07 março, 2013

O amadurecimento do apóstolo Pedro

Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor
(2 Pe 1:1-2)


Jo 21:18-19; 1 Pe 5:1-3 
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O Pedro que vemos nos evangelhos tinha uma vida da alma muito forte. Depois que o Senhor Jesus foi crucificado e ressuscitou, Seus discípulos acharam que Ele desaparecera pelo fato de não O verem mais. Pedro então falou: “Vou pescar. Disseram-lhe os outros: Também nós vamos contigo” (Jo 21:3).

Eles deixaram a comissão que haviam recebido quando foram chamados pelo Senhor, e voltaram para a antiga profissão buscando garantir o sustento. Mesmo não tendo êxito na pescaria, o Senhor não os abandonou; antes, foi até eles. Depois de tê-los alimentado, aproveitou a ocasião para ensinar-lhes algumas lições, especialmente a Pedro, a quem perguntou três vezes se ele O amava, e o instruiu a pastorear e apascentar Seus cordeiros e ovelhas.

Em seguida o Senhor lhe disse: “Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres” (v. 18). Em outras palavras, o Senhor estava dizendo que Pedro não se moveria como antigamente, quando vivia pela sua vida da alma e fazia o que bem queria. Agora ele teria de agir em comunhão e coordenação com outros. Além disso, quando o Senhor disse “mais moço”, não se referia à idade física, mas à sua vida espiritual, que ainda era muito infantil. A palavra do Senhor a Pedro no capítulo 21 de João indica que uma pessoa espiritualmente madura não faz nada sozinha, antes, procura sempre se coordenar com outros irmãos para o avanço da obra de Deus.

Ao escrever suas epístolas, Pedro, já maduro, aborda o dispensar do Deus Triúno (1 Pe 1:2-3) e a questão de negar a vida da alma. Quando escreveu suas epístolas, ele era totalmente diferente do Pedro que encontramos nos evangelhos; não apenas porque já era idoso, mas porque crescera no Senhor. Isso indica que ele aproveitou as oportunidades que teve para negar a si mesmo, permitindo que a vida e a natureza divinas aumentassem nele. Todo resultado que Pedro colheu foi por causa do seu amadurecimento de vida.

À medida que a vida divina cresce em nós, nossa vida natural é restringida. Enquanto somos infantis, nosso ser natural “se cinge e anda por onde quer”; mas, conforme a vida e a natureza divina crescem em nós, “outro” – o próprio Senhor em nós ou algum irmão – cinge-nos e nos leva aonde nosso ego naturalmente não quer.






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Escrito por Dong Yu Lan 



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Equipes coordenadas para pregar o evangelho do reino

Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele (Lc 8:1)


2 Tm 3:10; Fm 1
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O Senhor quer libertar-nos de nossa tradição para pregarmos o evangelho do reino. Todos nós esperamos, até oramos e pedimos que o Senhor volte logo, mas parece que Ele está demorando, tardando a Sua vinda. Na verdade, Ele não tarda; antes, está esperando por nós, esperando que preguemos o evangelho do reino em toda a terra (Mt 24:14).

A maioria das igrejas tradicionalmente tem a ceia do Senhor no domingo pela manhã. Mas às vezes podemos dedicar a parte da manhã para pregar o evangelho a fim de dar a muitos irmãos a oportunidade de sair e praticar a palavra que temos ouvido. Essas saídas também podem ocorrer aos sábados. O importante é que o evangelho do reino alcance todas as casas. Para isso, alguns coordenadores devem mapear a cidade, formar equipes e designar ruas ou quarteirões para cada equipe que se responsabilizará por aquela área. Para os lugares que nos forem designados, vamos bater às portas de casa em casa. Se a pessoa não está em casa, deixamos um folheto de evangelização. Tudo isso deve ser marcado no mapa, para falicitar o acompanhamento do avanço da obra do Senhor em cada região. À medida que algumas casas se abrirem ao evangelho, podemos realizar as reuniões da igreja nelas.

Se ficarmos presos apenas à maneira tradicional de reunirmos nos locais de reunião, tendemos a envelhecer espiritualmente. Mas, ao promover a pregação do evangelho nos finais de semana, mais chances teremos de sair e praticar a palavra do Senhor. Não importa se somos idosos, jovens, irmãos, irmãs, todos podemos participar. Se cada igreja fizer isso, pregaremos o evangelho do reino mais rapidamente em toda terra habitada, indo de casa em casa, bairro por bairro, cidade por cidade. Graças ao Senhor!

Todos nós também precisamos encontrar um bom companheiro espiritual para, juntos, em unanimidade, avançar. Quando estamos no espírito, servimos juntos e não temos dificuldade de nos coordenar uns com os outros. O Senhor falou para Pedro que, quando ele era mais moço, infantil, ia para onde queria (Jo 21:18). Mas, quando fosse maduro, seria conduzido aos lugares por outro, ou seja, ele precisaria encontrar um bom cooperador, um bom companheiro.

