28 julho, 2012

REFLETINDO...


A Igreja em Esmirna
Apocalipse 2:8-11 

Agora examinaremos a segunda igreja, a igreja em Esmirna. Que o Senhor nos abra os olhos para que vejamos mais e não negligenciamos nada. Na história da igreja, as igrejas da era apostólica e as imediatamente após ela foram muito perseguidas. Sofrimento é a especial característica da igreja: esta é a razão por que o nome da igreja aqui é Esmirna. Esmirna vem da palavra mirra, que significa sofrimento e representa a igreja sob perseguição.

Esta carta revela que o nome do Senhor Jesus é especial e que a recompensa ao vencedor também é especial. O Senhor Jesus fala de si mesmo como - o primeiro e o último que este morte e tornou a viver. Ao vencedor o Senhor diz que dele - de modo nenhum sofrerá o dano da segunda morte. Isso prova que a vida vence a morte. Muitas pessoas têm visto somente o termo “vivo”, mas não têm visto “vivo pelos séculos dos séculos” nem têm visto”mas eis que estou vivo” (Ap. 1:18).Quão grande isso é. No dia de Pentecoste, o apostolo disse ao povo “Ao qual, porem, Deus ressuscitou rompendo os grilhões da morte, porquanto não era possível fosse ele retido por ela” At.2:24. A morte não pode retê-lo. Em outras palavras, uma vez que todos os que são vivos entram na morte, eles não podem sair novamente. Mas o Senhor Jesus não pode ser retido pela morte; a morte não tem poder para retê-lo. Isso é ressurreição. A sua vida pode suportar a morte, portanto, o principio da ressurreição na Bíblia torna-se muito preciso. “Estive morto, mas eis que estou vivo, isto prova que a vida pode resistir à morte. Deus vê a igreja como um ser que pode suportar a morte. As portas do Hades estão abertas para a igreja, mas as portas do Hades não podem prevalecer contra ela e não podem confiná-la; assim, a natureza da igreja é ressurreição. Toda vez que a igreja perde o poder para vencer o sofrimento, ela se torna inútil. Muitas pessoas sentem-se terminadas ao encontrar certas questões contrarias e seus desejos; para elas é como encontrar a morte. Mas a ressurreição não teme a morte; o sofrimento simplesmente prova que se pode suportar a morte. Você pode pensar que certo homem provavelmente chegará ao fim após encontrar determinada circunstancia, mas, não, ele passa por ela e tornar a sair. Aquilo que passa pela morte, e ainda permanece, é ressurreição”.

Mesmo em nossa vida pessoal, há muitas situações como essa. Quando você encontra provações e tentações, talvez a oração cesse e torne-se difícil ler a palavra. Todos os irmãos dizem que esta vez você esta terminado”, mas, não muito depois, você se levanta e a vida de Deis flui de você outra vez. Aquilo que é terminado pela morte não é ressurreição. A igreja tem um principio básico: ela é capaz de passar pela morte; ela não pode ser sepultada. A igreja em Esmirna especialmente expressa esta verdade. Se você ler a história dos mártires escrita por Fox, verá como a igreja tem sofrido perseguições e aflições.

Por exemplo: Policarpo foi um bispo da igreja naquela época, e foi capturado por seus opositores. Como ele já tinha oitenta e seis anos, eles não o levaram à morte e foram especialmente brandos para com ele. Se ele dissesse apenas: “eu não confesso Jesus de Nazaré”, eles o libertariam. Mas ele replicou: “Não posso negá-lo. Eu O tenho servido por oitenta e seis anos, nesses oitenta e seis anos Ele nunca me tratou mal; como poderia eu negá-lo por amor ao meu corpo!” Por isso, levaram-no e o queimaram no fogo. Enquanto a metade inferior do seu corpo estava ardendo em chamas, ele ainda conseguiu dizer: “Obrigado, Deus, porque eu tenho oportunidade de ser queimado pelos homens e de dar a minha vida para testemunhar por Ti”.

Houve uma irmã a quem foi dito que se ela apenas se curvasse a Diana (o ídolo Ártemis da cidade de Éfeso, citado em Atos 19), seria libertada. Que disse ela? Ela replicou: “Vocês me pedem para escolher ente Cristo e Diana? Da primeira vez eu escolhi Cristo, e agora vocês me pedem para escolher novamente. Eu ainda escolho Cristo”. Como resultado ela também foi morta. Duas irmãs que estavam presentes disseram: “Muitos filhos de Deus foram levados. Por que nós ainda permanecemos?” Mais tarde, elas também foram levadas e colocadas na prisão. Essas irmãs viram muitas pessoas sendo devoradas pelas feras, e novamente disseram: “Muitos têm testemunhado com seu sangue. Porque nós apenas testificamos com a boca?” Uma dessas irmãs era casada e a outra estava noiva. Então seus pais, marido e noivo foram persuadi-las do contrario. Eles até mesmo levaram o filho da irmã casada, pedindo-lhe que negasse o Senhor. Mas elas disseram: “Que podem vocês trazer que se compare com Cristo?” Como resultado, elas também foram arrastadas para fora e entregues aos leões para serem devoradas. As duas cantavam enquanto caminhavam até serem dilaceradas pelas feras.

Quão terríveis foram as perseguições sofridas pela igreja em Esmirna! Mas por mais que se tenha feito, a vida sempre revive após ter morrido. As perseguições simplesmente manifestam que espécie de igreja a igreja é. Ele é o primeiro e o último e Aquele que esteve morto, mas eis que está vivo.

Conheço a tua tribulação, a tua pobreza. Você não tem nada do que há nesta terra, mas o Senhor sabe que você é rica. Não temas as coisas que tens de sofrer. Toda a igreja de Esmirna foi
perseguida, mas a vida que morreu e agora está vivendo novamente, pode atravessar por todas essas perseguições. Quão terríveis foram as perseguições sofridas pela igreja, e a razão porque ela foi capaz de suportar as grandes perseguições é porque ela conhecia a ressurreição.

Eu conheço a blasfêmia dos que a si mesmo se declaram judeus e não são. Aqui devemos dar atenção para o problema dos judeus, mas os judeus mencionados aqui não se referem aos judeus no mundo, mas aos judeus na igreja, assim como as pessoas que vimos antes relacionadas aos nicolaítas não se referem as pessoas no mundo, mas ao laicado na igreja. Aqui o Senhor fala dos judeus que os perseguiram. Os nicolaítas são mencionados duas vezes, na igreja de Éfeso e em Pérgamo. Os judeus foram mencionados duas vezes, aqui e de novo na igreja de Filadélfia. Em Pergamo, o ensinamento de Balaão é mencionado. Em Tiatira, Jezabel é mencionada. Todos esses constituem a linha de oposição. Você pode perguntar: qual é o significado dos judeus? A salvação não é dos judeus? Por que eles falam blasfêmias aqui? Por essa razão devemos saber o que é judaísmo e o que é a igreja.

Há muitas diferenças essenciais entre o judaísmo e a igreja. Aqui quero mencionar quatro pontos que devemos dar atenção: o templo, a lei, os sacerdotes e as promessas. Os judeus edificaram um templo esplêndido de pedras e ouro, como o lugar de adoração. Como padrão de comportamento eles tinham os dez Mandamentos e muitos outros regulamentos. Para cuidar dos assuntos espirituais. E, finalmente, eles também tinham as bênçãos pelas quais podiam prosperar na terra. Por favor, notemque o judaísmo é uma religião terrena. O judaísmo é umareligião nesta terra, o que eles possuem é um templo material, regulamentos de letras, sacerdotes mediadores e gozo nesta terra.

Quando os judeus entraram na terra de Canaã, eles construíram o templo. Se eu sou um judeu desejo servir a Deus, devo ir ao templo. Se eu sinto que pequei e preciso oferecer um sacrifício, devo ir ao templo para oferecer o sacrifício. Se eu sinto que Deus me tem abençoado e quero agradecer, devo ir ao templo para agradecer. Todas às vezes devo tomar esse caminho. Posso adorar a Deus somente quando vou ao templo. Este é chamado o lugar de adoração. Os judeus são adoradores e o templo é o lugar onde eles adoram. Os adoradores e o lugar de adoração são duas coisas diferentes. Mas é assim no Novo Testamento? A característica especial da igreja é que não há lugar e nem templo, pois nós, o povo, somos os templos.

Efésios 2:21-22 diz: “No qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para habitação de Deus no Espírito”. A característica da igreja é que o seu corpo e a habitação de Deus. Coletivamente falando, Deus nos edifica e adequadamente nos ajusta para tornar-nos Sua habitação. Não há lugar de adoração na Igreja; o lugar de adoração é o adorador. Carregamos nosso lugar de adoração onde quer que vamos. Isso é fundamentalmente diferente do judaísmo. O templo no judaísmo é um templo material; o templo na igreja é um templo espiritual. Alguém certa vez calculou o valor total do templo judeu – é o suficiente para proporcionar a todas as pessoas da terra uma cota financeira. Mas, e quanto ao templo dos cristãos hoje? Alguns são mancos, alguns são cegos e alguns são pobres, mas este é o templo. Hoje algumas pessoas dizem: “Se você não quer ir a um templo solene e magnífico, no mínimo precisa de uma capela”. Mas a igreja não tem um templo. Aonde quer que vão para lá também vai o templo. Deus habita no homem e não numa casa. Na igreja Deus habita no homem; no judaísmo, Deus habita em uma casa. Os homens pensam que se forem adorar a Deus eles precisam de um lugar. Alguns até chamam o templo de “igreja”. Isso é judaísmo não igreja! A palavra Igreja é ekklesia, que significa “os chamados para fora de”. A igreja é um povo comprado com o sangue precioso – está é a igreja. Hoje nós temos o templo no andar superior, temos o templo no pórtico de Salomão, temos o templo na porta chamada formosa e temos o templo no andar inferior. O judaísmo tem o lugar material. Então, quem são os judeus? São os que levam o lugar material para dentro da igreja. Se os filhos de Deus desejam andar no Seu caminho eles devem pedir a Deus que abra seus olhos para que
possam ver que a igreja é espiritual e não material.

