16 julho, 2012
Refletindo...
Bem-aventurados os que veem, ouvem e entendem os mistérios do reino.
Bem-aventurados, porém, os
vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem (Mt
13:16)
Mt 13:1-8, 15, 24-33, 44-48;
Rm 8:9, 11, 16; 1 Co 2:14; 12:3; Ef 1:13
Nesta semana
iremos falar dos mistérios do reino dos céus. No capítulo 13 do Evangelho de
Mateus, o Senhor Jesus narra aos discípulos sete parábolas relacionadas a esse
assunto. Cada parábola retrata um aspecto do reino dos céus, sendo elas: a
parábola do semeador (vs. 3-8), a do joio (vs. 24-30), a do grão de mostarda
(vs. 31-32), a do fermento (v. 33), a do tesouro (v. 44), a da pérola (vs.
45-46) e a da rede (vs. 47-48).
Sobre a primeira parábola, a
do semeador, vemos que, após narrá-la aos discípulos, o Senhor explicou-lhes
porque o povo não compreendia os mistérios do reino dos céus: “O coração deste
povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos;
para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o
coração, se convertam e sejam por mim curados” (v. 15). Vemos, portanto, que o
Senhor não falou de maneira muito clara ao povo, porque o seu coração estava
endurecido, insensível, coberto de gordura. Por causa disso, eles ouviam de mau
grado e fechavam os olhos para não ver; em outras palavras, apesar de ouvir Suas
palavras, não estavam dispostos a receber o que Jesus queria falar com
eles.
Para nós que pregamos o
evangelho do reino nos tempos finais é muito importante conhecer esse assunto.
Se aplicarmos essas palavras aos dias de hoje, esses que têm o coração
endurecido são aqueles que vivem cogitando nas coisas dos homens e não nas de
Deus.
Muitos cristãos que começam a
ler o Novo Testamento logo que se convertem, têm dificuldades de compreender as
palavras da Bíblia. O que dificulta o entendimento da Palavra de Deus é um
coração endurecido, e isso acontece quando se vive segundo o homem natural, de
acordo com a vaidade dos pensamentos, segundo a vida da alma (1 Co 2:14).
Entretanto, quando estamos no espírito, o Senhor pode falar conosco de uma
maneira muito especial, revelando-nos Sua vontade, e isso nos torna pessoas
bem-aventuradas, felizes.
Portanto devemos sempre
atentar para a importância de invocar o nome do Senhor para estarmos no
espírito. Quando cremos no Senhor Jesus, o Espírito de Deus entrou em nosso
espírito (Ef 1:13; Rm 8:9, 11, 16). A partir de então, todas as vezes que
invocamos o Seu nome, estamos no espírito e, por continuar a invocar,
permanecemos no espírito (1 Co 12:3). O Espírito que está em nós também nos dá
revelação da Palavra de Deus, pois nos permite ver e ouvir com olhos e ouvidos
espirituais e compreender o falar do Senhor. Aleluia!
Purificados pelo fogo do Espírito.
Amados, não estranheis o fogo
ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa
extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida
em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na
revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe
4:12-13)
Sl 36:9; Rm 8:6
Conforme vimos em
mensagens anteriores, precisamos temer viver segundo a vida da alma. O coração é
composto pelas três partes da alma (mente, vontade e emoção) e uma parte do
espírito (a consciência). Por meio da consciência o homem pode receber a luz da
Palavra, que o conduz ao arrependimento.
À medida que estamos na luz do
Senhor, recebemos mais luz (Sl 36:9). Assim, ao considerarmos nosso coração,
percebemos quão endurecido e rochoso ele é. Algumas rochas são muito grandes e
extremamente difíceis de serem removidas. Para removê-las, há necessidade de um
labor que leva toda nossa vida. Mesmo uma terra frutífera precisa sempre de
cuidado: ser arada, regada, e também que se retirem e queimem os espinhos e
ervas daninhas.
