16 janeiro, 2013

Ser provado pelo fogo do Espírito.

Manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará (1 Co 3:13)


Mt 3:11; 1 Pe 1:7; Ap 21:18, 21

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Pedro foi conduzido pelo Senhor a negar a vida da alma. Isso era necessário para que ele pudesse ser utilizado por Deus adequadamente. Em várias circunstâncias registradas no Evangelho de Mateus, a vida da alma de Pedro se manifestou. Naquelas ocasiões, o Senhor sempre o conduzia a negar a si mesmo. O mesmo ocorre conosco hoje: repetidas vezes, nossa vida da alma se manifesta. Nessas situações, precisamos estar sensíveis ao Espírito para que o Senhor nos mostre a nossa necessidade específica de arrependimento.

Antigamente, pensávamos que sofrimentos provenientes de acidentes, doenças ou injustiças nos ajudariam a negar a vida da alma. Por nossa experiência e observação percebemos que só as circunstâncias exteriores não necessariamente nos ajudam muito nesse particular. Atualmente, temos visto que o caminho mais prático para negar o ego é nos voltarmos ao espírito. No espírito há o fogo do Espírito que possui o poder de eliminar as impurezas de nossa alma (Mt 3:11).

Quando estamos no espírito, percebemos que muitas vezes o ego ainda nos influencia. Ao reconhecermos nossa verdadeira condição, e nos arrependermos, pedimos ao Senhor que utilize o fogo do Espírito para queimar em nós aquilo que pertence à vida da alma. Dessa maneira, somos purificados.

Essa foi a experiência vivida por Pedro. Cada vez que ele era iluminado para enxergar a influência do ego em suas atitudes, o Senhor o levava ao arrependimento. No início, talvez Pedro fosse imaturo, mas, com o passar do tempo, Ele deixou de ser espiritualmente infantil para se tornar alguém cuja fé foi depurada pelo fogo do Espírito. Ao escrever suas epístolas, Pedro havia amadurecido bastante, por já haver negado a vida da alma em maior proporção.

Em sua primeira epístola, Pedro compara a experiência do fogo do Espírito à figura do ouro sendo provado pelo fogo ardente. Espiritualmente, o ouro a que Pedro se refere é especial, muito mais precioso que o ouro perecível (1 Pe 1:7). Esse ouro é incorruptível e tem relação com o ouro transparente que compõe a nova Jerusalém (Ap 21:18, 21). O ouro transparente é resultado final da purificação que ocorre todas as vezes que nos colocamos na presença do Senhor, para que Ele queime, pouco a pouco, nossa vida da alma. Esse processo avança na medida em que permitimos, diariamente, que o fogo ardente do Espírito nos queime.

Não nos preocupemos com a quantidade de vida da alma que ainda nos influencia. Assim como Pedro, devemos permitir que o Senhor exponha, dia a dia, nossa condição, a fim de nos mostrar aquilo que precisa ser queimado. O Senhor não poupou Pedro dessas experiências e também não nos poupará. Conforme o registro de Atos, Pedro foi útil nas mãos do Senhor, junto com os demais discípulos, porque naquela oportunidade Ele já havia negado a si mesmo em maior proporção. Isso serve de encorajamento para nós.




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Escrito por Dong Yu Lan


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14 janeiro, 2013

Cristo é o perfeito Cordeiro Pascal.

Também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado em espírito (1 Pe 3:18)

Mt 21:23-27; Jo 11:49-52; At 1:4-5, 8; 2:1-4; 1 Co 5:7; 1 Pe 2:22; 3:18

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O ministério dos doze apóstolos teve início após a Festa de Pentecostes, com o batismo do Espírito Santo. No Antigo Testamento, o Pentecostes era uma das festas anuais celebradas pelo povo de Israel (Dt 16:1-17), que ocorria cinquenta dias depois da Festa da Páscoa (vs. 1-8) e antecedia a Festa dos Tabernáculos (vs. 13-17).

A instituição da Festa da Páscoa ocorreu na véspera da saída do povo de Israel da terra do Egito. Naquela ocasião, após várias tentativas de Moisés para libertar o povo, Deus mandara um anjo exterminador para ceifar a vida de todos os primogênitos do Egito. Somente seria poupada a vida daqueles primogênitos do povo hebreu que houvessem colocado nas vergas das portas o sangue de um cordeiro. Antes, porém, de ser imolado, esse cordeiro deveria ser examinado por quatro dias, pois não poderia ter nenhum defeito para ser considerado o cordeiro pascal (Êx 12:3-6).

O cordeiro pascal representa o Senhor Jesus (1 Co 5:7). Após entrar em Jerusalém, o Senhor foi interpelado pelos principais sacerdotes e anciãos do povo (Mt 21:23-27), pelos saduceus (22:23-33), pelos fariseus (vs. 34-46), pelo sumo sacerdote Caifás (26:57-68) e por Pilatos (27:1-2, 11-24). Essa inquirição durou quatro dias, e Nele não se encontrou qualquer defeito ou pecado (1 Pe 2:22). Além disso, o Senhor Jesus foi crucificado e morreu no dia da Páscoa. Como Jesus foi considerado justo e irrepreensível diante dos homens, Sua morte não seria cabível. Por outro lado, sendo o Homem perfeito, Ele estava qualificado para, como o Cordeiro Pascal, ser ofertado em sacrifício, dando cumprimento às Escrituras (Jo 11:49-52). O sacrifício do Senhor foi a morte na cruz. Ali, o Justo morreu pelos injustos, tendo padecido pelos nossos pecados, a fim de nos levar a Deus (1 Pe 3:18).

