16 agosto, 2012

O fogo purificador.

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe 4:12-13)

Mt 3:11; 25:23; Jo 21:3; Hb 2:7; 1 Pe 1:6-7
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Após a morte e a ressurreição do Senhor, Pedro voltou a pescar e levou outros discípulos consigo, mas durante toda a noite não apanharam nenhum peixe (Jo 21:3). Ao clarear do dia, Jesus estava na praia e lhes disse que lançassem a rede à direita do barco, o que os discípulos fizeram, vindo a apanhar uma grande quantidade de peixes.
Quando saltaram em terra, os discípulos viram que Jesus já havia lhes preparado peixe e pão. Naquela ocasião, o Senhor os alimentou e perguntou a Pedro, por três vezes seguidas, se ele O amava. Pedro se entristeceu com isso, por achar que o Senhor duvidava de seu amor. O Senhor, por sua vez, mostrou-lhe que, daí por diante, Pedro não agiria mais segundo sua própria vontade, e sim guiado pelo Espírito. Por ter a vida divina, a vontade de Pedro seria restringida, de modo que, em sua maturidade, se submeteria totalmente à vontade de Deus.
Pedro praticou essa palavra, experimentando o batismo com Espírito Santo e com fogo (Mt 3:11). Ele colocou em prática a palavra pregada por João Batista, sendo purificado com o fogo do Espírito. Como temos visto, aplicar o fogo do Espírito é a maneira mais eficaz de rejeitar a vida da alma. Isso é semelhante ao processo de queima utilizado para eliminar os espinhos e ervas daninhas do solo, a fim de prepará-lo para o plantio. Os espinhos arrancados podem voltar a crescer, mas se o fogo os queima, são totalmente eliminados. Nossa vida da alma é assim. Mesmo que nos esforcemos, não conseguimos ficar totalmente limpos.
Por repetidas vezes, a vida da alma de Pedro se manifestou, mas ele percebeu que a solução definitiva era se submeter à prova do fogo ardente do Espírito. Esse fogo queima interiormente, e não apenas exteriormente. Para experimentarmos esse queimar interior, devemos viver e andar no espírito constantemente. Assim, a vida da alma será eliminada com mais eficácia.
O resultado é descrito em 1 Pedro 4:12-13: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando”.
Em Hebreus 2:7, vemos que Deus fez o filho do homem, por um pouco, menor que os anjos. Mesmo que ainda não tenhamos a vida divina suficientemente crescida, se perseverarmos em seguir o Senhor, um dia seremos coroados de glória e de honra. O resultado de sermos purificados com o fogo do Espírito é receber louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo (1 Pe 1:6-7). Louvor indica a aprovação do Senhor no tribunal de Cristo (Mt 25:23). Receber glória significa expressar a natureza de Deus em plenitude e receber honra é alcançar uma posição no reino para governar com Cristo.

15 agosto, 2012

A Igreja é Revelada...

Refletindo...

O chamamento que Deus faz ao preparado


Perdendo a Confiança em Si Mesmo. 

Quando Deus o chamou, Moisés se disse lento no falar. Parece que ele dizia: “Senhor, agora que trataste com minha habilidade, já não aceito o Teu encargo. Quero renunciar. Não sou a pessoa adequada para ser enviada a Faraó, a fim de livrar os filhos de Israel de sua mão. Sou lento no falar. Como poderia conversar com Faraó?” Ao dizer dessa maneira ao Senhor, Moisés aparentemente foi sincero. Deus, todavia, zangou-se com ele (4:14). Isso indica que, pelo lado de Moisés, havia algum problema. Deus queria “contratá-lo”, mas Moisés recusou aceitar o serviço. Ao negociar assim Moisés com o Senhor, sabia Deus o que estava em seu coração. Interiormente, Moisés deveria estar dizendo: “Senhor, há quarenta anos tentei ao máximo salvar os filhos de Israel, mas não me permitiste ter sucesso. Fui rejeitado e precisei fugir para o deserto, onde sofro há quarenta anos. Esqueci tudo o que aprendi no palácio real. Tornei-me nada. Agora dizes que queres que eu vá a Faraó. Quando estava qualificado, Tu me despediste. Mas, agora, que estou desqualificado e incapaz, Tu me queres contratar?” Secretamente, Moisés deve ter culpado o Senhor. Essa deve ter sido a razão pela qual Deus ficou descontente com ele.

Tanto em Deus quanto em Moisés havia algo que não era expresso. Em Seu interior, o Senhor devia estar dizendo, “Moisés, não quero que você faça nada. Você não vê lá a sarça? Ela arde, mas não se consome. Quero que você simplesmente Me manifeste. Moisés, não rejeite o encargo. Receba-o, mas não utilize sua habilidade e força para realizá-lo. Porque você se considera apto para a morte, posso agora utiliza-lo. Moisés, não Me rejeite. Não tenho intenção de usá-lo segundo o seu conceito natural. Quero usá-lo à Minha maneira, como uma sarça que arde sem se consumir.”

Não é fácil realizar algo para Deus sem utilizar nossa própria força ou habilidade. Com o passar dos anos, tenho aprendido essa mesma lição, principalmente através dos sofrimentos e falhas. Freqüentemente, as pessoas têm a seguinte atitude: se lhes pedirem que realizem algo, elas serão capazes de fazê-lo à sua maneira, sem a interferência nem o conselho dos outros. Até mesmo os presbíteros da igreja podem ter essa atitude. O nosso sentimento pode ser: “Se você quer que eu o faça, então, por favor, fique longe e deixe-me executa-lo”. Todavia, quando nos chama para realizar algo, Deus quer que façamos, mas não por nós mesmos. Quando nos chama, Ele parece dizer: “Sim, quero que você o faça, mas quero que o realize através de Mim, não por si mesmo.” O nosso problema, freqüentemente, é que, se não pudermos executar determinada coisa por nós mesmos, então recusaremos inteiramente faze-la. Essa atitude tem sido um grande empecilho para a obra da restauração do Senhor.

Muitos irmãos sabem que precisamos da vida da igreja, mas, por estarem frustrados, insistem em não vir às reuniões. São como o Moisés frustrado do deserto, que fora tratado por Deus até perder a confiança em si mesmo. Ele, todavia, ainda estava disposto a receber o encargo do Senhor. Recebera-o de Deus antes dos quarenta anos. Todavia tinha que aprender a cooperar com Deus sem utilizar a própria habilidade e força naturais. O chamamento de Deus não poderia vir, até que ele perdesse toda a sua confiança em si mesmo. Em princípio, Deus trata conosco da mesma maneira. Quando já não confiamos mais em nós próprios, Ele vem para chamar-nos. 



Fonte: Estudo-Vida de Êxodo - Mensagem 06 - W.Lee

Para Meditar...


