15 agosto, 2012

O que está por trás do lado bom da vida da alma.


Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia          (Jó 42:3)


Gn 4:3-5; Mt 16:21-23
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

A vida da alma de Pedro se manifestou principalmente quando tentava fazer o bem. Em Mateus 16:21-23, vemos que Pedro começou a reprovar o Senhor, quando Ele disse que Lhe era necessário seguir para Jerusalém, sofrer, morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro disse ao Senhor que tivesse compaixão de Si mesmo, pois isso de modo nenhum Lhe aconteceria. No lugar de Jesus, nós provavelmente aprovaríamos a atitude de Pedro. Essa é uma visão superficial da situação. Muitas vezes expressamos nossa opinião segundo o lado bom de nossa vida da alma e não segundo a vontade de Deus.
O Senhor, porém, era fiel à vontade de Deus Pai acima de tudo e reconheceu que Satanás estava utilizando a emoção de Pedro para impedi-Lo de realizá-la. Quem imaginaria que as palavras amorosas de Pedro eram um obstáculo para a vontade de Deus? Se o Senhor tivesse dado ouvidos a ele e não tivesse sido crucificado e morto, não teríamos a redenção nem a igreja seria gerada. Assim, o propósito de Deus em salvar o homem e prepará-lo para reinar seria prejudicado. Esse era o intento de Satanás, e, foi por isso, que o Senhor disse a Pedro: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v. 23).
O mesmo que aconteceu com Pedro pode ocorrer conosco, porque a alma possui dois aspectos: o bom e o mau. A parte má da vida da alma nós facilmente percebemos e rejeitamos, porque ela nos leva diretamente ao pecado. A parte boa, por outro lado, não é notada com facilidade, pois diz respeito até mesmo ao nosso serviço a Deus. Por exemplo, quando Caim apresentou uma oferta ao Senhor, ele o fez segundo o esforço proveniente da alma. Ao ser rejeitado, entristeceu-se. Quando Deus o aconselhou sobre o que deveria fazer, Caim não se arrependeu. Pelo contrário, aquele que parecia tão bom em sua alma, tornou-se mau, a tal ponto que assassinou seu irmão, Abel (Gn 4:3-5).
Como a vida da igreja é seguir o Senhor, devemos negar não somente a parte má da vida da alma, mas também a parte boa, pois ambas têm a mesma origem: Satanás. No registro da experiência de Pedro, o Senhor repreendeu Satanás, pois a origem daquela boa atitude era satânica. De fato, tudo o que é produzido pela vida da alma, seja bom ou mau, tem origem em Satanás. Daí a importância de negarmos o ego, tanto naquilo que se inclina para o pecado, como naquilo que produz coisas boas, mas que impedem que a vontade de Deus se cumpra. Isso é o que devemos praticar, não somente nas reuniões da igreja ou quando estamos envolvidos no serviço a Deus, mas em todo o tempo, principalmente na vida familiar e social.

Aprender com o apóstolo Pedro.


Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus (Mt 17:5, 8)


Mt 17:1-8; Lc 22:50-51
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

No passado, achávamos que Deus utilizava o sofrimento físico como a principal maneira de nos levar a negar a vida da alma. Por exemplo, quando algum acidente ou doença nos acometia, entendíamos que Deus estava nos levando a negar a nós mesmos naquela situação. Quando o problema era resolvido, pensávamos já haver negado a vida da alma o suficiente. Com o tempo, percebemos que essa não é a maneira mais eficaz para receber o trabalhar de Deus em nosso coração. Infelizmente, mesmo depois de passar por situações difíceis e até mesmo dramáticas, muitos continuam orgulhosos, inflexíveis e fortes em sua opinião natural.
A maneira que Deus utilizou para amadurecer Pedro foi prová-lo com o fogo ardente do Espírito. Em Mateus 16, Pedro obteve de Deus Pai a revelação de que Cristo é o Filho do Deus vivo; imediatamente após isso, o Senhor Jesus lhe revelou a igreja como o ambiente onde negamos a nós mesmos para segui-Lo (Mt 16:17-18). Embora já tivesse recebido a revelação de Cristo e da igreja, Pedro ainda estava cheio de si mesmo e de suas próprias opiniões. Por essa razão, o Senhor lhe revelou que para segui-Lo, Pedro ainda precisava negar a si mesmo, isto é, o seu ego.
Em Mateus 17, vemos Deus lidando com a vida da alma de Pedro. Quando o Senhor Jesus foi transfigurado, Pedro, Tiago e João presenciaram Elias e Moisés falando com Ele. Nessa ocasião, Pedro disse a Jesus: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias” (v. 4). No mesmo instante, ele foi interrompido por uma nuvem luminosa que os envolveu e uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5). Isso mostra que devemos negar nossas preferências e dar ouvidos somente ao Senhor.
Ainda em Mateus 17, ocorreu outra situação em que Pedro manifestou sua opinião sem antes ouvir o Senhor. Quando os cobradores do imposto para o templo lhe perguntaram se Jesus pagava tributo, ele respondeu que sim. Mas quando entrou em casa, o Senhor Jesus lhe
disse: “Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos” (vs. 25-26). Sendo Filho de Deus, o Senhor Jesus estaria isento de impostos. Contudo, como Pedro se adiantou em dizer que Ele pagaria, dando lugar à sua própria opinião, o Senhor lhe disse que fosse ao mar e lançasse o anzol. O primeiro peixe fisgado traria na boca um estáter para ser pago como imposto pelo Senhor e por Pedro.
O Senhor fez isso para que Pedro aprendesse a lição de não abrir a boca precipitadamente, sem depender Dele. Cremos que enquanto esperava para apanhar o peixe, Pedro teve tempo de se arrepender e perceber o quanto sua vida da alma era prejudicial. Enquanto aguardava e se arrependia, ele deve ter experimentado um fogo ardente queimando suas impurezas.
O aprendizado de Pedro foi gradual, pois em outras ocasiões sua vida da alma voltou a se manifestar, como quando, no jardim do Getsêmani, usou uma espada e cortou a orelha do soldado que estava para prender o Senhor Jesus. Novamente, as características naturais de Pedro vieram à tona e o Senhor lhe ensinou mais uma lição, curando a orelha do soldado e mostrando que não precisava de sua ajuda natural (Lc 22:50-51).
Louvado seja o Senhor, pois em toda situação temos a chance de negar a vida da alma e, assim como Pedro, aprender a ouvir o Filho de Deus.

13 agosto, 2012

Refletindo...

A Importância do Espírito

Certamente os genuínos cristãos querem progredir e crescer em sua vida espiritual. Para que isso ocorra, exercitar o espírito enquanto se lê a Bíblia é essencial e indispensável. Na verdade, tudo o que fizermos para Deus precisa ter origem em nosso espírito, para que Deus aceite a obra de nossas mãos. Os livros de Esdras, Neemias e Ester podem ajudar-nos a entender melhor o genuíno serviço a Deus. Esses são os últimos livros históricos do Antigo Testamento, e seu tema comum é a restauração que Deus fez entre Seu povo, Israel. Para a obra de Deus ser realizada, Ele precisa obter pessoas adequadas. E as pessoas adequadas são as que exercitam o espírito, sem o que não há restauração.

Vejamos alguns dos personagens principais nesses três livros. Em Esdras há Zorobabel e Jesua (ou Josué – cf. Zc 3). Eles foram os principais líderes do povo que retornou da Babilônia para Jerusalém para a reedificação do templo. Para subir a Jerusalém eles pagaram um alto preço ao abandonar tudo o que possuíam em Babilônia. Deus, através de Seus profetas, despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que passou pregão em todo o seu reino para que houvesse o retorno a Jerusalém. Então, Zorobabel e Jesua, juntamente com cerca de cinqüenta mil pessoas, atenderam a esse chamado para reedificar. Ao lançar os alicerces do templo, eles alegram-se muito, com gritos e choro (Ed 3). Depois disso, porém, a obra cessou por dezesseis anos. O que levou a isso foi o surgimento de adversários que os ameaçaram e atemorizaram. Isso, entretanto, não deveria ser motivo para interromper uma obra tão importante, uma vez que todos eles estavam tão motivados a reedificar. Que terá ocorrido?