Ao terceiro dia, o Senhor ressuscitou. Conforme o livro de Atos, Ele se apresentou vivo aos discípulos e lhes falou, por quarenta dias, das coisas concernentes ao reino de Deus. Enquanto comia com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que consistia no batismo do Espírito Santo (At 1:4-5). Antes de ascender aos céus, o Senhor novamente mencionou a descida do Espírito Santo sobre os discípulos, revestindo-os de poder para serem Suas testemunhas em toda a terra (v. 8). Então, o Senhor ascendeu aos céus, e, nos dias que se seguiram, os discípulos permaneceram em Jerusalém. Quando se cumpriu o dia do Pentecostes, estavam reunidos num mesmo lugar, e o Espírito Santo desceu sobre eles, entrando na casa como um vento impetuoso e distribuindo entre eles línguas como que de fogo (At 2:1-4). A partir de então, teve início o ministério dos doze apóstolos.




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Escrito por Dong Yu Lan


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13 janeiro, 2013

Permanecer junto ao Senhor.

Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não nos afastemos envergonhados na sua vinda (1 Jo 2:28)


Jo 19:25-27, 35

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João testificou acerca de detalhes da crucificação, porque naquela ocasião ele se encontrava junto à cruz. É como descreve o seguinte trecho: “E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe” (Jo 19:25-27a).

Nesse momento, João estava bem próximo da cruz, pois podia ouvir o Senhor e perceber que Ele sinalizava com os olhos enquanto falava, indicando Maria e o próprio João. De fato, ele seguiu o Senhor de perto. Foi dessa maneira que ele pôde demonstrar que viu o sangue e a água jorrarem do lado do Senhor. Com essas palavras, João testemunhou: “Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais” (v. 35).

Possivelmente, quando jovem, João não entendia muita coisa sobre os fatos que havia testemunhado. Segundo os evangelhos, ele seguiu junto com Pedro durante os três anos e meio em que os discípulos acompanharam o Senhor Jesus em Seu ministério terreno. Quando idoso, ele ficou pronto para receber uma revelação nova do Espírito, além de ser lembrado das coisas que já tinha visto e ouvido na presença do Senhor Jesus.

João se lembrou de muitas coisas que não foram registradas nos demais evangelhos. A exemplo disso, vemos o capítulo 14 de seu evangelho. Ali foram registradas muitas palavras faladas pelo Senhor Jesus, que os outros discípulos não escreveram, mas o Espírito fez João lembrar-se para serem registradas e, por fim, chegarem até nós.

Em Mateus, lemos que o Senhor pregava: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Em João, nos foi revelado que o arrependimento é, na prática, negar a vida da alma. Essa revelação foi dada pelo Espírito Santo. Em outras palavras, ao recebermos essa nova revelação, dizemos a nós mesmos: “Negue a vida da alma, porque está próximo o reino dos céus”.

Nossa finalidade não é apenas entrar na nova Jerusalém. Na verdade, nosso ingresso na nova Jerusalém já está garantido pela salvação do nosso espírito, que ocorreu de uma vez por todas e é eterna. A questão é se vamos participar do reino dos céus como vencedores ou se seremos disciplinados fora da glória de Deus. Vamos enfatizar aquilo que nos levará a cumprir os requisitos exigidos para o reino dos céus: negar a nós mesmos e seguir o Senhor.

Diante dessa necessidade, procuremos seguir o ministério de João em sua maturidade. Por meio desse último ministério, somos supridos com Espírito e vida. Embora muitos sigam outros ministérios, nossa busca prioritária é o reino e a justiça de Deus, o que somente obteremos se deixarmos o ego de lado para ganhar a vida divina e fazer Sua vontade.





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Escrito por Dong Yu Lan




Os detalhes revelados pelo Espírito.

Se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que foi crucificado com ele o nosso homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:5-6)

Jo 19:33-34; 1 Jo 5:6

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A morte do Senhor não foi algo simples, mas um fato cheio de significados. Por meio dela Jesus queria resolver o principal problema que impede o homem de fazer a vontade de Deus: a vida da alma. João, em seu evangelho, registra de maneira detalhada a crucificação e a morte do Senhor.

Leiamos o trecho a seguir: “Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e a outro que com ele tinham sido crucificados; chegando-se, porém, a Jesus, com vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas” (Jo 19:31-33). Como Jesus já estava morto naquele momento, nenhum de Seus ossos foi quebrado. Isso tudo ocorreu conforme a soberania de Deus.

O versículo seguinte relata: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água” (v. 34). Aqui vemos que o Senhor já estava morto quando derramou Seu sangue. Até mesmo o local onde o Senhor foi traspassado estava de acordo com a soberania de Deus. Ao criar o homem em Gênesis, Deus lhe deu uma auxiliadora idônea. Esta foi formada de maneira específica: Deus fez cair pesado sono sobre o homem e retirou-lhe uma das costelas, a partir da qual edificou a mulher. De modo semelhante, a igreja foi gerada do lado do Senhor Jesus. Quando o Senhor foi traspassado pela lança, do Seu lado verteram sangue e água. O sangue é a base para o perdão dos pecados, enquanto a água, um líquido vital para o corpo, representa a vida de Deus. Por Sua morte, ganhamos vida. Por Sua vida, a igreja foi gerada.