Hoje na igreja e na obra de expansão do reino do Senhor também devemos fazer isso. Precisamos encontrar irmãos que cooperem conosco, para que, em coordenação, comunhão e submissão mútua, o Espírito Santo tenha como nos usar em Sua obra. Assim, Deus nos abençoa e Sua vontade pode ser feita entre nós.






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A tradição nos impede de reagir ao falar do Senhor


Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra (Rm 7:6)


Mt 16:12-19; Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2
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Quando invocamos o nome do Senhor, voltamos ao Espírito que está em nosso espírito. No espírito temos a vida de Deus, cuja expressão é o amor. Por isso, em nosso viver da igreja e serviço ao Senhor, tudo o que fazemos deve ser motivado pelo amor. O inimigo de Deus quer nos derrubar de todo jeito, pois o evangelho do reino é algo que Satanás odeia. Nós, porém, queremos seguir o mandamento do Senhor e ir em frente pregando o evangelho do reino em todo o mundo (Mt 24:14).

Temos observado que alguns não conseguem ser despertados em seu espírito, pois estão apagados. Por que isso acontece? Por causa da tradição – gostam de ouvir mensagens nas conferências ou nas reuniões da igreja; gostam de ir ao templo, ao local de reuniões e permanecer ali. Pensam: “Puxa, que desfrute! que música! Para mim, é suficiente estar aqui”. O desfrute nas reuniões da igreja não pode nos acomodar a ponto de não sairmos para contatar pessoas e pregar o evangelho.

Alguns filhos de Deus consideram que sua vida cristã está boa: “Eu estou bem na igreja; participo das reuniões com frequência e desfruto muito o Senhor e Sua Palavra”. Todavia há muito tempo que não exercem nenhuma função na igreja; ficam calados, sem qualquer participação, e não se envolvem com nenhum tipo de serviço. Por vezes, mesmo os irmãos que ministram a Palavra não praticam o que falam. Desse modo, a igreja cai na tradição.

Certos irmãos e irmãs, quando veem os colportores e ceapistas envolvidos com a pregação do evangelho e o apascentamento dos recém-convertidos, talvez se justifiquem: “Não posso estar no campo e ser tão ativo como eles, mas também amo muito o Senhor. Ele conhece minha dificuldade: o meu trabalho toma todo o meu tempo”.

Outros cristãos, ao ouvir uma mensagem, têm seu interior ardendo como fogo, mas não conseguem reagir. Que os impede? Estão atados pela tradição. Não é que o fogo neles não foi aceso. Eles até são iluminados pela palavra de Deus, o fogo de seu espírito é “abanado”, mas não conseguem praticar a palavra ouvida por causa da tradição. Assim, não têm forças para sair e pregar o evangelho do reino. Sua vida espiritual se limita a ouvir ou, quando muito, a falar belas mensagens nas reuniões da igreja.

Hoje praticamente todas as igrejas se reúnem em templos ou locais de reunião específicos para esse fim. Isso se tornou um costume no meio dos filhos de Deus. No Novo Testamento, porém, vemos que, em suas cartas, Paulo saúda certos irmãos e a igreja que se reúne em suas casas (Rm 16:5; 1 Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2). Isso mostra que a igreja pode se reunir também nas casas. Que o Senhor nos livre de estarmos presos às tradições e nos mantenha sempre em novidade de vida para viver a realidade da igreja!




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Não abafar a luz com as necessidades do dia a dia

Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida (Fp 2:14-16a)


Mt 5:14-16; 6:19-24; Jo 12:31; 14:30; Ef 2:2
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Mateus 5:14-15 diz: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade
edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa”. Uma lâmpada acesa não deve estar debaixo do alqueire. No mundo antigo, o alqueire era um recipiente usado para medir cereais e representa as necessidades da vida no dia a dia e a preocupação com a subsistência. A luz que nós temos deve ser exibida para alumiar a todos, e não deve ser colocada debaixo do alqueire, isto é, não deve ser encoberta pelas preocupações com nosso sustento do dia a dia.

Sempre incentivamos os irmãos a despender um tempo no CEAPE a fim de serem aperfeiçoados e se tornarem colportores. Damos graças ao Senhor porque, após esse aperfeiçoamento, alguns se consagram ao Senhor e são enviados para fazer Sua obra. É muito bom vermos irmãos se entregando completamente a Ele, dispostos a servi-Lo.