Os judeus também têm as leis, os regulamentos para seu viver diário (Deus somente usa as leis para fazer os homens conhecerem os seus pecados). Todo aquele que for um judeu deve guardar os Dez mandamentos, ainda lhe falta uma coisa (Lc 18:20-22). O judaísmo tem um padrão de princípios para seu viver diário, o qual esta escrito em tabuas de pedras e precisa ser memorizado. Mas o problema está aqui: Se eu sou alfabetizado, entendê-lo-ei; se eu sou analfabeto, não o entenderei. Se tiver boa memória, consigo lembrá-lo. Isso é judaísmo. O padrão do viver diário do judaísmo é morto; é exterior. Na igreja não há lei; em vez disso, sua lei está em outro lugar. Não está escrita em tábuas de pedra, mas nas tábuas do coração. A lei do Espírito da vida está dentro de mim. O Espírito Santo habita em mim; o Espírito Santo é minha lei. Leia Hebreus 8 e Jeremias 31. Deus diz “Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei” (Hb 8:10). Hoje, nossa especial característica é que o Espírito de Deus habita em nós.

Gosto de contar uma história que expressa o sentido aqui. Em certa cidade ³ Havia certo sr. Yu, um eletricista, que tinha pouca escolaridade. Posteriormente, ele foi salvo. Quando os dias esfriavam, ele se preparava para beber vinho conforme seu antigo costume. A comida estava pronta, o vinho aquecido e ele, a esposa (que conhecida algumas letras a mais do que ele), e um aprendiz estavam sentados e prontos para comer. Ele começou a dar graças; contudo por algum tempo nenhum som saiu. Finalmente ele disse: “Agora que sou um cristão, quero saber se é certo os cristãos beberem vinho. É uma pena que o pregador tenha ido embora; do contrário, poderíamos perguntar-lhe. Vamos procurar na Bíblia para ver se é certo os cristãos beberem vinho”. Assim, os três começaram a folhar as páginas da Bíblia, mas não encontraram nada. Por fim, a esposa sugeriu que o tomassem desta vez. Mais tarde, disse ela, poderiam escrever uma carta ao pregador, e se ele dissesse que não é certo beber, eles parariam; se ele dissesse que é correto beber, eles continuariam. Então o irmão Yu levantou-se de novo e preparo-se para dar graças. Mas novamente, por algum tempo, nenhum som saiu. Alpós este incidente, o pregador encontrou-o e a questão foi levantada. O pregador perguntou-lhe se ele afinal bebeu na ocasião, ele replicou: “ Chefe que mora dentro de mim não me permitiu, então eu não bebi”. Há um Chefe interior - este é um regulamento muito bom. Se o Espírito santo concorda, o que quer que você diga também não vale nada. A lei torna-se uma questão interior, não exterior.

Há leis escritas e regulamentos no judaísmo. Hoje também há muitas normas e regulamentos escritos na” igreja”, mas isto não é a igreja. Não temos leis exteriores, nosso padrão de viver diário é interior.A tribulação da igreja de Esmirna foi devido ao fato de aqueles que chamavam a si mesmo judeus estarem impondo regulamentos judaicos sobre ela.

No judaísmo, os homens que adoram e o Deus que é adorado estão separados e muito distanciados um do outro. A distância é o judaísmo. Quando o homem vê o Deus do judaísmo, ele aproxima-se de Deus? Os sacerdotes os representam para ir a Deus. As pessoas são seculares; elas somente podem fazer as coisas seculares e serem mundanas. Mas os sacerdotes devem ser totalmente santos e cuidar das coisas santas. A responsabilidade dos judeus é levar o boi ou ovelha ao templo. Quanto a servir a Deus esse é um assunto dos sacerdotes, não dos judeus. Mas a igreja não é assim. Na igreja, Deus não apenas quer que tragamos coisas materiais a Ele, mas também deseja que o povo venha a Ele. Hoje a classe mediadora foi abolida. Quais foram às palavras de blasfêmia faladas pelos
judeus? Um grupo de pessoas na igreja em Esmirna estava dizendo: “Se aos irmãos é permitido fazer tudo, se os irmãos podem batizar as pessoas, se os irmãos podem partir o pão, não há qualquer ordem! Isto é terrível!” Eles queriam estabelecer uma classe mediadora.

O cristianismo de hoje tem sido judaizado. O judaísmo tem os sacerdotes, enquanto o cristianismo tem os rigorosos padres, os clérigos que não são assim tão severos, e os pastores comuns no sistema pastoral. Os padres, os clérigos e os pastores cuidam de todas as coisas espirituais. Sua única expectativa quanto aos membros da igreja é o donativo. Nós, os laicatos (os crentes comuns), somos seculares; podemos somente fazer coisas seculares e ser mundano o quanto quisermos. Mas a igreja não tem qualquer pessoa secular (mundana)! Isso não significa que não cuidamos de coisas seculares, mas que o mundo não pode tocar-nos. Na igreja cada um é espiritual. Deixe-me dizer-lhe: toda vez que a igreja chega a ponto de somente poucas pessoas cuidarem das coisas espirituais, tal igreja já caiu. Todos sabemos que aos padres católicos romanos não é permitido casar; quanto mais eles diferirem em aparência dos seres humanos, mas seguras as pessoas sentir-se-ão em confiar-lhes as coisas espirituais. A igreja não é nada disso. A igreja exige que ofereçamos todo o nosso ser a Deus. Esta é a única maneira. Cada um deve servir ao Senhor. Fazer coisas seculares é apenas tomar conta de nossas necessidades diárias.

Agora prosseguiremos para o quarto ponto. O propósito dos judeus ao servirem a Deus é que eles pudessem colher mais trigo dos campos e que os bois e rebanhos não perdessem seus
filhotes, mas multiplicassem muitas vezes, exatamente como no caso de Jacó. Eles estão buscando a benção neste mundo. As promessas de Deus a eles são também promessas da terra, para que entre as nações da terra eles sejam a cabeça e não a cauda. Mas a primeira promessa à igreja é que devemos tomar a cruz e seguir o Senhor. Algumas vezes quando prego o evangelho, as pessoas perguntam: “Haverá arroz para comer quando crermos em Jesus?” Eu respondo: “Quando você crê em Jesus, a tigela de arroz é quebrada”. Esta é a igreja. Não é que após crer você ganhara mais em todas as coisas. Certa vez quando eu estava em Nanquim, um pregador disse em sua mensagem: “Se você apenas crer em Jesus, embora possa não fazer fortuna, no mínimo, você conseguirá uma vida confortável”. Quando a igreja ouviu isso, pensei: “Isso não está de acordo com a igreja. O que a igreja ensina não é quanto eu vou ganhar diante de Deus, mas quanto estarei disposto a perder diante de Deus” A igreja não acha que o sofrimento é uma coisa dolorosa; pelo contrário, é uma alegria. Hoje, estes quatro itens – o templo material, as leis exteriores, os sacerdotes mediadores e as promessas terrenas – estão na igreja. Desejamos pregar mais as palavras de Deus. Esperamos que todos os filhos de Deus, embora todos tenham ocupações seculares, sejam homens espirituais.

Aqui o Senhor fala uma palavra mui forte: Dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo antes sinagoga de satanás. A palavra sinagoga esta especialmente relacionada ao judaísmo, assim como templo ao budismo, mosteiro ao taoísmo e mesquita ao islamismo. Um certo irmão disse que não deveríamos denominar nosso lugar de reunião como local de reuniões da igreja, mas de sinagoga cristã. Se fosse assim, quando um judeu passasse, ele ficaria muito confuso, porque Sinagoga é um termo exclusivo do judaísmo. Como poderíamos dizer que há algo como sinagoga cristã e não relacionar isto ao judaísmo? O Senhor disse que eles eram a sinagoga de Satanás. Os judeus citados aqui pelo Senhor referem-se aos judeus na igreja, porque eles até mesmo introduziram a sinagoga. Que Deus seja misericordioso para conosco. Devemos livrar-nos completamente de todas as coisas do judaísmo.

Na igreja de Esmirna havia tribulação, pobreza e blasfêmia dos judeus. Mas o Senhor disse àqueles cristãos “Não temas as cousas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vós na prisão para serdes postos a prova e tereis tribulação de dez dias. Não temas! Muitas vezes se pudéssemos entender que algo é causa por satanás, o problema já estaria solucionado pela metade. Quando começamos a pensar que algo é causado pelos homens é que temos dificuldade. Se conseguíssemos apenas entender que isso está sendo feito pelo inimigo, o problema seria resolvido e nosso coração poderia imediatamente descansar diante do Senhor.

“Tereis tribulação de dez dias”. Temos, aqui, o problema dos “dez dias”. Muitos expositores de Apocalipse e Daniel estão acostumados a contar um dia como um ano. Uma vez que contam os dez dias aqui como dez anos, eles procuram estes dez anos na história, mas não encontram nada. Eu pessoalmente sinto que não há nenhuma base bíblica para isto. Há muitos lugares na Bíblia onde dias não podem ser considerados como anos. Por exemplo, Apoc. 12:14 diz: “Um tempo, tempos, e metade de um tempo”. Isto é três anos e meio. Apoc. 12:6 diz: ”Mil duzentos e sessenta dias”. O ano calendário judaico tem 360 dias; logo 1260 dias são três anos e meio. Se um dia é equivalente a um ano, então seriam mil duzentos e sessenta anos. Se a grande tribulação durasse tão longo tempo, que fariam as pessoas?

Então, qual é o verdadeiro significado de dez dias? Na bíblia dez é mencionado muitas vezes. Em Gn 24:55 há “dez dias”. Quando o servo queria levar Rebeca com ele, o irmão e a mãe de Rebeca pediram-lhe que ela ficasse com eles pelo menos dez dias. Quando Daniel e seus amigos não se permitiram serem corrompidos pelas iguarias do rei, eles pediram ao cozinheiro chefe para testá-los por dez dias (Dn1:12). Portanto “dez dias”, na Bíblia, significa um período breve. O que o Senhor fala aqui tem o mesmo significado. Por um lado, isso significa que há dias certos para nosso sofrimento, e nossos dias de sofrimento são contados pelo Senhor. Após esses dias seremos libertados exatamente como Jô. Por outro lado, significa que os dez dias são um período muito breve. Não importa por quais provações passemos diante de Deus, elas não durarão muito. Quando os dias são completados, o maligno não pode fazer nada. As provações que você sofrerá passarão rapidamente.

