28 julho, 2012

Luz para arrependimento.


Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz (Sl 36:9). 
Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12:3)


2 Co 7:9; Ap 3:7-8, 17-18

A igreja em Filadélfia é composta daqueles que, rejeitados por Sardes, passaram a guardar o nome e a Palavra do Senhor (Ap 3:7-8). Filadélfia significa amor fraternal, por isso devemos sempre invocar o nome do Senhor, orar e ruminar a Palavra, tendo amor intenso para com os irmãos. Dessa maneira, podemos ser agradáveis a Deus.
Devemos nos manter humildes, com a pureza e simplicidade devidas a Cristo. Se passarmos a ser influenciados pela vida da alma, nosso coração pode se orgulhar e se fechar por causa das insatisfações, correndo o risco de cair na situação da igreja em Laodiceia.
Quando nos deixamos influenciar por nossos próprios pensamentos, passamos a exigir que nossa opinião prevaleça; caso isso não aconteça, ficamos insatisfeitos. Quem está nessa situação não consegue exercitar o amor no trato com os irmãos, pois irá usar até mesmo a Palavra para buscar argumentos a fim de debater. Quando discutimos com os outros para convencê-los a qualquer custo, nos exaltamos, dando vazão à nossa vida da alma e não conseguimos seguir o sentimento do Espírito. É como se não conseguíssemos enxergar a própria situação, nem amar os outros. Essa é a condição da igreja em Laodiceia: por ser cega, ela se acha rica e abastada e diz que não precisa de coisa alguma. Porém o Senhor a aconselhou comprar colírio para ungir os olhos, a fim de ver (Ap 3:17-18).
Nossos olhos espirituais somente são iluminados quando recebemos a Palavra do Senhor não como ferramenta para acusar outros. Cada vez que a ruminamos, orando e nela meditando, somos levados a enxergar nossa verdadeira situação e nos arrepender (2 Co 7:9). Quanto mais luz recebemos pela Palavra de Deus, mais percebemos nossa necessidade de arrependimento. Não devemos pensar de nós mesmos além do que convém nem mesmo achar que não precisamos de coisa alguma (Rm 12:3). Pelo contrário, ao perceber que temos pouca força, reconhecemos que nossa suficiência vem de Deus e que precisamos uns dos outros.
Escolhamos o caminho de depender do Senhor e invocar o Seu nome em toda situação. Vamos segui-Lo, negando a nós mesmos e abrindo mão de nossas opiniões. Desse modo, cedemos espaço em nossa alma para que o Espírito venha nos preencher.

27 julho, 2012

Refletindo...

Sem Temor


Não temas diante deles, porque Eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.

Jeremias 1:8


Sempre que o temor surge em nossos corações, levando-nos a vacilar, corremos o risco de cair no pecado. Precisamos sentir pavor da presunção e, igualmente, da covardia. Ousemos ser como Daniel. Nosso grande Capitão deve ser servido por soldados corajosos.

Que grande motivo encontramos nesta promessa para sermos corajosos! Deus está com aqueles que estão com Ele. Deus nunca estará longe quando a hora da batalha chegar. Seus inimigos o ameaçam? Quem é você, para que tema homens que hão de perecer? Você perderá o controle da situação? Seu Deus, a quem você serve, achará pão e água para seus servos. Você não pode confiar nEle? Seus inimigos o ridicularizam? Essa atitude deles fere seus ossos e seu coração? Suporte-a por amor a Cristo e regozije-se por causa dessa atitude de seus inimigos.

Deus está com os justos, os verdadeiros, os santos, para livrá-los; Ele também o livrará. Lembre-se de como Daniel saiu da cova dos leões e de como os seus três jovens amigos saíram da fornalha ardente. Sua situação não é tão desesperadora quanto foi a deles. Mas, se for, o Senhor o conduzirá através dela e o tornará mais que um vencedor. Não tema; tenha receio de sentir medo. Seu pior inimigo está em seu próprio íntimo. Ajoelhe-se e clame por ajuda; então; levante-se e diga: Eu “confiarei e não temerei” (Isaías 12:2).
Autor: Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

Há unidade no nome do Senhor.

Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? (1 Co 1:10, 12-13a)

Rm 10:13; 14:3-4; Ef 2:4-8; Ap 3:1-3


A igreja em Éfeso foi restaurada de sua condição negativa, com a ajuda do ministério do apóstolo João. Dessa condição desejável, surgiu Esmirna. A partir de Pérgamo e Tiatira, a igreja se degradou totalmente, misturando-se com a política, com o mundo e com a idolatria. Após esse período de degradação, que durou mais de mil anos, no qual os leigos não tinham acesso à Bíblia, era necessário restaurar o nome e a Palavra do Senhor. Felizmente, com a reforma promovida por Martinho Lutero, houve novamente acesso à Palavra de Deus, de modo que verdades fundamentais, como a justificação pela fé, foram restauradas. Esse foi o surgimento histórico da igreja em Sardes (Ap 3:1-3). O evangelho da graça, o qual apresenta que a salvação é pela fé em Cristo (Ef 2:4-8), foi restaurado e a salvação chegou a muitos lugares.

O nome Sardes significa restauração. Todavia, a restauração do que fora perdido nos períodos de Pérgamo e Tiatira não foi completa. A partir de Sardes, vários grupos cristãos se dividiram, a exemplo de países que fundaram suas próprias igrejas nacionais. Vários estudiosos da Bíblia também seguiram esse caminho. Por desejarem enfatizar certas verdades bíblicas em vez de outras, cada qual preferiu formar seu próprio grupo. Enquanto alguns preferem dar espaço apenas ao estudo da Bíblia, outros desejam somente receber a manifestação exterior do poder do Espírito. Essa situação não é nova, pois a tendência à formação de grupos exclusivos existia desde a época de Paulo, quando ele advertiu os coríntios a respeito de que não houvesse divisões entre eles (1 Co 1:10).

Nos últimos tempos, temos aprendido acolher todos os irmãos, não impondo nossas práticas como requisito para lhes dar acolhimento. Nosso coração deve ser alargado para não ficarmos limitados em nossas próprias preferências (2 Co 6:12-13). Não podemos rejeitar a quem Cristo acolheu. Se alguém crê no Senhor Jesus, recebe a salvação e a vida de Deus, tornando-se um membro do Corpo de Cristo, é suficiente para ser acolhido, pois é certo que não devemos rejeitar nenhum membro do Corpo de Cristo (Rm 14:3-4). Temos a mesma vida e somos parte do mesmo Corpo.

Não devemos utilizar o nome de homem algum nem mesmo o nome de Cristo para nos dividir dos demais irmãos. Ao invocarmos o nome do Senhor, estamos no espírito e, Nele, somos salvos de todo pensamento faccioso. No nome do Senhor, há unidade e não divisão (Rm 10:13; 1 Co 1:9, 11-13; 12:3).

26 julho, 2012

Fiel na tribulação.

Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Tm 3:12).
 Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:10c)

Mt 13:33; 1 Co 12:3; Ap 2:8-9, 13


Segundo a sequência apresentada por João em Apocalipse 2, depois da igreja em Éfeso, vem Esmirna. Historicamente, Esmirna compreende a igreja que existiu desde o século primeiro até o terceiro – sendo uma continuação da igreja em Éfeso.

Na carta escrita à igreja em Esmirna, o Senhor não a repreende em momento algum, porque certamente os irmãos haviam restaurado o seu primeiro amor, voltando a invocar o nome do Senhor e estavam crescendo em vida (Ap 2:8-11; At 22:16). Por viverem no espírito, os irmãos de Esmirna foram fiéis mesmo quando passaram por tribulações.

Isso ocorreu quando o império romano perseguiu os cristãos e os levou à morte para tentar eliminá-los. O número de cristãos, porém, não diminuía, mas aumentava, porque ao invocar o nome do Senhor, os irmãos eram supridos com vida e espírito de poder. Assim, mesmo quando martirizados, os cristãos davam testemunho de sua fé, de modo que outras pessoas, encorajadas por seus testemunhos vitoriosos, também se convertiam ao Senhor. Um exemplo de mártir foi Antipas (Ap 2:13). Ele foi fiel ao Senhor e se colocou contra aqueles que, influenciados por Satanás, queriam destruir a igreja.

Após a morte de Antipas, teve início a igreja em Pérgamo. Nessa época, o imperador romano não mais perseguia os cristãos, mas introduziu pessoas na igreja, prometendo-lhes benefícios por parte do governo. Assim, muitos incrédulos passaram a se denominar cristãos apenas para obter o favorecimento das autoridades. A igreja cresceu, porém de maneira anormal, como a grande árvore citada em Mateus 13:31-32.

Como a Fé deixou de ser promovida, dando lugar aos interesses políticos na igreja, surgiu a mistura entre política e religião. Essa foi a artimanha de Satanás para prejudicar a igreja: semear o joio no meio do trigo. Corrompido o cristianismo, surgiram falsos cristãos. Por isso é dito que na igreja em Pérgamo havia o trono de Satanás (Ap 2:13).

A partir de então, as autoridades eclesiásticas introduziram na igreja ensinamentos que nada têm a ver com a Palavra de Deus. Esses ensinamentos remetem ao culto de pessoas em lugar do Senhor Jesus, trazendo a prática da idolatria e outras doutrinas relacionadas a Satanás. Esse foi o surgimento da igreja em Tiatira (vs. 18-29), representada pela mistura entre uma medida de fermento e três medidas de farinha, conforme a parábola relatada pelo Senhor em Mateus 13:33. Com a inserção do “fermento na farinha”, isto é, com a mistura de ensinamentos que imitam a Palavra de Deus, mas que na verdade são heréticos, surge uma doutrina que Deus rejeita e abomina. Felizmente, porém, mesmo na igreja em Tiatira há cristãos que não conhecem essa doutrina. Esses são os que permanecem invocando e
exaltando somente o nome do Senhor.

25 julho, 2012

Refletindo...



A Unidade do Espírito



A unidade é o requisito básico para a edificação da igreja. O Senhor Jesus gerou Sua Igreja, Seu Corpo, para que ela viva em unidade. Sua oração em João 17 mostra claramente que sem unidade entre o povo de Deus não há testemunho de Deus na terra. Para que a pregação do evangelho seja prevalecente, os cristãos precisam estar em unidade, e o resultado de as pessoas receberem o evangelho é serem um (vs. 20-23).