Todos os que presenciaram a crucificação viram, de longe, o sangue jorrar do corpo do Senhor, mas não apresentam um relato tão completo quanto o de João. Apenas ele viu e testificou a respeito da água. Ele testificou isso pelo Espírito Santo (1 Jo 5:6). Além disso, o fato de a morte do Senhor ter precedido o derramamento do sangue indica que o Senhor crucificou o velho homem com suas concupiscências. Primeiro, o Senhor eliminou o problema do velho homem, que representa a vida da alma. Somente depois disso Ele derramou Seu sangue para nos redimir os pecados. Em outras palavras, quando o sangue de Cristo foi derramado, o velho homem já havia sido destruído. Louvado seja o Senhor!

João viu e testificou esses acontecimentos. Agora precisamos vivenciar esse fato, negando a nós mesmos. Esse ministério, que seguimos, permanecerá até a volta do Senhor.




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Escrito por Dong Yu Lan


11 janeiro, 2013

Para Meditar...

Arrepender e pedir perdão 


 
Tenho observado esses dois problemas na vida da igreja através dos anos. Quando certos irmãos ofendiam outros, não queriam arrepender-se e pedir perdão. Como resultado, ficavam fora da vida da igreja. Fora da vida da igreja, estavam fora do reino. Eu também via aqueles que estavam ofendidos e que não queriam perdoar quem os ofendeu. Eles também se mantinham fora da vida da igreja. Aparentemente aqueles que se arrependem e aqueles que não perdoam ou outros estão no reino. Na verdade, de acordo com a avaliação de Deus, eles não estão.

Sempre que uma igreja é recém-estabelecida, ela experimenta uma lua-de-mel. Durante a lua-de-mel, tudo é maravilhoso. Os irmãos e irmãs dizem: “Quão maravilhoso é estar na igreja! Estávamos espalhados e divididos nas denominações. Mas agora os resgatados voltaram ao lar. Louvado seja o Senhor por nos trazer de volta!” Contudo, à medida que o tempo passa, haverá ofensas. Na vida da igreja, simplesmente não podemos evitar ofender uns aos outros, pois estamos diariamente em contato uns com os outros. Podemos ofender os outros sem ter qualquer intenção de fazê-lo. Desde o dia em que comecei a ministrar até agora, nunca tive qualquer intenção de ofender alguém. Até tenho orado para que o Senhor me dê sabedoria para saber como agir entre o povo Dele. Mas não importa o quanto tenha orado ao Senhor a esse respeito, inconsciente e involuntariamente ofendi os outros. O mesmo é verdade na vida conjugal. Não creio que haja um casal que não tenha ofensas entre si. Ofensas são inevitáveis.

Durante anos, visitei igreja após igreja. Todos numa igreja nova estavam contentes e todos os rostos sorrindo. Mas quando a revisitava dois anos mais tarde, via muitos rostos tristes ali. Particularmente, contatava alguns daqueles que pareciam os mais infelizes e perguntava o que acontecera com eles e porque estavam silenciosos nas reuniões. Eles me contavam sobre ofensas e os sentimentos de descontentamento em relação aos irmãos responsáveis e aos outros.

Sempre que eu ouvia isso, orava desesperadamente pela igreja e dizia: “Senhor, a igreja simplesmente não pode prosseguir assim”. Então contatava os irmãos responsáveis e perguntava-lhes sobre a situação. Algumas vezes, eles diziam: ”Irmão Lee, esqueça aquela pessoa. Embora ela seja uma das primeiras na vida da igreja aqui, ofendeu quase todos”. Após ouvir isso, perguntava aos irmãos responsáveis se queriam perdoá-la. Em muitos casos não queriam fazê-lo. Assim, de um lado estava a falta de vontade de arrepender-se e, de outro, a falta de vontade de perdoar. Se tal situação continua, a vida da igreja está acabada. Os santos ainda podem se reunir e cantar alguns hinos, mas por causa das ofensas, do julgamento e da falta de vontade de arrepender-se ou perdoar, não há vida do reino naquele lugar. Deus, que vê todas as coisas, sabe o que está oculto sob a superfície da vida da igreja. Podemos nos reunir como igreja, mas entre nós pode não haver realidade da vida do reino. Por causa da falta de vontade de arrepender-se e perdoar, a vida do reino perece.


Fonte: Estudo-Vida de Mateus – W.Lee

Ser suprido com Espírito e vida.

Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 6:47-48; 10:10)


Jo 5:39-40; Ap.1:1

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Deus, em Sua soberania, permitiu que Jerusalém e a religião ali existente fossem destruídas pelo império romano, no primeiro século. Aquele ambiente não cooperava para a vontade de Deus, posteriormente revelada de maneira mais completa ao apóstolo João durante o exílio que sofreu na ilha de Patmos. Ali, João escreveu sobre as revelações que recebera, produzindo o livro de Apocalipse. Essa revelação não proveio de uma elucidação humana, mas foi concedida por Deus a João, por intermédio de Seu anjo. O próprio João foi beneficiado pela revelação que recebeu e, como servo de Deus, também a transmitiu aos demais servos, que somos nós.

Graças a Deus, podemos desfrutar da vida contida nos escritos de João, se estivermos no espírito. Se, porém, somos influenciados pela vida da alma, a Palavra do Senhor, por melhor que seja, não se torna proveitosa para nós. Isso aconteceu com os efésios, que deixaram de alimentar-se da Palavra, preferindo debater os ensinamentos e doutrinas que haviam recebido.

Esse fato nos ensina uma lição. Embora o estudo aprofundado da Bíblia possa ser de algum modo benéfico, precisamos perceber que a Palavra é, principalmente, o alimento que nutre nosso espírito (Jo 5:39-40). Ela tem como finalidade que pratiquemos a vontade de Deus em nosso dia a dia. Caso não nos alimentemos, a Palavra será para nós apenas como instrumento para obter conhecimento. Assim, não seremos supridos com vida nem seremos capazes de levar a vida de Deus a outras pessoas. João, em sua maturidade, foi capaz de ajudar os irmãos da igreja em Éfeso, pois os supriu com Espírito e vida.