Vivendo pela Vida de Deus - Watchman Nee




"Constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder da vida indissolúvel". (Hb 7:16)
"Não temas; eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno". (Ap 1:17 -18)
"Ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; por quanto não era possível fosse ele retido por ela". (At 2:24)
"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". (Mt 26:41)
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim; ainda que morra viverá". (Jo 11:25)
"Para o conhecer e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte". (Fp 3:10)
"E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais". (Ef 1:19-20)
"Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". (Cl 1:29)
"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado". (Rm 7:14)
"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e, sim em Deus que ressuscita os mortos". (II Co 1:8-9)
"Então ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza". (II Co 12:9a)
"Posto que buscais prova de que em mim Cristo fala, o qual não é fraco para convosco, antes é poderoso em vós". (II Co 13:3)

Muitas pessoas estão vivendo pela vontade própria, e não pela vida de Deus. Eles são cristãos porque decidiram sê-lo. Decidiram por sua vontade. Eles querem santificação e estão determinados a obtê-la. Resolveram experimentar vitória em suas vidas. Por melhor que isso possa parecer, estas pessoas estão vivendo pela sua vontade. Suas vidas estão totalmente dentro da esfera de suas vontades. Semelhantemente, muita obra cristã é realizada também nesta esfera.
Você deveria ser um bom cristão, deveria ter vitória, e deveria ser cheio com o Espírito. Mas o máximo que consegue alcançar é somente desejar isso. "O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26:41b). "Pois o querer fazer o bem está em mim; não, porém o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7:18b - 19). O desejo da vontade não pode lhe dar o poder de fazê-lo, pois a carne é mais forte.
Aquele que confia na vontade certamente será derrotado. A vontade é muito fraca; ela não pode levar alguém a ser vitorioso. Ela somente consegue funcionar à medida em que algo a move ou empurra. Esta não é a vida de Cristo; é a vida da vontade. Ela está destinada à derrota.
A vida de Cristo, no entanto, está acima do plano da vontade. A Sua vida nos ampara; nos leva consigo e nos conduz naturalmente. Nós nada fazemos; Ele tudo faz. Sua vida flui e transborda sobre a vontade e as circunstâncias. Não lutamos nem nos esforçamos para trilhar o caminho. Ele simplesmente nos carrega consigo, em Seus braços.
Em relação à nossa fraqueza física, a mesma regra se aplica. Não podemos nos forçar a vencer nossas fraquezas ou a viver acima delas. A vida de Cristo, porém, simplesmente flui e nos carrega consigo. Não precisamos nos reanimar e prosseguir, pois Cristo o faz por nós. Como descrito em II Coríntios 1:8-9, Paulo estava em completo desânimo tanto interna quanto externamente. Ele estava verdadeiramente em uma condição desesperadora, onde acabara-se toda a esperança. Então ele declarou que confiava na vida de ressurreição do nosso Senhor Jesus. Apenas a vida não é suficiente, é necessária a vida de ressurreição. Enquanto Romanos 7 nos mostra que a vontade é impotente - pois ela não consegue nos levar à vitória, Romanos 8 nos fala que "a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos livrou da lei do pecado e da morte" (v. 2).

Vivendo pela Sabedoria Humana ou pela Vida de Deus

"Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas na graça divina, temos vivido no mundo, e mais especialmente para convosco". (II Co 1:12)
"Quando se aproximava do Egito, quase ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher de formosa aparência; os egípcios, quando te virem, vão dizer: É mulher dele, e me matarão, deixando-te com vida. Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor a ti e, por tua causa, me conservem a vida". (Gn 12:11-13)
"Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, sobrevieram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos, e o argüiram nestes termos: Dize-nos: Com que autoridade fazes estas cousas? ou quem te deu esta autoridade? Respondeu-lhes: Também vos farei uma pergunta; dizei-me: O batismo de João era dos céus ou dos homens? Então eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele dirá: Porque não acreditastes nele? Mas se dissermos: Dos homens, o povo todo nos apedrejará; porque está convicto de ser João um profeta. Por fim disseram que não sabiam. Então Jesus lhes replicou: Pois nem eu vos digo com que autoridade faço estas cousas". (Lc 20:1-8)
"Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade; e sim, a vontade daquele que me enviou". (Jo 6:36)
Vimos que não é pela vontade do homem que vivemos. Agora veremos que também não é a sabedoria humana o princípio que governa a vida. Todo aquele que age baseado em sua sagacidade está no caminho errado. A única pergunta que deveríamos fazer é: "Qual é a vontade de Deus?" Não permitamos de modo algum que nossa esperteza se envolva nisso. Você teme dificuldades ou problemas? Se teme, a sagacidade ou a sabedoria humana imediatamente aparecem. Você busca a gloria dos homens? Se busca, então a sagacidade se introduz rapidamente.
No entanto, se o seu desejo é seguir somente a vontade de Deus (após esta lhe ter sido mostrada), então você não será afetado pelas críticas dos homens. Atenha-se apenas à vontade de Deus. Não se importe com o que o mundo pensa; nem considere que conseqüências podem haver.
Não confie na vontade ou sabedoria humana; confie apenas na graça de Deus. Quando você cometer um erro grave, e estiver em dificuldades, simplesmente clame a Deus: "Senhor, tem misericórdia de mim e ajuda-me." Não tente se desembaraçar com mais manobras, mas lance-se sobre a misericórdia de Deus. Ele dispersará as nuvens e o livrará.
Aqueles que são brilhantes são os que se metem em mais problemas, por que confiam em sua sabedoria. Pessoas que são bem menos brilhantes têm poucos problemas, na medida em que confiam somente em Deus. Porém, onde há sagacidade, sempre haverá desonestidade, engano e pecado. Pesar a questão olhar seus vários ângulos, calcular o que pode acontecer se dissermos ou fizermos isto ou aquilo - tudo isso é sagacidade. Todavia, para o cristão isso é pecado. Deus não permitirá que você aja de acordo com sua própria forma de pensar e, sim, segundo Sua vontade. Algumas vezes você pode sentir como se estivesse caminhando diretamente contra algo pavoroso, mas se esta for Sua vontade e o Seu caminho, então não tente discutir, mas simplesmente obedeça, com a fé de uma criança.

A Lei do Espírito da Vida.

"Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros". (Rm 7:22-23)
"Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto ao que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando a seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado. A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito". (Rm 8:2-4)
O homem apresentado em Romanos 7 vive pela sua vontade. Toda a sua vida e conduta são controladas por ele mesmo. Embora sua vontade possa ser boa, sua conduta é má. Ele se conforta dizendo, "eu anseio por Deus; minha vontade é dEle; eu odeio o pecado, não desejo fazer nada errado; desejo a vontade de Deus e quero glorificá-Lo em todas as coisas". Contudo, isso é o máximo que essa pessoa pode fazer. Ele não viu que tudo isso está na esfera da vontade. Por esta razão, ele continua debaixo da lei. O poder da sua vontade se torna o único poder da sua vida; sendo assim, ele não é capaz de sair da fraqueza para a consecução.
Muitos cristãos controlam-se bem. Eles mantêm um forte domínio sobre si. Estão determinados a não pecar, nem a ofender os outros. Com força eles se seguram, refreiam e controlam, querendo fazer de si mesmos pessoas que agem de determinada maneira e falam com um certo tom de voz, que eles aprovam. Eles, portanto, forçam a si mesmos a fazer o que não querem e se reprimem sob o poder da vontade. Mas tudo isso não passa da lei, a lei da vontade natural. Contudo, Romanos 8:2 nos diz que "a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte." Se alguém não tem experimentado isso, ou é porque não nasceu de novo ou porque não foi bem instruído no evangelho pleno de Jesus Cristo. Ele conhece apenas um evangelho imperfeito, ou então não crê realmente na Palavra de Deus, por falta de revelação.
Como a lei do Espírito da vida vence a lei do pecado e da morte? No momento em que você é salvo, você sabe o que deve fazer. Você não precisa pesar e raciocinar para saber se uma palavra ou atitude é correta ou não. Há algo dentro de você que lhe diz tudo. Portanto, não é uma questão de saber, mas sim de obedecer ou não a essa voz interior, essa luz interior. A lei do Espírito da vida está operando dentro de você o tempo todo, mas pode ser que você não tenha aprendido a obedecê-la. A forma com que esta lei vence a outra é simples, natural, sem esforços. Ao reconhecer e crer nesta lei da vida que está operando em seu interior, você simplesmente eleva sues olhos e diz ao Senhor: "Senhor, eu não posso; mas Tu podes". Isso é tudo o que você tem que fazer. Não é uma questão de tentar, mas de reconhecer esta vida em você, a qual é Cristo. Você apenas a observa viver, fluir e operar naturalmente sem esforço algum.
Imagine que você seja convidado para ir a uma casa onde, no passado, você sempre falava de maneira carnal e fazia coisas que não glorificavam ao Senhor. Será que você precisa se preparar orando muito sobre esse assunto, decidindo não repetir o que dizia ou fazia antes, e clamando ao Senhor para ajudá-lo? Não, você simplesmente crê que há uma nova lei operando em você - a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus. E esta lei o libertará. Descanse no poder da lei da vida. Não fique tentando, nem fique ansioso. Apenas confie totalmente nesta vida, nessa lei. E se você se esquecer, o Espírito o lembrará, pois isto é Sua responsabilidade. A lei opera naturalmente e sem esforço. Confie Nele com uma fé de criança, livre dos esforços, das lutas ou do empenho da vontade.
Será que essa lei espontânea está operando em você? Será que tem fluido de você, sem esforço, uma vida simples e espontânea?

