; Lc 24:49; At 2:1-13, 21
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Após nosso novo nascimento, Deus nos colocou na igreja para sermos aperfeiçoados para a obra do ministério. Hoje estamos incluídos no ministério de João, o último do Novo Testamento.
Durante a perseguição do império romano contra os cristãos, os principais líderes da igreja foram martirizados, exceto João. O Senhor preservou sua vida e não o deixou ser morto junto com os demais. Assim, debaixo da soberania de Deus, João não foi condenado à morte, mas foi preso e depois exilado em Patmos (Ap 1:9). No final do primeiro século, o Senhor levantou o apóstolo João para ajudar a igreja a se manter no caminho do Espírito e da vida, e, assim, dar continuidade ao ministério neotestamentário.
Ao ser questionado por Pedro sobre o que aconteceria com João, o Senhor Jesus disse: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa” (Jo 21:22). Essa reposta fez com que muitos pensassem que João não morreria; mas o próprio João, logo em seguida, tratou de explicar que Jesus não disse que ele não morreria (v. 23). Assim, podemos concluir que o Senhor estava se referindo ao ministério de João.
Durante o tempo em que esteve preso e exilado, cremos que João amadureceu muito, aprendeu a viver no espírito, negando a si mesmo, e, assim, se tornou mais útil a Deus. Louvamos ao Senhor porque o ministério de João, de Espírito e vida, permanece entre nós.
O ministério do Senhor Jesus na terra teve início após Seu batismo. Ao ser batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele, em forma de pomba, indicando que Jesus foi ungido para executar a vontade do Pai, pregando o evangelho do reino. Posteriormente o ministério neotestamentário recaiu sobre os doze apóstolos.
No dia de Pentecostes, cento e vinte galileus estavam “reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2:1-4). Pelo Espírito eles falavam línguas de nações distantes e aqueles que os ouviam se admiravam porque podiam entendê-los. Porém alguns diziam que eles estavam embriagados e zombavam (v. 13). Esses eram os mesmos que cinquenta dias antes haviam crucificado o Senhor.
Então o apóstolo Pedro levantou-se juntamente com os onze, dizendo que o que eles viam fora prenunciado pelo profeta Joel: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão” (2:28-29; At 2:17-18). Ou seja, o que estavam vendo era a manifestação do Espírito que fora derramado sobre eles. Mas o que é fundamental na profecia de Joel e nas palavras de Pedro é o que vem em seguida: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2:32; At 2:21). Isso significa que para ser salvo, para receber o Senhor Jesus, é preciso invocar o Seu nome. Porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13).
Podemos ver que a igreja em Jerusalém teve um bom começo no Espírito e, em pouco tempo, milhares de irmãos foram acrescentados (At 2:41; 4:4). Isso aconteceu porque eles mantinham em si o frescor da vida divina por meio de invocar constantemente o nome do Senhor. Como resultado, havia muito desprendimento na igreja em Jerusalém, e cada um vendia suas propriedades e seus bens e depositavam aos pés dos apóstolos para que eles administrassem o dinheiro. Barnabé foi um exemplo disso. Ele amava muito o Senhor e passou a servir na igreja em Jerusalém. Todo aquele que invoca o nome do Senhor recebe a vida divina, cresce espiritualmente e não vive mais para o mundo presente, mas almeja reinar com Cristo no mundo que há de vir. Esse foi o início do ministério neotestamentário.

02 setembro, 2012

Refletindo...

Pedi, buscai e batei


“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á” (Mateus 7:7,8) 


Certa vez um cristão, convertido há um ano, aproximou-se de outro mais experiente no Senhor e este lhe perguntou: ”Ao longo deste ano você já leu a Bíblia toda?” Uma coisa é perguntar se lia a Bíblia, outra é indagar se a leu por inteiro. A resposta do novo convertido foi negativa. Dirigiu-lhe, ainda, outra pergunta: ”Quantas pessoas converteram-se por meio de sua pregação do evangelho neste ano? A terceira pergunta foi: ”Quantas orações suas foram respondidas durante este ano?” Com essas três perguntas, a vida daquele jovem cristão sofreu uma mudança positiva. Passou a lidar com as coisas espirituais com mais seriedade.