A resposta está em Zacarias 4:6. Esse versículo indica que a interrupção da edificação deveu-se ao fato de a motivação deles ter se originado em sua força natural, em sua alma, não em seu espírito. Tudo o que iniciamos em nossa alma tem pouca duração, pois facilmente é abalado peças dificuldades e barreiras que surgem. Quando servimos em nossa alma estamos edificando a igreja com madeira feno e palha (1 Co 3), isto é, com elementos caídos de nossa natureza humana. Tal obra não permanece quando submetida à prova. Servir no espírito, isto é, edificar com ouro, prata e pedras preciosas, que representam a obra do Deus triúno, é permanente e inabalável.

Para servir a Deus, precisamos voltar-nos ao nosso espírito e permanecer Nele. Em nosso espírito nada nos pode abalar nem impedir de prosseguir. Somente no espírito podemos dizer com toda ousadia as palavras de Zacarias 4:7: “Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina”. Aleluia!



Alimento Diário de Provérbios
(Site Igreja em Uberaba)

Estudo Biblico...

Servir conforme a determinação de Deus

Semana 1 – Domingo

Leitura bíblica: Gn 4:2-5, 8; 8:21; Sl 23:2; 1 Co 5:6; Hb 9:22; 11:4

Ler com oração:

Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala (Hb 11:4).


 
SERVIR CONFORME A DETERMINAÇÃO DE DEUS

Depois de expulsos do jardim, Adão e Eva tiveram dois filhos. O mais novo, Abel, começou a criar ovelhas, e o mais velho, Caim, foi lavrador (Gn 4:2).

Aconteceu que, no fim de uns tempos, ambos trouxeram uma oferta ao Senhor. Abel provavelmente deve ter percebido pelo testemunho de seus pais que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22), por isso ofereceu das primícias de seu rebanho e da gordura deste. Caim, por sua vez, trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.

Sabemos que Deus agradou-se de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou (Gn 4:4-5). Vejamos por que a oferta de Abel foi aceita.

Para se oferecer uma ovelha, primeiro deveria haver o derramamento de sangue; depois havia necessidade de retirar sua pele; por fim tirar a gordura e queimá-la. O sangue derramado é para resolver o problema dos nossos pecados. A pele representa Cristo como nossa cobertura para justificação. E a gordura, ao ser queimada, produz uma fumaça que sobe para Deus como um suave cheiro (8:21), simbolizando que Deus nos reconciliou Consigo. Foi por isso que Deus se agradou da oferta de Abel (4:4).

Ao contrário deste, Caim foi trabalhar no solo (v. 3). Um lavrador trabalha na terra antes mesmo de o sol sair, e, ainda com o sol a pino, continua trabalhando. Caim escolheu esse caminho e ofereceu do fruto de seu labor a Deus, achando que Ele certamente o aceitaria. Essa é a maneira de o homem natural pensar. Todo homem quer servir a Deus e servi-Lo da melhor maneira, entretanto, se não viver no espírito, Deus não aceitará sua oferta, como não aceitou a de Caim (v. 5).

O serviço de Abel, que pastoreava as ovelhas, era mais tranquilo. Ele não precisava acordar muito cedo, pois as ovelhas não podem comer a pastagem úmida de orvalho, uma vez que provoca indigestão. Abel precisava esperar o sol sair e secar o pasto. Esse não é um trabalho árduo, pois um pastor de ovelhas não precisa cortar o capim nem levar água para as ovelhas. O salmo 23 fala que o pastor leva as ovelhas onde há pasto e depois as deixa descansar junto às aguas (v. 2). O pastor de ovelhas não precisa fazer nada, fica sentado esperando e desfrutando Deus.

Ao ver seu irmão, Caim deve ter imaginado: “Estou suando ao sol e você descansando”, e possivelmente concluiu: “Meu irmão vive tão tranquilo, enquanto eu estou trabalhando duro. Certamente Deus vai agradar-se de mim e do suor de meu trabalho”. Caim não entendia que Deus deseja que o homem O sirva segundo Sua determinação.

Abel foi aceito porque ofereceu segundo a determinação de Deus. Ele criava ovelhas somente para ofertar a gordura, a parte mais rica da ovelha, para Deus. A oferta dele tinha o sangue, a pele e a gordura, por isso ele obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas (Hb 11:4).

Caim ficou insatisfeito porque Deus aceitou a oferta de Abel e não aceitou a sua (Gn 4:5). Ele não entendia por que, com seu labor, não podia agradar a Deus, e seu irmão, com uma vida mais tranquila, podia. Isso fez com que ficasse insatisfeito com Deus. Como resultado de servi-Lo na alma, Caim irou-se sobremaneira, e descaiu-lhe o semblante, pois não compreendia como o fruto de seu esforço não fora aceito por Deus. Pior ainda, além da insatisfação, teve ciúmes de seu irmão e o matou (v. 8). Essa é a história de alguém que vive na alma.

O homem guarda insatisfação, a qual, se não for controlada, irá crescer. Na igreja, muitas vezes você é ajudado pelos irmãos e às vezes um irmão o corrige e mostra o que não está bem em você. Se você é uma pessoa acostumada a viver pela vida da alma, em lugar de aceitar essa ajuda como benefício, começa a argumentar, a justificar-se e a ficar insatisfeito. Isso é resultado da sua alma. Se você não lidar com essa insatisfação, ela irá desenvolver-se e, como um fermento colocado na farinha, fermentará tudo (1 Co 5:6).

Que o Senhor nos guarde do orgulho, da insatisfação e de servi-Lo segundo nossa própria maneira e opinião. Sejamos simples como Abel e sirvamos a Deus conforme o que Ele determinou. Amém!

Ponto-chave: Servir a Deus conforme Sua determinação.

Leitura de apoio:“O caminho para viver e reinar com Cristo” – cap. 1 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.

Amadurecer para reinar com Cristo.

Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?
(Mt 16:26).
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5:10)