Os demais irmãos que não conseguem dispor de todo o tempo para cooperar com o Senhor em Sua obra, muitas vezes se sentem acusados na consciência e limitados a servir apenas nas reuniões da igreja. Apesar de serem fiéis e participarem das reuniões, talvez se sintam excluídos quando se trata da propagação da obra do Senhor. Todos os que amam o Senhor de coração puro têm esse sentimento, porém o problema de alguns é que há um “alqueire” cobrindo sua luz. Que fazer?

Graças ao Senhor, podemos ter comunhão com outros irmãos para que a chama de nosso espírito seja reavivada e consigamos reagir ao falar do Senhor, nos dispondo a cooperar com Ele na pregação do evangelho. Com um espírito fervoroso, fica mais fácil “queimar” a passividade e a acomodação naturais existentes em nossa vida da alma.

Alguns, porém, acham que estão muito bem, dizendo: “Eu me reúno normalmente, oferto meu dízimo, e, quando a igreja precisa, faço uma oferta especial. Se há necessidades na obra, eu também oferto”. Isso é muito bom, mas não é suficiente. O Senhor quer avançar mais rápido, por isso precisamos dar um salto para fora dessa vala em que estamos. Deus não está nada contente com a situação atual do mundo. Sabemos que os mais de duzentos países existentes na terra são governados pelo príncipe deste mundo, que é Satanás (Jo 12:31; 14:30; Ef 2:2). No mundo presente, não há paz; antes, há a instigação para os conflitos, provocando guerras que são travadas por motivos financeiros, raciais, culturais e religiosos.

O Senhor conta conosco para mudar essa era. Por isso Ele está trabalhando em nós, que fomos regenerados pela vida divina. Seu desejo é que cresçamos em vida até atingir a maturidade a fim de trazer o Seu reino para a terra. Que a luz da vida que há em nós possa brilhar no meio dessa geração (Fp 2:15). Louvado seja o Senhor!







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03 março, 2013

A breve provação do presente e o governo do mundo que há de vir

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação (2 Co 4:17)

 
Hb 2:5-9; 1 Pe 1:6-7; 4:12-19

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Diante da revelação que temos recebido de que o Senhor irá entregar o mundo que há de vir para os Seus filhos, alguns podem pensar como o salmista: “Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites?” (Sl 8:4). De fato, o homem natural ou velho homem de hoje nunca será coroado de glória e de honra. Entretanto, pelo trabalhar do Senhor nesse homem, uma vez regenerado, um dia ele será transformado e coroado de honra e de glória, assim como o Senhor Jesus o foi (Hb 2:9).

Hoje estamos no processo de queimar todas as impurezas da alma, crescer e amadurecer na vida divina a fim de tomar posse de uma herança incorruptível que será revelada no último tempo. Pelo fato de termos essa herança preparada para nós, Pedro disse para exultarmos (1 Pe 1:6). Exultar é ter uma alegria tremenda: “Embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo”.

Embora tenhamos grande alegria pelo fato de que temos uma herança incorruptível da qual vamos tomar posse, hoje passamos por várias provações que tem como objetivo provar a nossa fé. Desse modo, o valor da nossa fé é confirmado. Assim como o ouro físico, perecível, é apurado por fogo, igualmente nós somos provados. Não devemos esmorecer, pois ao passar por essas provações o Senhor nos dá vida suficiente para resistir a “altas temperaturas”. Além disso, precisamos sempre lembrar que essas provações são por breve tempo e que a herança que receberemos é incorruptível e imarcescível, isto é, não murcha, não perde o viço nem o frescor. Aleluia!

Segundo a experiência descrita por Pedro, ao sermos contristados por várias provações e apurados pelo fogo, podemos ser transformados. Ao passar por várias provações, devemos invocar: “Ó Senhor Jesus!”, e nos voltar ao nosso espírito, onde está o Espírito do Senhor, a fim de queimar as impurezas da alma. Assim, quando Cristo se manifestar, vamos receber louvor, glória e honra. Não seremos mais pessoas comuns, naturais; antes, estaremos qualificados para governar o mundo que há de vir.










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O novo nascimento e a herança

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros (1 Pe 1:3-4)

 
Jo 3:3, 5, 7; Rm 8:17; Gl 4:1; 1 Pe 1:3-5

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Em João 3:3, o Senhor Jesus diz a Nicodemos: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Depois, no versículo 5, Ele diz que “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. Assim vemos que o ser humano tem a necessidade de nascer de novo a fim de entrar no reino de Deus (v. 7).

Pedro experimentou esse novo nascimento, por isso pôde escrever em sua primeira epístola: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1:3). Foi segundo Sua muita misericórdia que Deus Pai nos regenerou, ou seja, nos fez nascer de novo. Por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, a vida de Deus se tornou disponível a todo o que crê no nome do Filho de Deus e em Sua Palavra. O objetivo de sermos regenerados é ganharmos a herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para nós (v. 4). Essa herança se refere a reinarmos com o Senhor no mundo que há de vir. O desejo de Deus é que Seus filhos tomem posse dessa herança e desfrutem da salvação preparada para eles nos últimos tempos (v. 5). Assim vemos que um dos primeiros a falar sobre o novo nascimento foi Pedro.