Quanto à oração, que será nosso enfoque principal nesta conversa, sabemos que todo cristão ora, mas como ora? Se formos sinceros, confessaremos que não sabemos orar como convém. (Romanos 8:26). Como podemos ser enchidos do Espírito ao orar, se temos estado tão cheios de nós mesmo? Temos problemas com cônjuge e não lhe perdoamos ou não lhe pedimos perdão. Talvez tenhamos barreiras com nossos irmãos em Cristo e ficamos indiferentes, achando que não precisamos dar importância a isso. Também podemos ter algum pecado do qual não nos arrependemos e confessamos diante de Deus, ou quem sabe, ainda amamos o mundo, seguindo suas paixões e concupiscências. Com todas essas pendências ou com algumas delas, ainda queremos ser enchidos do espírito e ter nossas orações respondidas e, por fim, ficamos decepcionados e dizemos que conosco as coisas não funcionam como com os outros cristãos. Não se trata disso; o fato é que estamos espiritualmente cheios de entulho, preconceitos, prevenções, rancores, mágoas, ou seja, cheios de nós mesmos. Você pode perguntar: ”Por que outros ficam alegres e eu não consigo?” Isso é resultado da perda da simplicidade que tínhamos no início de nossa vida cristã.

Se você sente que essa é sua condição, ore a Deus: ”Senhor, restaura em mim a simplicidades. Sinto que, com o passar do tempo, fui perdendo a pureza, a inocência espiritual. Quantas coisas velhas se acumularam em mim, Senhor. Desejo ser esvaziado de todo entulho. Ó Senhor, restaura aquele amor que eu tinha no início por Ti e pela igreja”.

O Senhor está esperando que nos voltemos a Ele humildemente, sem arrogância, e peçamos ajuda. Ele quer nos socorrer e, sem dúvida irá fazê-lo, basta abrirmos nosso coração.




Fonte: Extraído do Jornal Árvore da Vida Ano 13 Número 134

www.igrejaemuberaba.com.br

Pequena Chave Bíblica da Restauração.

A Igreja como o Corpo de Cristo, a obra prima de Deus e o Novo Homem. 

Aspectos da Igreja: a Igreja é o Corpo de CristoEf 1:22-23; 1Co 12:12; Cl 3:11. 

É a obra prima de Deus - Ef 2: 1-10

É o novo Homem - Ef 2:10; 4: 24; Cl 3:10-11



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Para Meditar...

Chamados para promover a fé.

Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade (Tt 1:1)


Mt 10:1-7; 1 Tm 1:3-4; Hb 3:1


Muitos discípulos seguiam o Senhor Jesus durante Seu ministério. Dentre esses Ele escolheu doze, depois de ter se retirado no monte e passado a noite orando a Deus (Lc 6:12). Deu-lhes também o nome de apóstolos (v. 13) e os enviou para pregar o evangelho do reino dos céus (Mt 10:1-7). A palavra apóstolo vem do grego e quer dizer enviado. Os apóstolos são enviados por Deus para a pregação do evangelho, para promover a Fé¹.

Hoje, a fim de fazer a obra do Senhor com mais efetividade, enviamos irmãos para o CEAPE (Centro de Aperfeiçoamento para a Propagação do Evangelho), onde têm a oportunidade de ser aperfeiçoados como colportores. Esses irmãos, depois de passarem pelo aperfeiçoamento, pregam o evangelho do reino por meio dos livros. O objetivo principal é levar as pessoas à Fé.


Outro item do mover do Senhor para pregar o evangelho do reino é o espaço que denominamos bookafé, cujo significado é livro que promove a Fé, ou livro que leva a pessoa à Fé.

A palavra "Fé" se refere à economia de Deus no Novo Testamento, como Paulo nos mostra ao longo do capítulo 1 do livro de Efésios. O apóstolo nos apresenta o Deus Triúno e a obra do Pai, a obra do Filho e a obra do Espírito. A obra do Deus Triúno visa infundir Sua própria pessoa em nosso interior até saturar nosso espírito, alma e corpo com Ele mesmo. Juntando essa porção da Palavra com a passagem de 1 Timóteo, fica claro que o objetivo de Deus é infundir Sua economia - a Fé objetiva - em nossa fé subjetiva (1 Tm 1:3-4). Daí a importância do bookafé e da colportagem.