“Sê fiel ate a morte e dar-te-ei a coroa da vida”. Fiel até a morte é uma questão de tempo e atitude. O Senhor insiste que a vida de todos aqueles que O servem pertence a Ele; esta é a razão por que você deve ser fiel até a morte. Todo aquele que é comprado com sangue precioso, pertence ao Senhor e deve ser totalmente pelo Senhor. Desde o inicio Cristo exige tudo de nós; agora Ele diz: “Sê fiel até á morte”. Quanto a nossa atitude, devemos ser fiéis mesmo até a morte; quantos tempos devemos ser fiéis até a morte. “Dar-te-ei a coroa da vida”. A coroa é uma recompensa; naquele tempo, a vida tornar-se-á uma coroa.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz as igrejas. O Vencedor, de modo nenhum sofrerá dano da segunda morte. Aqui claramente diz que você não somente escapará da morte, mas nem sofrerá a dor da morte, porque já aprendeu a lição. As tribulações são severas; se você nunca esteve em tribulação, nunca saberá quão terrível ela é. A pobreza é opressora; se você nunca foi pobre, nunca saberá qual o gosto dela. A blasfêmia é também opressora; se você nunca foi blasfemado, não conhece sua dor. É como se cada encontro com determinada situação arrastasse você para morte, mas enquanto passa por ela, você prova que a ressurreição é um fato. O Senhor saiu da sepultura e nós também devemos sair. 
Sua vida de ressurreição hoje não pode ser sufocada; portanto, ousamos dizer que nós também não podemos ser sufocados. 

Capitulo 3 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida

ORAÇÃO...



Rádio Árvore da Vida - Dong Yu Lan


Óh Senhor, Te agradecemos e Te louvamos por Tua graça e soberania! Este site estar sendo, agora, disponibilizado é fruto da Tua misericórdia e bondade. Sentimos que o que temos feito é realmente pequeno e limitado. Todavia, cremos que a Tua benção é grande e ilimitada. Tu podes transformar água em vinho; Tu podes alimentar cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes e ainda deixar sobrar. Baseados nisso, colocamos este site nas Tuas mãos, e Te imploramos para que mostres Tua benção sobre ele, a exemplo do que fizeste com a água, os pães e os peixes.
Quão vazias as mensagens e os hinos, aqui disponibilizados, seriam sem a unção do Teu Espírito. Por causa disso, Senhor, pedimos que Tu os unja abundantemente. Quando as pessoas os ouvirem, possam elas receber revelação espiritual e suprimento de vida.
A letra mata (2 Co. 3:6), mas Teu Espírito dá Vida. Aleluia! Quão inaproveitável é se nós, os homens, somente usarmos nossa mente para entender a verdade em letras! Necessitamos da Tua luz para vermos pelo Espírito. Precisamos Te contatar usando nosso espírito humano. Ah, isto é além da nossa capacidade! Faça, Senhor, o que nós não podemos fazer. Faça com que os ouvintes ouçam as mensagens e hinos com um coração sincero de busca por Ti. Salvá-nos de recebermos as mensagens somente na mente natural sem ganhá-las no espírito. Levá-nos a ter comunhão contigo e a considerarmos a Palavra ouvida a fim de corrigirmos nossa rota.
Óh Senhor, pedimos para que Te lembres da carência que há em nós com relação ao entendimento perfeito de Ti e da Tua cruz. Não sabemos nada sobre o Teu propósito eterno. Nós estamos imersos em nós mesmos. Estamos tão cheios dos nossos próprios sentimentos. Salvá-nos nesta questão, drasticamente, para que recebamos a Tua graça e possamos ser libertos. Te pedimos, Senhor, que retires os véus que ainda existem para que vejamos as coisas espirituais claramente. Que possamos experimentar o poder de ressurreição que há em Ti. Que sejamos conformados à Tua imagem. Salvá-nos dos debates inúteis que só gerarão contendas. Torná-nos simples como Tu és. Faça de nós vencedores contigo. Livrá-nos da desolação deste mundo maligno. Purifica nossos corações a medida que desfrutamos da Tua Palavra. Que sejamos luz para este mundo em trevas. Senhor, confessamos que precisamos de Ti!
Crendo que Tu farás mais do que pedimos ou pensamos, Te agradecemos.
Toda a adoração e glória sejam para Ti somente! Amém.

MENSAGEM AOS JOVENS...

Esperar e apressar
Os jovens são conhecidos pela pressa em resolver as coisas. O desejo de antecipar-se aos fatos, por vezes, é positivo, pois faz com que o jovem seja diligente e aplicado. Em outras situações, porém, tal pressa é negativa, pois pode levar à impulsividade, insegurança e instabilidade. Nos evangelhos vemos várias situações em que o apóstolo Pedro teve problemas por se apressar em reagir e responder às situações (Mateus 16:22-23; 17:4-5; Marcos 9:5-7; João 21:21-22). Quando escreveu sua segunda epístola, entretanto, Pedro havia aprendido uma lição muito importante a respeito de esperar. Em resposta àqueles que escarneciam de sua esperança na volta do Senhor, disse: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:9).
A primeira lição aqui é olhar na direção correta. Pedro aprendeu a voltar seus olhos, sua atenção, seu coração ao Senhor. Por isso, não atentava para o ambiente, mas para o que havia no coração do Senhor, para Sua longanimidade. Mas isso de forma alguma implica passividade, pois Pedro prossegue: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro 3:10-12). Pedro tinha seus olhos postos em Deus, por isso seu maior desejo era a volta do Senhor. Todo seu viver consistia em esperar e apressar tal dia.

Esta geração

Jovem, o que você mais anseia hoje? Uma carreira? Um casamento feliz? Bens? Muitas gerações têm vindo e ido. Todos buscaram suas próprias coisas, seu próprio aprazimento, e fizeram da história da humanidade uma história de insatisfação e busca insaciável. E assim será, até que venha a última geração, a geração que verá e fará acontecer todas essas coisas citadas por Pedro, na vinda de nosso Senhor Jesus. O próprio Senhor falou acerca dessa geração: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:34-35). Você quer ser parte desta geração? Ou você prefere apenas listar-se em mais uma geração que veio e passará?
Esta geração é uma geração específica. É uma geração envolvida com o falar de Deus. O trecho em Mateus 24 revela que os discípulos se preocupavam com os sinais, as condições exteriores da vinda do Senhor. Na verdade, estavam mais preocupados com as condições do tempo em que viviam, pois mesmo após a ressurreição demonstraram que seu interesse na volta do Senhor estava misturado a seu apego ao reino de Israel e ao desejo de independência do Império Romano (Atos 1:6).
A geração dos discípulos passou. A geração de Pedro, de Paulo e João passou. Muitas gerações passaram e, com elas, genuínos filhos de Deus, que amaram Sua vinda. Entretanto, nenhum deles teve a honra de participar desta geração. O Senhor disse que esta geração não passará, e, em seguida, disse que Suas palavras não passarão. Isso quer dizer que esta geração é a geração que está completamente envolvida com Suas palavras. É a geração que se compromete, que paga o preço necessário para praticar e cumprir a Palavra. O Senhor disse: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mateus 24:14). Esta geração é a geração que espera o fim, que se preocupa com a volta do Senhor. Esta geração apressa o fim, vivendo, testemunhando e propagando o evangelho do reino.
Vivemos em tempos apocalípticos. Como nas profecias, a humanidade degradada se afasta continuamente de Deus. O tom do fim é visto no prosseguimento e agravamento das guerras, dos terremotos, das calamidades climáticas, da escassez e até mesmo no reaparecimento da idéia de uma grande união do Mediterrâneo, como no Império Romano, levantada por Nicolas Sarkozy, atual presidente da França, que por isso foi chamado de “o novo César” pela imprensa européia. Tudo isso ainda não significa que a geração presente seja esta geração. Mas você pode ser parte desta geração hoje, desde que esteja disposto a comprometer-se com a Palavra.

Heróis de uma geração


Em 2 Samuel 23:8-12, vemos, na história de três heróis entre os valentes do rei Davi, o que é comprometer-se. Josebe-Bassebete brandiu a lança e feriu oitocentos. Eleazar permaneceu na batalha, quando todos fugiram, e lutou até cansar a mão (que ficou pregada à espada) e venceu sozinho um exército. Sama, igualmente, defendeu sozinho um campo de lentilhas. Jovem, você sabe manejar uma lança? Sabe ser positivo, lutando pela volta do Senhor, sem permitir que o inimigo se aproxime? sem permitir que o inimigo influencie suas escolhas e o desanime? Precisamos aprender a andar na luz (1 João 1:7). Precisamos aprender a ter comunhão com o Senhor diariamente. As trevas não podem resistir à luz (João 1:5). Satanás não poderá resistir a um jovem que, logo pela manhã, lê a Palavra em oração e invoca o nome do Senhor.
Muitos jovens reagem positivamente à Palavra quando estão em conferências ou ajuntamentos maiores. Mas, e quando todos decidem tomar outra direção, você resistirá como Eleazar? Você defenderá seu alimento espiritual, tal como fez Sama? Esses três guerreiros foram considerados heróis em sua geração não apenas por esses fatos, mas também porque, ao ouvir um simples suspiro do rei, arriscaram suas vidas, irrompendo contra o acampamento inimigo. Por seu compromisso, sua consagração, se tornaram uma libação, isto é, deram além do que parecia devido, ofereceram além do que parecia possível (2 Samuel 23:13-17). Jovem, a geração que trará o Senhor de volta é uma geração de heróis, que se comprometem, que vencem uma geração pervertida e corrupta, resplandecendo como luzeiros, como testemunho da verdade (Filipenses 2:15).