No entanto, o que vemos entre os cristãos hoje? Cada dia, mais e mais divisões. A Bíblia estabelece um padrão claro para a prática da unidade do povo de Deus: uma cidade, uma igreja. Se lermos atentamente o livro de Atos, além das epístolas de Paulo e Apocalipse, veremos que os primeiros cristãos reuniam-se simplesmente como a igreja em uma cidade: a igreja em Jerusalém, a igreja em Éfeso, a igreja em Esmirna, a igreja em Filipos, etc. A igreja em Jerusalém era composta de milhares de cristãos; ainda assim havia somente uma igreja em Jerusalém. Não havia nenhuma igreja maior ou menor do que uma cidade, mas em cada cidade havia apenas uma igreja. Esse é o padrão bíblico, o padrão de Deus.


É importante lembrar que, na Bíblia, o nome igreja não é dado a um prédio onde os cristãos se reuniam, mas é sempre a expressão do Corpo de Cristo em uma cidade. Hoje, graças à misericórdia de Deus, há cristãos que assumiram essa base da unidade e dela dão testemunho em muitas cidades do mundo.


Como é possível manter a unidade se nós, seres humanos somos tão diferentes, tão cheios de preconceitos e peculiaridades? Sem dúvida, a unidade não é possível pela vida natural do homem, pois sua natureza é facciosa. A unidade só é possível pelo Espírito. Efésios 4:3 diz: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Devemos empenhar-nos ao máximo para preservar a unidade que o Espírito Santo estabeleceu. Desse modo, nosso testemunho cristão terá impacto e Deus poderá ter uma expressão adequada entre os homens.


Satanás, no entanto, odeia a unidade do povo de Deus, pois ela é o mais eficaz instrumento de Deus para destruí-lo. Sempre que alguns cristãos decidirem posicionar-se na base da unidade estabelecida por Deus, Satanás os atacará, quer por meio de pessoas, quer lançando dúvidas sobre essa verdade bíblica. Seu objetivo é sempre danificar a edificação da casa de Deus. Mas ninguém pode destruir a igreja, o Corpo de Cristo. Há um compromisso de Deus com a edificação de Sua casa; por isso, Ele alerta por meio de Paulo: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá” (1 Co 3:17). É impossível destruir a igreja em seu aspecto universal, que consiste de todos os cristãos genuínos de todas as épocas; mas se alguém trouxer dano à expressão da igreja em uma cidade, certamente estará trazendo sobre si severa disciplina de Deus.


Por isso, não podemos aceitar nenhuma pregação ou ensinamento que coloque em dúvida ser possível termos hoje a unidade da igreja, pois palavras assim têm origem em Satanás. Muitos cristãos dizem que os cristãos só estarão em unidade na eternidade, na Nova Jerusalém. Isso é um engano. Se fosse assim, porque o Senhor Jesus oraria para que fossemos um? Por que Ele se preocuparia com isso antes de morrer, se esse assunto só seria resolvido na Nova Jerusalém? Por que Paulo se preocuparia tanto com a unidade da igreja, se isso não fosse importante e se a eternidade resolvesse a questão? Isso demonstra quanto os cristãos têm sido enganados, não dando à unidade a importância que Deus lhe atribui. Se amamos o Senhor, devemos entregar nossa vida pela edificação da igreja, pela unidade de Seu povo.

Alcançando o índice.



Hoje, um grupo de vencedores está sendo preparado. São pessoas sob um treinamento intenso e, por vezes, duro. Talvez em sua escola haja vários deles, também em sua família e, com certeza, você é um deles. Jovem cristão, você é um representante da família e do povo de Deus. Ele conta com você para participar de uma prova que não apenas resultará em prêmio e coroação para aquele que vencer, mas também afetará para sempre a história do universo. A Bíblia nos fala da
batalha do Armagedom, na qual, seguindo nosso Capitão, Jesus, o Verbo de Deus,  conquistaremos a terra de volta para Deus (Apocalipse 19:11-21; João 1:1, 14). Aqueles que participarem desse evento serão vencedores e reinarão com Cristo no reino milenar (Apocalipse 20:4-6). Todos fomos convocados para participar dessa equipe vencedora. No entanto, é necessário atingir um nível mínimo em pelo menos três índices: misericórdia, graça e justiça.



Misericórdia
O Senhor nos elegeu antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). Nossa eleição não depende de obras ou de qualquer característica de nossa personalidade e caráter. Não há nada que possamos fazer para anular essa eleição. Por outro lado, não há nada, nenhum ato, pensamento ou sentimento que possamos apresentar como motivo para termos sido escolhidos por Deus. Ele simplesmente nos amou. Fomos eleitos segundo a presciência de Deus. Ele sempre soube quem somos e o que fazemos e, ainda assim, antes da criação, nos amou e elegeu (1 Pedro 1:1-2). Isso é misericórdia.
Todos nós, filhos de Deus, somos alvo de tal misericórdia. O Senhor espera que cada eleito valorize sua eleição e viva de acordo com esse chamamento. Jovem, você não é mais comum. Você foi eleito e chamado. Por isso, Pedro disse, “Segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos porque Eu sou Santo” (1 Pedro 1:15-16).
Não nos tornamos santos, isto é, separados para Deus, de uma hora para outra. Não desanime. O Senhor quer fazer um contrato conosco: desde que queiramos, e permitamos, “Ele mesmo nos há de aperfeiçoar, firmar, fundamentar e fortificar” (1 Pedro 5:10). Se fecharmos o contrato, o Senhor proverá situações para sermos treinados, depurados, assim como o ouro é depurado pelo fogo (1 Pedro 1:6-7). Ele também nos dará a alimentação adequada, o genuíno leite da Palavra (1 Pedro 2:2). Além disso, seremos introduzidos no mais avançado e completo centro de treinamento: a vida normal da igreja (1 Pedro 2:4-9). Jovem, não despreze a misericórdia de Deus, feche logo o contrato! Para fechar o contrato e começar a desfrutar tudo o que o Senhor preparou, basta orar: “Senhor, muito obrigado por Tua misericórdia. Quero sempre ser grato pelo que fizeste para me socorrer. Mesmo não merecendo, mesmo sendo um pecador, Tu vieste aqui e morreste por mim. Que amor! Senhor, quero consagrar toda minha vida a Ti e sempre Te amar e servir”.


Graça
Uma vez que tenhamos vencido a primeira etapa – receber a misericórdia de Deus –, há mais uma prova: a salvação. Não é suficiente fechar o contrato com o treinador, precisamos começar a treinar. Nosso alvo, o fim de nossa fé, é a salvação de nossa alma. Mais uma vez, vencer não depende de quão capazes ou obstinados sejamos. Não basta querer. Aliás, um homem pode ganhar todo o mundo e ainda assim perder sua alma (Mateus 16:26). O Senhor disse que não há nada que possamos dar em troca de nossa vida. Não há nenhuma obra, nenhuma conquista, nada que, partindo de nós, resulte em salvação. Somos salvos tão-somente pela graça, mediante a fé. E isto não vem de nós. É dom de Deus (Efésios 2:8).
Em suas epístolas, Pedro fala da graça pelo menos dez vezes. Em todas elas, graça está relacionada a nosso relacionamento com Deus. Algumas vezes, Pedro fala da graça relacionada ao pleno conhecimento de Cristo (2 Pedro 1:2; 3:18). Obter graça depende de conhecer Cristo. Isto é, quanto mais tempo despendemos em oração, quanto mais lemos e praticamos a Palavra, mais graça desfrutamos. É como se a graça, que não depende de nós, fosse a comida na geladeira. Para desfrutar o rico suprimento dado por Deus, basta ir ao lugar certo, tomar e comer. Receber graça não depende de nós, mas desfrutá-la é nossa responsabilidade. Jovem, não se desvie do caminho da graça. Voltar-nos ao Senhor constantemente é a maneira de desfrutarmos Sua graça. Pois Ele concede Sua graça aos humildes (1 Pedro 5:5).


Justiça
Por fim, precisamos ser diligentes para confirmar nossa vocação e eleição, para não tropeçar em tempo algum. Dessa maneira, nos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pedro 1:10-11). Mas o que é o reino? Hoje, o reino é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17). O mundo não pode ver o reino dos céus, pois este se manifestará quando Cristo vier, na revelação de Sua glória (1 Pedro 4:13). Mas nós podemos ver e viver a realidade do reino, a igreja (Mateus 16:18-19). Isso quer dizer que a vida do reino dos céus é a vida normal da igreja, e essa vida é uma vida de justiça, paz e alegria. Justiça é fazer a vontade de Deus. Fazer a vontade de Deus é fazer o que Ele quer fazer. O Senhor Jesus disse que Sua comida consistia em fazer a vontade do Pai e completar Sua obra (João 4:34). Deus tem uma obra; justiça é completá-la.
Para fazer a obra de Deus, precisamos fazer as coisas de acordo com a maneira Dele. Precisamos ter a paciência de Deus, a perseverança de Deus, o amor de Deus. Mas, como nós, homens pecadores, podemos ter os atributos de Deus? Pedro percebeu o caminho: fomos regenerados, recebemos a vida de Deus; agora, essa vida deve crescer em nós, a fim de que se manifeste Sua natureza. E a maior expressão da natureza divina é o amor (1 Pedro 1:3; 2 Pe 1:3-9). Assim, para confirmar nossa vocação e garantir nossa entrada no reino de justiça, precisamos permitir que a vida e a natureza de Deus cresçam e se expressem em nós. Isso significa que não apenas desfrutamos a graça, mas também somos transformados. Não apenas participamos das reuniões, das conferências, mas somos transformados em cada evento, em cada situação. Dessa maneira, nosso viver será cheio de frutos de justiça, dos frutos do Espírito, que são a expressão da natureza divina em nós (2 Coríntios 9:10; Gálatas 5:22; 2 Pedro 1:8). É assim que nos tornamos vencedores, filhos maduros, que cooperam com Deus: desfrutando misericórdia, graça e justiça.

radioarvoredavida.net

Praticar a palavra de Deus.


Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14:6). 
Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 4)


Jo 1:1, 14; 4:24; 6:63; 14:2-3, 16-20; 20:21-22; 1 Tm 1:3-4; 2 Tm 3:2-5

A epístola que Paulo escreveu aos Efésios aborda o propósito eterno de Deus e mostra como Ele deseja dispensar Sua vida para dentro do homem. Depois de certo tempo que Paulo havia escrito aos efésios, ele visitou aquela igreja e constatou que a condição dos irmãos não era boa. A Palavra ministrada por meio da epístola era excelente, mas os irmãos não a praticaram, limitando-se a debater e a discutir questões doutrinárias.
Apesar das admoestações, os efésios permaneciam ocupados com outras doutrinas, fábulas e genealogias sem fim, que promoviam discussões no lugar da Fé (1 Tm 1:3-4). Em vez de se aprofundarem na revelação contida na epístola e procurar praticá-la, eles permaneceram na esfera natural, anímica. Por essa razão, Paulo deixou Timóteo como cooperador em Éfeso, na expectativa de que ele pudesse ajudar os irmãos a praticar a Palavra que tinham recebido.
Timóteo era um jovem fervoroso no espírito e com fé genuína, mas enfrentou muitas dificuldades ao tentar ajudar a igreja em Éfeso, a ponto de seu espírito quase se apagar (2 Tm 1:3-6). Os efésios gostavam de discutir sobre quem estava certo e quem estava errado, desprezando as palavras que promoviam a Fé. Além disso, por viverem na esfera do ego e das opiniões, eram influenciados pela situação social daquele momento, pois os homens eram egoístas, avarentos, ingratos, arrogantes, caluniadores, desobedientes, atrevidos, amantes dos prazeres, tendo forma de piedade, negando-Lhe, entretanto, o poder sobre suas vidas (2 Tm 3:2-5). Por viver num ambiente assim, Timóteo se entristeceu, chegando até mesmo a adoecer, pois não conseguia ajudar a igreja a sair daquela situação negativa. Essa situação perdurou até o final do ministério de Paulo. Por causa disso, podemos dizer que a igreja em Éfeso não estava, como seu nome significava, desejável aos olhos de Deus.
Depois de muitos anos, a situação da igreja mudou. Isso ocorreu por meio da ajuda do ministério ulterior de João, em sua maturidade. Ele havia sido exilado por vinte anos na ilha de Patmos, onde recebeu muita revelação por parte do Espírito e, desse modo, escreveu o livro de Apocalipse. Após sair do exílio, segundo os historiadores, João foi para Éfeso, onde escreveu seu evangelho e suas três epístolas.
Ao escrever o evangelho, João mostrou que Deus é a Palavra, que Deus é Espírito e que o Espírito é que dá vida (Jo 1:1; 4:24; 6:63). Ele também relatou que a Palavra de Deus se tornou carne na pessoa do Senhor Jesus. Antes, Deus era inacessível, mas um dia Ele veio até nós por meio de Jesus Cristo. Ainda assim, Deus não estava totalmente satisfeito, pois Ele quer estar para sempre conosco. Por isso, o Senhor Jesus morreu e ressuscitou, tornando-se o Espírito da realidade, o qual foi soprado sobre Seus discípulos, para que, desse mesmo modo, Ele pudesse habitar neles como o Espírito (1:14; 14:2-3, 16-20; 20:21-22).
Por meio da Palavra de Deus revelada a João, os irmãos da igreja em Éfeso foram supridos com Espírito e vida, deixando de ser influenciados pelos debates doutrinários e demais questões provenientes da vida da alma. Eles tiveram um novo começo, porque passaram a praticar a Palavra. Com isso, a igreja em Éfeso passou a ser o centro da obra naquela época, de onde vários cooperadores de João eram enviados para também ajudar a outras igrejas (3 Jo 4-8).

23 julho, 2012

A revelação do ministério e o caminho para alcançar a meta de Deus


O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória               (Cl 1:26-27)


                                                       Ef 3:3-6; Fp 3:12-14; Cl 1:25-27; 2:2; Fm 8-17


Na prisão em Roma, Paulo escreveu seus quatro principais livros: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Antes de seu aprisionamento, as epístolas que escrevera já falavam da vontade de Deus, da revelação da economia neotestamentária de Deus, como a Epístola aos Gálatas, porém não falavam de maneira tão completa.
Como esse assunto é muito importante, ele precisava
ser detalhado, e isso Paulo fez enquanto aguardava seu
julgamento em Roma.
A Epístola aos Colossenses mostra que Cristo é o
mistério de Deus (1:25-27; 2:2); a de Efésios revela que a
igreja é o mistério de Cristo (3:3-6). Se fôssemos comparar
a função desses livros com a estrutura de um avião, Gálatas
seria a fuselagem, ao passo que Efésios e Colossenses seriam
as duas asas.
O livro de Filipenses, por sua vez, indica a direção: avançar
para o alvo, esquecendo-se das coisas que ficaram para trás,
atendendo ao chamamento de Deus, ou seja, a soberana
vocação em Cristo Jesus (3:12-14). Comparativamente
falando, Filipenses seria a direção do voo.
Na carta escrita a Filemom, vemos o cuidado amoroso
de Paulo para com Onésimo, o escravo de Filemom que
havia fugido. Ele fora encarcerado junto com Paulo e
teve a oportunidade de ouvir o evangelho e se converter.
Provavelmente, na prisão, ele não apenas foi gerado como
filho de Deus, mas também aperfeiçoado. Após ser libertado,
ele foi enviado de volta a Filemom, com a recomendação
de Paulo que o recebesse outra vez, mas agora já não como
escravo, e sim como um amado irmão (Fm 8-17).
Embora no passado Onésimo houvesse sido inútil a
Filemom, sua situação mudou em razão do cuidado e do zelo
amoroso de Paulo. Por fim, ele se tornou especial e útil. O
livro de Filemom mostra que quando exercitamos o amor
fraternal no trato para com os irmãos, eles se tornam úteis
para Deus. Esse livro, em relação aos demais, indica que o
amor é o caminho a ser seguido para alcançarmos a meta de
levar a cabo o plano de Deus. Logo, a “pista de decolagem”
do “avião” que mencionamos acima é o amor fraternal.

A importância das escrituras.


Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2 Pe 1:20-21)


At 22:22-25; 25:10-11, 21; 2 Co 12:1-4

Por meio das cartas escritas às sete igrejas relacionadas em Apocalipse, conhecemos a história da igreja. Ali a descrição de cada igreja não se relaciona somente à condição espiritual dos irmãos na Ásia, na época em que João escreveu esse livro, mas também nos revela a situação da igreja em cada período histórico, até os dias de hoje.
Éfeso é a primeira igreja relacionada em Apocalipse 2. Seu significado é desejável, ou seja, ela deveria ser uma igreja desejável aos olhos de Deus. Para que isso ocorresse, o apóstolo Paulo, durante seu ministério, tentou ajudar os irmãos ali, visitando-os e escrevendo a Epístola aos Efésios. Infelizmente, a situação da igreja naquela cidade, antes do martírio do apóstolo, não era nada desejável.
Em suas primeiras viagens, Paulo cuidou das igrejas e, nesse período, escreveu as seguintes epístolas: Romanos, Gálatas, Tessalonicenses e Coríntios. Nessas, ele não registrou de maneira completa as revelações que havia recebido.
Porém, era extremamente importante que Paulo escrevesse as palavras que o Senhor lhe revelara. Sem o registro delas, a obra de Deus em toda a terra sofreria prejuízo. Por isso, pela soberania do Senhor, a vida de Paulo foi poupada em Jerusalém, quando tentaram matá-lo por dar testemunho do evangelho (At 22:22-25). Ele foi preso, mas por ser cidadão romano, apelou para o tribunal de César (25:10-11, 21). Enquanto aguardava o julgamento, Paulo permaneceu em Roma. Sua vida foi preservada para que ele concluísse seu ministério epistolar, escrevendo acerca da importantíssima revelação do plano eterno de Deus que recebera diretamente do Senhor (2 Co 12:1-4), fato este que ocorreu provavelmente durante o tempo que passou nas regiões da Arábia (Gl 1:17).
Naquela ocasião, Paulo havia sido arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis da parte de Deus. Como era fundamental que essas palavras fossem registradas, foi necessário que Paulo continuasse a escrever. Por isso, durante sua prisão domiciliar em Roma, ele escreveu as seguintes epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Todos esses livros são preciosos, pois tratam do propósito eterno de Deus e de Seu plano, Sua economia, no Novo Testamento.
No Antigo Testamento, o plano de Deus para o Seu povo havia sido revelado a Moisés, que o registrou nos cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco. Graças ao Senhor! Por meio desses escritos, bem como de tudo o que foi registrado nas Escrituras, principalmente no Novo Testamento, podemos ter acesso à revelação completa do propósito eterno de Deus para nossa vida.

22 julho, 2012

Refletindo...


Nos lugares celestiais

O significado espiritual e prático das bênçãos recebidas nos lugares celestiais. 


Efésios 1:3, 20; 2:6; 3:10; 6:12.


Na epístola aos Efésios, o apóstolo utiliza reiteradamente a frase: «nos lugares celestiais». Todos nós sabemos que esta carta, junto com a carta aos Colossenses, oferece-nos a verdade mais elevada da Bíblia, porque este livro nos fala do pleno conselho de Deus mostra-nos o mistério de Deus, o mistério de Cristo e o mistério do evangelho. Todo aquele que tem lido a carta aos Efésios tem consciência de que se trata de uma enorme e gloriosa revelação e apresentação do coração de Deus.

Freqüentemente, quando lemos esta carta, ou às vezes quando ouvimos uma pregação a respeito dela, se os nossos corações estiverem corretos, acharemos que estamos sendo elevados até o terceiro céu, porque coisas gloriosas nos estão sendo reveladas. Mas há um problema. Algumas pessoas nos dizem que quando leram este livro ou ouviram as palavras, elas foram muito inspiradas e elevadas; no entanto crêem que aquilo está muito além do seu alcance. É maravilhoso, mas apenas se for prático.

Ouço freqüentemente às pessoas me dizer que a vontade eterna de Deus é realmente gloriosa se você souber qual é. Mas é prática? É como se estivesse no terceiro céu. Mas como você pode alcançá-la? É como uma bela cesta de frutas maravilhosas posta muito alta no céu. Podemos vê-la de longe, mas não há maneira de alcançá-la. Qual é o lado bom dela se você não pode prová-la, se não pode tê-la? Isso só te dá uma sensação de frustração. Eu penso que esse é o problema de muitos filhos de Deus.

Às vezes, eu espero no Senhor e digo: «Senhor, há uma chave? Há alguma maneira que ajude ao povo de Deus a nos apropriarmos de nossa possessão? Faça que aquilo que é impossível seja possível em nossas vidas». Um dia, meditando diante do Senhor, ele parecia dirigir o meu coração para esta frase: «…nos lugares celestiais». Era como se esta fosse a chave que abriria esse mistério e nos permitiria possuí-lo. Agora, queria que compartilhássemos juntos sobre esta matéria.
Realmente, a palavra «heavenlies», em inglês, é um termo difícil. Nas diversas versões inglesas, traduz-se às vezes «nos lugares celestiais», ou às vezes «nos âmbitos divinos». Mas nos originais, deveria ser traduzido como «nos celestiais». Na versão chinesa, temos o mesmo problema, porque diz: «no céu».