Deixe de Tentar

"Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé" (Mt 6:26-30)
"Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". (Rm 8:1)
Há uma nova lei operando em nós que é maior que a lei antiga. Creia nesta nova lei. Creia que ela está operando, e que continuará a operar. Simplesmente siga essa lei. É assim que os cristãos vivem.
As pessoas não salvas, por outro lado, precisam controlar-se. Elas precisam refrear e ordenar as suas vidas pelas suas vontades. Os salvos, no entanto, podem soltar-se. Eles podem abandonar todo esforço próprio e desistir de tentar e lutar com suas vontades. Eles se renderão nas mãos de Deus. Deixe de tentar e deixe Deus agir.

A Palavra de Deus é Viva

"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, é mais c

ortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração". (Hb 4:12)

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno". (Sl 139:23-24)
"A revelação das tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples". (Sl 119:130)
"Mas todas as cousas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz". (Ef 5:13)
"Àquele lugar chamou Jacó Peniel, pois disse: Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva". (Gn 23:30)
"A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens". (Jo 1:4)
Como vamos saber que parte de nossos pensamentos ou decisões é de Deus e que parte é nossa? Algumas vezes há apenas uma diferença mínima e conseqüentemente descobrimos que não podemos diferenciá-las. Podemos nos perguntar: "Isso sou eu, ou é o Senhor, em mim? Isso procede do meu espírito ou da minha alma?" Tentamos dissecar nossos pensamentos, palavras e ações a fim de saber qual parte é natural e qual é espiritual. Esta é uma tarefa extremamente difícil, e ficamos desesperados quando tentamos fazer a discriminação.
Tentar fazer isso é fatal. Somente resulta em perplexidade e hesitação. Nada é exato ou firme; é como estar sempre num labirinto ou em um nevoeiro. Toda essa abordagem, porém, está errada. Deus nunca nos disse que podemos distinguir dentro de nós o que é alma e o que é espírito. Tal abordagem está errada e a pessoa que tenta fazê-la também estará errado. Deus nunca quis que fizéssemos isso, porque se olharmos para dentro de nós mesmo, só veremos trevas. Examinar-se a si mesmo a esse respeito nunca nos levará a achar luz. Pois tudo é escuridão dentro em nós. Seguir este caminho não nos levará a lugar algum. É um beco sem saída. Portanto precisamos parar com essa prática.
"A palavra de Deus é viva e eficaz, é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração". Quando dizemos ou sentimos que estamos certos ou errados, o ponto fundamental é: Como sabemos? De onde veio a luz - ou seja, o conhecimento de que isso ou aquilo está certo ou errado? De dentro de nós ou da palavra de Deus? Houve revelação? Tem que haver revelação ou luz baseada na Palavra de Deus para que possamos realmente ver. No momento em que o Espírito Santo envia luz sobre a Palavra de Deus, vemos e sabemos.
Devemos ter a luz que mata. Sob tal luz vemos que tudo o que é nosso está centralizado na alma. Portanto precisamos de revelação, porque ela mata e realiza a obra. Deus não opera de outra maneira à parte da revelação. Obter revelação é suficiente, pois a obra então é realizada. No momento em que a recebemos e nos vemos como Deus nos vê, somos enfraquecidos e nossa vida da alma morre. A luz que vem da revelação traz consigo o poder; ou melhor, ela mesma é o poder. Sendo assim, tudo depende de revelação. Depois que a recebemos nada mais resta para Deus fazer. Não há um segundo passo a tomar - a revelação é a chave de tudo.
Em Peniel, Jacó disse: "Vi a Deus face a face." Esse é o local de revelação. Não apenas uma experiência, é estar face a face com o próprio Deus. Não é meramente uma operação de Deus, é a própria Luz. A luz mata, mas melhor ainda, a luz purifica. A única razão para não termos luz é não termos lugar para ela. Fechamos a porta. Estamos fechados para a luz. Ore para que possamos estar abertos a ela. Não obteremos luz até que estejamos abertos para ela. E quando a luz vem, ela mata. Portanto, após recebermos a luz, não mais devemos olhar para dentro de nós e nos perguntar se estamos certos ou errados, se é da alma ou do espírito. Somente ore: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno."
Você deve aprender a se abrir. Não engane a si mesmo, nem seja soberbo. Seja humilde e aprenda a ser sincero. Muitas vezes não somos sinceros para com Deus e com Sua Palavra. Algumas vezes a luz vem devagar, pouco a pouco. Mas quando ela vier, renda-se a ela. Ande mansamente com temor e tremor. Lide com o eu até o limite máximo, ou melhor, deixe o Espírito Santo lidar com você sem restrições. A razão pela qual somos carentes de discernimento em relação às situações de outros é porque não permitimos que Deus nos dê luz com respeito a nós mesmos. Precisamos primeiro discernir nosso próprio eu. Então poderemos ajudar outros a ver.


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O que está por trás do lado bom da vida da alma.


Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia          (Jó 42:3)


Gn 4:3-5; Mt 16:21-23
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

A vida da alma de Pedro se manifestou principalmente quando tentava fazer o bem. Em Mateus 16:21-23, vemos que Pedro começou a reprovar o Senhor, quando Ele disse que Lhe era necessário seguir para Jerusalém, sofrer, morrer e ressuscitar ao terceiro dia. Pedro disse ao Senhor que tivesse compaixão de Si mesmo, pois isso de modo nenhum Lhe aconteceria. No lugar de Jesus, nós provavelmente aprovaríamos a atitude de Pedro. Essa é uma visão superficial da situação. Muitas vezes expressamos nossa opinião segundo o lado bom de nossa vida da alma e não segundo a vontade de Deus.
O Senhor, porém, era fiel à vontade de Deus Pai acima de tudo e reconheceu que Satanás estava utilizando a emoção de Pedro para impedi-Lo de realizá-la. Quem imaginaria que as palavras amorosas de Pedro eram um obstáculo para a vontade de Deus? Se o Senhor tivesse dado ouvidos a ele e não tivesse sido crucificado e morto, não teríamos a redenção nem a igreja seria gerada. Assim, o propósito de Deus em salvar o homem e prepará-lo para reinar seria prejudicado. Esse era o intento de Satanás, e, foi por isso, que o Senhor disse a Pedro: “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (v. 23).
O mesmo que aconteceu com Pedro pode ocorrer conosco, porque a alma possui dois aspectos: o bom e o mau. A parte má da vida da alma nós facilmente percebemos e rejeitamos, porque ela nos leva diretamente ao pecado. A parte boa, por outro lado, não é notada com facilidade, pois diz respeito até mesmo ao nosso serviço a Deus. Por exemplo, quando Caim apresentou uma oferta ao Senhor, ele o fez segundo o esforço proveniente da alma. Ao ser rejeitado, entristeceu-se. Quando Deus o aconselhou sobre o que deveria fazer, Caim não se arrependeu. Pelo contrário, aquele que parecia tão bom em sua alma, tornou-se mau, a tal ponto que assassinou seu irmão, Abel (Gn 4:3-5).
Como a vida da igreja é seguir o Senhor, devemos negar não somente a parte má da vida da alma, mas também a parte boa, pois ambas têm a mesma origem: Satanás. No registro da experiência de Pedro, o Senhor repreendeu Satanás, pois a origem daquela boa atitude era satânica. De fato, tudo o que é produzido pela vida da alma, seja bom ou mau, tem origem em Satanás. Daí a importância de negarmos o ego, tanto naquilo que se inclina para o pecado, como naquilo que produz coisas boas, mas que impedem que a vontade de Deus se cumpra. Isso é o que devemos praticar, não somente nas reuniões da igreja ou quando estamos envolvidos no serviço a Deus, mas em todo o tempo, principalmente na vida familiar e social.