Precisamos de irmãos aperfeiçoados que saibam divulgar os livros. Assim a economia neotestamentária de Deus será apresentada para as pessoas. O colportor pode ser comparado ao sumo sacerdote do Antigo Testamento e ao apóstolo do Novo Testamento, pois ele leva as pessoas até Deus, é um enviado de Deus. O Senhor Jesus é tanto Apóstolo como Sumo Sacerdote (Hb 3:1).

Nossa responsabilidade é cada vez maior. Ultimamente Deus também nos incumbiu de pregar o evangelho do reino na Europa, África e América Central. Ele precisa de mais pessoas para suprir a necessidade de Sua obra nesses países. Por isso mais irmãos devem ingressar no CEAPE para se tornar colportores. Dessa forma, será pregado o "evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mt 24:14). Louvado seja o Senhor!

¹A Bíblia fala de fé, que é uma disposição que existe dentro de nós para crer em Deus, crer em Suas promessas, e alguns podem ter fé maior que outros, como vemos nestes versículos: "Por que sois tímidos, homens de pequena fé?" (Mt 8:26); "Ajuda-me na minha falta de fé!" (Mc 9:24); e "Admirou-se Jesus dele e [ ... ] disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta" (Lc 7:9). Existe também a Fé, que se refere àquilo em que cremos, que é o aspecto objetivo da fé, ou seja, são todos os itens que compõem os ensinamentos revelados pelos apóstolos e que nos apresentam o plano de Deus e Seu arranjo para se dispensar ao homem. Para facilitar a compreensão do leitor, optamos por escrever fé, com inicial minúscula, quando nos referimos à nossa capacidade subjetiva de crer, e a Fé, com inicial maiúscula, para falar da fé objetiva, que é depositada dentro de nós à medida que cremos na Palavra e a praticamos.

Progredir cada vez mais.


Reunindo toda vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pe 1:5-8)


Jo 21:22-23; 1 Co 10:13; Hb 4:15; 9:28; 1 Jo 2:5; Ap 1:10
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Por meio da obra redentora de Cristo, recebemos a natureza divina. Agora todos os atributos de Deus podem ser trabalhados em nossa natureza humana, tornando-nos cada vez mais parecidos com o Senhor Jesus e levando-nos anelar o padrão de Seu viver humano.
Além disso, por ter vivido como homem, o Senhor pode compadecer-se de nossas fraquezas (Hb 4:15), pois Ele conhece as nossas limitações (1 Co 10:13). Assim Ele nos fortalece e nos concede Sua graça, que nos capacita a negarmos a nós mesmos para segui-Lo.
No passado vimos que Moisés não pôde entrar na boa terra de Canaã por causa de uma única falha que cometeu. Ele feriu a rocha pela segunda vez. Como aquela rocha representa Cristo, e Ele não pode ser ferido uma segunda vez (1 Co 10:4; Hb 9:28), a atitude de Moisés não foi perdoada. Mas nós, na atual dispensação, fomos abençoados pelo sacrifício do Senhor Jesus Cristo e podemos nos arrepender, clamando por Seu sangue que possui eficácia eterna (Hb 9:14; 1 Jo 1:7).
Todas as vezes que nos arrependemos genuinamente, o Senhor se acrescenta a nós como vida, elevando nossa humanidade. Assim, passamos a participar da natureza divina. Nossa necessidade hoje é reunirmos toda nossa diligência e progredirmos do amor fraternal ao amor ágape, perseverando em viver segundo o ministério ulterior de João, enfatizando a prática de invocar o nome do Senhor, de guardar a Sua palavra e de negar a vida da alma.
Hoje podemos fazer parte do ministério de João, que é o ministério de Espírito e vida. Todos podem ser aperfeiçoados para aperfeiçoar os santos para a obra do Senhor por meio destes três pontos: invocar o nome do Senhor, guardar a Palavra e negar a vida da alma.
Mantendo-nos nesse fluir da vida, exercitando-nos na piedade, iremos gradualmente progredir em nossa experiência, até o ponto de alcançarmos o nível do amor ágape, quando a plenitude de Deus em nós nos capacita a amar todas as pessoas, assim como Ele as ama.