Mt 16:24-25; Jo 3:16; 5:24; 10:28-29; 1 Co 3:12-15; 1 Pe 1:6-9; 4:12-13
Árvore da vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Deus tem para o homem uma importante comissão: governar o mundo que há de vir (Hb 2:5). Para isso, depois de crer no nome do Senhor Jesus e nascer de novo, ainda precisamos permitir que a vida divina cresça em nós, e isso acontece à medida que negamos a nós mesmos (Jo 1:12; 3:3-5; 12:24-26; cf. Mt 16:24-26). Sem o acréscimo da vida de Deus, não seremos aprovados no tribunal de Cristo.
Todos os que cremos em Cristo e fomos regenerados compareceremos perante o Seu tribunal para receber segundo o bem ou mal que tivermos feito por meio do corpo, isto é, de acordo com o crescimento em vida e a obra que cada um fizer (2 Co 5:10; Mt 25:1-30). Todavia, caso sejamos reprovados naquele dia, não seremos lançados no lago de fogo, pois o tribunal de Cristo não será para julgar se alguém tem a vida eterna ou se perecerá eternamente, mas para avaliar se os filhos de Deus ganharão o galardão ou se precisarão ser disciplinados (1 Co 3:12-15).
A salvação do nosso espírito é eterna, segura e eficaz (Jo 3:16; 5:24; 10:28-29), desde quando cremos no Senhor Jesus e, de coração, invocamos Seu nome (Rm 10:13). Ela é pela graça e não por nossas obras (Ef 2:8). Contudo, a fim de reinarmos com Cristo durante mil anos (Ap 20:6), nossa alma também precisa ser salva. Para que isso ocorra precisamos cooperar, uma vez que quanto mais negarmos a nós mesmos nesta era, mais cresceremos e amadurecemos na vida divina e esse amadurecimento nos qualificará a governar o mundo que há de vir.
Se não houvermos amadurecido o suficiente por ocasião da vinda do Senhor, ainda teremos a oportunidade de passar pelo calor do fogo, que nos obrigará a amadurecer durante o milênio. Somente após passar por essa disciplina, estaremos aptos a fazer parte da nova Jerusalém, por toda a eternidade futura. Esse “amadurecimento forçado” é semelhante ao utilizado para as frutas que ainda estão “verdes”, deixandoas em um local abafado e relativamente quente por um determinado período de tempo.
Se, porém, desejamos ser aprovados naquele dia, nossa alma precisa passar hoje pela prova do fogo, pelo sofrimento necessário para haver purificação e salvação (1 Pe 1:6-9). Portanto, é importante entendermos que A prova do fogo ardente que intitula a mensagem desta semana se refere ao sofrimento necessário nesta era para purificar nossa alma, para salvá-la, visando ao nosso amadurecimento para reinarmos com Cristo na era vindoura (4:12-13).
Diante disso, precisamos verificar nossa condição espiritual: se ainda estamos “verdes” ou se já amadurecemos o suficiente. Se formos sinceros e tivermos nosso coração voltado ao Senhor, perceberemos que ainda necessitamos negar a nós mesmos e ceder mais espaço à vida de Deus. Todavia é incomparavelmente melhor passar pela prova do fogo ardente hoje, escolhendo negar a vida da alma desde já, do que sermos surpreendidos com a disciplina do Senhor diante de Seu tribunal e termos de passar pelo fogo durante o reino milenar.

12 agosto, 2012

Refletindo...

A Igreja em Tiatira

Apocalipse 2:18-29


Neste capítulo examinaremos Tiatira. Aqui devo enfatizar especialmente que foi após a igreja na era apostólica passar, que Éfeso apareceu, e após Éfeso, Esmirna, e após Esmirna, Pérgamo, e após Pérgamo, Tiatira. A igreja no tempo dos apóstolos passou, a época de Éfeso passou, a época de sofrimentos passou, o período de Pérgamo também passou, e o que vem a seguir é Tiatira. Mas a igreja representada por Tiatira continuará até o Senhor Jesus voltar. Não só Tiatira, mas também Sardes, Filadélfia e Laodicéia continuarão até o Senhor Jesus retornar. Nas primeiras três igrejas, não há menção da volta do Senhor, mas, nas quatro últimas, a volta do Senhor é mencionada em cada caso. Laodicéia, contudo, não menciona a segunda vinda do Senhor literalmente, por causa de alguma coisa particular referente a ela, conforme explicaremos mais adiante. Portanto, as últimas quatro igrejas continuarão até o Senhor voltar.

Na bíblia, vemos que o número sete é um número que significa complementação. Sete é composto de três mais quatro. Três é o numero de Deus; o próprio Deus é três-um. Quatro é a criatura de Deus; é o número do mundo, tal qual as quatro direções, os quatro ventos, as quatro estações etc. – todos contêm o número quatro. Sete significa o Criador mais a criatura. Quando Deus é adicionado ao homem, isto é complementação. (Mas esta complementação é deste mundo – Deus nunca coloca sete na eternidade. O número de complementação na eternidade é doze. Sete é formado por três mais quatro; doze é formado por três vezes quatro. Quando Deus e o homem são colocados juntos, há complementação neste mundo. Quando o Criador e criatura são incorporados, então há complementação eterna). O número sete é sempre três mais quatro. As sete igrejas estão divididas em: as três primeiras mais as quatro ultimas. As três primeiras não mencionam a volta do Senhor, enquanto as outras quatro mencionam. Desse modo, três igrejas são de um grupo, enquanto as outras quatro são de outro. A igreja de Tiatira é a primeira entre as quatro igrejas que existirão até o Senhor Jesus voltar.

Tiatira significa “o sacrifício de perfume”, isto é, repleta de muitos sacrifícios. As palavras faladas pelo Senhor tornam-se cada vez mais fortes. O Senhor diz que Ele é O que tem “olhos como chama de fogo”. Nada pode ocultar-se dos Seus olhos. Ele é a luz; Ele próprio é a iluminação. Ao mesmo tempo Ele diz que tem “pés semelhantes ao bronze polido”. Na bíblia, bronze significa julgamento. O que os olhos vêem, os pés julgam. Os estudiosos da bíblia concordam que a igreja em Tiatira refere-se à Igreja Católica Romana. Isto não se refere à confusão que resultou do casamento da igreja com o mundo (Pérgamo) – agora isso passou. A situação tornou-se mais pesada, cheia de heresia e sacrifício. É realmente notável como a Igreja Católica Romana dá muita atenção principalmente a comportamentos e a sacrifício. A missa é seu sacrifício.

A Igreja Católica Romana, de acordo com a nossa observação, não tem nada de bom, mas Deus diz: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas ultimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. O Senhor reconhece que há realidade na Igreja Católica Romana. Madame Guyon, Tauler e Fenelon¹ estava na Igreja católica romana, e podemos mencionar ainda muitos dos melhores nomes. Na verdade, há muitos na igreja católica romana que conheciam o Senhor. Nunca pense que não há nenhum salvo na igreja católica romana. Também ali o Senhor ainda tem Seu próprio povo – disso devemos ter bastante clareza diante do Senhor.

O que estamos ressaltando agora é quão desolada a igreja se tornou em sua aparência exterior. Primeiro, vimos o comportamento dos nicolaítas; mais tarde, vimos que ele evoluiu tornando-se ensinamento. Mas, e a igreja agora? O Senhor diz aqui: “tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.

¹ Irmãos e irmãs que, nos séculos passados, (dentro do catolicismo romano) seguiram a chamada “linha da vida interior”. Com ênfase a experiência de amor a Cristo e à Cruz. Também conhecido como “Quietismo”.

Quem é Jezabel? Jezabel era a esposa que o rei Acabe trouxe da terra dos sidônios, os gentios. Jezabel seduziu o povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal (1 Reis 16:30 -32). Baal é o deus dos gentios, não o Deus do povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal. O problema, agora, não são apenas os ídolos, e, sim, que Deus foi substituído: Baal foi introduzido e adorado como seu próprio deus. Na história da nação judaica (Israel) até 1 Reis 16, ninguém havia levado o povo de Israel a pecar de tal maneira como Acabe. Acabe foi o primeiro a conduzir o povo a adorar um deus gentio em larga escala. Nem mesmo Jeroboão igualou-se a ele nos pecados que cometeu.

Queremos, aqui, atentar para quem é Jezabel. É uma mulher. A mulher em Apocalipse 17 refere-se à Igreja Católica romana. Em Mateus 13, a mulher que tomou o fermento e escondeu-o em três medidas de farinha também é a Igreja católica romana. Naturalmente, portanto, a mulher aqui, também representa a Igreja católica romana.

Deus nunca reconhece como legítimo o casamento entre Seu povo e os gentios; Deus diz que isto é prostituição. Como consta, Jezabel não era a rainha; a união deAcabe e Jezabel era prostituição. Prostituição é confusão. O que Deus vê aqui é uma mulher que está misturando coisas às palavras de Deus e ao povo de Deus. O que esta mulher introduziu foi o deus dos gentios. E o resultado da prostituição é idolatria. O Novo Testamento menciona a conferencia em Jerusalém, cujo resultado foi a exortação aos irmãos gentios para se absterem de comidas sacrificadas a ídolos e da fornicação (At 15:29). A prostituição daquela mulher introduziu ídolos no reino de Israel.