No entanto, este não é o terceiro céu, porque o terceiro céu está onde está o trono de Deus. E agora no terceiro céu, além de Deus, há só um homem, e esse é Jesus Cristo homem. E o diabo não está ali, porque o diabo foi lançado fora do terceiro céu. Então, os lugares celestiais não podem ser o terceiro céu. Agora, pode encontrar-se no segundo céu, onde estão as estrelas? Sabemos que não. Ou pode ser no primeiro céu que é o nosso firmamento? Sabemos que esse é o domínio do diabo. Então, quais são os lugares celestiais? Não é o terceiro céu, não é o segundo céu, não é o primeiro céu, e então, onde é?

Só sabemos que, na verdade, os lugares celestiais são um âmbito celestial, são âmbitos divinos. É um lugar ou lugares celestiais, mas creio que não sabemos onde estão os limites. Parece ser tão vasto e, contudo, parece ser inexplicável. Mas nós sabemos que há tal lugar ou tal reino chamado de os lugares celestiais. Porque é celestial, é espiritual e é real. E ali nos lugares celestiais, nesse âmbito, Deus está ali, nós estamos ali, e até Satanás e seus anjos estão também ali. É uma realidade.

O significado dos lugares celestiais

Como o explicamos? Penso que quando tentamos explicar algo, deveríamos usar ilustrações. Por isso a Bíblia tem uma quantidade de tipos e de ilustrações. Agora pensemos em Abraão. Sabemos que Abraão nasceu em Ur da Caldeia e ali é onde estava a Babilônia. Também sabemos que ele nasceu em uma família que construía ídolos, e nesse tempo todos eles eram adoradores de ídolos.
Mas, graças a Deus, de alguma forma a glória de Deus, o Deus da glória, apareceu a ele. E porque o Deus da glória lhe apareceu, ele foi chamado a sair de Ur dos caldeus. E foi chamado para cruzar o rio Eufrates e inclusive o rio Jordão, e Deus o conduziu à terra de Canaã. E Deus prometeu dar a ele e a sua semente a terra de Canaã. Era uma terra que fluía leite e mel. Mas quando Abraão esteve na terra de Canaã, ele foi um estrangeiro e um peregrino ali. Ele habitou em tendas e viveu por fé e não por vista. A terra foi-lhe prometida. Era sua herança, mas estranhamente, ele era um estrangeiro e um peregrino nela.

Agora, amados irmãos e irmãs, isso descreve algo a respeito de vocês? Nós vivemos nesta terra. Nascemos de Adão. Nascemos sob a sentença de morte. Não tínhamos a Deus. Não tínhamos nenhuma promessa. Da mesma forma que Abraão nasceu, cresceu e viveu em Ur da Caldeia. Nós estávamos em total escuridão. Mas graças a Deus, a glória de Deus nos apareceu na face de Jesus Cristo. Ele nos chamou fora desta terra e nos chamou para Si mesmo.

Em um sentido espiritual, todos nós somos hebreus. Sabemos que Abraão foi o primeiro hebreu. Por quê? Porque ele cruzou o rio. Espiritualmente falando, todos nós somos hebreus. Ainda estamos neste mundo, mas não pertencemos a este mundo. Enquanto ainda estamos vivendo na terra, somos estrangeiros, porque a nossa cidadania está no céu. Fisicamente falando, ainda estamos neste mundo, mas espiritualmente não somos deste mundo.

Mesmo não sendo deste mundo, ainda estamos aqui neste mundo, e sabemos que este mundo um dia será nossa herança. Porque a Bíblia diz: «Bem-aventurados os mansos, porque eles receberão a terra por herança». Mas somos peregrinos, viajantes passando por este mundo. Nós vivemos por fé, não por vista. Por isso, a situação de Abraão é a nossa situação hoje, de maneira que em um sentido a terra de Canaã pode ser um tipo dos lugares celestiais. Porque, naquela terra, o Senhor estava ali.
O Senhor apareceu a Abraão repetidas vezes. E nessa terra você encontrará que Abraão estava ali, mas ao mesmo tempo as sete tribos de Canaã estavam ali. Agora, as tribos de Canaã representam as forças do mal. Assim que, em um sentido, a terra de Canaã, onde Abraão era um peregrino, pode representar os lugares celestiais hoje.

Enquanto Abraão esteve em Canaã, ele teve que viver por fé. Mas às vezes ele vivia por vista. Quando houve fome, ele viveu por vista. Mas o Egito tem mantimentos. Vemos naturalmente que ele foi ao Egito. E como fracassou! Pela graça de Deus, Deus o trouxe de novo a Canaã. E outra vez vemos que ele falhou. Ele desceu para a terra dos filisteus, e outra vez esteve em apuros. Graças a Deus, Deus utilizou estes apuros para discipliná-lo e para retorná-lo outra vez a Canaã.
Irmãos e irmãs, isto descreve as nossas condições? Pela graça de Deus, nós não somos deste mundo. Agora, vocês realmente sabem onde vivem? Fisicamente, sim, vivemos neste mundo. Mas não vivemos como as pessoas deste mundo. Não somos habitantes da terra.

No que concerne a esta terra, nós somos estrangeiros e peregrinos. Vivemos por fé, não por vista. As pessoas deste mundo vivem por vista, por isso procuram as coisas deste mundo; mas nós vivemos por fé, embora frequentemente fracassamos. Começamos às vezes a viver por vista. E como somos tentados por este mundo! Como se tivéssemos entrado no Egito. Se não formos até o Egito, vamos para a terra dos filisteus. Porque o Egito representa a terra, as riquezas desta terra. Como as riquezas desta terra atraem o povo de Deus! E se não formos atraídos por aquela, somos atraídos pela terra dos filisteus. Os filisteus representam a carne. E como nos rendemos às vezes a nossa carne, e perdemos a nossa fé!

Mas, graças a Deus, ele é tão misericordioso conosco. Ele se levantará por sobre as circunstâncias e os ambientes, para nos trazer de volta. Mas, estranhamente, nós vemos que estamos vivendo nos lugares celestiais. Sempre que sairmos do âmbito celestial, estaremos em apuros. Mas, graças a Deus, ele não nos deixará ir. Ele nos traz uma e outra vez de retorno a este reino celestial.
Assim, amados irmãos e irmãs, isto não é uma abstração. Os lugares celestiais são um âmbito espiritual muito real, vivo, verdadeiro. Se vocês tomarem esta frase e irem à carta aos Efésios, penso que terão a chave para tomar posse da sua herança.
Agora, todos sabem hoje que a carta aos Efésios pode ser expressa por três palavras, e eu penso que muitos conhecem o livro «Assentados, andeis, estejais firmes». Isso, em um sentido, dá-nos uma essência da carta completa.

Benções celestiais

Os primeiros dois capítulos se relacionam com esta matéria de estar assentados com Cristo nos lugares celestiais. Efésios 1:3: «Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo». Aqui encontramos toda bênção espiritual. Agora, há uma diferença entre o Novo e o Antigo Testamento. No Antigo Testamento, os filhos do Israel, eram o povo terrestre de Deus. As benções de Deus para eles eram terrestres. Se eles guardassem os mandamentos, se seguissem a Deus, ele os abençoaria com muitos filhos. Deus abençoaria a sua cesta, sua terra, seus animais. Todas as benções com que Deus abençoou os filhos de Israel são terrestres.

Mas, quando chegamos ao Novo Testamento, a ênfase muda. Não é que Deus não nos abençoou com bênção, mas esse já não é o ponto, porque nós somos filhos espirituais de Deus, de tal maneira que Deus nos abençoou com algo muito melhor que as satisfações terrenas. Deus nos abençoou com toda bênção espiritual.

Vocês sabem irmãos e irmãs, eu vejo que há uma idéia errônea, especialmente em nossos dias, porque estes são dias difíceis. Vocês sabem que o Evangelho da Prosperidade é algo que inclusive o povo de Deus está buscando. Se você amar a Deus, Deus te abençoará e te dará saúde perfeita, Deus te dará uma boa família, Deus te dará prosperidade. Terá uma casa grande, terá um Rolls-Royce. Isto demonstra que você é abençoado por Deus. Se você for fraco e doente, se não tiver filhos, se viver em uma casa pequena, se apenas tiver a medida para viver, então deve estar amaldiçoado.
Isto era verdade no Antigo Testamento, mas já não o é no Novo Testamento, porque Deus tem algo melhor para nós. Tudo o que você vê é temporário, e passará. Deus nos abençoou com o que é eterno. Ele nos abençoou com toda bênção espiritual. Não podemos pensar em nenhuma bênção espiritual com a qual Deus não nos tenha abençoado. Aquele que não poupou a seu Filho unigênito reterá alguma coisa boa de nós?

Agora, se você tentar contar estas benções espirituais, se surpreenderá. Por exemplo, quando você lê os primeiros dois capítulos de Efésios, verá que ali são enumeradas algumas destas benções espirituais. Por exemplo, ele nos escolheu antes da fundação do mundo. Isso não é maravilhoso? Antes mesmo de nascermos, antes que Adão fosse criado, antes que o mundo fosse criado, Deus já tinha te elegido. Isso não é maravilhoso? E para que te escolheu? Para que você pudesse receber a filiação. Não só para ser uma criança de Deus, mas também para ser um filho maduro ou uma filha madura de Deus.

Ele nos redimiu e perdoou os nossos pecados. Hoje gozamos do seu favor, e ele nos diz o que ele está fazendo. Naquele dia, Deus resumirá todas as coisas em Cristo. E todos nós seremos reunidos em Cristo. E não só isso, ele nos usará como instrumentos para manifestar esta recapitulação de todas as coisas em Cristo. Nós somos a sua herança, e ele é a nossa herança. Estávamos mortos em delitos e pecados, e em sua misericórdia e sua graça, ele nos salvou. E não só nos libertou com Cristo, ele nos ressuscitou juntamente com Cristo, e ele nos fez assentar junto com Cristo nos lugares celestiais.

Agora, isto é algo para o futuro? Não, não é algo para o futuro. Quando os nossos pecados foram perdoados? Não é algo para o futuro. Nossos pecados já foram perdoados. Quando fomos tirados da nossa morte? Já temos essa vida de ressurreição, a vida de Cristo em nós. Não é algo para o futuro. E da mesma maneira, quando fomos assentamos com Cristo nos lugares celestiais? Agora! Nós já fomos assentados com Cristo nos lugares celestiais. Cristo foi levantado dos mortos, e ele subiu aos céus e se assentou à mão direita de Deus.