Essa herança e salvação estão relacionadas ao reino. Baseado nessa revelação, João falou que é necessário nascer de novo: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3). Ele também escreveu: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (v. 5).

Mas que é nascer de novo? É Deus nos regenerar, nos dar uma nova vida, para uma viva esperança. Isso é o mesmo que ter esperança na vida! Hoje nós temos a vida de Deus em nosso espírito, contudo também temos a vida da alma, isto é, nossa vida natural herdada de Adão impedindo que a vontade de Deus seja cumprida. A vida humana caída é chamada de nosso velho homem (Rm 6:6; Ef 4:22; Cl 3:9), ou homem natural (ou anímico, da alma – 1 Co 2:14 – lit.). Por isso o Senhor diz que, se queremos segui-Lo, devemos tomar a cruz, negar a nós mesmos e perder a vida da alma (Mt 16:24-25). Quando negamos a vida da alma, damos oportunidade para que a vida divina em nosso espírito se expanda e sature nossa alma. Assim atingiremos a maturidade. O resultado desse amadurecimento é receber uma herança.

Os vencedores receberão essa herança na manifestação do reino dos céus, no milênio, no mundo que há de vir. Essa herança será entregue ao homem, mas não a qualquer homem, e sim aos que nasceram de novo, ganharam a vida de Deus e amadureceram nessa vida. Em outras palavras, quem não for regenerado, não nascer de novo, não poderá nem ver o reino de Deus, muito menos entrar nele. A regeneração é apenas o começo; todos que almejam essa herança devem deixar a vida divina crescer em seu interior para se tornarem filhos maduros. Louvado seja o Senhor!








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O resultado da obra purificadora da nossa fé

A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido (Ap 21:18)
 
Gn 2:10-12; 1 Pe 4:7; Ap 21:18-21
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Pedro falou que, assim como o ouro precisa ser refinado pelo fogo, o valor da nossa fé também é provado para que desfrutemos louvor, glória e honra quando o Senhor se revelar (1 Pe 1:7). O minério de ouro, em geral, não é encontrado em sua forma pura; ele é escavado ou garimpado nos rios onde sempre há impurezas. Para purificá-lo, é preciso lançá-lo num cadinho, uma espécie de vaso que resiste a temperaturas muito altas. Coloca-se o minério no cadinho e ele derrete. Como o ouro tem o peso específico muito alto, ele vai para o fundo, e as impurezas vêm para a superfície. Assim as impurezas podem ser retiradas.
Pedro encontrou o segredo para ter a vida da alma purificada: Espírito Santo e fogo. Talvez ele tenha pensado: “Sofro tanto por causa de minha vida da alma. Quando sofro, eu a nego; quando o sofrimento acaba, ela volta. Porém há um fogo em meu espírito! Por que então não jogar a minha vida da alma no fogo?”. Pedro viu que precisamos passar pelo fogo a fim de queimar a vida da alma. Não é como o espinho que depois de cortado, nasce novamente porque sua raiz está debaixo da terra; antes, deve ser arrancado e atirado no fogo.
O ouro físico é precioso, porém perecível! O valor de nossa fé, todavia, uma vez provado, é mais precioso do que o ouro terrenal; é como o ouro da nova Jerusalém que, de tão puro, é como vidro transparente (Ap 21:21). É esse ouro puro, transparente, que permite o resplandecer da luz da glória de Deus para as nações ao redor da cidade santa! Esse é o resultado do trabalhar do Senhor em nós.
O trabalhar e o purificar do Senhor é também o Seu julgar. Em sua primeira epístola, Pedro diz: “Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (1 Pe 4:17). Embora saibamos que haverá um juízo no tribunal de Cristo por ocasião de Sua segunda vinda, hoje o Senhor nos julga para que desde já sejamos aprovados quando Ele voltar. Desse modo, quando Ele vier, não seremos julgados pelos pecados cometidos, uma vez que hoje podemos nos arrepender e pedir que Seu sangue nos purifique de todo pecado (1 Jo 1:7). Quando o Senhor voltar, em Seu Tribunal, em Sua parousía, Ele vai avaliar principalmente pelo quanto nossa vida da alma foi negada e pelo quanto da vida divina teremos em nós.
A nova Jerusalém é constituída de três itens principais: ouro, pérolas e pedras preciosas. Esses mesmos itens são encontrados no rio que sai do Éden e se divide em quatro braços. O primeiro braço, o rio Pisom, rodeava a terra de Havilá, onde havia ouro. Logo em seguida, a Bíblia revela que o ouro dessa terra é bom (Gn 2:10-12), o qual deve ser o ouro transparente da nova Jerusalém. Em Gênesis esse material precioso estava no rio, que simboliza o Espírito. Isso significa que, pelo fluir do Espírito em nós, Deus trabalha transformando-nos em material precioso para a edificação da nova Jerusalém. Permanecendo no fluir desse rio, chegaremos a esse destino transformados, e o propósito eterno de Deus será cumprido. Aleluia!