01 setembro, 2012

Refletindo...

A vida que vence



“Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
Cl 3:3

A vida que Deus determinou para os cristãos é aquela vida que está oculta com Cristo em Deus. Nada pode tocar, afetar ou abalar essa vida. Assim como Cristo é inabalável, também o somos. Assim como Cristo transcende todas as coisas, também nós. Assim como Cristo está perante Deus, também nós estamos perante Ele. Jamais devemos nutrir o pensamento de que somos fracos e derrotados. Para o cristão, não existe fraqueza e derrota; pois "Cristo é a nossa vida" (Cl 3:4). Nada pode tocar nosso Senhor. Essa é a vida de Cristo! 



Livro: A Vida que Vence. 

Para Meditar...


Somente Cristo - Watchman Nee




Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então sabereis que Eu sou. (Jo 8:28)
Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com Ele, em glória. (Cl 3:3-4)
Pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam trono, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as cousas. Nele tudo subsiste. Ele é o cabeça do corpo, da igreja. Ele é o principio, o primogênito entre os mortos, para em todas as cousas ter a primazia, porque aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus. (Cl 1:16-20)

O conceito e a petição do homem

A dádiva que recebemos da mão de Deus é Seu Filho, Jesus Cristo. No entanto, bastante variada é a compreensão de muitos com respeito ao Senhor Jesus. Se você me permite dizer, dentre os filhos de Deus alguns consideram o Senhor Jesus como uma dádiva de Deus, enquanto que outros O apreciam como a única dádiva de Deus. Alguns recebem o Senhor Jesus como sua própria dádiva, pois crêem que há muitas dádivas além Dele - dádivas que podem passar por milhares ou dezenas de milhares de números; enquanto que outros confessam o Senhor Jesus como o dom de Deus, ou seja, Ele é o único dom de Deus.
Muitos recebem o Senhor Jesus e são, então, salvos. Mais tarde, porém, aprendem que ainda possuem muitas deficiências e necessidades. Alguns podem descobrir que seu temperamento irascível persiste mesmo após serem salvos; outros notam que seu orgulho os segue; enquanto outros percebem que sua covardia permanece com eles.
Na experiência dos filhos de Deus é freqüentemente observado que muitos, após terem sido salvos, perguntam, esperam, crêem e oram diante de Deus com respeito a muitas dádivas, as quais eles recebem no devido tempo. E eles numeram a Cristo entre as fileiras dessas muitas dádivas considerando-O como umas das dádivas de Deus apesar de admitirem que Ele é o primeiro e Aquele que vai à frente dos dons de Deus. É bastante surpreendente que notamos nossas necessidades quando começamos a seguir ao Senhor. No entanto, não somos nós já cristãos? Por que, então, deveríamos estar necessitados? No entanto é assim que nos sentimos de fato. Somos novos cristãos mas com deficiências, elas não são apropriadas, portanto nós lutamos para tratar com elas.
Nós oramos e esperamos, cremos e desejamos, e mais ainda, obtemos o que necessitamos. E certamente sentimos bem quando vencemos nossa deficiência especial. Nosso coração se regozija no fato de que obtivemos uma dádiva.
Ora, neste tipo de situação muitos filhos de Deus compreendem o dom e a graça de Deus, compreendem a graça de Deus como aquilo que reabastece a nossa necessidade. Na verdade, um certo número de pessoas provavelmente dirá: para o que mais é a graça de Deus, se não é para preencher a nossa falta? Eu tenho aqui uma Bíblia com mil páginas. Está faltando a página que pede a Deus para me reabastecer com Sua graça (se de fato existe tal página). Em outras palavras, o que me falta são apenas pedaços, mas serei completo quando este pedaço for preenchido. Algumas pessoas precisam de dez pedaços porque é disto que têm falta. Meu amor pessoal é provavelmente quase perfeito, apesar de que seria ainda melhor se um pouco de humildade e de paciência fossem adicionados. Eu posso ainda precisar desses bocados, mas serei perfeito após eles serem acrescentados. O conceito do homem é sempre uma questão de falta ou necessidade; em conseqüência, ele geralmente pede a Deus por esse suprimento especifico.
A situação é, portanto, como se segue. Todas as cousas nos faltam e por elas pedimos; objetos que podem ser contados em números. Declaramos que estamos em falta disto ou daquilo e que, se apenas Deus suprisse esta necessidade, tudo ficaria bem conosco. Suponha que necessitamos de paciência. Qual tipo de paciência exatamente nós esperamos ter? Nossos olhos raramente se elevam aos céus buscando o nosso padrão; ao contrário; geralmente olhamos ao nosso redor: "Que pena que não sou tão bom como fulano-de-tal! Ele é tão paciente, enquanto eu sou tão genioso. Ele é tão gentil, enquanto que eu sou tão orgulhoso. Gostaria que eu pudesse ser tão paciente e gentil como Ele é." Há algum tempo atrás, sendo a primeira vez que orei após a minha salvação, pedi a Deus que me desse uma Bíblia como a que certo irmão tinha. Freqüentemente nós só conseguimos orar pelo que vemos concernente a outros. Somos incapazes de pedir algo do céu que nunca vimos. Nós, portanto, oramos por paciência ou por humildade, assim como as que uma certa pessoa possui. Já retratamos em nossa mente o que é humildade ou paciência.
Posso te fazer uma pergunta conjectural? Você ficaria feliz se, logo após crer no Senhor, Deus tomasse a paciência de uma certa pessoa e a depositasse em você? Muito provavelmente você se consideraria perfeito e plenamente satisfeito com tal adição.
Você vê a paciência como uma coisa, aquilo que outros possuem. Uma vez que existe tal característica chamada paciência entre irmãos e irmãs, você também deseja ter tal característica. Freqüentemente você passa a se odiar porque foi mal compreendido por causa do mau gênio. Quão bom seria se você apenas tivesse aquilo que outra pessoa tem. Por esta razão, muitos filhos de Deus admiram a paciência como se ela fosse uma coisa; ou seja, eles anseiam por algo assim como um temperamento controlado. Para eles, paciência é algo que Deus tem, que algumas pessoas aqui na terra têm, mas eles não possuem. A sua necessidade urgente é de terem a paciência adicionada a eles, fazendo-os assim pessoas pacientes também. Aqui está a diferença básica entre um cristianismo defeituoso e um cristianismo real. Muitos do povo de Deus buscam algo que parece estar em todos os lugares, exceto em suas próprias vidas. Eles notam que uma pessoa aqui, outra ali, e outra em algum lugar o tem, mas eles não. Eles buscam, portanto, uma coisa, algo na terra. Tal é o conceito comum no cristianismo. As pessoas perseguem então possuem algum item. Elas se alegram e ficam gratas por aquela coisa que obtiveram.