Ele está nos lugares celestiais, ele nos introduziu nos lugares celestiais e nos assentou com ele nos lugares celestiais. O que significa estar assentado? Você se senta quando o trabalho já acabou. Da mesma forma, o nosso Senhor Jesus, depois de concluir a sua obra, subiu ao céu e se assentou à mão direita do Pai. Irmãos e irmãs, nós estamos no melhor do seu trabalho acabado. Já estamos assentados. Você não precisa trabalhar. A obra está feita. Sua obra é o nosso trabalho, e nós estamos assentados com ele.

Morar no Senhor assentado nos lugares celestiais

Onde estamos assentados? Nos lugares celestiais. Vê isto? Já estamos assentados nos lugares celestiais. E porque nos assentamos ali, todas as benções espirituais nos lugares celestiais são nossas.

Podemos utilizar outro termo, tirado do capítulo 15 de João. O Senhor disse: «Permanecei (ou habitem) em mim, e eu em vós». Vocês sabem que estar assentados com Cristo nos lugares celestiais é o mesmo que habitar ou morar nele, porque todas as bênçãos nos lugares celestiais estão em Cristo Jesus. Então, quando estamos nele, quando habitamos nele, todas as bênçãos espirituais são nossas.
Se não habitarmos em Cristo, então não receberemos o que está nele, porque não estamos morando nele. Estar assentados com, e habitar em Cristo, são uma e a mesma coisa. Então, amados irmãos e irmãs, todas as bênçãos espirituais dos capítulos 1 de Efésios e 2, estão todas em Cristo Jesus. E se você está assentado com ele, e habita nele, então todas elas são tuas, e você começará a experimentar todas estas bênçãos. A chave verdadeira está aqui. Deus já te pôs nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Vocês estão assentados juntos com ele hoje? Vocês habitam nele? Se você morar nele, e isso significa que está assentado com ele, você recebe aquilo que ele já tem feito. Então todas estas bênçãos espirituais não serão como uma cesta de frutas posta a uma altura inalcançável. Irmãos e irmãs, é muito simples. Se você realmente deseja tomar sua possessão, aprenda a apenas estar assentado com Cristo, aprenda a repousar em Cristo; não lute, não tente com as suas forças, porque a vida cristã é uma vida de fé. E a fé lança uma âncora em Cristo. E isto é habitar na vontade de Deus. É uma coisa diária.

Andar para testemunhar a realidade de Cristo

Se nos movermos do capítulo 3 para o capítulo 5, encontraremos outra palavra: andar. Caminhar com Cristo. O que significa isso? Significa que aquilo que recebestes quando fostes assentados com Cristo nos lugares celestiais, agora há uma oportunidade de manifestá-lo, expressando-o em sua vida a cada dia. E quando estiveres fazendo isso, este será o seu testemunho.

Agora, qual é o nosso testemunho? O nosso testemunho não é outro senão testemunhar a realidade de Cristo. Que Cristo é verdadeiro. Como você pode saber que Cristo é real? Porque ele se expressou a si mesmo em nós. E este é nosso testemunho, não só a este mundo, mas também até ao mundo invisível, porque no verso 10 do capítulo 3, diz: «…para que a multiforme sabedoria de Deus seja agora dada a conhecer por meio da igreja aos principados e potestades nos lugares celestiais».

Nosso testemunho não só alcança o mundo; como também alcança até as hostes celestiais. Eles se maravilham no que Deus tem feito em nossas vidas, como ele pode nos transformar de pecadores em santos, como ele pode nos reunir em unidade. Então vemos no capítulo 4 que esta é a nossa vida de igreja, nossa vida de corpo. E depois a nossa vida segue na sociedade e a nossa vida na família. Todas as bênçãos espirituais que recebemos em Cristo Jesus são tão verdadeiras, tão práticas, porque todas elas podem ser expressas na vida de igreja, na vida social e na vida familiar. E este testemunho é de grande alcance. Assim é este andar com Cristo nos lugares celestiais. Nós não andamos por vista, senão por fé.

Então, nada é abstrato. Não é como as pessoas dizem, quando você é muito espiritual, que você já não é mais um homem. Ao contrário, você vê que você é um homem real porque é Cristo que está sendo manifestado. E quão maravilhoso é quando você lê estes capítulos.

Em pé para a guerra espiritual

E então, finalmente, na última parte do capítulo 6, encontramos que estamos lutando com Cristo nos lugares celestiais. A guerra espiritual verdadeira está nos lugares celestiais. E a guerra espiritual verdadeira não é contra carne e sangue. Sim, temos nossas guerras com carne e sangue, e a menos que tenhamos vencido, não somos aptos para a guerra espiritual.

Há uma guerra espiritual em desenvolvimento, por trás da qual o propósito eterno de Deus será completado. Satanás está lançando mão a tudo para obstruir isso. E agora Deus utilizará a aqueles que estão assentados com ele, caminhando com ele nos lugares celestiais, para lutar esta batalha de fé. A guerra espiritual tem um objetivo: que o propósito eterno de Deus permaneça em pé, que seja realizado.

E graças a Deus, ele pode inclusive utilizar o homem para lutar contra os anjos que são mais altos que eles. Essa é a glória de Deus. Devemos estar em pé, resistir e permanecer em pé. E por último, estar em pé significa que estamos firmes para o cumprimento do propósito eterno de Deus.
Amados irmãos e irmãs, toda esta carta aos Efésios é altamente espiritual, mas profundamente prática. E é muito simples: assentados com Cristo nos lugares celestiais, caminhando com Cristo nos lugares celestiais, e lutando com Cristo nos lugares celestiais. Que esta carta seja a nossa possessão. 



Fonte: Stephen Kaung
(Site Igreja em Uberaba).

Revelar o tesouro, valorizar a pérola e não enganar a si mesmo.


O que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo (Fp 3:7)


Mt 13:44-50

Ao longo desta semana, falamos sobre as quatro primeiras parábolas de Mateus 13. Hoje comentaremos as outras três, que correspondem, respectivamente, à do tesouro, à da pérola e à da rede.
A quinta parábola, apresentada em Mateus 13:44, diz: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo”. A princípio temos uma situação muito boa, pois o homem encontrou o tesouro e comprou o campo. O problema é o tesouro ficar escondido. Encontrar um tesouro é algo muito bom; poder adquirir a terra onde está o tesouro e tomar posse dele é melhor ainda. Contudo de nada adianta possuir um grande tesouro se ele continuar enterrado. As riquezas espirituais que ganhamos devem ser distribuídas, reveladas aos outros e não guardadas para nosso proveito somente.
A parábola que vem depois é diferente: “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra” (vs. 45-46). Diferentemente da situação anterior, a característica da pessoa que achou a pérola é não a ter escondido. Ele comprou a pérola, dando em troca tudo que possuía, para obtê-la. A pérola representa o Senhor Jesus, por quem “vendemos tudo” ao descobrir o Seu inestimável valor (Fp 3:7-8).
A sétima parábola é a da rede: “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora” (Mt 13:47-50). Isso deve servir de advertência para nos mostrar que, no final dos tempos, os justos serão separados dos injustos. Os justos são os peixes bons que foram recolhidos, enquanto os injustos são os peixes lançados fora. Você quer ser separado para o reino? Então deve ser justo, deve fazer o que Deus determinou.
Certa vez, quando estava em João Pessoa, fiquei hospedado na casa de praia de um irmão. Ele tinha uma rede de pesca e fixava um lado em um ponto e, com o outro lado, fazia um arrastão. Eu e mais um irmão entramos na água e o ajudamos a arrastar a rede para a praia. Por causa do peso pensei que ia pegar muito peixe. Mas havia muita coisa inútil no meio, como sujeira, lixo, algas, e após separar tudo isso sobraram poucos peixes.
Essa parábola nos ensina a não enganarmos a nós mesmos, pensando: “Agora colhi bastante! Vejam o quanto eu consegui!”. Devemos cuidar do nosso proceder hoje e jamais nos vangloriarmos, para, quando o Senhor voltar, não sermos lançados fora. Queremos estar entre os justos que serão separados pelo seu Senhor para reinar com Ele. Que possamos meditar nessas palavras e sermos despertados quanto ao que queremos ser e se o que estamos vivendo hoje irá nos garantir, naquele dia, estarmos em pé na presença do Filho do Homem (Lc 21:36).

21 julho, 2012

Refletindo...


O Reino e a Igreja - Parte 4

A IGREJA TRAZ O REINO


“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28:18-20).

“Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6:9-10).

“Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.” (Ap 12:10-11).

“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11:15). 





Vamos orar:

Querido Pai celestial, queremos Ti agradecer porque Tu nos trouxeste até este ponto. É tudo pela Tua misericórdia e graça, e Ti agradecemos porque Tu permitiste que nos reuníssemos mais uma vez no nome do Teu Filho amado. Sabemos que estamos em Tua presença e pedimos apenas que Tu fales conosco através da Tua Palavra. Tuas palavras são vida e espírito para nós. Oramos para que através da Tua Palavra Tua obra seja feita em nós como é feita no céu, e a Ti seja a glória. No nome de nosso Senhor Jesus. Amém.





Graças a Deus estamos considerando juntos diante Dele: Venha o Teu Reino. Estivemos considerando este assunto O Evangelho do Reino dos Céus. Algumas vezes pensamos que o reino dos céus não é muito do evangelho. Para aqueles que não conhecem o Senhor, ou para aqueles que conhecem o Senhor e ainda não O seguem, o reino é más noticias. Mas para aqueles que pertencem a Ele e O amam, o reino é realmente boas notícias. Não pode haver melhor notícia do que a notícia de que o Reino está vindo, que Ele está para ter Seu reino, e que Ele nos incluiu neste reino.

Quando pensamos no reino, pensamos no reinado. Pensamos em nosso Senhor Jesus como nosso Rei. Quem pode ser um melhor rei do que nosso Rei Jesus? Ele é o melhor Rei e estar sob Seu reinado, sob Seu governo, ser servido por Ele, esta é a maior benção. Agora, é verdade que para se ter o reino, precisamos nos apossar dele com violência, e a posse violenta é pela força. É verdade que precisamos ser violentos conosco mesmo, para negar a nós mesmos, tomar a cruz e seguí-lo. Parece que isso é muito difícil, é impossível para nós entrar e ganhar o reino, mas graças a Deus, há graça ali. É somente pela Sua graça que somos capazes de alcançar o reino e Sua graça está sempre ali. Sua graça é suficiente para cada dia.