Filhinhos, pais e jovens


As palavras do apóstolo João nos ajudam a perceber que tipo de atitude, de comprometimento, o Senhor espera dos jovens da geração final. Em 1 João 2:14, lemos: “Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi, porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”. Uma geração é composta por filhinhos, pais e jovens. A geração que trará o Senhor de volta é a geração em que os jovens vencem o maligno, o inimigo de Deus, porque a Palavra permanece e é vista neles.
Jovem, se você quer ser parte de tal geração, tem de aprender a ouvir os pais, ou seja, os irmãos mais experimentados, que conhecem aquilo que havia no princípio, a vontade eterna de Deus. Os jovens dessa geração também devem se encarregar dos filhinhos, isto é, dos mais novos ou mais fracos na fé, para conduzi-los ao Pai. Ouvir os pais e apascentar os filhinhos não é algo extraordinário, antes, é a vida normal da igreja. Jovem, comprometa-se. Seja um herói na geração presente. Seja parte da geração que não passa porque vive a Palavra que é permanente (1 Pedro 1:23). Seja alguém que vive a vida normal da igreja, esperando e apressando a vinda do dia de Deus.


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ESTUDO BÍBLICO.


A justificação que vem de Deus


Leitura bíblica: Gn 3:5, 7, 9, 21; Is 14:13-14; Jo 1:29; Rm 5:9
Ler com oração:
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (Rm 5:9).

A JUSTIFICAÇÃO QUE VEM DE DEUS

Isaías 14 descreve que Lúcifer sobressaiu-se aos outros anjos (vs. 13-14), pois lhe foram dados muitos dons e muita capacidade. Como ele era muito dotado, foi cumprindo suas tarefas e recebendo de Deus posições cada vez mais elevadas. Esse é um processo normal, mas houve um momento em que ele exagerou. Deus o havia colocado acima dos outros anjos e o havia constituído o principal dentre os três arcanjos. Ele deveria ficar satisfeito, contudo não estava.

No versículo 14 seu orgulho é manifestado: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. Ele já se havia tornado o principal dos arcanjos, mas por sua soberba se julgou muito habilitado e quis subir ainda mais.

Quando já não tinha mais como subir, Lúcifer quis ser igual a Deus. Contudo ele deveria lembrar que era uma criatura, e Deus, o seu Criador. Como pode uma criatura querer comparar-se ao criador? Por causa de seu orgulho, Deus o lançou por terra. Isso deve servir-nos de exemplo, a fim de que nunca nos orgulhemos.

Quando Adão comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que Eva lhe oferecera, seus olhos foram abertos (Gn 3:7). Porque adquiriram a habilidade de discernir o bem e o mal, ambos viram que estavam nus e desse modo não poderiam agradar a Deus. Ao perceberem que a nudez era uma coisa vergonhosa, relacionada com o pecado, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Essa foi a maneira que encontraram para se justificarem, contudo o homem por si próprio não consegue cobrir sua nudez.

Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim do Éden, esconderam-se da Sua presença. Deus, então, chamou o homem e lhe perguntou: “Onde estás?” (v. 9). Adão precisava da presença de Deus, e Deus também precisava da presença de Adão. Ele sabia que Adão se escondera por causa de sua nudez, por vergonha de seu pecado. Então usou vestimentas de peles, provavelmente de um cordeiro, para vesti-los (v. 21). Isso prefigura o Senhor Jesus como Cordeiro de Deus, que morreu por nós, derramou Seu sangue e nos justificou (Jo 1:29; Rm 5:9).



Ponto-chave: Cristo, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Meu ponto-chave:
Pergunta: Por que Deus substituiu as vestimentas de Adão?

Leitura de apoio:
“O caminho para viver e reinar com Cristo” – cap. 1 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.
www.radioarvoredavida.net

Luz para arrependimento.


Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz (Sl 36:9). 
Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12:3)


2 Co 7:9; Ap 3:7-8, 17-18

A igreja em Filadélfia é composta daqueles que, rejeitados por Sardes, passaram a guardar o nome e a Palavra do Senhor (Ap 3:7-8). Filadélfia significa amor fraternal, por isso devemos sempre invocar o nome do Senhor, orar e ruminar a Palavra, tendo amor intenso para com os irmãos. Dessa maneira, podemos ser agradáveis a Deus.
Devemos nos manter humildes, com a pureza e simplicidade devidas a Cristo. Se passarmos a ser influenciados pela vida da alma, nosso coração pode se orgulhar e se fechar por causa das insatisfações, correndo o risco de cair na situação da igreja em Laodiceia.
Quando nos deixamos influenciar por nossos próprios pensamentos, passamos a exigir que nossa opinião prevaleça; caso isso não aconteça, ficamos insatisfeitos. Quem está nessa situação não consegue exercitar o amor no trato com os irmãos, pois irá usar até mesmo a Palavra para buscar argumentos a fim de debater. Quando discutimos com os outros para convencê-los a qualquer custo, nos exaltamos, dando vazão à nossa vida da alma e não conseguimos seguir o sentimento do Espírito. É como se não conseguíssemos enxergar a própria situação, nem amar os outros. Essa é a condição da igreja em Laodiceia: por ser cega, ela se acha rica e abastada e diz que não precisa de coisa alguma. Porém o Senhor a aconselhou comprar colírio para ungir os olhos, a fim de ver (Ap 3:17-18).
Nossos olhos espirituais somente são iluminados quando recebemos a Palavra do Senhor não como ferramenta para acusar outros. Cada vez que a ruminamos, orando e nela meditando, somos levados a enxergar nossa verdadeira situação e nos arrepender (2 Co 7:9). Quanto mais luz recebemos pela Palavra de Deus, mais percebemos nossa necessidade de arrependimento. Não devemos pensar de nós mesmos além do que convém nem mesmo achar que não precisamos de coisa alguma (Rm 12:3). Pelo contrário, ao perceber que temos pouca força, reconhecemos que nossa suficiência vem de Deus e que precisamos uns dos outros.
Escolhamos o caminho de depender do Senhor e invocar o Seu nome em toda situação. Vamos segui-Lo, negando a nós mesmos e abrindo mão de nossas opiniões. Desse modo, cedemos espaço em nossa alma para que o Espírito venha nos preencher.

27 julho, 2012

Refletindo...

Sem Temor


Não temas diante deles, porque Eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.

Jeremias 1:8


Sempre que o temor surge em nossos corações, levando-nos a vacilar, corremos o risco de cair no pecado. Precisamos sentir pavor da presunção e, igualmente, da covardia. Ousemos ser como Daniel. Nosso grande Capitão deve ser servido por soldados corajosos.

Que grande motivo encontramos nesta promessa para sermos corajosos! Deus está com aqueles que estão com Ele. Deus nunca estará longe quando a hora da batalha chegar. Seus inimigos o ameaçam? Quem é você, para que tema homens que hão de perecer? Você perderá o controle da situação? Seu Deus, a quem você serve, achará pão e água para seus servos. Você não pode confiar nEle? Seus inimigos o ridicularizam? Essa atitude deles fere seus ossos e seu coração? Suporte-a por amor a Cristo e regozije-se por causa dessa atitude de seus inimigos.

Deus está com os justos, os verdadeiros, os santos, para livrá-los; Ele também o livrará. Lembre-se de como Daniel saiu da cova dos leões e de como os seus três jovens amigos saíram da fornalha ardente. Sua situação não é tão desesperadora quanto foi a deles. Mas, se for, o Senhor o conduzirá através dela e o tornará mais que um vencedor. Não tema; tenha receio de sentir medo. Seu pior inimigo está em seu próprio íntimo. Ajoelhe-se e clame por ajuda; então; levante-se e diga: Eu “confiarei e não temerei” (Isaías 12:2).
Autor: Charles Haddon Spurgeon (1834 - 1892)

Há unidade no nome do Senhor.

Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Acaso, Cristo está dividido? (1 Co 1:10, 12-13a)

Rm 10:13; 14:3-4; Ef 2:4-8; Ap 3:1-3


A igreja em Éfeso foi restaurada de sua condição negativa, com a ajuda do ministério do apóstolo João. Dessa condição desejável, surgiu Esmirna. A partir de Pérgamo e Tiatira, a igreja se degradou totalmente, misturando-se com a política, com o mundo e com a idolatria. Após esse período de degradação, que durou mais de mil anos, no qual os leigos não tinham acesso à Bíblia, era necessário restaurar o nome e a Palavra do Senhor. Felizmente, com a reforma promovida por Martinho Lutero, houve novamente acesso à Palavra de Deus, de modo que verdades fundamentais, como a justificação pela fé, foram restauradas. Esse foi o surgimento histórico da igreja em Sardes (Ap 3:1-3). O evangelho da graça, o qual apresenta que a salvação é pela fé em Cristo (Ef 2:4-8), foi restaurado e a salvação chegou a muitos lugares.

O nome Sardes significa restauração. Todavia, a restauração do que fora perdido nos períodos de Pérgamo e Tiatira não foi completa. A partir de Sardes, vários grupos cristãos se dividiram, a exemplo de países que fundaram suas próprias igrejas nacionais. Vários estudiosos da Bíblia também seguiram esse caminho. Por desejarem enfatizar certas verdades bíblicas em vez de outras, cada qual preferiu formar seu próprio grupo. Enquanto alguns preferem dar espaço apenas ao estudo da Bíblia, outros desejam somente receber a manifestação exterior do poder do Espírito. Essa situação não é nova, pois a tendência à formação de grupos exclusivos existia desde a época de Paulo, quando ele advertiu os coríntios a respeito de que não houvesse divisões entre eles (1 Co 1:10).

Nos últimos tempos, temos aprendido acolher todos os irmãos, não impondo nossas práticas como requisito para lhes dar acolhimento. Nosso coração deve ser alargado para não ficarmos limitados em nossas próprias preferências (2 Co 6:12-13). Não podemos rejeitar a quem Cristo acolheu. Se alguém crê no Senhor Jesus, recebe a salvação e a vida de Deus, tornando-se um membro do Corpo de Cristo, é suficiente para ser acolhido, pois é certo que não devemos rejeitar nenhum membro do Corpo de Cristo (Rm 14:3-4). Temos a mesma vida e somos parte do mesmo Corpo.

Não devemos utilizar o nome de homem algum nem mesmo o nome de Cristo para nos dividir dos demais irmãos. Ao invocarmos o nome do Senhor, estamos no espírito e, Nele, somos salvos de todo pensamento faccioso. No nome do Senhor, há unidade e não divisão (Rm 10:13; 1 Co 1:9, 11-13; 12:3).

26 julho, 2012

Fiel na tribulação.

Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Tm 3:12).
 Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2:10c)

Mt 13:33; 1 Co 12:3; Ap 2:8-9, 13


Segundo a sequência apresentada por João em Apocalipse 2, depois da igreja em Éfeso, vem Esmirna. Historicamente, Esmirna compreende a igreja que existiu desde o século primeiro até o terceiro – sendo uma continuação da igreja em Éfeso.