Cristo Somente

O que muitos falham em reconhecer é que na esfera espiritual nada há além de Cristo. Não há paciência, nem humildade, nem luz no mundo espiritual; essas coisas não existem. É Cristo somente.
Em vista disso, precisamos ter mais operação de Deus em nossas vidas. Quando somos salvos nos foi mostrado que o que necessitávamos era de Cristo, não de obras. Fomos salvos através de Cristo, não de obras, Fomos salvos através de Cristo e não por nossos esforços. Semelhantemente deveríamos ter uma drástica e cabal revelação assim em nossas preocupações vigentes; ou seja, que precisamos de Cristo, não de coisas. Assim como várias questões foram eliminadas quando nós cremos, muito mais questões que devem ser totalmente naufragadas hoje. Sendo que a única diferença é que o que foi destruído no início eram pecados, enquanto que o que deve ser demolido posteriormente são coisas espirituais. No início, o nosso orgulho, ciúme, vangloria, mau-gênio, ou algum outro pecado foi destruído, hoje nossa paciência, humildade e auto estilo de santidade devem também ser destruídos para que possamos entender que Cristo é a nossa vida e o nosso tudo. Quão vastamente oposto é este cristianismo do cristianismo que as pessoas geralmente concebem.
Um certo número de irmãos e irmãs sempre vêm conversar comigo e me fazer várias perguntas. Você pode estar entre estes, os quais se consideram melhores do que muitas outras pessoas, mas eu temo que você permaneça o mesmo por toda a sua vida, porque o que você tem em si mesmo são apenas coisas. Com respeito a paciência, você é muito paciente; com respeito a humildade, você é, com certeza, bastante humilde; você é brilhante em realizar tarefas e muito bom em sua conduta. Você ama e tem desejado sempre perdoar. De acordo com o padrão do homem, em que outro lugar alguém pode encontrar um cristão bom assim? Mesmo assim eu tenho que lhe dizer de frente que o que você tem em si mesmo são meras coisas. Você tem que chegar a conclusão, diante de Deus, que o que é espiritual não é uma coisa, mas é o Senhor Jesus Cristo. Não é aquilo que você tem, nem o que você pode fazer, nem ainda o que você pode obter, mas somente o que Cristo é. A não ser que Ele se torne aquela coisa em sua vida, nada mais é de qualquer valor espiritual. No mundo espiritual, nada há senão Cristo, uma vez que Ele é o tudo de Deus.