Aprender com o apóstolo Pedro.


Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. Então, eles, levantando os olhos, a ninguém viram, senão Jesus (Mt 17:5, 8)


Mt 17:1-8; Lc 22:50-51
Árvore da Vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

No passado, achávamos que Deus utilizava o sofrimento físico como a principal maneira de nos levar a negar a vida da alma. Por exemplo, quando algum acidente ou doença nos acometia, entendíamos que Deus estava nos levando a negar a nós mesmos naquela situação. Quando o problema era resolvido, pensávamos já haver negado a vida da alma o suficiente. Com o tempo, percebemos que essa não é a maneira mais eficaz para receber o trabalhar de Deus em nosso coração. Infelizmente, mesmo depois de passar por situações difíceis e até mesmo dramáticas, muitos continuam orgulhosos, inflexíveis e fortes em sua opinião natural.
A maneira que Deus utilizou para amadurecer Pedro foi prová-lo com o fogo ardente do Espírito. Em Mateus 16, Pedro obteve de Deus Pai a revelação de que Cristo é o Filho do Deus vivo; imediatamente após isso, o Senhor Jesus lhe revelou a igreja como o ambiente onde negamos a nós mesmos para segui-Lo (Mt 16:17-18). Embora já tivesse recebido a revelação de Cristo e da igreja, Pedro ainda estava cheio de si mesmo e de suas próprias opiniões. Por essa razão, o Senhor lhe revelou que para segui-Lo, Pedro ainda precisava negar a si mesmo, isto é, o seu ego.
Em Mateus 17, vemos Deus lidando com a vida da alma de Pedro. Quando o Senhor Jesus foi transfigurado, Pedro, Tiago e João presenciaram Elias e Moisés falando com Ele. Nessa ocasião, Pedro disse a Jesus: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias” (v. 4). No mesmo instante, ele foi interrompido por uma nuvem luminosa que os envolveu e uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5). Isso mostra que devemos negar nossas preferências e dar ouvidos somente ao Senhor.
Ainda em Mateus 17, ocorreu outra situação em que Pedro manifestou sua opinião sem antes ouvir o Senhor. Quando os cobradores do imposto para o templo lhe perguntaram se Jesus pagava tributo, ele respondeu que sim. Mas quando entrou em casa, o Senhor Jesus lhe
disse: “Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos” (vs. 25-26). Sendo Filho de Deus, o Senhor Jesus estaria isento de impostos. Contudo, como Pedro se adiantou em dizer que Ele pagaria, dando lugar à sua própria opinião, o Senhor lhe disse que fosse ao mar e lançasse o anzol. O primeiro peixe fisgado traria na boca um estáter para ser pago como imposto pelo Senhor e por Pedro.
O Senhor fez isso para que Pedro aprendesse a lição de não abrir a boca precipitadamente, sem depender Dele. Cremos que enquanto esperava para apanhar o peixe, Pedro teve tempo de se arrepender e perceber o quanto sua vida da alma era prejudicial. Enquanto aguardava e se arrependia, ele deve ter experimentado um fogo ardente queimando suas impurezas.
O aprendizado de Pedro foi gradual, pois em outras ocasiões sua vida da alma voltou a se manifestar, como quando, no jardim do Getsêmani, usou uma espada e cortou a orelha do soldado que estava para prender o Senhor Jesus. Novamente, as características naturais de Pedro vieram à tona e o Senhor lhe ensinou mais uma lição, curando a orelha do soldado e mostrando que não precisava de sua ajuda natural (Lc 22:50-51).
Louvado seja o Senhor, pois em toda situação temos a chance de negar a vida da alma e, assim como Pedro, aprender a ouvir o Filho de Deus.

13 agosto, 2012

Refletindo...

A Importância do Espírito

Certamente os genuínos cristãos querem progredir e crescer em sua vida espiritual. Para que isso ocorra, exercitar o espírito enquanto se lê a Bíblia é essencial e indispensável. Na verdade, tudo o que fizermos para Deus precisa ter origem em nosso espírito, para que Deus aceite a obra de nossas mãos. Os livros de Esdras, Neemias e Ester podem ajudar-nos a entender melhor o genuíno serviço a Deus. Esses são os últimos livros históricos do Antigo Testamento, e seu tema comum é a restauração que Deus fez entre Seu povo, Israel. Para a obra de Deus ser realizada, Ele precisa obter pessoas adequadas. E as pessoas adequadas são as que exercitam o espírito, sem o que não há restauração.

Vejamos alguns dos personagens principais nesses três livros. Em Esdras há Zorobabel e Jesua (ou Josué – cf. Zc 3). Eles foram os principais líderes do povo que retornou da Babilônia para Jerusalém para a reedificação do templo. Para subir a Jerusalém eles pagaram um alto preço ao abandonar tudo o que possuíam em Babilônia. Deus, através de Seus profetas, despertou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que passou pregão em todo o seu reino para que houvesse o retorno a Jerusalém. Então, Zorobabel e Jesua, juntamente com cerca de cinqüenta mil pessoas, atenderam a esse chamado para reedificar. Ao lançar os alicerces do templo, eles alegram-se muito, com gritos e choro (Ed 3). Depois disso, porém, a obra cessou por dezesseis anos. O que levou a isso foi o surgimento de adversários que os ameaçaram e atemorizaram. Isso, entretanto, não deveria ser motivo para interromper uma obra tão importante, uma vez que todos eles estavam tão motivados a reedificar. Que terá ocorrido?

A resposta está em Zacarias 4:6. Esse versículo indica que a interrupção da edificação deveu-se ao fato de a motivação deles ter se originado em sua força natural, em sua alma, não em seu espírito. Tudo o que iniciamos em nossa alma tem pouca duração, pois facilmente é abalado peças dificuldades e barreiras que surgem. Quando servimos em nossa alma estamos edificando a igreja com madeira feno e palha (1 Co 3), isto é, com elementos caídos de nossa natureza humana. Tal obra não permanece quando submetida à prova. Servir no espírito, isto é, edificar com ouro, prata e pedras preciosas, que representam a obra do Deus triúno, é permanente e inabalável.

Para servir a Deus, precisamos voltar-nos ao nosso espírito e permanecer Nele. Em nosso espírito nada nos pode abalar nem impedir de prosseguir. Somente no espírito podemos dizer com toda ousadia as palavras de Zacarias 4:7: “Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina”. Aleluia!



Alimento Diário de Provérbios
(Site Igreja em Uberaba)

Estudo Biblico...

Servir conforme a determinação de Deus

Semana 1 – Domingo

Leitura bíblica: Gn 4:2-5, 8; 8:21; Sl 23:2; 1 Co 5:6; Hb 9:22; 11:4

Ler com oração:

Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala (Hb 11:4).


 
SERVIR CONFORME A DETERMINAÇÃO DE DEUS

Depois de expulsos do jardim, Adão e Eva tiveram dois filhos. O mais novo, Abel, começou a criar ovelhas, e o mais velho, Caim, foi lavrador (Gn 4:2).

Aconteceu que, no fim de uns tempos, ambos trouxeram uma oferta ao Senhor. Abel provavelmente deve ter percebido pelo testemunho de seus pais que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hb 9:22), por isso ofereceu das primícias de seu rebanho e da gordura deste. Caim, por sua vez, trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.