Por meio de Jezabel, Acabe foi unido ao mundo. Não importa onde você esteja, é visível que a Igreja católica romana uniu-se aos poderes políticos. Ela envia embaixadores e ministros a várias nações, e, em importantes crises mundiais, ela se levanta para falar. A união da igreja com o mundo é a igreja católica romana. Eles proclamam que seu primeiro papa foi Pedro. Mas acho que Pedro diria:”Eu sou um discípulo do pobre Jesus de Nazaré; essa glória e a honra do mundo não têm nada que ver comigo”. Contudo, a Igreja católica romana mantém sua posição no mundo e exige respeito das pessoas. O fenômeno da Igreja Católica Romana nestes mais de mil anos, de acordo com a Epístola de Tiago, é o maior adultério. Aqui vemos que a igreja perdeu a sua virgindade. Hoje, há um grupo de pessoas que acham que desde que tem tão vasto número de membros, podem negociar com os outros. De acordo com os homens, é uma espécie de progresso a igreja ser capaz de negociar, mas, de acordo com Deus, é um pecado a igreja ganhar o que o mundo ganha.

Qual é o resultado? Idolatria. Os fatos estão colocados diante de nós; não há uma igreja que seja igual à Igreja católica romana com tantos ídolos. Podemos dizer que a melhor classe de ídolos é feita pela igreja católica romana. Estive na cidade de Roma por um mês. Durante esse tempo, eu continuamente sentia algo: “Se a igreja é deles, então não é nossa; se for nossa, então certamente não é deles”. Não há meio termo para ambos se unirem. O mais extraordinário é que eles cumpriram tudo o que foi profetizado na bíblia. Há uma imagem do Pai e uma imagem do Filho; há imagens dos apóstolos e imagens dos santos antigos. Eles adoram Maria; adoram Pedro. Vemos como Jezabel ensina os servos do Senhor a cometer prostituição e a comer a comida ofertada aos ídolos! Jezabel é mencionada porque a igreja trouxe para dentro de si deuses gentios. Vemos isto no livro intitulado Mystery², de G. H. Pember. Eles tomaram os deuses gentios e penduraram neles os símbolos do cristianismo. O mais evidente é a imagem de Maria. Alguns pensam que pelo menos Maria é do próprio cristianismo. Mas o fato é este: a Grécia tem uma deusa, a Índia tem uma deusa, o Egito tem uma deusa, a China tem uma deusa, cada religião do mundo tem uma deusa, exceto o cristianismo. Já que deve haver uma deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa na fé cristã – a origem do conceito de uma deusa são os gentios. Assim, isto é idolatria, além de prostituição. Isto é Jezabel, trazendo as coisas dos gentios para o reino de Israel.

² não disponível em português. (N.T.)

Ela se autodenomina profetisa porque quer pregar e ensinar. A posição da igreja diante de Deus é a de uma mulher. Sempre que a igreja tem autoridade para pregar, ela é Jezabel. A igreja não tem nada a dizer; em outras palavras, a igreja não tem palavra. O filho de Deus é a Palavra; por isso só Ele tem a palavra. Cristo é o Cabeça da igreja; portanto, somente Ele pode falar. Sempre que a igreja fala, isto é a pregação da mulher. A Igreja católica romana é a mulher pregando. Na Igreja católica romana há o que a igreja diz, não o que a bíblia diz nem o que o Senhor diz. É extraordinário que Deus aqui diz que Jezabel é a profetisa e que a mulher fala. “Meus servos” refere-se a servos individuais. Jezabel tem autoridade para dirigir cada crente. O povo na igreja católica romana não lê a bíblia, porque tem medo de interpretar mal o que Deus pretende. Somente os padres podem entender e somente os padres podem falar; portanto, somente eles podem decidir todas as questões. A igreja católica romana é essencialmente a pregação da mulher que decide o que os filhos de Deus devem fazer. Muitas doutrinas têm sido alteradas, porque ela diz que isto é o que a igreja diz e as pessoas devem ouvir a igreja. Ela não ressalta que o povo deve ouvir o Senhor, mas que o povo deve ouvir a igreja e o papa.

Na história da igreja houve as perseguições do Império Romano, e houve também as perseguições da Igreja Católica Romana. Quando a Igreja Católica Romana na Espanha perseguiu os filhos de Deus, ela matou um sem-número deles. A punição que aplicaram durante a Inquisição foi cruel ao extremo. Após levarem as pessoas a ponto de morrer, entregavam-nas ofegantes nas mãos do governo, dando a entender que ninguém fora morto pela mão deles. Eles sempre o farão aceitar a doutrina deles. A nação Judaica (Israel) tinha apenas uma mulher que matava os profetas; era Jezabel. Nos séculos anteriores quantas testemunhas morreram nas mãos da Igreja católica romana não sabemos. Eles afirmam que tudo o que decidem está sempre certo. O pensamento das pessoas de Tiatira deve-se ao fato de que ela permite o ensinamento de Jezabel em seu meio.

“Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição”. Eles ainda estão unidos com o mundo e cheios do comportamento do mundo. “Eis que aprostro de cama” – não num caixão, mas numa cama. Um caixão significa que acabou; uma cama significa que não acabou. Isto quer dizer que ela não mudará durante toda a sua vida. A paciente não pode ser curada e não pode mudar. Permanecendo em sua presente situação, ela é incurável - esta é a condição da Igreja católica romana. Em 1926, Mussoline e o papa assinaram um acordo, separando o Vaticano da Itália, para que ele pudesse tornar-se um estado independente, possuindo seu próprio tribunal e polícia etc. Os crentes na Igreja católica romana aumentam anualmente. Na China, não há jornal publicado por uma igreja protestante, contudo a Igreja católica romana possui um jornal. Seu número excede três a quatro vezes o dos protestantes ³. Em Apocalipse 17, vemos a que ponto esta igreja irá desenvolver-se. Agora, sem dúvida, ela está tornando-se cada vez mais forte. Mas o Senhor diz ao Seu povo:”Saí dela”. Que o Senhor diz sobre aqueles que têm cometido adultério com ela, e sobre os seus filhos? “Prostro” (...) em grande tribulação os que com ela adulteraram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos” – provavelmente estas palavras referem se à destruição da igreja católica romana por Deus, por intermédio do anticristo e seus seguidores – “e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as suas obras”.

“Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as cousas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha”. “Os demais de Tiatira”; embora Jezabel esteja aqui, ainda há descanso. Ao ouvir que Jezabel havia decidido matá-lo, Elias ficou muito desencorajado. Que fez ele? Ocultou-se. Então Deus disse: “Que fazes aqui”? Enquanto ele estava murmurando, o Senhor disse; “Também conservei em Israel sete mil” (1Reis 19:9-18). Estes são “os demais de Tiatira”. Quando Jezabel vivia nesta terra havia Elias; portanto, na igreja católica romana também deve haver Elias; portanto deve haver também muitos que pertencem ao Senhor. Não apenas na Espanha, mas também na França e na Grã-Bretanha, houve muitos que foram queimados. O sangue de muitos foi derramado na igreja católica romana. Isto é um fato. Hoje a igreja católica romana ainda está fazendo o melhor que pode para perseguir. Graças ao Senhor, ainda há aqueles que “não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de satanás”. As palavras “coisas profundas” em grego é bathea, que quer dizer mistério. A igreja católica romana gosta demais de usar essa palavra. Eles têm muitos mistérios, ou doutrinas profundas, em seu meio. Essas doutrinas não são do Senhor, mas são as palavras de Jezabel. Sobre os que não seguem essa doutrina, o Senhor não colocará outra carga; estes são os que já têm a Sua Palavra e devem conservá-la: “Conservem Minha palavra que vocês conhecem – isto é suficiente. Não percam o que vocês já têm, até que Eu venha”. “E ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá: e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai” (VCR). Essa é a primeira promessa. Qual é o significado disto? Todo aquele que cuida de ovelhas tem uma vara. Quando as ovelhas não se comportam bem, ele usa a vara para bater-lhes gentilmente. O capítulo 13 de Mateus diz que um anjo virá e ajuntará para fora do seu reino todas as coisas que ofendem, isto é, usará força para expulsar todas as coisas que não são corretas. Mas isso não significa que no milênio as nações já não existirão. Sabemos que elas estarão lá. Por meio da vara de ferro Deus quebrará estas coisas em pedaços.