Além disso, João esclareceu, em seu evangelho, detalhes importantíssimos sobre o momento da morte do Senhor na cruz. Ao contrário do que muitos imaginavam no passado, o Senhor não morreu após derramar Seu sangue. Ele, primeiro, morreu e, depois, derramou Seu sangue em nosso favor. O Senhor morreu e ressuscitou para nos dar vida, ao passo que Seu sangue foi derramado para perdoar nossos pecados habilitando-nos para receber a Sua vida. A principal finalidade do Senhor ao morrer na cruz e ressuscitar era nos dar a vida de Deus.



 

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Escrito por Dong Yu Lan



10 janeiro, 2013

O último ministério: espírito e vida.

Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna (1 Jo 2:24-25)


Jo 3:3-5; 6:63; 14:16-17, 26; 21:21-22


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Pedro deveria ter acatado logo as palavras do Senhor, mas ainda se preocupou com o que aconteceria com aquele que estava ao seu redor. Por isso, vendo que João O seguia, perguntou a Jesus: “E quanto a este?”. O Senhor lhe respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21:21-22).Ao contrário do que entenderam os discípulos, o Senhor não havia dito que João não morreria, mas Suas palavras indicavam que seu ministério permaneceria até a Sua volta.

Após a ascensão do Senhor, os apóstolos saíram a pregar o evangelho. Os principais dentre eles, como Pedro e Paulo, por exemplo, foram perseguidos e martirizados pelos romanos. João, por não possuir tanto destaque, foi apenas exilado na ilha de Patmos, ou seja, sua vida foi poupada.

Durante os vinte anos em que João permaneceu preso, o Espírito lhe revelou muitas coisas, pois ele vivia e andava no espírito. Ele também se lembrou das palavras ditas pelo Senhor Jesus durante os três anos e meio em que O acompanhou. Pela soberania de Deus, João amadureceu, tendo recebido revelação para escrever o evangelho e as epístolas. A ele foi revelado que, quando estamos no espírito, temos comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo (1 Jo 1:3). Essa é a riqueza do Espírito: Nele, não temos acesso somente ao Espírito Santo, mas também a Deus Pai e ao Senhor Jesus. Graças a Deus, no exílio João teve o tempo necessário para receber revelação, passando a desempenhar seu importante ministério: revelar-nos que precisamos do Espírito para ter a vida divina e que é por meio dessa vida que podemos fazer a vontade de Deus e entrar em Seu reino (Jo 3:3-5; 6:63; 14:16-17, 26).

Os outros três evangelhos registraram a obra do Senhor Jesus na terra. O Evangelho de Mateus enfatiza o Senhor como Rei, dando destaque para o reino dos céus. Como Mateus desempenhava a função de coletor de impostos, ele tinha conhecimento acerca de como funcionava a administração e a autoridade de um reino. Ele foi escolhido especialmente pelo Senhor para registrar as palavras concernentes ao reino dos céus.

No Evangelho de Marcos, vemos como o Senhor, em Sua obra, curou enfermidades e expulsou demônios, ajudando os pobres e se compadecendo deles. Marcos enfatiza o Senhor como Aquele que veio servir, operando milagres e sinais diante do povo. O Evangelho de Lucas, por sua vez, tinha por objetivo apresentar um relato ordenado dos acontecimentos protagonizados pelo Senhor Jesus. Para isso, Lucas ouviu testemunhas oculares e ministros da Palavra. Como resultado dessa investigação, seu evangelho destaca a humanidade virtuosa do Senhor.

Todos esses três registros são importantes, mas apenas eles não apresentam de modo completo o significado da obra do Senhor na terra. Por esse motivo, foi necessário que o Espírito levantasse, por último, o ministério do apóstolo João.

Escrito por Dong Yu Lan

Servir em comunhão com outros irmãos.

Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros  (1 Co 12:24b-25)


Nm 20:10-12; Jo 21:21; 1 Co 12:20-22

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Ao crescer em nós, a vida divina nos mostra que no serviço a Deus não podemos agir isoladamente. Antigamente, éramos individualistas, pois, ao confiar em nossa própria capacidade, nos achávamos autossuficientes. Mas a vida divina tem nos levado ao arrependimento. De fato, devemos perceber que somos membros do mesmo Corpo e membros uns dos outros. Dependemos e precisamos uns dos outros para desempenhar nossa função no Corpo de Cristo.

Em 1 Coríntios 12:20-22, Paulo nos ensina a esse respeito: “O certo é que há muitos membros, mas um só corpo. Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem a cabeça aos pés: Não preciso de vós. Pelo contrário, os membros que parecem ser mais fracos, são necessários; e os que nos parecem menos dignos do corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos, revestimos de especial honra”.

Diante dessa palavra, percebemos que quem age sozinho no serviço a Deus ainda não negou a vida da alma. Pelo contrário, quem nega a si mesmo serve ao Senhor em coordenação com os demais irmãos. Aos servirmos ao Senhor, devemos ter bastante comunhão uns com os outros. Isso nos ajuda a minimizar as possibilidades de cometer erros. Não somos infalíveis, mas podemos aprender e ser ajudados quando ouvimos os irmãos com quem servimos. Dessa maneira, somos cingidos pelos outros e conduzidos de acordo com o sentimento do Espírito.