Sabemos que Deus agradou-se de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou (Gn 4:4-5). Vejamos por que a oferta de Abel foi aceita.

Para se oferecer uma ovelha, primeiro deveria haver o derramamento de sangue; depois havia necessidade de retirar sua pele; por fim tirar a gordura e queimá-la. O sangue derramado é para resolver o problema dos nossos pecados. A pele representa Cristo como nossa cobertura para justificação. E a gordura, ao ser queimada, produz uma fumaça que sobe para Deus como um suave cheiro (8:21), simbolizando que Deus nos reconciliou Consigo. Foi por isso que Deus se agradou da oferta de Abel (4:4).

Ao contrário deste, Caim foi trabalhar no solo (v. 3). Um lavrador trabalha na terra antes mesmo de o sol sair, e, ainda com o sol a pino, continua trabalhando. Caim escolheu esse caminho e ofereceu do fruto de seu labor a Deus, achando que Ele certamente o aceitaria. Essa é a maneira de o homem natural pensar. Todo homem quer servir a Deus e servi-Lo da melhor maneira, entretanto, se não viver no espírito, Deus não aceitará sua oferta, como não aceitou a de Caim (v. 5).

O serviço de Abel, que pastoreava as ovelhas, era mais tranquilo. Ele não precisava acordar muito cedo, pois as ovelhas não podem comer a pastagem úmida de orvalho, uma vez que provoca indigestão. Abel precisava esperar o sol sair e secar o pasto. Esse não é um trabalho árduo, pois um pastor de ovelhas não precisa cortar o capim nem levar água para as ovelhas. O salmo 23 fala que o pastor leva as ovelhas onde há pasto e depois as deixa descansar junto às aguas (v. 2). O pastor de ovelhas não precisa fazer nada, fica sentado esperando e desfrutando Deus.

Ao ver seu irmão, Caim deve ter imaginado: “Estou suando ao sol e você descansando”, e possivelmente concluiu: “Meu irmão vive tão tranquilo, enquanto eu estou trabalhando duro. Certamente Deus vai agradar-se de mim e do suor de meu trabalho”. Caim não entendia que Deus deseja que o homem O sirva segundo Sua determinação.

Abel foi aceito porque ofereceu segundo a determinação de Deus. Ele criava ovelhas somente para ofertar a gordura, a parte mais rica da ovelha, para Deus. A oferta dele tinha o sangue, a pele e a gordura, por isso ele obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas (Hb 11:4).

Caim ficou insatisfeito porque Deus aceitou a oferta de Abel e não aceitou a sua (Gn 4:5). Ele não entendia por que, com seu labor, não podia agradar a Deus, e seu irmão, com uma vida mais tranquila, podia. Isso fez com que ficasse insatisfeito com Deus. Como resultado de servi-Lo na alma, Caim irou-se sobremaneira, e descaiu-lhe o semblante, pois não compreendia como o fruto de seu esforço não fora aceito por Deus. Pior ainda, além da insatisfação, teve ciúmes de seu irmão e o matou (v. 8). Essa é a história de alguém que vive na alma.

O homem guarda insatisfação, a qual, se não for controlada, irá crescer. Na igreja, muitas vezes você é ajudado pelos irmãos e às vezes um irmão o corrige e mostra o que não está bem em você. Se você é uma pessoa acostumada a viver pela vida da alma, em lugar de aceitar essa ajuda como benefício, começa a argumentar, a justificar-se e a ficar insatisfeito. Isso é resultado da sua alma. Se você não lidar com essa insatisfação, ela irá desenvolver-se e, como um fermento colocado na farinha, fermentará tudo (1 Co 5:6).

Que o Senhor nos guarde do orgulho, da insatisfação e de servi-Lo segundo nossa própria maneira e opinião. Sejamos simples como Abel e sirvamos a Deus conforme o que Ele determinou. Amém!

Ponto-chave: Servir a Deus conforme Sua determinação.

Leitura de apoio:“O caminho para viver e reinar com Cristo” – cap. 1 – Dong Yu Lan.
“Os perigos do lado bom da alma” – cap. 2 – Dong Yu Lan.

Amadurecer para reinar com Cristo.

Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?
(Mt 16:26).
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo (2 Co 5:10)

Mt 16:24-25; Jo 3:16; 5:24; 10:28-29; 1 Co 3:12-15; 1 Pe 1:6-9; 4:12-13
Árvore da vida, Dong Yu Lan, Alimento Diário

Deus tem para o homem uma importante comissão: governar o mundo que há de vir (Hb 2:5). Para isso, depois de crer no nome do Senhor Jesus e nascer de novo, ainda precisamos permitir que a vida divina cresça em nós, e isso acontece à medida que negamos a nós mesmos (Jo 1:12; 3:3-5; 12:24-26; cf. Mt 16:24-26). Sem o acréscimo da vida de Deus, não seremos aprovados no tribunal de Cristo.
Todos os que cremos em Cristo e fomos regenerados compareceremos perante o Seu tribunal para receber segundo o bem ou mal que tivermos feito por meio do corpo, isto é, de acordo com o crescimento em vida e a obra que cada um fizer (2 Co 5:10; Mt 25:1-30). Todavia, caso sejamos reprovados naquele dia, não seremos lançados no lago de fogo, pois o tribunal de Cristo não será para julgar se alguém tem a vida eterna ou se perecerá eternamente, mas para avaliar se os filhos de Deus ganharão o galardão ou se precisarão ser disciplinados (1 Co 3:12-15).
A salvação do nosso espírito é eterna, segura e eficaz (Jo 3:16; 5:24; 10:28-29), desde quando cremos no Senhor Jesus e, de coração, invocamos Seu nome (Rm 10:13). Ela é pela graça e não por nossas obras (Ef 2:8). Contudo, a fim de reinarmos com Cristo durante mil anos (Ap 20:6), nossa alma também precisa ser salva. Para que isso ocorra precisamos cooperar, uma vez que quanto mais negarmos a nós mesmos nesta era, mais cresceremos e amadurecemos na vida divina e esse amadurecimento nos qualificará a governar o mundo que há de vir.
Se não houvermos amadurecido o suficiente por ocasião da vinda do Senhor, ainda teremos a oportunidade de passar pelo calor do fogo, que nos obrigará a amadurecer durante o milênio. Somente após passar por essa disciplina, estaremos aptos a fazer parte da nova Jerusalém, por toda a eternidade futura. Esse “amadurecimento forçado” é semelhante ao utilizado para as frutas que ainda estão “verdes”, deixandoas em um local abafado e relativamente quente por um determinado período de tempo.
Se, porém, desejamos ser aprovados naquele dia, nossa alma precisa passar hoje pela prova do fogo, pelo sofrimento necessário para haver purificação e salvação (1 Pe 1:6-9). Portanto, é importante entendermos que A prova do fogo ardente que intitula a mensagem desta semana se refere ao sofrimento necessário nesta era para purificar nossa alma, para salvá-la, visando ao nosso amadurecimento para reinarmos com Cristo na era vindoura (4:12-13).
Diante disso, precisamos verificar nossa condição espiritual: se ainda estamos “verdes” ou se já amadurecemos o suficiente. Se formos sinceros e tivermos nosso coração voltado ao Senhor, perceberemos que ainda necessitamos negar a nós mesmos e ceder mais espaço à vida de Deus. Todavia é incomparavelmente melhor passar pela prova do fogo ardente hoje, escolhendo negar a vida da alma desde já, do que sermos surpreendidos com a disciplina do Senhor diante de Seu tribunal e termos de passar pelo fogo durante o reino milenar.

12 agosto, 2012

Refletindo...