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Batizados com Espírito e com fogo

O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o Senhor (Pr 17:3)

 
Mt 3:11-12; 13:22; 1 Pe 1:6-7; 3:12-13

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Ao anunciar o Senhor Jesus, João Batista disse: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:10). Segundo uma corrente de interpretação, o termo “fogo” nesse versículo, de acordo com o contexto, é o fogo inextinguível, mencionado no versículo 12, o lago de fogo (Ap 20:10). De acordo com essa interpretação, o fogo e o Espírito Santo estariam separados, ou seja, quem recebe o Senhor Jesus é batizado com o Espírito Santo; quem não O recebe, é batizado com fogo. Porém cremos que, se fosse assim, a conjunção seria “ou”, e não “e”: “Ele vos batizará com o Espírito Santo ou com fogo”. Contudo não foi isso que o Senhor falou, e sim: “Com o Espírito Santo e com fogo”.

Aplicando esse versículo segundo nossa experiência, podemos dizer que o Senhor batiza os crentes com o Espírito Santo quando creem Nele e os submete a umtratamento de fogo para purificá-los, como o fogo purificao ouro (1 Pe 1:6-7).

Pedro provou bastante desse fogo purificador do Espírito e foi muito transformado. O Pedro dos evangelhos é bem diferente do Pedro de Atos e do Pedro que escreveu as duas cartas. Nos evangelhos encontramos um Pedro com a vida da alma muito forte, a qual foi exposta pelo Senhor não apenas uma ou duas vezes, mas em muitas ocasiões. Toda vez que o Senhor lhe desmascarava a vida da alma, causava um sofrimento para ele. Embora ele se submetesse a esse tratamento naquele momento, pouco depois suas opiniões e seu ser natural se manifestavam novamente.

Por fim, depois de várias provações, ele já não era um Pedro natural, mas um Pedro transformado. Por isso ele pode dizer: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe 4:12-13).

O Espírito Santo e o fogo não estão separados, mas juntos. Onde há Espírito Santo há fogo. Vamos tomar como exemplo uma reunião da igreja: quando nos reunimos e cantamos, oramos, compartilhamos no Espírito, acaso sentimos gelo dentro de nós? Não; antes, o sentimento é de fogo, de calor, de fervor no espírito! Por isso alguns até saltam e pulam! As labaredas espirituais é que os fazem pular! No Espírito há fogo, e devemos aproveitar quando estamos no Espírito para queimar a vida da alma.

Em Mateus13, temos a parábola do semeador: a semente caiu em quatro tipos de solo. A terceira situação é a da semente plantada entre os espinhos, que representam as preocupações da vida e a fascinação das riquezas. Como o espinheiro é um mato, se apenas o cortamos, ele brota de novo! Isso está relacionado com eliminar a vida da alma por meio do sofrimento. A melhor maneira é queimar o mato, queimar os espinhos. Isso indica que não podemos apenas “cortar” a vida da alma; é preciso queimá-la com o fogo do Espírito Santo!











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Testemunho encorajador

Foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos (Rm 6:6). Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano e vos renoveis no espírito do vosso entendimento (Ef 4:22-23)
 
1 Co 6:9-11; 1 Pe 1:18-19
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Como vimos ontem, o arrependimento pregado por João Batista e depois pelo Senhor Jesus está ligado a negar a nós mesmos, a nossa maneira caída de pensar. Por isso outra maneira de entender Mateus 3:2 é: “Negai a vida da alma porque está próximo o reino dos céus”. Isso nos mostra que hoje vivemos na época de negar a nós mesmos.

Em recente conferência na Estância Árvore da Vida uma pastora luterana da Alemanha comentou consigo mesma durante a reunião: “O irmão está falando novamente em negar a vida da alma? Todo dia ele fala disso. Já falou, agora vai repetir?!”. Nessa mesma mensagem eu havia falado: “Muita gente se pergunta por que ainda falo em negar a vida da alma. É porque o Espírito Santo sabe que você ainda não a negou o suficiente”. Isso não foi falado diretamente para ela, mas de qualquer maneira essa palavra ajudou-a a orar sobre isso naquela noite. No dia seguinte, após a mensagem, ela deu testemunho de que, quando orou para o Senhor, o Espírito Santo lhe confirmou que ela ainda não negara a vida da alma o suficiente. Essa pastora ficou profundamente impressionada com isso e se arrependeu de seu pensamento anterior sobre esse assunto.