Então consideramos juntos: O Reino e a Cruz. Algumas vezes quando pensamos no reino, pensamos no trono. Nunca pensamos na cruz. Quem quereria a cruz? Todos desejam o trono. Os primeiros discípulos de nosso Senhor Jesus não eram diferentes de nós. Todos eles queriam se sentar a direta e a esquerda do Senhor Jesus, sem tomar do cálice que o Senhor tomou e ser batizado com o batismo que o Senhor foi batizado. Mas sem a cruz, não pode haver reino. Mesmo o Rei teve que ir para a cruz para ter o Seu reino. a cruz é a verdadeira natureza do reino. Portanto, graças a Deus pela cruz porque ela é o caminho para o reino de Deus.

Então consideramos juntos O Reino e a Igreja porque encontramos na Palavra de Deus que o reino e a igreja, na realidade espiritual, são o mesmo. Eles são os dois aspectos de uma mesma coisa. Quando falamos sobre a igreja, pensamos na vida, a vida que nosso Senhor nos deu; quando pensamos no reino, pensamos na autoridade. Vida é autoridade e autoridade tem que exercitada em vida. Pesamos na igreja como comunhão; então pensamos no reino como disciplina. Assim, encontramos que o reino e a igreja na realidade espiritual são uma e a mesma coisa; mas, na história são diferentes. Há vezes quando a igreja e o reino parecem caminhar juntos, e em outras vezes encontramos que o reino na realidade é maior do que a igreja.

Como a igreja pode ser edificada? A igreja é edificada pelo reino, isto é, pelos princípios do reino. A menos que retenhamos o Cabeça, não há forma de estarmos unidos e reunidos juntos como o corpo de Cristo. A menos que conheçamos o governo de Deus, estaremos todos dispersos e não poderemos ser colocados juntos. A menos que conheçamos a disciplina do Espírito Santo, não há forma para que sejamos unidos como um. Assim é o reino que edifica a igreja.

Agora, gostaríamos de considerar diante do Senhor a última coisa: A Igreja Traz o Reino. A igreja é o instrumento de Deus para a pregação do evangelho do reino. Quando nosso Senhor Jesus estava na terra, Ele mesmo pregou o evangelho do reino. Então depois da Sua morte e ressurreição, antes de Sua ascensão, encontrou Seus discípulos em uma montanha da Galiléia. Ali Ele chegou para eles e disse: “É me dado todo poder no céu e na terra” (ver Mt 28:16-18).

Certamente, como o Filho de Deus, todo poder, toda autoridade foram Seus eternamente. Mas quando nosso Senhor Jesus disse: “Todo poder e autoridade é me dado”, sabemos que foram dados a autoridade e o poder no céu e na terra com base na vitória que obteve na cruz do Calvário. A Ele foi dado esta autoridade e este poder como o Filho do homem, por Deus o Pai. Ele tem autoridade porque venceu. Na cruz, Ele julgou o deus deste mundo. Ele despojou os principados e potestades e os expôs publicamente como Seu espólio. Ele venceu a morte. Ele tem as chaves da morte e do hades. Em outras palavras, Ele as arrancou do usurpador. A autoridade, o poder, são Seu agora, e Ele irá estabelecer Seu reino sobre esta terra. 





PREGANDO O EVANGELHO DO REINO 

Você não pode estabelecer um reino sem poder, sem autoridade. Mas agora, toda autoridade e poder foram dados a Ele, por isso Ele disse: “Ide”. Com base nisso, você pode ir e pregar o evangelho do reino. Chamamos isso de “A Grande Comissão”. Na cristandade isso é considerado como uma comissão para a igreja ir e evangelizar o mundo. É verdade, isso está incluído, mas essa comissão é muito mais do que apenas evangelizar. Nosso Senhor Jesus mesmo, quem deu esta grande comissão, disse: “Ide e fazei discípulos em todas as nações”. Sabemos que o discipulado é mais do que pregar o evangelho do perdão e remissão dos pecados e receber Jesus como Salvador. Sabemos que discipulado significa que depois de você ir ao Senhor, você precisa colocar-se sob Sua autoridade. Ser um discípulo é ser um aprendiz, para aprender Dele, para se colocar sob Seu senhorio. Deixe-O controlar sua vida, deixe-O treiná-lo para que você seja transformado e seja semelhante a Ele. Assim, o evangelho que a igreja deve apresentar ao mundo é o evangelho do Rei. Temos um Rei e Ele está edificando Seu reino sobre esta terra, para discipular todas as nações. As pessoas virão a Ele e se colocarão sob Seu treinamento. 





BATISMO

“Batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Agora, porque o batismo? O que significa o batismo? Através do batismo, você entra na morte e ressurreição. Isto é, você morre para o seu passado, não apenas para o passado histórico, mas você morre para sua vida passada. Você morre para todas as coisas do passado e é sepultado, longe da vista para que você possa voltar na ressurreição, em novidade de vida. O batismo significa que de agora em diante você não pertence mais ao faraó. Os filhos de Israel, quando passaram pelo Mar Vermelho, foram batizados. Eles morreram para o faraó, morreram para o mundo, e foram vivificados para Deus. Por isso, quando os filhos de Israel foram batizados, saíram de um mundo e entraram em um mundo diferente.

Quando o evangelho é pregado e as pessoas recebem o evangelho, esta é a razão pela qual devem ser batizados. Eles têm que deixar o passado irem-se completamente porque agora pertencem a um novo Rei, a um novo Mestre, nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é batismo, mas isso é apenas uma iniciação para o reino. A menos que deixemos todas as coisas, a menos que sejamos completamente Dele, Ele não é capaz de começar Sua obra em nós. Portanto, tendo os batizado: “Ensinai as coisas que os tenho mandado”. Em outras palavras, vocês estão agora em uma posição de aprender Dele. Ele nos prometeu que estaria conosco até o final da era. Em outras palavras, isso continuará até a Sua vinda.

Esta é a Grande Comissão, e graças a Deus a igreja primitiva sabia o que era esta comissão porque vocês a encontrarão na primeira pregação na igreja primitiva. Vocês não podem encontrá-la antes disso porque este foi o dia do nascimento da igreja. Ali no dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro se levantou com os onze e entregou a mensagem, pregando o reino de Deus. Ele concluiu sua mensagem com: “Saiba com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificaste, Deus O fez Senhor e Cristo” (At 2:36).

Que tipo de mensagem é essa? É a mensagem do reino. Aqui está o Rei que vocês rejeitaram, mas Deus O reconheceu. Este é o Rei a que vocês têm que se render. E quando eles ouviram isso, certamente, foram afligidos em seu coração porque sabiam que haviam feito a coisa errada. Eles tinham que se arrepender e serem batizados no nome do Senhor Jesus para a remissão dos pecados para que pudesse receber o dom do Espírito Santo.

Assim, no princípio você encontra que a igreja pregou o evangelho do reino. Quando o evangelho foi pregado, vocês sabem qual foi o resultado? Três mil entraram para o reino de Deus em um dia, e continuamente, Deus os acrescentava.

Quando vocês passam pelo livro de Atos, que é a história da igreja primitiva, você chega ao capítulo 28, o último capítulo. Ali vocês encontram o apóstolo Paulo como um prisioneiro de Roma, e ainda assim ele estava em sua própria casa alugada. A ele foi permitido pregar o reino de Deus e ensinar as coisas concernentes ao nosso Senhor Jesus por dois anos livremente. Em outras palavras, não importava que oposição houvesse no mundo, a igreja ainda estava pregando o evangelho do reino. E Deus estava com eles.

Quando a igreja pregava o reino, ela prosperava. Infelizmente, a igreja gradualmente começou a pregar a metade do evangelho ao invés do evangelho pleno. A igreja começou a pregar apenas o evangelho da graça, do perdão dos pecados, do receber ao Senhor Jesus como Salvador para que se possa ir para o céu e não para o inferno. Ao pregar tal evangelho, toda a colheita de cristãos é composta daqueles que são centrados em si mesmos porque tudo é para eles. Deus é para eles, Jesus Cristo é para eles. É para o bem deles que Cristo morreu na cruz. Agora, isso é verdade em um sentido, mas em outro sentido toda uma colheita de crentes é composta daqueles que são salvos e ainda são centrados em si mesmos e vivem suas próprias vidas. Eles querem Deus para os servir, e quando Deus não os serve tão rapidamente como eles acham que Ele deveria, murmuram e se rebelam. Por causa de tal pregação vocês encontram uma igreja fraca.

Ainda mais, gradualmente, vocês descobrem que a igreja não estava mais pregando o evangelho do reino. Eles começaram a pregar sobre a igreja. Agora, quando nosso Senhor Jesus esteve na terra, Ele pregou o evangelho do reino. Ele mencionou a igreja, mas não pregou sobre a igreja. Por pregar o evangelho do reino Ele obteve Sua igreja. Mas então a igreja começou a pregar sobre ela mesma, isto é, a igreja começou a ser introspectiva e se voltar para dentro dela. Começamos a ver como deveríamos nos organizar, como deveríamos absorver ou atrair as pessoas para nós, e nos envolvemos em métodos, em programas, em formas. Adotamos as formas do mundo para tentar edificar a igreja. Quando estamos fazendo isso, não apenas o reino desaparece, mas até mesmo a igreja desaparece. Isso é o que aconteceu, e ainda está acontecendo.

Lembre-se, nosso Senhor Jesus nos deu esta grande comissão porque Ele quer que saiamos e preguemos o evangelho do reino. Ele quer que saiamos e declaremos que há um Rei. Ele é o Rei do céu, mas virá a esta terra. Somos Dele. A igreja é o instrumento na mão de Deus para pregar o evangelho do reino dos céus.

Graças a Deus, nas décadas recentes, parece que isso está voltando. De fato, na história da igreja, sempre que há uma restauração, um reavivamento, uma renovação, há sempre na mensagem naquele momento o elemento do evangelho do reino. Graças a Deus que em nossos dias parece como que o evangelho do reino está gradualmente sendo restaurado. As pessoas começaram a falar sobre o senhorio de Cristo. As pessoas começaram a conversar sobre autoridade e submissão. As pessoas começaram a falar de disciplina. Agora, é verdade, o inimigo sabe e tenta vir e nos confundir. Entre o povo de Deus, a autoridade é ensinada de tal forma que se torna a autoridade humana ao invés da autoridade divina. As pessoas demandam que você não apenas se submeta a Deus e obedeça a Deus absolutamente, mas que você obedeça ao homem absolutamente. Eles governam sua vida. É verdade que a disciplina é um princípio do reino, e, contudo é ensinado de tal forma extrema que as pessoas são colocadas sob outras pessoas. Elas perdem completamente, não apenas sua liberdade, mas até mesmo sua personalidade.