A vida de Pedro tem nos
ajudado muito. Após ter alcançado a maturidade, ele escreveu sobre a necessidade
de sermos purificados pelo fogo. Ele mesmo possuía uma vida anímica muito forte.
Frequentemente o Senhor Jesus expunha as “rochas”, as opiniões que havia em seu
interior. Mas, graças ao Senhor, Pedro, mesmo sendo tão complicado, perseverou
em segui-Lo; por fim, no final de sua vida, vemos Pedro tornando-se uma boa
terra e um grande semeador da Palavra.
No final de sua vida ele mesmo
havia experimentado do trabalhar desse fogo, que purificou sua alma (1 Pe 1:22).
Pedro comparou esse processo à purificação do ouro, que é submetido a
temperaturas extremas para esse fim. Quanto a cada um de nós, o Senhor sabe
quanto precisamos ser aperfeiçoados e purificados, por isso Ele permite que
sejamos contristados por várias provações (v. 6). Todavia, ao final, teremos a
confirmação do valor de nossa fé, mais valiosa que o ouro perecível (v. 7). Por
isso ele nos encorajou a não estranhar o fogo ardente que surge no meio de nós,
destinado a provar-nos (1 Pe 4:12).
Temos visto que, quando nos
arrependemos, quando vemos as falhas de nossa alma e colocamos nossa mente no
Espírito (Rm 8:6), permitimos que o Senhor trabalhe em nosso coração, queimando
nossas impurezas. Por um lado, o próprio Deus trabalha em nosso coração para
torná-lo uma boa terra. Por outro lado, nós mesmos nos dispomos a
ser
purificados, colocando nossa alma no Espírito para ser purificada por ele. Agora que ganhamos essa revelação, precisamos praticá-la e ajudar outros a receber a semente de vida e se tornar uma boa terra. Aleluia!
purificados, colocando nossa alma no Espírito para ser purificada por ele. Agora que ganhamos essa revelação, precisamos praticá-la e ajudar outros a receber a semente de vida e se tornar uma boa terra. Aleluia!
14 julho, 2012
Semeadores e lavradores.
Sede, pois, irmãos, pacientes,
até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto
da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas (Tg
5:7)
Mt 13:4-8; Jo 15:16
Ao sairmos para semear
a Palavra de Deus, muitas vezes nos deparamos com esses tipos de solo. Podemos
achar que não devemos desperdiçar tempo com alguém com o coração endurecido. Mas
devemos então lembrar que a misericórdia do Senhor um dia nos alcançou e, como
Ele, devemos semear a Palavra em todas as pessoas, independentemente de como
sejam. Quando a pessoa recebe a semente da vida e permite que o Senhor trabalhe
nela, o seu coração pode se tornar uma boa terra.
Nesse ponto vemos que o Senhor
deseja nos revelar mais acerca dessas Palavras. Seu objetivo não é apenas fazer
de nós uma boa terra, mas também nos fazer frutíferos, sendo Seus semeadores.
Isso significa que não somos apenas como uma planta que aguarda seu
amadurecimento no devido tempo. Somos também semeadores, lavradores, com a
comissão de lavrar e cultivar o coração das pessoas que Deus nos confiou (2 Tm
2:6; Tg 5:7). Para esse labor usamos a vida e a capacidade que Deus nos dá.
Assim, somos os que semeiam e lavram o solo, laborando por meio da Palavra o
coração das pessoas, bem como os que regam as plantas ministrando Espírito e
vida (1 Co 3:9).
O Senhor está nos enviando
para semear a semente do reino. Cada um de nós deve ser um semeador, pois é para
isso que o Senhor nos aperfeiçoa hoje na igreja. Contudo importa que estejamos
preparados para lidar com as dificuldades daqueles que o Senhor nos confiou para
cuidar. Laborando com amor ajudamos os irmãos a se tornarem uma boa terra. Há,
porém, pessoas que não creem em nossa pregação; outras recebem a palavra no
primeiro momento, mas, por causa das angústias ou perseguições, preocupações com
seu sustento ou mesmo o amor ao dinheiro, não se tornam frutíferas.