Depois da conferência, ela foi visitar várias localidades e alguns CEAPEs – Centro de Aperfeiçoamento para Propagação do Evangelho. Um deles é composto de exmoradores de rua e também pessoas que tiveram problemas com dependência química. Ali eles são acolhidos, aprendem a invocar o nome do Senhor, a orar, e assim começam a ganhar mais da vida de Deus. O grande problema em situações como essa é que, geralmente, essas pessoas recebem o cuidado de órgãos assistenciais, mas, depois de reabilitados, nem sempre conseguem encaixar-se novamente na sociedade. Porém, por meio do CEAPE, esses irmãos estão sendo aperfeiçoados a se tornar colportores; desse modo, eles têm uma profissão digna para seu sustento, fazendo a obra de Deus. Quando essa pastora luterana ouviu o testemunho de cada ceapista, ficou muito impactada. Ela disse com lágrimas nos olhos: “Vou voltar para a Alemanha e falar com o governo. O governo alemão fracassou em tentar restaurar pessoas com esse tipo de problema. Eles gastaram muito dinheiro tentando recuperá-las, mas não conseguiram, e aqui vocês conseguem. Além disso, uma vez libertados das drogas, elas têm um bom trabalho, o trabalho mais elevado, pois são como apóstolos e sumos sacerdotes, conduzindo as pessoas a Deus por meio dos livros”.

Somente a vida divina é capaz de nos transformar. Não apenas mudamos exteriormente em aparência e comportamento, mas o que ocorre é uma transformação interior. O Senhor entra em nosso espírito começa a trabalhar em nossa alma a fim de transformá-la. Para isso, precisamos permitir-Lhe que faça isso, precisamos dar-Lhe espaço. Fazemos isso negando a nós mesmos, tomando a cruz e perdendo a vida da alma. Isso é abrir mão de nossos conceitos, opiniões e vontades e permitir que a vida divina cresça em nós. Que todos nós tenhamos a contínua experiência de negar a vida da alma!















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Colocar a mente no Espírito

Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz (Rm 8:5-6)
 
 
Mt 3:1-12

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No capítulo 3 do Evangelho de Mateus lemos que João Batista, o precursor do Senhor Jesus, disse: “Arrependeivos, porque está próximo o reino dos céus. [...] Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. [...] Eu vos batizo com água, para arrependimento” (vs. 2, 8, 11). Como já enfatizamos, a palavra arrependimento quer dizer mudança de parecer, mudança de mente, de modo de pensar. Para entender melhor esse aspecto de nossa vida espiritual e aplicá-lo ao nosso viver, precisamos saber o que é a mente.

Em Romanos 8 temos uma boa explicação sobre ela, quando Paulo menciona que nosso ser tripartido − composto de espírito, alma e corpo −, é vivificado quando contatamos o Espírito de Deus: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça” (vs. 9-10). Quando somos regenerados, crendo no Senhor Jesus, nosso espírito toca o Espírito de Cristo, que é o próprio Cristo, e recebe vida. O versículo 11 diz: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”. Uma vez que o Senhor, que é vida, habita em nosso espírito, até nosso corpo mortal recebe vida.

Esses versículos de Romanos 8, porém, não mencionam a palavra alma; antes, falam da mente: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz” (vs. 5-6). A palavra “pendor” nesse trecho é “mente” no original grego, tanto que na Tradução Brasileira lê-se: “Os que são segundo a carne, põem a sua mente nas coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, põem a sua mente nas coisas do Espírito. A mente da carne é morte, mas a mente do Espírito é vida e paz”. A mente faz parte da alma, assim como a emoção e vontade. A mente é a parte líder de nossa alma, portanto a alma em Romanos 8 é representada pela mente. Desse modo todo o nosso ser – espírito, alma e corpo – ganham vida quando a mente é posta no Espírito.

Quando João Batista falou em arrepender-se ou em arrependimento, ele estava falando de mudança de mente, a parte líder da alma. Era como se ele dissesse: “O reino já está próximo, não permaneçam em sua alma caída. Se continuarem vivendo segundo as inclinações de seus pensamentos, não receberão o que vem após mim para batizá-los com Espírito e com fogo. Por isso tenham uma mudança de mente, voltem o coração ao Senhor e recebam vida”.

Em nossa experiência inicial de salvação, é exatamente isso que acontece: ouvimos o evangelho e nos arrependemos, isto é, voltamos nosso ser interior ao Senhor e cremos Nele e em Sua obra realizada por nós. Desse modo nos abrimos ao Senhor Jesus e Ele entra em nós regenerando-nos. Esse é o início de nossa maravilhosa salvação. Aleluia!










