07 março, 2012

PORQUE PROMOVEMOS A FÉ?

POR QUE A FÉ VEM PELO OUVIR...

A verdadeira comida.


Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6:33). Quem de mim se alimenta por mim viverá (Jo 6:57b). O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6:63)
Jo 1:14; 14:16-18; 1 Co 15:45

Segundo o Evangelho de João, após o Senhor Jesus realizar a multiplicação dos pães e peixes, vendo que muitos O seguiam, lhes disse: "Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes" (6:26). E completou: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo" (v. 27).
Então os discípulos do Senhor pediram que lhes desse sempre daquele pão, ao que lhes respondeu: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes" (vs. 35-36).
Vemos, desse modo, que desde o início o Senhor já havia explicado a razão de ter alimentado as multidões, mas os discípulos, até aquele momento, só tinham visto o aspecto físico do milagre. Eles viram Jesus multiplicando cinco pães e dois peixes para alimentar toda aquela multidão, mas não entenderam o real significado espiritual daquele ato.
Muito tempo depois, João, em sua maturidade, sensível ao Espírito da realidade, se lembrou das palavras e atos do Senhor e escreveu o seu evangelho com tantos detalhes importantes que não encontramos em outros evangelhos.
O apóstolo João esteve preso no cárcere por vinte anos, onde teve a oportunidade de negar a si mesmo e aprender a viver no espírito. Dessa forma, Deus o usou de uma maneira muito intensa. Ele escreveu o livro de Apocalipse e, quando liberto, ajudou a igreja em Éfeso, que se encontrava numa condição degradada (2 Tm 3), a praticar as palavras que Paulo havia transmitido a ela.
Dentre as diversas revelações que teve, João se recordou que o Senhor havia dito que Ele, Jesus, iria para o Pai e o Espírito da realidade viria da parte do Pai para Seus discípulos. Dessa maneira, tanto o Pai como o Filho poderiam estar para sempre conosco por meio do Espírito. O Pai encarnou-se no Filho, e o Filho tornou-se o Espírito da realidade, o Espírito vivificante, a fim de habitar em nós e nos suprir com Sua vida (Jo 1:14; 14:16-18; 1 Co 15:45). Ele é o verdadeiro pão que desceu do céu para dar vida ao mundo (Jo 6:33), e quem comer esse pão viverá eternamente (v. 58).
Assim, vemos que a multiplicação dos pães e peixes não é meramente uma questão de um grande milagre realizado por Jesus para a humanidade. O Senhor queria mostrar que devemos trabalhar pela verdadeira comida que subsiste para a vida eterna, isto é, Sua Palavra. Somente quando nos alimentamos do Espírito que há em Sua Palavra, podemos ter vida, viver por meio Dele e fazer Sua vontade (Jo 6:57,63).

Quem irá alimentar a grande multidão?

Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer (Mt 14:16)

Mt 14:15-21; Mc 6:40



Após a morte de João Batista, o Senhor Jesus realizou o milagre da multiplicação de pães e peixes, com os quais alimentou grande multidão que O seguia. Ele saciou cinco mil pessoas a partir de cinco pães e dois peixes. Além de todos comerem a se fartarem, ainda sobraram doze cestos cheios (Mt 14:19-20).
O Senhor Jesus sempre aproveitava as situações corriqueiras do dia a dia para aperfeiçoar Seus discípulos. Nessa ocasião, eles sugeriram ao Senhor que despedisse a multidão para que fossem pelas aldeias e comprassem para si o que comer. Ao que Ele respondeu: "Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer" (v. 16). Como eles poderiam alimentar tanta gente? Como alimentar uma grande multidão se só tinham cinco pães e dois peixes?
Jesus, então, pediu que Lhe trouxessem o que tinham e lhes ordenou que fizessem o povo sentar-se em grupos sobre a relva. "E o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinquenta em cinquenta" (Mc 6:40).
Isso é uma grande lição para todos nós! O Senhor Jesus ensinava e aperfeiçoava Seus discípulos a fim de aprenderem a cuidar de muita gente. Vemos aqui o aperfeiçoamento quanto a administrar uma situação especial. Nós também precisamos aprender a administrar com dedicação os assuntos da igreja para que, no mundo que há de vir, estejamos aptos a reinar com Cristo.
O milagre da multiplicação de pães e peixes não foi apenas mais um milagre realizado pelo Senhor. Seu significado é muito profundo e nos foi revelado pelo apóstolo João no capítulo 6 de seu evangelho. Isso é o que veremos amanhã.


05 março, 2012

O Senhor Jesus é o messias

Achamos o Messias (que quer dizer Cristo) (Jo 1:41b)
Mt 9:14; Mc 6:25, 34; Lc 7:20; Jo 3:22-26

Na semana anterior falamos sobre João Batista, o precursor do Senhor Jesus e seu fim trágico. João Batista havia dito acerca do Senhor: "Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3:11). João não deveria ter dúvidas de que o Senhor Jesus era o Messias, pois ele mesmo O batizara e vira o Espírito de Deus descendo como pomba sobre Jesus (Mt 3:16). Mas, quando aprisionado, mandou seus discípulos perguntarem a Jesus: "És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro?" (Lc 7:20).