É verdade que há extremos, mas graças a Deus, em nossos dias, os ensinamentos estão voltando, e eles realmente são do evangelho do reino. O que é necessário é a coisa real e não a falsa. Precisamos conhecer a diferença entre o verdadeiro e o falso. Muito embora haja extremos, falsos ensinamentos e assim por diante, não deveríamos jogar fora tudo.

Irmãos e irmãs, nosso Rei esta vindo, e é tempo de nos colocarmos sob Sua autoridade. É tempo de nos colocarmos sob Seu reinado. É tempo de ser disciplinado por Ele. O reino precisa ser pregado. O evangelho reino deve ser pregado por todas as nações, então o fim virá.

Ao pregarmos o evangelho do reino, temos que praticar os princípios do reino em nós mesmos, de outra forma nossa pregação será em vão. Devemos pregar o evangelho do reino, mas se nós que pregamos este evangelho não nos colocamos sob o reinado de Cristo, nossa pregação será ineficaz. Por isso primeiro de tudo, nós que somos os mensageiros do evangelho do reino, precisamos nos colocar sob Seu reinado. Estejam certos de que este é o caso. Então quando começarmos a pregar, o Espírito Santo dará testemunho de nossa pregação, e as pessoas virão e se colocarão sob o reinado de Cristo. Assim, a igreja traz o reino pela pregação dele. 




ORANDO PELO REINO 

Em segundo lugar, a igreja traz o reino por orar por ele. Sabemos que nosso tema é tirado da assim chamada oração do Senhor. O Senhor ensinou os Seus discípulos a orar, Ele ensinou Sua igreja a orar: “Pai nosso que estas no céu, santificado seja o Teu nome, venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”. Agora eu pessoalmente acredito que o Senhor nunca ensinaria a orar sobre aquilo que Ele mesmo não tenha orado. Por isso, evidentemente esta é a oração de nosso Senhor. Ela ainda é verdadeira.

Nosso Senhor é tão unido com o Pai que Ele conhece o propósito de Deus. Ele conhece o desejo de Deus. Ele sabe como Deus deseja que Seu reino possa vir. Seu reino sofreu perdas nesta terra, e é o desejo do Pai que Seu reino venha sobre esta terra assim como é no céu. Seu reino está lá no céu e Ele governa soberanamente, imutavelmente. Ele é prontamente e voluntariamente servido pelos incontáveis números de hostes celestiais. Há harmonia no céu, mas na terra é uma história diferente. Na terra há resistência e oposição, há trevas. Assim é o desejo, o anelo de nosso Deus, nosso Pai, reinar, como deveria ser, para restaurar Seu reino sobre esta terra assim como no céu.

Nosso Senhor que conhecia o coração do Pai, que era um com o Pai, também orou: “Venha o Teu reino”. Como Ele desejava ver o reino de Seu Pai vir para esta terra! Esta é a razão pela qual Ele compartilhou conosco e também nos ensinou a orar: “Venha o Teu reino”. Ele quer que sejamos um com Ele. Ele quer que compartilhemos com Ele Seu encargo. Ele quer que desejemos o que Ele deseja e oremos por isso. 




Orar é um Mistério

Orar é um mistério. Não entendemos. Pensamos que porque Deus é poderoso, se tem uma vontade, se deseja algo, pode fazer tudo por Si mesmo. Ele não precisa de nenhuma ajuda. Quando criou os céus e a terra, não teve ajuda. Porque é que Ele quer que oremos? É como que se nós não orássemos, Ele não poderia ter Seu reino. É um mistério. A única coisa que sabemos é que de alguma forma isso é o Seu bom prazer. Isso agrada a Ele. Ele quer que cooperemos com Ele; quer que desejemos o que Ele deseja; quer que nos coloquemos com Ele. Ele gosta disso. Esta é a forma que Ele quer que seja. Que privilégio é isso! Que honra é isso!

A Oração Começa Com Deus

A oração na realidade não começa com o homem, a oração começa com Deus. Há em Deus uma vontade e então Ele revela esta vontade àqueles que estão perto Dele. E aqueles que recebem a revelação daquela vontade estão tão unidos a Ele que começam a orar a Deus com relação àquela vontade. Eles dizem a Deus: “Queremos fazer que esta vontade seja feita. Queremos que isto seja feito conforme a Tua vontade”. E quando começamos a orar sobre este assunto, Ele ouve e diz: “Eu o farei”. Agora, isso é orar. Ele compartilha conosco Seus desejos.

Em um sentido, o que irá acontecer se não orarmos? Deus é todo poderoso, Ele pode fazer tudo. Mas você já pensou que há uma criatura que pode limitar a Deus, e esta criatura é o homem? O homem é a única criatura que Ele criou que pode limitar a Deus. Se a igreja não ora: “Venha o Teu reino”, Seu reino não virá. Você compreende quão sério é isso? Por que? É o bom prazer de Deus. É como se Ele dissesse: “A menos que vocês o queiram como Eu quero, a menos que vocês desejem como Eu assim desejo, estou disposto a não tê-lo”.

Vocês sabem que quando vocês realmente o compreendem, isso domina completamente vocês. Oh, como Ele anseia que nos apropriemos de Seu desejo. Como Ele deseja que oremos a Ele: “Venha o Teu reino. Não podemos esperar. Queremos que o Teu reino venha quanto mais rápido possível, não por causa de nós, mas por causa de Ti. Nós Ti amamos. Queremos que Tu tenhas o que Tu queres”.

Irmãos e irmãs, através das eras, é possível que a igreja esteja dormindo? Nosso Senhor Jesus disse: “Permaneçam acordados, vigiem Comigo somente por um momento”, mas dormimos. O deixamos orando sozinho. Ele está chamando Sua igreja, o vaso da Sua vontade, para se juntar a Ele na oração: “Venha o Teu reino”. 



A Oração do Reino 

Na igreja primitiva eles oravam a oração do reino. Hoje, oramos pequenas orações, orações pessoais, orações individuais. Oramos pelas nossas necessidades, oramos por isso e por aquilo, mas não sabemos orara a oração do reino.

Se você lê Atos 4, você encontra que quando os apóstolos começaram a ser perseguidos, voltaram aos seus e disseram a eles como o mundo estava se opondo ao evangelho, se opondo ao reino. O que eles fizeram? Toda a companhia de crentes se reuniu em um acordo e oraram a oração do reino. E a terra tremeu e eles foram encorajados para saírem e pregarem o evangelho.

Quando Pedro foi preso, a Bíblia diz que a igreja orou. E pela oração da igreja, Deus enviou Seus anjos para abrirem as grades de ferro e colocarem Seu servo em liberdade para que ele pudesse continuar a pregar o evangelho do reino. Mas tal oração desapareceu. É possível que por estarmos orando nossas próprias orações e não orarmos pelo reino de Deus que mesmo hoje o reino de Deus não esteja capacitado para ser publicamente manifestado na terra? 




A Oração é a Nossa Arma

A igreja tem uma tremenda responsabilidade aqui. A oração é a nossa arma. Estamos engajados em uma batalha espiritual. Neste mundo há dois reinos. Há o reino das trevas e as trevas circundam toda a terra. Então você encontra que há um reino de Deus entre aqueles que são discípulos de Cristo. E estes dois reinos estão em colisão. Como vamos enfrentar esta batalha? Qual é a nossa arma?

Em 2 Coríntios 10, nos é dito que estamos engajados em uma batalha, mas não é contra a carne e o sangue. Muito embora externamente sejam a carne e o sangue que esteja nos forçando, pressionado sobre nós, o Senhor diz que não estamos lutando contra a carne e o sangue. Nosso inimigo real é o inimigo invisível. Ele se esconde por trás de cada coisa, cada homem, cada evento. Ele se esconde por trás deles, mas ele é o inimigo real. A única forma de lutar contra ele é através da oração.

Como o inimigo constrói fortalezas na mente das pessoas. Por todos os anos, por todas as eras, ele tem estado construindo fortalezas, muitas delas na mente humana, em nossa imaginação, em nossa percepção, em nossa memória, em nossos pensamentos. Nos é dito que a batalha da mente está indo em frente e em curso, o propósito é alcançar a fortaleza que é a vontade. É através da mente que você chega à vontade. Como vamos derrotar todas as fortalezas construídas por anos? Estas fortalezas existem não apenas nos incrédulos, mas as encontramos até mesmo na mente dos crentes, nós que somos do Senhor.

Quando somos salvos, a salvação inicial é uma questão do espírito. “Aquele que é nascido do Espírito é espírito”. Nosso espírito morto é vivificado e se torna um novo espírito, e o Espírito de Deus habita em nosso espírito. Isso é novo nascimento, regeneração. Mas o que acontece com nossa mente? É verdade que quando cremos no Senhor Jesus, há um tipo de mudança em nossa mente porque o arrependimento significa uma mudança de mente, mas esta mudança é por um momento. Basicamente, nossa mente ainda é a velha mente, assim este é o problema com os crentes hoje. Temos um novo espírito, mas carregamos uma mente velha. Ainda pensamos da forma antiga. Ainda avaliamos as coisas da forma antiga. Nossa imaginação ainda é mantida pelo inimigo. Algumas vezes as verdades de Deus não podem penetrar. Você pode ouvir, mas não escuta, ou você pode ouvir e se desinteressar por aquilo. Você o interpreta com sua mente em trevas, sua mente perversa. Oh, como nossa mente precisa ser salva, libertada. Todas as fortalezas que o inimigo constrói através dos anos – nossas discriminações, nossas idéias preconcebidas – tudo isso precisa ser derrubado e todo pensamento levado cativo a Cristo, à obediência a Cristo.

Como esta obra pode ser feita? Ela só pode ser feita pela oração porque nossas armas não são carnais, mas poderosas em Deus. É atreves da oração que somos capacitados para destruir as obras do diabo, e é através da oração, também, que podemos ligar tudo o que deve ser ligado. “Tudo aquilo que ligares na terra será ligado no céu, tudo o que desligares na terra será desligado no céu”. Nos é dito no original: “Tudo aquilo que atares na terra será atado no céu, tudo o que desatares na terra será desatado no céu”. Não é uma boa forma lingüística, mas é um bom ensinamento bíblico. Em outras palavras, a vontade que começa no céu, é tornada conhecida na terra, e a terra começa a atar e o céu diz: “Eu a atei”. A mesma coisa é verdade com o desatar. É assim que a igreja, através da oração, deve trazer o reino.