O que Deus produz são pedras; o que o homem produz são tijolos. Os tijolos são muito semelhantes a pedras. A torre de Babel foi construída com tijolos. Quando aos que O imitam, da torre de Babel até a segunda Epístola a Timóteo, o Senhor diz que eles são “vasos de barro” (vasos de oleiro). O Senhor diz que o vencedor pastoreará as nações quebrará os vasos de barro em pedaços. Regerá, no texto original, significa pastoreará. A palavra pastoreará significa que não é algo feito de uma vez, mas, ao contrário, é feito batendo uma por uma, quando há necessidade. Isto é pastorear. Esse tipo de coisa provavelmente será feito continuamente até que o novo céu e a nova terra sejam
introduzidos. O reino é a introdução ao novo céu e nova terra. No novo céu e nova terra, apenas a justiça habita. Esta é a razão pela qual a vara de ferro aqui deve ser usada para pastoreá-las e quebrar em pedaços todas as coisas procedentes dos homens.

“Dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã”. Esta é a segunda promessa. A estrela da manhã é a assim chamada estrela d’alva. Na hora mais escura, exatamente na hora em que o dia está surgindo, ela aparece por um instante, e então o sol desponta. Muitas pessoas vêem o sol, mas poucas vêem a estrela da manhã. Um dia o Senhor será visto pelo mundo todo, como está citado no capítulo quatro de Malaquias: “Nascerá o sol da justiça”. Mas antes que todas veja a luz, você já poderá tê-la visto primeiro enquanto está escuro. Isso é o que significa receber a estrela da manhã. Logo antes do dia nascer, é realmente escuro. Mas é neste exato momento que a estrela da manhã aparece. O Senhor
promete ao vencedor que ele receberá a estrela da manhã na hora mais escura: isso significa que ele verá o Senhor e será arrebatado. Nós vemos o sol sempre durante as horas do dia, mas aquele que vê a estrela da manhã é alguém que prepara um momento especial para levantar-se e contemplar, enquanto os outros estão dormindo. Esta é a promessa para o vencedor.

Nas primeiras três epístolas o chamamento ao vencedor vem após “quem tem ouvidos, ouça” Primeiro lemos “quem tem ouvidos” e, então a promessa ao vencedor. Mas a partir de Tiatira a ordem é invertida. Isso prova que as três primeiras igrejas são um grupo, enquanto as quatro ultimas são outro. Há uma diferença entre os dois grupos. Antigamente foi depois que a época de Éfeso passou que a igreja de Esmirna veio, e depois que passou a época de Esmirna, veio Pérgamo, e depois que Pérgamo passou veio Tiatira. Mas agora não é quando Tiatira se vai que Sardes vem. Tiatira continuará até que o Senhor volte. Não é quando Sardes passa que Filadélfia vem, nem quando Filadélfia se vai que Laodicéia aparece. Sardes, Filadélfia e Laodicéia também continuarão até que o Senhor Jesus volte. Todas as três primeiras vieram e foram-se, mas as quatro últimas surgem gradativamente e continuarão juntas até o Senhor voltar. 


Capitulo 5 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida
(Site Igreja em Uberaba)

Para Meditar...


O genuíno leite

O leite é realmente um alimento saudável e útil ao crescimento físico do homem, assim como a pura palavra de Deus é para o crescimento espiritual dos filhos de Deus.
Um chefe de família sábio e responsável sabe da importância de proporcionar esse alimento para seus filhos. Da mesma forma, o governo de um país conhece as conseqüências de não dar ou disponibilizar o leite para as famílias daquela nação. Porém, nestes últimos dias, presenciamos notícias alarmantes acerca da qualidade do leite que estamos consumindo. Algumas substâncias foram adicionados ao leite para que a preparação do produto se tornasse mais lucrativa. No entanto tais acréscimos são notadamente prejudiciais à saúde. Esse acontecimento, que foi matéria obrigatória nos noticiários, vem alertar-nos sobre outra questão, talvez ainda mais grave, mas que não é tão percebida, a mistura na palavra de Deus.
O alimento espiritual dos filhos de Deus é proveniente do ensinamento dos apóstolos, que também é o conteúdo do Novo Testamento. Essas palavras, quando são servidas aos crentes de modo puro e sem misturas, podem ajudá-los a crescer de uma maneira normal, até se tornarem espiritualmente saudáveis, fortes e frutíferos. Porém, assim como algumas pessoas, com intenção de lucro indevido, misturaram substâncias nocivas à saúde no leite, algumas pessoas, igualmente perversas e com intenção impura, têm adicionado mistura à genuína palavra de Deus, com o objetivo de obter vantagem indevida.
Nas parábolas acerca do reino dos céus, o próprio Senhor Jesus advertiu os discípulos, profetizando sobre uma mulher que iria adicionar fermento a três medidas de farinha, até que tudo ficasse levedado (Mateus 13:33). Sabemos que o fermento foi comparado pelo Senhor com o ensinamento dos escribas e fariseus (15:11-12), dos quais os discípulos deveriam acautelar-se, ou seja, evitá-los para que a fé deles não fosse contaminada e deixasse de crescer (15:8). Ora, o fermento é algo que faz crescer a massa, porém não necessariamente contribui para melhorar o alimento; ao contrário, produz volume, mas não acrescenta qualidade. Sabemos que o excesso na alimentação pode causar muitas complicações à saúde do homem, tais como a obesidade, as doenças cardíacas, o diabetes etc. Portanto, devemos acautelar-nos em relação às misturas na palavra de Deus e buscar o genuíno leite espiritual, que nos traz crescimento para salvação. Além disso, os escribas e fariseus estavam sempre questionando o Senhor Jesus e opondo-se a Seu ministério, porque estavam interessados em usar a palavra de Deus, mas para seu próprio benefício. Isto também é fermento.
Como responsáveis pela saúde espiritual dos filhos de Deus, começando por nossa própria, devemos atentar acerca do alimento que temos recebido e desfrutado.
Damos graças a Deus pelo JAV, que sempre está atento para tornar disponível aos filhos de Deus um alimento puro e saudável, o qual não visa lucro para nenhum nome em particular ou organização, mas somente ao Senhor Jesus e à Sua noiva, para que ela se torne igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Efésios 5:26-27). E também permitir que todos os membros do Corpo de Cristo sejam fortes e ativos e cresçam o crescimento que procede de Deus (Colossenses 2:19).

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Quatro situações que permanecerão até a volta do Senhor.


Vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito (Ef 5:15-18)


Mt 6:33; Ap 2:22-26; 3:3, 7-8, 11, 13, 19

Até que o Senhor volte, as situações das quatro últimas igrejas descritas em Apocalipse 2 e 3 irão permanecer. Dentre as quatro, apenas Filadélfia tem garantida a coroa, mas é advertida a conservar o que tem para que ninguém a tome. Quanto aos que estão em Tiatira, para serem vencedores, o Senhor requer que se arrependam das obras que ela incita (impureza, idolatria), não se envolvam com sua doutrina, conservem o que têm e guardem até o fim as Suas obras (Ap 2:22-26). Para os que estão na condição de Sardes e Laodiceia, vivendo segundo seu ser e opiniões naturais, o Senhor exige que se arrependam de suas obras (3:3, 19).
Portanto, podemos afirmar que até a volta do Senhor haverá irmãos ainda vivendo na esfera da alma, sendo guiados por suas razões, emoções e forte vontade natural. Infelizmente, ainda vemos muita confusão entre os filhos de Deus, que por apegarem-se a pontos de vista doutrinários, ou às suas próprias opiniões, vivem a vida cristã na esfera da mente. Dedicam-se ao estudo das verdades bíblicas, incluindo até o amor divino, mas não conseguem pôr em prática o conhecimento adquirido. Ministram boas e eloquentes mensagens, mas seu viver está bem longe da realidade.
O reino dos céus está próximo e se não reagirmos logo, nossa oportunidade de arrependimento pode passar. Essa palavra nos mostra que a cada dia nosso tempo se abrevia. Como temos vivido? O que temos feito com respeito à vontade de Deus? É hora de despertarmos! Ainda temos tempo, mas não podemos mais desperdiçá-lo com discussões doutrinárias ou com nossas razões. Vamos vencer as coisas de Tiatira, de Sardes e de Laodiceia; vamos vencer as impurezas e também as coisas da vida da alma. É tempo de buscar o Senhor e o Seu reino (Mt 6:33).
Ao vermos esse quadro profético, devemos buscar a realidade do viver de Filadélfia. Nela há uma porta aberta a qual ninguém pode fechar. Essa porta é a porta para o reino e, para abri-la, Filadélfia tem a chave de Davi, a chave do reino (Ap 3:7-8). Graças ao Senhor! Por meio de invocar o nome do Senhor e praticar Sua Palavra, também podemos ter a chave do reino. Se usarmos essa chave para viver no espírito, negar a nós mesmos, expressar Seu amor e praticar Sua Palavra, quando o Senhor vier ganharemos o galardão de vencedores. Louvado seja o nome do Senhor Jesus!

11 agosto, 2012

Feliz Dia dos Pais...

Que o Senhor Jesus abençoei a todos os Pais com muita paz e alegria, que seja um dia muito abençoado por Deus...

Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, nem desviou de mim a sua misericórdia.

Salmos 66:20


E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Romanos 8:28




Amanhã é Dia dos Pais, deixo aqui a minha homenagem a todos os Pais...


Feliz Dia dos Pais...

Mensagens Evangelicas
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Refletindo...

Os escritos de Paulo, Pedro e João


O autor de Apocalipse foi o apóstolo João. Há muitas evidências que provam isso. Não há necessidade de se falar muito aqui. Contudo, há uma coisa que devemos saber. Devemos conhecer a característica dos escritos de Deus por meio de João e o que distingue os escritos de João dos escritos de Paulo e de Pedro. Sabemos que Pedro e Paulo foram dois homens escolhidos pelo Senhor para a edificação da igreja. João não mencionou muito a respeito da grande verdade sobre a igreja no seu evangelho e nas epístolas. Todavia, o que o Senhor o ordenou escrever nas primeiras duas seções de Apocalipse foi sobre a igreja. Portanto, se quisermos entender a posição, a situação, e as características das igrejas nos primeiros três capítulos de Apocalipse, temos de investigar cuidadosamente as diferenças e as relações entre os seus escritos e os dos outros dois apóstolos, Paulo e Pedro.

Podemos provar pela Bíblia que Pedro e Paulo são ministros respectivamente da circuncisão e da incircuncisão. Pedro e os onze apóstolos permaneceram em Jerusalém. Eles continuaram a obra do Senhor, ajuntando na igreja as ovelhas perdidas da casa de Israel. Paulo foi escolhido e chamado pelo Senhor para desvendar o princípio da igreja, que é pregar a toda criatura debaixo do céu por meio do evangelho (Cl 1). Ele foi quem estabeleceu esta fundação. A maior parte da obra de Pedro era limitada aos judeus. Ele nos considera como peregrinos na nossa jornada celestial para obter a herança celestial. A obra de Paulo foi especificamente focada sobre os gentios. Ele mostrou-nos que a nossa posição é nos céus e que qualquer herança que pertença a Cristo pertence também a nós. Há verdades dispensacionais do Novo Testamento, isto é, Deus lida com os homens de acordo com as dispensações. Em diferentes dispensações Deus tem diferentes maneiras de lidar com os homens e, diferentes e importantes verdades para eles.

A obra de João é muito diferente. Ele não fala a respeito da doutrina de dispensação. No seu evangelho não menciona a ascensão de Jesus. Nas suas epístolas, ele não destaca a posição dos santos nos céus. Ele fala somente da encarnação do Senhor Jesus e a Sua descida do céu para a terra. Para ele, o Senhor Jesus é a vida eterna. No seu evangelho ele explica o nascimento por meio da vida eterna. Nas suas epístolas ele explica o caráter da vida eterna.

Após a destruição de Jerusalém no ano 70 dC, houve uma mudança de dispensação. A igreja judaica que foi formada no dia de Pentecostes terminou. Na verdade, ela havia terminado muito antes, mas não fora anunciado oficialmente até então. A fé cristã e o judaísmo foram completamente separados depois disso. Os cristãos tinham de sair do acampamento judaico. A igreja estabelecida por Pedro entre os judeus fracassara. Cristo não podia mais levar a cabo a Sua autoridade no meio deles. Isso era verdade não somente entre os judeus, mas o era também entre os gentios. As igrejas estabelecidas pelo Senhor por meio de Paulo entre os gentios tinham também caído e não podiam herdar a herança abandonada pelos filhos de Israel. Paulo disse: “Pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp 2:21). Todos os da Ásia (incluindo a igreja em Éfeso) me abandonaram (2 Tm 1:15). Mesmo aqueles que conheciam tão bem a verdade sobre a igreja não foram capazes de permanecer na fé. Na verdade, a apostasia já havia começado naquele tempo.

O mistério da iniqüidade já estava operando. Tanto a obra de Pedro como a de Paulo passaram por uma mudança dispensacional, porém a obra de João não envolve a questão de dispensação. Ele declarou somente que o Senhor Jesus é a vida eterna. Essa vida eterna nunca muda. A dispensação muda, as pessoas e coisas mudam, a vida eterna, seja no Senhor Jesus ou nos crentes, nunca mudará. Apesar de a igreja ser vomitada da boca do Senhor, o Senhor permanece imutável. A obra de João continua após Pedro e Paulo, e preenche a lacuna deles. O período de João liga a primeira vinda de Cristo à Sua segunda vinda. Ele trabalha entre essas duas vindas. Ele prega a Pessoa de Cristo e a vida eterna. Mesmo que a dispensação tenha mudado exteriormente e as coisas tenham se corrompido, a vida eterna é a mesma do começo ao fim. Podemos ver isso nos dois últimos capítulos do seu evangelho. No capítulo vinte vemos a figura do remanescente de Israel recebendo Cristo, começando de sua ressurreição até o tempo final. Tomé ter visto o Senhor traspassado era uma prefiguração. No capítulo vinte e um vemos uma prefiguração do ajuntamento total no milênio. E no encerramento do capítulo vinte e um o ministério particular de João e o de Pedro foram mencionados. O ensinamento de Paulo a respeito da igreja, que era totalmente celestial, evidentemente não foi abordado aqui. Os filhos de Israel como as ovelhas de Cristo foram confiados a Pedro. Todavia Pedro morreria. A sua obra não duraria e teria um fim depois de tudo. Finalmente, o ministério de Pedro terminou, e a igreja da circuncisão foi deixada sem pastor. Muito antes, Jerusalém foi destruída e o seu ministério foi completamente terminado. Aqui Pedro pergunta acerca de João. É estranho o nosso Senhor não falar sobre o fim de João. Ele somente disse a Pedro para segui-Lo, isto é, terminar o seu ministério na morte. Pedro deve ter pensado secretamente que o ministério de João permaneceria até que Ele venha. Ainda que o Senhor tenha se demorado e João morrera, o ministério de João nunca morreu. Os seus escritos e ensinamentos continuam a trabalhar até que o Senhor venha outra vez. Os ministérios desses três apóstolos são muito importantes. Se o Senhor permitir, um livro será escrito especificamente sobre eles, em algum outro tempo. O ministério de João está entre as duas vindas de Cristo. Agora podemos ver a verdade a respeito da igreja. Pedro falou sobre o fracasso da igreja judaica; Paulo falou sobre o fracasso da igreja gentílica. João não era nem ministro da circuncisão e nem ministro da incircuncisão. Nenhuma verdade dispensacional foi lhe comissionada. Portanto, ele não falou sobre qualquer mudança na igreja judaica e nem na igreja gentílica. No livro de Apocalipse, ele não disse sobre como a igreja passaria por mudanças até chegar ao seu estado de então. Ele falou somente sobre as condições depois da degradação de cada igreja individual e como o Senhor iria julgá-las. Quando a obra de Pedro e a de Paulo terminaram, João continuou a sua obra e descreveu as situações das igrejas que haviam se degradado no tempo da obra de Pedro e de Paulo.