Deus libertou os apóstolos Pedro e João quando eles estavam na prisão, mas não fez nada para libertar João Batista, ainda que ele tenha enviado um recado para o Senhor Jesus.

João Batista deveria ser um discípulo de Jesus, seguindo-O. No entanto manteve seus discípulos junto a si, e estes, em um determinado momento, passaram a questionar o Senhor a respeito das práticas de Seus discípulos (Mt 9:14). Além disso, eles estavam surpresos de que Jesus e Seus discípulos estavam batizando em outro lugar e de que todos Lhe saíam ao encontro (Jo 3:22-26).

Tudo isso revela que o ministério de João Batista estava concorrendo com o do Senhor. Infelizmente, ele não se arrependeu e terminou sendo decapitado em uma situação muito vergonhosa. A filha da mulher de Herodes pediu a cabeça de João em um prato (Mc 6:25). Após sua morte, seus discípulos o sepultaram e o anunciaram a Jesus, contudo, não vemos nenhum relato de que eles tenham seguido o Senhor após isso.

Jesus prosseguiu Seu ministério, retirando-se num barco para um lugar deserto, e uma grande multidão O seguiu por terra. Ele, vendo-a, compadeceu-se deles, pois eram como ovelhas que não têm pastor (v. 34). Isso revela que grande amor o Senhor tem por todos os homens. Se João Batista e seus discípulos também tivessem seguido o Senhor, além de receber o batismo com o Espírito Santo, certamente desfrutariam desse amor e cuidado.

04 março, 2012

ORAÇÃO.


Confiar somente em Deus.

O momento de oração, quando nos encontramos face a face com Deus, é de vital importância, não apenas para fazermos petições e súplicas, mas principalmente para sermos renovados em Sua presença. Pela oração, entramos na presença de Deus e permanecemos em Sua presença. Somente aqueles que têm a experiência genuína de encontrar-se com Deus por meio da oração é que podem avaliar corretamente a preciosidade desse momento. Jeanne Guyon, serva do Senhor de séculos atrás, popularmente conhecida como Madame Guyon, disse: "Orar nada mais é que voltar nosso coração em direção a Deus e receber em troca Seu amor".

Orar é o maior privilegio que um ser humano pode ter, ou seja, é ter acesso direto e sem intermediários ao Deus criador, falar a Ele e ser ouvido por Ele. 0 salmista disse: "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando" (Salmos 5:3). Ainda que estejamos em uma situação em que ninguém possa nos ouvir, Deus está sempre atento às nossas orações. "Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invoca-lo-ei enquanto eu viver" (Salmos 116:1-2).

O irmão Watchman Nee certa vez disse que "a oração é o ato mais maravilhoso na esfera espiritual, assim como o assunto mais misterioso". É, na verdade, a primeira ação de um cristão, para ser salvo, quando este invoca o Senhor de todo coração. De fato, invocar o Senhor e a oração mais simples e é praticada pelos cristãos de todas as eras em todo lugar (1 Coríntios 1:2). Na esfera espiritual, orar é como respirar. Desde que fomos salvos até nos encontrarmos com o Senhor, nossa vida deve ser permeada pela oração. A oração não demanda um lugar específico ou um horário determinado. Deus está sempre pronto para nos ouvir. Podemos orar em voz alta, em voz baixa ou sem emitir qualquer som. Podemos orar em pé, sentados, ajoelhados ou deitados. Podemos orar individual ou coletivamente. Podemos orar nos momentos de alegria ou de aflição. 0 local de oração onde nos encontramos com Deus é nosso espírito regenerado. 0 momento adequado para orar é "agora", a qualquer momento.

Orar nos leva à presença de Deus e nos consola, revigora, encoraja, confirma na fé. A oração nos capacita a resistir a Satanás e nos liberta de sua opressão. Em oração exercitamos o amor pelos irmãos e pelos que ainda não conhecem a Deus. Orando, deixamos toda nossa ansiedade nas mãos do Senhor, rendemo-nos a Ele e paramos de nos debater, tentando resolver nossos problemas por nós mesmos. A oração também é instrumento de louvor e ações de graças, por tudo que Deus é para nós. Nos momentos de intimidade com Deus, abrimos nosso coração a Ele e derramamos lágrimas de gratidão por Seu infinito amor e por Sua longanimidade para conosco. Falar com Deus e ser ouvido por Ele é um privilégio do qual não deveríamos abrir mão.

Contudo, apesar de todos esses benefícios, não são muitos os cristãos que têm uma vida saudável de oração. Muitos dizem que não sabem como orar, não sabem o que falar para Deus. Outros afirmam que, quando vão orar, logo seus pensamentos começam a passear e são distraídos de Deus. Outros ainda dizem que não oram porque sua fé é muito pequena. Para todos esses amados irmãos e irmãs, apresentamos uma arma poderosa que vence todos esses problemas: a Palavra de Deus. Todos precisamos aprender a "orar a Palavra". Quando for a Deus em oração, abra sua Bíblia no trecho de sua leitura diária e faça das palavras da Bíblia as palavras de sua oração.


Fonte: Jornal Árvore da Vida

REFLETINDO


O Espírito leva os crentes a dizer: Senhor Jesus!