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Escrito por Dong Yu Lan



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A regeneração

Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado (2 Co 3:16). Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele (Ef 1:17)
 
 
Mt 16:6-12; 1 Co 5:6b-8; Gl 5:9
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Com relação ao “nascer de novo”, que é o tema desta semana, devemos saber o que é, como e quando nascemos de novo, e onde estão os versículos relacionados a isso. Por meio de nossos pais físicos, recebemos a vida humana e, por meio do novo nascimento, somos gerados de Deus (Jo 1:12) e recebemos a vida divina - a vida eterna, incriada, indestrutível e ressurreta.

A revelação desse assunto é progressiva no Novo Testamento. Quando estudamos as epístolas de Paulo, não vemos a questão do novo nascimento descrita de maneira tão direta, mas apenas afirmações de que ganhamos vida juntamente com Cristo (Ef 2:1, 5); de que Cristo é a nossa vida (Cl 3:4); e de que fomos salvos mediante o lavar regenerador do Espírito Santo (Tt 3:5).

Ao falar sobre regeneração, ou novo nascimento, sempre nos reportamos aos capítulos 1 e 3 do Evangelho de João. Todavia foi o apóstolo Pedro quem apresentou a importância de sermos regenerados, e isso ele fez muito tempo antes de João escrever seu evangelho. Logo no início de sua primeira epístola, Pedro registra: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe 1:3). Além disso, ele mostra como nós ganhamos a nova vida: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (v. 23). Graças ao Senhor, o que foi apresentado por Pedro deve ter sido a base para que o apóstolo João desenvolvesse esse assunto. Tendo essa base firme, João revelou que, ao crer no nome de Jesus, nascemos de Deus, ganhamos uma nova vida e nos tornamos Seus filhos (Jo 1:12-13). João também usou as palavras de Jesus para Nicodemos: “Importa-vos nascer de novo” (3:7).

Isso nos mostra que a Bíblia sempre nos oferece novas revelações. Para obtê-las, não podemos ficar presos aos conceitos antigos que aprendemos; nossa mente precisa ser renovada (Rm 12:2). Por exemplo, para revelar quem Ele era e sobre Sua igreja, o Senhor Jesus foi para Cesareia de Filipe (Mt 16:13). Ele não pôde dar essa revelação aos discípulos em Jerusalém porque o ambiente ali estava contaminado com a religião judaica, assim como numa grande cidade há a poluição do ar. Todavia, em Cesareia de Filipe, ao sopé do monte Hermon, onde a atmosfera era límpida, sem a poluição, a contaminação e a tradição do judaísmo, foi revelado aos Seus discípulos que Jesus não era um mero profeta nem mesmo João Batista, mas o Cristo, o Filho do Deus vivo (v. 16). Ali também lhes foi revelado sobre a Sua igreja (v. 18), a relação dela com o reino dos céus (v. 19) e qual deve ser o viver da igreja (v. 24).

Os ensinamentos dos fariseus em Jerusalém eram como fermento, por isso o Senhor Jesus disse aos Seus discípulos, antes de levá-los para Cesareia de Filipe: “Vede e acautelaivos do fermento dos fariseus e dos saduceus” (v. 6); explicando-lhes que se acautelassem não do fermento de pães, “mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus” (v. 12). A função do fermento é deixar a massa mais macia, o que facilita na hora de comer o pão. Se a Palavra, como o pão da vida tem fermento, já não é um pão puro, asmo. Isso confirma que, para ter revelação do Senhor, precisamos livrar-nos das tradições, doutrinas de homens e práticas religiosas, pois elas são como fermento que leveda toda a massa.

Devemos acautelar-nos desse tipo de ensinamento, dos conceitos religiosos e das tradições dos homens se queremos obter do Senhor e de Sua Palavra mais revelações. Se não formos renovados em nossa mente e purificados em nosso coração, é possível que até o que já recebemos ou aprendemos no passado se torne um véu que nos impede de ter novas revelações. Que o Senhor nos guarde disso!









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Semelhantes a Deus em vida e natureza

Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é (1 Jo 3:2)



Mt 24:13


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A palavra que temos recebido atualmente nos encoraja a sermos praticantes da revelação de Deus, e não somente ouvintes. Devemos praticar a Palavra, porque dia a dia o Senhor está nos observando. Quando permanecemos como ouvintes, não podemos ser aprovados pelo Senhor, mas quando passamos a praticar a Palavra, somos contristados por várias provações e, nessa condição, Deus pode nos aprovar.
Se o Espírito aprovar nossa conduta, seremos selados por Ele. Assim, pouco a pouco, a vida de Deus cresce em nós, até praticarmos o amor ágape, quando seremos semelhantes ao Senhor em vida e natureza, contudo sem a Deidade.