Isso acontece com muita
frequência. Ao semearmos a Palavra, encontramos corações com diversos tipos de
problemas. Mas não devemos desanimar; antes, precisamos encorajar nossos irmãos
a perseverar diante das provações ou das dificuldades pessoais. Precisamos orar
com eles, apascentando-os por meio da comunhão da vida, ajudando-os para que o
coração deles se torne uma boa terra onde o Espírito e a semente do reino podem
entrar e frutificar.
Que o Senhor nos encha com Seu
amor e graça, a fim de nos capacitar a lidar com nosso próprio coração, assim
como também ajudar nossos amados irmãos a ser uma boa terra, isto é, a viver no
espírito, invocando o Senhor e negando a vida da alma.
Um coração adequado produz muito fruto.
Porque a terra que absorve a
chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem
é também cultivada recebe bênção da parte de Deus (Hb
6:7)
Jo 4:14; 15:1
Somos gratos ao Senhor
por Sua palavra. Mediante a revelação da parábola do semeador, podemos discernir
o tipo de solo que há no coração das pessoas e, principalmente, no nosso.
Segundo essa revelação, precisamos buscar o tratamento adequado para sermos
curados.
Vejamos o solo compactado.
Nesse solo nem mesmo a água da chuva consegue penetrar, fica somente na
superfície. Nesse caso, é necessário arar a terra, descompactando-a. Quando a
terra é arada, o ar e a chuva penetram no solo, tornando-o um solo frutífero.
Uma vez arado, fica fácil localizar as rochas ocultas em seu
interior.
Para o segundo tipo de solo,
precisamos remover as pedras. Quando elas são removidas, a terra fica mais
arejada, com mais capacidade de absorver água e apta para produzir fruto (Hb
6:7). Como sabemos, a água que sacia o homem representa o Espírito (Jo 7:37-39).
Como uma boa terra nós precisamos de muita água. Por isso sempre invocamos o
nome do Senhor, para bebermos das fontes da salvação: Cristo, a fonte da vida
(4:14; Is 12:3-4). Aleluia! Quando nos voltamos a Ele, somos lavrados, as pedras
são removidas, e nosso coração consegue absorver as palavras do Espírito que
produzem vida.
O labor não terminou. Ainda,
por vezes, precisamos lidar com os espinhos. Para frutificar, a planta precisa
da luz solar. Embora a terra seja boa, os espinhos tornam a planta infrutífera,
pois seu crescimento a sufoca e impede de receber a luz do sol. Nessa situação,
não basta que arranquemos os espinhos, que representam as preocupações do dia a
dia e a fascinação das riquezas. É preciso queimá-los para que não voltem a
crescer. Para isso usamos o fogo santificador que há em nosso espírito, onde
eliminamos nossas ansiedades, ambições e preocupações.
O Senhor veio para nos batizar
com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Glória a Deus! Agora podemos eliminar
definitivamente as coisas que nos impedem de ser frutíferos, usando o fogo
purificador do Espírito. Todos nós podemos ser uma boa terra, desde que nos
deixemos ser trabalhados por Ele, e frutificar a cem, a sessenta e a trinta por
um.
12 julho, 2012
Refletindo...
Os empecilhos para o crescimento da vida.
O que foi semeado em boa terra
é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta
e a trinta por um (Mt 13:23)
Mt 13:19-23
Em Mateus 13:4 o Senhor
abordou o primeiro tipo de solo onde as sementes foram lançadas: à beira do
caminho. Esse solo é muito compactado, uma vez que pessoas trafegam sobre ele,
por isso a semente não consegue penetrar na terra. Essa é a descrição de um
coração endurecido pelos muitos pensamentos e conceitos já sedimentados na
mente. Então as aves, que nesse contexto tipificam o maligno, vêm e arrebatam a
semente (Ef 4:17-19).