Na operação da Trindade divina, o Espírito leva os crentes a dizer: “Senhor Jesus!”, e distribui dons aos crentes (1 Co 12:3-4). Em muitas reuniões cristãs nessa terra, os assistentes entram de forma ordenada e tranqüila para sentar-se. Ali ficam sentados, esperando a que um pastor se coloque em pé e lhes diga algo. Esta é a maneira morta de reunir-se. É possível que esses crentes estivessem muito vivos, ativos e falantes fora da capela. Mas ao entrarem nessa capela, sua função e sua vivacidade foram mortas. Ainda mesmo nas igrejas locais até certo ponto praticamos assim também. Talvez estivéssemos muito ativos fora do local de reuniões, mas ao entrarmos no salão de reuniões, nos sentamos e esperamos que algum dos presbíteros nos dissesse algo. Necessitamos entrar no salão de reuniões invocando: “Ó Senhor Jesus!”. Se todos nós funcionássemos para iniciar a reunião invocando o nome do Senhor, que reunião seria essa! Em muitas reuniões cristãs certas pessoas cantam solo. Todo o auditório fica calado para escutar esse solo, e sua própria função é mortificada. Logo depois talvez surja um quarteto; e depois de cantarem, o resultado será morte. Necessitamos rejeitar essa forma morta de reunir-nos.

Quando invocamos “Ó Senhor Jesus!”, isso nos despertará a todos nós, nos avivará e nos fará vivos. Quanto mais você disser “Ó Senhor Jesus!”, mais vivo estará, e mais avivará a outros. Quando invocamos “Ó Senhor Jesus”, não somente sentimos a própria presença do Cristo vivo, como também temos a sensação de que Alguém se move e mora dentro de nós. Alguns podem dizer que se todos invocarmos o Senhor na reunião, se produzirá um barulho tremendo. Mas Deus gosta de barulho; Ele não gosta de nosso silêncio nas reuniões. Os Salmos nos dizem que aclamemos com júbilo ao Senhor (66:1; 81:1; 95:1-2; 98:4, 6; 100:1). Os Salmos nos dizem que precisamos ter uma voz jubilosa. Uma voz é algo que está em ordem, mas aclamar é quando todos falam.

É possível que você creia que outros possam falar e funcionar mas que você não tem tal dom. Não obstante, na verdade, você não é pobre. Sua pobreza se deve a sua mudez. Romanos 10:12 nos diz que o Senhor é rico para com todos os que O invocam. Após invocar “Ó Senhor Jesus!” dez vezes, você terá algo para dizer. Invocar o nome do Senhor o desperta desde o interior. Quando invoca o Senhor, tem o dom, e quer que algo flua de você a outros.

Os três primeiros versículos de 1 Corintios 12 nos dão um novo começo para nossas reuniões. Quando vimos à reunião e todos estamos mudos, perdemos nossa função. Não sabemos o que dizer. Mas depois de invocar “Ó Senhor Jesus!” várias vezes, teremos um encargo em dizer algo. Trate de invocar o nome do Senhor Jesus em uma reunião dez vezes, e verá que algo sairá. Depois de invocar o nome do Senhor dez vezes, não poderemos permanecer sentados, e teremos que fluir desde dentro. Ao mesmo tempo que invocamos o nome do Senhor, o Espírito distribui o dom dentro de nós. Se queremos funcionar na reunião, a maneira de obter o dom é invocar o nome do Senhor. Cada um de nós deve provar isso.

No ano de 1933 comecei a trabalhar com o irmão Nee. Ele sempre enfatizou que nas reuniões um ou dois irmãos não devem ser os únicos que falam. Enfatizou que todos devem aprender a falar. Naquela época eu me perguntava como poderíamos ajudar os santos a funcionar nas reuniões. Depois de muitos anos de estudo, comecei a ver os três primeiros versículos de 1 Corintios 12: “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos, segundo éreis guiados. Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! Senão pelo Espírito Santo”. Conforme esses versículos, como sabemos que estamos falando no Espírito de Deus? É ao invocar o nome do Senhor. Quando invocamos, é um sinal de que o Espírito de Deus está se movendo em nós. Ninguém pode dizer: “Senhor Jesus”, senão pelo Espírito Santo. Dizer “Senhor Jesus” é o começo da distribuição dos dons pelo Espírito no versículo 4, que diz: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo”. O começo da distribuição dos dons pelo Espírito é quando invocamos “Senhor Jesus”. A melhor maneira de ajudar os santos a funcionar ou a falar nas reuniões é motivá-los a invocar o nome do Senhor Jesus.

Nos inícios dos anos 70, quando nos reuníamos no local Elden em Los Angeles, nossas reuniões sempre estavam nos céus porque invocávamos muitíssimo o nome do Senhor. Os santos invocavam o nome do Senhor em suas casas e no caminho ao local de reuniões. Assim que, cada vez que entrávamos no local de reuniões, tínhamos a sensação de que estávamos vivos e que tudo estava vivo ali. Todo o invocar o nome do Senhor introduzia o falar de parte de todos os santos. Não tínhamos bastante tempo em nossas reuniões para que todos falassem. No entanto, gradativamente nossa pratica de invocar o nome do Senhor diminuiu e se retardou. Por isso nossas reuniões também começaram a ser muito lentas.