A Igreja em Tiatira

Apocalipse 2:18-29


Neste capítulo examinaremos Tiatira. Aqui devo enfatizar especialmente que foi após a igreja na era apostólica passar, que Éfeso apareceu, e após Éfeso, Esmirna, e após Esmirna, Pérgamo, e após Pérgamo, Tiatira. A igreja no tempo dos apóstolos passou, a época de Éfeso passou, a época de sofrimentos passou, o período de Pérgamo também passou, e o que vem a seguir é Tiatira. Mas a igreja representada por Tiatira continuará até o Senhor Jesus voltar. Não só Tiatira, mas também Sardes, Filadélfia e Laodicéia continuarão até o Senhor Jesus retornar. Nas primeiras três igrejas, não há menção da volta do Senhor, mas, nas quatro últimas, a volta do Senhor é mencionada em cada caso. Laodicéia, contudo, não menciona a segunda vinda do Senhor literalmente, por causa de alguma coisa particular referente a ela, conforme explicaremos mais adiante. Portanto, as últimas quatro igrejas continuarão até o Senhor voltar.

Na bíblia, vemos que o número sete é um número que significa complementação. Sete é composto de três mais quatro. Três é o numero de Deus; o próprio Deus é três-um. Quatro é a criatura de Deus; é o número do mundo, tal qual as quatro direções, os quatro ventos, as quatro estações etc. – todos contêm o número quatro. Sete significa o Criador mais a criatura. Quando Deus é adicionado ao homem, isto é complementação. (Mas esta complementação é deste mundo – Deus nunca coloca sete na eternidade. O número de complementação na eternidade é doze. Sete é formado por três mais quatro; doze é formado por três vezes quatro. Quando Deus e o homem são colocados juntos, há complementação neste mundo. Quando o Criador e criatura são incorporados, então há complementação eterna). O número sete é sempre três mais quatro. As sete igrejas estão divididas em: as três primeiras mais as quatro ultimas. As três primeiras não mencionam a volta do Senhor, enquanto as outras quatro mencionam. Desse modo, três igrejas são de um grupo, enquanto as outras quatro são de outro. A igreja de Tiatira é a primeira entre as quatro igrejas que existirão até o Senhor Jesus voltar.

Tiatira significa “o sacrifício de perfume”, isto é, repleta de muitos sacrifícios. As palavras faladas pelo Senhor tornam-se cada vez mais fortes. O Senhor diz que Ele é O que tem “olhos como chama de fogo”. Nada pode ocultar-se dos Seus olhos. Ele é a luz; Ele próprio é a iluminação. Ao mesmo tempo Ele diz que tem “pés semelhantes ao bronze polido”. Na bíblia, bronze significa julgamento. O que os olhos vêem, os pés julgam. Os estudiosos da bíblia concordam que a igreja em Tiatira refere-se à Igreja Católica Romana. Isto não se refere à confusão que resultou do casamento da igreja com o mundo (Pérgamo) – agora isso passou. A situação tornou-se mais pesada, cheia de heresia e sacrifício. É realmente notável como a Igreja Católica Romana dá muita atenção principalmente a comportamentos e a sacrifício. A missa é seu sacrifício.

A Igreja Católica Romana, de acordo com a nossa observação, não tem nada de bom, mas Deus diz: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas ultimas obras, mais numerosas do que as primeiras”. O Senhor reconhece que há realidade na Igreja Católica Romana. Madame Guyon, Tauler e Fenelon¹ estava na Igreja católica romana, e podemos mencionar ainda muitos dos melhores nomes. Na verdade, há muitos na igreja católica romana que conheciam o Senhor. Nunca pense que não há nenhum salvo na igreja católica romana. Também ali o Senhor ainda tem Seu próprio povo – disso devemos ter bastante clareza diante do Senhor.

O que estamos ressaltando agora é quão desolada a igreja se tornou em sua aparência exterior. Primeiro, vimos o comportamento dos nicolaítas; mais tarde, vimos que ele evoluiu tornando-se ensinamento. Mas, e a igreja agora? O Senhor diz aqui: “tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos”.

¹ Irmãos e irmãs que, nos séculos passados, (dentro do catolicismo romano) seguiram a chamada “linha da vida interior”. Com ênfase a experiência de amor a Cristo e à Cruz. Também conhecido como “Quietismo”.

Quem é Jezabel? Jezabel era a esposa que o rei Acabe trouxe da terra dos sidônios, os gentios. Jezabel seduziu o povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal (1 Reis 16:30 -32). Baal é o deus dos gentios, não o Deus do povo de Israel. Ela disse ao povo para adorar a imagem de Baal. O problema, agora, não são apenas os ídolos, e, sim, que Deus foi substituído: Baal foi introduzido e adorado como seu próprio deus. Na história da nação judaica (Israel) até 1 Reis 16, ninguém havia levado o povo de Israel a pecar de tal maneira como Acabe. Acabe foi o primeiro a conduzir o povo a adorar um deus gentio em larga escala. Nem mesmo Jeroboão igualou-se a ele nos pecados que cometeu.

Queremos, aqui, atentar para quem é Jezabel. É uma mulher. A mulher em Apocalipse 17 refere-se à Igreja Católica romana. Em Mateus 13, a mulher que tomou o fermento e escondeu-o em três medidas de farinha também é a Igreja católica romana. Naturalmente, portanto, a mulher aqui, também representa a Igreja católica romana.

Deus nunca reconhece como legítimo o casamento entre Seu povo e os gentios; Deus diz que isto é prostituição. Como consta, Jezabel não era a rainha; a união deAcabe e Jezabel era prostituição. Prostituição é confusão. O que Deus vê aqui é uma mulher que está misturando coisas às palavras de Deus e ao povo de Deus. O que esta mulher introduziu foi o deus dos gentios. E o resultado da prostituição é idolatria. O Novo Testamento menciona a conferencia em Jerusalém, cujo resultado foi a exortação aos irmãos gentios para se absterem de comidas sacrificadas a ídolos e da fornicação (At 15:29). A prostituição daquela mulher introduziu ídolos no reino de Israel.

Por meio de Jezabel, Acabe foi unido ao mundo. Não importa onde você esteja, é visível que a Igreja católica romana uniu-se aos poderes políticos. Ela envia embaixadores e ministros a várias nações, e, em importantes crises mundiais, ela se levanta para falar. A união da igreja com o mundo é a igreja católica romana. Eles proclamam que seu primeiro papa foi Pedro. Mas acho que Pedro diria:”Eu sou um discípulo do pobre Jesus de Nazaré; essa glória e a honra do mundo não têm nada que ver comigo”. Contudo, a Igreja católica romana mantém sua posição no mundo e exige respeito das pessoas. O fenômeno da Igreja Católica Romana nestes mais de mil anos, de acordo com a Epístola de Tiago, é o maior adultério. Aqui vemos que a igreja perdeu a sua virgindade. Hoje, há um grupo de pessoas que acham que desde que tem tão vasto número de membros, podem negociar com os outros. De acordo com os homens, é uma espécie de progresso a igreja ser capaz de negociar, mas, de acordo com Deus, é um pecado a igreja ganhar o que o mundo ganha.