Na carta escrita à igreja em Esmirna, o Senhor não a repreende em momento algum, porque certamente os irmãos haviam restaurado o seu primeiro amor, voltando a invocar o nome do Senhor e estavam crescendo em vida (Ap 2:8-11; At 22:16). Por viverem no espírito, os irmãos de Esmirna foram fiéis mesmo quando passaram por tribulações.

Isso ocorreu quando o império romano perseguiu os cristãos e os levou à morte para tentar eliminá-los. O número de cristãos, porém, não diminuía, mas aumentava, porque ao invocar o nome do Senhor, os irmãos eram supridos com vida e espírito de poder. Assim, mesmo quando martirizados, os cristãos davam testemunho de sua fé, de modo que outras pessoas, encorajadas por seus testemunhos vitoriosos, também se convertiam ao Senhor. Um exemplo de mártir foi Antipas (Ap 2:13). Ele foi fiel ao Senhor e se colocou contra aqueles que, influenciados por Satanás, queriam destruir a igreja.

Após a morte de Antipas, teve início a igreja em Pérgamo. Nessa época, o imperador romano não mais perseguia os cristãos, mas introduziu pessoas na igreja, prometendo-lhes benefícios por parte do governo. Assim, muitos incrédulos passaram a se denominar cristãos apenas para obter o favorecimento das autoridades. A igreja cresceu, porém de maneira anormal, como a grande árvore citada em Mateus 13:31-32.

Como a Fé deixou de ser promovida, dando lugar aos interesses políticos na igreja, surgiu a mistura entre política e religião. Essa foi a artimanha de Satanás para prejudicar a igreja: semear o joio no meio do trigo. Corrompido o cristianismo, surgiram falsos cristãos. Por isso é dito que na igreja em Pérgamo havia o trono de Satanás (Ap 2:13).

A partir de então, as autoridades eclesiásticas introduziram na igreja ensinamentos que nada têm a ver com a Palavra de Deus. Esses ensinamentos remetem ao culto de pessoas em lugar do Senhor Jesus, trazendo a prática da idolatria e outras doutrinas relacionadas a Satanás. Esse foi o surgimento da igreja em Tiatira (vs. 18-29), representada pela mistura entre uma medida de fermento e três medidas de farinha, conforme a parábola relatada pelo Senhor em Mateus 13:33. Com a inserção do “fermento na farinha”, isto é, com a mistura de ensinamentos que imitam a Palavra de Deus, mas que na verdade são heréticos, surge uma doutrina que Deus rejeita e abomina. Felizmente, porém, mesmo na igreja em Tiatira há cristãos que não conhecem essa doutrina. Esses são os que permanecem invocando e
exaltando somente o nome do Senhor.

25 julho, 2012

Refletindo...



A Unidade do Espírito



A unidade é o requisito básico para a edificação da igreja. O Senhor Jesus gerou Sua Igreja, Seu Corpo, para que ela viva em unidade. Sua oração em João 17 mostra claramente que sem unidade entre o povo de Deus não há testemunho de Deus na terra. Para que a pregação do evangelho seja prevalecente, os cristãos precisam estar em unidade, e o resultado de as pessoas receberem o evangelho é serem um (vs. 20-23).


No entanto, o que vemos entre os cristãos hoje? Cada dia, mais e mais divisões. A Bíblia estabelece um padrão claro para a prática da unidade do povo de Deus: uma cidade, uma igreja. Se lermos atentamente o livro de Atos, além das epístolas de Paulo e Apocalipse, veremos que os primeiros cristãos reuniam-se simplesmente como a igreja em uma cidade: a igreja em Jerusalém, a igreja em Éfeso, a igreja em Esmirna, a igreja em Filipos, etc. A igreja em Jerusalém era composta de milhares de cristãos; ainda assim havia somente uma igreja em Jerusalém. Não havia nenhuma igreja maior ou menor do que uma cidade, mas em cada cidade havia apenas uma igreja. Esse é o padrão bíblico, o padrão de Deus.


É importante lembrar que, na Bíblia, o nome igreja não é dado a um prédio onde os cristãos se reuniam, mas é sempre a expressão do Corpo de Cristo em uma cidade. Hoje, graças à misericórdia de Deus, há cristãos que assumiram essa base da unidade e dela dão testemunho em muitas cidades do mundo.


Como é possível manter a unidade se nós, seres humanos somos tão diferentes, tão cheios de preconceitos e peculiaridades? Sem dúvida, a unidade não é possível pela vida natural do homem, pois sua natureza é facciosa. A unidade só é possível pelo Espírito. Efésios 4:3 diz: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”. Devemos empenhar-nos ao máximo para preservar a unidade que o Espírito Santo estabeleceu. Desse modo, nosso testemunho cristão terá impacto e Deus poderá ter uma expressão adequada entre os homens.


Satanás, no entanto, odeia a unidade do povo de Deus, pois ela é o mais eficaz instrumento de Deus para destruí-lo. Sempre que alguns cristãos decidirem posicionar-se na base da unidade estabelecida por Deus, Satanás os atacará, quer por meio de pessoas, quer lançando dúvidas sobre essa verdade bíblica. Seu objetivo é sempre danificar a edificação da casa de Deus. Mas ninguém pode destruir a igreja, o Corpo de Cristo. Há um compromisso de Deus com a edificação de Sua casa; por isso, Ele alerta por meio de Paulo: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá” (1 Co 3:17). É impossível destruir a igreja em seu aspecto universal, que consiste de todos os cristãos genuínos de todas as épocas; mas se alguém trouxer dano à expressão da igreja em uma cidade, certamente estará trazendo sobre si severa disciplina de Deus.


Por isso, não podemos aceitar nenhuma pregação ou ensinamento que coloque em dúvida ser possível termos hoje a unidade da igreja, pois palavras assim têm origem em Satanás. Muitos cristãos dizem que os cristãos só estarão em unidade na eternidade, na Nova Jerusalém. Isso é um engano. Se fosse assim, porque o Senhor Jesus oraria para que fossemos um? Por que Ele se preocuparia com isso antes de morrer, se esse assunto só seria resolvido na Nova Jerusalém? Por que Paulo se preocuparia tanto com a unidade da igreja, se isso não fosse importante e se a eternidade resolvesse a questão? Isso demonstra quanto os cristãos têm sido enganados, não dando à unidade a importância que Deus lhe atribui. Se amamos o Senhor, devemos entregar nossa vida pela edificação da igreja, pela unidade de Seu povo.

Alcançando o índice.



Hoje, um grupo de vencedores está sendo preparado. São pessoas sob um treinamento intenso e, por vezes, duro. Talvez em sua escola haja vários deles, também em sua família e, com certeza, você é um deles. Jovem cristão, você é um representante da família e do povo de Deus. Ele conta com você para participar de uma prova que não apenas resultará em prêmio e coroação para aquele que vencer, mas também afetará para sempre a história do universo. A Bíblia nos fala da
batalha do Armagedom, na qual, seguindo nosso Capitão, Jesus, o Verbo de Deus,  conquistaremos a terra de volta para Deus (Apocalipse 19:11-21; João 1:1, 14). Aqueles que participarem desse evento serão vencedores e reinarão com Cristo no reino milenar (Apocalipse 20:4-6). Todos fomos convocados para participar dessa equipe vencedora. No entanto, é necessário atingir um nível mínimo em pelo menos três índices: misericórdia, graça e justiça.



Misericórdia
O Senhor nos elegeu antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). Nossa eleição não depende de obras ou de qualquer característica de nossa personalidade e caráter. Não há nada que possamos fazer para anular essa eleição. Por outro lado, não há nada, nenhum ato, pensamento ou sentimento que possamos apresentar como motivo para termos sido escolhidos por Deus. Ele simplesmente nos amou. Fomos eleitos segundo a presciência de Deus. Ele sempre soube quem somos e o que fazemos e, ainda assim, antes da criação, nos amou e elegeu (1 Pedro 1:1-2). Isso é misericórdia.
Todos nós, filhos de Deus, somos alvo de tal misericórdia. O Senhor espera que cada eleito valorize sua eleição e viva de acordo com esse chamamento. Jovem, você não é mais comum. Você foi eleito e chamado. Por isso, Pedro disse, “Segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos porque Eu sou Santo” (1 Pedro 1:15-16).
Não nos tornamos santos, isto é, separados para Deus, de uma hora para outra. Não desanime. O Senhor quer fazer um contrato conosco: desde que queiramos, e permitamos, “Ele mesmo nos há de aperfeiçoar, firmar, fundamentar e fortificar” (1 Pedro 5:10). Se fecharmos o contrato, o Senhor proverá situações para sermos treinados, depurados, assim como o ouro é depurado pelo fogo (1 Pedro 1:6-7). Ele também nos dará a alimentação adequada, o genuíno leite da Palavra (1 Pedro 2:2). Além disso, seremos introduzidos no mais avançado e completo centro de treinamento: a vida normal da igreja (1 Pedro 2:4-9). Jovem, não despreze a misericórdia de Deus, feche logo o contrato! Para fechar o contrato e começar a desfrutar tudo o que o Senhor preparou, basta orar: “Senhor, muito obrigado por Tua misericórdia. Quero sempre ser grato pelo que fizeste para me socorrer. Mesmo não merecendo, mesmo sendo um pecador, Tu vieste aqui e morreste por mim. Que amor! Senhor, quero consagrar toda minha vida a Ti e sempre Te amar e servir”.