Em 1904 e 1905 houve um avivamento em Wales, o Reavivamento de Welsh. O Espírito de Deus se moveu de forma tão poderosa que muitos foram ao Senhor. Conta-se que em alguns lugares os juizes vestiram luvas brancas porque não havia nenhum caso para ser julgado. Muitos dos que foram salvos eram mineiros, pessoas rudes. Eles usavam burros para carregar as cargas. E os burros não os entendiam mais porque anteriormente eles amaldiçoavam. Agora os burros não sabiam o que fazer. Os mineiros tinham uma nova língua, uma nova linguagem.

Foi um tremendo avivamento e o instrumento usado por Deus foi um jovem, Evan Roberts. Ele era um mineiro, mas em seu coração havia um grande encargo pelo reino de Deus. Ele orou uma oração em agonia: “Senhor, subjugue a igreja e salve o mundo”, e Deus o ouviu. Deus o usou poderosamente naquele tempo, mas depois daquele reavivamento ele desapareceu. Ele ficou oculto por um número de anos. Depois de alguns anos ele voltou novamente e as pessoas perguntaram o que ele esteve fazendo durante aqueles anos. Ele disse: “Eu estava orando a oração do reino. Eu estava orando pelo reino”.

A mesma coisa aconteceu a Charles G. Finney. Durante seus últimos anos, tudo o que ele podia orar era: “Venha o Teu reino”. A igreja precisa assumir esse encargo; a igreja precisa orar esta oração. Estamos nos aproximando do fim e creia que Ele quer que muitos em todo lugar comecem a orar: “Venha o Teu reino”. Se houver anseio suficiente, clamor suficiente a Deus por Seu reino, Deus não poderia senão trazer o Seu reino. Que o Senhor possa nos ajudar. 





O TESTEMUNHO DA IGREJA

Em terceiro lugar, a igreja deve trazer o reino pelo seu testemunho. Satanás é chamado de príncipe deste mundo. Onde ele obteve seu governo? Creio que no tempo pré-histórico foi bem possível que Deus tenha dado o governo desta terra, nosso planeta, ou pode ser o nosso sistema solar àquele arcanjo, mas por causa de sua rebelião, foi tomado dele. Então Deus criou o homem e deu o governo desta terra ao homem. Deus disse: “Domine sobre tudo nos céus e na terra e sob a terra e no mar”. Deus nunca desistiu de Sua possessão. A possessão está na mão de Deus. Deus deu o governo desta terra ao homem, mas ele a entregou ao diabo. É por isso que ele é o príncipe deste mundo. 



A Invasão Celestial 

Satanás organizou este mundo em um cosmos bem organizado. Seja político, econômico, educacional, social, ou até religioso, seja o que for, tudo é organizado e governado por ele. Assim quando o Reino do céu veio a esta terra, Ele veio a um mundo hostil. O mundo não teve lugar para Ele. Ele veio para o que era Sua propriedade e os Seus não o receberam. Não houve nem um quarto em uma estalagem. Ele nasceu em uma manjedoura. O Rei dos céus veio a esta terra e o mundo não pode tê-Lo. Não apenas Herodes queria se livrar Dele, mas todo mundo O rejeitou. Não apenas o mundo romano O rejeitou, mas o mundo religioso, o mundo judaico, O rejeitou. Por que? É porque Ele era estrangeiro para esta terra. Ele não pertencia a este mundo. Ele saiu do céu e veio a esta terra. Isso foi uma invasão. O céu invadiu a terra na Pessoa de nosso Senhor Jesus e, certamente, todo o mundo é hostil a Ele. Em Salmos 2, encontramos que todo o mundo se juntou para se livrar Dele. Eles pensaram que teriam sucesso.

Quando nosso Senhor Jesus estava na terra, Ele era o reino de Deus na terra. O reino de Deus tinha vindo na Pessoa de nosso Senhor Jesus. Sempre que Ele viajava carregava este reino com Ele e manifestava o poder e influência deste reino. Ele disse: “Se no nome de Deus, pelo Espírito de Deus, expulso demônios, então o reino de Deus é chegado no meio de vós”. E assim ele fez. Foi uma invasão a este mundo.

Finalmente o mundo se livrou Dele na cruz do Calvário, sem saber que aquela era a maior vitória que nosso Rei tinha vencido. Ali na cruz Ele julgou o príncipe deste mundo. Ali na cruz Ele despojou todos os principados e potestades e os expôs publicamente pela cruz. Pela morte, Ele roubou o poder da morte. Em outras palavras, Ele venceu uma batalha decisiva na cruz do Calvário. Os dois reinos chegaram a esta batalha decisiva e o Rei dos céus a venceu. 



O Estabelecimento Celestial na Terra

Nosso Senhor Jesus ascendeu e enviou Seu Espírito Santo e cento e vinte pessoas foram batizadas em um corpo. Vocês sabem para que? Este foi o primeiro estabelecimento do céu na terra. Em um terreno hostil, em uma terra hostil, em um mundo hostil, em um mundo terreno, o reino dos céus tinha uma cabeça de ponte. Foi ganha uma base de apoio e fundado um estabelecimento em Jerusalém. Este foi o começo. Naquele estabelecimento, isto é, na igreja em Jerusalém, o céu reinava. Todas as pessoas ali viviam uma vida celestial, e o testemunho delas era tal que, por um lado, as pessoas não ousavam se aproximar delas. Elas os temiam. Por outro lado, elas eram atraídas a eles e muito entravam para o reino através do testemunho delas.

Então o Espírito de Deus começou a se mover e houve mais estabelecimentos, alguns na Judéia, alguns na Samaria. E estes estabelecimentos estrangeiros; este reino do céu que invadiu o reino deste mundo, começou a crescer e ter cabeças de praia e pontos de apoio e estabelecimentos por todo o mundo.

Deixe-me usar uma ilustração que o irmão Watchman Nee usava. Neste país provavelmente não muitos entendem isso, mas nós na China o entendemos. Depois da guerra do ópio, a China foi derrotada pelas forças estrangeira, e houve um tratado entre a China e estas forças estrangeiras. Nesse tratado as forças estrangeiras requeriam que certas cidades e portos na China fossem abertos para o comercio e nestes portos eles fundaram estabelecimentos estrangeiros. Por exemplo, na cidade de Xangai onde fui criado, tínhamos estabelecimentos estrangeiros. Tínhamos uma seção que chamávamos de Comissão Francesa, e naquele estabelecimento os franceses governavam. Tínhamos estabelecimentos internacionais. Ali o governo era internacional. Eles tinham sua policia, e tinham seus juizes. Nós os chamávamos de jurisdição extraterritorial. Todos os que viviam nestes estabelecimentos viviam na China sobre solo chinês, mas estavam sob governos diferentes. Se eles cometessem um crime, não podiam ser julgados pela lei chinesa. Eles eram julgados pela lei do país deles. Isso é estabelecimento.

Agora, certamente, essa é uma má ilustração, mas ilustra algo. Este é um mundo hostil e Satanás está governando sobre ele. Mas Cristo já venceu, e na base de Sua vitória, Ele é capaz de colocar estabelecimentos aqui e ali por todo o mundo. Nestes estabelecimentos Ele reina supremo. Isto é, o reino dos céus veio para esta terra nestes estabelecimentos. Através do testemunho destes estabelecimentos, ou colocando de outra forma, nestes estabelecimentos, o poder usado para governar foi vencido, destruído.

Vocês vêem esta batalha espiritual ali? A estratégia de Deus é que através da vitória de nosso Senhor Jesus, Ele começou a colocar estabelecimentos por todo este mundo. Em tais estabelecimentos o poder do inimigo foi destruído, pouco a pouco o poder do inimigo foi destruído, pouco a pouco gradualmente. Quando você chega a Apocalipse 12 você encontra que nasce um filho varão. Quando o filho varão nasce, é raptado através dos ares parar o trono.

Agora, o que isso significa? Significa que poder espiritual suficiente foi fabricado para que aqueles que são do Senhor tenham o poder espiritual para passar pelos ares, que é o quartel general do inimigo, e alcançar o trono. Não apenas o Senhor Jesus ganhou esta vitória na cruz do Calvário, mas a igreja, naquele filho varão, também tem que vencer. Há um tremendo poder ali. Quando você pode passar através do quartel general do inimigo, isso significa que você derrotou o inimigo e preparou o caminho para a vinda do Senhor nos ares.

Como eles venceram? Como vencemos? “Eles venceram pelo sangue do Cordeiro”. Ninguém é perfeito, mas graças a Deus, há arrependimento. Há humilhação, há a disponibilidade do sangue do Cordeiro, portanto suas vestes estão lavadas e brancas. “Eles venceram pela palavra de seu testemunho”. Eles têm um testemunho e o proclamam. O testemunho deles é: “Jesus é Senhor”. Jesus é o Senhor deles e eles proclamam isso, que é o evangelho do reino e este testemunho é poderoso. Satanás sabe que é um inimigo derrotado.

“E eles não amaram suas próprias vidas até a morte”. A palavra vida aqui no original é vida da alma. Eles fazem violência a si mesmos por amor ao Senhor Jesus e por causa do evangelho. Eles não amam a sua vida da alma mesmo até a morte. É através de Deus deve ser estabelecido sobre esta terra.

Assim vocês vêem que é a igreja que traz o reino. Se esse é o caso, então a edificação da igreja não é uma coisa pequena. Não considere a igreja como insignificante. Estamos sendo edificados juntos como a igreja de Deus? Quando somos edificados juntos, então somos capacitados a pregar o evangelho do reino, então estaremos capacitados para orar: “Venha o Teu reino”, então sob nosso testemunho o reino virá. Assim, que o Senhor nos ajude. 




Oremos: 

Querido Pai celestial, oh como Ti adoramos porque é Tua vontade que o Teu reino venha. Queremos concordar Contigo. Queremos dizer que também é nosso desejo que Teu reino venha. Estamos cansados do reino deste mundo. Queremos ver o reino deste mundo se tornar o reino de nosso Deus e de Cristo. Senhor, juntos, expressamos nosso desejo diante de Ti. Ouça-nos por causa de Ti mesmo. Amém.



Stephen Kaung - Editora Restauração
(Site Igreja em Uberaba)