Agora o resgate é invocar o nome do Senhor. Isso desperta a distribuição dos dons. Então, os dons levam a cabo toda classe de ministério pelo Senhor e todos estes ministérios levam a cabo a operação do Pai. Esta operação por meio dos ministérios pelos dons dispensará a Trindade divina dentro de nosso ser. Em nossas reuniões não deve ter formalismos nem rituais. Precisamos entrar invocando o nome do Senhor e começar a falar. Guardar os formalismos e rituais é permanecer na morte.

Extraído do livro “LA MANERA ORDENADA POR DIOS DE PRACTICAR LA ECONOMIA NEOTESTAMENTÁ RIA”,
Anaheim, Treinamento de Junho 1987 (capítulo 2, págs. 23-26).



Discípulos do Senhor e conservos uns dos outros

Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos (Mt 23:8)


Mc 6:17-19; Lc 3:19; At 9:18-25; 2 Co 11:32-33; Ap 1:1

João Batista se envolveu em problemas com autoridades políticas ao repreender Herodes por ter se casado com a mulher de seu irmão, dizendo que isso não era lícito. Desde então, ele passou a sofrer perseguição e, por fim, foi preso por Herodes (Mc 6:17-19; Lc 3:19). No dia do aniversário de Herodes, este quis presentear a filha de sua mulher, que, por orientação da mãe, pediu a cabeça de João Batista em um prato. Em meio a circunstâncias tão estranhas, João Batista foi decapitado, e seus discípulos sepultaram o corpo. Esse foi o fim de seu ministério.
Muitos que perderam a vida por causa do nome do Senhor e do evangelho são considerados mártires, assim como Pedro. Talvez João Batista também seja considerado mártir por alguns, mas sua morte não foi ocasionada por ter seguido o Senhor, mas por tê-Lo abandonado, criando seu próprio discipulado (Mt 9:14; 11:2).
Que isso sirva de advertência para todos nós que servimos na igreja. Não podemos admitir em nosso meio uma "nova religião" nem grupos particulares de influência pessoal. Somente o Senhor Jesus é digno de ter discípulos, pois Ele é nosso Mestre (23:8).
Em certas situações, os discípulos aparecem de maneira muito espontânea. Por exemplo, Paulo tinha discípulos no início de seu ministério. Ele recebeu uma revelação vinda diretamente de Deus, por isso logo passou a pregar nas sinagogas, confundindo os judeus que moravam em Damasco, e isso enfureceu os fariseus, a ponto de tentarem matá-lo. Nessa ocasião, teve de deixar a cidade de Damasco escondido em um cesto descido pelo muro com a ajuda de seus discípulos (At 9:18-25). Essa foi a última vez que a Bíblia menciona que Paulo teve discípulos, pois o Senhor não mais permitiu tal situação (2 Co 11:32-33).
Todos nós somos servos do Senhor. Em Apocalipse 1:1 vemos que Deus deu a João a revelação de Jesus Cristo para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve irão acontecer. Ele o fez por intermédio de Seu anjo, notificando primeiramente a Seu servo João. O anjo não foi enviado para falar a cada um dos servos, mas apenas a João, que foi encarregado de transmitir aos outros conservos. O apóstolo João não tinha discípulos, mas conservos. Somos todos servos uns dos outros e discípulos apenas do Senhor. Portanto vamos servir ao nosso Deus com toda humildade. Não ambicionemos um grupo que nos siga de maneira particular. Isso ofende a Deus, pois só o Senhor Jesus é digno de ter discípulos e ser exaltado.

03 março, 2012

Leitura Biblica.

(Gn 10:8) Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra.

(Gn 10:9) Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.

(Gn 10:10) O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.

(Gn 11:4) Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.

(Mt 6:17) Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
(Mt 6:18) para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
(Mt 6:19) Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
(Mt 6:20) mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
(Mt 6:21) Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
(Mt 6:22) A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz;
(Mt 6:23) se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!
(Mt 6:24) Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
(Mt 6:25) Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?
(Mt 6:26) Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?
(Mt 6:27) Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?
(Mt 6:28) E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam;

(Mt 9:14) Então vieram ter com ele os discípulos de João, perguntando: Por que é que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não jejuam?

(Jo 3:23) Ora, João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas; e o povo ía e se batizava.
(Jo 3:24) Pois João ainda não fora lançado no cárcere

O perigo de manter um ministério paralelo ao do Senhor.

Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço (Mt 11:4-6)
Gn 10:8-10; 11:4; Mt 6:17-28; 9:14; Jo 3:23-24

A história de João Batista nos mostra que ele deixou de praticar a revelação que recebeu. Embora soubesse que Jesus era o Cordeiro de Deus, o Filho de Deus, e admitisse que o Senhor tinha o poder de batizar com o Espírito Santo e com fogo, João Batista não foi batizado por Jesus e seguiu seu próprio caminho.

Não sabemos com certeza por que João Batista agiu assim, mas imaginamos que provavelmente ele não quis abrir mão de seus seguidores. João Batista tinha poder diante do povo, e muitas pessoas em situação semelhante são tentadas a exaltar o próprio nome. Foi o que ocorreu no Antigo Testamento com Ninrode, que era valente caçador e passou a ser admirado pelo povo, exaltando seu nome em detrimento do nome do Senhor (Gn 10:8-10; 11:4), a ponto de afrontar o próprio Deus.