Em Mateus 13:5 é descrito o
segundo tipo de solo, que é o solo rochoso, onde há pouca terra. Para o
desenvolvimento de uma planta é preciso haver certa quantidade de terra. Todavia
esse solo não permite que a planta aprofunde as raízes, tampouco é capaz de
reter água suficiente para supri-la, visto que as rochas não absorvem a água.
Logo, ainda que a semente germine, a planta não poderá se desenvolver, e o sol a
queimará (v. 6).
As referidas rochas desse tipo
de solo representam tudo o que nos impede de nos aprofundarmos na Palavra.
Assim, por causa de perseguições ou angústias, logo nos escandalizamos e
deixamos de seguir o Senhor com alegria (vs. 20-21). Precisamos clamar ao Senhor
que ilumine nosso coração, a fim de identificarmos quais são essas pedras, pois
podem ser os traços de nosso ego ou as fortalezas da nossa mente que impedem
nosso crescimento de vida, fazendo-nos tropeçar e desfalecer diante das
dificuldades e perseguições por causa da Palavra.
Quanto ao terceiro tipo de
solo, a terra é fértil e permite o crescimento da planta. Porém espinhos crescem
ao seu redor e a sufocam, impedindo que frutifique (v. 7). Nesse solo a vida da
semente consegue se desenvolver até certo ponto, mas não consegue produzir
frutos e se multiplicar. Isso acontece com alguns irmãos que possuem certo
crescimento de vida, contudo permanecem infrutíferos. Eles são sufocados pelos
cuidados do mundo e pela fascinação das riquezas (v. 22), que são os espinhos,
bloqueando a luz divina, essencial para a produção dos frutos.
O último tipo de solo é a boa
terra (v. 23). Este representa um coração adequado, que foi trabalhado pelo
Senhor. Nesse solo a semente consegue penetrar. Além disso, por ser arejada e
sem rochas, a água pode ser absorvida, fornecendo suprimento adequado para a
planta. Também os espinhos são retirados e queimados, permitindo que a luz solar
a alcance. Amanhã veremos que todos podemos nos tornar uma boa terra, mas para
isso precisamos lidar com cada um desses problemas.
Um coração adequado para o crescimento da semente.
Fostes regenerados não de
semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual
vive e é permanente (1 Pe 2:23).
Ora, o homem natural não aceita as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente (1 Co 2:14)
Mt 13:16; 16:24; 1 Tm 4:6; Jo
6:63
Como já enfatizamos,
para seguirmos o Senhor precisamos negar a nós mesmos e tomar a cruz (Mt 16:24).
Ante a infinidade das riquezas de Sua Palavra, precisamos sempre buscar mais
revelações, a fim de sermos renovados em nossa visão, jamais supondo que sabemos
tudo. Ao fazermos isso, nos tornamos capazes de compreender os mistérios do
reino dos céus e de receber mais da vida de Deus. À medida que seguimos o
Senhor, também somos, pouco a pouco, aperfeiçoados. Dessa maneira podemos ser
enviados para realizar a obra do ministério, pregando o evangelho do reino por
toda terra habitada.
Ontem vimos o que impede as
pessoas de compreender a Palavra de Deus: o coração insensível. Isso está
relacionado com nossa vida da alma. Um coração insensível é um coração anímico,
cheio de si mesmo, que, apesar de ouvir as palavras do Senhor, não as aceita,
tampouco as compreende (1 Co 2:14).
Todavia Mateus 13:16 diz:
“Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos,
porque ouvem”. Era como se o Senhor dissesse: “Vocês são bemaventurados, pois,
por estarem na minha presença, por Me seguirem, podem ouvir as Minhas palavras e
compreendê-las”. Hoje o Senhor também nos tem revelado essas coisas
por intermédio do Espírito (1 Co 2:10). Aleluia! Louvado seja o Senhor, pois nossos olhos e ouvidos foram abertos.
por intermédio do Espírito (1 Co 2:10). Aleluia! Louvado seja o Senhor, pois nossos olhos e ouvidos foram abertos.