Graça
Uma vez que tenhamos vencido a primeira etapa – receber a misericórdia de Deus –, há mais uma prova: a salvação. Não é suficiente fechar o contrato com o treinador, precisamos começar a treinar. Nosso alvo, o fim de nossa fé, é a salvação de nossa alma. Mais uma vez, vencer não depende de quão capazes ou obstinados sejamos. Não basta querer. Aliás, um homem pode ganhar todo o mundo e ainda assim perder sua alma (Mateus 16:26). O Senhor disse que não há nada que possamos dar em troca de nossa vida. Não há nenhuma obra, nenhuma conquista, nada que, partindo de nós, resulte em salvação. Somos salvos tão-somente pela graça, mediante a fé. E isto não vem de nós. É dom de Deus (Efésios 2:8).
Em suas epístolas, Pedro fala da graça pelo menos dez vezes. Em todas elas, graça está relacionada a nosso relacionamento com Deus. Algumas vezes, Pedro fala da graça relacionada ao pleno conhecimento de Cristo (2 Pedro 1:2; 3:18). Obter graça depende de conhecer Cristo. Isto é, quanto mais tempo despendemos em oração, quanto mais lemos e praticamos a Palavra, mais graça desfrutamos. É como se a graça, que não depende de nós, fosse a comida na geladeira. Para desfrutar o rico suprimento dado por Deus, basta ir ao lugar certo, tomar e comer. Receber graça não depende de nós, mas desfrutá-la é nossa responsabilidade. Jovem, não se desvie do caminho da graça. Voltar-nos ao Senhor constantemente é a maneira de desfrutarmos Sua graça. Pois Ele concede Sua graça aos humildes (1 Pedro 5:5).


Justiça
Por fim, precisamos ser diligentes para confirmar nossa vocação e eleição, para não tropeçar em tempo algum. Dessa maneira, nos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pedro 1:10-11). Mas o que é o reino? Hoje, o reino é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17). O mundo não pode ver o reino dos céus, pois este se manifestará quando Cristo vier, na revelação de Sua glória (1 Pedro 4:13). Mas nós podemos ver e viver a realidade do reino, a igreja (Mateus 16:18-19). Isso quer dizer que a vida do reino dos céus é a vida normal da igreja, e essa vida é uma vida de justiça, paz e alegria. Justiça é fazer a vontade de Deus. Fazer a vontade de Deus é fazer o que Ele quer fazer. O Senhor Jesus disse que Sua comida consistia em fazer a vontade do Pai e completar Sua obra (João 4:34). Deus tem uma obra; justiça é completá-la.
Para fazer a obra de Deus, precisamos fazer as coisas de acordo com a maneira Dele. Precisamos ter a paciência de Deus, a perseverança de Deus, o amor de Deus. Mas, como nós, homens pecadores, podemos ter os atributos de Deus? Pedro percebeu o caminho: fomos regenerados, recebemos a vida de Deus; agora, essa vida deve crescer em nós, a fim de que se manifeste Sua natureza. E a maior expressão da natureza divina é o amor (1 Pedro 1:3; 2 Pe 1:3-9). Assim, para confirmar nossa vocação e garantir nossa entrada no reino de justiça, precisamos permitir que a vida e a natureza de Deus cresçam e se expressem em nós. Isso significa que não apenas desfrutamos a graça, mas também somos transformados. Não apenas participamos das reuniões, das conferências, mas somos transformados em cada evento, em cada situação. Dessa maneira, nosso viver será cheio de frutos de justiça, dos frutos do Espírito, que são a expressão da natureza divina em nós (2 Coríntios 9:10; Gálatas 5:22; 2 Pedro 1:8). É assim que nos tornamos vencedores, filhos maduros, que cooperam com Deus: desfrutando misericórdia, graça e justiça.

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Praticar a palavra de Deus.


Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14:6). 
Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade (3 Jo 4)


Jo 1:1, 14; 4:24; 6:63; 14:2-3, 16-20; 20:21-22; 1 Tm 1:3-4; 2 Tm 3:2-5

A epístola que Paulo escreveu aos Efésios aborda o propósito eterno de Deus e mostra como Ele deseja dispensar Sua vida para dentro do homem. Depois de certo tempo que Paulo havia escrito aos efésios, ele visitou aquela igreja e constatou que a condição dos irmãos não era boa. A Palavra ministrada por meio da epístola era excelente, mas os irmãos não a praticaram, limitando-se a debater e a discutir questões doutrinárias.
Apesar das admoestações, os efésios permaneciam ocupados com outras doutrinas, fábulas e genealogias sem fim, que promoviam discussões no lugar da Fé (1 Tm 1:3-4). Em vez de se aprofundarem na revelação contida na epístola e procurar praticá-la, eles permaneceram na esfera natural, anímica. Por essa razão, Paulo deixou Timóteo como cooperador em Éfeso, na expectativa de que ele pudesse ajudar os irmãos a praticar a Palavra que tinham recebido.
Timóteo era um jovem fervoroso no espírito e com fé genuína, mas enfrentou muitas dificuldades ao tentar ajudar a igreja em Éfeso, a ponto de seu espírito quase se apagar (2 Tm 1:3-6). Os efésios gostavam de discutir sobre quem estava certo e quem estava errado, desprezando as palavras que promoviam a Fé. Além disso, por viverem na esfera do ego e das opiniões, eram influenciados pela situação social daquele momento, pois os homens eram egoístas, avarentos, ingratos, arrogantes, caluniadores, desobedientes, atrevidos, amantes dos prazeres, tendo forma de piedade, negando-Lhe, entretanto, o poder sobre suas vidas (2 Tm 3:2-5). Por viver num ambiente assim, Timóteo se entristeceu, chegando até mesmo a adoecer, pois não conseguia ajudar a igreja a sair daquela situação negativa. Essa situação perdurou até o final do ministério de Paulo. Por causa disso, podemos dizer que a igreja em Éfeso não estava, como seu nome significava, desejável aos olhos de Deus.
Depois de muitos anos, a situação da igreja mudou. Isso ocorreu por meio da ajuda do ministério ulterior de João, em sua maturidade. Ele havia sido exilado por vinte anos na ilha de Patmos, onde recebeu muita revelação por parte do Espírito e, desse modo, escreveu o livro de Apocalipse. Após sair do exílio, segundo os historiadores, João foi para Éfeso, onde escreveu seu evangelho e suas três epístolas.
Ao escrever o evangelho, João mostrou que Deus é a Palavra, que Deus é Espírito e que o Espírito é que dá vida (Jo 1:1; 4:24; 6:63). Ele também relatou que a Palavra de Deus se tornou carne na pessoa do Senhor Jesus. Antes, Deus era inacessível, mas um dia Ele veio até nós por meio de Jesus Cristo. Ainda assim, Deus não estava totalmente satisfeito, pois Ele quer estar para sempre conosco. Por isso, o Senhor Jesus morreu e ressuscitou, tornando-se o Espírito da realidade, o qual foi soprado sobre Seus discípulos, para que, desse mesmo modo, Ele pudesse habitar neles como o Espírito (1:14; 14:2-3, 16-20; 20:21-22).
Por meio da Palavra de Deus revelada a João, os irmãos da igreja em Éfeso foram supridos com Espírito e vida, deixando de ser influenciados pelos debates doutrinários e demais questões provenientes da vida da alma. Eles tiveram um novo começo, porque passaram a praticar a Palavra. Com isso, a igreja em Éfeso passou a ser o centro da obra naquela época, de onde vários cooperadores de João eram enviados para também ajudar a outras igrejas (3 Jo 4-8).

23 julho, 2012

A revelação do ministério e o caminho para alcançar a meta de Deus


O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória               (Cl 1:26-27)


                                                       Ef 3:3-6; Fp 3:12-14; Cl 1:25-27; 2:2; Fm 8-17


Na prisão em Roma, Paulo escreveu seus quatro principais livros: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom. Antes de seu aprisionamento, as epístolas que escrevera já falavam da vontade de Deus, da revelação da economia neotestamentária de Deus, como a Epístola aos Gálatas, porém não falavam de maneira tão completa.
Como esse assunto é muito importante, ele precisava
ser detalhado, e isso Paulo fez enquanto aguardava seu
julgamento em Roma.
A Epístola aos Colossenses mostra que Cristo é o
mistério de Deus (1:25-27; 2:2); a de Efésios revela que a
igreja é o mistério de Cristo (3:3-6). Se fôssemos comparar
a função desses livros com a estrutura de um avião, Gálatas
seria a fuselagem, ao passo que Efésios e Colossenses seriam
as duas asas.
O livro de Filipenses, por sua vez, indica a direção: avançar
para o alvo, esquecendo-se das coisas que ficaram para trás,
atendendo ao chamamento de Deus, ou seja, a soberana
vocação em Cristo Jesus (3:12-14). Comparativamente
falando, Filipenses seria a direção do voo.
Na carta escrita a Filemom, vemos o cuidado amoroso
de Paulo para com Onésimo, o escravo de Filemom que
havia fugido. Ele fora encarcerado junto com Paulo e
teve a oportunidade de ouvir o evangelho e se converter.
Provavelmente, na prisão, ele não apenas foi gerado como
filho de Deus, mas também aperfeiçoado. Após ser libertado,
ele foi enviado de volta a Filemom, com a recomendação
de Paulo que o recebesse outra vez, mas agora já não como
escravo, e sim como um amado irmão (Fm 8-17).
Embora no passado Onésimo houvesse sido inútil a
Filemom, sua situação mudou em razão do cuidado e do zelo
amoroso de Paulo. Por fim, ele se tornou especial e útil. O
livro de Filemom mostra que quando exercitamos o amor
fraternal no trato para com os irmãos, eles se tornam úteis
para Deus. Esse livro, em relação aos demais, indica que o
amor é o caminho a ser seguido para alcançarmos a meta de
levar a cabo o plano de Deus. Logo, a “pista de decolagem”
do “avião” que mencionamos acima é o amor fraternal.

A importância das escrituras.


Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2 Pe 1:20-21)


At 22:22-25; 25:10-11, 21; 2 Co 12:1-4

Por meio das cartas escritas às sete igrejas relacionadas em Apocalipse, conhecemos a história da igreja. Ali a descrição de cada igreja não se relaciona somente à condição espiritual dos irmãos na Ásia, na época em que João escreveu esse livro, mas também nos revela a situação da igreja em cada período histórico, até os dias de hoje.
Éfeso é a primeira igreja relacionada em Apocalipse 2. Seu significado é desejável, ou seja, ela deveria ser uma igreja desejável aos olhos de Deus. Para que isso ocorresse, o apóstolo Paulo, durante seu ministério, tentou ajudar os irmãos ali, visitando-os e escrevendo a Epístola aos Efésios. Infelizmente, a situação da igreja naquela cidade, antes do martírio do apóstolo, não era nada desejável.
Em suas primeiras viagens, Paulo cuidou das igrejas e, nesse período, escreveu as seguintes epístolas: Romanos, Gálatas, Tessalonicenses e Coríntios. Nessas, ele não registrou de maneira completa as revelações que havia recebido.
Porém, era extremamente importante que Paulo escrevesse as palavras que o Senhor lhe revelara. Sem o registro delas, a obra de Deus em toda a terra sofreria prejuízo. Por isso, pela soberania do Senhor, a vida de Paulo foi poupada em Jerusalém, quando tentaram matá-lo por dar testemunho do evangelho (At 22:22-25). Ele foi preso, mas por ser cidadão romano, apelou para o tribunal de César (25:10-11, 21). Enquanto aguardava o julgamento, Paulo permaneceu em Roma. Sua vida foi preservada para que ele concluísse seu ministério epistolar, escrevendo acerca da importantíssima revelação do plano eterno de Deus que recebera diretamente do Senhor (2 Co 12:1-4), fato este que ocorreu provavelmente durante o tempo que passou nas regiões da Arábia (Gl 1:17).
Naquela ocasião, Paulo havia sido arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis da parte de Deus. Como era fundamental que essas palavras fossem registradas, foi necessário que Paulo continuasse a escrever. Por isso, durante sua prisão domiciliar em Roma, ele escreveu as seguintes epístolas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Todos esses livros são preciosos, pois tratam do propósito eterno de Deus e de Seu plano, Sua economia, no Novo Testamento.
No Antigo Testamento, o plano de Deus para o Seu povo havia sido revelado a Moisés, que o registrou nos cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco. Graças ao Senhor! Por meio desses escritos, bem como de tudo o que foi registrado nas Escrituras, principalmente no Novo Testamento, podemos ter acesso à revelação completa do propósito eterno de Deus para nossa vida.

22 julho, 2012

Refletindo...


Nos lugares celestiais

O significado espiritual e prático das bênçãos recebidas nos lugares celestiais. 


Efésios 1:3, 20; 2:6; 3:10; 6:12.


Na epístola aos Efésios, o apóstolo utiliza reiteradamente a frase: «nos lugares celestiais». Todos nós sabemos que esta carta, junto com a carta aos Colossenses, oferece-nos a verdade mais elevada da Bíblia, porque este livro nos fala do pleno conselho de Deus mostra-nos o mistério de Deus, o mistério de Cristo e o mistério do evangelho. Todo aquele que tem lido a carta aos Efésios tem consciência de que se trata de uma enorme e gloriosa revelação e apresentação do coração de Deus.

Freqüentemente, quando lemos esta carta, ou às vezes quando ouvimos uma pregação a respeito dela, se os nossos corações estiverem corretos, acharemos que estamos sendo elevados até o terceiro céu, porque coisas gloriosas nos estão sendo reveladas. Mas há um problema. Algumas pessoas nos dizem que quando leram este livro ou ouviram as palavras, elas foram muito inspiradas e elevadas; no entanto crêem que aquilo está muito além do seu alcance. É maravilhoso, mas apenas se for prático.

Ouço freqüentemente às pessoas me dizer que a vontade eterna de Deus é realmente gloriosa se você souber qual é. Mas é prática? É como se estivesse no terceiro céu. Mas como você pode alcançá-la? É como uma bela cesta de frutas maravilhosas posta muito alta no céu. Podemos vê-la de longe, mas não há maneira de alcançá-la. Qual é o lado bom dela se você não pode prová-la, se não pode tê-la? Isso só te dá uma sensação de frustração. Eu penso que esse é o problema de muitos filhos de Deus.

Às vezes, eu espero no Senhor e digo: «Senhor, há uma chave? Há alguma maneira que ajude ao povo de Deus a nos apropriarmos de nossa possessão? Faça que aquilo que é impossível seja possível em nossas vidas». Um dia, meditando diante do Senhor, ele parecia dirigir o meu coração para esta frase: «…nos lugares celestiais». Era como se esta fosse a chave que abriria esse mistério e nos permitiria possuí-lo. Agora, queria que compartilhássemos juntos sobre esta matéria.
Realmente, a palavra «heavenlies», em inglês, é um termo difícil. Nas diversas versões inglesas, traduz-se às vezes «nos lugares celestiais», ou às vezes «nos âmbitos divinos». Mas nos originais, deveria ser traduzido como «nos celestiais». Na versão chinesa, temos o mesmo problema, porque diz: «no céu».

No entanto, este não é o terceiro céu, porque o terceiro céu está onde está o trono de Deus. E agora no terceiro céu, além de Deus, há só um homem, e esse é Jesus Cristo homem. E o diabo não está ali, porque o diabo foi lançado fora do terceiro céu. Então, os lugares celestiais não podem ser o terceiro céu. Agora, pode encontrar-se no segundo céu, onde estão as estrelas? Sabemos que não. Ou pode ser no primeiro céu que é o nosso firmamento? Sabemos que esse é o domínio do diabo. Então, quais são os lugares celestiais? Não é o terceiro céu, não é o segundo céu, não é o primeiro céu, e então, onde é?

Só sabemos que, na verdade, os lugares celestiais são um âmbito celestial, são âmbitos divinos. É um lugar ou lugares celestiais, mas creio que não sabemos onde estão os limites. Parece ser tão vasto e, contudo, parece ser inexplicável. Mas nós sabemos que há tal lugar ou tal reino chamado de os lugares celestiais. Porque é celestial, é espiritual e é real. E ali nos lugares celestiais, nesse âmbito, Deus está ali, nós estamos ali, e até Satanás e seus anjos estão também ali. É uma realidade.

O significado dos lugares celestiais

Como o explicamos? Penso que quando tentamos explicar algo, deveríamos usar ilustrações. Por isso a Bíblia tem uma quantidade de tipos e de ilustrações. Agora pensemos em Abraão. Sabemos que Abraão nasceu em Ur da Caldeia e ali é onde estava a Babilônia. Também sabemos que ele nasceu em uma família que construía ídolos, e nesse tempo todos eles eram adoradores de ídolos.
Mas, graças a Deus, de alguma forma a glória de Deus, o Deus da glória, apareceu a ele. E porque o Deus da glória lhe apareceu, ele foi chamado a sair de Ur dos caldeus. E foi chamado para cruzar o rio Eufrates e inclusive o rio Jordão, e Deus o conduziu à terra de Canaã. E Deus prometeu dar a ele e a sua semente a terra de Canaã. Era uma terra que fluía leite e mel. Mas quando Abraão esteve na terra de Canaã, ele foi um estrangeiro e um peregrino ali. Ele habitou em tendas e viveu por fé e não por vista. A terra foi-lhe prometida. Era sua herança, mas estranhamente, ele era um estrangeiro e um peregrino nela.

Agora, amados irmãos e irmãs, isso descreve algo a respeito de vocês? Nós vivemos nesta terra. Nascemos de Adão. Nascemos sob a sentença de morte. Não tínhamos a Deus. Não tínhamos nenhuma promessa. Da mesma forma que Abraão nasceu, cresceu e viveu em Ur da Caldeia. Nós estávamos em total escuridão. Mas graças a Deus, a glória de Deus nos apareceu na face de Jesus Cristo. Ele nos chamou fora desta terra e nos chamou para Si mesmo.

Em um sentido espiritual, todos nós somos hebreus. Sabemos que Abraão foi o primeiro hebreu. Por quê? Porque ele cruzou o rio. Espiritualmente falando, todos nós somos hebreus. Ainda estamos neste mundo, mas não pertencemos a este mundo. Enquanto ainda estamos vivendo na terra, somos estrangeiros, porque a nossa cidadania está no céu. Fisicamente falando, ainda estamos neste mundo, mas espiritualmente não somos deste mundo.

Mesmo não sendo deste mundo, ainda estamos aqui neste mundo, e sabemos que este mundo um dia será nossa herança. Porque a Bíblia diz: «Bem-aventurados os mansos, porque eles receberão a terra por herança». Mas somos peregrinos, viajantes passando por este mundo. Nós vivemos por fé, não por vista. Por isso, a situação de Abraão é a nossa situação hoje, de maneira que em um sentido a terra de Canaã pode ser um tipo dos lugares celestiais. Porque, naquela terra, o Senhor estava ali.
O Senhor apareceu a Abraão repetidas vezes. E nessa terra você encontrará que Abraão estava ali, mas ao mesmo tempo as sete tribos de Canaã estavam ali. Agora, as tribos de Canaã representam as forças do mal. Assim que, em um sentido, a terra de Canaã, onde Abraão era um peregrino, pode representar os lugares celestiais hoje.

Enquanto Abraão esteve em Canaã, ele teve que viver por fé. Mas às vezes ele vivia por vista. Quando houve fome, ele viveu por vista. Mas o Egito tem mantimentos. Vemos naturalmente que ele foi ao Egito. E como fracassou! Pela graça de Deus, Deus o trouxe de novo a Canaã. E outra vez vemos que ele falhou. Ele desceu para a terra dos filisteus, e outra vez esteve em apuros. Graças a Deus, Deus utilizou estes apuros para discipliná-lo e para retorná-lo outra vez a Canaã.
Irmãos e irmãs, isto descreve as nossas condições? Pela graça de Deus, nós não somos deste mundo. Agora, vocês realmente sabem onde vivem? Fisicamente, sim, vivemos neste mundo. Mas não vivemos como as pessoas deste mundo. Não somos habitantes da terra.

No que concerne a esta terra, nós somos estrangeiros e peregrinos. Vivemos por fé, não por vista. As pessoas deste mundo vivem por vista, por isso procuram as coisas deste mundo; mas nós vivemos por fé, embora frequentemente fracassamos. Começamos às vezes a viver por vista. E como somos tentados por este mundo! Como se tivéssemos entrado no Egito. Se não formos até o Egito, vamos para a terra dos filisteus. Porque o Egito representa a terra, as riquezas desta terra. Como as riquezas desta terra atraem o povo de Deus! E se não formos atraídos por aquela, somos atraídos pela terra dos filisteus. Os filisteus representam a carne. E como nos rendemos às vezes a nossa carne, e perdemos a nossa fé!