João Batista se afastou do ministério do Senhor Jesus e manteve um ministério paralelo próprio, "concorrendo" com o do Senhor (Mt 9:14; Jo 3:23-24). Quando foi encarcerado, João Batista chegou a duvidar que o Senhor Jesus fosse o Messias, enviando-Lhe, por seus discípulos, uma mensagem, talvez para provocar Nele a atitude de libertá-lo.

O Senhor Jesus não respondeu diretamente a João Batista, mas mandou lhe dizer sobre o resultado de Sua obra: pessoas sendo salvas, curadas e ressuscitadas, e o evangelho sendo pregado. Essa era a obra do Messias: fazer a vontade Daquele que O enviou. Em outras palavras, ainda que o Senhor Jesus tivesse poder para libertar João Batista, Seu poder era destinado exclusivamente a cumprir e enfatizar o encargo de que Deus O havia incumbido.

Infelizmente, o fato de o Senhor não fazer nada a favor de João Batista foi-lhe um motivo de tropeço. Ele teve várias oportunidades de se arrepender, mas não quis deixar sua posição nem seus discípulos. Por fim, ele foi preso por se envolver com assuntos particulares do rei Herodes e executado no cárcere (Mc 6:17-28). Que essa lição nos sirva de advertência para que aproveitemos as oportunidades de arrependimento providenciadas pelo Senhor.

02 março, 2012

Como resolvemos nossos problemas?

Vigiar e Orar
O homem caído tem dificuldades para se envolver com as coisas de Deus (Mateus 26:36-45). Somos fortes demais para algumas coisas, mas muito fracos para outras. Quando o Senhor Jesus estava prestes a ir para a cruz, Ele chamou Seus mais íntimos discípulos para orar. Ele queria escoar um pouco Sua tristeza pela oração, queria sentir Seus principais discípulos a Seu lado. Ele imaginou que pudesse contar com Pedro e com os dois filhos de Zebedeu (Tiago e João).
Enquanto o Senhor, como uma azeitona, estava sendo pisado para virar azeite, Seu mais caloroso e empolgado discípulo dormia. Ele dormia enquanto o Senhor sofria. Por três vezes ele se achou dormindo até que o Senhor percebeu que não tinha em Pedro um companheiro na hora mais dura de sua vida terrenal: “Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Falava ele ainda, e eis que chegou Judas [...]”. Pedro não conseguia fazer aquilo que era mais básico, orar. Nossa alma não aprecia as coisas de Deus, ela não gosta de ler a Bíblia, pregar o evangelho, ofertar e outras coisas relacionadas com Deus. Mas tão logo os que iam prender Jesus chegaram, todos conduzidos por Judas, ele, Pedro “sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha” (vs. 47-51). A alma tem indisposição para as coisas de Deus, mas, quando é para agir com relação às coisas naturais, ela se levanta com muita força. Não sabemos se Pedro acertou a orelha ou errou a cabeça do servo do sumo sacerdote; a verdade é que, em nosso natural, somos muito fortes. Nossa alma é selvagem. Pedro avançou todos os “sinais vermelhos” e agiu por conta própria colocando em risco tudo o que o Senhor estava planejando.

O Senhor, que era cheio de amor, chamou ainda Judas de amigo e colocou a orelha do servo no lugar. Ele estava desfazendo o que Pedro fizera. O Senhor é assim, o tempo todo está desfazendo o que nossa alma precipitada faz. Quantas coisas negativas já fizemos e quantas dessas o Senhor teve de remendar?! Se o Senhor não remendasse a maioria das coisas que fazemos, enfrentaríamos muitos problemas em nossa vida, mas Ele, mesmo sem o sabermos, está continuamente colocando no lugar a “orelha do servo do sumo sacerdote que cortamos”.

Como você resolve seus problemas: com agressão, gritos, xingamento ou no Senhor e com o Senhor? Muitos cristãos resolvem suas demandas “sacando da espada”. Tome cuidado: nossa alma é forte e agressiva; ela é capaz de mais coisas do que imaginamos. A violência entre as pessoas cresce cada vez mais. Sem saber, muitos estão “cortando a orelha” das pessoas por onde passam. Essa é nossa alma e é por isso que ela precisa de transformação.

Um coração sensível à vontade de Deus

Dar-Ihes-eí um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne (Ez 11:19)
Ez 36:26; Mt 3:16; 24:51; 25:30; 1 Co 3:15

Por termos nascido de Deus, já recebemos Sua vida, de modo que, mesmo que o Senhor não nos aprove no tribunal de Cristo, não seremos lançados no lago de fogo, mas passaremos pela disciplina do reino. Deus disciplina o filho a quem ama (Hb 12:6-7). Isso significa que, mesmo quando fracassamos, Deus, como Pai, continua a nos amar e não desiste de nós. Por isso os filhos de Deus que forem reprovados serão lançados fora da presença do Senhor, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 22:13; 24:51; 25:30). Essa disciplina os fará amadurecer de maneira forçada (1 Co 3:15).
Deus, porém, nos ama sobremaneira, por isso deseja algo bem melhor para nós. Sua intenção não é nos disciplinar por ocasião do julgamento, mas amolecer nosso coração, para que hoje nos arrependamos, deixando de lado a vida da alma (2 Pe 3:9b).