Cristo é a Vida

Seguindo as palavras "Eu sou o caminho e a verdade", O Senhor continua com "e a vida". Estamos atentos ao fato de que a vida resulta espontaneamente em trabalho, mas que o trabalho não pode ser um substituto da vida. Temos que deixar bastante claro aqui que o trabalho não é vida - pois a vida não requer esforço, a vida é o próprio Cristo. Como as pessoas labutam para serem cristãs! Como ficamos esgotados por nos esforçarmos diariamente! Bastantes severas são essas doutrinas, pois elas nos demandam ser humildes, gentis, clementes e longânimos. Elas literalmente nos esgotam. Muitos admitem que ser um cristão é uma difícil tarefa. Isto é verdadeiro especialmente para com os novos crentes. Quanto mais eles tentam, mais difícil se torna. Havendo tentado por um período de tempo, eles não apresentam qualquer semelhança com um cristão. Irmãos, se Cristo não é vida, nós temos que fazer o trabalho; mas se Ele é vida, então não precisamos pelejar. Repetidamente dizemos que a vida é o próprio Cristo, e que o trabalho não pode substituir a própria vida.
Existe um grande erro difundido entre os filhos de Deus. Muitos consideram a vida como algo que eles precisam produzir em sua própria força, ou senão não há vida. O que todos nós deveríamos compreender é que se existe vida não haverá a menor necessidade de nossa própria realização, mas essa vida fluirá naturalmente. Considere por um momento como os nossos olhos vêm e nossos ouvidos ouvem. Nossos olhos vêem bastante naturalmente e nossos ouvidos ouvem espontaneamente porque existe vida neles. Temos que ter clareza neste ponto: a vida flui naturalmente em serviço, mas o serviço nunca é um substituto para a vida. Algumas vezes o serviço prova, ao contrário, ausência de vida ou fraqueza de vida. A vida resultará em boa moral, mas a boa moral não é páreo para a vida. Por exemplo, um irmão pode ser muito gentil, moderado e reservado. Alguém o louvaria dizendo: "A vida deste irmão não é má." Não, ele usou a terminologia errada. Pois o Senhor diz: "Eu sou a vida". Não importa o quão gentil, moderado e reservado este irmão possa ser, se essas coisas não vêem de Cristo, elas não são reconhecidas como sendo vida. É perfeitamente correto dizer que este homem possui um bom temperamento ou que ele raramente causa qualquer problema, ou que ele sempre trata as pessoas bondosamente e nunca briga; mas não pode ser dito que ele tem uma vida espiritual rica. Se estas coisas são naturais para ele, elas não são vida, pois elas não vêm de Cristo.
Outras pessoas abrigam outro pensamento. Elas concluem que a vida é o poder. Ter o Senhor como nossa vida significa receber poder Dele para fazer o bem. No entanto, Deus nos mostra que o nosso poder não é uma coisa, é simplesmente Cristo. Nosso poder não é a força para realizar coisas, mas em vez disso é uma Pessoa. Vida para nós não é apenas poder, mas também uma Pessoa. É Cristo que manifestou a Si mesmo em nós, em vez de nós utilizarmos a Cristo para exibir as nossas boas obras.
Certa vez um irmão que se reunia em determinado lugar foi abordado por um cristão mais velho que lhe perguntou: "Por que você se reúne lá?" "Porque lá há vida", ele respondeu. O mais velho disse: "É verdade, com respeito a entusiasmos as nossas reuniões não são comparáveis àquele lugar". "Você não entendeu", replicou este irmão. "Aquele lugar não tem uma atmosfera agitada de forma alguma". "O que você quer dizer?", perguntou o irmão mais velho "Como pode haver vida se não é fervorosa?" O irmão mais jovem respondeu: "não há nada de barulhento ali, e no entanto há vida. Pois a vida não tem que ser excitante emocionalmente, ou entusiasta ou ardorosa, ou barulhenta". Aquele homem mais velho então filosofou: "Talvez os jovens gostem de fervor, mas eu prefiro palavras profundas. Quando eu ouço palavras profundas, eu encontro vida. Eu acho que isto é realmente vida". Mas o irmão jovem retornou: "Muitas vezes eu tenho ouvido as palavras profundas às quais você se refere, mas não tenho encontrado vida alguma". Queridos, da conversa desses dois homens, podemos ver que a vida nem é uma agitação emocional, nem palavras profundas. Palavras de sabedoria, ditos inteligentes, argumentos lógicos e dissertações meditativas não são necessariamente vida.