Receber a comunhão e a ajuda que vem de outros membros do Corpo de Cristo é algo que ocorre normalmente quando estamos dispostos a negar a vida da alma. Mas, quando somos influenciados pelo ego, temos a tendência de querer que o Senhor exija dos outros o mesmo que Ele exige de nós. Isso ocorreu com Pedro em relação a João, quando perguntou a Jesus: “E quanto a este?” (Jo 21:21).

Assim como Pedro, nós também temos dificuldade de negar a vida da alma. Hoje o Senhor Jesus, como Filho do Homem, se compadece de nossas fraquezas e nos conhece completamente. Por conhecer nossa necessidade, o Senhor tem insistido em nos falar sobre esse assunto. Não desprezemos essa palavra. Mesmo quem já avançou em sua vida espiritual, ainda pode falhar nesse quesito.

No Antigo Testamento, vemos o exemplo de Moisés que, ao final de sua vida, cometeu uma falha que o impediu de entrar com o povo de Israel na boa terra de Canaã. Naquela ocasião, influenciado por seu ego, ele irou-se, agiu conforme sua própria vontade, e por não crer no Senhor, deixou de santificá-Lo perante o povo (Nm 20:10-12).

De sua experiência e de outros personagens da Bíblia, aprendemos que devemos vigiar e ser sóbrios a todo tempo para andar sempre no espírito e não sermos desqualificados. Caso também erremos, podemos nos arrepender, confessando nossa falha diante do Senhor. Ele é rico em misericórdia, a fim de nos perdoar e nos purificar de toda injustiça!



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Escrito por Dong Yu Lan

Seguir Aquele a quem amamos.

Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará (Jo 12:25-26)

Jo 21:15-19b; Rm 8:9, 11; 2 Co 3:17

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Após terem se alimentado, o Senhor perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros?” (Jo 21:15). Essa pergunta que o Senhor fez a Pedro é bastante significativa. De fato, Ele estava perguntando se Pedro O amava mais do que todas as coisas, até mais do que os meios de obter sustento. Pedro afirmou que amava o Senhor, ao que Ele disse: “Apascenta os meus cordeiros”. O Senhor fez a pergunta novamente e Pedro afirmou que O amava. Então Ele lhe disse: “Pastoreia as minhas ovelhas”. Pela terceira vez, o Senhor refez a pergunta, ao que
Pedro respondeu, entristecido: “Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo”. E o Senhor lhe disse: “Pastoreia as minhas ovelhas” (vs. 16-17).


Pedro havia se entristecido porque teve a impressão de que o Senhor não dava crédito às suas palavras. Na verdade, com isso o Senhor queria mostrar que ele não deveria valorizar mais a pesca do que a comissão que havia recebido. Embora, no passado, Pedro houvesse sido um exímio pescador, tendo obtido sustento a partir dessa habilidade, ele havia deixado tudo para seguir o Senhor. Evidentemente, a presença física do Senhor não mais o acompanharia, mas Seu cuidado amoroso, por meio do Espírito, sim. Agora o Senhor novamente estava chamando Pedro para segui-Lo.


Ao aplicarmos essa lição em nosso viver, somos levados a verificar como está nosso coração. Será que amamos mais os meios de obter sustento do que ao Senhor? Muitas vezes temos a oportunidade de ruminar a Palavra quando nos encontramos com os irmãos, mas preferimos falar de outros assuntos: negócios, automóveis, salário, bens etc. Deveríamos aproveitar as oportunidades que o Senhor nos dá para ruminar e digerir Sua Palavra. Infelizmente, parece que, após ouvirmos ou lermos a Palavra, a deixamos de lado e passamos a pensar e cuidar de nossos próprios interesses. Isso é um desperdício. Devemos dar prioridade ao Senhor e à Sua vontade; do contrário, estaremos despreparados para Sua vinda.


Quando nos sentimos livres para tomar nossas próprias decisões à revelia da vontade do Senhor, é porque ainda somos espiritualmente imaturos. Foi o que o Senhor disse a Pedro em João 21:18-19b: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres [...].Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me”. Isso não significa que Pedro só seria conduzido quando fosse idoso fisicamente, e sim que, com o crescimento de vida no espírito, ele não mais agiria por conta própria, pois iria negar mais a si mesmo.


Agora o Senhor já se tornou o Espírito e está em nós (2 Co 3:17; Rm 8:9, 11). Desse modo, não podemos andar da maneira como queremos; é o Espírito que nos conduz. Quando somos imaturos, não gostamos de ser restringidos em nossa vida da alma. Mas, com o amadurecimento, negamos a nós mesmos, pois essa é a única maneira de seguir Aquele a quem amamos (Jo 12:25-26).



Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamosEscrito por Dong Yu Lan


07 janeiro, 2013

O Senhor alimenta e cuida de Seus discípulos.

 
Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: Quem és tu? Porque sabiam que era o Senhor (Jo 21:12)

 
Jo 20:27-29; 21:1-14
 

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Em cada era o Senhor levanta um ministério para executar Sua vontade, e para executar esse ministério, Deus chama e unge Seus ministros. Quando um ministro usado por Ele é recolhido, seu ministério pessoal cessa. Então o Senhor levanta outro ministro com seu ministério para conduzir os filhos de Deus. Nesta semana falaremos do último ministério levantado por Deus no Novo Testamento, o que permanecerá até a volta do Senhor.