Certa vez, um irmão me confessou que tinha o coração duro como pedra, comparando sua situação àquela mina subterrânea do Chile na qual os mineiros ficaram presos por um longo período de tempo. A rocha ali existente era muito dura e difícil de ser perfurada, até mesmo por brocas feitas de diamante. Mesmo após uma rocha ser partida, aparecia outra embaixo, e o serviço de perfuração parecia não ter fim. O irmão desabafou que seu coração era desse jeito. Quando uma "rocha" era perfurada, logo aparecia outra.

Essa situação não é vivida somente por esse irmão, mas por todos nós. Para resolver esse tipo de problema, o conhecimento bíblico sobre a vontade de Deus não é suficiente. Podemos conhecer a Bíblia, mas ainda precisamos adotar a prática de negar a nós mesmos, nos arrependendo e confessando nossos pecados e falhas. Isso fará com que a "rocha" seja perfurada e removida. Quando, diante da luz que recebemos na comunhão com o Senhor, percebemos nossa dureza e a rejeitamos, pedindo a Ele que nos dê um coração "de carne", isto é, um coração sensível à vontade de Deus e ao sentimento do Espírito, Ele tem caminho em nós.

Vamos permitir que o Senhor inscreva Suas palavras em nosso coração e as imprima em nossa mente, nos ensinando a andar em Sua presença, pois Ele é o nosso Deus e nós somos o Seu povo. Cada um de nós precisa conhecê- Lo de uma maneira íntima, a tal ponto que Ele se agrade do nosso coração e nos aprove em Seu reino.

Glória e honra na revelação de Jesus Cristo

Eis aí está que reinará um rei com justiça, e em retidão governarão príncipes (Is 32:1). Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda (1 Jo 2:28)
Gn 1:28; Rm 14:17; 2 Co 5:10; Hb 2:5-8; Ap 11:15-18

Graças ao Senhor, Sua revelação tem sido progressiva, nos ajudando a avançar para entrarmos vitoriosos no reino. Por exemplo, antigamente não percebíamos a importância de Gênesis 1:28, mas o Senhor nos revelou que a bênção concedida ao homem e à mulher não era apenas terem sido criados à imagem e semelhança de Deus para expressá-Lo e representá-Lo, mas principalmente para sujeitar a terra exercendo Seu domínio. Isso é confirmado no Novo Testamento quando, em Hebreus 2:5-8, a Palavra nos diz que o mundo vindouro será sujeito a homens e não a anjos.
Sabemos que o mundo atual está sob a influência maligna de Satanás e dos anjos caídos (Ef 6:12; 1 Jo 5:19). Deus, porém, deseja restaurar o governo da terra a uma condição normal, sob Seu reino de justiça e paz (Is 32:1; Rm 14:17). Isso ocorrerá quando o reino desse mundo se tornar do Senhor Jesus. Naquele tempo o mundo não estará mais debaixo da influência maligna e será entregue a homens capazes de cumprir a perfeita vontade de Deus (Ap 11:15-18).

Embora, como criatura, o homem seja inferior aos anjos, ele pode alcançar uma posição superior por meio da regeneração e do processo de transformação pela vida divina. Se estamos inseridos nesse processo de renovação da mente e apuração da fé pelo fogo do Espírito, um dia seremos coroados de glória e de honra. Devemos ser ousados em permanecer nesse caminho até o fim. Se assim fizermos, negando a nós mesmos durante o tempo que nos resta, naquele dia estaremos de pé diante do tribunal de Cristo, não para sermos julgados e reprovados, mas para recebermos honra e entrarmos na glória do Senhor, que é a esfera onde desfrutamos Sua presença visível.

Se, por outro lado, não cedemos espaço em nossa alma para o crescimento da vida divina e nos sobrecarregamos com as preocupações deste mundo, naquele dia estaremos envergonhados diante do tribunal de Cristo, pois ali o Senhor não nos dará a recompensa, mas a disciplina do reino.

Por isso hoje precisamos nos arrepender, ou seja, permitir que o fogo do Espírito revele e elimine as impurezas de nossa alma, até que nossa fé apurada se torne mais preciosa que o ouro perecível. É melhor que hoje nos submetamos ao juízo de Deus, por meio do fogo purificador que arde interiormente, do que aguardar para receber a disciplina. Vamos eliminar as impurezas da alma, para que, quando o reino se manifestar, não nos afastemos Dele envergonhados, mas sejamos manifestados em glória (1 Jo 2:28).

29 fevereiro, 2012

Leitura Biblica.

(Mt 3:11) Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo.

(2Co 11:23) são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes;

(2Co 11:24) dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um.

(2Co 11:25) Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;

(2Co 11:26) em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;

(2Co 11:27) em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.

(Gl 6:17) Daqui em diante ninguém me moleste; porque eu trago no meu corpo as marcas de Jesus.

(1Pd 1:7) para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo;
(1Pd 1:8) a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória,
(1Pd 1:9) alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.