O Deus Triúno, isto é, o Pai, o Filho e o Espírito, deseja ser trabalhado para dentro de nós, nos dispensando Sua vida. Quanto mais da vida de Deus recebemos, mais glória nos é acrescentada. Com a vida de Deus, praticamos o amor fraternal, mas aos olhos do Senhor isso ainda não é suficiente. Precisamos alcançar o amor ágape para sermos semelhantes ao Senhor, isto é, participantes da natureza divina.

Por um lado, somos seres humanos, mas, por outro, estamos nos tornando semelhantes a Deus. O próprio Deus se fez semelhante a nós, participando de carne e sangue, mas sem pecado. Como Homem, Ele foi testado em todas as coisas. Em Sua ressurreição, liberou a vida divina em nosso favor. Quando fomos gerados filhos de Deus, o Pai nos concedeu todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, a fim nos tornar como Ele é. Um dia, seremos como Deus, em vida e natureza, mas não na Deidade (1 Jo 3:1-2).

O dispensar da vida de Deus ocorre à medida que permitimos que o fogo do Espírito queime as impurezas existentes em nossa alma. Ainda não podemos dizer que somos semelhantes ao Senhor, porque nossa vida da alma está cheia de coisas das quais precisamos nos arrepender. Mas estamos nessa jornada e vamos perseverar até o fim, para alcançarmos a plena salvação (Mt 24:13). Essa revelação é trazida a nós pelas epístolas de Pedro. Graças ao Senhor pelo ministério ulterior de Pedro! Vamos praticar essa palavra!






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Praticar a palavra e crescer em vida

Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg 1:22)

 
2 Pe 1:5; 1 Jo 2:17
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Paulo foi incumbido do ministério neotestamentário e o desempenhou de duas maneiras. Primeiramente, ele o fazia pessoalmente, pregando o evangelho e visitando as igrejas. Depois de um tempo, Paulo passou a desempenhar seu ministério somente por meio de epístolas, ainda que nesse período ele também tenha feito algumas viagens e pregado o evangelho na casa que alugara (At 28:30-31).

O apóstolo Pedro também foi incumbido do ministério neotestamentário. Inicialmente, ele o desempenhou juntamente com os outros apóstolos, dando início à igreja em Jerusalém, e prosseguiu com o ministério em sua maturidade. Embora Paulo já houvesse terminado seu ministério, quando declarou que estava para ser oferecido por libação, Deus deu continuidade à revelação da economia neotestamentária por meio do ministério ulterior de Pedro.

Por meio de Pedro, o Senhor revelou que, uma vez que recebemos o trabalhar do Pai, do Filho e do Espírito, nos tornamos coparticipantes da natureza divina e ficamos livres da corrupção das paixões que há no mundo. Não participamos da corrupção do mundo, porque a natureza divina foi acrescentada à nossa natureza humana, ou seja, participamos da natureza de Deus.

Uma vez tendo sido feitos participantes da natureza de Deus, precisamos ainda associar algumas coisas em nosso viver, a fim de intensificar o trabalhar do Deus Triúno em nós. Isso ocorre na vida da igreja. Em 2 Pedro 1:5 lemos: “Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência”. Reunir toda a diligência é praticar a palavra que temos recebido. Isso significa associar a fé com a virtude. A virtude, por sua vez, deve estar associada ao conhecimento, mas este, por si só, não serve para nos deixar livres a fim de agir como bem entendemos. O conhecimento está associado ao domínio próprio, ou seja, quem tem domínio próprio está restringido pelo crescimento da vida de Deus.

Na vida da igreja, a vida de Deus está sendo constantemente acrescida a nós. Por isso podemos ser perseverantes. Com a perseverança, temos a piedade e, com ela, a fraternidade. O amor fraternal é praticado no viver normal da igreja. Por fim, temos o amor ágape, que é o mais elevado amor, o amor de Deus, que ama a todos. Isso mostra que devemos amar não apenas os irmãos que se reúnem conosco, mas todos os filhos de Deus. Na verdade, devemos amar até nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem. Não amamos suas atitudes, mas amamos as pessoas a quem Cristo acolheu. Quanto aos irmãos que estão em pecado, devemos amá-los e orar para que cresçam na vida divina e parem de pecar.

Na Segunda Epístola de Pedro, vemos que esse processo ocorre gradativamente, à medida que a vida de Deus cresce em nós. O dispensar do Deus Triúno é maravilhoso, tendo sido suficiente para nos salvar e nos livrar da corrupção do mundo. Porém isso ainda não é suficiente para nos fazer crescer em vida, porque precisamos associar ao nosso viver todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, ou seja, praticar a Palavra. Dessa maneira, a entrada no reino nos será amplamente suprida.









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