A seguir o Senhor passou a
explicar, revelar, os mistérios do reino dos céus. A Palavra do Senhor é a
semente do reino, incorruptível, santa e cheia de vida. Nosso coração, porém,
que é o solo onde essa Palavra é semeada, precisa ser trabalhado para se tornar
uma terra adequada.
Na parábola do semeador o
Senhor Jesus descreve três tipos de solo, ilustrando os diferentes problemas que
são impedimentos para o crescimento e frutificação da palavra de Deus no coração
do homem. Nessa parábola, Ele também apresenta o solo apropriado para que a
semente cresça e frutifique. Amanhã abordaremos esses tipos de solo.
Louvamos o Senhor, pois
independentemente dos problemas existentes em nosso coração, Ele escolheu
“semear” a Si mesmo dentro de nós através da Sua Palavra. Além disso, hoje temos
a vida de Deus, que pode operar interiormente em nosso coração, transformando-o
em uma boa terra.
radioarvoredavida.net
10 julho, 2012
Refletindo...
O obreiro e a Fé | |
Essa questão de finanças tem resultados importantíssimos, portanto iremos devotar algum tempo a ela. Em graça, Deus é o mais grandioso poder, mas, no mundo, Mamom é o maior. Se os servos de Deus não resolverem a questão das finanças claramente, acabarão por deixar inúmeras outras questões não resolvidas também. Uma vez que o problema financeiro é resolvido, é espantoso como tantos outros automaticamente o são. A atitude dos obreiros cristãos para com as questões financeiras será boa indicação de eles terem ou não sido comissionados por Deus. Se a obra é de Deus, será espiritual; e se é espiritual, o modo de supri-la é espiritual. Se a provisão não está no plano espiritual, a obra em si rapidamente cairá no plano do negócio secular. Se a espiritualidade não caracterizar o lado financeiro da obra, a espiritualidade dos demais departamentos da obra não passa de teoria. Não há nenhum aspecto da obra que toque os assuntos práticos tão verdadeiramente quanto o financeiro. Você pode ser teórico em qualquer outro departamento, mas nesse não.
Os apóstolos de hoje, assim como os dos primórdios, não devem considerar nenhum homem como seu empregador, mas devem confiar que quem os enviou irá arcar com tudo o que envolve a execução da Sua vontade, em questões temporais bem como espirituais. Se um homem pode confiar em Deus, que saia e trabalhe para Ele; se não, que fique em casa, pois falta-lhe a primeira qualificação para obra. Há uma ideia prevalecente de que se um obreiro tem renda fixa ele pode ter mais horas vagas para a obra, e consequentemente fazê-la melhor. Contudo, de fato, na obra espiritual há a necessidade de renda não-fixa, pois isso necessita de comunhão íntima com Deus, clara revelação constante da Sua vontade e sustento divino direto. Total dependência de Deus é necessária se a obra for de acordo com a Sua vontade; portanto, Deus deseja que seus obreiros recorram somente a Ele para obter provisão financeira e assim não façam outra coisa a não ser andar em íntima comunhão com Ele e aprender a confiar Nele continuamente. Renda fixa não estimula a confiança em Deus e a comunhão com Ele; mas a total dependência Dele para satisfazer as necessidades, sim. Quanto mais incerto for o viver de um obreiro, mais ele recorrerá a Deus; e quanto mais for cultivada uma atitude de dependência de Deus, mais espiritual será a obra. Portanto, está claro que a natureza da obra e a fonte da sua provisão estão intimamente relacionadas. Se um obreiro recebe salário definido do homem, a obra produzida jamais pode ser puramente divina. A primeira questão que deve enfrentar todo o que crê ser de fato chamado por Deus é a questão financeira. Se não pode depender apenas do Senhor para prover todas as necessidades diárias, ele não é qualificado a engajar-se na Sua obra, pois se o obreiro não é financeiramente independente dos homens, a obra tampouco pode ser independente dos homens. Se ele não pode confiar em Deus para obter provisão dos fundos necessários, será que pode confiar Nele em todos os problemas e dificuldades da obra? Permita-me aconselhar todos os que não estão preparados para andar pela fé que continuem seus deveres seculares e não se engajem no serviço espiritual. Todo obreiro de Deus deve ser capaz de confiar Nele.