Mas, graças a Deus, ele é tão misericordioso conosco. Ele se levantará por sobre as circunstâncias e os ambientes, para nos trazer de volta. Mas, estranhamente, nós vemos que estamos vivendo nos lugares celestiais. Sempre que sairmos do âmbito celestial, estaremos em apuros. Mas, graças a Deus, ele não nos deixará ir. Ele nos traz uma e outra vez de retorno a este reino celestial.
Assim, amados irmãos e irmãs, isto não é uma abstração. Os lugares celestiais são um âmbito espiritual muito real, vivo, verdadeiro. Se vocês tomarem esta frase e irem à carta aos Efésios, penso que terão a chave para tomar posse da sua herança.
Agora, todos sabem hoje que a carta aos Efésios pode ser expressa por três palavras, e eu penso que muitos conhecem o livro «Assentados, andeis, estejais firmes». Isso, em um sentido, dá-nos uma essência da carta completa.

Benções celestiais

Os primeiros dois capítulos se relacionam com esta matéria de estar assentados com Cristo nos lugares celestiais. Efésios 1:3: «Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo». Aqui encontramos toda bênção espiritual. Agora, há uma diferença entre o Novo e o Antigo Testamento. No Antigo Testamento, os filhos do Israel, eram o povo terrestre de Deus. As benções de Deus para eles eram terrestres. Se eles guardassem os mandamentos, se seguissem a Deus, ele os abençoaria com muitos filhos. Deus abençoaria a sua cesta, sua terra, seus animais. Todas as benções com que Deus abençoou os filhos de Israel são terrestres.

Mas, quando chegamos ao Novo Testamento, a ênfase muda. Não é que Deus não nos abençoou com bênção, mas esse já não é o ponto, porque nós somos filhos espirituais de Deus, de tal maneira que Deus nos abençoou com algo muito melhor que as satisfações terrenas. Deus nos abençoou com toda bênção espiritual.

Vocês sabem irmãos e irmãs, eu vejo que há uma idéia errônea, especialmente em nossos dias, porque estes são dias difíceis. Vocês sabem que o Evangelho da Prosperidade é algo que inclusive o povo de Deus está buscando. Se você amar a Deus, Deus te abençoará e te dará saúde perfeita, Deus te dará uma boa família, Deus te dará prosperidade. Terá uma casa grande, terá um Rolls-Royce. Isto demonstra que você é abençoado por Deus. Se você for fraco e doente, se não tiver filhos, se viver em uma casa pequena, se apenas tiver a medida para viver, então deve estar amaldiçoado.
Isto era verdade no Antigo Testamento, mas já não o é no Novo Testamento, porque Deus tem algo melhor para nós. Tudo o que você vê é temporário, e passará. Deus nos abençoou com o que é eterno. Ele nos abençoou com toda bênção espiritual. Não podemos pensar em nenhuma bênção espiritual com a qual Deus não nos tenha abençoado. Aquele que não poupou a seu Filho unigênito reterá alguma coisa boa de nós?

Agora, se você tentar contar estas benções espirituais, se surpreenderá. Por exemplo, quando você lê os primeiros dois capítulos de Efésios, verá que ali são enumeradas algumas destas benções espirituais. Por exemplo, ele nos escolheu antes da fundação do mundo. Isso não é maravilhoso? Antes mesmo de nascermos, antes que Adão fosse criado, antes que o mundo fosse criado, Deus já tinha te elegido. Isso não é maravilhoso? E para que te escolheu? Para que você pudesse receber a filiação. Não só para ser uma criança de Deus, mas também para ser um filho maduro ou uma filha madura de Deus.

Ele nos redimiu e perdoou os nossos pecados. Hoje gozamos do seu favor, e ele nos diz o que ele está fazendo. Naquele dia, Deus resumirá todas as coisas em Cristo. E todos nós seremos reunidos em Cristo. E não só isso, ele nos usará como instrumentos para manifestar esta recapitulação de todas as coisas em Cristo. Nós somos a sua herança, e ele é a nossa herança. Estávamos mortos em delitos e pecados, e em sua misericórdia e sua graça, ele nos salvou. E não só nos libertou com Cristo, ele nos ressuscitou juntamente com Cristo, e ele nos fez assentar junto com Cristo nos lugares celestiais.

Agora, isto é algo para o futuro? Não, não é algo para o futuro. Quando os nossos pecados foram perdoados? Não é algo para o futuro. Nossos pecados já foram perdoados. Quando fomos tirados da nossa morte? Já temos essa vida de ressurreição, a vida de Cristo em nós. Não é algo para o futuro. E da mesma maneira, quando fomos assentamos com Cristo nos lugares celestiais? Agora! Nós já fomos assentados com Cristo nos lugares celestiais. Cristo foi levantado dos mortos, e ele subiu aos céus e se assentou à mão direita de Deus.

Ele está nos lugares celestiais, ele nos introduziu nos lugares celestiais e nos assentou com ele nos lugares celestiais. O que significa estar assentado? Você se senta quando o trabalho já acabou. Da mesma forma, o nosso Senhor Jesus, depois de concluir a sua obra, subiu ao céu e se assentou à mão direita do Pai. Irmãos e irmãs, nós estamos no melhor do seu trabalho acabado. Já estamos assentados. Você não precisa trabalhar. A obra está feita. Sua obra é o nosso trabalho, e nós estamos assentados com ele.

Morar no Senhor assentado nos lugares celestiais

Onde estamos assentados? Nos lugares celestiais. Vê isto? Já estamos assentados nos lugares celestiais. E porque nos assentamos ali, todas as benções espirituais nos lugares celestiais são nossas.

Podemos utilizar outro termo, tirado do capítulo 15 de João. O Senhor disse: «Permanecei (ou habitem) em mim, e eu em vós». Vocês sabem que estar assentados com Cristo nos lugares celestiais é o mesmo que habitar ou morar nele, porque todas as bênçãos nos lugares celestiais estão em Cristo Jesus. Então, quando estamos nele, quando habitamos nele, todas as bênçãos espirituais são nossas.
Se não habitarmos em Cristo, então não receberemos o que está nele, porque não estamos morando nele. Estar assentados com, e habitar em Cristo, são uma e a mesma coisa. Então, amados irmãos e irmãs, todas as bênçãos espirituais dos capítulos 1 de Efésios e 2, estão todas em Cristo Jesus. E se você está assentado com ele, e habita nele, então todas elas são tuas, e você começará a experimentar todas estas bênçãos. A chave verdadeira está aqui. Deus já te pôs nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Vocês estão assentados juntos com ele hoje? Vocês habitam nele? Se você morar nele, e isso significa que está assentado com ele, você recebe aquilo que ele já tem feito. Então todas estas bênçãos espirituais não serão como uma cesta de frutas posta a uma altura inalcançável. Irmãos e irmãs, é muito simples. Se você realmente deseja tomar sua possessão, aprenda a apenas estar assentado com Cristo, aprenda a repousar em Cristo; não lute, não tente com as suas forças, porque a vida cristã é uma vida de fé. E a fé lança uma âncora em Cristo. E isto é habitar na vontade de Deus. É uma coisa diária.

Andar para testemunhar a realidade de Cristo

Se nos movermos do capítulo 3 para o capítulo 5, encontraremos outra palavra: andar. Caminhar com Cristo. O que significa isso? Significa que aquilo que recebestes quando fostes assentados com Cristo nos lugares celestiais, agora há uma oportunidade de manifestá-lo, expressando-o em sua vida a cada dia. E quando estiveres fazendo isso, este será o seu testemunho.

Agora, qual é o nosso testemunho? O nosso testemunho não é outro senão testemunhar a realidade de Cristo. Que Cristo é verdadeiro. Como você pode saber que Cristo é real? Porque ele se expressou a si mesmo em nós. E este é nosso testemunho, não só a este mundo, mas também até ao mundo invisível, porque no verso 10 do capítulo 3, diz: «…para que a multiforme sabedoria de Deus seja agora dada a conhecer por meio da igreja aos principados e potestades nos lugares celestiais».

Nosso testemunho não só alcança o mundo; como também alcança até as hostes celestiais. Eles se maravilham no que Deus tem feito em nossas vidas, como ele pode nos transformar de pecadores em santos, como ele pode nos reunir em unidade. Então vemos no capítulo 4 que esta é a nossa vida de igreja, nossa vida de corpo. E depois a nossa vida segue na sociedade e a nossa vida na família. Todas as bênçãos espirituais que recebemos em Cristo Jesus são tão verdadeiras, tão práticas, porque todas elas podem ser expressas na vida de igreja, na vida social e na vida familiar. E este testemunho é de grande alcance. Assim é este andar com Cristo nos lugares celestiais. Nós não andamos por vista, senão por fé.

Então, nada é abstrato. Não é como as pessoas dizem, quando você é muito espiritual, que você já não é mais um homem. Ao contrário, você vê que você é um homem real porque é Cristo que está sendo manifestado. E quão maravilhoso é quando você lê estes capítulos.

Em pé para a guerra espiritual

E então, finalmente, na última parte do capítulo 6, encontramos que estamos lutando com Cristo nos lugares celestiais. A guerra espiritual verdadeira está nos lugares celestiais. E a guerra espiritual verdadeira não é contra carne e sangue. Sim, temos nossas guerras com carne e sangue, e a menos que tenhamos vencido, não somos aptos para a guerra espiritual.

Há uma guerra espiritual em desenvolvimento, por trás da qual o propósito eterno de Deus será completado. Satanás está lançando mão a tudo para obstruir isso. E agora Deus utilizará a aqueles que estão assentados com ele, caminhando com ele nos lugares celestiais, para lutar esta batalha de fé. A guerra espiritual tem um objetivo: que o propósito eterno de Deus permaneça em pé, que seja realizado.

E graças a Deus, ele pode inclusive utilizar o homem para lutar contra os anjos que são mais altos que eles. Essa é a glória de Deus. Devemos estar em pé, resistir e permanecer em pé. E por último, estar em pé significa que estamos firmes para o cumprimento do propósito eterno de Deus.
Amados irmãos e irmãs, toda esta carta aos Efésios é altamente espiritual, mas profundamente prática. E é muito simples: assentados com Cristo nos lugares celestiais, caminhando com Cristo nos lugares celestiais, e lutando com Cristo nos lugares celestiais. Que esta carta seja a nossa possessão. 



Fonte: Stephen Kaung
(Site Igreja em Uberaba).