Qual é o resultado? Idolatria. Os fatos estão colocados diante de nós; não há uma igreja que seja igual à Igreja católica romana com tantos ídolos. Podemos dizer que a melhor classe de ídolos é feita pela igreja católica romana. Estive na cidade de Roma por um mês. Durante esse tempo, eu continuamente sentia algo: “Se a igreja é deles, então não é nossa; se for nossa, então certamente não é deles”. Não há meio termo para ambos se unirem. O mais extraordinário é que eles cumpriram tudo o que foi profetizado na bíblia. Há uma imagem do Pai e uma imagem do Filho; há imagens dos apóstolos e imagens dos santos antigos. Eles adoram Maria; adoram Pedro. Vemos como Jezabel ensina os servos do Senhor a cometer prostituição e a comer a comida ofertada aos ídolos! Jezabel é mencionada porque a igreja trouxe para dentro de si deuses gentios. Vemos isto no livro intitulado Mystery², de G. H. Pember. Eles tomaram os deuses gentios e penduraram neles os símbolos do cristianismo. O mais evidente é a imagem de Maria. Alguns pensam que pelo menos Maria é do próprio cristianismo. Mas o fato é este: a Grécia tem uma deusa, a Índia tem uma deusa, o Egito tem uma deusa, a China tem uma deusa, cada religião do mundo tem uma deusa, exceto o cristianismo. Já que deve haver uma deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa, eles produziram Maria. Na verdade não há deusa na fé cristã – a origem do conceito de uma deusa são os gentios. Assim, isto é idolatria, além de prostituição. Isto é Jezabel, trazendo as coisas dos gentios para o reino de Israel.

² não disponível em português. (N.T.)

Ela se autodenomina profetisa porque quer pregar e ensinar. A posição da igreja diante de Deus é a de uma mulher. Sempre que a igreja tem autoridade para pregar, ela é Jezabel. A igreja não tem nada a dizer; em outras palavras, a igreja não tem palavra. O filho de Deus é a Palavra; por isso só Ele tem a palavra. Cristo é o Cabeça da igreja; portanto, somente Ele pode falar. Sempre que a igreja fala, isto é a pregação da mulher. A Igreja católica romana é a mulher pregando. Na Igreja católica romana há o que a igreja diz, não o que a bíblia diz nem o que o Senhor diz. É extraordinário que Deus aqui diz que Jezabel é a profetisa e que a mulher fala. “Meus servos” refere-se a servos individuais. Jezabel tem autoridade para dirigir cada crente. O povo na igreja católica romana não lê a bíblia, porque tem medo de interpretar mal o que Deus pretende. Somente os padres podem entender e somente os padres podem falar; portanto, somente eles podem decidir todas as questões. A igreja católica romana é essencialmente a pregação da mulher que decide o que os filhos de Deus devem fazer. Muitas doutrinas têm sido alteradas, porque ela diz que isto é o que a igreja diz e as pessoas devem ouvir a igreja. Ela não ressalta que o povo deve ouvir o Senhor, mas que o povo deve ouvir a igreja e o papa.

Na história da igreja houve as perseguições do Império Romano, e houve também as perseguições da Igreja Católica Romana. Quando a Igreja Católica Romana na Espanha perseguiu os filhos de Deus, ela matou um sem-número deles. A punição que aplicaram durante a Inquisição foi cruel ao extremo. Após levarem as pessoas a ponto de morrer, entregavam-nas ofegantes nas mãos do governo, dando a entender que ninguém fora morto pela mão deles. Eles sempre o farão aceitar a doutrina deles. A nação Judaica (Israel) tinha apenas uma mulher que matava os profetas; era Jezabel. Nos séculos anteriores quantas testemunhas morreram nas mãos da Igreja católica romana não sabemos. Eles afirmam que tudo o que decidem está sempre certo. O pensamento das pessoas de Tiatira deve-se ao fato de que ela permite o ensinamento de Jezabel em seu meio.

“Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição”. Eles ainda estão unidos com o mundo e cheios do comportamento do mundo. “Eis que aprostro de cama” – não num caixão, mas numa cama. Um caixão significa que acabou; uma cama significa que não acabou. Isto quer dizer que ela não mudará durante toda a sua vida. A paciente não pode ser curada e não pode mudar. Permanecendo em sua presente situação, ela é incurável - esta é a condição da Igreja católica romana. Em 1926, Mussoline e o papa assinaram um acordo, separando o Vaticano da Itália, para que ele pudesse tornar-se um estado independente, possuindo seu próprio tribunal e polícia etc. Os crentes na Igreja católica romana aumentam anualmente. Na China, não há jornal publicado por uma igreja protestante, contudo a Igreja católica romana possui um jornal. Seu número excede três a quatro vezes o dos protestantes ³. Em Apocalipse 17, vemos a que ponto esta igreja irá desenvolver-se. Agora, sem dúvida, ela está tornando-se cada vez mais forte. Mas o Senhor diz ao Seu povo:”Saí dela”. Que o Senhor diz sobre aqueles que têm cometido adultério com ela, e sobre os seus filhos? “Prostro” (...) em grande tribulação os que com ela adulteraram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos” – provavelmente estas palavras referem se à destruição da igreja católica romana por Deus, por intermédio do anticristo e seus seguidores – “e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as suas obras”.

“Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as cousas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha”. “Os demais de Tiatira”; embora Jezabel esteja aqui, ainda há descanso. Ao ouvir que Jezabel havia decidido matá-lo, Elias ficou muito desencorajado. Que fez ele? Ocultou-se. Então Deus disse: “Que fazes aqui”? Enquanto ele estava murmurando, o Senhor disse; “Também conservei em Israel sete mil” (1Reis 19:9-18). Estes são “os demais de Tiatira”. Quando Jezabel vivia nesta terra havia Elias; portanto, na igreja católica romana também deve haver Elias; portanto deve haver também muitos que pertencem ao Senhor. Não apenas na Espanha, mas também na França e na Grã-Bretanha, houve muitos que foram queimados. O sangue de muitos foi derramado na igreja católica romana. Isto é um fato. Hoje a igreja católica romana ainda está fazendo o melhor que pode para perseguir. Graças ao Senhor, ainda há aqueles que “não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de satanás”. As palavras “coisas profundas” em grego é bathea, que quer dizer mistério. A igreja católica romana gosta demais de usar essa palavra. Eles têm muitos mistérios, ou doutrinas profundas, em seu meio. Essas doutrinas não são do Senhor, mas são as palavras de Jezabel. Sobre os que não seguem essa doutrina, o Senhor não colocará outra carga; estes são os que já têm a Sua Palavra e devem conservá-la: “Conservem Minha palavra que vocês conhecem – isto é suficiente. Não percam o que vocês já têm, até que Eu venha”. “E ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá: e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai” (VCR). Essa é a primeira promessa. Qual é o significado disto? Todo aquele que cuida de ovelhas tem uma vara. Quando as ovelhas não se comportam bem, ele usa a vara para bater-lhes gentilmente. O capítulo 13 de Mateus diz que um anjo virá e ajuntará para fora do seu reino todas as coisas que ofendem, isto é, usará força para expulsar todas as coisas que não são corretas. Mas isso não significa que no milênio as nações já não existirão. Sabemos que elas estarão lá. Por meio da vara de ferro Deus quebrará estas coisas em pedaços.

O que Deus produz são pedras; o que o homem produz são tijolos. Os tijolos são muito semelhantes a pedras. A torre de Babel foi construída com tijolos. Quando aos que O imitam, da torre de Babel até a segunda Epístola a Timóteo, o Senhor diz que eles são “vasos de barro” (vasos de oleiro). O Senhor diz que o vencedor pastoreará as nações quebrará os vasos de barro em pedaços. Regerá, no texto original, significa pastoreará. A palavra pastoreará significa que não é algo feito de uma vez, mas, ao contrário, é feito batendo uma por uma, quando há necessidade. Isto é pastorear. Esse tipo de coisa provavelmente será feito continuamente até que o novo céu e a nova terra sejam
introduzidos. O reino é a introdução ao novo céu e nova terra. No novo céu e nova terra, apenas a justiça habita. Esta é a razão pela qual a vara de ferro aqui deve ser usada para pastoreá-las e quebrar em pedaços todas as coisas procedentes dos homens.

“Dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã”. Esta é a segunda promessa. A estrela da manhã é a assim chamada estrela d’alva. Na hora mais escura, exatamente na hora em que o dia está surgindo, ela aparece por um instante, e então o sol desponta. Muitas pessoas vêem o sol, mas poucas vêem a estrela da manhã. Um dia o Senhor será visto pelo mundo todo, como está citado no capítulo quatro de Malaquias: “Nascerá o sol da justiça”. Mas antes que todas veja a luz, você já poderá tê-la visto primeiro enquanto está escuro. Isso é o que significa receber a estrela da manhã. Logo antes do dia nascer, é realmente escuro. Mas é neste exato momento que a estrela da manhã aparece. O Senhor
promete ao vencedor que ele receberá a estrela da manhã na hora mais escura: isso significa que ele verá o Senhor e será arrebatado. Nós vemos o sol sempre durante as horas do dia, mas aquele que vê a estrela da manhã é alguém que prepara um momento especial para levantar-se e contemplar, enquanto os outros estão dormindo. Esta é a promessa para o vencedor.

Nas primeiras três epístolas o chamamento ao vencedor vem após “quem tem ouvidos, ouça” Primeiro lemos “quem tem ouvidos” e, então a promessa ao vencedor. Mas a partir de Tiatira a ordem é invertida. Isso prova que as três primeiras igrejas são um grupo, enquanto as quatro ultimas são outro. Há uma diferença entre os dois grupos. Antigamente foi depois que a época de Éfeso passou que a igreja de Esmirna veio, e depois que passou a época de Esmirna, veio Pérgamo, e depois que Pérgamo passou veio Tiatira. Mas agora não é quando Tiatira se vai que Sardes vem. Tiatira continuará até que o Senhor volte. Não é quando Sardes passa que Filadélfia vem, nem quando Filadélfia se vai que Laodicéia aparece. Sardes, Filadélfia e Laodicéia também continuarão até que o Senhor Jesus volte. Todas as três primeiras vieram e foram-se, mas as quatro últimas surgem gradativamente e continuarão juntas até o Senhor voltar. 


Capitulo 5 do Livro A Ortodoxia da Igreja - W.Nee - Ed. Árvore da Vida
(Site Igreja em Uberaba)

Para Meditar...


O genuíno leite

O leite é realmente um alimento saudável e útil ao crescimento físico do homem, assim como a pura palavra de Deus é para o crescimento espiritual dos filhos de Deus.
Um chefe de família sábio e responsável sabe da importância de proporcionar esse alimento para seus filhos. Da mesma forma, o governo de um país conhece as conseqüências de não dar ou disponibilizar o leite para as famílias daquela nação. Porém, nestes últimos dias, presenciamos notícias alarmantes acerca da qualidade do leite que estamos consumindo. Algumas substâncias foram adicionados ao leite para que a preparação do produto se tornasse mais lucrativa. No entanto tais acréscimos são notadamente prejudiciais à saúde. Esse acontecimento, que foi matéria obrigatória nos noticiários, vem alertar-nos sobre outra questão, talvez ainda mais grave, mas que não é tão percebida, a mistura na palavra de Deus.
O alimento espiritual dos filhos de Deus é proveniente do ensinamento dos apóstolos, que também é o conteúdo do Novo Testamento. Essas palavras, quando são servidas aos crentes de modo puro e sem misturas, podem ajudá-los a crescer de uma maneira normal, até se tornarem espiritualmente saudáveis, fortes e frutíferos. Porém, assim como algumas pessoas, com intenção de lucro indevido, misturaram substâncias nocivas à saúde no leite, algumas pessoas, igualmente perversas e com intenção impura, têm adicionado mistura à genuína palavra de Deus, com o objetivo de obter vantagem indevida.
Nas parábolas acerca do reino dos céus, o próprio Senhor Jesus advertiu os discípulos, profetizando sobre uma mulher que iria adicionar fermento a três medidas de farinha, até que tudo ficasse levedado (Mateus 13:33). Sabemos que o fermento foi comparado pelo Senhor com o ensinamento dos escribas e fariseus (15:11-12), dos quais os discípulos deveriam acautelar-se, ou seja, evitá-los para que a fé deles não fosse contaminada e deixasse de crescer (15:8). Ora, o fermento é algo que faz crescer a massa, porém não necessariamente contribui para melhorar o alimento; ao contrário, produz volume, mas não acrescenta qualidade. Sabemos que o excesso na alimentação pode causar muitas complicações à saúde do homem, tais como a obesidade, as doenças cardíacas, o diabetes etc. Portanto, devemos acautelar-nos em relação às misturas na palavra de Deus e buscar o genuíno leite espiritual, que nos traz crescimento para salvação. Além disso, os escribas e fariseus estavam sempre questionando o Senhor Jesus e opondo-se a Seu ministério, porque estavam interessados em usar a palavra de Deus, mas para seu próprio benefício. Isto também é fermento.
Como responsáveis pela saúde espiritual dos filhos de Deus, começando por nossa própria, devemos atentar acerca do alimento que temos recebido e desfrutado.
Damos graças a Deus pelo JAV, que sempre está atento para tornar disponível aos filhos de Deus um alimento puro e saudável, o qual não visa lucro para nenhum nome em particular ou organização, mas somente ao Senhor Jesus e à Sua noiva, para que ela se torne igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Efésios 5:26-27). E também permitir que todos os membros do Corpo de Cristo sejam fortes e ativos e cresçam o crescimento que procede de Deus (Colossenses 2:19).

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Quatro situações que permanecerão até a volta do Senhor.


Vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito (Ef 5:15-18)


Mt 6:33; Ap 2:22-26; 3:3, 7-8, 11, 13, 19

Até que o Senhor volte, as situações das quatro últimas igrejas descritas em Apocalipse 2 e 3 irão permanecer. Dentre as quatro, apenas Filadélfia tem garantida a coroa, mas é advertida a conservar o que tem para que ninguém a tome. Quanto aos que estão em Tiatira, para serem vencedores, o Senhor requer que se arrependam das obras que ela incita (impureza, idolatria), não se envolvam com sua doutrina, conservem o que têm e guardem até o fim as Suas obras (Ap 2:22-26). Para os que estão na condição de Sardes e Laodiceia, vivendo segundo seu ser e opiniões naturais, o Senhor exige que se arrependam de suas obras (3:3, 19).
Portanto, podemos afirmar que até a volta do Senhor haverá irmãos ainda vivendo na esfera da alma, sendo guiados por suas razões, emoções e forte vontade natural. Infelizmente, ainda vemos muita confusão entre os filhos de Deus, que por apegarem-se a pontos de vista doutrinários, ou às suas próprias opiniões, vivem a vida cristã na esfera da mente. Dedicam-se ao estudo das verdades bíblicas, incluindo até o amor divino, mas não conseguem pôr em prática o conhecimento adquirido. Ministram boas e eloquentes mensagens, mas seu viver está bem longe da realidade.
O reino dos céus está próximo e se não reagirmos logo, nossa oportunidade de arrependimento pode passar. Essa palavra nos mostra que a cada dia nosso tempo se abrevia. Como temos vivido? O que temos feito com respeito à vontade de Deus? É hora de despertarmos! Ainda temos tempo, mas não podemos mais desperdiçá-lo com discussões doutrinárias ou com nossas razões. Vamos vencer as coisas de Tiatira, de Sardes e de Laodiceia; vamos vencer as impurezas e também as coisas da vida da alma. É tempo de buscar o Senhor e o Seu reino (Mt 6:33).
Ao vermos esse quadro profético, devemos buscar a realidade do viver de Filadélfia. Nela há uma porta aberta a qual ninguém pode fechar. Essa porta é a porta para o reino e, para abri-la, Filadélfia tem a chave de Davi, a chave do reino (Ap 3:7-8). Graças ao Senhor! Por meio de invocar o nome do Senhor e praticar Sua Palavra, também podemos ter a chave do reino. Se usarmos essa chave para viver no espírito, negar a nós mesmos, expressar Seu amor e praticar Sua Palavra, quando o Senhor vier ganharemos o galardão de vencedores. Louvado seja o nome do Senhor Jesus!