Não é de se surpreender que alguém indague: "Quão estranho é que a vida não é fervor nem pensamento animador. Onde, então, podemos encontrar vida? O que é vida, afinal de contas?" Nós confessamos que não temos uma maneira melhor de expressar este assunto de discurso de vida. Tudo o que podemos dizer é que é algo mais profundo do que um pensamento. Uma vez que alguém a encontra, instantaneamente será vivificado interiormente. Isto é chamado vida.
O que é vida? Vida é mais profundo do que pensamento; o pensamento nunca supera a vida. Ela é também, mais profunda que a emoção; a emoção é superficial em comparação a vida. Tanto o pensamento quanto a emoção são algo relativamente externos. O que, então, é vida? O Senhor Jesus declarou: "Eu sou a vida". Não deveríamos concluir apressadamente que encontramos vida quando tudo o que encontramos foi um tipo de atmosfera fervorosa, tal como a chamada atmosfera espiritual fervorosa. Em vez disso, deveríamos perguntar qual a procedência de tal atmosfera. Bastante experiências confirmam para nós que muitos que são hábeis na criação de atmosferas fervorosas conhecem muito pouco do Senhor. Somente Cristo é vida, o resto não o é. Nós precisamos aprender a lição de conhecer a vida. Pois a vida não depende de quão numerosos são os nossos pensamentos; ela descansa exclusivamente no fato do Senhor manifestar a Si próprio. Portanto, nada há mais importante do que conhecer o Senhor. À medida em que O conhecemos, tocamos a vida. Nós temos que compreender diante de Deus o significado de Cristo ser a nossa vida. Aqueles que ficam facilmente entusiasmados ou que são excepcionalmente inteligentes, não são necessariamente pessoas que conhecem ao Senhor. Para conhecê-Lo é necessário visão espiritual. Tal visão é vida, e ela nos transforma. Se nós conhecemos o Senhor como nossa vida, compreendemos a absoluta futilidade de todos os nossos esforços naturais em questões espirituais. Portanto nós olhamos somente para Ele.
Quando cremos no Senhor, não compreendemos o que realmente significa olharmos para Ele. Mas gradualmente vamos aprendendo a olhar para Ele, havendo reconhecimento do que tudo depende de Cristo, e não de nós. No inicio de nosso caminhar cristão desejávamos possuir uma coisa após outra; não conseguíamos confiar Nele para todas as coisas. Após termos aprendido um pouquinho mais, entretanto, recebemos algum entendimento quanto à necessidade de confiarmos Nele; Não no sentido de crer que ele nos outorgará item após item, mas no sentido de confiar que Ele fará o que somos incapazes de fazer por nós mesmos. Quando nos convertemos, éramos inclinados a fazer tudo por nós mesmo, temendo que as coisas nunca seriam feitas ou que as questões partiriam em pedaços se nós não as resolvêssemos. Portanto, trabalhávamos o tempo todo. Mais tarde, ao vermos que o Senhor é a nossa vida, conhecemos que tudo é de Cristo, não de nós mesmos. Conseqüentemente aprendemos a descansar e olhar para Ele.
Vamos guardar em mente que em vez de nos dar um objeto após outro, Deus dá o Seu Filho para nós. Por causa disto, podemos sempre elevar nossos corações e olhar para o Senhor, dizendo, "Senhor, Tu és o meu caminho; Senhor, Tu és a minha verdade; Senhor, Tu és a minha vida. És Tu, Senhor, que estás relacionado comigo, não as Tuas coisas". Possamos pedir a Deus para nos dar graça para que possamos ver a Cristo em todas as coisas espirituais. Dia após dia somos convencidos de que à parte de Cristo não há qualquer caminho, nem verdade, nem vida. Quão facilmente nós fazemos das coisas como sendo o caminho, a verdade e a vida. Ou, chamamos uma atmosfera fervorosa de vida, rotulamos um pensamento lúcido como sendo vida. Consideramos uma emoção forte ou uma conduta exterior como vida. Na realidade, entretanto, estas coisas não são vida. Temos que compreender que somente o Senhor é a vida. Cristo é a nossa vida. E é o Senhor quem vive está vida em nós. Peçamos a Ele para nos livrar de muitos afazeres externos e fragmentados, para que possamos tocar apenas Nele. Que possamos ver o Senhor em todas as coisas - caminho, verdade e vida são todos encontrados em se conhecer a Ele. Que possamos realmente nos encontrarmos com o filho de Deus e deixá-Lo viver em nós. Amém.