A igreja que ele se referia, com exceção da única referência em Apocalipse 22:17, era diferente da igreja que Paulo se referia. João testificou do ponto de vista das igrejas individuais. Alguns candeeiros da igreja têm a possibilidade de serem removidos. As igrejas que ele viu se degradaram e retrocederam e foram julgadas por Cristo. As igrejas fracassaram! Os gentios que foram enxertados pela fé não permaneceram na bondade de Deus. A verdade de Paulo acerca da igreja foi transmitida principalmente à igreja em Éfeso. Todavia, como ela perdeu o seu primeiro amor, não demorou muito para o seu candeeiro ser removido. Assim como os filhos de Israel foram cortados no passado, agora a igreja também foi cortada da mesma maneira. Mas a paciência de Deus foi manifestada à igreja assim como o foi com os filhos de Israel. Contudo, assim como Israel, a igreja não sustentou o testemunho de Deus no mundo.

A igreja decaiu e fracassou. Apesar do fato de a dispensação da graça ter sido prolongada, a rejeição de Deus para com a igreja na terra havia começado no tempo de Apocalipse. O Senhor teve de usar outra maneira. Por um lado, o Espírito santo deu indicações de que Deus rejeitara a igreja. Por outro lado, Ele também indicou que Cristo obterá o Seu reino. O reino era a meta a partir daquele momento. O Senhor usou as sete igrejas existentes daquele tempo para representar a igreja como um todo. Ele mostrou que Deus havia rejeitado a igreja e que o fim estava próximo. Se o Senhor demorar-se, essas sete igrejas seriam a história da igreja (exterior) na terra. Assim, o Senhor deu indicações de que o fim estava próximo, e Ele mesmo viria a qualquer tempo. Esta é a sabedoria do Espírito Santo! O Senhor realmente demorou-se, e os capítulos dois e três de Apocalipse tornaram-se uma descrição da situação da igreja desde o tempo de João até a segunda vinda do Senhor.

Devemos perceber que no tempo de Pedro e Paulo, a igreja já havia fracassado. Isso irá nos ajudar a entender os ensinamentos acerca da igreja nos primeiros três capítulos de Apocalipse. Por causa do fracasso da igreja, vemos que Cristo não é mais um Sacerdote intercessor, mas um Sacerdote que julga. A partir disso, entendemos que não há igreja perfeita hoje. Neste sentido, não tenhamos a vã esperança. Saberemos qual deve ser a nossa atitude para com a igreja. Todos os homens são falsos; somente Deus é verdadeiro. 



Fonte: Texto extraído da revista THE CHRISTIAN – primeiro volume, escrito por Watchman Nee em 1925.
(Site Igreja em Uberaba)

Mensagem aos Pais...


Pais que brilham...

Um rico homem na Índia, prestes a aposentar-se, chama seus dois filhos ao escritório para falar-lhes sobre seus planos.
– Vocês são bons filhos e homens capazes, ele disse. Eu não sei com quem deixarei minha propriedade. Então, vou testá-los.  Deu uma moeda a cada um e disse:
– Pegue esta moeda e compre algo que encha a casa.
A moeda que o homem deu para os filhos era de pouco valor e a casa era muito grande e cheia de quartos. Cada um sabia que a tarefa era muito difícil.
O filho mais velho não perdeu tempo e começou a pesquisar o preço de vários materiais. Por fim, decidiu optar por comprar palha, mas a palha que comprou cobriu apenas o chão da casa.
O filho mais novo parou para pensar no teste do pai e verificou que apenas uma compra muito diferente o levaria a passar no teste do pai. Quando voltou, carregava apenas um pequeno pacote. Seu irmão riu e, apontando para o pacote, disse: “Você espera encher a casa com isto?”
O filho mais novo nada respondeu. Abriu o pacote e dirigiu-se a cada quarto deixando ali uma vela. Quando ele acendeu as velas, a casa inteira estava cheia, cheia de luz!
Assim como aquele homem rico, Deus também nos tem testado. Ter recebido a fração de tempo para gerar, cuidar e formar os filhos é a moeda que Deus nos deu. Como estamos investindo essa moeda? Ele espera que possamos fazer muito com a incumbência que recebemos. Muitos pais estão investindo na “palha” deste mundo, em valores transitórios que não são capazes de produzir algo duradouro. Podemos estar investindo em algo que não pode encher a casa.  Se, com a moeda do tempo que Deus nos deu, estamos comprando apenas educação, brinquedos ou criando oportunidades de lazer para os filhos, lamentamos informar que aquilo que estamos colocando dentro de casa não passa de palha, que logo perecerá. O que esse tipo de pai produz são filhos com o coração vazio, indiferentes e distantes de Deus, o Criador.
Investir em “velas” tem um significado simbólico muito especial. A luz da vela aponta para um sacrifício porque, para brilhar, a vela precisa “morrer”. Para produzir luz contínua, consumir-se é o único preço que pode ser pago. Quando investimos a moeda do tempo dando mais atenção para os filhos, acompanhando-os no desenvolvimento escolar, advertindo-os quanto à escolha de companhias e, principalmente, introduzindo-os na presença de Deus, mediante a leitura da Bíblia e oração, estamos morrendo para nós mesmos e deixando consumir-nos em prol dos filhos que Deus nos deu. Comprar velas e acendê-las permitindo que a luz brilhe também implica dar testemunho do Senhor diante dos filhos e das pessoas que estão a nosso redor. Ao alimentarmos a chama dia a dia, obteremos como resultado a manutenção do testemunho do Senhor. Essa luz encherá completamente a casa e, mais tarde, seu brilho se estenderá para outros lugares de modo que as próximas gerações se beneficiarão dela.
“Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:14-16).

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FELIZ DIA DOS PAIS...

O modelo de vida da igreja que agrada o Senhor.


Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome (Ap 3:8)


Mt 13:45-50; Ap 3:7-22

Louvamos ao Senhor pelo modelo de vida da igreja descrito em Apocalipse 3:7-13, quando Ele fala à igreja em Filadélfia. Ao aprovar o procedimento daqueles irmãos, o Senhor destaca duas práticas no meio deles: “Guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome” (v. 8). Eles invocavam o nome do Senhor e praticavam Sua palavra.
Além disso, tais práticas promoviam o amor fraternal, que é o significado de Filadélfia. Por causa disso, o Senhor afirmou: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (v. 11). Porque reconhecem que têm pouca força, os de Filadélfia não se ocupam com discussões doutrinárias, tampouco se esforçam para provar qualquer coisa. O próprio Senhor é quem os defende e prova Seu amor por eles (v. 9). Eles não perdem tempo com coisas negativas, mas procuram boas pérolas como descrito em Mateus 13:45-46. Ao encontrar uma pérola de grande valor, vendem tudo o que têm a fim de obtê-la. Isso mostra que eles não estão presos às coisas antigas.
Depois de Filadélfia, o Senhor fala à igreja em Laodiceia (Ap 3:14-22), que significa juízo ou opinião do povo. Nela vemos um grupo de irmãos que querem viver segundo suas razões e opiniões. Por viver na esfera anímica, a igreja em Laodiceia era extremamente orgulhosa e arrogante, a ponto de dizer: “Estou rico e abastado, não preciso de coisa alguma”. Para ela não há mais nada a ser revelado na Palavra. Além disso, era bastante fechada, pois até o Senhor estava do lado de fora procurando uma oportunidade para entrar.
Devido à sua arrogância, o Senhor expõe sua real condição e a repreende dizendo: “Nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3:17b-19).