Desde o início de Seu ministério, o Senhor havia chamado discípulos para cooperarem na pregação do evangelho do reino. Na ocasião daquele primeiro chamamento, eles tudo deixaram para seguir a Jesus. Porém, logo após a morte e ressurreição do Senhor, eles não sabiam ainda como se conduzir. Simão Pedro foi pescar e levou outros consigo, indicando que, sem a presença física do Senhor, eles tinham a tendência de voltar a se preocupar com a busca do sustento terrenal.

Além de Pedro, Tomé também estava presente. Na primeira vez que o Senhor apareceu após a ressurreição, os discípulos estavam reunidos, mas Tomé não estava entre eles. Como Tomé não acreditou no relato dos que haviam visto o Senhor, Ele apareceu uma segunda vez e lhe disse: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”. E Tomé respondeu: “Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20:27-29).

Tiago e João, os filhos de Zebedeu, eram outros dois discípulos que também foram com Pedro. Além deles estavam também Natanael de Caná da Galileia e outros dois. Naquelas circunstâncias, eles haviam pescado a noite inteira e nada apanharam. Pela manhã, o Senhor Jesus apareceu na praia, mas os discípulos não O reconheceram. Ele lhes ordenou que lançassem a rede para o lado direito do barco. Ao atenderem essa ordem, os discípulos pescaram uma grande quantidade de peixes. Então João reconheceu o Senhor. Em seguida, Pedro cingiu-se e lançou-se ao mar, enquanto os outros foram com o barco. Quando chegaram à praia, já havia pão e peixe prontos.

João é referido nesse relato como o discípulo a quem Jesus amava. Ele foi o primeiro discípulo a reconhecer o Senhor ressurreto em Sua terceira aparição. Pelo contexto do final do capítulo 21 de seu evangelho, vemos que a João foi concedido o ministério, que o Senhor fará permanecer até a Sua segunda vinda.

Neste episódio o Senhor mostrou aos discípulos que não precisavam se preocupar com o sustento, pois Ele permanecia cuidando deles. O mesmo ocorre conosco hoje. Não precisamos nos preocupar com aquilo que deixamos para seguir o Senhor, pois Ele é fiel em cuidar de cada uma de nossas necessidades.
 


Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan


As duas esferas durante o reino dos céus.

 
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens  (Mt 24:45-47)

 
Mt 25:30; Mc 10:45; Lc 13:25-28; 1 Co 3:12-15; Ap 21:2

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Por ter comido da árvore do conhecimento do bem e do mal, o homem possui esses dois aspectos em sua alma. Facilmente identificamos a parte má, contudo, se queremos ser úteis ao Senhor, e não um obstáculo, também precisamos discernir as coisas que procedem da parte boa da alma, pois ambas as partes pertencem à mesma árvore e produzem o mesmo resultado: morte. A fim de aprendermos a negar a nós mesmos, o Senhor nos colocou na vida da igreja, em uma esfera santa, onde podemos viver no espírito, guardando Sua palavra e invocando Seu santo nome, e, assim, crescer e ser transformados em filhos maduros.

Além disso, enquanto estamos no processo de transformação, precisamos aprender a servir uns aos outros na vida da igreja, assim como aquele jumentinho que estava pronto para servir (Mc 10:45). Como servos fiéis e prudentes, precisamos dar o sustento aos conservos. Em Mateus 24:45-47 vemos que, quando o Senhor vier com o Seu reino, retribuirá a esse servos, confiando-lhes todos os Seus bens. Isso significa que aqueles que estiverem maduros reinarão com o Senhor. Dessa maneira, estarão cumprindo o que Deus determinou e serão coroados como correis com Cristo.

O Senhor tem nos dado ferramentas que promovem esse viver de alimentar os conservos. Temos os livros espirituais que nos revelam a palavra de Deus, os quais usamos não para enfatizar nem debater doutrinas, mas para nos suprir com a vida de Deus. Também recebemos do Senhor o encargo de abrir vários bookafés, que são estabelecimentos com um espaço agradável e acolhedor, onde podemos ter comunhão com todas as pessoas, orar com elas e ajudá-las a crescer na fé e se preparar para a vinda do Senhor.

Mateus 25 nos revela as características dos cristãos maduros na questão do crescimento da vida e na questão da obra. Eles têm óleo nas vasilhas, o que significa negar a si mesmo, para que o Espírito de Deus permeie e governe sua alma. Igualmente devem negociar seus talentos, seus dons, isto é, buscar ter experiências na obra do Senhor a fim de serem aperfeiçoados no viver normal da igreja.

Esse capítulo da Bíblia revela também que os que forem reprovados pelo Senhor não entrarão na esfera de glória do reino, pois serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes (Mt 25:11-12; 30). Eles não irão perecer eternamente, mas serão disciplinados para amadurecerem e serem salvos (1 Co 3:12-15). Isso será necessário para que todos os filhos de Deus, os que um dia creram em Jesus Cristo, sem exceção, estejam aptos a fazer parte da nova Jerusalém, que descerá do céu no final dos mil anos (Ap 21:2). Dessa maneira, a promessa feita em João 3:16 se cumprirá, pois todo aquele que Nele crê, viverá eternamente.

Precisamos ficar impressionados com essa revelação e ter uma mudança em nossa atitude para com as coisas de Deus. Do contrário, ficaremos na esfera das trevas exteriores, para onde os servos negligentes serão lançados, ou seja, do lado de fora do reino, da esfera das bodas, onde Cristo estará reinando com Sua noiva, os cristãos vencedores (Lc 13:25-28). Ó Senhor Jesus!



Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Transformados pelo Espírito e fogo.

Alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando (1 Pe 4:13)

 
Mt 3:11; At 2:21; 4:12; 1 Co 6:11; 1 Pe 1:6-9, 22
 

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A experiência de Pedro nos traz muita esperança de que podemos ser transformados. Ele é um exemplo para nós, pois apesar de suas falhas, se arrependeu e perseverou em seguir o Senhor, por isso receberá seu galardão na vinda do reino. Assim como ele, cometemos muitas falhas diante do Senhor. Todavia, se confessarmos nossas falhas e nos arrependermos, seremos transformados e obteremos o fim da nossa fé: a salvação de nossa alma (1 Pe 1:9).

Pedro percebeu que a salvação da nossa alma é obtida pela ação purificadora do fogo do Espírito. Em Mateus 3:11, quando pregava o evangelho, João Batista afirmou que o Senhor Jesus batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Isso indica que no Espírito Santo há o fogo capaz de purificar nossa alma. Embora os sofrimentos exteriores nos ajudem a nos arrepender e buscar o Senhor, quando passam, muitas vezes voltamos à velha condição. Mas os sofrimentos interiores, causados pelo fogo do Espírito, nos fazem arrepender-nos e ter nossa alma purificada (1 Pe 1:22).

Quando nossa vida da alma se manifesta, devemos invocar o nome do Senhor Jesus, confessando nossas faltas. Quando mais invocamos o Seu nome, mais Espírito e vida recebemos. Por meio de Seu nome e de Seu Espírito, somos justificados e santificados (1 Co 6:11), e podemos, então, ser úteis ao Senhor hoje e no porvir.

Por isso dizemos que o Senhor entregou a Pedro o ministério de invocar o nome do Senhor. Ao dar testemunho da salvação de Deus, Pedro afirma que abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (At 2:21; 4:12). Naqueles dias Pedro ainda não estava completamente transformado, mas, por seguir o Senhor, negando a vida da alma e invocando Seu nome, Pedro pôde ser usado por Deus em Sua obra, e muitas pessoas foram salvas.

No mundo que há de vir o Senhor precisará de pessoas preparadas para governar as nações. Hoje, no entanto, Ele deseja nos aperfeiçoar e nos preparar para esse dia. Embora não estejamos completamente prontos ainda, Ele conta conosco para nos usar, assim como foi com Pedro. Que nosso coração esteja sempre pronto a atender ao chamamento do Senhor e disposto a receber Dele toda a disciplina e correção necessárias. Se formos purificados e transformados pelo fogo do Espírito hoje, na vinda do Senhor em Seu reino receberemos louvor, glória e honra (1 Pe 1:6-7).




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

Restringidos e transformados pela vida e frutíferos na obra.

Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta, à videira mais excelente; lavará as suas vestes no vinho e a sua capa, em sangue de uvas. Os seus olhos serão cintilantes de vinho, e os dentes, brancos de leite (Gn 49:11-12)

 
Gn 49:22; Ez 17:6, 8
 

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As bênçãos e profecias proferidas por Israel em Gênesis 49 são muito significativas, especialmente as que se referem a Judá e José.

Ontem vimos que Judá foi comparado a um leão. Porém, no versículo 11, existe outro animal relacionado com a benção recebida por Judá, um jumentinho amarrado à videira mais excelente. Assim, vemos que Judá é comparado a um nobre leão que tem um jumentinho amarrado à vide.

Um jumento possui uma alimentação rudimentar, que geralmente consiste em pasto. Mas esse jumento atribuído à Judá está amarrado à vide, de modo que somente pode se alimentar de uvas. Essa dieta especial causa-lhe uma transformação, em que seus olhos cansados tornam-se cintilantes de vinho, e seus dentes amarelados ficam brancos de leite (v. 12). Tal transformação somente é possível por estar amarrado à videira, sendo restringido a comer apenas uvas.

Se for criado solto, o jumento se alimenta de qualquer coisa que lhe cause atração. Ele não recebe o mesmo tratamento que um cavalo, como banho, tosa, escovação e alimentação adequada. Um jumento muito dificilmente irá querer receber um tratamento desses. Ele quer ter a liberdade de ir por onde quiser e comer o que quiser. Além disso, para domá-lo, não adianta usar a vara. O jeito é amarrar o jumento à vide e deixar que ele se alimente de uvas.

A benção profética a José também é muita significativa. Ele foi comparado a um ramo frutífero, plantado junto à fonte, o qual possui galhos que se estendem sobre os muros (v. 22). Podemos afirmar que Jacó se referia aos ramos de uma videira. A produção de uvas evoluiu com o passar do tempo, passando a ser cultivada de forma suspensa, em parreiras. Já, antigamente, na época de Jacó, as videiras eram rasteiras. Porém a profecia nos diz que os ramos de José se estendem sobre os muros. Isso significa que a vida divina, aqui representada pelos ramos da videira, possui a capacidade de superar qualquer obstáculo, por maior que seja, a fim de se expandir e alcançar toda a terra.

Quanto melhor for a terra e quanto mais perto estiver da fonte de água, mais a videira irá crescer e se espalhar, alcançando todos os lugares. Em Ezequiel 17:6 vemos uma videira larga e de pequena estatura, que produzia ramos e lançava renovos. O versículo 8 nos diz: “Em boa terra, à borda de muitas águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e dar frutos, e ser excelente videira”. Precisamos ser como essa videira, plantada em boa terra, junto às águas, junto à fonte da vida.

Graças ao Senhor pelo genuíno viver da igreja! Por um lado, somos restringidos em nossa dieta espiritual a comer apenas “uva”, isto é, a nos alimentar das palavras que nos dão vida e transformam nosso viver. Por outro, quanto mais próximos estamos da fonte da vida, mais cheios da vida divina seremos, e nossos “ramos” se estenderão por sobre os “muros” e seremos frutíferos em Sua obra.




Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

06 janeiro, 2013

Seguir o modelo deixado pelo Senhor Jesus.

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta (Zc 9:9).
 
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma (Mt 11:29)

 
Et 6:7-9; Sl 147:10; Zc 9:9; Fp 2:5-8; Ap 5:5
 

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No Antigo Testamento, os reis da terra eram carregados por imponentes cavalos, que ostentavam suas riquezas (Et 6:7-9). O rei Davi montava uma mula. Posteriormente, essa mula foi montada por seu filho, o rei Salomão (1 Rs 1:33, 38, 44). A mula também é um animal forte e vigoroso, e seu porte é maior que o de um cavalo. Esses animais conduziam os reis nas guerras e solenidades, e montá-los era uma forma de ostentar força e poder.

O Senhor é o Rei dos reis e, como tal, poderia usar o animal mais belo e mais imponente para carregá-Lo. Todavia Deus não faz caso da força do cavalo nem se compraz nos músculos do guerreiro (Sl 147:10). Ao entrar em Jerusalém, o Senhor Jesus escolheu um humilde e manso jumento (Mt 21:5; cf. Zc 9:9).

Devemos tomar o modelo do Senhor como um padrão de viver manso e humilde (Mt 11:29; Fp 2:5-8), que não precisa da força ou do vigor humano. Nossa necessidade é negar a vida da alma, reconhecer Seu senhorio e nos humilhar sobre a poderosa mão de Deus, admitindo e declarando nossa insuficiência e dependência Dele. Esse é o padrão que o Senhor requer de nós hoje para que sejamos úteis a Ele.

Enquanto o Senhor Jesus entrava em Jerusalém, a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho em um ato de reconhecimento da nobreza do Senhor. Naquele momento, Ele foi louvado e exaltado pela multidão como um rei, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas. De fato, o Senhor Jesus é o Rei do reino dos céus. Ele também provém de uma linhagem real no aspecto humano, pois é descendente de Davi. Em Apocalipse 5 nos é dito que Ele é o Leão da tribo de Judá (v. 5). A tribo de Judá é a tribo da realeza.

Em Gênesis 49, Jacó, que já havia recebido o nome de Israel, abençoou e profetizou a respeito de seus filhos. Ao abençoar Judá, suas palavras foram: “Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos” (vs. 9-10). Sabemos que o leão é um símbolo da realeza. Nesse sentido, a profecia ainda fala de um cetro e de um bastão que lhe seriam dados. Um cetro é um objeto que representa a nobreza de um rei. O bastão representa a autoridade. Essa profecia também fala da vinda de Siló, que significa paz. Isso indica que, quando o Senhor Jesus vier, trará com o Seu reino paz, alegria e justiça. Aleluia!
 
 


Alimento Diário - O ministério que seguimos e praticamos
Escrito por Dong Yu Lan

05 janeiro, 2013

O padrão do viver dos que reinarão com Cristo (2).

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus (Mt 5:10-12a)

 
Mt 5:7-16; 7:1-2; 11:3,11; Rm 14:17
 

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O Senhor Jesus nos ensina a ser misericordiosos, pois Ele mesmo tem sido misericordioso para conosco: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5:7). Quando estamos vivendo segundo a vida da alma, não exercemos misericórdia e passamos a julgar todos ao nosso redor. Em Mateus 7:1-2, vemos que com o mesmo critério que julgarmos os outros seremos julgados no Dia do Senhor. Por isso aprendamos a exercer a misericórdia com as pessoas e, assim, alcançaremos misericórdia naquele dia.

O Senhor prossegue dizendo: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (5:8). Ter um coração limpo indica que não temos problema na consciência e mantemos constante comunhão com Deus. Com um coração assim, conseguimos enxergá-Lo em toda situação, não com os olhos físicos, mas com os olhos interiores.

No versículo 9 o Senhor fala dos pacificadores, os quais serão chamados filhos de Deus. Uma pessoa que gosta de criar contendas e dissensões ainda carece muito da vida do Filho de Deus. Infelizmente algumas pessoas só sabem difamar e semear discórdia entre os filhos de Deus. Um filho de Deus, porém, não vive a contender com as pessoas. Seu objetivo deve ser propagar o reino de Deus e levar vida para todos. Aqueles que vivem segundo a vida de Deus semeiam a paz.

O Senhor mesmo sabia que aqueles que O seguissem seriam perseguidos. Contudo devemos nos alegrar se, por causa do nome e da vontade do Senhor, sofremos perseguição: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós” (vs. 10-11).

Por praticarmos a justiça de Deus, estamos sendo aperfeiçoados para receber a autoridade de Deus para governar juntamente com Ele, o mundo que há de vir. Como parte desse aperfeiçoamento, há perseguições, mentiras e injurias contra nós. Elas são como o joio que causa sofrimento para o trigo. O Senhor mesmo disse para não arrancá-lo. Então que fazer? Assim como o trigo, diante de situações assim, só podemos crescer mais na vida divina. Embora essas mentiras e calúnias nos causem alguma tristeza hoje, devemos regozijar e exultar, pois grande será nosso galardão nos céus.

Graças ao Senhor pela oportunidade que temos de praticar essas palavras. Por meio de negar a vida da alma e seguir o Senhor, podemos viver segundo o padrão revelado nas bem-aventuranças descritas em Mateus 5. Aleluia!
 
 
 

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Escrito por Dong Yu Lan