Autor: Watchman Nee 
Extraído da Revista, À Maturidade número 25, Verão de 1994.

www.radioarvoredavida.net

A importância de preticar a revelação da Palavra.


Da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus (Cl 1:25). 
O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica (2 Co 3:6)


At 21:23-26; Gl 2:16; 3:5, 13
Alimento Diário, Dong Yu Lan, Árvore da Vida

Ao refletirmos sobre a experiência de Pedro, precisamos enfatizar as palavras de João Batista que, inspirado pelo Espírito, disse: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:11). Louvado seja o Senhor pela obra de transformação que hoje opera em nós, pois pelo Espírito recebemos Sua vida e por meio do fogo nossa natureza caída, a vida da alma, é eliminada.
A experiência de Pedro ilustra bem esse processo. Nos evangelhos vemos, em vários momentos, sua vida da alma sendo exposta e isso não foi algo fácil para ele. Esses sofrimentos interiores constrangeram-no a se arrepender, fazendo-o provar a eficácia do fogo purificador do Espírito.
Quanto à experiência de Paulo, sua terceira viagem revela que muito de sua vida da alma ainda precisava passar pelo fogo do Espírito. No decorrer dessa viagem, o Espírito o advertia, por meio da unção e por meio dos irmãos, que ele não deveria ir a Jerusalém. Entretanto, não se deixando persuadir pelos irmãos, partiu para lá.
Logo após ter tomado voto e se proposto a fazer ofertas segundo a tradição judaica (At 21:23-26), indo contra toda a revelação que havia recebido de Deus (Gl 2:16, 21; 3:5, 13), Paulo foi preso. Por Sua misericórdia, o Senhor impediu-o de consumar aquele voto, pois ele ainda precisava transmitir o restante das revelações que recebera de Deus. Estando na prisão, Paulo completou a revelação da economia de Deus, escrevendo as epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.
Embora tivesse escrito sobre as revelações que obtivera do Senhor, os irmãos que receberam suas cartas não tinham realidade, pois não conseguiam praticá-las. Nem mesmo a permanência de Timóteo em Éfeso foi suficiente para ajudar os irmãos daquela igreja. Como vimos, somente com o passar de vários anos, por meio do ministério de Espírito e vida de João, os efésios puderam ser restaurados a uma condição desejável para Deus.
Essa experiência da igreja em Éfeso nos permite concluir que o mero conhecimento de todas as verdades e revelações bíblicas não é suficiente para que sejamos agradáveis a Deus. Somente por meio do Espírito e da vida podemos obter um coração segundo a vontade de Deus. Mais importante do que conhecer verdades bíblicas é fluirmos o amor, que é a expressão da vida Deus, por meio de Seu Espírito que habita em nós.