O poder purificador do Espírito

Esbraseou-se-me no peito o coração; enquanto eu meditava, ateou-se o fogo (SI 39:3a). Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus (Zc 13:9)
Mt 3:11; 2 Co 11:23-27; Gl 6:17; 1 Pe 1:7-9

João Batista tinha poder, mas reconhecia que Jesus era mais poderoso do que ele. A pregação de João Batista consistia em levar as pessoas ao arrependimento batizando-as com água para que deixassem para trás o que era velho, isto é, abandonassem os pensamentos carnais e vinculados à velha religião.
Ele mesmo testificou: ''Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mt 3:11). Por um lado, o Espírito Santo foi soprado pelo Senhor sobre os discípulos (Jo 20:22) e depois, no dia de Pentecostes, batizou-os para dentro de um só corpo (At 1:5; 1 Co 12:13). Por meio do batismo do Espírito Santo, eles receberam a autoridade de evangelizar (At 1:8; 2:14-21, 36); por meio do batismo com fogo lhes foi dado o poder interior que purifica a alma.

Quando lemos o evangelho de Mateus, vemos que o Senhor Jesus ensinava muitas lições específicas para Pedro. Todavia foi quando estudamos suas epístolas que entendemos com que finalidade o fogo do Espírito Santo nos batiza. Pedro comparou nossa fé ao ouro que passa pelo processo de purificação no fogo (1 Pe 1:7-9). Quando o ouro é apurado pelo calor do fogo, torna-se líquido, e as impurezas, mais leves que o metal precioso, sobem para a superfície, podendo assim ser retiradas pelo ourives e lançadas fora. Pedro aprendeu a identificar sua própria vida da alma, que se manifestava em diversas circunstâncias por meio de suas palavras, ações e até mesmo pensamentos naturais, e se arrependia profundamente.

Assim como Pedro, temos muitas impurezas em nossa alma e precisamos do fogo do Espírito ardendo em nosso interior para nos purificar. Mesmo tendo sido libertos da velha religião, temos a tendência natural de preservar em nossa alma coisas que, com o passar do tempo, sem que percebamos, se tornam uma "nova religião". Essas coisas não são necessariamente ruins, mas são impurezas que nos afastam da perfeita vontade de Deus. Nessa situação, aquilo que falamos ou fazemos fica permeado dos nossos pensamentos, que limitam o poder de Deus e nos enganam, levando-nos a pensar que estamos fazendo Sua vontade, quando, na verdade, estamos satisfazendo nosso ego. São essas impurezas que o fogo do Espírito precisa eliminar para nos purificar gradualmente.

No passado, ao estudar os escritos do apóstolo Paulo, tínhamos o entendimento que as impurezas da alma eram removidas por meio dos sofrimentos provenientes de circunstâncias exteriores (2 Co 11:23-27; Gl 6:17). Os sofrimentos oriundos de acidentes, doenças ou perdas financeiras servem para nos levar à presença de Deus, e essas situações nos purificam até certo ponto. Cessado o sofrimento, porém, muitas vezes a alma volta a condição anterior, e nos esquecemos de continuar negando o ego e de permitir que a vontade do Senhor seja feita em nós.

Por isso é necessário sermos purificados pelo fogo do Espírito que arde interiormente. Quando as impurezas da alma se manifestam em nosso interior e somos iluminados pelo Espírito para identificá-Ias, podemos nos arrepender e lançá-Ias fora, pedindo ao Senhor para queimá-Ias. Isso é negar a vida da alma. Quanto mais permanecermos na comunhão com o Senhor, mais oportunidade Seu Espírito terá para fazer essa obra maravilhosa de purificação.

28 fevereiro, 2012

Leitura Biblica.

(Mt 1:21) ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.

(Mt 2:16) Então Herodes, vendo que fora iludido pelos magos, irou-se grandemente e mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo que havia em Belém, e em todos os seus arredores, segundo o tempo que com precisão inquirira dos magos.

(Mt 4:23) E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.

(Mt 4:24) Assim a sua fama correu por toda a Síria; e trouxeram-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias doenças e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos; e ele os curou.

(Mt 9:35) E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades.
(Mt 9:36) Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor.

O Senhor que se compadece e salva.

Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor (Mt 9:36)
Mt 1:21; 2:16; 4:23-24; 9:35-36

O Senhor Jesus é o Filho do Homem e passou por todas as etapas da vida de qualquer ser humano. Foi gerado, nasceu e cresceu, vivenciando o aprendizado, a obediência e o amadurecimento. O Senhor conhece a natureza humana, pois Ele próprio foi um homem sujeito às sensações físicas - dor, fraqueza, fome e sede -, e aos sentimentos da alma - amor, alegria, tristeza, humilhação, abandono, indignação, desprezo e solidão. Por essa razão, Ele é capaz de entender tudo o que sentimos, a ponto de se compadecer de nossas fraquezas (Hb 4:15).
No Antigo Testamento, talvez alguns pudessem argumentar que Deus não compreendesse o sofrimento humano (Jó 10:4), mas em Jesus vemos que Deus se tornou um Homem que nos compreende, se compadece de nós e é a nossa salvação. Seu nome, Jesus, já nos mostra isso, pois significa a salvação de Jeová (Mt 1:21).

Como já vimos, desde criança Jesus foi perseguido por autoridades que temiam perder a posição política com a chegada de um novo Rei (2:16). A família de Jesus fugiu com Ele para o Egito, a fim de que fosse poupado da morte, conforme a vontade de Deus, para que se cumprisse a Escritura.