10 agosto, 2012

Refletindo...

Manter a base e ministrar Cristo



Quando vamos a um lugar, desde que a igreja lá esteja na base correta, devemos ser um com ela. Ela pode ser fraca, e necessitar de muito aperfeiçoamento, contudo, ela ainda é a igreja na base correta. Se formos lá, precisamos nos reunir com ela. Não temos direito e nem posição para estabelecer outra coisa. Quer ela pratique a aspersão ou não, quer ela pratique falar em línguas ou não, quer tenha o cobrir a cabeça ou não, ainda precisamos caminhar com ela porque ela é a igreja na base correta.

Não devemos nos agarrar a nenhuma doutrina, mas somente aderir à abundância da vida de Cristo. Não importa o que a igreja em um certo lugar pratique, precisamos simplesmente ministrar Cristo a ela. Não devemos nos preocupar com as doutrinas, mas somente com o rico suprimento de Cristo a lhe ser ministrado.

Precisamos estar bem cheios de vida – isso é tudo.

Nada devemos levar aos diferentes lugares, e por nada mais devemos nos posicionar além de Cristo e da igreja na base correta. Se estamos plenos de Cristo e bem fortes no espírito, nada pode impedir-nos de inflamar outros. Por fim, toda a igreja naquele lugar será inflamada por nós.

Precisamos aprender a manter a base e não nos posicionarmos por qualquer outra coisa. Desde que não haja nada pecaminoso na igreja onde estamos, devemos caminhar com ela. Em seguida, deveríamos simplesmente ministrar Cristo às pessoas. Nunca deveríamos causar divisão, sempre ministrar Cristo.

Realmente precisamos ser libertos de todas nossas doutrinas. Por nada mais deveríamos ser além de Cristo e a igreja. Desde que ela esteja na base correta, não importa quão pobre e fraca seja, precisamos ser um com ela. Assim nunca seremos aqueles que causam divisão.

Sem dúvida, não podemos concordar com nenhuma divisão. Isso, porém, não pode impedir nossa comunhão. Não importa se outros estão ou não em divisões, precisamos reconhecer que eles são nossos irmãos. Isso não significa que concordamos com suas divisões, todavia, precisamos amar todos os santos, até mesmo aqueles na Igreja Católica Romana. Há alguns crentes genuínos na Igreja Católica Romana, e todos estes têm a mesma vida divina que nós. Eles podem vestir seus trajes clericais, contudo, em redenção e em vida somos todos iguais.

A nossa prática é uma coisa, mas tomarmos nossa prática como base para comunhão é outra coisa. A nossa prática pode ser de acordo com nossas necessidades. Todavia, não devemos tornar a nossa prática a base da comunhão.

Podemos praticar certas coisas porque elas nos ajudam, mas não devemos fazer de qualquer prática uma base para nossa comunhão. Realmente necessitamos de graça para isso. 

Fonte: A expressão prática da igreja – W.Lee
(Site Igreja em Uberaba)

Para Meditar...


Fogo purificador


Os nossos atos podem ser classificados em dois tipos: ouro, prata e pedras preciosas, o primeiro tipo; madeira, feno e palha, o segundo (cf. 1 Coríntios 3:12). Assim, ao passar pelo teste de fogo, apenas os materiais do primeiro tipo permanecerão: “Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1 Coríntios 3:13-15). À luz das Escrituras, percebemos que os materiais que subsistem ao fogo representam a Pessoa do Deus Triúno – o ouro representa a natureza de Deus; a prata, a obra redentora do Senhor Jesus; e as pedras preciosas, o resultado transformador do Espírito Santo.

Os materiais do segundo tipo podem ser considerados como uma vida de aparência, porém sem o selar de Deus. Tem a aparência mas não a essência. É o que vemos na parábola do joio (cf. Mateus 13:24-30). Ao fim da colheita, haverá a revelação de quem é o trigo e quem é o joio: “Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro” (13:30).
Hoje, o Senhor permite que incêndios passem por nossas vidas. Isso é o amor de Deus em fazer com que sejamos provados e aprovados na era da graça, pois temos o Espírito como consolador. “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação de sua glória vos alegreis exultando” (1 Pedro 4:12-13). Que possamos aceitar as provas do Senhor para ser  purificados. “Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e aprovarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei, direi: É meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus” (Zacarias 13:9).


Texto extraído do Jornal Árvore da Vida, Número 180, publicado pela Editora Árvore da Vida.
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A obra de restauração e a causa das divisões.


Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (Ap 3:3, 5)


Mt 13:44; Rm 8:17-19, 29-30; Cl 1:28; 2 Tm 3:17; Ap 3:1-6

Passados mais de mil anos do desvio ocorrido no século IV, diante da degradação da igreja, iniciou-se a reforma protestante no início do século XVI, liderada por Martinho Lutero, que era um sacerdote na Igreja Católica Romana.
Em 1517, ele publicou 95 teses, nas quais protestava contra as doutrinas e práticas da igreja católica e propunha uma reforma no catolicismo. Essa foi sua tentativa de promover uma restauração naquele meio, em virtude das revelações que recebera em seus estudos da Palavra, principalmente de que a justificação do homem é pela fé em Cristo. Alguns anos depois, Lutero também publicou a primeira tradução da Bíblia em alemão, antes exclusivamente em latim, tornando-a um livro acessível. Após isso, várias traduções da Bíblia foram feitas para diversas línguas. Graças ao Senhor!
De fato, Deus desejava tornar Sua Palavra acessível a todos os homens e restaurar Sua igreja. Contudo, à medida que tinham acesso às traduções, vários grupos cristãos foram surgindo e se dividindo segundo suas próprias conveniências e interpretações da Bíblia. Isso deu origem às igrejas estatais e às várias denominações cristãs.
Esse período histórico é profetizado em Apocalipse 3:1-6, referindo-se à igreja em Sardes, cujo nome significa restauração. Embora tivesse esse nome, Sardes não conseguiu completar a obra de restauração, pois em vez de promover a Fé e a unidade no nome e na Palavra do Senhor, os grandes mestres da Bíblia limitaram-se ao mero estudo das doutrinas e interpretações bíblicas.
Não é sem razão que ela foi assim advertida: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto [...] porque não tenho achado íntegras as tuas obras diante da presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (Ap 3:1b, 2b-3a).
Aqui vemos a ligação da igreja em Sardes com a parábola do tesouro escondido (Mt 13:44). Os cristãos daquela época descobriram o campo, mas em vez de distribuir as riquezas de seu tesouro, deixaram-no oculto. Em outras palavras, a Bíblia foi descoberta, mas não usaram suas riquezas de modo apropriado para completar a obra de restauração.
Por não terem guardado o nome do Senhor e praticado Sua palavra, um número cada vez maior de divisões ocorreu entre os filhos de Deus. Alguns se apegaram às doutrinas, aos detalhes da letra, mas sem muita preocupação com a prática das verdades. Outros, indo contra a situação morta que o mero estudo da letra produziu, buscaram o caminho das manifestações exteriores do Espírito Santo para serem mais avivados. O problema com estes foi que, ao enfatizar as manifestações exteriores do Espírito Santo, deixaram de ver a verdadeira obra que o Espírito quer fazer no homem: transformar sua alma e conformá-lo a imagem de Cristo, tornando-o um filho maduro para reinar com Ele (Rm 8:17-19, 29-30; Cl 1:28; 2 Tm 3:17). Muitos grupos livres surgiram a partir dessas divisões, sem, contudo, completar a obra que Deus determinou para Sua igreja.