Fonte: A vida cristã normal da igreja – Watcham Nee
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Refletindo...
Andando sem tropeçar | |
Ele não permitirá que os teus pés vacilem. Salmos 121.3
Se o Senhor não permitirá isto, nem homens, nem demônios podem fazê-lo acontecer. Quão intensamente eles se regozijariam, se pudessem nos causar uma queda desastrosa, mover-nos de nossa posição e enterrar-nos sem deixarmos recordação! Eles seriam capazes de fazer tais coisas, para contentar seu próprio coração, se não houvesse apenas um obstáculo: o Senhor não permitirá. E, se Ele não o permitirá, nós não tropeçaremos. O caminho da vida é semelhante a viajar pelos Alpes. Caminhando pelas veredas das montanhas, uma pessoa está constantemente exposta aos deslizes de seus pés. Onde o caminho é mais elevado, a cabeça mostra-se propensa a sentir tonturas, e, deste modo, os pés logo escorregam. Existem lugares lisos como o vidro, e outros que são bastante ásperos, com muitas pedras soltas. Em qualquer desses lugares, uma queda é difícil de ser evitada. Aquele que, durante toda a sua vida, é capacitado a preservar-se de pé e a andar sem tropeços tem muitas razões para ser grato a Deus. Nenhum filho de Deus permaneceria de pé, por um momento sequer, diante de abismos, armadilhas, fraquezas físicas e inimigos sutis, se não fosse por causa do fiel amor de Deus, que não permitirá que os pés de seus filhos vacilem. Estou em pé, rodeado de armadilhas, Por tua mão sustentado e guardado. Tua mão invisível ainda me susterá E ao teu monte santo me levará.
C.H.Spurgeon
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Os requisitos para compreensão da Palavra.
Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram (Mt 13:16-17)
Mt 5:3, 8; 2 Co 3:6
Uma vez que fomos comissionados por Deus para ser Seus semeadores, precisamos atentar para as palavras do Senhor em Mateus 13. O Senhor Jesus apresenta a parábola do semeador, a fim de ilustrar os diversos tipos de corações que ouviam as palavras do reino.
Naquela ocasião havia muitas pessoas presentes, e o Senhor Jesus passou a falar-lhes por parábolas. Embora as pessoas O ouvissem, não conseguiam compreender Suas palavras. Até mesmo Seus discípulos não conseguiam compreendê-Lo, mas a estes o Senhor explicava o sentido das parábolas.
Mateus 13:10-11 descreve: “Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido”. Somente os discípulos puderam compreender as parábolas, pois o próprio Senhor lhes revelava o significado daquelas palavras. Logo adiante acrescentou: “Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem” (v. 13).
Não basta apenas ouvirmos a palavra do Senhor, precisamos da revelação contida em tais palavras. Muitos ouviam as parábolas, mas somente os discípulos recebiam a revelação. Isso nos mostra que somente aqueles que verdadeiramente seguem o Senhor, que estão no espírito, são capazes de compreender Suas palavras. Quando voltamos nosso coração ao Senhor, Ele mesmo remove o véu que nos impede de compreender Sua vontade (2 Co 3:16).
No versículo 15 o Senhor explica por qual motivo a grande multidão que O seguia não compreendia o Seu modo de falar: “Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados”. A palavra endurecido significa insensível.
Um coração insensível é incapaz de entender a palavra do Senhor. Consequentemente, não consegue se converter ao Senhor e receber Sua cura. Quando, porém, nos esvaziamos de nossos conceitos em nosso espírito, somos bem-aventurados (Mt 5:3) e permitimos que Ele purifique nosso coração para vermos a Deus (v. 8).
Que o Senhor nos dê um coração simples, tirando dele toda insensibilidade. Que possamos permitir Seu trabalhar em nós para que nosso coração seja como uma boa terra, a fim de produzir muitos frutos.
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