Tempos depois, a família de Jesus, orientada por um anjo do Senhor retornou para a Galileia, passando a residir na desprezada cidade de Nazaré. Foi ali que Jesus cresceu e aprendeu várias lições que Seus pais Lhe transmitiram, de modo que aos doze anos de idade já estava familiarizado com a Palavra de Deus e sentia que Seu lugar era na presença de Deus, o Pai. Esse é um exemplo para os jovens de hoje.

Aos trinta anos de idade, Jesus iniciou Seu ministério, pregando o arrependimento com vistas ao reino dos céus. Nessa pregação, o Senhor não apenas ensinava e exortava, mas também curava e recebia as pessoas que a Ele se achegavam com fé, apascentando-as, porque via que eram como ovelhas que não tinham pastor (Mt 4:23-24; 9:35-36).

O poder que o Senhor Jesus exercia em Seu ministério era para dar vida às pessoas e delas cuidar, trazendo o reino dos céus à terra. Tudo o que Ele fazia era segundo a vontade do Pai e não era para Sua própria glória, mas para a glória do Pai, que O enviou. Quando verdadeiramente conhecemos o Senhor, nossa primeira reação é nos arrepender, para ser renovados e entrar no reino dos céus.

27 fevereiro, 2012

PARABOLA DO JOIO E DO TRIGO.

MATEUS 13

(Mt 13:24) Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo;

(Mt 13:25) mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.

(Mt 13:26) Quando, porém, a erva cresceu e começou a espigar, então apareceu também o joio.

(Mt 13:27) Chegaram, pois, os servos do proprietário, e disseram-lhe: Senhor, não semeaste no teu campo boa semente? Donde, pois, vem o joio?

(Mt 13:28) Respondeu-lhes: Algum inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?

(Mt 13:29) Ele, porém, disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis com ele também o trigo.

(Mt 13:30) Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; o trigo, porém, recolhei-o no meu celeiro.

(Mt 13:31) Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou, e semeou no seu campo;

(Mt 13:32) o qual é realmente a menor de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é a maior das hortaliças, e faz-se árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.

(Mt 13:33) Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar tudo levedado.

(Mt 13:34) Todas estas coisas falou Jesus às multidões por parábolas, e sem parábolas nada lhes falava;

(Mt 13:35) para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Abrirei em parábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo.

(Mt 13:36) Então Jesus, deixando as multidões, entrou em casa. E chegaram-se a ele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.

(Mt 13:37) E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa semente é o Filho do homem;

(Mt 13:38) o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o o joio são os filhos do maligno;

(Mt 13:39) o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o fim do mundo, e os celeiros são os anjos.

(Mt 13:40) Pois assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo.

(Mt 13:41) Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade,

(Mt 13:42) e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.

(Mt 13:43) Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.

(Mt 13:44) O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem, ao descobrí-lo, esconde; então, movido de gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.

(Mt 13:45) Outrossim, o reino dos céus é semelhante a um negociante que buscava boas pérolas;

(Mt 13:46) e encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.

(Mt 13:47) Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes.

(Mt 13:48) E, quando cheia, puxaram-na para a praia; e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora.

(Mt 13:49) Assim será no fim do mundo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,

(Mt 13:50) e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes.

(Mt 13:51) Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Entendemos.

(Mt 13:52) E disse-lhes: Por isso, todo escriba que se fez discípulo do reino dos céus é semelhante a um homem, proprietário, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.

(Mt 13:53) E Jesus, tendo concluido estas parábolas, se retirou dali.

(Mt 13:54) E, chegando à sua terra, ensinava o povo na sinagoga, de modo que este se maravilhava e dizia: Donde lhe vem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos?

(Mt 13:55) Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas?

(Mt 13:56) E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?

(Mt 13:57) E escandalizavam-se dele. Jesus, porém, lhes disse: Um profeta não fica sem honra senão na sua terra e na sua própria casa.

(Mt 13:58) E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.

PARABOLAS DO SEMEADOR.

Mateus 13

(Mt 13:1) No mesmo dia, tendo Jesus saído de casa, sentou-se à beira do mar;

(Mt 13:2) e reuniram-se a ele grandes multidões, de modo que entrou num barco, e se sentou; e todo o povo estava em pé na praia.

(Mt 13:3) E falou-lhes muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.

(Mt 13:4) e quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram.

(Mt 13:5) E outra parte caiu em lugares pedregosos, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha terra profunda;

(Mt 13:6) mas, saindo o sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou-se.

(Mt 13:7) E outra caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram.

(Mt 13:8) Mas outra caiu em boa terra, e dava fruto, um a cem, outro a sessenta e outro a trinta por um.

(Mt 13:9) Quem tem ouvidos, ouça.

(Mt 13:10) E chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?

(Mt 13:11) Respondeu-lhes Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;

(Mt 13:12) pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.

(Mt 13:13) Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem nem entendem.

(Mt 13:14) E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, e de maneira alguma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira alguma percebereis.

(Mt 13:15) Porque o coração deste povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam, e eu os cure.

(Mt 13:16) Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

(Mt 13:17) Pois, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram.

(Mt 13:18) Ouvi, pois, vós a parábola do semeador.

(Mt 13:19) A todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho.

(Mt 13:20) E o que foi semeado nos lugares pedregosos, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria;

(Mt 13:21) mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.

(Mt 13:22) E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.

(Mt 13:23) Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra, e a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.